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samuel de assis
O ator Samuel de Assis, que foi um dos protagonistas da novela “Vai na Fé”, revelou ao BN Hall os próximos passos de sua carreira. Presente na capital baiana para curtir o Festival de Verão, neste sábado (27), o artista contou um pouco sobre os seus novos projetos.
“Cara, tem muita coisa vindo! A coisa maior que vai ocupar todo o meu semestre, eu ainda não posso falar. Mas tem uma coisa grande que vai ocupar o meu primeiro semestre inteiro. Eu vou entrar em turnê com o meu espetáculo, ‘E vocês, quem são?’. Eu tenho um filme, um longa para fazer, com a Fabíola Nascimento. É muita coisa”, destacou Samuel.
O artista também falou sobre o assédio dos fãs e como tem lidado com isso em Salvador. Samuel também ressaltou a importância da sua representatividade para a cidade, que é a mais preta do Brasil e destacou a relevância do trabalho de outros artistas, nacionais e internacionais, dentro da Bahia.
“Cara, tá sendo uma loucura porque em Salvador eu me assustei um pouco no final do ano, porque realmente é a cidade onde o assédio é muito maior e isso foi surpreendente pra mim, porque eu praticamente sou daqui né, eu falei ‘Ué?’. Pra mim eu já era essa figurinha carimbada aqui, sabe? E aí quando eu vi esse assédio eu tomei um susto, um susto positivo claro que eu amo. Mas foi muito feliz assim, eu acho que isso tem a ver com ser a cidade mais preta do Brasil, uma das mais pretas do mundo e eu sou uma figura que representa esse lugar né, hoje na televisão brasileira, então eu acho, eu fico muito feliz disso tá sendo reconhecido fora das telas", afirmou.
Natural de Sergipe, Samuel de Assis nunca poupou esforços para estar presente nas festividades da Bahia. O ator participou do lançamento do verão de Salvador, na noite desta quarta-feira (18), em São Paulo, e comentou sobre sua relação com a capital baiana.
Ao Bahia Notícias, Samuel revelou que fugiu de casa ainda na adolescência para conhecer o verão soteropolitano e desde então, nunca mais deixou de ir à cidade.
“A primeira vez que eu fui pra Salvador na minha vida, eu fugi de casa aos 14 anos e fui pra Salvador. E era verão, inclusive. Eu fiquei lá uns dias e voltei pra casa depois, mas eu fiquei fugido, escondido do meu pai e de minha mãe. E aí eu nunca mais parei de ir pra Salvador”, contou bem humorado.
O ator ainda disse que já morou na capital baiana por meses e que sempre volta no verão.
“Eu já morei em Salvador três vezes, em três momentos diferentes, por meses. Passei muitos carnavais em Salvador. Eu sempre moro em Salvador no verão, não sei por quê (risos). Meus melhores amigos estão ou são de lá, tenho familiares lá, minha relação com Salvador é 1000%”, disse.
Quanto ao assédio após o sucesso do personagem Benjamin, interpretado por ele em “Vai na Fé”, novela das 7, da TV Globo, Samuel assume que não tem receio da possível receptividade calorosa do público nas ruas.
“Eu tô preparado pra tudo, para o que é e vier. Eu não faço ideia do que vai ser o meu verão e o meu carnaval do ano que vem, mesmo. Mas eu tô preparado pra tudo. Eu quero tudo, tudo que eu tenho direito. A Bahia se prepara porque eu vou estar lá. Morar eu não consigo, mas o máximo de tempo que eu conseguir ficar lá, eu vou ficar”, afirmou.
A primeira turnê da montagem paulista do espetáculo ‘Otelo’, clássico do inglês William Shakespeare, chega ao fim com três apresentações no Teatro Sesc Casa do Comércio, em Salvador, nos próximos dia 11, 12 e 13 de novembro (sexta, sábado e domingo). Com direção de Debora Dubois, a montagem conta com um elenco encabeçado por Samuel de Assis, Samara Felippo e Rafael Maia. "Otelo surgiu no meio de um intervalo de dois meses na turnê do musical 'Rita Lee mora ao lado', que é o nosso outro espetáculo", afirma Assis. Em entrevista ao Bahia Notícias, o protagonista da montagem conta que a ideia inicial era voltar a colaborar com Dubois em um texto "curto, com poucos atores e de montagem rápida" para esse período. "Foi quando ela virou, para a minha surpresa, e disse 'Não, quero fazer Otelo com você! Vamos?'. Eu disse 'Você tá louca, como vamos montar Otelo em dois meses, sem dinheiro e com outra peça para estrear?'", recorda. A partir daí, os demais atores envolvidos na montagem se uniram, "quase que como em uma brincadeira", para realizar o espetáculo através de um financiamento coletivo que arrecadou R$ 23 mil. "Nós nunca tivemos nenhum tipo de patrocínio público ou privado. Nada. Fizemos um mês em agosto e nunca tivemos patrocínio. Tanto para as temporadas quanto para essa primeira turnê que estamos acabando agora em Salvador, sempre aconteceu através de venda de bilheteria e na garra", salienta. A peça acompanha um general mouro recém-chegado à Veneza que adquire prestígio rapidamente, despertando a inveja de Iago (Maia). Ressentido, ele monta uma obscura trama para desestabilizar Otelo através de suspeitas implantadas sobre a conduta de sua esposa, Desdêmona, aqui interpretada por Samara Felippo.
Foto: Reprodução / Luciano Alves
"É um orgulho muito grande saber que estamos produzindo de maneira autônoma, que somos donos do nosso projeto, que temos capacidade para isso e levar para quem a gente puder as ideias que borbulham na nossa cabeça. Essa nova era do crowdfunding e do financiamento coletivo é maravilhosa porque muitos trabalhos estão podendo ser realizados sem depender de patrocínio", afirma a atriz que reveza o papel com a atriz Mel Lisboa. Além do texto derivado de uma tradução feita por Maria Silvia Betti em 2003, a montagem propõe uma discussão sobre racismo a partir da inserção de trechos de músicas do cantor e compositor baiano Caetano Veloso, interpretadas pelos próprios atores. "O mais absurdo de tudo é que a gente não trouxe nenhuma discussão nova. Todas as reflexões que temos [a luta pelo poder, o racismo e machismo] estão no texto de Shakespeare. A única coisa nova são as músicas do Caetano Veloso porque queríamos usar a coisa do trovador, do popular, sem abrir mão do erudito. Todas as letras casam e ajudam a contar as partes da história nas quais estão inseridas”, avaliou Assis. Felippo acrescenta que o grupo procurou abordar o assunto da forma mais direta e objetiva possível. "Quando a gente escuta falar de Lady Macbeth, ‘Sonho de uma Noite de Verão’ ou 'Ricardo III', esses nomes mais rebuscados de Shakespeare, muita gente sente até preguiça. Contudo, nós conseguimos dar uma nova cara para ‘Otelo’. Os sentimentos tratados são muito atuais, completamente modernos: traição, amor, ciúmes, inveja", opina. Antonio Ranieri, Cesar Figueiredo, Yael Pecarovich, Glaucia Fonseca, Marcio Guimarães e Daniel Bouzas completam o elenco do espetáculo que tem ingressos variando entre R$ 80 (inteira) e R$ 30 (meia). As entradas podem ser adquiridas através do site Compre Ingressos (clique aqui).
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