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sarampo
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou nesta terça-feira (20), que mais da metade dos países se encontram em situação de risco alto ou muito alto de surtos de sarampo até o final deste ano.
A declaração foi feita pela consultora técnica sênior sobre sarampo e rubéola da OMS, Natasha Crowcroft. Durante discurso à imprensa, Natasha informou que o sarampo pode saltar caso não sejam preenchidos os programas de imunização.
“O que nos preocupa é que este ano, 2024, temos grandes lacunas nos nossos programas de imunização e se não as preenchermos rapidamente com a vacina, o sarampo irá simplesmente saltar”, disse Crowcroft em entrevista à imprensa, via Portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Ela afirmou ainda que segundo os dados da OMS, mais da metade do mundo pode correr risco de contrair surtos de sarampo até o final de 2024.
“Podemos ver, a partir dos dados produzidos com dados da OMS pelo CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), que mais da metade de todos os países do mundo estarão em risco alto ou muito alto de surtos no final deste ano”, disse.
O sarampo é uma enfermidade altamente contagiosa, transmitida pelo ar. Crianças menores de 5 anos de idade são atingidas em grande maior parte pela doença. A imunização é a principal ferramenta de prevenção do sarampo. As baixas taxas de vacinação preocupam as autoridades de saúde.
A OMS indicou que as coberturas vacinais insuficientes permitiram que os casos casos de sarampos aumentassem 79%, durante o ano passado. O Reino Unido, por exemplo, emitiu, no final de janeiro, um alerta nacional para conter o surto de sarampo em cidades britânicas. O percentual de crianças vacinadas está inferior a 65% em alguns locais.
Durante a coletiva de imprensa, a porta-voz da OMS solicitou o compromisso dos governos para vacinar e proteger as crianças.
“Tivemos muitos surtos de sarampo em todo o mundo e os países de rendimento médio sofreram muito. Estamos preocupados que 2024 se pareça com 2019”, disse a consultora da OMS.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou para o aumento de casos de sarampo no mundo e reforçou a importância da vacinação para prevenir a disseminação da doença.
“Os casos de sarampo estão aumentando. É uma das doenças mais transmissíveis. Se uma pessoa se contamina, quase todos ao seu redor vão pegar o vírus, se não estiverem vacinados. Para proteger sua criança, garanta que as vacinas estejam em dia.”
Nas últimas semanas, países como México, Estados Unidos, Reino Unido e Portugal emitiram alertas após a confirmação de casos, com o óbito de uma criança de 19 meses na província de Salta, na Argentina.
No Brasil, o Centro de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Sul emitiu um alerta após confirmar um caso importado de sarampo no estado. O paciente é um menino de 3 anos que chegou ao município de Rio Grande no dia 27 de dezembro, procedente do Paquistão, país com circulação endêmica da doença.
Diante da confirmação, a Secretaria da Saúde do Rio Grande do Sul reforçou, em nota, a recomendação de aplicação da vacina tríplice viral (sarampo, rubéola e caxumba), oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para crianças a partir de 1 ano e até os 59 anos, conforme calendário nacional de vacinação.
“Com a suspeita, foi realizado bloqueio vacinal seletivo nos familiares, vizinhos e profissionais da saúde. A criança está bem e seus familiares não apresentaram sintomas. O município segue monitorando atendimentos por febre, exantema e tosse ou coriza ou conjuntivite, sem identificação de caso suspeito.”
O esquema vacinal completo do sarampo consiste em duas doses até os 29 anos, ou uma dose para adultos de 30 a 59 anos. Em crianças, a vacinação deve ocorrer aos 12 e aos 15 meses. Profissionais de saúde devem receber duas doses, independentemente da idade. Em situações de bloqueio vacinal, a imunização seletiva é recomendada para todos com idade acima de 6 meses.
À Agência Brasil, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Renato Kfouri, lembrou que o sarampo era uma doença controlada no Brasil até 2016, quando o país recebeu a certificação de eliminação do vírus em território nacional. Após um grande surto da doença em 2017 e em 2018, com mais de 40 mil casos registrados, o Brasil perdeu a certificação e voltou a ser um país endêmico, onde o sarampo circula livremente.
“Estamos sem registro de casos desde junho de 2022, em busca da recertificação dessa eliminação. Ainda falta melhorar nossas coberturas vacinais, alguns indicadores de vigilância. Já recebemos um status não de país endêmico, mas de país com pendência de recertificação pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) em novembro de 2023.”
Segundo Kfouri, o que causa preocupação é o aumento recente no número de casos da doença em diversos países. Ao comentar o caso da criança proveniente do Paquistão, o especialista avaliou que o alerta do governo gaúcho é válido.
“É um caso importado, obviamente, não adquirido aqui no nosso território, mas que nos traz esse alerta. Primeiro, da importância da vigilância, de estarmos atentos a qualquer caso suspeito, importado, para que a entrada de um caso aqui não se multiplique e não se torne outros casos secundários, uma cadeia de transmissão e um novo surto.”
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