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O secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado (Seagri), Tum (Avante), comentou, nesta quarta-feira (12), a publicação da Portaria nº 013/2024, que autoriza a implantação do Plano ABC+ Bahia, cujo foco é impulsionar o desenvolvimento sustentável da agropecuária baiana.
Em entrevista ao Bahia Notícias, direto do município de Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado, onde acontece a Bahia Farm Show, o titular da pasta falou que o programa está imbuído numa agenda internacional que inclui uma política de enfrentamento às mudanças climáticas. Ele também citou a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da 78ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, em setembro do ano passado, ocasião em que ele defendeu a união dos países contra a emergência climática e a desigualdade.
“Existe uma expectativa muito grande em relação ao Brasil, as respostas que o Brasil vai dar com esse plano, e essa já é a resposta”, resumiu Tum. O Plano ABC+, também conhecido como “Plano Setorial para Adaptação à Mudança do Clima e Baixa Emissão de Carbono na Agropecuária, com vistas ao Desenvolvimento Sustentável, Plano de Agricultura de Baixo Carbono”, é uma iniciativa estratégica do Governo da Bahia, em articulação com instituições do setor público e privado.
Tum também destacou que haverá uma linha de crédito específica para o produtor rural, nas esferas estadual e federal, que subsidiará essas adequações. “Nós estamos muito esperançosos e ansiosos para iniciarmos esse projeto aqui no oeste e em todo o Estado da Bahia, principalmente aqui, que foi o lançamento, pela importância que é esse evento e pela importância que é o plano”, frisou. Ele explicou que o Plano ABC+ também estará pautado na consolidação de práticas agrícolas resilientes, produtivas e ambientalmente responsáveis, fundamentadas em pesquisas científicas.
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Se depender do secretário estadual da Agricultura, Tum (Avante), a Fenagro [Feira Internacional da Agropecuária] voltará a ocorrer em Salvador. Ao Bahia Notícias, Tum declarou que uma reunião, prevista para esta segunda-feira (6), vai discutir os preparativos da feira, o que incluirá a participação da Sufotur [Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia], viabilizando as atrações.
A declaração do secretário ocorreu neste sábado (4), durante evento nacional do partido Avante, que ocorre no Centro de Convenções de Salvador.
“Na segunda, nós já temos uma reunião com a presença da Sufotur que vai entrar também com as bandas. Então esse ano a expectativa é muito boa. Tenho certeza que a Fenagro vai vir com grandes atrações e com grande público, que é a expectativa de todos os que conhecem a feira”, disse o titular da Seagri ao BN.
Há cinco anos, o evento não acontece. A última vez foi em 2019. Depois, o evento ficou suspenso por dois anos devido à pandemia da Covid-19. Em 2022, o motivo foi a eleição, e no ano passado por conta de “questões administrativas, estruturais do Parque de Exposições e por falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos”, informou à época a Seagri, pasta que Tum comanda.
O secretário declarou ainda que o governo do estado vai participar como patrocinador, como ocorria nos outros anos. A feira é realizada pela Accoba [Associação de Caprinos e Ovinos da Bahia].
O governo do estado vai licitar a compra de equipamentos para o Cetab [Centro Tecnológico Agropecuário da Bahia]. O comunicado foi feito nesta segunda-feira (4). Situado no bairro de Ondina em Salvador, o espaço tem sido alvo de críticas sobre a estrutura atual. O Cetab foi criado em 2016 logo após a extinção da EBDA (Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola S/A).
O local oferece pesquisa e serviços laboratoriais para produtores rurais, como análises de solos e água, além de diagnósticos e controle de qualidade de produtos de origem vegetal e animal. O Cetab é vinculado à Secretaria de Agricultura Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri).
Em fevereiro do ano passado, o governo tinha informado um aporte de R$ 10 milhões para reforma do centro, como parte de um convênio com Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
Como a Seagri informou à época, o valor serviu também para a aquisição de equipamentos de última geração e alta sensibilidade.
O secretário de Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia, Tum Torres, completou um ano no comando da pasta neste mês de janeiro. Com esse período de atuação no Executivo, o ex-deputado estadual traçou um panorama sobre as ações realizadas pela Seagri e projetou novos planos para o ano de 2024. Em entrevista ao Bahia Notícias, Tum também avalia que o maior gargalo na área da agropecuária é a distribuição de energia.
"Não só pela Seagri, mas pelo governo. Nós temos o maior gargalo que eu entendo que é a questão de energia. Infraestrutura, tanto a estrada como a energia. A energia mais um pouco porque o produtor consegue produzir sem ter uma estrada asfaltada porque ele acaba produzindo onde encontra agua, onde encontra terra fértil, mas a questão da energia é hoje o maior gargalo que nós enfrentamos", disse.
Durante a entrevista o secretário também falou sobre as secas que atingiram a Bahia no ano passado, a crise econômica do sisal e as discussões sobre o agronegócio e a agricultura familiar. Confira aqui na íntegra.
Em pouco tempo, o Avante se tornou uma potência na Bahia. Ao longo de 2023, o partido foi o que mais filiou prefeitos e segue com planos ambiciosos para as eleições de 2024.
“Nós saímos de três prefeitos e estamos chegando formalmente a 47 ou 48 e até março, a gente acredita que chegue a 63 prefeitos ou mais”, estimou o secretário de Agricultura e ex-deputado estadual, Walisson Tum, em entrevista ao Bahia Notícias.
Caso os cálculos de Tum estejam corretos, a legenda pode ultrapassar o PT e o PP e assumir a vice-liderança em número de prefeitos filiados. Em 2023, o Partido dos Trabalhadores filiou 12 prefeitos, e atualmente conta com 44 gestores municipais.
Em 2020, os progressistas tinham 92 gestores em sua base. Hoje, a legenda trabalha com cerca de 70 chefes do Executivo associados. Quem continua liderando este ranking é o PSD, com mais de 100 prefeitos.
Tum atribui a turbinada no Avante à chegada do ex-deputado federal Ronaldo Carletto à chefia do partido no estado. “Todo esse crescimento se deve à credibilidade que Carleto tem, por ser um homem de palavra, um político que representa uma região muito grande”, avaliou o secretário da Seagri.
Único quadro do partido a ocupar uma pasta no governo Jerônimo Rodrigues (PT), Tum acredita que mais correligionários possam figurar em cargos de confiança na gestão do petista em um futuro próximo e defendeu o partido de ataques sobre o assédio a prefeitos da base aliada.
“O Avante é segundo maior partido da base, vai ter um espaço maior no governo, então por isso que esta especulação está em torno de mim, de Carleto... A gente entende que ninguém bate em cachorro morto. Se estão batendo na gente é porque estamos crescendo”, pontuou.
Segue até o próximo dia 31 de dezembro a campanha de vacinação contra a febre aftosa. O período para imunizar o rebanho bovino e bubalino se encerraria no fim de novembro, mas, devido à estiagem que afeta todo o estado, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), órgão vinculado à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), prorrogou o prazo. Já a declaração da vacinação pode ser feita até o dia 15 de janeiro de 2024.
A Bahia conta com um rebanho bovino de cerca de 13 milhões de cabeças. A Adab enfatiza a importância da vacinação para prevenir a Febre Aftosa, uma das mais graves enfermidades que afetam bovinos e bubalinos. Tão importante quanto vacinar, é declarar a aplicação do imunizante, frisa o diretor-geral da Agência, Paulo Sérgio Luz.
Imunizar os animais é crucial não apenas para a saúde do rebanho, mas também para a economia, pois a presença da doença pode afetar as exportações de carne. A Bahia está avançando para se tornar o primeiro estado do Nordeste a alcançar o status de Zona Livre da Aftosa sem Vacinação em 2024, o que permitirá a abertura de novos mercados à carne baiana.
DECLARAÇÃO
A declaração da vacinação e da geolocalização das propriedades são de suma importância. Os dois quesitos são exigidos pelo Ministério da Agricultura e organismos internacionais para aferir o nível de segurança da defesa agropecuária do estado e a sanidade dos animais.
Os produtores que não realizarem a declaração da vacinação terão suas propriedades interditadas, ficando impedidos de emitir a Guia de Trânsito Animal (GTA). Entre as sanções, também estão estabelecidas, por lei, notificação e multa. Em todo o Estado, a Adab disponibiliza mais de 390 escritórios para atender aos criadores em suas mais de 400 mil propriedades rurais cadastradas.
Cerca de 170 mil toneladas de frutas foram exportadas até novembro deste ano, gerando um fluxo financeiro de 1,05 bilhão de reais, de acordo com dados do sistema de acompanhamento de comércio exterior do Ministério da Agricultura e Pecuária (Agrostat/Mapa).
A projeção tem como base a cotação do dólar desta terça-feira (19). Em comparação com o mesmo período de 2022, o aumento já é de 37% no montante movimentado. Quanto ao volume exportado, a alta é de 19%.
De todas as frutas produzidas na Bahia, o destaque fica para a manga (alta de 46% em valor e 22% em volume) e a uva (alta de 45% em valor e 31% em quantidade). Também houve embarques maiores de abacaxi, damasco, figo, goiaba, mamão, melancia, limões e limas.
“Os principais destinos das frutas baianas seguem sendo Europa e Estados Unidos. Estamos suprindo mercados que antes compravam do Peru e Equador, por exemplo. Mas como esses produtores estão sofrendo com o calor excessivo, a produção não tem tido a qualidade exigida, abrindo as portas para o Brasil. E, aqui na Bahia, temos frutas de qualidade, que cumprem rigorosas exigências fitossanitárias e podem acessar diversos mercados, como tem acontecido”, pontua Wallison Tum, titular da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri).
De acordo com a Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frutas (Abrafrutas), fora essa questão, pontual de 2023, os governos Estadual e Federal e entidades representativas do setor, têm feito, ultimamente, um trabalho muito focado em abertura de novos mercados para as frutas brasileiras, para que aumente a diversificação de destinos.
As implicações da seca na Bahia foi o tema da discussão entre o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) e Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), nesta segunda-feira (11). Na reunião, que ocorreu na sede da Federação da Agricultura, no bairro do Comércio, em Salvador, os gestores definiram a criação de uma força-tarefa para a criação de medidas que minimizem os prejuízos para a produção agropecuária no estado.
Com os efeitos do El Ninõ no Brasil, cerca de mais de 130 municípios baianos já decretaram estado de emergência por causa da falta de chuva. Em toda a Bahia, 107 mil animais foram mortos devido à estiagem e na agricultura, dezenas de culturas devem ser replantadas.
“Não podemos esperar para tomar uma atitude, precisamos atuar em parceria, com ações de curto prazo, visando minimizar os prejuízos dos produtores rurais baianos”, disse o presidente da Faeb, Humberto Miranda, convocando os governos municipais, estadual e federal, ao colocar à disposição a estrutura da instituição para a viabilização de projetos.
Miranda ressaltou a necessidade de envolver outros entes, como UPB e instituições financeiras. Esta semana eles vão à Brasília e já incluíram a seca na agenda com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Wallison Tum, secretário de Agricultura do Estado, por sua vez, pediu o apoio do Sistema Faeb/Senar, para conseguir levar as ações técnicas e informativas ao maior número de municípios. “Somos deficientes em mão de obra e por isso gostaríamos de contar com a capilaridade do Sistema para reduzir os danos”, ponderou.
A Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) prorrogou o prazo para a vacinação contra a Febre Aftosa no estado até o próximo dia 31 de dezembro.
Segundo a Seagri, a iniciativa acontece devido à severa estiagem que afeta o estado. A declaração da vacinação agora pode ser feita até o dia 15 de janeiro de 2024.
A Bahia, que abriga um rebanho bovino de cerca de 12 milhões de cabeças, enfatiza a importância da vacinação para prevenir a Febre Aftosa, uma das mais graves enfermidades que afetam bovinos e bubalinos. A Adab solicita a todos os criadores que declarem a vacinação o mais breve possível.
A imunização dos animais é importante não apenas para a saúde do rebanho, mas também para a economia, já que a presença da doença pode afetar as exportações de carne, conforme explicou a pasta.
A Bahia está avançando para se tornar o primeiro estado do Nordeste a alcançar o status de Zona Livre da Aftosa sem Vacinação em 2024, possibilitando a abertura de novos mercados à carne baiana.
A região oeste da Bahia desponta como uma área propícia à criação de animais para corte, sobretudo gado. É por lá, mais precisamente na cidade de Luís Eduardo Magalhães, que está instalado o maior confinamento de boi do nordeste brasileiro, com capacidade estática de 50.000 animais, como aponta o recente levantamento sobre pecuária organizado pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba).
É também no Oeste baiano que estão concentrados os maiores cultivos de grãos do Nordeste, como soja, milho, caroço de algodão e sorgo. Na safra 2022/2023, foram mais de 13 milhões de toneladas, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
E são essas commodities as mais utilizadas para alimentar os animais confinados. A proximidade lavoura-pecuária acaba por reduzir custos e otimizar o aproveitamento dos grãos para essa atividade.
Na propriedade da empresa Captar Agro, que iniciou as atividades com espaço para 12 mil cabeças, em 2010, chegam animais de toda Bahia, principalmente da região do semiárido, onde as condições para criação bovina são mais complicadas.
Na fazenda, que hoje tem capacidade para 50 mil animais, a empresa cria, recria e engorda gado num espaço médio de 12 metros quadrados por cabeça, explica o gestor da fazenda, Almir Moraes.
Com o processo de confinamento, o tempo de engorda chega a cair pela metade. Mas, para isso, são necessários pesados investimentos em tecnologia, sanidade animal e sustentabilidade.
Em visita recente à propriedade, o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (Seagri), Wallison Tum, conheceu o sistema e destacou a sustentabilidade que permeia a atividade.
“A agropecuária baiana convive muito bem com o meio ambiente e essa tem sido uma exigência constante do mercado. Pude conferir aqui todo o processo de reaproveitamento de água, dos insumos, do cuidado com o animal e essa já é a pecuária do futuro, que oferece ao mercado, nacional e externo, carne rastreável, de qualidade e respeitando o meio ambiente”, afirmou Tum.
De acordo com a Seagri, no empreendimento, todo animal que chega tem suas vacinas renovadas, mesmo aqueles com vacinação recente. Esse trabalho garante a saúde do gado que chega e a preservação dos que já estão confinados, além do atendimento às normas de sanidade, o que permite a comercialização da carne no mercado nacional e internacional.
A entidade ainda afirma que a mesma rigidez no controle se dá com a alimentação, que é controlada por programas de computador, que também monitoram o peso, a localização, origem e outros aspectos do animal durante o processo.
A obra de reconstrução emergencial do Píer do Terminal Pesqueiro de Ilhéus, na região sul da Bahia, ocorrerá com dispensa de licitação. É que confirma o Diário Oficial do Estado desta quarta-feira (15). Neste modelo contratual, a empresa responsável pela execução da obra não passará por editais licitatórios.
O orçamento previsto para a revitalização do píer, por meio da empresa FPX Construções Ltda, é de R$ 175.773,73. Responsável pela administração do Terminal Pesqueiro, a Bahia Pesca funciona como um empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri).
Segundo a empresa administradora, o processo licitatório foi dispensado em caráter de emergência. Apesar da publicação no Diário Oficial, a Bahia Pesca afirma que a dispensa de licitação está em análise pelo departamento jurídico da empresa e o contrato está em elaboração.
O píer, que atualmente está degradado pelas condições climáticas e ambientais da região, é o principal acesso ao Terminal. Desde a sua construção, o Terminal Pesqueiro de Ilhéus já chegou a movimentar 300 mil toneladas de mercadorias e atender mais de 20 mil pescadores baianos, segundo o governo estadual.
Após as inúmeras críticas por conta do cancelamento, em cima da hora, da 33ª edição da Feira Internacional de Agropecuária da Bahia (Fenagro), o secretário da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), Tum (Avante), terá mais um desafio esta semana: explicar aos deputados estaduais quais serão as medidas adotadas pela pasta para enfrentar a crise na economia do sisal, que atinge a região nordeste do Estado. O secretário confirmou presença na audiência pública, nesta terça-feira (7), às 9h, na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). A presença maciça de prefeitos da região também é esperada.
A “inércia” do gestor na promoção das políticas públicas relacionadas à Seagri é um dos principais pontos de insatisfação tanto dos deputados da base do governo, como da oposição. A falta de tempo hábil para organizar a Fenagro, que é a maior feira do gênero do Norte e Nordeste, repercutiu muito mal internamente e foi classificada como “desculpa esfarrapada”. Informações chegadas ao Bahia Notícias dão conta que na audiência pública desta terça-feira, os parlamentares, sobretudo os da oposição, não se furtarão em cobrar do titular da pasta “justificativas mais convincentes” para o cancelamento.
SISAL
De acordo com o líder do União Brasil na AL-BA , deputado Marcinho Oliveira, o setor enfrenta problemas por conta da falta de oferta e procura da matéria-prima, bem como a desvalorização e questões relacionadas ao Ministério Público do Trabalho (MPT-BA). "Esperamos que o secretário de Agricultura apresente alguma solução objetiva para estimular esse setor tão importante da nossa economia, que gera emprego e distribui renda para milhares de baianos. Uma das alternativas seria reduzir os impostos estaduais dos fios naturais feitos de sisal, como forma de estímulo ao segmento", afirmou Marcinho, que é o responsável por capitanear a realização da audiência pública na Comissão de Agricultura e Política Rural.
O deputado ainda sugeriu medidas como novas linhas de crédito para o setor, além de investimento em pesquisas e desenvolvimento para a compra do sisal produzido na Bahia. "A empresa chinesa BYD, por exemplo, que vai se instalar em Camaçari, poderia ser estimulada pelo Estado a absorver os fios naturais para fazer painéis e estofados dos veículos", disse Marcinho, que é natural de Santaluz, um dos 20 municípios da região do sisal.
Safra baiana de grãos 2023/2024 tem previsões de aumento para soja e algodão, mas com queda do milho
A previsão de aumento na produção da soja (7,5%), algodão (2,3%) e o sorgo (12%), em comparação com a safra anterior, foi interpretada de maneira positiva pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que faz a coleta e divulgação dos dados. Na contramão dos outros grãos, o milho, no entanto, deve recuar 15%.
A Safra 2023/2024, já iniciada no Oeste baiano, tem projeções de aumento de 7,5% da área destinada à cultura, estimada em 2 milhões de hectares. O algodão deve ocupar uma área total de 312 mil hectares, registrando aumento de 2,3%. Em detrimento ao milho, os produtores devem ampliar a área dedicada ao sorgo em 12% neste período, atingindo 190 mil hectares. Já para o milho, a área dedicada deve ser 39% menor, chegando a 135 mil hectares.
De acordo com os dados levantados pelo núcleo de Agronegócio da Aiba, até o momento, 6,5% da área total estimada para a soja já foi plantada, com as condições climáticas desempenhando um papel essencial nas últimas semanas.
A falta de chuvas tem diminuído o ritmo da semeadura e a expectativa é que o planejamento prossiga de maneira uniforme, concentrando-se nas janelas climáticas específicas entre o início e meados de novembro.
Vale lembrar que a cultura de grãos do Oeste baiano representa uma grande parcela do Produto Interno Bruto (PIB) baiano. Em 2022, 67% do Volume Bruto de Produção (VBP) da Bahia veio desse setor.
A região é a principal produtora de oleaginosas do estado, produzindo em larga escala soja, milho, algodão, café, arroz, fruticultura e feijão, destacando-se também o cacau irrigado, mas as culturas que mais se destacam são: algodão, milho e soja.
O partido Avante, responsável pela pasta de Agricultura do governo de Jerônimo, negou, nesta terça-feira (31), a escolha de um novo nome para o cargo. O atual Secretário da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura da Bahia (SEAGRI), é o vice-líder do partido na Bahia, Wallison Tum.
Durante a semana, foram divulgadas possíveis articulações relacionadas à escolha de um novo gestor para a SEAGRI, entre eles, o ex-deputado estadual, Pablo Barrozo, ex-secretário de Cultura e Turismo de Salvador, durante a gestão de ACM Neto, e atual secretário do Avante.
Ao site Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias, o presidente do Avante na Bahia, Ronaldo Carletto afirmou que a figura de Wallison é insubstituível para a pasta. “A figura de Tum é insubstituível para uma política limpa e eficaz na Agricultura, e todas as regiões da Bahia já se beneficiaram com o trabalho dele.”
Segundo Carletto, “o secretário Tum está vice-presidente do Avante – BA, quadro muito importante no Partido e vem desempenhando papel crucial na agricultura, trazendo diversos implementos para o setor”.
Falta de tempo hábil é “desculpa esfarrapada” da Seagri para cancelar Fenagro, afirma Adolfo Menezes
O cancelamento de uma das feiras agropecuárias mais tradicionais da Bahia, a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro), anunciado nesta terça-feira (24), vem causando uma enorme repercussão negativa, sobretudo devido à justificativa da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri) da “falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos que se apresentaram no decorrer de 2023”.
Ao Bahia Notícias, o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Adolfo Menezes (PSD), disse que é um absurdo, em dez meses, o governo não ter tido tempo para realizar o evento.
“Se foi essa justificativa é uma desculpa esfarrapada, por que, com dez meses, não houve tempo para organizar? Para mim é absurdo. Se for essa a resposta, para mim é um absurdo. Talvez não tenha sido a prioridade, mas tempo, claro que houve”, declarou Adolfo Menezes, pontuando que vai se encontrar com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) nesta quarta-feira (25) e, na oportunidade, vai “se inteirar direito” do que ocorreu.
Líder da oposição na AL-BA, Alan Sanches (União) também disparou contra o cancelamento da Fenagro, dando a entender que a Seagri está deixando de lado a economia e o incentivo à tecnologia na agricultura, para focar no que chamou de "miudeza", citando como exemplos a distribuição de cesta básica e agricultura familiar.
"Nós já tivemos aqui [na Bahia] graves problemas na segurança, na saúde e agora na agricultura. Não é possível que um evento desse, que seria a 33ª edição, a Seagri simplesmente suspende e diz que não tem condições. Imagine o ano todo para fazer isso [a Fenagro] e eles dizem que não tem condições nem administrativas e para fazer os convênios necessários, que fizeram durante 32 anos, e que não tinham condições sanitárias para que a gente pudesse estar desenvolvendo esse grande evento. Mas quando a gente fala no evento, a gente não fala apenas no congresso, no encontro de amigos. Ali são milhões que seriam negociados. A economia extremamente aquecida, incentivo à tecnologia na agricultura. Eles esquecem disso tudo e simplesmente focam no evento. Mas a distribuição de cesta básica, a distribuição na agricultura familiar, eles continuam fazendo porque querem a miudeza", declarou o parlamentar.
CANCELAMENTO
A Fenagro perdeu protagonismo entre as feiras similares na Bahia principalmente após a expansão das fronteiras agrícolas no Oeste baiano. Contudo, o evento continuou acontecendo, apesar da suspensão temporária durante a pandemia da Covid-19. O comunicado encerra as perspectivas de uma nova edição, ainda em 2023.
Além da “falta de tempo hábil”, outra justificativa da Seagri foram as “questões administrativas, estruturais do Parque de Exposições” que impediram a realização da 33ª edição do evento, realizado anualmente em Salvador.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (FAEB), Humberto Miranda, se pronunciou sobre o cancelamento (reveja aqui). Por meio de nota, o representante da entidade classificou o incidente como “extremamente frustrante para todos os produtores rurais da Bahia e de outros Estados, que confiaram na programação e investiram para participar da Feira”.
Uma das feiras agropecuárias mais tradicionais da Bahia, a Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro) não acontecerá em 2023. A informação foi confirmada por meio de um comunicado à imprensa da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri). Segundo o órgão, “questões administrativas, estruturais do Parque de Exposições e por falta de tempo hábil para superar entraves burocráticos que se apresentaram no decorrer de 2023” impediram a realização da 33ª edição do evento, realizado anualmente em Salvador.
A Fenagro perdeu protagonismo entre as feiras similares na Bahia principalmente após a expansão das fronteiras agrícolas no oeste da Bahia. Contudo, a feira continuou acontecendo, apesar da suspensão temporária durante a pandemia da Covid-19. O comunicado encerra as perspectivas de uma nova edição, ainda em 2023.
O Parque de Exposições, citado como uma das razões para o cancelamento da feira por questões estruturais, é administrado pela secretaria e teve o futuro sob berlinda durante a administração do ex-governador Rui Costa, quando rumores sugeriram que o espaço poderia ter como destino a construção de um novo centro de convenções na capital baiana. Todavia, as conjunturas política e econômica colocaram em suspensão qualquer iniciativa que, eventualmente, alterasse o uso da área para exposições agropecuárias. E, sem novos investimentos, o parque tem sido utilizado para a realização de shows e eventos.
“A Seagri reforça seu compromisso em seguir apoiando feiras e exposições agropecuárias por toda a Bahia, por entender a importância dessas iniciativas para a agropecuária e a economia de nosso estado. Nesse sentido, ainda, informa que já iniciou as tratativas para, no próximo ano, entregar uma edição da Fenagro à altura da tradição do evento”, conclui a nota.
Setor agropecuário da Bahia registra crescimento de 3,6% no último trimestre de 2022. O cálculo foi divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) sobre o Produto Interno Bruto (PIB). De acordo com os valores correntes, o PIB do setor atingiu a marca de R$ 22,1 bilhões no quarto trimestre de 2022, o que representou 23,5% da economia baiana naquele período.
No ano de 2022, o PIB do agronegócio no estado registrou um crescimento de 1,0%, totalizando R$ 110,7 bilhões, segundo a SEI. O número representa 27,6% da atividade econômica baiana no ano passado.
A maior contribuição para esse crescimento foi observada no segmento de distribuição e consumo final, que respondeu por 63,1% da atividade do agronegócio. O sucesso desse setor no último trimestre do ano é um fenômeno bem conhecido, uma vez que poucas culturas são colhidas durante esse período, o que impacta diretamente nos agregados insumos e agropecuária.
Para o secretário da Agricultura, Wallison Tum (Avante), os dados comprovam a importância da agricultura baiana para a economia do país. “Esses dados demonstram a força da agropecuária baiana, deixando clara sua importância dentro do cenário do Brasil e também do mundo, como um dos celeiros do planeta”, afirmou.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.