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Após 131 jogos disputados com a camisa 13 da seleção alemã, o meia-atacante Thomas Müller, de 34 anos está se aposentando da tetracampeã mundial. A derrota nas quartas-de-final da Eurocopa de 2024, diante da Espanha, pôs fim a carreira internacional vitoriosa do jogador do Bayern de Munique. A informação foi divulgada inicialmente pelo jornal alemão Bild.

Müller já havia deixado pistas sobre uma possível aposentadoria após a derrota contra a Espanha em Stuttgart.

“Falando de forma realista, é possível que este tenha sido o meu último jogo internacional”, disse.

“Depois vou sentar-me com o treinador. Temos uma relação de muita confiança. Mas como eu disse, é realisticamente possível”, finalizou.

Pela seleção em 131 jogos, Müller marcou 45 gols e contribuiu com 41 assistências. Venceu a Copa do Mundo de 2014 - marcando o gol que abriu o placar no 7 a 1 diante do Brasil-, e foi o artilheiro do mundial da África do Sul, em 2010. Com a aposentadoria da seleção, Müller se dedicará apenas ao Bayern de Munique, clube com quem tem contrato até 2025.

Sede da Eurocopa 2024, a Alemnanha criou um Centro de Cooperação Internacional de Polícia (IPPC), com mais de 300 especialistas de todos os países participantes da competição. O motivo da criação do projeto é para eviter atentados terroristas, ações de extremistas e ataques cibernéticos. A segurança do público, das pessoas que irão trabalhar no torneio e dos jogadores é tida como a maior prioridade dos organizadores da Eurocopa de 2024. 

O comitê da competição espera receber até 2,7 milhões de espectadores durante os 51 jogos do torneio. Além disso, há a segurança das 24 seleções que irão participar do campeonato. As "fã zones" poderão receber até 12 milhões de pessoas durante a realização do torneio.  

"Desde o início, a segurança foi a maior das nossas prioridades", afirmou o ex-jogador Philipp Lahm, presidente do comitê organizador da Euro-2024, à AFP.

O centro, que ficará na cidade de Neuss, contará com uma sala de 500 metros quadrados, equipada com 129 computadores e um telão de 40 metros quadrados. As autoridades da Alemanha começaram a debater a possibilidade de ataques terroristas durante a competição. Vale recordar que o Estado Islâmico ameaçou atacar estádios de futebol durante as quartas de final da Champions League, principal competição de clubes da Europa.

"Cada país conhece melhor que qualquer outro seus causadores de problemas, os especialistas estrangeiros presentes poderão identificá-los mais rapidamente", explicou Oliver Strudthoff, diretor do IPCC.

A adidas, fornecedora de uniformes da seleção alemã, anunciou que não irá mais produzir uniformes com o número 44 para a seleção. Isso porque, devido ao formato da fonte utilizada na impressão, a numeração ficou parecida com a runa SS, usada pelos nacional-socialistas, símbolo do 'Schutzstaffel' de Hitler.

Oliver Brüggen, um dos porta-vozes da marca alemã falou ao jornal Bild, sobre o assunto. Segundo ele, a utilização do número não faz parte dos valores da marca.

"Proibiremos o número 44 o mais rápido possível. Pessoas de cerca de 100 países trabalham na Adidas, nossa empresa defende a promoção da diversidade e da inclusão e, como empresa, fazemos campanha ativa contra a xenofobia, o antissemitismo, a violência e o ódio. Qualquer tentativa de promover pontos de vista exclusivos não faz parte dos nossos valores como marca e rejeitamos firmemente qualquer sugestão de que esta fosse a nossa intenção. A nossa empresa defende a promoção da diversidade e da inclusão", afirmou.