Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
soja
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando 19,0% da economia baiana. Os dados foram calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).
O terceiro trimestre do agronegócio baiano foi caracterizado pelo crescimento real de 8,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2022 e pela retração de 11,5% nos preços dos bens e serviços do segmento. “Um exemplo claro dessa queda é o preço da arroba do boi gordo que custava R$ 285,00 em setembro de 2022 e em setembro de 2023 estava a R$ 200,00”, afirmou o comunicado da SEI.
Em linhas gerais, o movimento de queda nos preços do agronegócio tem ocorrido desde o primeiro trimestre de 2023 e é determinado pela retração na cotação dos principais produtos agropecuários, a exemplo da soja, algodão, café etc. O resultado final do aumento da produção e queda nos preços foi um PIB corrente R$ 826 milhões menor que no terceiro trimestre de 2022.
De acordo com a SEI, no terceiro trimestre deste ano, dentre os segmentos do agronegócio, o Agregado IV, relativo à distribuição e comercialização, foi o que mais contribuiu na formação da economia baiana (9,1% de participação) e registrou crescimento em volume de 7,4%. “Essa contribuição é decorrente da maior movimentação de bens, que tradicionalmente ocorre nesse período, onde produtos do agronegócio são transacionados tanto para abastecimento interno quanto externo”, apontou a Superintendência.
O desempenho do agregado III, que corresponde à produção industrial de base agropecuária,também foi destacado pela SEI, uma vez que o agregado registrou crescimento em volume de 8,6%, com contribuição de 3,2% na economia baiana.
Safra baiana de grãos 2023/2024 tem previsões de aumento para soja e algodão, mas com queda do milho
A previsão de aumento na produção da soja (7,5%), algodão (2,3%) e o sorgo (12%), em comparação com a safra anterior, foi interpretada de maneira positiva pela Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), que faz a coleta e divulgação dos dados. Na contramão dos outros grãos, o milho, no entanto, deve recuar 15%.
A Safra 2023/2024, já iniciada no Oeste baiano, tem projeções de aumento de 7,5% da área destinada à cultura, estimada em 2 milhões de hectares. O algodão deve ocupar uma área total de 312 mil hectares, registrando aumento de 2,3%. Em detrimento ao milho, os produtores devem ampliar a área dedicada ao sorgo em 12% neste período, atingindo 190 mil hectares. Já para o milho, a área dedicada deve ser 39% menor, chegando a 135 mil hectares.
De acordo com os dados levantados pelo núcleo de Agronegócio da Aiba, até o momento, 6,5% da área total estimada para a soja já foi plantada, com as condições climáticas desempenhando um papel essencial nas últimas semanas.
A falta de chuvas tem diminuído o ritmo da semeadura e a expectativa é que o planejamento prossiga de maneira uniforme, concentrando-se nas janelas climáticas específicas entre o início e meados de novembro.
Vale lembrar que a cultura de grãos do Oeste baiano representa uma grande parcela do Produto Interno Bruto (PIB) baiano. Em 2022, 67% do Volume Bruto de Produção (VBP) da Bahia veio desse setor.
A região é a principal produtora de oleaginosas do estado, produzindo em larga escala soja, milho, algodão, café, arroz, fruticultura e feijão, destacando-se também o cacau irrigado, mas as culturas que mais se destacam são: algodão, milho e soja.
Levantamento realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e divulgado nesta quarta-feira (6) consolidam a estimativa do recorde na produção de grãos no País na safra 2022/2023. Segundo o órgão, a produção de grãos atingirá o total de 322,8 milhões de toneladas. No levantamento apresentado no mês passado, essa previsão estava em 320 milhões.
Em relação aos dados da safra 2021/2022, houve um acréscimo de 50,1 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento da Conab, a alta foi de 18,4% entre a última safra de grãos e essa recente. O resultado recorde foi obtido graças ao aumento da área plantada, chegando a 78,5 milhões de hectares, combinado com a melhor produtividade média nas lavouras, saindo de 3.656 quilos por hectares para 4.111 quilos por hectare.
A Bahia segue sendo o 7º estado da Federação com maior produção de grãos. Na safra 2022/2023, a Bahia produziu um total de 13,3 milhões de toneladas, o que representou um aumento de 11,6% ao resultado obtido no ano passado. Os produtores baianos também conseguiram aumentar em 8,2% a produtividade média nas lavouras em relação à safra 2021/2022.
O levantamento da Conab mostra que a soja ainda é o produto com maior volume colhido no país, com produção recorde estimada em 154,6 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 23,2% sobre a última safra. A Bahia contribuiu para esse resultado com o total de 7,7 milhões de toneladas produzidas, um aumento de 6% em relação à safra anterior.
Atualmente, 2.468 municípios brasileiros cultivam a oleaginosa, ou seja, 44,3% dos 5.568 existentes. Ainda que o grão esteja presente em grande parte do território brasileiro, 14 municípios se sobressaem na produção de soja.
Neste ranking dos 14 maiores produtores, a cidade baiana de Formosa do Rio Preto está no segundo lugar, com 1,855 milhão de toneladas, e São Desidério em terceiro, com produção de 1,650 milhão. As duas só perdem para Sorriso, no Estado do Mato Grosso, com 2,010 milhões de toneladas de soja produzidas nesta safra.
A cidade de Barreiras também vem crescendo no ranking dos maiores municípios produtores de soja no País. De acordo com a Conab, Barreiras já é a 20ª cidade que mais produz soja, com 831 mil toneladas alcançadas na safra 2022/2023.
Para o milho, de acordo com o levantamento, também é esperada a maior colheita já registrada na série histórica. Nas três safras do cereal, a produção deverá chegar a 131,9 milhões de toneladas, incremento de 18,7 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior.
O Estado da Bahia também teve um exponencial aumento de produção nas lavouras de milho, entre a safra passada e esta mais recente. O levantamento da Conab mostra que a Bahia produziu 4,026 milhões de toneladas, com um aumento de 19,3% em relação ao que foi produzido na safra 2021/2022.
Entre as culturas de inverno, foi confirmado o crescimento de 11,8% na área cultivada de trigo no país, chegando a 3,45 milhões de hectares, e uma produção estimada em 10,82 milhões de toneladas. O resultado é 2,5% acima da obtida na safra anterior.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.