Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
taxa de desocupacao
A taxa de desocupação, que mantinha relativa estabilidade em torno de 8,5%, voltou a cair com mais força no último bimestre, chegando em abril com patamar de 8% na série dessazonalizada, menor patamar em oito anos.
Os dados foram calculados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) a partir da série trimestral da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A melhora de algumas variáveis ligadas aos rendimentos, subocupação e desalento confirmam esse cenário mais otimista para o mercado de trabalho.
Em abril, ante o mês imediatamente anterior, a população ocupada apresentou a quarta expansão consecutiva, com aproximadamente 99,2 milhões de pessoas. “Adicionalmente, enquanto a ocupação formal registrou crescimento médio interanual de 3,2%, no último trimestre, encerrado em abril, a população ocupada informal apresentou retração de 0,6%, nessa mesma base de comparação”, indicou a pesquisa.
De acordo com a análise, o recorte setorial mostra que o crescimento da ocupação tem ocorrido de forma generalizada, mas com diferente intensidade.
Nos últimos 12 meses, encerrados em abril, todos os setores tiveram criação de empregos, com destaque para o comércio (376,2 mil), os serviços administrativos (264,5 mil), a indústria de transformação (204,9 mil) e a construção civil (191,6 mil). Em abril, o contingente de 107,9 milhões de pessoas pertencentes à força de trabalho era 0,8% menor que o observado no mesmo período do ano anterior.
Ainda no estudo, nos últimos 12 meses a população desalentada registrou queda de 15,8%. Os números caíram de 4,3 milhões, em abril do ano passado, para 3,5 milhões em abril deste ano. Além da queda do número de desalentados, foi observada retração da parcela de indivíduos que estão fora da força de trabalho devido ao estudo, às obrigações domésticas, a problemas de saúde, entre outros motivos, que não desejam retornar à atividade, mesmo diante de uma proposta de emprego.
“Uma possível explicação é a melhora do mercado de trabalho que pode estar gerando uma necessidade menor de compensar perdas de emprego e/ou rendimento domiciliares, possibilitando que demais membros da residência possam se dedicar exclusivamente a outras atividades”, diz o Ipea.
No 4º trimestre de 2022, a taxa de desocupação na Bahia foi de 13,5%, a menor em sete anos para o período desde 2015, quando havia sido de 12,4%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) trimestral do IBGE, divulgados nesta terça-feira (28).
Apesar da boa notícia, a taxa de desocupação baiana continuou a maior do país nos últimos três meses de 2022, posto que ocupou ao longo de todos os quatro trimestres de 2022. Seguiu também muito acima do indicador nacional, que foi de 7,9% no 4º trimestre do ano passado.
Com isso, em 2022, a taxa média de desocupação no estado foi de 15,4%, bem acima da taxa média nacional, de 9,3%, e quase quatro vezes o valor da menor taxa, de Santa Catarina (3,9%).
Nos 11 anos de série histórica da PNADC (2012 a 2022), a Bahia esteve sempre entre as cinco maiores taxas de desocupação, tendo liderado o ranking dos estados em 4 anos: 2015, 2016, 2020 e 2022.
Considerando os extremos da série, a taxa de desocupação na Bahia cresceu 38,3% de 2012 (quando tinha sido 11,2%) a 2022 (15,4%). Foi o quatro maior aumento percentual nesse indicador entre os estados, abaixo apenas dos crescimentos de Rio de Janeiro (+67,9%), Pernambuco (+55,6%) e Piauí (+44,3%). Todos esses estados, porém, tiveram em 2022 taxas de desocupação menores do que a baiana. No Brasil como um todo, a taxa de desocupação aumentou 25,0% entre 2012 e 2022.
No 4º trimestre de 2022, o município de Salvador registrou uma taxa de desocupação de 14,5%, maior do que a do estado como um todo, mas que também teve queda importante frente ao 3º trimestre, quando havia ficado em 17,9%. Foi a menor taxa para um 4º trimestre em cinco anos, desde 2017 (quando havia sido de 13,6%).
Ainda assim, no 4º trimestre de 2022, a taxa desocupação de Salvador continuou a maior entre as capitais brasileiras pelo terceiro trimestre consecutivo, desde que as informações da PNAD Contínua Trimestral voltaram a ser divulgadas para as capitais e regiões metropolitanas.
Na Região Metropolitana de Salvador, por sua vez, a taxa de desocupação ficou ainda maior do que no estado e na capital de forma isolada: 15,4% no 4º trimestre de 2022. Caiu frente ao trimestre anterior (quando havia sido de 19,4%) e foi a mais baixa para o período em sete anos, desde o 4º trimestre de 2015 (14,9%).
Apesar do recuo, também continuou a mais elevada entre todas as regiões metropolitanas do Brasil, como aconteceu no 2º e 3º trimestres.
Como as informações para capitais e regiões metropolitanas só voltaram a ser divulgadas no 2º trimestre de 2022, não há dados consolidados do ano passado como um todo para esses dois recortes territoriais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).