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A sensação de temperaturas acima da média e chuvas cada vez mais raras não foi apenas “impressão” dos soteropolitanos no último mês de março. Durante o período, o total de chuvas registrado na estação meteorológica convencional de Salvador foi de 117,8 milímetros (mm). Esse valor representa 20% a menos que a média climatológica (1991-2020), que é de 147,3 mm, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
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Em todo o mês, foram registrados dez dias com chuva superior ou igual a 1,0 mm. O maior total diário de chuva foi de 45,9 mm, ocorrido no dia 4 de março. Em relação aos termômetros, a temperatura mínima média na capital baiana em março foi de 26,1°C (2,0°C acima da média climatológica da estação convencional, que é 24,1°C).
Ainda de acordo com o Inmet, a menor temperatura mínima do mês ocorreu no dia 25, com 24,2°C. Já a maior temperatura mínima foi de 27,3°C, ocorrida em 13 de março. A temperatura máxima média foi de 32,4°C (1,5°C acima da média climatológica da estação convencional, que é 30,9°C). A maior temperatura máxima do mês foi de 34,2°C, sendo registrada no dia 2. Por outro lado, o instituto aponta que a menor temperatura máxima foi de 28,9°C, verificada no dia 4 de março.
De acordo com o que a meteorologista do Inmet, Cláudia Valéria, relatou em meados de março, ao Bahia Notícias, já era esperado que ocorresse uma elevação dos termômetros soteropolitanos e uma diminuição das chuvas devido ao El Niño. Este fenômeno eleva as temperaturas do Oceano Pacífico e gera o aquecimento anormal das águas, situação que causa desequilíbrio na quantidade de chuvas.
ABRIL CHUVOSO?
Contudo o clima no mês de abril deve ser um pouco diferente, já que o Inmet espera que o período chegue trazendo um pouco de frio e chuvas para a Bahia. A previsão é de possibilidade de chuva na parte Norte e Leste da Região Nordeste, que inclui a Bahia, devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), assim como o aquecimento do Atlântico Tropical. Também deve haver chuvas acima ou próximas da média na parte oeste da Região Norte. Já no centro-leste do Pará, Tocantins e em grande parte da Região Nordeste, a previsão indica chuva abaixo da média.
O mês de abril deve chegar trazendo um pouco de frio e chuvas para a Bahia. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é de que há possibilidade de ocorrência de chuva na parte norte e leste da Região Nordeste, que inclui a Bahia, devido à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), assim como o aquecimento do Atlântico Tropical.
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Também deve haver chuvas acima ou próximas da média na parte oeste da Região Norte. Já no centro-leste do Pará, Tocantins e em grande parte da Região Nordeste, a previsão indica chuva abaixo da média. Confira:
Mapa de previsão de chuvas e temperaturas no Brasil | Foto: Inmet
Considerando o prognóstico climático do Inmet para abril e seu possível impacto na safra de grãos 2023/2024 para diferentes regiões produtoras, vale ressaltar que o Matopiba (região que engloba áreas do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) vem apresentando níveis de umidade no solo satisfatórios nos últimos meses, favorecendo o desenvolvimento das culturas de primeira e segunda safra.
Para abril, a previsão de chuva abaixo da média na região poderá afetar o potencial produtivo das lavouras em desenvolvimento, porém, o processo de colheita pode ser beneficiado. O mesmo cenário está previsto para os estados de Mato Grosso e Goiás. Abril é um mês de transição entre o período chuvoso e o seco na parte central do País.
Já nas regiões Sul e Sudeste e no centro-norte de Mato Grosso do Sul, são previstos volumes de chuva próximos ou acima da média (tons em cinza e azul no mapa da figura 1a) para o mês de abril/2024, mantendo os níveis de água no solo elevados e favorecendo o manejo e desenvolvimento dos cultivos de primeira safra e segunda safra, mas podem interromper a colheita em algumas áreas.
Entretanto, no sul de Mato Grosso do Sul e parte do centro-sul do Rio Grande do Sul, há possibilidade de restrição hídrica nas lavouras, onde a previsão aponta chuva ligeiramente abaixo da média (tons em amarelo e laranja no mapa da figura 1a), podendo afetar o desenvolvimento dos cultivos que se encontram em estágios fenológicos de maior necessidade hídrica.
TEMPERATURAS
A previsão indica temperaturas acima da média em praticamente todo o País, principalmente na parte oeste das regiões Sul e Sudeste, além da Região Centro-Oeste. Nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem ultrapassar 26ºC. Na Região Sudeste, devem variar entre 22ºC e 26ºC, e na Região Sul, entre 18ºC e 24ºC. Já em áreas de maior altitude das regiões Sul e Sudeste, são previstas temperaturas inferiores a 17ºC.
O observatório europeu Copernicus apontou, em um relatório divulgado nesta terça-feira (9), que o ano de 2023 foi o mais quente em 100 mil anos. Além disso, o documento cita as temperaturas recordes registradas no ano passado, quando todos os dias apresentaram 1°C acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900.
De acordo com o estudo, em metade dos dias de 2023, as temperaturas chegaram a ultrapassar 1,5°C do nível pré-industrial e, em dois dias de novembro, ficaram 2°C mais quentes. Esses níveis, segundo o observatório, foram os mais altos em 100 mil anos. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A média global de temperatura registrada no ano passado foi de 14,98ºC, 0,17ºC acima do valor mais alto registrado em 2016, considerado o ano mais quente até então. Além disso, o ano de 2023 foi 0,60ºC mais quente que a média no período de 1991-2020 e 1,48ºC acima do nível pré-industrial de 1850 a 1900.
Imagem de anomalias nas temperaturas de 2023 / Foto: Copernicus
O relatório aponta o aumento brusco das temperaturas em escala global, com recordes diários e mensais sendo quebrados com frequência durante o ano passado. A vice-diretora do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, da União Europeia, alertou para a situação.
“O ano de 2023 foi excepcional, com recordes climáticos caindo como dominós. Não apenas 2023 foi o ano mais quente registrado, como é o primeiro ano com dias 1°C mais quentes do que a era pré-industrial. As temperaturas em 2023 provavelmente foram as mais altas ao menos nos últimos 100 mil anos”, disse.
Os cientistas classificam as temperaturas até 1,5°C acima do período pré-industrial como “limite seguro” para as mudanças climáticas, estipulado como aumento da taxa média da temperatura global até o final do século.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.