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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

terreiro

Bruno Gagliasso é alvo de intolerância religiosa após foto de filho em terreiro na Bahia
Foto: Instagram

O ator Bruno Gagliasso está sendo alvo de ataques preconceituosos nas redes sociais após compartilhar um registro do filho Bless em um terreiro de candomblé na Bahia


Gagliasso esteve em Lauro de Freitas para a visita ao local e levou o herdeiro para conhecer o terreiro pela primeira vez. 

 

No texto compartilhado pelo ex-global, ele fala sobre a importância de viver o momento ao lado de Bless, porém, o momento especial em família se tornou uma dor de cabeça para o ator, que foi atacado. 

 


"Que Deus te dê sabedoria. Deus quer que vocês venham conhecer o verdadeiro pai, que Deus toda honra e toda glória, só e dele", disse uma internauta. 

 


“A Bíblia diz que devemos criar os filhos nos caminhos do Senhor Jesus para que eles não se desviem de Deus, quando não fazemos isso seremos cobrados por Deus no dia do juízo!", escreveu outro.

 


A intolerância religiosa é crime previsto em lei. Na atualização, sancionada em janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o crime foi equiparado ao de injúria racial  e prevê pena de 2 a 5 anos para quem obstar, impedir ou empregar violência contra quaisquer manifestações ou práticas religiosas.

 


O artista, que durante a visita foi suspenso como Ogan de Oxóssi, recebeu apoio de internautas. “Sou evangélica e super apoio as pessoas manifestarem a sua fé, pois todos são livres pra seguirem a crença que quiserem. Você é lindo e sua família também", escreveu uma fã. “Quem é do Axé diz que é. Parabéns por exaltar sua fé com Orgulho. Precisamos de mais atitudes assim para construirmos cada vez mais um Brasil de todos os Deuses!", destacou outro

Bruno Gagliasso leva filho pela 1ª vez em terreiro na Bahia: “Emocionante”
Foto: Instagram

A Bahia se tornou cenário de um momento importante para o ator Bruno Gagliasso. O ex-global, que é iniciado no Candomblé e frequenta um terreiro no estado, trouxe o filho Bless, para conhecer o local que ele frequenta há alguns anos, pela 1ª vez.

 

Bruno desembarcou na capital baiana na segunda-feira (13), e apesar de citar Salvador como endereço, o artista frequenta o terreiro Ilê Axé Opô Aganju, localizado no Alto da Vila Praiana, em Lauro de Freitas. 

 

"Ontem viemos a Salvador, trouxe meu filho Bless para vir a primeira vez no terreiro de candomblé que frequento há alguns anos, o Ilê Axé Opo Aganju, do meu pai Obarayi", escreveu ele que esteve acompanhado de Pedro Tourinho, Secretário Cultura e Turismo de Salvador.

 

 

 

No relato feito por Gagliasso, o ator conta que o momento foi ainda mais importante por ter sido suspenso Ogã de Oxossi, a cerimônia na qual a pessoa é colocada em uma cadeira e suspenso pelos ogãs da casa, médium responsável pelo canto e pelo toque, que ocupa um cargo de suma importância e de responsabilidade dentro dos rituais de Umbanda e Candomblé.

 

“A noite que por conta disso já seria emocionante, tornou-se ainda mais especial, pois recebi a honra de ser suspenso Ogã de Oxossi na casa. Uma alegria emocionante e a sensação de que estou apenas começando uma caminhada linda de aprendizado e axé. Okê Arô Oxossi", disse o artista.

Grupo denuncia monitoramento de terreiro por empresa no Recôncavo baiano
Local foi alvo de destruição em 2020 / Foto: Pai Duda de Candola/Arquivo pessoal

Policiais civis de Cachoeira, no Recôncavo, apuram um suposto monitoramento ilegal contra um terreiro de candomblé. Os membros da entidade religiosa Ilê Axé Icimimó Agunjí Didê acusam que o crime parte de funcionários de uma empresa [Grupo Penha], que já teriam provocado destruição do local em 2020. O terreiro já é reconhecido como patrimônio imaterial da Bahia desde 2014 e do Brasil, a partir de 2016.

 

Segundo o G1, ainda não foi identificado nenhum suspeito pelos atos. A polícia informou que as partes envolvidas devem ser intimadas para prestar esclarecimentos. Ainda segundo informações, há três anos, funcionários da empresa citada teriam usado armas para intimidar os candomblecistas. Eles também teriam derrubado cercas. A empresa, em resposta, disse que as denúncias eram falsas.

 

À época, imagens registradas no local mostraram agdás – tipo de pratos de barro usados nos cultos – destruídos. Além disso, o Ibá de Exu – que são as ferramentas do orixá – sumiram durante a destruição.

 

O Grupo Penha não respondeu às ligações do site para se posicionar em relação à denúncia de monitoramento ilegal do terreiro.  O templo religioso é vizinho à empresa desde 2005, quando o Grupo Penha se instalou na localidade.

Pai de santo suspeito de ser mandante de crime contra terreiro na Bahia é solto
Foto: Reprodução / Achei Sudoeste

O pai de santo que foi preso acusado de ser mandante de um atentado contra um terreiro de candomblé em Brumado, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, vai responder o processo em liberdade. Segundo o Achei Sudoeste, parceiro do Bahia Notícias, o homem é apontado como autor do crime contra um terreiro situado no bairro Olhos D’água, em julho deste ano.

 

Na última segunda-feira (11), durante o cumprimento do mandado de busca e apreensão, a polícia apreendeu munição calibre 38, um notebook, HD portátil, celulares e pássaros silvestres.

 

Como parte das medidas cautelares, o homem não pode mudar de endereço ou sair da cidade, bem como deverá comparecer à Justiça todas as vezes que for solicitado.

Terreiro de candomblé arrecada fundos para reconstrução de represa no sul da Bahia
Fotos: Divulgação/Paulo Ferreira

O Ilê Axé Odé Omopondá Aladê Ijexá, terreiro de candomblé de origem Nagô, em Ilhéus, mobiliza campanha para promover a reconstrução de represa no bairro do Banco da Vitória. A represa de mãe Oxum, como é conhecida, fica localizada dentro do terreiro e foi rompida em abril, devido às fortes chuvas na região. Após a realização da limpeza do espaço com recursos próprios, o terreiro, através de sua associação mantenedora, quer arrecadar cerca de R$ 40 mil para a reconstrução. 

 

A liderança do terreiro, a yalorixá, atriz e ativista Iyá Darabi, conhecida no mundo civil como Alba Cristina, afirma que o Ilê é um espaço de cunho sociocultural civil e desenvolve diversas atividades comunitárias na região. “A represa é um espaço vital dentro do terreiro e a sua existência tem múltipla importância para a comunidade, tanto para as atividades cotidianas quanto do ponto de vista espiritual. As águas doces representam a materialização da orixá Oxum, manifestando sua energia de cuidado, cura, fertilidade, prosperidade e beleza para o benefício de todas as pessoas”, afirma.

 

Na mitologia Nagô, Oxum é a água que gera a vida e esse sentido se transpõe para a comunidade local. Segundo a associação, apesar da represa ser um local privado do terreiro, ela tem efeito sobre a comunidade. “Compreendemos que o terreiro é esse espaço que cuida de uma comunidade”. 

 

A campanha do terreiro vem sendo feita pelas redes sociais e já recebeu o apoio de diversas personalidades como Jackson Costa, Negra Jho e Del Feliz. 

 

Babalorixá de terreiro alvo de tiros na Bahia afirma que ataque ocorreu após convite para evento
Foto: Divulgação / 20ª Coorpin

O ataque ao terreiro Ilé Alákélú Asé Fépé Oké, alvo de tiros em Brumado, no Sertão Produtivo, Sudoeste baiano, ocorreu após a divulgação de um evento marcado para o final do mês. Até esta segunda-feira (10), nenhum suspeito foi localizado.

 

Policiais da 20ª Coorpin [Coordenação de Polícia do Interior] investigam o caso. Na última quinta-feira (7), seis disparos atingiram o portão do terreiro, que fica na zona urbana do município. Na ocasião, integrantes do terreiro estavam em uma função religiosa, com filhos de santos recolhidos para a obrigação de orixá e de iniciação religiosa. 

 

Conforme relato prestado à polícia, um dos membros do terreiro dormia quando foi despertado por uma série de tiros durante a madrugada. Inicialmente, ele associou o barulho aos fogos de artifício, devido à época de festas juninas. Mas no dia seguinte, percebeu que havia marcas de tiros. 

 

Ao Bahia Notícias, o babalorixá Ivo de Oyá, representante do espaço, disse que teme por novos ataques, apesar de não ter suspeitas de quem cometeu o crime, já que nem problemas com vizinhos existia.

 

“Isso ocorreu logo depois de eu soltar um convite para uma festa que vai acontecer no próximo dia 22. Eu não posso dizer que foi alguém de alguma religião. Eu não quero é ser estatística de violência. A polícia nos atendeu muito bem, e agora nós esperamos que quem fez isso seja localizado o mais rápido possível”, disse o candomblecista.

 

Foto: Divulgação / 20ª Coorpin

 

Pai Ivo de Oyá afirmou que nunca ocorreu algo parecido antes contra o terreiro em que atua há cerca de dois anos.

Prefeitura de Salvador promove evento sobre candomblé, cultura e saúde em terreiro em Itapuã
Foto: Reprodução / SMS

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de Salvador promove, nesta sexta-feira (26), o evento “Interseccionalidade entre Candomblé, Cultura e Saúde”. O encontro acontece das 8h às 12h, no Terreiro Guerebetã Gumé Sogboadan, localizado na rua Bahia, 37, em Nova Brasília de Itapuã, perto da Escola Municipal Lagoa do Abaeté.

 

O público-alvo são profissionais da saúde, da área da assistência social da região (Centros de Referência em Assistência Social/Cras e Especializado em Assistência Social/Creas), estudantes e demais interessados na temática. Participam como palestrantes o sacerdote Doté Saulo de Sakpatá; a ativista Ubiraci Matildes - coordenadora de políticas de equidade da Sesab; e Gleide Davis – co-vereadora de Salvador e ativista. 

 

A iniciativa visa proporcionar informações e aprendizados sobre a intersecção entre os temas candomblé, cultura e saúde, proporcionando reflexões sobre a atuação dos profissionais de saúde na perspectiva do cuidado centrado na população preta de terreiro. A medida visa, ainda, a melhoria da qualidade de atendimento e a redução das desigualdades étnico-raciais, alinhando-se aos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), da Política Nacional Integral da População Negra (PNSIPN) e do Programa de Combate ao Racismo Institucional (PCRI).   

 

Na semana passada, evento semelhante foi realizado na Casa de Oxumaré, no Engenho Velho da Federação. “Esse evento e é mais uma iniciativa da SMS para o fortalecimento do SUS, visando uma saúde livre da discriminação e do racismo, unindo educação, informação, e participação social”, pontua a vice-prefeita e titular da pasta, Ana Paula Matos. 

Inspirado no Axé e discursos marginais, baiano lança livro para custear doutorado em Lisboa
Foto: Tamires Maia / Divulgação

Nascido em Alagoinhas, no Agreste baiano, Adrião Filho (30) é formado em Direito, tem mestrado em Ciências Sociais, mas encontrou na poesia que lhe acompanha desde a infância a possibilidade de viabilizar o doutorado em Lisboa, Portugal.

 

Inspirado pela paisagem rural e o gosto pelas letras herdado do avô, o advogado e poeta lançou recentemente seu primeiro livro, “Redemoinho”, cuja renda será revertida para custear sua segunda incursão acadêmica na Europa. A primeira delas foi entre 2015 e 2018, quando, no intuito de se debruçar na pesquisa sobre estado de bem estar social, estudou o programa Bolsa Família em mestrado na École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, na França. 

 

Para concretizar aquela empreitada, ele reuniu as economias de mais de cinco anos de trabalho na Federação dos Comerciários, onde passou pelo cargo de assistente de administração, até conseguir uma vaga no setor jurídico, área de sua formação. 

 

Durante a experiência internacional, Adrião tinha sede de conhecimento e aproveitou todas as possibilidades, dentro e fora da Universidade. “Através do Mestrado eu pude descobrir que o Bolsa Família, querendo ou não, é um programa de viés neliberal de transferência de dinheiro, de nascimento, digamos assim, de direita, mas abraçado pela esquerda. E nesse meio de campo conturbado e não muito dado à reflexão, nós temos a direita chamando um programa cunhado nas escolas desta direita de comunista e esquerdista, e temos as esquerdas vendo o programa como seu, salvador das terras e dos céus”, explica o baiano, que a partir dos estudos visualizou com mais clareza a complexidade do cenário no Brasil. 

 


Adrião em um dos intervalos do Mestrado, enquantro trabalhava de babá cuidando dos irmãos Isaure e de Basile (o fotógrafo), que brincam em um parque em Paris | Foto: Arquivo Pessoal

 

 

Na França, quando aliava a pesquisa a serviços como babá e garçom, ele também despertou uma maior consciência de classe e a respeito dos direitos trabalhistas, já que o país é pioneiro na luta pela humanização das relações laborais. “Enquanto estudante de direito, atuei muito na área trabalhista. Foi interessante ver o cenário da legislação na França. Coisas simples mostraram como o zelo pelo cidadão traz uma resposta à saúde pública futura”, conta Adrião, lembrando um episódio no qual colegas mulheres da época em que servia mesas em uma creperia de Paris não podiam carregar insumos pesados, pois estudos indicavam que aquele tipo de atividade era agravante para a incidência de câncer no colo do útero.

 

Já ambientado, ao concluir os estudos, o pesquisador, advogado e poeta poderia seguir no país, após ser aprovado em um doutorado com um sociólogo especialista em pobreza. A realidade no Brasil, entretanto, abortou o projeto. Era outubro de 2018 quando ele resolveu “deixar o discurso” e partir para o concreto, retornando à terra natal para votar no segundo turno das eleições presidenciais. “Era uma questão de humanidade”, lembra. “Decidi voltar para o Brasil, não me arrependo, mas sigo chocado com o quão desumano, vil, perverso e pervertido o ser humano pode ser ao tratar temas tão sensíveis e importantes, como se fosse futebol”, avalia, em crítica frontal à polarização protagonizada pelos chamados “petralhas” e “bolsominions”.

 

De volta à casa, Adrião trabalhou por seis meses no escritório de advocacia do pai, chegou a pensar em enveredar na política como vereador, mas entendeu que a dureza da disputa eleitoral e a burocracia do ofício de operador das leis não lhe despertavam a mesma paixão que as artes. Em 2019 ele resolveu se mudar para São Paulo e viver com a namorada da época. Durante um ano, o baiano deu aulas de francês, até fez algumas petições para complementar a renda, mas se dedicou de corpo e alma às letras.

 


Adrião com o avô e o irmão recém-nascido, no avarandado da casa dos avós, próximo a Rafael Jambeiro, nos Dez Réis, onde ele escutava histórias passadas de geração a geração | Foto: Arquivo Pessoal

 

Foi naquele período, fruto das andanças pela capital paulista que nasceu o livro “Redemoinho”. O despertar surgiu pelas ruas do bairro de Santa Cecília, quando um taxista gritou para um morador de rua: “vá trabalhar, vagabundo!”. “O mendigo era conhecido na região, trabalhava com coleta seletiva. Aí ele deu risada, olhou para o taxista e falou assim: ‘rapaz, eu tenho endereço fixo, não devo ao banco não, eu sou livre, vá trabalhar você, vagabundo!’. Eu achei genial, o taxista deu risada, buzinou pra ele e seguiu”, conta o poeta. “E aí, eu falei: gente, tá aí! Tudo é uma questão de afeto, de acolhimento”, conclui o artista de discurso acelerado, revelando que vez por outra é incompreendido pelos amigos, mas diz ser bem interpretado pelos “ditos mendigos e os doidões”, que nunca lhe pediram que repetisse suas falas. “No final, o que importa é estar abraçado, é o diálogo estar fluindo alí”, conclui. 

 

O grande fio condutor da história, então, virou aquele morador de rua. “Ele me permite falar sobre os atores sociais marginalizados, falar dos discursos marginais, que falam de verdades da sociedade, me possibilita ser o observador, porque tudo passa por ele na rua. Ele me possibilita costurar a ideia de afeto e acolhimento. E aí eu falei: ‘temos aí um personagem’”, detalha Adrião Filho. 

 

Além da inspiração concreta das ruas, as tradições ancestrais também deram tom ao projeto. “Redemoinho foi girando, os orixás foram permitindo com muito axé, porque eles costuram todo esse novelo de redemoinhos que giram e giram. Escutando o ‘Obatalá - Uma Homenagem a Mãe Carmen’, encabeçado por Gil, eu pensei: é isso. Ela [Mãe Carmen] fala que terreiro é um espaço de acolhimento, um espaço de afeto, fala que não há hierarquia como lá fora, mas o respeito que forma hierarquia. Aqui todo mundo é pai, é irmão, irmã, filhos e filhas. E aí eu falei: é isso que é basicamente a mensagem de ‘Redemoinho’: acolhimento e afeto”, explica.

 

Paralelo à obra literária, a ideia de seguir os estudos nunca morreu para o baiano, que por indicação de um amigo residente em Portugal, viu as portas se abrirem para o doutorado na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Desta vez, a pesquisa é na área de Gestão de Patrimônio Imaterial, com o tema “Terreiros de Candomblé - Potências Socioeconômicas“, que casa com o livro e toda sua trajetória, tanto acadêmica quanto pessoal. 

 

“Eu vi a oportunidade e pensei que estava diante de um tema que é muito importante. Porque eu sempre falei isso: os marginais, via de regra, são os explorados. A gente pega a mulher, que sofre feminicídio, machismo, e a sociedade global vai da economia doméstica e faz trilhão no mundo e não é paga; você bota o Brasil, a sociedade foi construída pelos pretos, que são os marginais; os índios; os homossexuais que são abusados em toda estrutura. Estruturalmente você vai ver que os marginais são abusados, explorados, oprimidos e expropriados da possibilidade do ser”, conta Adrião, que a partir desta análise entendeu que os orixás “costuram todas as narrativas”, desde o livro até o doutorado. “O que é o terreiro na Bahia e em Salvador? É uma potência socioeconômica. Por quê? Na pandemia, a cidade de Salvador deixa de receber R$ 1,7 bilhão sem o Carnaval. O Carnaval da Bahia é diferenciado e é essa grande festa por quê? Porque, basicamente, se inspira na festa de terreiro, ou seja, no grande culto chamado festa, que é o grande presente que nos foi dado por Olodumare”, concluiu o poeta, destacando a contribuição social e econômica das religiões de matriz africanas, ainda que elas sejam marginalizadas. 

 

“Partindo do universo que se delimita e se expande dentro dos Terreiros de Candomblé, temos a pretensão de trabalhar com uma tese que gire em torno ‘Dos ganhos socioeconômicos que se advêm da implementação de políticas públicas de proteção ao patrimônio imaterial (fazendo uma imersão no universo da pretitude baiana), articuladas às proposições das convenções internacionais’. Enfim, a correta gestão do patrimônio imaterial tem o poder de preservar, valorizar e ampliar os bens que o compõem”, resume.

Rum Alagbê convida mestre Gamo da Paz em live especial neste sábado
Foto: Zé Maurício Bittencourt

O Rum Alagbê promove neste sábado (17), uma live especial. A apresentação, transmitida ao vivo pelo YouTube, a partir das 10h, fecha um ciclo de atividades virtuais do projeto e terá como convidado especial o mestre Gamo da Paz, uma das referências sobreo universo dos tambores sagrados de matrizes africanas. Um videoclipe do projeto também será lançado.

 

Desenvolvido há 20 anos pelo Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé, o Terreiro do Gantois, em Salvador, o projeto Rum Alagbê vem, desde janeiro, realizando uma série de atividades on-line com objetivo de preservar, valorizar e difundir as tradições rítmicas percussivas de matrizes africanas. Batizado de “Rum Alagbê para Preservação, Salvaguarda e Difusão das Tradições Rítmicas do Terreiro do Gantois”, a iniciativa foi contemplada pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

 

Neste sábado, jovens de 15 a 29 anos, monitores do projeto que participaram dos quatro meses de oficinas formativas, estarão reunidos com o coordenador Iuri Passos em uma mostra musical. Juntos, eles recebem o mestre Gamo da Paz, um dos grandes mestres da atualidade na função e na arte de tocar o Hun, tambor sagrado. Iniciado no candomblé por Mãe Menininha, tem uma trajetória importante na música como produtor do respeitado  álbum “Odun Orin”, além de já ter contribuído em trabalhos de Gilberto Gil, Balé Folclórico da Bahia, Balé Folclórico do Brasil, entre outros. 

 

A atividade faz alusão à tradicional aula pública, realizada anualmente pelo Rum Alagbê na Praça Maria Pulcheria, em frente ao Terreiro do Gantois, em um movimento de aproximação entre o projeto e a comunidade.  

 

A live marca também o lançamento de um videoclipe inédito do Rum Alagbê. No clipe, que teve roteiro adaptado para filmagens seguras durante a pandemia, meninos e meninas do projeto tornam-se videomakers e registram cenas de seus cotidianos em isolamento, filmando as aulas de música, as ruas, becos, escadarias, vistas das suas janelas, imagens do Terreiro do Gantois, muros com artes em grafitti e a realidade da comunidade do bairro do Alto do Gantois.

'Rum Alagbê' promove preservação do patrimônio afro com atividades virtuais
Foto: José Maurício Bittencourt

A memória das tradições musicais afro-brasileiras está viva nas mãos de crianças e jovens baianos do Alto do Gantois. O projeto Rum Alagbê, desenvolvido há 20 anos pelo Ilé Iyá Omi Axé Iyamasé, o Terreiro do Gantois, em Salvador, realiza desde janeiro e até abril uma série de atividades virtuais com objetivo de preservar, valorizar e difundir as tradições rítmicas percussivas de matrizes africanas.

 

Batizado de “Rum Alagbê para Preservação, Salvaguarda e Difusão das Tradições Rítmicas do Terreiro do Gantois”, a iniciativa foi contemplada pelo Prêmio Jaime Sodré de Patrimônio Cultural, da Fundação Gregório de Mattos, Prefeitura de Salvador, por meio da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, com recursos oriundos da Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo, Governo Federal.

 

Desde janeiro, o projeto vem realizando oficinas de música on-line com jovens de 15 a 29 anos, moradores do Alto do Gantois e áreas vizinhas, que já atuam como monitores do projeto. Semanalmente, são realizados dois encontros entre o coordenador do Rum Alagbê, o professor e percussionista Iuri Passos, e os participantes. O projeto ainda prevê a realização de oficinas virtuais de confecção de atabaques, com ensinamentos e práticas dos mestres da fabricação desses instrumentos tão importantes nos ritos do candomblé. 

 

Além das oficinas formativas, estão acontecendo Encontros Musicais especiais entre Iuri Passos e os convidados Uirá Cairo, Rafael Palmeira e José Izquierdo. Abertos ao público e com transmissão ao vivo pelo YouTube do projeto, os bate-papos acontecem, respectivamente, nos dias 18, 25 de março e 2 de abril.

 

“Buscamos formas para que, mesmo com as restrições e cuidados exigidos pela pandemia, esses meninos e meninas possam reconhecer a importância da sua ancestralidade no fazer musical, de forma que descubram e desenvolvam habilidades e, dessa forma, se conectem com suas raízes, fortalecendo esse sentimento de pertencimento, que é tão importante na sua educação e formação pessoal”, destaca Iuri Passos. 

 

Duas atividades especiais marcarão o encerramento do projeto no dia 17 de abril com transmissão pelo YouTube do projeto: uma live, em que Iuri Passos e os monitores participantes se reunirão para uma grande mostra do trabalho realizado durante os quatro meses de oficinas, e o lançamento de um clipe, que trará com detalhes a potência artística e cultural do projeto. 

Terreiro Ilê Obá L´Okê lança plataforma com tour virtual 
Foto: Jamile Coelho

O terreiro Ilê Obá L´Okê, em Lauro de Freitas, vai lançar nesta quinta-feira (28), às 19h, através de uma live, uma plataforma imersiva para possibilitar uma tour virtual em 360° ao espaço. Além das visitas, a ferramenta digital vai  ofertar um curso sobre marketing digital entre os dias 28 e 31 de janeiro.

 

O lançamento vai contar com a participação da secretária estadual de Promoção da Igualdade Racial, Fábya Reis; do babalorixá do terreiro, escritor e antropólogo, Vilson Caetano; da cineasta Jamile Coelho; e do artista plástico, ilustrador e cenógrafo, Rodrigo Siqueira, axogun do terreiro e autor de obras que compõem o acervo do local.

 

A iniciativa ainda vai privilegiar os empreendedores negros da Bahia, com a disposição de um catálogo virtual para divulgação das marcas e produtos. As inscrições podem ser feitas pelo site do projeto (clique aqui).

 

"O Obá L´Okê é um grande centro cultural, um museu, além de ser um templo religioso. Ele possui uma quantidade de [obras no] acervo muito grande que a gente só consegue ver em museus fora do Brasil", comenta Rodrigo Siqueira sobre o repertório do terreiro.

 

Para Vilson Caetano, "um dos objetivos deste projeto é estreitar a relação entre as  pessoas e as religiões de matriz africana,  ao mesmo tempo em que visa ajudar estas religiões a enfrentar o racismo que gera ódio e a intolerância com as suas expressões".

 

Acusado de machismo e assédio, Baco Exu diz ser vítima de ‘racismo institucional’
Foto: Divulgação

Uma onda de acusações contra o rapper baiano Baco Exu do Blues tomou conta das redes sociais esta semana. Dentre elas a de que o artista seria “abusador” e “machista". As alegações não são ligadas a nenhuma pessoa específica, mas começaram a viralizar nas redes sociais na última segunda-feira (14). Entre os relatos, estão que "pessoas do meio musical" não gostariam do artista por causa dos supostos casos de abuso. Um outro internauta apontou que em um show Baco teria gritado que "uma mina preta é vagabunda". Há também questionamentos sobre a religião do rapper. Em prints compartilhados no Twitter,  não é possível identificar quem foram os autores das declarações.


Após as acusações, nesta terça-feira (15), Baco decidiu se manifestar por meio de suas redes sociais, mesmo, segundo ele, contrariando as orientações de sua equipe. “Questionaram minha fé nos últimos dias, falaram sobre minha luta pelos negros e minorias, me acusaram de ser violento e de ter abusado de alguém, uma mentira que muda de forma, endereço e motivos a todo instante, uma acusação que não tem rosto”, disse o músico, em um storie no Instagram. "Poderia falar que é um boicote a um artista negro em ascensão, que é também sobre racismo institucional, mas isso vocês todos já sabem que acontece, não vou me estender sobre isso”, acrescentou Baco, que disse ter entrado em um “limbo de tristeza” por muitos fãs acreditarem “na onda de notícias falsas”. “Entendo também que mesmo sem fundamento é uma história de acusação caluniosa forte e de fácil credibilidade, já que mesmo sendo negro e minoria também sou homem e sim é muito complicado confiar em homens em situações como essa. Venho pedir senso em apurar os boatos, lembrem-se que estão lidando com uma vida, saibam o quanto uma afirmação a qual você não tem certeza ou prova alguma pode acabar com uma vida”, disse o rapper, informando que “medidas legais estão sendo tomadas”. Atualizado às 15h02.

Em protesto contra intolerância, artistas e candomblecistas fazem ato em terreiro
Foto: Reprodução / Maiana Belo / G1

Integrantes do terreiro Casa de Oxumaré e grafiteiros baianos se reuniram nesta terça-feira (6), para uma ação contra as pichações que foram feitas no muro do terreiro na sexta-feira (29), localizado na Avenida Vasco da Gama, em Salvador (veja aqui). 

 

De acordo com informações do site G1, para os integrantes do candomblé e também para os grafiteiros a frase pichada "Jesus é o caminho", representou um ato desrespeito às tradições afro-brasileiras e uma tentativa de impor um pensamento religioso. 

 

Durante o ato artístico, foram feitas pinturas de elementos que representam o candomblé e um Oriki (história) que aborda o tempo religioso. 

 

"Vamos falar de maneira lúdica e com amor o conceito de respeito. Queremos trocar alegria, amizade, queremos que essas pessoas se sensibilizem a ponto de não sentir tanto ódio e não queira destruir um patrimônio como esse", disse a Yákekerê (mãe pequena) do terreiro, Sandra Maria Bispo.

 

Júlio Costa foi o artista responsável por convocar os outros participantes. Ele revelou que a ideia da ação surgiu após conversas com lideranças do terreiro. Os grafiteiros que se dispuseram a participar da atividade levaram o próprio material.

 

"O grafite é um movimento organizado, então ele tem fácil difusão entre os praticantes. Foi legal porque muita gente disse que viria. Cada um dos artistas trouxe seu material. É como se fosse o mutirão para 'bater'. A gente está nessa ideia de construção", contou Costa.

 

Sobre a pichação no muro do terreiro, o caso foi registrado na 7ª Delegacia, que fica no bairro do Rio Vermelho. Segundo o site, até agora nenhum suspeito foi identificado. 

Cultura afro-brasileira ganha livro escrito a partir de encontros entre crianças e anciãs
Foto: Divulgação

A partir da linguagem oral, a ancestralidade da cultura afro-brasileira ultrapassou barreiras entre gerações, ganhando as páginas do livro “Histórias que Agbá me Contou”, lançado na última terça-feira (12), em Salvador. A publicação foi produzida coletivamente por 17 crianças de 4 e 5 anos, da Escola Municipal José Lino, localizada no Pelourinho. “Aqui no Museu Nacional da Cultura Afro Brasileira, que é o Muncab, tem um grupo de voluntariado [Sociedade Amigos da Cultura Afro Brasileira (Amafro)], que já desenvolve um projeto chamado Erê e já fez ações em várias escolas. Este ano eles convidaram a nossa”, conta a professora Maria Patrícia Soares, responsável por mediar o trabalho, que foi coordenado pela professora Maria Augusta Rosa Rocha, mentora do projeto junto com o Amafro, do qual ela também é integrante.


Maria Patrícia explica que o desenvolvimento do que veio a ser o livro se deu a partir das “histórias contadas por Agbás, senhoras velhas de terreiros de candomblé e de fundações que tratam da cultura afro-brasileira”. Foram dez reuniões semanais, nas quais as crianças opinavam sobre o que gostariam de ouvir e recontar. “Os meninos disseram que queriam histórias sobre os animais, sobre a natureza, de medo. Depois disso, a cada dia tinha uma contadora, a primeira delas, da Fundação Pierre Verger, Dona Cicí, que contou a história do ‘Veganami’. E aí as crianças iam me dizendo as coisas e eu escrevia junto com eles, recontando o que Vovó Cicí contou”, lembra a professora. Fruto deste trabalho coletivo, o livro traz quatro histórias, que ganharam ilustrações dos pequenos alunos: “Veganami - o Bichinho Guloso”, “O Mito de Passinho”, “A Rivalidade entre Oramila e Ossain” e “Etu”. 

 


Lançamento aconteceu nesta terça-feira (12), no Muncab | Foto: Divulgação


A professora explica ainda que a construção do livro tem muito a ver com o que já se trabalha na instituição de ensino na qual ela leciona. “O tema no nosso projeto político-pedagógico é ‘O Menino do Pelô’, voltado para atender as questões de pertencimento desta criança que mora no Pelourinho. Então, o ‘Histórias que Agbá me Contou’ veio casar perfeitamente com o que a gente já trabalha, que é a valorização da cultura afro-brasileira, a valorização e o sentimento de pertencimento na comunidade, o sentimento de reconhecimento, como uma criança negra, que tem história, que seus familiares moravam e construíram o Pelourinho”, diz Maria Patrícia Soares, destacando a importância do projeto para desconstruir paradigmas e preconceitos amplamente disseminados na sociedade brasileira. “Em geral as escolas só trabalham com a cultura europeia. A gente tem livros que falam de Branca de Neve, de Cinderela, então a gente está falando com propriedade agora das histórias de nosso povo, de nossos ancestrais. Para nós é muito significativo, do ponto de vista até de quebrar esse preconceito da questão do que vem do terreiro. A gente precisa ver as belezas que vêm do terreiro”, avalia a professora.


O livro “Histórias que Agbá me Contou” teve uma tiragem de 200 cópias, que serão distribuídas entre as instituições que participaram do projeto, a Secretaria de Educação e as famílias das crianças.

Terreiro no Curuzu é tombado como Patrimônio Cultural de Salvador
Foto: Valter Pontes

O terreiro Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe, no Curuzu, foi o primeiro a ser tombado com base na Lei de Preservação do Patrimônio Cultural do Município de Salvador. O reconhecimento como patrimônio cultural foi feito em uma cerimônia na tarde desta sexta-feira (15). O sacerdote do templo, o doté Amilton Costa afirmou que o tombamento protege a integridade do espaço. O prefeito ACM Neto também participou da solenidade. Para ele, a cultura e as religiões de matriz africana influenciam e foram fundamentais na formação de cada ser de Salvador. Já para o presidente da Fundação Gregório de Matos, Fernando Guerreiro, o terreiro, no Curuzu, é “o último pulmão da Liberdade”, em referencia a área verde do espaço. O terreiro também é chamado de Vodun Zô. Ele é um dos poucos da nação Jeje Savalu no Brasil e único da Bahia. Sua tradição mantém originais os ritos da linhagem, como o dialeto africano ewe-fon, preservado nas expressões, cânticos, rezas e no cotidiano dos ritos. Segundo o doté Amilton, a etnia é mais rigorosa. Sua iniciação e trabalhos são mais prolongados. “Por isso, as pessoas não procuram tanto”, afirma. O jeje se diferencia das outras linhas do candomblé. Uma das diferenças é que as entidades são chamadas de vodun e não de orixás, e cultua a força da natureza, como o espírito da caça e da justiça. O pedido de preservação do terreiro partiu da Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro-Ameríndia (AFA). Entre os critérios usados para o tombamento estão questões como especulação imobiliária, dificuldade de manutenção das instalações e invasão de terreno. A área verde do terreiro, de aproximadamente 2.408 metros quadrados, é a única remanescente do Curuzu. Com o tombamento, o tempo não precisará pagar impostos, por ser reconhecido como entidade religiosa. Na próxima quinta-feira (21), a prefeitura deve oficializar o tombamento de 300 terreiros, que passarão a ter imunidade tributária e perdão de dívidas do passado.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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