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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

texto

Arcabouço: Cajado critica mudanças do Senado e diz que vai defender retorno do texto original
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Relator do novo marco fiscal - chamado também de arcabouço - na Câmara dos Deputados, Cláudio Cajado (PP), criticou as mudanças no texto feitas pelo Senado. Para o parlamentar baiano, as alterações não têm base técnica e que, se depender dele, serão retiradas do projeto final. 

 

No último dia 21, a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou o relatório do senador Omar Aziz (PSD-AM) que trouxe mudanças em relação ao texto enviado pela Câmara.

 

"As mudanças que o Senado fez, ao meu ver, tecnicamente não se sustentam, porque tudo aquilo que tem impacto no resultado primário deveria estar dentro da base de gastos e não está", iniciou Cajado. 

 

"O Senado, ao excepcionalizar o fundo constitucional do Distrito Federal, o Fundeb e as despesas com ciência e tecnologia, fez sem critério técnico, apenas para atender pressões dos setores nominados. Tecnicamente isso não tem sentido algum. Se depender da minha vontade, volta a tudo que era antes no meu relatório. Mas essa decisão vai ter que ser tomada pelo Colégio de Líderes e o presidente da Câmara", pontuou.

 

O Colégio de Líderes se reunirá na próxima segunda-feira (3). No encontro, os deputados irão decidir se a proposta sofrerá ou não alguma alteração. A votação do novo marco fiscal no plenário da Câmara dos Deputados deve acontecer na terça (4).

Irmã do rapper Criolo, poeta Cleane Gomes morre por Covid-19 aos 39 anos
Mãe de Cleane e Criolo fez texto emocionado sobre perda | Fotos: Instagram

Vítima da Covid-19, a poeta Cleane Gomes, irmã no rapper Criolo, morreu aos 39 anos, no último sábado (5). A informação foi confirmada pela mãe dos artistas, a professora, filósofa e escritora Maria Vilani, nesta segunda-feira (7), em sua conta oficial no Instagram. 

 

Em um texto emocionado, Vilane prestou homenagem à filha, cujo nascimento foi considerado “o dia mais feliz” de sua vida. “Eu já era mãe de dois filhos, o Clayton e o Kleber [nome de batismo de Criolo], meu grande sonho era ser mãe de menina desde o primeiro parto, mas Papai do Céu presenteou-me com dois meninos maravilhosos, e depois de sete anos você chegou, depois de uma gravidez muito difícil, pois parecia que você não queria vir a esse mundo, mas aceitou a missão para fazer-me feliz”, escreveu.

 

No tributo, Maria Vilani citou as dificuldades enfrentadas pela família para prosperar e o contato com as artes, desde bem cedo. “Quando você nasceu eu falei para o seu pai que havia nascido a artista da família, por isso matriculamos o Clayton e o Kleber numa escola de violão, ou melhor, matriculamos o Clayton, pois o Kleber ficou no curso como ouvinte, não podíamos pagar mensalidade para os dois; a sorte é que os dois são canhotos, então compramos apenas um violão, mas com a mudança de residência perdemos a escola de violão, só o Clayton conseguiu aprender um pouco. Você foi embalada com muito carinho por mim, seu pai e seus irmãos, você era a nossa princesinha, e para a sua avó paterna você era UM RAIO DE SOL”, lembrou Vilani, destacando como Cleane foi “boa mãe, boa filha, boa irmã, magnífica tia, uma excelente amiga e professora, uma grande artista circense e cênica, artista plástica, compositora e poeta das boas”.


 
Apesar de lamentar a perda, a professora afirmou que a filha “não está morta, muito menos sepultada” pois é luz e “ninguém consegue sepultar luz”, e pontuou que  Cleane foi recrutada por Deus para uma missão no plano espiritual. “Agradeço a Deus o tempo que Ele permitiu a sua presença nesse plano terrestre”, acrescentou.

 

A mãe de Criolo e Cleane disse ainda que não se sente revoltada pela pandemia ou “pelo descaso do governo em relação às vacinas”, por sentir que a filha partiu em seu momento de partir. “Se não fosse a COVID 19, seria qualquer outro motivo. Você realmente terminou a sua missão nesse plano, em 05 de junho de 2021. Seria egoísmo não aceitar a sua libertação”, defendeu a professora, pontuando que lamenta mesmo neste momento é escrever o texto sem a supervisão da filha. “Você revisava tudo antes de eu postar nas redes sociais, o texto vai cheio de erros, mas cheio de amor, aceitação e resignação. Deus te abençoe”, conclui.

'Mostrou ser um nanico, um bostinha sem senso de humor', diz Barbara Gancia sobre Emicida
Fotos: Divulgação

Depois de ser mencionada por Emicida, durante o programa Roda Viva exibido nesta segunda-feira (27), na TV Cultura, Barbara Gancia fez duras críticas ao rapper. “Esse rapazinho deveria parar de ouvir apenas o som da própria voz. Essa viagem de achar que por ser defensor dos pobres e oprimidos ele tem o direito de sair por aí espinafrando os outros sem procurar se informar provavelmente vai lhe custar alguns dias no purgatório antes de sentar-se à direita de Deus Pai, como ele parece almejar”, escreveu a jornalista e apresentadora em sua conta no Twitter, nesta terça (28).

 

O atrito acontece, porque o artista lembrou de um texto publicado por Barbara em 2007, no qual ela  sugeria que o hip hop estava vinculado ao tráfico de drogas (clique aqui e saiba mais). “De minha parte, eu já expliquei um milhão de vezes, inclusive para ele pessoalmente, que fui uma das tantas pessoas da minha geração que não conseguiam achar graça em ver alguém pegar uma música de sucesso, gravar a própria voz em cima e sair dizendo que se tratava de uma composição sua. Pois é, era assim que a topeira aqui via o rap. Tirei um sarro disso na minha coluna da Folha algumas vezes. Daí tomei tanta porrada que resolvi tomar vergonha na cara e ir estudar a história do rap e do hip-hop pra entender do que se tratava”, alegou a apresentadora, afirmando que depois de “passar dia e noite ouvindo pra aprender” teve como resultado “uma completa conversão”.

 

“Gostaria de convidar a todos para visitar agora mesmo o meu perfil no Spotify (@bgancia ) e conferir as minhas playlists para verificar se há hip-hop, se eu sou essa pessoa escrota que esse moleque está dizendo que sou. Eu era idiota, tomei na cabeça, fui lá, ralei e aprendi”, disse a jornalista, destacando que Emicida não procurou saber quem ela é antes de “esculhambar publicamente”, mesmo sabendo “o custo que um ataque desse tipo pode ter nas redes sociais justiceiras e magnânimas dos dias de hoje”. Segundo Barbara Gancia, Emicida “mostrou ser um nanico, um bostinha sem senso de humor, o mesmo que reagiu feito moleque chorão quando eu tirei sarro dele no Twitter”.

 

A jornalista lamentou o comportamento do músico e defendeu que ele deveria ter aprendido a respeitá-la, já que ambos trabalham no GNT. “Somos colegas de elenco, eu tenho idade pra ser mãe dele, a nossa chefe já falou pra ele que ele estava errado em me julgar tão mal e, na real, eu acho o trabalho social que ele faz admirável. Mas essa parada aqui comigo passou dos limites, melancólica mesmo. Ele continua sendo o mesmo que se recusou a trabalhar comigo na Copa da Rússia, o mesmo que me julga sem nem sequer se questionar porque alguém que ele considera tão desprezível ocuparia espaços em lugares tão próximos aqueles em que ele também está presente. Seriam todos idiotas e só ele enxerga a verdade? Olha só, Emicida: humildade é boa e mandou lembranças, sabichão”, concluiu.

Texto de Lázaro Ramos será encenado pela primeira vez em Salvador
Ridson Reis | Foto: Fabricio Rocha / Divulgação

Com texto do ator, escritor e diretor Lázaro Ramos, a peça "Boquinha... e assim surgiu o mundo" será apresentada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves (TCA). As apresentações serão nos próximos dois fins de semana, dias 02, 03, 09 e 10 de novembro.

 

A peça, que conta com direção e atuação de Ridson Reis, promove o encontro do pequeno João Vicente com as diversas perspectivas de surgimento do mundo. A sinopse acompanha uma viagem de João por seu quarto e pelas anotações de seu avô. Por lá, ele encontra amigos mágicos que o ajudam a fazer o dever de casa e a pensar nas múltiplas possibilidades de respostas para a indagação. Além disso, a montagem dialoga também com o universo da mágica, do ilusionismo e do audiovisual.

 

“Contando várias versões de como surgiu o mundo, o espetáculo estimula as crianças a pensarem como as coisas são criadas, mas também, fundamentalmente, estimula as crianças a cuidarem das coisas, cuidarem do mundo, dos objetos, das pessoas e de si mesmas”, ressalta Lázaro Ramos.

 

O espetáculo integra a programação especial do TCA.Criança e, junto com outros projetos, inicia o ciclo para a comemoração dos 30 anos do Bando de Teatro Olodum.

 

Integrante do grupo, Ridson Reis divide a tarefa de atuar e dirigir em seu primeiro espetáculo solo. Neste projeto, ele também faz sua estreia no universo infantil.

 

“Eu acredito que as crianças são a chave para a estruturação de um mundo melhor. Pensando nisso que decidi me arriscar a subir num palco sozinho e encarar esses seres que são os maiores sonhadores desse universo. É através dos sonhos que conseguimos nos manter firmes na realidade, acreditando e tendo fé na humanidade. E esse espetáculo é, também, a realização de um sonho que sem uma grande equipe por trás não seria possível. Uma equipe muito profissional e que joga junto”, reflete Reis.

 

A criação do conteúdo audiovisual e de animações serão feitos pela Estandarte Produções Òrun Àiyé. O cenário e o figurino ficam a cargo de Guilherme Hunder e Luiz Buranga. Já a iluminação leva a assinatura de Luiz Antônio Sena Jr. enquanto Roquildes Junior assina a direção musical e também a co-direção da obra.

 

SERVIÇO

O QUÊ: Espetáculo “Boquinha... e assim surgiu o mundo”

QUANDO: dias 02, 03, 09 e 10 de novembro, às 16h

ONDE: Sala do Coro do TCA

QUANTO: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)

Lulu Santos denuncia Fake News: ‘texto abaixo atribuído a mim é absolutamente falso’
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Lulu Santos denunciou, nesta segunda-feira (28), o uso indevido de seu nome como autor de uma carta aberta que tem circulado na internet. “O texto abaixo atribuído a mim é absolutamente falso, FakeNews da pior espécie, e me admira que algum meio de informação minimamente responsável o esteja veiculando”, afirmou o artista, por meio de suas redes sociais. “Não é minha linguagem e tampouco meu pensamento. Repudio”, concluiu Lulu Santos. O texto em questão, que em outras ocasiões também já foi atribuído a Sérgio Reis e Mr. Catra, é uma carta supostamente publicada no Jornal Diário de São Paulo, criticando “a classe política desse país desfilando uma incompetência absurda”. Em um trecho da carta atrelada erroneamente a Lulu Santos, o autor pede “perdão ao Brasil pela porcaria” que fez. “Deveria ter ficado em casa quieto lutei pra ver corrupto no poder fazendo manobras pra se manter no poder e porque estamos quietos? Cade voce nas ruas? Esqueçam cor de bandeiras.vamos nos unir e lutar por so .motivo ; nossos direitos SOMOS mais de trinta milhões de aposentados!” (sic.), diz o texto falso, com uma série de erros ortográficos. 

Celso Junior celebra 30 anos de carreira com peça sobre reinvenção e memórias
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Fruto das inquietações de um professor e do escasso material de estudo sobre dramaturgia contemporânea na América Latina, a versão brasileira do espetáculo “A Persistência das Últimas Coisas”, dirigida por Celso Junior, estreia nesta quinta-feira (28) e segue temporada até 8 de outubro, no Teatro Vila Velha. O texto original, do jovem argentino Juan Ignacio Crespo, é sobre o fim de um romance entre dois rapazes e a dificuldade de lidar com as memórias e a perda. Tanto a temática, como a forma de contar esta história, conquistaram o brasileiro, de cara, durante uma viagem a Buenos Aires. “Eu saí com a ideia de 'eu preciso desse texto pra usar em sala de aula’, porque é um bom exemplo de dramaturgia contemporânea latino-americana”, lembrou Celso Junior. “Só pra você ter uma ideia, dos autores das peças latino-americanas que a gente estuda nas aulas, a mais recente era de 1976. Então, eu tinha um texto de 2013, 2014, que foi escrito agora e fala de temas universais, não só geograficamente, porque são questões humanas de qualquer pessoa”, revela o diretor baiano, contando que inicialmente não pensava em montar o espetáculo, mas apenas traduzir e usar em suas aulas. 


A ideia de levar sua versão de “A Persistência das Últimas Coisas” aos palcos veio em 2016, por um motivo especial: a celebração de um marco em sua trajetória profissional. “Como estou comemorando 30 anos de carreira, pensei: ‘vou dirigir uma peça, vou atuar numa peça e vou fazer um recital de poesias’. Essa era minha ideia inicial. Aí, como não consegui dinheiro pra nada, eu disse: ‘vou montar a peça’. O dinheiro que eu gastaria numa festa, eu estou montando o espetáculo”, diz o diretor, aos risos. O primeiro passo foi fazer a tradução literal, com o objetivo de transpor para o português a ideia original do autor. Neste processo, Celso conta que passou por algo que chamou de uma “dificuldade ótima”. “Como o texto é muito contemporâneo, os diálogos tem muito palavrão, gíria local. Então precisei entender o que essas expressões significavam para o argentino de hoje e comecei a transpor”, explica. Dentro desta ideia, ele não mudou quase nada, exceto um ou outro termo, a exemplo de “boliche”, usado na Argentina e alguns países sul-americanos, e que no Brasil poderia ser substituído por “balada” ou “reggae”, no “baianês”. “Fiz uma tradução que se preocupa em não transliterar, mas dar ao ouvido brasileiro uma noção clara do que o texto está dizendo lá”, resumiu Celso Junior.

 


Celso Junior destaca que procurou "não baianizar" a peça, cuja história poderia se passar em qualquer cidade contemporânea | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias


Para contar sua versão desta história de sentimentos universais, ele pontuou, no entanto, que se preocupou em “não baianizar” demais a peça. “Ela não se passa no Pelourinho, não se passa na Pituba. Se passa em um lugar qualquer, numa cidade qualquer, como Buenos Aires, como Salvador, como qualquer outra”. Com texto em mãos, foi o momento de escalar o elenco, que conta com três atores já conhecidos do diretor: Igor Epifânio, Vinicius Bustani e Paula Lice, esta última, conta Celso, veio logo à sua cabeça no momento em que viu o espetáculo original. “Que bonito, numa montagem brasileira, Paula Lice seria a pessoa ideal, porque ela traz uma loucura e um humor muito específico para a personagem”, lembra ele, que em seguida fez o convite. Paula viverá uma mulher sem nome, amiga e confidente de Federico, personagem principal, interpretado por Bustani. “Ele terminou um relacionamento de dez meses e não está conseguindo se livrar disso. Ele está muito apegado, e aí entra numa esfera da loucura, contrata um detetive para seguir o ex, fica muito ciumento, procura até uma cigana para fazer uma amarração para o cara voltar, quer dizer, ele está muito apegado a isso”, narra Celso Junior. “Ele se dá conta no meio do caminho, que quando eles começaram o namoro, eles inventaram para os amigos versões diferentes de como eles começaram, para glamourizar e romantizar o início. Ele não lembra mais a versão verdadeira. A peça reconta essas versões, e o que a gente vai percebendo é que ele só vai conseguir vencer essa separação quando ele se lembrar exatamente como foi que eles começaram”, explica o diretor, que de certa forma acabou traçando um paralelo para sua própria vida, apesar de já estar na casa dos 50, enquanto os personagens vivem os dilemas dos 30 anos. 

 


Versão brasileira do espetáculo "A Persistência das Últimas Coisas" tem Igor Epifânio, Vinicius Bustani e Paula Lice no elenco | Foto: Divulgação


Neste sentido, Celso lembra que a peça fala muito sobre memória e o modo como as pessoas a acionam para reinventar sua própria história. “Apesar da peça falar especificamente de uma relação amorosa, eu acho que nesse momento eu estou falando também sobre a minha carreira, essa coisa de reinventar as pequenas histórias, as pequenas coisas, 'as últimas coisas'”, diz, sem deixar, entretanto, de diferenciar as inquietudes de cada geração, já que, para ele, essa angústia de fim de relacionamento não reflete sua atual fase. “Não passo mais por essa crise. Essa é uma crise muito das pessoas que estão se aproximando dos 30 anos, que acho que é quando elas começam a se dar conta da sua mortalidade. Então, cada final de relacionamento é como se fosse uma notícia de que você está se aproximando mais do fim da sua vida”, explica. Dito isto, ele se questionou sobre os motivos que o atraíram tanto na montagem e acabou encontrando a resposta: “Eu estou fazendo 30 anos de carreira e cada final de temporada é um final de carreira. Cada peça que termina e não volta mais a cartaz, eu me despeço dela como se fosse um relacionamento que acabou e que agora virou uma história”, conclui o diretor, que diante do momento vivido no Brasil e no mundo, para 2018 já decidiu acessar outras memórias, montando um espetáculo de Nelson Rodrigues. “É uma onda mais careta que está em momento de expansão. Ano que vem eu estava em dúvida do que fazer, mas já tomei a decisão. Vou montar uma peça que foi escrita e foi escândalo 60 anos atrás, para fazer escândalo 60 anos depois: ‘Os Sete Gatinhos’”, provoca.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Espetáculo “A persistência das últimas coisas”
QUANDO: 28 de setembro a 8 de outubro. Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha – Salvador (BA)
 VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), nas compras até 27 de setembro, no internet (clique aqui)   | R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), na bilheteria, nos dias de espetáculo

Celso Junior celebra 30 anos com drama contemporâneo adaptado de texto argentino
Foto: Divulgação

Com mais de 60 espetáculos teatrais realizados, o diretor baiano Celso Junior celebra seus 30 anos de carreira com uma nova montagem: “A persistência das últimas coisas”. Traduzida e adaptada do texto do autor argentino Juan Ignacio Crespo, pelo próprio Celso, a peça fica em cartaz de 28 de setembro e 8 de outubro, no Teatro Vila Velha, em Salvador. "Assisti à montagem original, no pequeno Teatro Vera Vera, em Buenos Aires, em 2014, sob a direção do próprio Juan e fiquei bastante entusiasmado com o texto", lembra o diretor. No elenco, o vencedor do Prêmio Braskem 2017 de Melhor Ator, Igor Epifânio, além de Vinicius Bustani e Paula Lice. A peça é centrada em Federico (Bustani), que está abalado pelo fim de um relacionamento, mas continua obcecado pelo ex-namorado (Epifânio) a ponto de contratar um detetive particular para o investigar. Neste processo, uma amiga e confidente (Lice) ajuda o protagonista a recompor um painel de emoções. "'A persistência das últimas coisas' tem uma poética e temática interessantes, trata de assuntos absolutamente universais como o amor e a sua perda", aponta o diretor. "Me interessa também a tomada de consciência da personagem que percebe que o fracasso amoroso é uma representação da sua mortalidade: terminar um relacionamento é morrer um pouco, é se aproximar do fim", completa.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Espetáculo “A persistência das últimas coisas”
QUANDO: de 28 de setembro a 8 de outubro. Quinta a sábado, às 20h e domingo, às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha – Salvador (BA)
 VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia), nas compras até 27 de setembro, no internet (clique aqui)   | R$ 30 (inteira) e (R$ 15), na bilheteria, nos dias de espetáculo

HQ sobre história do Hip Hop chega ao Brasil com texto de apresentação por Emicida
Foto: Divulgação / Montagem BN
A história em quadrinhos Hip Hop Genealogia, do quadrinista norte-americano Ed Piskor, chega às livrarias brasileiras em 31 de outubro com um texto de apresentação assinado pelo rapper paulista Emicida. O livro consiste no primeiro volume da série "Hip Hop Family Tree", que conta momentos fundamentais da recente história da cultura hip hop até 1981, quando o ritmo ganha notoriedade no grande mercado fonográfico. Em texto obtido com exclusividade pela versão brasileira do site Vice, o cantor salienta que as histórias em quadrinho salvaram sua vida tanto quanto seu interesse pelo hip hop. “A verdade é que durante aqueles anos de pobreza financeira, baixa autoestima e ausência de expectativa, o que povoou minha imaginação e fez com que alguma esperança de um mundo melhor brotasse foram as rimas dos Racionais e o universo de Stan Lee”, conta. Além disso, o cantor elogia Piskor e destaca a importância do trabalho do quadrinista para o resgate da história do hip hop. “A cultura hip hop nunca morre, ela nasce a cada vez que você admira um graffiti, um passo de break, um scratch ou a rima de um MC. E ela ressurge com mais força ainda quando você compartilha isso”, opina. Vencedora do Eisner Award, o Oscar dos quadrinhos, Hip Hop Genealogia chega ao país pela editora Veneta através de uma parceria com a agência Dabba e a gravadora Laboratório Fantasma.
Escritor Rubem Fonseca assinará texto inédito para novela da Globo, diz colunista
Foto: Divulgação
O escritor Rubem Fonseca, autor de obras famosas como “A Grande Arte” e “Feliz Ano Novo”, e considerado como um dos maiores contistas, romancistas, ensaístas e roteiristas brasileiros, escreverá um texto inédito para uma novela das seis, que será exibida no próximo ano, na TV Globo. A informação foi divulgada por Flávio Ricco, no Uol, nesta quarta-feira (4). 
Em texto publicado em seu blog, Pitty defende Anitta contra ataques machistas
Foto: Divulgação
A cantora Pitty publicou em seu blog, O Boteco, neste domingo (2), um texto intitulado “Seu Corpo é Seu”, no qual defende a funkeira Anitta, dona do hit “Show das Poderosas” e de looks um tanto ousados. No post, a baiana explicou que recebeu mensagens de fãs pelas redes sociais, sobre covers das faixas "Máscara" e “Na Sua Estante” feitos pela carioca, ao vivo. “Eu achei divertidíssimo que alguém de um universo tão diferente estivesse ligada no meu som e reinterpretando-o a sua maneira”, escreveu ela, que conhecia Anitta até então como “aquela menina do clipe bonito”. O que incomodou a rockeira foram as réplicas publicadas por meninas que utilizavam um discurso machista para desmoralizar a funkeira, criticando a exposição de seus atributos físicos. “Ninguém falava sobre mérito musical, cantou bem ou cantou mal, mas sim ‘mostrou o corpo’”. Pitty respondeu os comentários maldosos com a frase “nosso corpo é nosso” e exaltou o direito das mulheres de vestir, falar e fazer o que quiserem. “O resto, meus amores, é só opressão”, concluiu.
 
Leia a publicação na íntegra:
 
Começou assim: alguém me avisou que Anitta tinha postado um trecho de uma música minha numa rede social. Depois me mandaram um link dela cantando "Máscara" ao vivo num show. Depois outro dela cantando "Na Sua Estante". E eu achei divertidíssimo que alguém de um universo tão diferente estivesse ligada no meu som e reinterpretando-o a sua maneira. Isso já faz um tempo, e tudo o que eu sabia até então é que eu a tinha visto num clipe com uma fotografia massa. “Ah, é aquela menina do clipe bonito”, pensei. E o tempo foi passando, e as reações de algumas pessoas em comentários quando me mandavam os links começaram a me deixar intrigada-barra-preocupada. Geralmente meninas, e novas, com um discurso de “credo, essa menina cantando sua música, ela fica aí mostrando o corpo, sendo vulgar” etc, etc. Coisas desse tipo. Percebi que o que incomodava não era necessariamente o estilo, ninguém falava sobre mérito musical, cantou bem ou cantou mal, mas sim MOSTROU O CORPO. E até hoje, volta e meia alguém me escreve com esse papo. Sempre fui uma pessoa discreta, não curto expôr vida pessoal e nem sou afeita a ensaios sensuais; não por pudor, mas por sentir que a máquina patriarcal que opera esses mecanismos acaba sempre nos colocando como bibelôs à disposição- mesmo quando tenta nos convencer de que isso é exercer liberdade. Quando o fiz, procurei que fosse em um veículo no qual eu sentia que realmente esse exercício de liberdade estaria em primeiro plano. Enfim.
 
O que me deixou aflita e o que eu queria dizer para aquelas meninas que mandaram as mensagens é: NOSSO CORPO É NOSSO. Não deixe ninguém te dizer o contrário. Desfrute dele, assuma-o com a forma e tamanho que ele tiver, vivencie seu corpo- assumindo a responsabilidade que isso traz. Esse empoderamento é importante pra todas nós. Nós podemos usar a roupa que quisermos, podemos dizer o que quisermos, podemos ficar com quem quisermos, a hora que quisermos. Somos donas do nosso destino e estamos aqui para sermos felizes e nos sentirmos bem. O resto, meus amores, é só opressão.
Pra mim isso tudo é clichê de tão óbvio, mas achei que devia dizer.

Um abraço carinhoso pra todas, suas lindas. 
E em tempo: um beijo, Anitta!
Em texto, curador da Flica critica protesto que forçou cancelamento de mesas
O curador da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) Aurélio Schommer publicou, no início da tarde desta segunda-feira (28), um texto em repúdio às manifestações que forçaram o cancelamento de duas mesas do evento no sábado (26). O clima ficou tenso na manhã do quarto dia de festa, após um grupo de estudantes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) protestar durante um debate com o geógrafo e sociólogo Demétrio Magnoli, conhecido por ser contra as cotas raciais. Chamado de “racista”, o pesquisador não conseguiu continuar a falar na mesa chamada “Donos da Terra? - Os Neoíndios, Velhos Bons Selvagens“ e o evento acabou suspenso. A mesa da noite, intitulada “As Imposições do Amor ao Indivíduo”, que contaria com as presenças do filósofo Luiz Felipe Pondé e do sociólogo Jean-Claude Kaufmann, também foi suspensa devido à ameaça de novos protestos e à falta de garantia da integridade física dos convidados. No texto, Schommer, que também é autor de “História do Brasil Vira-Lata: As Razões Históricas da Tradição Autodepreciativa Brasileira", questiona os motivos pelos quais quiseram proibir Demétrio Magnoli, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, Jean-Claude Kaufmann e Luiz Felipe Pondé de falar em uma festa literária. Confira texto na íntegra:
 
"SOBRE OS ATAQUES À LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA FLICA
 
Há coincidências que parecem profecias. Há uma semana, dei uma entrevista no Conselho Estadual de Cultura. Entre outras opiniões, disse que Voltaire era proibido na França, lido escondido, pois suas ideias eram subversivas. E emendei: as ideias de Voltaire são subversivas no Brasil de hoje. Porém as ideias dele mudaram o mundo, pois os indivíduos começaram a se perguntar: por que proíbem seus livros?
 
Assim, a pergunta que fica após a agressão de inimigos da liberdade de expressão à Flica, que nos fez cancelar a participação de quatro autores, é: por que quiseram proibir Demétrio Magnoli, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, Jean-Claude Kaufmann e Luiz Felipe Pondé de falar numa festa literária? O que de tão perigoso e subversivo eles teriam a dizer? Quem se propôs à violência para calá-los têm medo de quê?
 
Não vamos responder à violência com violência. Vamos aproveitar que os livros de Demétrio Magnoli, Maria Hilda Baqueiro Paraíso, Jean-Claude Kaufmann e Luiz Felipe Pondé ainda podem circular no Brasil (se dependesse deles, certamente seriam queimados) e descobrir nos livros deles o que de tão perigoso, de tão subversivo, há em suas ideias. Se fizermos isso, o mundo muda, como mudou quando começaram a se perguntar por que Voltaire era subversivo."
Peça ‘A Conferência’ prorroga apresentações em Salvador
Foto: Divulgação
O espetáculo “A Conferência” do Grupo Oco Teatro Laboratório prorrogou as apresentações até o dia 31 de março, no Teatro Vila Velha. A peça acontece às sextas e sábados, às 20h, e  aos domingos, às 19h. Dirigido por Luis Alonso, com texto de Paulo Atto, o drama discute as relações sociais e de poder, migração e política, sempre com bom humor. 
 
Entre a performance art e o happening, o espetáculo propõe a intervenção na sala teatral ou espaço alternativo. "É um espetáculo com uma abordagem artística conceitual, que pretende provocar a reflexão sobre os espaços de convívio", declarou o diretor Luis Alonso.
Depois de 33 anos, Ferreira Gullar lança texto para teatro
Há 33 anos, desde quando “Um Rubi no Umbigo” foi lançado, Ferreira Gullar não escrevia um texto para teatro. Mas imerso em reflexões sobre o homem, o poeta chegou a uma ideia que não cabia em versos e decidiu se dedicar a uma peça. O resultado “O homem como invenção de si mesmo” será lançado em livro, pela José Olympio, antes de chegar aos palcos. “É a ideia de que o homem é a invenção que faz de si mesmo. O homem vive na cidade, que é uma invenção. Quem vive na natureza é macaco ou onça. Até o índio vive numa cultura criada por ele. É uma ideia aceitável, e como não sou filósofo e não escreveria um tratado, fiz uma peça”, conta Gullar. A montagem teatral do texto deve estrear em São Paulo, em 2013, com Osmar Prado.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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