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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

trio eletrico

Problema em peça deixou trio de Ivete torto, confirma Saltur
Foto: Reprodução / X

 

A inclinação do trio elétrico puxado por Ivete Sangalo no bloco Coruja, que provocou um verdadeiro susto nos convidados e foliões foi provocado por uma peça com problema. A informação foi confirmada pela Saltur, responsável pela organização do carnaval de Salvador.

 

O episódio aconteceu na noite desta segunda-feira (12) no circuito Dodô (Barra/Ondina). Em vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o momento em que convidados de Veveta precisaram ir todos para um lado só do trio para que ele ficasse balanceado. Logo em seguida, o veículo foi esvaziado, permanecendo apenas a cantora e os músicos. 

 

Conforme informações da Saltur repassadas ao iBahia, o equipamento que ocasionou o incidente seria o pino da balança, peça responsável pela sustentação do trio elétrico. O problema foi resolvido e a retirada dos convidados foi uma medida de segurança.

 

Tudo aconteceu depois da explosão de um cano de CO2, que era usado nos efeitos especiais do trio. De acordo com assessoria de Ivete, uma mangueira teria escapado, provocando o vazamento. Duas pessoas tiveram ferimentos leves. Imagens feitas de cima do trio, logo depois da explosão, mostram um homem com um sangramento na mão e outra pessoa teria ferido um olho.

Banda Atitude 67 revela “sonho” em lançar trio no Carnaval de Salvador
Foto: Thiago Tolentino / Bahia Notícias

“Um trio elétrico do Atitude seria um sonho para nós. Não podemos dizer quando, mas é um projeto que pensamos como um sonho poder colocar nosso trio aqui na avenida”. Essa foi a opinião dos integrantes da banda Atitude 67 sobre lançar um trio elétrico próprio no Carnaval de Salvador. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12), no quinta dia de folia.

 

“É uma ótima ideia, cara! Um trio elétrico do Atitude seria um sonho para nós. Já participamos de trios elétricos, inclusive aqui na Bahia, como o trio do Leo Santana e uma vez do trio do Harmonia do Samba. A energia é incrível. Não podemos dizer quando, mas é um projeto que pensamos como um sonho poder colocar nosso trio aqui na avenida”, disse a banda.

 

O grupo também fez uma avaliação do Carnaval deste ano, pontuando que o público aumentou consideravelmente. Eles também destacam a nova fase dos trabalhos do Atitude 67. “Estamos trazendo a musicalidade nova do nosso novo trabalho com o Atitude 67 fazendo arte. Inclusive, deixo o recado para a galera nos seguir, pois lançaremos a segunda parte agora no final do Carnaval e a terceira no final do verão”, afirmou a banda.

Motoristas de trios elétricos vão passar por bafômetro antes e depois de desfiles no Carnaval 2024
Foto: Fernando Vivas/GOVBA

O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Polícia Técnica (DPT), irá fiscalizar, durante todo o Carnaval da Bahia 2024, os veículos e condutores de trios, carros de apoio, carros de som, minitrios, microtrios e veículos alegóricos que participarão da festa momesca em Salvador.

 

Nesta semana, desde a segunda-feira (29), foram iniciadas as vistorias prévias realizadas pelos três órgãos estaduais com os trios elétricos e os seus condutores. São avaliados requisitos que vão desde a documentação do veículo e dos motoristas, tamanhos e dimensões estruturais, equipamentos obrigatórios. Após checagem, o departamento estadual de trânsito emite o adesivo de ‘Veículo Vistoriado’, que é fixado na carroceria e visível para o desfile, com um QR Code contendo todas as informações necessárias.

 

"O Detran é o anjo da guarda do folião e da população, porque atua na prevenção de acidentes através dessas vistorias prévias. Conseguimos verificar os itens de segurança, documentação do veículo e do condutor do veículo”, explicou o coordenador-geral de Fiscalização do Detran, Fabrício Araújo. Ainda conforme Araújo, a fiscalização seguirá nos circuitos durantes os dias de Carnaval. “Como a fiscalização de alcoolemia no início e no final do percurso, e a verificação se o veículo continua apto para permanecer nos circuitos ou não", informou o representante do Detran.

 

PREVENÇÃO

Além da fiscalização, o órgão estadual de trânsito realizará capacitação dos motoristas de trios elétricos e ações de educação para o trânsito. Ao todo, 113 servidores estarão de plantão durante todo o Carnaval e o órgão prevê um investimento de quase meio milhão de reais em apoio à garantia da segurança da festa.

 

Conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros da Bahia, Valdir Ferreira, o objetivo é garantir a prevenção e segurança dos foliões e das equipes que irão atuar nos trios elétricos, como músicos e técnicos.

 

“Nos preocupamos com a proteção das rodas para evitar atropelamentos, com as saídas de emergência para que todos possam sair de maneira segura dos trios elétricos, temos brigadistas especializados em segurança contra incêndio para cuidar da proteção das pessoas”, explicou o bombeiro militar.

 

O trabalho intersetorial envolvendo os órgãos de fiscalização do Estado garante um Carnaval mais seguro para trabalhadores e foliões da maior festa de rua do planeta. O dono do trio elétrico Twister, Lismar Dourado aprovou a ação de vistoria. “A fiscalização é muito importante porque são verificados vários itens de segurança. Um trio elétrico desse na avenida, são 60 a 70 toneladas, e aqui é verificado o freio, a embreagem, a parte elétrica, garantindo uma total segurança, tanto para nós, proprietários, quanto para os foliões”, afirmou o empresário.

Detran-BA inicia vistoria de trios e carros de apoio para a Micareta de Feira de Santana
Foto: Itailuan dos Anjos / ASCOM Detran-BA

O Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Detran-BA) começou a realizar, desde segunda-feira (17), as vistorias prévias de trios e carros de apoio que irão desfilar na Micareta de Feira. A estimativa é que, até quinta (20), cerca de 30 veículos sejam vistoriados, no Parque de Exposições João Martins da Silva, em Feira de Santana. Assim como acontece antes do Carnaval de Salvador, como forma de garantir segurança aos foliões e trabalhadores da festa, os técnicos e peritos do órgão estadual avaliam o dimensionamento e condições dos caminhões, documentação de condutores e dos trios, além das adaptações permitidas para circulação entre milhares de pessoas.

 

Após essa fase, durante os dias do evento, acontecerá a fiscalização de trios antes dos desfiles, como ação preventiva de segurança. Na ocasião, são avaliadas as condições dos carros aprovadas na vistoria e realizados testes de etilômetro nos condutores. Além disso, cerca de 300 veículos pequenos e médios que atuam durante os dias da festa também já foram vistoriados. 

 

Folhetos e ventarolas contendo orientações de trânsito seguro serão distribuídos pelas equipes da 3ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito). Em locais próximos ao circuito da festa, serão realizadas blitzes através da Coordenação de Fiscalização e Operações de Trânsito (CFOT) do Detran, em parceria com o Esquadrão Asa Branca, da Polícia Militar.

Pedro Tourinho afirma que prefeitura avalia "reposicionamento" dos blocos afros no Carnaval de 2024
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias

O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult-SSA), Pedro Tourinho, afirmou que a prefeitura de Salvador irá avaliar uma mudança de estratégia em relação aos blocos afro no Carnaval do ano que vem. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM 92,3, o titular da pasta comentou que a saída dos trios do gênero entre as atrações da folia acabou prejudicando a divulgação deles.

 

Pedro Tourinho disse que a prefeitura avalia um “reposicionamento” dos blocos para a folia de 2024. O secretário contou que os trios afro, provavelmente, devem sair mais juntos no próximo Carnaval, se desvinculando das grandes atrações, ficando mais unidos, e ganhando mais espaço na folia.

 

Em relação ao aniversário de 474 anos de Salvador, no dia 29 de março, Pedro Tourinho contou que vinha negociando ações para a festa, mas que, por conta da chegada do Carnaval, precisou adiar as conversas. Contudo, o secretário afirmou que fará anúncios a partir da próxima semana e assegurou que será um evento de grandes proporções.

 

Sobre o São João, que tradicionalmente os baianos buscam pelo interior do estado, Tourinho afirmou que a prefeitura fará um investimento para que os soteropolitanos sintam o clima do interior dentro da capital baiana. O titular da Secult contou que a intenção é criar, realmente, uma cultura de São João dentro de Salvador.

Para Irmãos Macedo, Moraes Moreira ajudou a eternizar a história do trio elétrico
Foto: Reprodução / Instagram

Os Irmãos Macedo lamentaram a perda do músico Moraes Moreira, nesta segunda-feira (13) (relembre aqui). Para eles, o cantor foi responsável por dar letra, voz e ser um dos responsáveis por contar e ajudar a eternizar a história do Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar. 

 

Eles relembraram o carinho que tinham por Moraes e tamanha proximidade ao ponto de considerá-lo como integrante da família. “Dizíamos em nossos shows que ele era o nosso quinto irmão, pois sua importância para gente ia muito além de parcerias musicais. Sua importância era afetiva. Moramos juntos, vivemos a vida juntos. Um irmão, um presente que ganhamos”, disseram. 

 

Para os irmãos, os integrantes dos Novos Baianos eram seus ídolos. E a partir do momento em que eles conheceram Moreira, “aconteceu um casamento de todo o repertório trieletrizado com sua genialidade, deixando uma obra belíssima pra música brasileira”. 

 

“Descanse em paz, grande Moreira! Amigo, nosso irmão. Nossas vidas se conectam e continuarão conectadas quando nos encontrarmos em outros planos, pois é sempre bom rever a família!”, finalizaram os Irmãos Macedo. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Reencontrar com Moreira era como ter esses encontros de família. Moraes Moreira deu letra, cantou, contou e ajudou a eternizar a história do nosso Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar. A história de um carnaval, de um povo. Dizíamos em nossos shows que ele era o nosso quinto irmão, pois sua importância pra gente ia muito além de parcerias musicais. Sua importância era afetiva. Moramos juntos, vivemos a vida juntos. Um irmão, um presente que ganhamos. ???? Quando ouvimos os Novos Baianos, aquele grupo que fazia a fusão do brasileiro, do regional com a guitarra, com o que era elétrico, eles automaticamente tornaram-se nossos ídolos. Era todo o som que a gente queria. ???? Posteriormente, Moraes se desligou do grupo e o conhecemos, daí aconteceu um casamento de todo o repertório trieletrizado com sua genialidade, deixando uma obra belíssima pra música brasileira. Paralelamente à nossa parceria no Trio, passamos a acompanha-lo em sua carreira solo, nasceu daí a Cor do Som. Tantas coisas boas. ???? Descanse em paz, grande Moreira! Amigo, nosso irmão. Nossas vidas se conectam e continuarão conectadas quando nos encontrarmos em outros planos, pois é sempre bom rever a família! ???? Betinho, Armandinho, Aroldo e André #MoraesMoreira #ArmandinhoDodoEOsmar #OsIrmaosMacedo

Uma publicação compartilhada por Banda Armandinho, Dodô e Osmar (@armandinhododoeosmar) em

Armandinho celebra criação de Dodô e Osmar: 'Carnaval da Bahia é feito por trios elétricos'
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Das fobicas aos caminhões que hoje arrastam multidões ao som de gêneros musicais dos mais ecléticos, os 70 anos do Trio Elétrico são tema do carnaval do governo da Bahia em 2020. Para contar detalhes desta história, Armandinho Macêdo conversou com o Bahia Notícias e lembrou de alguns episódios interessantes sobre a invenção de seu pai, Osmar, e do amigo Dodô.


O Trio Elétrico, que na verdade era o nome de um conjunto musical e não do equipamento, surgiu em 1950, após os criadores presenciarem um desfile de uma orquestra de frevo pernambucana pelas ruas de Salvador. “Meu pai já gostava de frevo, e quando ele viu o povo enlouquecer com aquele Vassourinha, ele: ‘olha, essa é a música que vai detonar aqui!’”, recorda Armandinho. “Meu pai tinha uma [fobica] que ele dizia que usava no começo da metalúrgica dele para carregar as ferragens dele. E aí ele abriu o fundo, ampliou, fez meio caminhonete para carregar as ferragens dele, aí ele fez isso. Disse: ‘Olha, Dodô, já tenho meu carrinho, já tem um fundo aberto, vai eu e você ali, a percussão vai andando pelo chão e a gente sai tocando’. Rapaz, o negócio fez um sucesso! Quando saiu tocando aquele cavaquinho, aquelas cornetas, o povo enlouqueceu. E ele foi para a Castro Alves porque ele sabia que ali não tinha carnaval oficial e ficava sempre uma galera fazendo batucada, tinha uma concentração de um povão mais pobre que não tinha clube, que não participava daquele corso, daquele desfile de carros alegóricos e tal. E aí ele levou pra lá”, conta o músico, lembrando ainda que a novidade provocou euforia e confusão ao encontrar o Carnaval oficial. “Foi aí que deu um problema danado, porque na frente do Carnaval vinham uns homens na cavalaria, anunciando os que iam na frente. Quando eles chegaram perto do negócio, que viram ‘terenrenren’, diz que os cavalos empinaram, um caiu, se machucou, aí veio a polícia. Prende, não prende, leva e tal, mas o povo todo ‘solta, solta!’”, conta Armandinho.


Criador da guitarra baiana, o multi-instrumentista falou com o BN sobre a evolução da festa, a inclusão dos vocais nos trios elétricos a partir de Moraes Moreira, além da importância da valorização e continuidade do “que representa a cultura baiana”, a exemplo dos blocos afro e afoxés. 


Armandinho destaca ainda que considera mais do que justa a homenagem aos 70 anos do Trio Elétrico e diz que não existe tema mais democrático. “Veio uma conversa de ‘ah, é que o pessoal está querendo uma coisa mais genérica, pra não favorecer a um e a outro’. E eu ainda falei: ‘mais genérico que o trio elétrico…’ (risos). Todo mundo, é bloco afro, axé, pagode, sertanejo, está todo mundo em cima do trio elétrico. Então, tá todo mundo utilizando o veículo, o carnaval da Bahia é feito por trios elétricos”, defende o artista, que subiu pela primeira vez no trio ainda criança, aos 10 anos, e permanece até hoje, junto com seus irmãos. 

(Confira a entrevista completa na coluna Cultura).

Manifesto questiona falta de valorização dos blocos afro no Carnaval
Foto: Mateus Pereira / GOVBA / Arquivo

Um manifesto assinado pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DP-BA) e blocos afro do Carnaval foi lançado, nesta quarta-feira (5), questionando a falta de valorização pelo poder público e a secundarização das entidades carnavalescas na festa. No documento, os representantes salientam ainda a resistência de grupos como o Filhos de Gandhy, com 71 anos de existência, e o Ilê Aiyê, com 46 anos, e conclama a sociedade a se manifestar em defesa destas manifestações culturais.

 

"Ao longo da história do Carnaval de Salvador, contudo, tem se evidenciado a falta de comprometimento do poder público com os blocos afro e afoxés, sendo isso um reflexo do racismo institucional, que dá preferência a outros seguimentos da folia", diz o texto, que chama ainda a atenção para dificuldade em encontrar horários e locais que assegurariam "a projeção que merecem".

 

Tendo tais problemáticas em vista, a iniciativa problematiza: "Estamos iniciando uma nova década e urge defender, respeitar e valorizar esta cultura carnavalesca quase secular. Que os blocos afro e afoxés tenham direito a mais investimentos. Que possam se tornar mais visíveis aos milhares de turistas que são atraídos por seus tambores, suas cores e suas danças". 

 

Dentre os que assinam o manifesto estão o Afoxé Filhos de Ghandy, o Ilê Aiyê, o Olodum, o Malê Debalê, o Muzenza, o Commanxhe, a Didá, o Cortejo Afro e Os Negões.

 

Vale lembrar que o Ilê teve recurso negado e ficou de fora da edição 2020 do Carnaval Ouro Negro (relembre aqui).

 

Confira o texto na íntegra:

 

Salvador é a maior cidade negra fora do continente africano.

 

A cidade tem um forte apelo da cultura afro descendente e explora comercialmente essa peculiaridade, expondo em todo o mundo as simbologias da cultura afrobaiana, reforçando o rótulo de “Roma negra”.

 

Neste caminho, o Carnaval de Salvador deveria ser uma festa com uma identidade africana forte, reforçando e valorizando a cultura negra.

 

Em Salvador, afoxés e blocos afro alimentam a projeção do Carnaval para o Brasil e o exterior. Uma longa tradição marca a história da maioria desses grupos culturais. O Afoxé Filhos de Ghandy traz seu cordão branco e azul há 71 anos. O Ilê Aiyê desenvolve suas atividades, que vão além do período do Carnaval, há 46 anos. O Olodum, em 40 anos, tornou a Bahia internacionalmente conhecida com o Samba Reggae e a Escola Olodum.

 

Caminhos longos também são percorridos há mais de quatro décadas pelo Malê Debalê, há 41 anos. E seguem Muzenza (39 anos), Commanxhe do Pelô (46 anos), Cortejo Afro, Banda Didá e outras dezenas de grupos.

 

A maioria deles, além de promover a cultura negra através da dança e da música, também desenvolve trabalhos sociais nas suas comunidades. Muitas destas se transformaram em atrativos para o turismo, a exemplo do Pelourinho, sendo utilizadas no marketing institucional que busca projetar o Carnaval de Salvador, de forma a que não caia o número de turistas no período da folia.


Ao longo da história do Carnaval de Salvador, contudo, tem se evidenciado a falta de comprometimento do poder público com os blocos afro e afoxés, sendo isso um reflexo do racismo institucional, que dá preferência a outros seguimentos da folia.

 

Isto se reflete na luta que os blocos afro e afoxés enfrentam para ter a visibilidade proporcional às suas importâncias nos tradicionais circuitos carnavalescos, onde nunca há prioridade em horários e locais que assegurem a projeção que merecem.

 

O Carnaval da Bahia, de Salvador, movimenta milhões. Mas muito pouco desse volume chega aos blocos afro e afoxés, fazendo com que os negros marquem presença no Carnaval por suas próprias contas e riscos. A prioridade tem sido para grandes atrações nacionais que muitas vezes nada têm a ver com o Carnaval baiano, com a musicalidade da cultura negra.

 

Estamos iniciando uma nova década e urge defender, respeitar e valorizar esta cultura carnavalesca quase secular. Que os blocos afro e afoxés tenham direito a mais investimentos. Que possam se tornar mais visíveis aos milhares de turistas que são atraídos por seus tambores, suas cores e suas danças.

 

Que a tradição dos blocos afro e afoxés seja, de fato, a grande marca do Carnaval de Salvador. Para isso, conclamamos a sociedade baiana, os poderes públicos constituídos e os foliões baianos e não baianos a valorizar a cultura negra. #DefendaSuaCultura

Governo da Bahia e prefeitura de Salvador decidem tema do Carnaval 2020
Foto: Divulgação

A pouco mais de duas semanas para o início oficial da festa momesca na capital baiana, o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador decidiram os temas do Carnaval 2020.


Enquanto o Estado priorizou a história, homenageando os “70 Anos do Trio Elétrico”, a gestão municipal escolheu um mote mais genérico: “O Carnaval dos Carnavais”.


Este ano a abertura da festa acontecerá no circuito Dodô, Barra – Ondina, no dia 20 de fevereiro, com Carlinhos Brown (clique aqui), que em 2018 havia anunciado uma pausa no Carnaval de Salvador (clique aqui e relembre). 

Baby detona folia baiana: ‘O grande carnaval do Brasil hoje é em São Paulo’
Foto: André Carvalho / Ag Haack / Bahia Notícias

Estrela nos primórdios do carnaval baiano, Baby do Brasil surpreendeu o público de um congresso sobre cultura, comunicação e música do Ministério da Cultura, em São Paulo, após fazer duras críticas à folia de Salvador. De acordo com informações da coluna de Leo Dias, durante uma palestra sobre elaboração e produção de grandes eventos ela levantou a mão para pedir a palavra quando os palestrantes elogiavam o carnaval da Bahia. "Me desculpe, a essência do carnaval da Bahia acabou. Hoje em dia só pode pular o carnaval e ter alegria lá quem tem dinheiro para pagar os abadás caríssimos. Eu fui a primeira cantora de trio elétrico no carnaval da Bahia. Olho pra esse carnaval e desconheço. O grande carnaval do Brasil hoje é em São Paulo, onde todos o trios elétricos e blocos não cobram abadás", disse Baby, arrancando aplausos da plateia.

Nove trios elétricos animam Caminhada do Samba neste domingo
Foto: Rita Barreto/ Setur
Além do Festival do Samba, que reunirá atrações nacionais e locais do gênero em dois palcos no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, Salvador receberá neste final de semana a oitava edição da Caminhada do Samba. O evento, que deverá reunir cerca de 600 mil pessoas, acontece neste domingo (1º), a partir das 15h, no Centro da cidade. Ao todo, nove trios elétricos passarão pelo Campo Grande, Avenida Sete, Praça Castro Alves e volta para o Campo Grande.São eles: Alerta Geral (Fora da Mídia), Alvorada (Grupo Bambeia), Amor e Paixão (Sangue Brasileiro e Movimento), Pagode Total (É o tchan, Patrulha do Samba, Grupo Pagode Total e Terra Samba), Proibido proibir (Banda Katulê), Q Felicidade (Os íntimus), Reduto do Samba (Paparico), Samba Popular (A Grande Família) e Vem Sambar (Viola de Doze).
 
Neste ano, a homenageada será Arany Santana, atual diretora do Centro de Cultura de Políticas Identitárias da Secretaria Estadual de Cultura e fundadora do Ilê Aiyê, bloco afro mais antigo do Brasil com 40 anos de existência completados neste ano.
O MicroTrio lançou campanha em um site de financiamento coletivo para arrecadar recursos a fim de sair três dias no Carnaval de Salvador. O grupo já tem apresentação garantida na sexta-feira, 8 de fevereiro, já que foi premiado no edital Carnaval Pipoca, do Governo do Estado, e selecionado como uma das atrações da festa. 
 
Montado sem cordas, o trio elétrico de pequenas proporções já participa da folia baiana desde 1996, e busca através dessa mobilização obter um total de R$20 mil - 30 apoiadores já doaram R$ 1750 - para conseguir sair também no domingo (10) e na terça-feira (12) de Carnaval. O prazo de doações, que podem ser feitas pelo  site Catarse, foi prorrogado até o dia 8 de fevereiro. Em 2012, graças a ajuda dos adeptos do projeto, através das redes sociais, o patrocínio foi alcançado e o MicroTrio saiu dois dias.
 
Artistas como Armandinho, Luiz Caldas e Vânia Abreu já participaram espontaneamente do projeto, que toca canções de Moraes Moreira e outros artistas, e ainda apresenta axé, frevos, pop-rock nacional, MPB e sambas. As informações são do UOL.

Rappers se reúnem no Pelourinho para prévia do Carnaval
Foto: Divulgação/ Fernando Gomes
Os rappers DaGanja, KL Jay, Coscarque, Fall Clássico, Blequimobiu e Kiko se reúnem nesta sexta-feira (4), a partir das 21 horas, na praça Tereza Batista (Pelourinho), para fazerem uma prévia do que farão no Carnaval de 2013. Durante a folia momesca, os músicos se apresentarão no trio elétrico Rap Bahia, idealizado por Daganja, que já havia feito participações na festa. As experiências anteriores despertaram no rapper a vontade de misturar  a música e a cultura hip hop com o agito e a batida dançante do Carnaval baiano.
Exposição ‘Corredor da História’ fica até esta sexta (10)
Para quem ainda não viu a exposição “Corredor da História”, em comemoração aos 70 anos da invenção do Pau Elétrico, precursor da Guitarra Baiana, instrumento que revolucionou a música brasileira, ainda há tempo. Mas corra, porque a mostra fica em cartaz apenas até esta sexta-feira (10), no Palácio Rio Branco (Praça Municipal). Os visitantes podem conhecer a história do Trio Elétrico, desde a invenção do Pau Elétrico, por Dodô e Osmar, em 1942, até os dias atuais. 
 
Organizada pela Terra do Som Produções, a exposição contém 21 banners com textos e fotos, além de exemplares da guitarra baiana, criados desde 1950. A visitação é gratuita. E quem quiser, ainda pode sair de lá com um Abadá do Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar – o Abadado. Basta levar uma lata de leite em pó para trocar pela camisa. É o projeto social do Trio Elétrico, que desde 2003 arrecada leite em pó e distribui depois do Carnaval para instituições de caridade de Salvador.
 
Serviço:
O QUÊ: Exposição “Corredor da História” – Ano X – 70 Anos do Pau Elétrico
ONDE: Palácio Rio Branco, Praça Municipal, s/n
QUANDO: Até 10 (sexta-feira), das 10h às 17h30
QUANTO: Grátis

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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