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trio eletrico
A inclinação do trio elétrico puxado por Ivete Sangalo no bloco Coruja, que provocou um verdadeiro susto nos convidados e foliões foi provocado por uma peça com problema. A informação foi confirmada pela Saltur, responsável pela organização do carnaval de Salvador.
O episódio aconteceu na noite desta segunda-feira (12) no circuito Dodô (Barra/Ondina). Em vídeo que circula nas redes sociais é possível ver o momento em que convidados de Veveta precisaram ir todos para um lado só do trio para que ele ficasse balanceado. Logo em seguida, o veículo foi esvaziado, permanecendo apenas a cantora e os músicos.
Conforme informações da Saltur repassadas ao iBahia, o equipamento que ocasionou o incidente seria o pino da balança, peça responsável pela sustentação do trio elétrico. O problema foi resolvido e a retirada dos convidados foi uma medida de segurança.
Tudo aconteceu depois da explosão de um cano de CO2, que era usado nos efeitos especiais do trio. De acordo com assessoria de Ivete, uma mangueira teria escapado, provocando o vazamento. Duas pessoas tiveram ferimentos leves. Imagens feitas de cima do trio, logo depois da explosão, mostram um homem com um sangramento na mão e outra pessoa teria ferido um olho.
“Um trio elétrico do Atitude seria um sonho para nós. Não podemos dizer quando, mas é um projeto que pensamos como um sonho poder colocar nosso trio aqui na avenida”. Essa foi a opinião dos integrantes da banda Atitude 67 sobre lançar um trio elétrico próprio no Carnaval de Salvador. A declaração foi dada nesta segunda-feira (12), no quinta dia de folia.
“É uma ótima ideia, cara! Um trio elétrico do Atitude seria um sonho para nós. Já participamos de trios elétricos, inclusive aqui na Bahia, como o trio do Leo Santana e uma vez do trio do Harmonia do Samba. A energia é incrível. Não podemos dizer quando, mas é um projeto que pensamos como um sonho poder colocar nosso trio aqui na avenida”, disse a banda.
O grupo também fez uma avaliação do Carnaval deste ano, pontuando que o público aumentou consideravelmente. Eles também destacam a nova fase dos trabalhos do Atitude 67. “Estamos trazendo a musicalidade nova do nosso novo trabalho com o Atitude 67 fazendo arte. Inclusive, deixo o recado para a galera nos seguir, pois lançaremos a segunda parte agora no final do Carnaval e a terceira no final do verão”, afirmou a banda.
O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-BA), do Corpo de Bombeiros e do Departamento de Polícia Técnica (DPT), irá fiscalizar, durante todo o Carnaval da Bahia 2024, os veículos e condutores de trios, carros de apoio, carros de som, minitrios, microtrios e veículos alegóricos que participarão da festa momesca em Salvador.
Nesta semana, desde a segunda-feira (29), foram iniciadas as vistorias prévias realizadas pelos três órgãos estaduais com os trios elétricos e os seus condutores. São avaliados requisitos que vão desde a documentação do veículo e dos motoristas, tamanhos e dimensões estruturais, equipamentos obrigatórios. Após checagem, o departamento estadual de trânsito emite o adesivo de ‘Veículo Vistoriado’, que é fixado na carroceria e visível para o desfile, com um QR Code contendo todas as informações necessárias.
"O Detran é o anjo da guarda do folião e da população, porque atua na prevenção de acidentes através dessas vistorias prévias. Conseguimos verificar os itens de segurança, documentação do veículo e do condutor do veículo”, explicou o coordenador-geral de Fiscalização do Detran, Fabrício Araújo. Ainda conforme Araújo, a fiscalização seguirá nos circuitos durantes os dias de Carnaval. “Como a fiscalização de alcoolemia no início e no final do percurso, e a verificação se o veículo continua apto para permanecer nos circuitos ou não", informou o representante do Detran.
PREVENÇÃO
Além da fiscalização, o órgão estadual de trânsito realizará capacitação dos motoristas de trios elétricos e ações de educação para o trânsito. Ao todo, 113 servidores estarão de plantão durante todo o Carnaval e o órgão prevê um investimento de quase meio milhão de reais em apoio à garantia da segurança da festa.
Conforme o tenente-coronel do Corpo de Bombeiros da Bahia, Valdir Ferreira, o objetivo é garantir a prevenção e segurança dos foliões e das equipes que irão atuar nos trios elétricos, como músicos e técnicos.
“Nos preocupamos com a proteção das rodas para evitar atropelamentos, com as saídas de emergência para que todos possam sair de maneira segura dos trios elétricos, temos brigadistas especializados em segurança contra incêndio para cuidar da proteção das pessoas”, explicou o bombeiro militar.
O trabalho intersetorial envolvendo os órgãos de fiscalização do Estado garante um Carnaval mais seguro para trabalhadores e foliões da maior festa de rua do planeta. O dono do trio elétrico Twister, Lismar Dourado aprovou a ação de vistoria. “A fiscalização é muito importante porque são verificados vários itens de segurança. Um trio elétrico desse na avenida, são 60 a 70 toneladas, e aqui é verificado o freio, a embreagem, a parte elétrica, garantindo uma total segurança, tanto para nós, proprietários, quanto para os foliões”, afirmou o empresário.
O Departamento Estadual de Trânsito do Estado (Detran-BA) começou a realizar, desde segunda-feira (17), as vistorias prévias de trios e carros de apoio que irão desfilar na Micareta de Feira. A estimativa é que, até quinta (20), cerca de 30 veículos sejam vistoriados, no Parque de Exposições João Martins da Silva, em Feira de Santana. Assim como acontece antes do Carnaval de Salvador, como forma de garantir segurança aos foliões e trabalhadores da festa, os técnicos e peritos do órgão estadual avaliam o dimensionamento e condições dos caminhões, documentação de condutores e dos trios, além das adaptações permitidas para circulação entre milhares de pessoas.
Após essa fase, durante os dias do evento, acontecerá a fiscalização de trios antes dos desfiles, como ação preventiva de segurança. Na ocasião, são avaliadas as condições dos carros aprovadas na vistoria e realizados testes de etilômetro nos condutores. Além disso, cerca de 300 veículos pequenos e médios que atuam durante os dias da festa também já foram vistoriados.
Folhetos e ventarolas contendo orientações de trânsito seguro serão distribuídos pelas equipes da 3ª Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito). Em locais próximos ao circuito da festa, serão realizadas blitzes através da Coordenação de Fiscalização e Operações de Trânsito (CFOT) do Detran, em parceria com o Esquadrão Asa Branca, da Polícia Militar.
O secretário municipal de Cultura e Turismo (Secult-SSA), Pedro Tourinho, afirmou que a prefeitura de Salvador irá avaliar uma mudança de estratégia em relação aos blocos afro no Carnaval do ano que vem. Em entrevista ao Bahia Notícias no Ar, na rádio Salvador FM 92,3, o titular da pasta comentou que a saída dos trios do gênero entre as atrações da folia acabou prejudicando a divulgação deles.
Pedro Tourinho disse que a prefeitura avalia um “reposicionamento” dos blocos para a folia de 2024. O secretário contou que os trios afro, provavelmente, devem sair mais juntos no próximo Carnaval, se desvinculando das grandes atrações, ficando mais unidos, e ganhando mais espaço na folia.
Em relação ao aniversário de 474 anos de Salvador, no dia 29 de março, Pedro Tourinho contou que vinha negociando ações para a festa, mas que, por conta da chegada do Carnaval, precisou adiar as conversas. Contudo, o secretário afirmou que fará anúncios a partir da próxima semana e assegurou que será um evento de grandes proporções.
Sobre o São João, que tradicionalmente os baianos buscam pelo interior do estado, Tourinho afirmou que a prefeitura fará um investimento para que os soteropolitanos sintam o clima do interior dentro da capital baiana. O titular da Secult contou que a intenção é criar, realmente, uma cultura de São João dentro de Salvador.
Os Irmãos Macedo lamentaram a perda do músico Moraes Moreira, nesta segunda-feira (13) (relembre aqui). Para eles, o cantor foi responsável por dar letra, voz e ser um dos responsáveis por contar e ajudar a eternizar a história do Trio Elétrico Armandinho, Dodô e Osmar.
Eles relembraram o carinho que tinham por Moraes e tamanha proximidade ao ponto de considerá-lo como integrante da família. “Dizíamos em nossos shows que ele era o nosso quinto irmão, pois sua importância para gente ia muito além de parcerias musicais. Sua importância era afetiva. Moramos juntos, vivemos a vida juntos. Um irmão, um presente que ganhamos”, disseram.
Para os irmãos, os integrantes dos Novos Baianos eram seus ídolos. E a partir do momento em que eles conheceram Moreira, “aconteceu um casamento de todo o repertório trieletrizado com sua genialidade, deixando uma obra belíssima pra música brasileira”.
“Descanse em paz, grande Moreira! Amigo, nosso irmão. Nossas vidas se conectam e continuarão conectadas quando nos encontrarmos em outros planos, pois é sempre bom rever a família!”, finalizaram os Irmãos Macedo.
Das fobicas aos caminhões que hoje arrastam multidões ao som de gêneros musicais dos mais ecléticos, os 70 anos do Trio Elétrico são tema do carnaval do governo da Bahia em 2020. Para contar detalhes desta história, Armandinho Macêdo conversou com o Bahia Notícias e lembrou de alguns episódios interessantes sobre a invenção de seu pai, Osmar, e do amigo Dodô.
O Trio Elétrico, que na verdade era o nome de um conjunto musical e não do equipamento, surgiu em 1950, após os criadores presenciarem um desfile de uma orquestra de frevo pernambucana pelas ruas de Salvador. “Meu pai já gostava de frevo, e quando ele viu o povo enlouquecer com aquele Vassourinha, ele: ‘olha, essa é a música que vai detonar aqui!’”, recorda Armandinho. “Meu pai tinha uma [fobica] que ele dizia que usava no começo da metalúrgica dele para carregar as ferragens dele. E aí ele abriu o fundo, ampliou, fez meio caminhonete para carregar as ferragens dele, aí ele fez isso. Disse: ‘Olha, Dodô, já tenho meu carrinho, já tem um fundo aberto, vai eu e você ali, a percussão vai andando pelo chão e a gente sai tocando’. Rapaz, o negócio fez um sucesso! Quando saiu tocando aquele cavaquinho, aquelas cornetas, o povo enlouqueceu. E ele foi para a Castro Alves porque ele sabia que ali não tinha carnaval oficial e ficava sempre uma galera fazendo batucada, tinha uma concentração de um povão mais pobre que não tinha clube, que não participava daquele corso, daquele desfile de carros alegóricos e tal. E aí ele levou pra lá”, conta o músico, lembrando ainda que a novidade provocou euforia e confusão ao encontrar o Carnaval oficial. “Foi aí que deu um problema danado, porque na frente do Carnaval vinham uns homens na cavalaria, anunciando os que iam na frente. Quando eles chegaram perto do negócio, que viram ‘terenrenren’, diz que os cavalos empinaram, um caiu, se machucou, aí veio a polícia. Prende, não prende, leva e tal, mas o povo todo ‘solta, solta!’”, conta Armandinho.
Criador da guitarra baiana, o multi-instrumentista falou com o BN sobre a evolução da festa, a inclusão dos vocais nos trios elétricos a partir de Moraes Moreira, além da importância da valorização e continuidade do “que representa a cultura baiana”, a exemplo dos blocos afro e afoxés.
Armandinho destaca ainda que considera mais do que justa a homenagem aos 70 anos do Trio Elétrico e diz que não existe tema mais democrático. “Veio uma conversa de ‘ah, é que o pessoal está querendo uma coisa mais genérica, pra não favorecer a um e a outro’. E eu ainda falei: ‘mais genérico que o trio elétrico…’ (risos). Todo mundo, é bloco afro, axé, pagode, sertanejo, está todo mundo em cima do trio elétrico. Então, tá todo mundo utilizando o veículo, o carnaval da Bahia é feito por trios elétricos”, defende o artista, que subiu pela primeira vez no trio ainda criança, aos 10 anos, e permanece até hoje, junto com seus irmãos.
Um manifesto assinado pela Defensoria Pública do Estado da Bahia (DP-BA) e blocos afro do Carnaval foi lançado, nesta quarta-feira (5), questionando a falta de valorização pelo poder público e a secundarização das entidades carnavalescas na festa. No documento, os representantes salientam ainda a resistência de grupos como o Filhos de Gandhy, com 71 anos de existência, e o Ilê Aiyê, com 46 anos, e conclama a sociedade a se manifestar em defesa destas manifestações culturais.
"Ao longo da história do Carnaval de Salvador, contudo, tem se evidenciado a falta de comprometimento do poder público com os blocos afro e afoxés, sendo isso um reflexo do racismo institucional, que dá preferência a outros seguimentos da folia", diz o texto, que chama ainda a atenção para dificuldade em encontrar horários e locais que assegurariam "a projeção que merecem".
Tendo tais problemáticas em vista, a iniciativa problematiza: "Estamos iniciando uma nova década e urge defender, respeitar e valorizar esta cultura carnavalesca quase secular. Que os blocos afro e afoxés tenham direito a mais investimentos. Que possam se tornar mais visíveis aos milhares de turistas que são atraídos por seus tambores, suas cores e suas danças".
Dentre os que assinam o manifesto estão o Afoxé Filhos de Ghandy, o Ilê Aiyê, o Olodum, o Malê Debalê, o Muzenza, o Commanxhe, a Didá, o Cortejo Afro e Os Negões.
Vale lembrar que o Ilê teve recurso negado e ficou de fora da edição 2020 do Carnaval Ouro Negro (relembre aqui).
Confira o texto na íntegra:
Salvador é a maior cidade negra fora do continente africano.
A cidade tem um forte apelo da cultura afro descendente e explora comercialmente essa peculiaridade, expondo em todo o mundo as simbologias da cultura afrobaiana, reforçando o rótulo de “Roma negra”.
Neste caminho, o Carnaval de Salvador deveria ser uma festa com uma identidade africana forte, reforçando e valorizando a cultura negra.
Em Salvador, afoxés e blocos afro alimentam a projeção do Carnaval para o Brasil e o exterior. Uma longa tradição marca a história da maioria desses grupos culturais. O Afoxé Filhos de Ghandy traz seu cordão branco e azul há 71 anos. O Ilê Aiyê desenvolve suas atividades, que vão além do período do Carnaval, há 46 anos. O Olodum, em 40 anos, tornou a Bahia internacionalmente conhecida com o Samba Reggae e a Escola Olodum.
Caminhos longos também são percorridos há mais de quatro décadas pelo Malê Debalê, há 41 anos. E seguem Muzenza (39 anos), Commanxhe do Pelô (46 anos), Cortejo Afro, Banda Didá e outras dezenas de grupos.
A maioria deles, além de promover a cultura negra através da dança e da música, também desenvolve trabalhos sociais nas suas comunidades. Muitas destas se transformaram em atrativos para o turismo, a exemplo do Pelourinho, sendo utilizadas no marketing institucional que busca projetar o Carnaval de Salvador, de forma a que não caia o número de turistas no período da folia.
Ao longo da história do Carnaval de Salvador, contudo, tem se evidenciado a falta de comprometimento do poder público com os blocos afro e afoxés, sendo isso um reflexo do racismo institucional, que dá preferência a outros seguimentos da folia.
Isto se reflete na luta que os blocos afro e afoxés enfrentam para ter a visibilidade proporcional às suas importâncias nos tradicionais circuitos carnavalescos, onde nunca há prioridade em horários e locais que assegurem a projeção que merecem.
O Carnaval da Bahia, de Salvador, movimenta milhões. Mas muito pouco desse volume chega aos blocos afro e afoxés, fazendo com que os negros marquem presença no Carnaval por suas próprias contas e riscos. A prioridade tem sido para grandes atrações nacionais que muitas vezes nada têm a ver com o Carnaval baiano, com a musicalidade da cultura negra.
Estamos iniciando uma nova década e urge defender, respeitar e valorizar esta cultura carnavalesca quase secular. Que os blocos afro e afoxés tenham direito a mais investimentos. Que possam se tornar mais visíveis aos milhares de turistas que são atraídos por seus tambores, suas cores e suas danças.
Que a tradição dos blocos afro e afoxés seja, de fato, a grande marca do Carnaval de Salvador. Para isso, conclamamos a sociedade baiana, os poderes públicos constituídos e os foliões baianos e não baianos a valorizar a cultura negra. #DefendaSuaCultura
A pouco mais de duas semanas para o início oficial da festa momesca na capital baiana, o governo da Bahia e a prefeitura de Salvador decidiram os temas do Carnaval 2020.
Enquanto o Estado priorizou a história, homenageando os “70 Anos do Trio Elétrico”, a gestão municipal escolheu um mote mais genérico: “O Carnaval dos Carnavais”.
Este ano a abertura da festa acontecerá no circuito Dodô, Barra – Ondina, no dia 20 de fevereiro, com Carlinhos Brown (clique aqui), que em 2018 havia anunciado uma pausa no Carnaval de Salvador (clique aqui e relembre).
Estrela nos primórdios do carnaval baiano, Baby do Brasil surpreendeu o público de um congresso sobre cultura, comunicação e música do Ministério da Cultura, em São Paulo, após fazer duras críticas à folia de Salvador. De acordo com informações da coluna de Leo Dias, durante uma palestra sobre elaboração e produção de grandes eventos ela levantou a mão para pedir a palavra quando os palestrantes elogiavam o carnaval da Bahia. "Me desculpe, a essência do carnaval da Bahia acabou. Hoje em dia só pode pular o carnaval e ter alegria lá quem tem dinheiro para pagar os abadás caríssimos. Eu fui a primeira cantora de trio elétrico no carnaval da Bahia. Olho pra esse carnaval e desconheço. O grande carnaval do Brasil hoje é em São Paulo, onde todos o trios elétricos e blocos não cobram abadás", disse Baby, arrancando aplausos da plateia.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.