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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

ufrb

Santa Inês inaugura primeiro museu ferroviário da Bahia; saiba mais

Conhecida como “Cidade dos Dinossauros”, o município de Santa Inês, no Vale do Jiquiriçá, vai inaugurar o primeiro Núcleo Histórico Ferroviário da Bahia. Em parceria com Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o novo equipamento histórico cultural do município é o segundo do Nordeste neste modelo. 

 

 

A inauguração do museu, que deve ocorrer no dia 29 de maio, às 19h, também deve trazer à tona aspectos significativos da história férrea baiana, em especial de Santa Inês, desde a fundação da Estrada de Ferro Nazaré em 1869, que marcou o início de uma era de progresso econômico para a região. 

 

Fruto de um convênio de cooperação técnica entre a UFRB, no âmbito do Projeto MUSINÊS, A expografia do museu contará com suportes tecnológicos que aproximarão o público das histórias apresentadas nos espaços, incluindo um vagão cinematográfico.

 

 

A cessão e reforma do vagão de 18m, com o apoio do Governo do Estado da Bahia e da Companhia do Transporte da Bahia (CTB), também permitirão uma imersão cultural onde a trajetória de Santa Inês será contada como “a princesinha do Vale do Jiquiriçá”, cuja produção de fumo, sisal e café era escoada por meio da ferrovia.

Alunos da UFRB em Santo Amaro ocupam campus em busca de auxílios para a permanência na universidade
Foto: Reprodução / Arquivo pessoal

Um grupo de estudantes da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) em Santo Amaro iniciou, há cerca de 10 dias, uma ocupação do campus em reivindicação por auxílios estudantis e reestruturação de políticas afirmativa para permanência na universidade. Ao Bahia Notícias, um grupo de 28 alunos do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult) definiram que as condições estruturais do centro ajudam a impulsionar as taxas de evasão da instituição. 

 

Acampados no local desde o dia 10 de maio, o grupo conta que também elaborou propostas de reivindicação para a Pró-Reitora de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (PROPAAE), tendo sido apresentadas no dia 14. Na ocasião foram produzidos dois documentos, sendo eles, uma lista de estudantes na fila de espera pelo auxílio de permanência e propostas para a implantação do auxílio emergencial - este que foi anunciado pela universidade durante a greve; e um requerimento de atualizações no Programa de Permanência Qualificada (PPQ), como aumento de vagas para o campus, bem como o aumento dos valores dos auxílios e solicitações estudantis anteriores a greve. 

 

Em nota, os alunos detalharam que “desde a deflagração da greve nacional dos técnicos administrativos, que foi iniciada em fevereiro de 2024, tivemos a suspensão do Edital 002/2024 da PROPAAE de auxílio permanência qualificada (PPQ) impactando a permanência dos discentes e principalmente os calouros”. Além disso, eles contam que, desde 2023, os discentes do campus não são contemplados com novas vagas nos auxílios de permanência.

 

Além dos auxílios financeiros, o movimento estudantil também reivindica que a manutenção e reestruturação física do campus é necessária. Segundo os universitários, além da a Residência e Restaurante Universitário - este que hoje custa R$ 4,50 para os bolsistas e R$ 20 para os demais alunos -, a construção do campus é uma demanda estudantil antiga. Atualmente o Cecult está locado em uma escola municipal, cedida pela prefeitura do município de Santo Amaro da Purificação.

 

Considerando que diversos estudantes da universidade não possuem famílias no município ou outras fontes de renda, muitos optam por deixar Santo Amaro e retornar para as cidades de origem, em diversas partes da Bahia. Segundo interlocutores no campus de Cruz das Almas, o cenário se repete. Uma discente da universidade conta que, mesmo após a deflagração da greve, algumas turmas mantém atividades no campus, e a falta de acesso a auxílios ou o atraso das bolsas de pesquisa causam problemas. 

 

“É uma grande realidade de Cruz [das Almas], assistir a aula de uma matéria só, acaba que atrapalha muito. É um gasto desnecessário, é muito dinheiro, porque, além do aluguel que a gente já paga, tem os gastos relacionados à alimentação, a necessidade do dia a dia, então ficar, vamos supor, três meses de greve só para ter aula de uma matéria, é inviável”, detalha. 

 

Universidade Federal do Recôncavo Baiano, campus de Cruz das Almas | Foto: Divulgação / UFRB 

 

Isso ocorre, pois apesar de legalidade da greve, parte dos professores, incluindo docentes substitutos - que possuem contrato por tempo limitado com a universidade -, não aderiram completamente à paralisação das atividades. A aluna conta ainda que devido à greve dos servidores administrativos da universidade, deflagrada em fevereiro, as bolsas chegaram a ser pagas com mais de uma semana de atraso desde o início do ano, prejudicando a organização financeira dos estudantes. 

 

Quando procurada pelo Bahia Notícias, a UFRB afirmou que “reconhece como justa e legítima as reivindicações e lutas de sua comunidade acadêmica” e alega que, atendendo ao pedido dos estudantes, foi disponibilizado um novo edital de auxílio emergencial temporário, com 300 vagas. No entanto, apesar da disponibilização dos auxílios emergenciais, os alunos do Cecult em Santo Amaro seguem a espera de um diálogo mais direto com a UFRB, especialmente com relação à estrutura do campus. 

 

Confira na íntegra a nota disponibilizada pela instituição: 

“A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) reconhece como justa e legítima as reinvindicações e lutas de sua comunidade acadêmica. A Instituição tem em sua política de permanência e assuntos estudantis um de seus pilares, garantindo à sua comunidade condições básicas para o desenvolvimento de suas potencialidades, visando a inserção cidadã, cooperativa, propositiva e solidária nos âmbitos cultural, político e econômico da sociedade e o desenvolvimento regional. Neste sentido, a UFRB informa que os auxílios e bolsas para estudantes já vinculados às Pró-Reitorias de Graduação; Extensão e Cultura; Pesquisa, Pós-Graduação, Criação e Inovação; e Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis estão sendo pagas regularmente, mesmo durante as greves dos(as) técnicos(as) administrativos(as) e docentes. Ademais, visando atender a estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica e que não possuem algum tipo de auxílio, foi lançado no último dia 15 de maio um edital com 300 vagas de auxílios emergenciais temporários. Do mesmo modo, a Universidade reafirma a importância dos(as) professores(as) substitutos(as) para sua política de ensino e garante que todos os direitos serão plenamente preservados.”

Tesouro do Recôncavo: Morre aos 104 anos Dona Cadu, a ceramista mais velha em atividade no Brasil
Foto: Divulgação

Morreu, nesta terça-feira (21), no município de São Félix, na região metropolitana de Salvador, a sambadeira, mestra ceramista e líder comunitária Ricardina Pereira da Silva, a Dona Cadu, aos 104 anos.

 

Nascida no dia 14 de abril de 1920, a Fazenda Pilar, em São Félix, se mudou para o Povoado de Coqueiros, em Maragogipe aos 22 anos após se casar. Figura simbólica do município, Dona Cadu era a ceramista mais antiga em atividade no Brasil. 

 

Em 2020, Dona Cadu foi titulada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) como Doutora Honoris Causa, pela sua contribuição à cultura local do recôncavo baiano, e posteriormente, em 2021, foi reconhecida também pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

 

A ceramista também foi identificada como “Tesouro Vivo”, com base nos termos propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

 

Moradora de Maragogipe, Dona Cadu se sentiu mal na segunda-feira (20), mas realizou algumas atividades na manhã de hoje e ao descansar, faleceu. Não há informações se ela estava enfrentando algum problema de saúde. Em nota, a família agradeceu as orações e o apoio da comunidade

 

“Com imensa dor e pesar, comunicamos o falecimento da querida Dona Cadu, que partiu nesta madrugada, deixando um vazio imenso em nosso corações. Dona Cadu era uma mulher amável, com coração gigante, bondosa, alegre e amável. Sua presença sempre alegrava o ambiente e ela deixará saudades eternas em todos que a conheceram. Ainda não temos detalhes sobre o funeral e velório. Assim que as informações forem definidas, comunicaremos a todos. Agradecemos as orações e o apoio neste momento difícil”.

 

O velório de Dona Cadu aconteceu na Câmara de Vereadores de Maragogipe, e às 14h30 desta terça-feira (21), ocorrerá uma missa na Igreja Nossa Senhora da Conceição dos Coqueiros e o sepultamento está marcado para às 17h30, também em Coqueiros. A UFRB também publicou, nesta terça-feira, uma nota em homenagem a Doutura e declarou luto oficial de três dias na instituição. Confira a nota na íntegra: 

 

“A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) manifesta o seu profundo pesar pelo falecimento da mestra da cultura popular do Recôncavo Ricardina Pereira da Silva, conhecida carinhosamente como Dona Cadu, na madrugada desta terça-feira, dia 21 de maio de 2024, aos 104 anos.


Nascida em 14 de abril de 1920 na cidade de São Félix, Recôncavo da Bahia, Dona Cadu era uma mulher negra, mãe, líder comunitária, guardiã de saberes ancestrais, memória viva de confluências afro-indígenas, sambadeira e a mestra ceramista mais antiga de Coqueiros, distrito de Maragogipe, Bahia, dedicando mais de 90 anos ao ofício.


Em 2020, Dona Cadu foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa pela UFRB, e em 2021 pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Estes títulos são conferidos a personalidades eminentes, nacionais ou estrangeiras, que se destacaram pelo saber e/ou pela atuação em prol das ciências, artes, filosofia, letras, culturas, e pelo desenvolvimento e entendimento dos povos, cuja contribuição tenha sido de alta relevância para o país ou para a humanidade.


No Memorial Valorativo, Dona Cadu é identificada como “Tesouro Humano Vivo” nos termos propostos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), enquanto uma das mais significativas personalidades difusoras da tradição oral, poética e performática de tradições do Recôncavo. A sua trajetória é definida por um reconhecimento de singularidade por suas atividades de ceramista, de sambadeira e de rezadeira, sendo uma grande referência da cultura do Recôncavo da Bahia de ancestralidade africana e indígena.


A reitora Georgina Gonçalves declara luto oficial de três dias na UFRB.


Ao expressarmos nossas condolências, manifestamos nosso apoio e solidariedade aos amigos, familiares e a toda comunidade acadêmica.”

Tesouro Humano: Morre Dona Cadu, mestra ceramista mais antiga de Coqueiros, aos 104 anos
Foto: UFRB

A mestra em cultura popular do Recôncavo, Ricardina Pereira da Silva, conhecida como Dona Cadu, teve a morte confirmada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) na madrugada desta terça-feira (21), aos 104 anos.

 

Conhecida na região pelo trabalho prestado para a sociedade e considerada um Tesouro Humano Vivo, Dona Cadu nasceu na cidade de São Félix, e era líder comunitária, guardiã de saberes ancestrais, sambadeira e a mestra ceramista mais antiga de Coqueiros, distrito de Maragogipe.

 

Em 2020, Dona Cadu recebeu o título de Doutora Honoris Causa pela UFRB, e em 2021 pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), que são conferidos a personalidades que se destacaram pelo saber e/ou pela atuação em prol das ciências, artes, filosofia, letras, culturas, e pelo desenvolvimento e entendimento dos povos, cuja contribuição tenha sido de alta relevância para o país ou para a humanidade.

 

A UFRB decretou luto oficial de três dias.

Historiadora da Universidade Federal do Recôncavo apresenta livro sobre trajetória de mulheres na Bienal do Livro Bahia
Foto: Divulgação

Gleysa Teixeira Siqueira, historiadora, escritora e mestre em Ciências Sociais, marcou presença na Bienal do Livro Bahia, nesta sexta-feira (26), com seu livro "Uma História de 'Cabeluda': Mulher, Mãe e Cafetina". O livro, que se destacou nas últimas edições da FLICA, apresenta trajetórias de mulheres frequentemente ignoradas pela sociedade. A publicação é oriunda da dissertação de mestrado da docente na Universidade Federal do Recôncavo (UFRB).

 

Considerada líder de vendas nas edições anteriores, a obra recebeu aclamação do público por quebrar tabus e abordar questões importantes sobre a vida das mulheres, especialmente em contextos históricos como o de Cachoeira, Bahia.

 

Com uma narrativa envolvente, o livro despertou interesse por revelar histórias pouco exploradas e trazer à luz a vida de mulheres que muitas vezes são invisibilizadas pela sociedade.
 

SEC e universidades parceiras iniciam matrícula para selecionados no Universidade para Todos
Foto: Amanda Chung

A Secretaria da Educação do Estado (SEC) iniciou, nesta terça-feira (9), a matrícula para os selecionados no Programa Universidade Para Todos (UPT), que prossegue até o dia 19 de abril. Os candidatos contemplados farão a matrícula na modalidade presencial e/ou virtual, de acordo com as especificidades das universidades parceiras: UNEB, UESC, UEFS, UESB, UFRB, UFOB e UFSB. A iniciativa visa o fortalecimento da aprendizagem e a preparação dos estudantes do último ano e dos egressos do Ensino Médio nos processos seletivos, como o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM).



Neste ano, foram disponibilizadas 19.426 vagas nos 27 Territórios de Identidade, distribuídas em 215 municípios da Bahia, com a oferta das atividades em 345 polos de funcionamento. No ato da matrícula, o candidato deverá apresentar cópia e original de documentos como Carteira de Identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF), bem como comprovante de residência. Mais informações podem ser obtidas através da coordenação do UPT/SEC pelo telefone 0800 285 8000 e e-mail [email protected]. As aulas serão iniciadas no dia 22 de abril.



O candidato contemplado deverá preencher uma declaração de próprio punho de que não cursa e nem possui diploma de nível superior. O não comparecimento do candidato selecionado para a matrícula implica na desistência automática da vaga. As vagas decorrentes de matrículas não efetivadas serão automaticamente preenchidas pelos candidatos que estiverem na condição de reserva, respeitando a ordem de classificação.



A coordenadora do UPT, Patrícia Machado, destacou as atividades previstas para este ano. “A partir do dia 22 de abril, daremos início a uma maratona de atividades com o foco no ENEM e nos vestibulares, com aulas nas modalidades presencial e virtual, focadas nos conteúdos cobrados nesses exames. Aos finais de semana, a maratona do conhecimento continua com aulões, revisões, seminários temáticos e orientação profissional com o objetivo de preparar nossos estudantes da rede para ingressar na universidade, preferencialmente em uma instituição pública”.

Instituições federais baianas registram diminuição nos orçamentos de 2024; UFOB se destaca por aumento nas finanças
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Na última segunda-feira (26), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) anunciou uma redução de 7% no orçamento anual da instituição, em comparação com o ano anterior. Segundo uma apuração feita pelo Bahia Noticias, a UFBA não foi a única instituição federal baiana afetada pelos cortes orçamentários. 

 

UFRB: A Universidade Federal do Recôncavo Baiano foi uma das mais afetadas. Este ano, o orçamento da universidade é de R$ 46.096.000,00, e diferente da UFBA, não foi disponibilizado limite de orçamento de investimento para a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024.

 

Foto: Reprodução / Nice Santana / Tribuna do Recôncavo

 

A situação da universidade reflete o cenário nacional da educação. Este ano, a LOA, que prevê as receitas e fixa as despesas do governo federal, destinou R$ 310 milhões a menos para as universidades federais. Para fins comparativos, o orçamento de 2024 da UFRB é 30,99% menor que o de 2015, há nove anos. Segundo os cálculos da própria instituição, o orçamento de custeio da UF estaria em torno de R$ 67.000.000,00, considerando o processo inflacionário do período.

 

Segundo a Pro-Reitoria de Planejamento, o recurso deve fazer falta sobretudo ao pagamento das despesas contratuais de funcionamento. “Os custos para manter a universidade funcionando continuam normais, por exemplo. As convenções coletivas acontecem e os contratos terceirizados são reajustados anualmente. Então é quase impossível gerir a universidade nessa lógica que o orçamento público vem adquirindo nos últimos anos”, reiterou o pro-reitor Joaquim Ramos. 

 

UFSB: Já na região sul, a Universidade Federal do Sul da Bahia teve um corte orçamentário equivalente a 12% em comparação com o ano de 2023. Em 2024, a universidade dispõe de R$ 22.012.000 para suprir seus gastos, com mais de R$ 2 milhões a menos. 

 

Foto: Reprodução / TV Santa Cruz

 

Para a instituição, o corte também impacta diretamente na manutenção básica da universidade. Ao Bahia Notícias, a instituição compartilhou uma escala média do orçamento anual da UFSB nos últimos 10 anos. Confira: 

 

 

UFOB: A Universidade Federal do Oeste da Bahia, por sua vez, foi na contramão das instituições federais na Bahia. Este ano, a UFOB registrou um aumento de 13,47%, em comparação ao ano anterior, com um orçamento total de R$ 139.763.023. O valor, no entanto, representa cerca de R$1 milhão a menos do que estava previsto pela LOA em 2024. A UFOB afirma que o crescimento das finanças está relacionado com a correção inflacionária anual e o valor deve ser destino em sua maioria para o custeio básico da instituição e seu quadro de servidores. 

 

Foto: Reprodução / Governo Federal

 

Ao Bahia Notícias, a universidade informou que medidas foram tomadas, mas manter o equilíbrio das contas da instituição e ainda manter o funcionamento de atividades acadêmicas e bolsas de auxílio. No entanto, as obras de infraestrutura dos campi, além da manutenção preventiva, não estão inclusas no orçamento anual e devem ser realizadas mediante o lançamento de um novo PAC, programa de investimentos coordenado pelo governo federal, para custear estas despesas. 

 

“Na UFOB, foi realizada gestão sobre os contratos, mas há impacto na realização de ações específicas, como manutenção preventiva das instalações físicas, e também na ampliação do atendimento às demandas da assistência estudantil, que se demonstram crescentes. Além disso, para 2024, não foram previstos recursos para investimentos, com impacto na aquisição de equipamentos, livros, reformas e ampliações das instalações da universidade. Vale destacar que a universidade ainda não conta com prédios próprios nos campi fora da sede de Barreiras”, explicou o reitor da Universidade, Jacques Antonio de Miranda.

 

IFBA: No do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, o IFBA, o orçamento deste ano é de R$ 87.308.791,00, que deve ser distribuído para suprir os custos de 33 unidades no estado, sendo 21 campi em pleno funcionamento, 2 campi em construção, 1 núcleo avançado, 6 centros de referência, 1 pólo de inovação e 1 reitoria.

 

Foto: Divulgação / IFBA

 

O valor repassado em 2024 é cerca de 3,83% menor que o previsto pela LOA, que era de R$ 90.787.602,00. Em relação ao valor repassado em 2023, R$ 93.364.747,00, a queda é ainda maior e representa 6,5% de diminuição. 

 

Para o reitor do instituto, o professor Jancarlos Lapa, é “fundamental” para uma instituição pública de ensino do porte do IFBA contar com recursos orçamentários necessários para seu pleno funcionamento. Segundo o gestor, os projetos de Assistência Estudantil são os mais prejudicados pelos cortes. “Nossa especial preocupação é com a redução do orçamento para a Assistência Estudantil, cujos benefícios têm relevância indiscutível para assegurarmos condições de permanência e êxito aos(às) nossos(as) estudantes em situação de vulnerabilidade socioeconômica”, afirma.  

 

Segundo os dados do IFBA, o orçamento para Assistência Estudantil teve um corte de R$ 381.063,00, em 2024, correspondendo a 2,57% de redução. 

 

O Bahia Notícias entrou em contato com a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), que possui um campus em São Francisco do Conde; a Universidade Federal do Vale do São Francisco, com campus em Juazeiro e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IF Baiano), e não houve retorno. (Atualizada às 08h51)

UFRB abre processo seletivo para contratar 43 professores em caráter temporário
Foto: Reprodução / Luis Fortes

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) abriu inscrições para 43 vagas de professor substituto em caráter temporário. Dezessete das vagas são para o campus de Cruz das Almas. No caso, dez para o Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas (Cetec); e sete para o Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB).

 

As outras vagas são para os campus de Cachoeira/ São Félix (4), Santo Amaro (6), Feira de Santana (7), Amargosa (3) e Santo Antônio de Jesus (6). Segundo a UFRB, o contrato vai ter a duração de um semestre letivo para um regime de trabalho de 20 ou 40 horas semanais. As inscrições, de R$ 100, ocorrem até o dia 28 de dezembro através do site da universidade.

 

Do total de vagas, cinco são reservadas para candidatos com deficiência, e nove para candidatos negros. A seleção vai acontecer exclusivamente por meio remoto e terá duas etapas distintas, ambas de caráter eliminatório e classificatório: análise de currículo e prova didática.

 

O resultado final deve ser anunciado no dia 4 de março de 2024. 

Sites da CMS e de universidades baianas ficam fora do ar após novo ataque hacker
Foto: Reginaldo Ipê / CMS

O site da Câmara Municipal de Salvador (CMS) e algumas universidades da Bahia estão fora do ar, sem funcionar, nesta segunda-feira (9). O sistema das páginas das instituições não estão funcionando normalmente, por conta de um suposto ataque hacker. O suposto ataque teria a duração de 20 minutos e foi provocado por hackers com o intuito de chamar atenção e alertar para os alunos dessas instituições e população para o combate ao assédio sexual nessas entidades. 

 

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Segundo o aviso do coletivo Anonymous, o cyber ataque derrubará todos os portais mencionados abaixo de uma vez por um período de 20 minutos, "pois não é objetivo prejudicarmos as instituições". "Queremos ajudar e estamos com as vítimas de abuso e assédio sexual dentro das universidades", revela o aviso encaminhado à imprensa. 

 

Além da CMS, estão também fora do ar sistema de e-mails da Universidade Federal da Bahia (Ufba), o portal da Universidade Federal do Sul da Bahia, o portal da Universidade Estadual de Feira de Santana, o portal da Universidade Católica do Salvador e os sistemas da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia. 

 

Após encerrar o ataque, o coletivo informou que "não invadimos e nem roubamos nenhuma informação, apenas para concientização e apelo para a abertura da CPI do Assédio Sexual para ajudar às vítimas o mais rápido possível". (Atualizado às 13h56)

Jerônimo Rodrigues prestigia transmissão de cargo da nova reitora da UFRB
Fotos: Fernanda Souza /GOVBA

O governador Jerônimo Rodrigues participou, nesta quinta-feira (14), em Cruz das Almas, da cerimônia de transmissão de cargo da nova reitora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), a professora Georgina Gonçalves dos Santos, que assume a gestão da instituição de ensino superior no lugar do professor Fábio Josué Souza, que se torna vice-reitor. 

 

Georgina é doutora em Ciências da Educação pela Universidade de Paris, na França, e professora dos Programas de Pós-graduação de Ensinos Interdisciplinares sobre universidades, da UFBA, e de Políticas Sociais e Território, da UFRB. A educadora foi nomeada pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva em agosto deste ano, após o Conselho Universitário da UFRB indicá-la para comandar a instituição durante o quadriênio 2023-2027. 

 

Na cerimônia, o governador destacou a parceria da UFRB com o Estado da Bahia. "Minha presença aqui é para trazer um abraço do povo baiano à democracia brasileira, à UFRB, à professora Georgina e ao professor Fábio e, naturalmente, o sinal de que temos todo o interesse de continuar tendo a UFRB como parceira do Estado, na formação profissional e na construção de políticas públicas. O Recôncavo e a Bahia se desenvolveram bastante com a UFRB, que tem uma marca forte de inclusão dos povos tradicionais, quilombolas, do povo preto deste estado e de outros estados que vêm estudar aqui", afirmou Jerônimo. 

 

De acordo com a nova reitora, “esse é um momento de esperança, de concretização de desejos da comunidade e de muitos desafios. E o primeiro deles é confirmar o nosso compromisso com o povo da Bahia e com o povo brasileiro, compromisso de enfrentamento às desigualdades, à injustiça social, a toda a forma de preconceito. A nossa disposição é produzir e preservar conhecimento, construir, transformar e reproduzir o conhecimento, e temos a certeza e alegria de saber que o projeto do Governo do Estado se identifica com o projeto da UFRB", ressaltou Georgina Gonçalves.

 

A Universidade do Recôncavo da Bahia foi criada em 2005 e, atualmente, oferta 61 cursos de graduação e 40 de pós-graduação a quase 16 mil estudantes espalhados por campus instalados nas cidades de Amargosa, Cachoeira, Cruz das Almas, Feira de Santana, Santo Amaro, Santo Antônio de Jesus e São Félix. 

Professora da UFRB expõe assédio durante voo de Dubai a São Paulo
Reprodução / Redes Sociais

A professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Carolina Magalhães, relatou, por meio das suas redes sociais, um caso de assédio sofrido por ela durante um voo da Emirates, saindo de Dubai a caminho de São Paulo. O caso aconteceu no dia 8 de agosto, mas o relato foi publicado no último domingo (20). 

 

Por meio do seu Instagram, que possui mais de 3 mil seguidores, Carolina expõe que um dos passageiros do voo se masturbou ao seu lado e o comissário, alertado sobre o ocorrido, agiu com indiferença. “O comissário de bordo pôs em dúvida o referido episódio, deu mais ênfase ao nervosismo do meu esposo diante do episódio e ainda exigiu que eu mantivesse distância e total ausência de contato com o referido importunador durante as 8h restantes de vôo.”

 

Para o Bahia Notícias, a professora de Nutrição da UFRB explicou que já fez o boletim de ocorrência online sobre o episódio, mas que ainda não recebeu um retorno por parte da companhia aérea. “Eu fiz um boletim de ocorrência online no próprio dia 20, pois acreditava que o caso era da delegacia de São Paulo. Eles [a Emirates] ainda não entraram em contato comigo, mas eu creio que vão.”

 

A vítima afirma que busca a retratação por parte da empresa, Emirates, e espera que seu relato dê força às mulheres invisibilizadas em casos semelhantes de abuso. “Estou atrás da justiça, justiça por mim, pelas mulheres e pelas minhas filhas que também são mulheres.”

UFRB leiloa 45 bovinos das raças Nelore, Girolando e Guzerá e mestiços
Imagem Ilustrativa - Foto: Indea-MT

A Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) vai leiloar 45 bovinos das raças Nelore, Girolando e Guzerá e mestiços, a serem ofertados em 45 lotes, por meio de maior lance.

 

Os animais que serão leiloados estarão expostos para conhecimento dos interessados no dia 21 de julho, das 8h às 12h e das 14h às 16h, no Setor de Bovinocultura da Fazenda Experimental do Centro de Ciências Agrárias, Ambientais e Biológicas (CCAAB), Campus Universitário de Cruz das Almas.

 

O arremate acontecerá no dia 1 de agosto, das 8h ás 12h, no mesmo lugar. Pessoas físicas ou jurídicas poderão participar e o pagamento do lote deve ser à vista, através da GRU (Guia de Recolhimento da União). O animal só poderá ser retirado após o pagamento.

 

Os interessados deverão se cadastrar para ofertar lances no site da FazExp do CCAAB, no Núcleo Administrativo da FazExp ou no momento do início do Leilão no local de realização do evento, apresentando os documentos necessários.

 

O servidor da UFRB, Elielson Lima Aquino, será o leiloeiro. Luiz Edmundo Cincurá de Andrade Sobrinho e José Carlos de Oliveira Filho serão responsáveis pela vistoria dos animais. Com eles os interessados podem obter mais informações, pelo telefone 75 9 3621-3301.

Após oito anos de obra parada, prédio de aulas da UFRB em Cruz das Almas será inaugurado nesta segunda-feira
Foto: Reprodução / UFRB

Será inaugurado nesta segunda-feira (17), o terceiro pavilhão de aulas da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), campus Cruz das Almas. O novo pavilhão será entregue após oito anos de paralisação na construção. A obra do pavilhão se iniciou em 2013, porém foi interrompida em 2015 por conta do abandono da empresa responsável. 

 

O reitor da UFRB, Fábio Josué, comentou ao Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, sobre as dificuldades enfrentadas para retomar a construção, após os cortes no orçamento da universidade durante a gestação anterior do Governo Federal. 

 

“Essa obra foi iniciada em janeiro de 2013 e em agosto de 2015 a empresa abandonou a obra. Nos anos seguintes nós tivemos a dificuldade de retomar essa obra porque nós já estávamos ali no cenário do golpe e depois da gestão passada que infelizmente implementou vários cortes no orçamento da universidade. Se a gente pegar o orçamento da UFRB do ano de 2015 como referência e comparar com o que nós recebemos nos últimos anos, nós tivemos uma perda de 211 milhões de reais,” apontou o reitor.

 

O novo prédio de aulas vai conseguir acomodar até 1500 alunos e contará com 25 salas de aula, laboratórios e estruturas administrativas. Estima-se que cerca de 3500 alunos sejam beneficiados com o novo espaço.

 

“O pavilhão de aulas três tem uma capacidade de 25 salas de aula, vários laboratórios e outras estruturas administrativas. Tem uma capacidade de atender simultaneamente 1500 alunos e, portanto, considerando aí o quantitativo de alunos de Cruz das Almas aqui nós estamos estimando que 3500 alunos serão atendidos nesse pavilhão de aula. É uma obra que começou 2013 foi interrompida em 2015. Nós conseguimos retomar essa obra em 2020 e estamos entregando para comunidade na próxima segunda-feira,” explicou Josué. 

 

O evento de inauguração vai contar com a presença do Ministro da Educação, Camilo Santana, do Ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, e do atual governador do estado da Bahia, Jerônimo Rodrigues.

UFRB terá 48h para adequar edital prevendo reserva de vagas para negros e pardos após determinação da Justiça
Foto: reprodução

Uma medida liminar da Justiça Federal determina que a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) adeque o edital nº020/2023, em um prazo de 48 horas, para que o documento preveja a reserva de vagas para negros e pardos que visam concorrer às vagas ociosas dos cursos ofertados pela instituição, como enfermagem, medicina e nutrição.

 

 A medida foi deferida nesta terça-feira (6) pela Juíza da 14ª Vara Federal da Seção Judiciária da Bahia, Dra. Cynthia de Araújo Lima Lopes, após uma ação da advogada Layana Mercês.

 

Segundo a autora da ação, causou estranheza a UFRB “não proceder a reserva de vagas para negros no referido certame, já que este direito é inegociável e a Universidade vinha cumprindo rigorosamente a preservação das cotas em seus editais”.

 

“Sendo fruto de uma verdadeira luta histórica por parte daqueles que foram marginalizados durante anos, a inclusão de vagas para negros e pardos nos editais das universidades é Dirieto que não se pode negociar. Eu como mulher negra fico honrada em saber que o Poder Judiciário não admite margem de interpretação quando o assunto é a Lei Cotas Raciais”, disse a advogada.

"Teremos a nomeação da nossa reitora eleita", opina primeira-dama Tatiana Velloso sobre sucessão na UFRB 
Foto: Bruno Leite / Bahia Notícias

Professora da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde foi pró-reitora de Extensão e Cultura, a primeira-dama Tatiana Velloso opinou nesta sexta-feira (19) sobre o resultado da consulta pública que indicou a professora Georgina Gonçalves e o atual reitor Fábio Josué, respectivamente, como reitora e vice-reitor da instituição para o quadriênio 2023-2027.

 

A escolha da chapa para suceder o comando da reitoria da instituição de ensino foi referendada pelo Conselho Universitário (Consuni), que, em reunião extraodinária realizada na tarde desta quinta-feira (18), elegeu os docentes para encabeçar as listas tríplices que serão enviadas ao Executivo para avaliação.

 

Segundo Velloso, há a expectativa de que - diferente do último processo, realizado em 2019, em que o então presidente Jair Bolsonaro (PL) empossou o último postulante da relação de indicados - a escolha da comunidade acadêmica seja respeitada e a dupla de docentes seja nomeada para os cargos máximos da Federal do Recôncavo.

 

Para ela, é válido que seja destacada a presença de Georgina Gonçalves, que já exerceu a função de vice-reitora da escola superior entre 2015 e 2019, na relação de indicados. "Ela participou de uma consulta, que foi referendada e passou pelo Conselho Universitário, então está dentro do processo legal", salientou.

 

"A gente vive agora, com [o presidente] Luiz Inácio Lula da Silva [PT], o retorno da democracia e do respeito à universidade, mas especialmente [do retorno] de um projeto de sociedade em que o Estado Democrático de Direito, a defesa da ciência e da educação, das pessoas e da vida, tem uma centralidade", pontuou Velloso.

 

"Sem sombra de dúvidas, teremos a nomeação da nossa reitora eleita", projetou a primeira-dama em conversa com o Bahia Notícias. Na sua avaliação, o cenário atual é "muito diferente do que tivemos nos últimos seis anos", marcado, de acordo com ela, por "um ataque muito feroz" contra a democracia, a universidade e a sociedade.

 

A ex-pró-reitora da UFRB citou, como maus exemplos das lideranças à frente do Planalto no período, outros casos em que o tradicional rito de nomeação dos nomes que lideram listas tríplices não foi seguido e situações em que "interventores" assumiram reitorias de universidades e institutos federais de ensino.

 

Em contraposição a estas decisões políticas, salientou Tatiana Velloso, estão a reposição orçamentária anunciada pelo Ministério da Educação (MEC) para as Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) no mês passado e a criação de outras políticas educacionais pelo governo Lula. 

 

Além de Georgina Gonçalves, que lidera a listagem, foram considerados pelo Consuni para o posto de reitor(a), a professora Creuza Souza Silva e o professor Josival Santos Souza. Já para o cargo de vice-reitor(a), aparecem no quadro, além de Fábio Josué, os professores Jacson Machado Nunes e Adson Mota Rocha.

 

O novo mandato da reitoria terá início em 1º de agosto, quando se encerrará o período da atual gestão.

UFRB oferece 150 vagas para o curso de especialização de Gestão em Saúde a distância
Foto: Reprodução / UFRB

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por meio da Superintendência de Educação Aberta e a Distância (SEAD) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), lançou processo seletivo de aluno regular do curso de Especialização de Gestão em Saúde, na modalidade a distância, para o segundo semestre letivo de 2023. O curso terá duração de dezoito meses, com início das aulas previstas para agosto. 

 

As inscrições gratuitas acontecem de 17 a 23 de maio, no Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA). O curso destina-se, prioritariamente, a profissionais da área da saúde ou áreas afins, com interesse específico no campo da saúde coletiva e/ou profissionais que desenvolvem atividades docentes ou de pesquisa na área de saúde. 

 

São oferecidas 150 vagas, das quais 15 vagas são destinadas para servidores técnicos administrativos da UFRB; 30 vagas poderão ser destinadas a candidatos autodeclarados negros; 8 vagas para pessoas com deficiência; 23 vagas para indígenas, quilombolas e pessoas trans, de acordo com a política de cotas em vigência na UFRB, aprovada a partir de normativos da instituição.

 

A especialização tem por objetivo a qualificação de pessoal de nível superior visando capacitar quadro de gestores para atuarem na administração de macro e microssistemas públicos de saúde; qualificar profissionais no processo de trabalho em saúde para planejar e programar ações, gerir recursos e avaliar sistemas e práticas de gestão em saúde; e habilitar nas competências básicas para a gestão de serviços de saúde, profissionais com responsabilidades ampliadas de gestão administrativa e de atenção à saúde, atuantes em sistemas e serviços de saúde. 

 

O curso será realizado na modalidade a distância por meio do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), com encontros presenciais para discussões, orientações e avaliações nos polos da Universidade Aberta do Brasil (UAB) onde o aluno se vincular no ato da matrícula. Os polos são Jequié, Santo Estevão, Itaberaba, Valença e Vitória da Conquista.

"Lula 3" reacende esperança de expansão dos campi universitários federais no interior da Bahia
Reunião entre comissão de criação da UFNB e MEC | Foto: Divulgação

Tão logo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ascendeu ao Poder Executivo para o seu terceiro mandato, movimentos que encampam a criação de novos campi universitários federais no país viram naquele momento político a esperança de terem suas mobilizações findadas - mas desta vez com um final feliz.

 

Na Bahia, ao menos três novas universidades podem ser criadas a partir de movimentações da sociedade civil nas regiões da Chapada Diamantina, da Bacia do Paramirim e do Nordeste da Bahia. A expectativa dos grupos é de que a expansão se assemelhe ao que foi feito por Lula na sua segunda gestão, quando a Universidade Federal da Bahia (UFBA) deixou de ser a "filha única" e o estado passou a contar com mais cinco universidades federais.

 

Um dos membros da comissão de professores que articula a implantação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia (UFNB), o professor Francisco Gabriel Rego, explica que o a proposta é que a instituição tenha uma estrutura multicampi distribuída por 9 municípios dos quatro territórios de identidade que compõem a mesoregião em questão.

 

"São territórios que há muito tempo já reivindicavam uma luta por uma universidade que em cada um dos territórios, individualmente", descreve Francisco, mencionando que foi a partir de 2014 que esse desejo se unifica e se torna o planejamento do que poderá se tornar a Federal do Nordeste da Bahia. 

 

A iniciativa, explica o docente, remonta a o modelo que resultou na criação da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), segunda escola de ensino superior a ser criada no estado, em 2005, na época do então Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni).

 

As incursões pela UFNB já rendeu petições, audiências públicas nas comunidades envolvidas e na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), além de ter sido pauta do governo da ex-presidenta Dilma Rousseff (PT) antes sofrer o processo de impeachment que lhe tirou do Palácio do Planalto, em agosto de 2016. 

 

"As questões políticas do país atingiram diretamente o projeto", argumenta Francisco Gabriel Rego, justificando que há um ponto em comum entre as localidades abarcadas pela proposição: o vazio educacional do ensino superior na região.

 


Audiência pública de criação da UFNB em Ribeira do Pombal em janeiro | Foto: Reprodução / PMRP

 

O cenário também parece ser animador para outra frente que busca interiorizar a rede federal, a da Universidade Federal da Chapada Diamantina (UFCD), que chegou a ter o projeto de lei aprovado na Câmara dos Deputados em 2013, mas que não seguiu adiante. Na época, a ideia era de que a instituição pudesse ter centros de ensino em Lençóis, Seabra, Ipirá, Rio de Contas e Morro do Chapéu.

 

Em uma declaração recente, na sua posse como vice-presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), o prefeito de Andaraí, Wilson Cardoso (PSB), garantiu que a entidade envidará esforços para que a UFCD seja finalmente criada. "Agora, com a união da UPB, temos um grande aliado à Universidade Federal da Chapada, que já tem o entendimento do governador Jerônimo [Rodrigues] e todos os envolvidos. O projeto já está bem adiantado, trabalhamos isso a mais de dois anos e agora vai", afirmou na oportunidade.

 


Lençóis poderá sediar um campus da UFCD | Foto: Reprodução / GOVBR / Jota Freitas

 

No ano passado, em maio, ainda durante a pré-campanha, o atual governador Jerônimo Rodrigues (PT) se comprometeu que em levar para a área uma universidade. Ainda incipiente, a proposta, segundo ele, foi fruto de um pedido da população: "Se a demanda que ouvimos ontem e hoje aqui, diversas vezes, é uma universidade nesse território, nós iremos buscar". 

 

A promessa voltou a ser vista no Plano de Governo Participativo (PGP), junto com as duas outras já citadas UFNB e UFCD e de mais campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Baiano (IFBaiano). O objetivo dele, afirmou no documento que reunia propostas para o mandato, seria articular junto com o governo federal a criação dos equipamentos de ensino.

 

CONTEXTO FAVORÁVEL, MAS PRIMEIRO CICLO NECESSITA SER CONSOLIDADO

Ex-secretário de Alfabetização, Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (SECADI) do Ministério da Educação (MEC) no governo Dilma e reitor da UFRB quando fundada, o presidente do Conselho Estadual de Educação (CEE), Paulo Gabriel Nacif defende que há uma desvantagem do ponto de vista da distribuição de investimentos federais no ensino superior federal.

 

"Primeiro devemos considerar que ainda existe uma injustiça na distribuição de recursos na educação superior pelo governo federal. Se você pega, por exemplo, Minas Gerais, que tem 11 universidades federais com um número de campi impressionante e uma estsadual pequena, na Bahia nós temos hoje 6 universidades federais e 4 estaduais grandes. Essa dissonância federativa é algo que precisa ser debatido no Brasil", opinou o professor.

 

Na visão de Nacif, unidades da federação como Minas, que concentram um número maior de Institutos Federais de Ensino Superior (IFES), acabam acumulando um montante maior de verbas - portanto há um proveito maior em em ciência, tecnologia e formação - para sua população, mesmo que elas tenham um impacto de dimensão nacional, uma vez que estas instituições recebem pessoas de outros estados.

 

"A Bahia ainda tem dois grandes vazios de universidades federais. A gente precisa considerar o Nordeste da Bahia e a região central ali da Chapada. São espaços que têm movimentos fortes", identificou o presidente do CEE, acrescentando que havia uma expectativa anterior a 2016 acerca do avanço nessa pauta.

 

Segundo ele, a "chama precisa ser mantida acesa", de maneira que processos de compromisso de políticos e a mobiliação popular possa fomentar esse esforço do poder público pela educação. "É uma questão de justiça com a Bahia", afirmou. O processo, defendeu, Nacif, interessa ao crescimento do estado uma vez que a descentralização da capacitação da mão de obra tem impacto direto nas cadeias produtivas no interior do estado. 

 

Além da criação de instituições propriamente ditas, alguns movimentos também esperam a consolidação das IFES implantadas no chamado primeiro ciclo de expansão, no raio do Reuni. Muitas das unidades de ensino destas universidades funcionam em prédios provisórios e outras - a exemplo da UFRB em Nazaré - sequer foram criadas. 

 

Estão nessa situação campi como o da Federal do Recôncavo em Feira de Santana e em Santo Amaro, da UFSB em Teixeira de Freitas, da UFBA em Camaçari, além de quatro dos cinco centros de ensino da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) - em Luís Eduardo Magalhães, Santa Maria da Vitória, Barra e Bom Jesus da Lapa.

 


Futuras instalações da UFRB em Santo Amaro | Foto: Reprodução / UFRB

 

Concordando com a interpretação de que a expansão é uma questão de dívida com a sociedade brasileria, o professor Paulo Miguez pontuou ao Bahia Notícias, em janeiro deste ano, após uma reunião convocada pelo próprio presidente Lula e pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), que a consolidação destas unidades talvez seja o ponto mais importante no momento atual. 

 

"A dívida com a educação superior na sociedade brasileira é imensa. Ela começou a ser paga há alguns anos atrás, houve uma interrupção, ela não foi concluída na sua primeira fase. Nós temos ainda temos hoje universidades que não conseguiram completar sua expansão, seja do ponto de vista de infraestrutura, seja do ponto de vista do seu corpo técnico e docente", argumentou.

 

No raio dessa consolidação alegada por Miguez estão, nas suas palavras "uma atenção cuidadosa com a recomposição orçamentária, dos corpos técnicos e docentes, a finalização de obras para efetivar a expansão começada lá atrás". "Certamente, teremos que desenhar com alguma rapidez um novo ciclo de expansão como o Reuni, mas nesse momento nos cabe garantir a completude do primeiro ciclo", concluiu.

 

MEC SE COMPROMETEU COM A UFNB

No último dia 9 de março, integrantes da comissão que pensa a implantação da Universidade Federal do Nordeste da Bahia (UFNB) estiveram em Brasília para realizar tratativas com os parlamentares da bancada da Bahia.

 

Na capital federal, os integrantes da instância também tiveram um encontro com o ministro da Educação, Camilo Santana, que se comprometeu com a iniciativa e considerou "justa" a demanda apresentada pela comitiva baiana.

 

"Pode ficar certo aos baianos, os deputados, que vamos trabalhar no projeto e na discussão, a bancada irá ajudar para que a gente possa levar esse sonho para o Nordeste da Bahia", garantiu Santana em um vídeo gravado junto a deputados baianos, classificando o momento como oportuno para que a expansão da rede federal possa ser retomada.

 

O MEC foi consultado pela reportagem através de e-mail sobre quais serão os próximos passos acerca do pleito das mobilizações baianas e qual a perspectiva quanto a consolidação dos projetos universitários iniciados na segunda gestão de Lula no estado da Bahia. A pasta não respondeu aos questionamentos até a publicação desta matéria.

Com curso online, cineclubes baianos buscam ampliar acesso à produção cinematográfica
Foto: Divulgação

Três cineclubes e um projeto de extensão voltado para a profusão da sétima arte se uniram para oferecer a realizadores um conjunto de aulas sobre técnicas audiovisuais dentro da linguagem cinematográfica, o "Curso de Leitura de Cinema II". Ministrado a partir de quatro abordagens - figurino, roteiro, som e documentário -, o projeto teve início no último dia 1º e segue até o próximo dia 10 de dezembro.

 

Para Juca Badaró, coordenador do cineclube Fruto do Mato, de Lençóis, na Chapada Diamantina, esse contato com a linguagem do cinema é essencial, pois assim como outras artes, ela está sempre em movimento. "[O cinema] acompanha as próprias transformações da sociedade. Assim, tanto os encontros pedagógicos quanto as práticas cineclubistas ganham uma importância muito grande, uma vez que permitem essas atualizações e renovações", defende o realizador. 

 

Dois encontros já aconteceram desde o início do curso e dois outros estão programados para acontecer até o último dia. Participam do espaço de debate professores, cineclubistas, críticos, realizadores, produtores culturais e cinéfilos. 

 

O primeiro encontro, na última terça contou com a participação do professor Leonardo Campos (UniFTC), que falou sobre o papel dramático dos figurinos. O segundo, que aconteceu nesta quinta-feira (3), teve o tema "Quem é o roteiro na fila do cinema?" como objeto central da aula mediada pela professora Adriana Amorim (Uesb).

 

Ainda estão programadas as atividades "Escutando filmes: entre ruídos, vozes, músicas e ambientes", na próxima terça-feira (8), com a professora Marina Mapurunga (UFRB); e a aula "O que é o documentário?", na próxima quinta(10), com Juca Badaró.

 

Esta é a segunda edição do Curso de Leitura. Segundo a professora Tatiana Fantinatti, coordenadora do cineclube CINECITTÀ, vinculado ao Instituto de Letras da Ufba, "o público alvo desta vez ficou alargado, sem fronteiras". "Os objetivos deste segundo curso são os mesmos, agora sem fronteiras e fortalecidos pelas parcerias estreitadas", explica a docente.

 

"Na primeira edição, em 2017, havia um interesse em formar o público para ele fruir melhor as produções pelo lado da narrativa fílmica, ampliando as discussões e permitindo, sobretudo a quem só podia comentar o lado temático, contextual e cultural a oportunidade de também saber o que eram aqueles conceitos que o pessoal exclusivo da área de cinema sempre cita", comenta Fantinatti.

 

Além do CINECITTÀ e o Fruto do Mato, o cineclube Vesúvio (Faced/Ufba) e o projeto de extensão Janela Indiscreta (Uesb) integram o Curso de Leitura de Cinema II. 

 

Badaró acredita que, a partir desta experiência entre os cineclubes, pode surgir uma rede. "No fundo, esse também é o nosso desejo, de agregar os cineclubes e pensar ações em conjunto", justifica. 

 

"Isso ganha uma força muito maior se considerarmos o atual contexto das artes e da cultura no Brasil, sob um governo que, diariamente, desrespeita os artistas e as instituições culturais. Por isso mesmo precisamos nos unir, porque juntos somos mais fortes e podemos pensar em alternativas diante do desmonte da cultura brasileira", revela o coordenador, argumentando sobre a importância de fazer laços com instituições da capital baiana, por exemplo.

 

Neste mesmo intuito, Fantinatti diz acreditar no potencial que os cineclubes têm, sobretudo na Bahia, de promover a sétima arte e suas qualidades - dentre elas a diversidade cultural e lingúsitica, a história e as questões políticas. 

 

"Os cineclubes focam muito mais a atenção no público: primeiro que são gratuitos; segundo que tem o diferencial das discussões, nascedouros de opiniões a respeito das obras, dos movimentos, dos estilos, o que sem dúvida promove o crescimento das comunidades. A Bahia, justamente por ser um estado culturalmente tão plural, tem produções riquíssimas e as ações dos cineclubes contribuem na formação de um público igualmente multicultural", ressalta. 

 

Os interessados em participar das atividades que ainda vão ocorrer podem acessar o site do evento (clique aqui). As inscrições são gratuitas e os certificados serão emitidos pela organização no próprio dia do evento.

IX CachoeiraDoc contará com oficinas por WhatsApp e exibições de documentários online
Foto: Divulgação

Projetor na tela, gente na praça e um repertório de documentários produzidos por indígenas, quilombolas, mulheres e outras pessoas ligadas a movimentos sociais. Essa tônica, que não é sentida no Recôncavo há cerca de dois anos, ganha novos contornos no início do próximo mês, com o retorno do festival CachoeiraDoc (veja aqui).

 

Gente na praça ainda não vai ser possível, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e das restrições que estão postas, mas os contornos que norteiam a curadoria e a ligação com as comunidades vizinhas seguem os mesmos. Isso é o que garante Amaranta César, professora de Cinema e Audiovisual e uma das coordenadoras do evento desde a primeira edição, em 2010.

 

"Agora, depois de um tempo de elaboração, do entendimento de quão longo seria esse período de quarentena, os esforços foram se juntando para que minimamente as pessoas não fossem deixadas para trás. Porque em Cachoeira, muita gente não tem acesso ou tem, de modo precário, à internet. As pessoas para quem a gente sempre fez o CachoeiraDoc não poderiam ficar para trás. Essa decisão não foi fácil porque o que a pandemia faz é explicitar as desigualdades que já existem e a gente nao queria ignorá-las", ressalta a professora. 

 


Última edição do CachoeiraDoc, em 2017 | Foto: Divulgação

 

Os dois anos de hiato chegaram a ser quebrados de maneira breve com a realização experimental, em maio deste ano, de um outro evento virtual, que ainda não era o CachoeiraDoc, batizado sugestivamente como "Festival impossível, curadoria provisória", mas que aconteceu no mesmo mês previsto inicialmente para o encontro.

 

"A gente fez um evento para não passar em branco, que era pra justamente dizer 'vamos fazer esse evento online, vamos disponibilizar filmes, mas isso não é um festival'", explica Amaranta, acrescentando que naquele momento, o entendimento era de que, por conta de toda a potência de relação com a história e o território, era impossível fazer algo semelhante, mas precisavam de uma ação de mobilização.

 

Segundo ela, pensar numa edição online mais encorpada só se tornou mais concreto agora, devido a um reestabelecmento da comunidade estudantil da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde o festival foi gestado desde a primeira edição. "Fazer um festival online é também uma maneira de fechar um ano difícil e afirmar que ainda estamos aqui", evidencia. 

 


Foto: Cine Festivais

 

Para aproximar-se do público de Cachoeira, a organização pensa em ampliar a presença em diferentes meios para atingir também quem não tem acesso à internet. A ideia, explica a coordenadora, é promover ações pontuais como a oferta de um cardápio de filmes no site para que possam ser escolhidos pela própria população, um período mais extenso de disponibilização e realização do evento, e sessões para famílias da sede do município e na comunidade quilombola de Santiago do Iguape, na zona rural.

 

"A questão agora é atingir o qualitativo, não o quantitativo, de forma pontual, como numa acupuntura. Também teremos oficinas para estudantes do ensino médio de Cachoeira e São Félix por WhatsApp chamada de 'ZapDoc', que é justamente para oferecer conteúdos rápidos e sintéticos e ensinar a captação de imagens por celular, a montar pelo celular, a iluminar, a melhorar a captação de som, de forma muito prática e de forma mais barata, já que não demanda muitos dados", completa Amaranta César.


HIATO E DESAFIOS DA RETOMADA
Quando o CachoeiraDoc foi descontinuado, em 2018, o cenário da política de editais a nível estadual não era propício para a realização de eventos como o festival de documentários. Apontando a falta de apoio para que uma nona edição acontecesse naquele ano, a organização divulgou um comunicado em que explicava o momento que estavam atravessando (relembre aqui). 

 

Nem os editais federais poderiam ajudar. Critérios como uma contrapartida financeira e a cobrança de ingressos impossibilitaram qualquer tentativa de concorrer aos certames disponíveis e captar recursos. 

 

"Um festival de documentários, que é um cinema minoritário e contra-hegemônico, que não vende exatamente ingressos, numa cidade que também só tem um cinema pequeno e com uma população majoritariamente de baixa-renda, você imagina que realmente não está no nosso alcance concorrer a esse tipo de política. Ficamos dois anos sem realização do evento e quando finalmente houve uma retomada dos editais a gente concorreu, ficou no primeiro lugar em nossa categoria e quando estávamos retomando o festival fomos surpreendidos pela pandemia", discorre a professora Amaranta. 

 

Agora, com a retomada virtual, espera-se que as perspectivas elaboradas no decorrer das últimas oito edições sigam em continuidade. "Toda nossa experiência de realização do fetival nos mostrou que a relação dos filmes que a gente exibiu com a cidade tinha perspectivas críticas, leituras históricas, possibilidades entre artistas, realizadores e pesquisadores que inclusive afetaram o próprio cinema brasileiro", argumenta, completando que, na sua avaliação, a vinculação com um passado rico, mas também traumático do processo colonial e escravagista da cidade, e a uma realidade de universidade plural são muito desejáveis para pensar criticamente o cinema.

 

NARRATIVAS NA TELA E FORA DELA
A presença de realizadores, palestrantes, produtores, pesquisadores e outros nomes do cinema e ligados com as temáticas é uma das marcas das mesas e dos filmes exibidos nas edições do CachoeiraDoc. Ao Bahia Notícias, a professora Amaranta César disse que a preocupação sempre foi a de pautar a "representação e a representatividade". 

 

"Convidamos muita gente importante do cinema negro, do cinema indígena, do cinema ligado aos movimentos sociais, do cinema das lutas urbanas e rurais", diz, avaliando que, por si só, o gênero documental já apresenta a possibilidade de ver histórias a partir de outro ponto de vista. "Ele nos revela personagens e facetas do mundo de um jeito que a gente não via antes. Nesse sentido, buscamos [ao longo da história do CachoeiraDoc] documentários que tanto experimentassem formas, quando evidenciassem narrativas que as mídias tradicionais não mostravam".

 

Nomes como o Cacique Babau, a ativista Makota Valdina e membros de comunidades tradicionais como os Guarani-Kaiowá e moradores do Quilombo Rio dos Macacos já estiveram nas atividades do festival CachoeiraDoc. 

 


Cacique Babau no CachoeiraDoc | Foto: Divulgação

 

Valdina é a homenageada do evento deste ano. Morta em março de 2019, aos 77 anos, sua participação em um debate na última edição motivou a escolha. "Makota Valdina esteve em um seminário no festival passado e que fez parte da abertura em uma das mesas, que pensava as relações do cinema com as religiões de matriz africana. Ela disse uma coisa que finalizou a fala dela e nos atravessou muito: 'Em momentos como esse, a gente tem que estar na luta como água, porque a água vai pingando e ninguém tá vendo ela pingar, daqui a pouco, quando você olha, tá tudo alagado', justificou Amaranta.

 

"Aquilo era uma lição muito além do cinema, para o cinema, mas para a vida. Era uma forma incrível de entendimento do que a gente vivia. Então, [a homenagem] tem a ver com essa lição de cura e de ação, mas também com uma pessoa que era educadora, além de ativista política que defendia os direitos das mulheres, das populações negras e os direitos ambientais. Essa integridade de Makota Valdina é um exemplo. Dizemos que o futuro está na ancestralidade e por isso a homenageamos", encerra. 

Dona Cadu, mestre da cultura popular, recebe título de doutora honoris causa

A ceramista e sambista Ricardina Pereira da Silva, conhecida popularmente como Dona Cadu, foi reconhecida pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) com o título de doutora honoris causa. A condecoração foi aprovada pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da instituição na sessão ordinária realiuzada nesta quinta-feira (12). 

 

O título concedido à Dona Cadu celebra a contribuição da mestre da cultura popular centenária e líder da comunidade de Coqueiros, no cidade de Maragogipe, às margens da Baía do Iguape, para o patrimônio cultural do Recôncavo baiano.

 

Dona Cadu é da cidade de São Félix, vizinha a Maragogipe, e trabalha com o barro desde os dez anos. Ela também é rezadeira e fundadora do Samba de Roda Filhos de Dona Cadu. 

 

Em nota, a diretora do campus da UFRB em Cachoeira, professora Dyane Brito Reis, comemorou a titulação da ceramista, processo que teve início em 2017, com o pedido enviado pela direção do centro de ensino da cidade heroica ao CONSUNI.

 

"Agradecemos aos integrantes do CONSUNI/UFRB por, neste dia 12 de novembro de 2020, terem aprovado o pedido de concessão de título de Doutora Honoris Causa à Dona Cadu, mulher negra, mãe, líder comunitária, detentora de saberes e fazeres ancestrais, memória viva de confluências afro-indígenas do Recôncavo, sambadeira e mestra ceramista de Coqueiros, distrito de Maragojipe-BA. Este processo teve início em 2017, quando a comissão presidida pela Professora. Dra. Fabiana Cormelato apresentou o relatório ao Conselho Diretor do CAHL e este órgão aprovou o mesmo por unanimidade", ressalta a professora no texto.

Jornalista baiana lança livro sobre o crítico e cineasta Walter da Silveira
Foto: Divulgação

Após três anos de imersão na obra do crítico e cineasta Walter da Silveira, a jornalista e professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Cyntia Nogueira, lança nesta terça-feira (3) o livro “Walter da Silveira e o Cinema Moderno no Brasil – Críticas, Artigos, Cartas, Documentos”.

 

A publicação é o primeiro produto desenvolvido a partir do acervo de Walter da Silveira em posse da Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O lançamento acontece às 19h, no YouTube da Fundação Cultural do Estado da Bahia (TV Funceb), durante o primeiro dia do Webnário Diálogos Audiovisuais, promovido pela Cinemateca da Bahia (Dimas/Funceb), em parceria com a Edufba, como parte das comemorações dos 50 anos de morte do intelectual considerado um dos mentores do Cinema Novo. O volume conta com fortuna crítica, seis ensaios inéditos, correspondências, fotografias e outros documentos históricos.

 

Dividido em seis capítulos, o livro apresenta um conjunto de críticas, teses e ensaios publicados por Walter da Silveira sobre o cinema brasileiro e baiano, além de uma seleção de seus artigos teóricos que visa introduzir e contextualizar alguns conceitos e métodos críticos adotados pelo autor. 

 

A publicação também reuniu um conjunto de 50 cartas trocadas com Alex Viany, Paulo Emílio Sales Gomes e Glauber Rocha, fac-símiles de documentos, fortuna crítica, linha do tempo e um dossiê com artigos inéditos sobre ação e pensamento do crítico cinematográfico.

 

“Além de lançar um olhar sobre sua ação e pensamento, também investigamos, através da obra de Walter, os caminhos traçados pelo cinema no Brasil e na Bahia, que resultam na tentativa de estruturar um cinema moderno no país”, comenta a organizadora do livro, Cyntia Nogueira.

Podcast literário produzido por estudantes da UFRB ganha prêmio
Foto: Reprodução / UFRB

O podcast "De Hoje a Oito" foi o vencedor do 3º Prêmio seLecT de Arte e Educação na categoria Formador. A produção, lançada por estudantes da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), teve como propósito a divulgação do primeiro livro da escritora cachoeirana Tianalva Silva, "Entre o Rio e a Praça".

 

O Prêmio seLecT de Arte e Educação é promovido pela revista seLecT desde 2017 com o objetivo de valorizar escolas, instituições de arte, espaços de ensino, projetos artísticos colaborativos e iniciativas inovadoras que favoreçam os diálogos e os vínculos entre arte e educação. 

 

"De Hoje a Oito" contou com 28 eposídios que foram ao ar, de acordo com os idealizadores, priorizando "a literatura fora do eixo geográfico, racial e econômico canonizado pela elite intelectual que consagra sempre as mesmas narrativas de masculinidade, branquitude e classe média urbana".

 

Tudo começou quando as idealizadoras, Eduarda Gama, que é estudante de artes na UFRB, e Andressa dos Prazeres, pesquisadora e roteirista com formação em letras pela USP, juntaram-se também Letícia Catete, formada em letras pela UFRJ, Edelsio Lima, estudante de artes na UFRB, e o designer Danilo Amaral. “Todos nós temos esse fio de relação com a literatura. A gente lê bastante, escreve também e tem episódios, inclusive, em que colocamos escritos nossos”, diz Eduarda.

 

Um dos episódios, dedicado ao escritor David Nunes, contou com a leitura do conto "Um Malê na Vida", uma história de uma família negra e suas estratégias de superação da morte. Outro trouxe as histórias de Orixás contadas pelo artista Bule-Bule em versos de cordel.

 

O nome do projeto se deve à expressão popular na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, para se referir à semana que vem. Inicialmente apenas na rádio-poste, o programa está disponível também no Spotify.

UFRB e UFBA promovem encontro com Mateus Aleluia e Ailton Krenak
Foto: Montagem / Bahia Notícias

Os programas de pós-graduação em Cultura e Sociedade da UFBA e Profissional em História da UFRB vão promover, no próximo dia 10 de setembro, a partir das 16h, um encontro com o cantor e compositor Matheus Aleluia e o líder indígena Ailton Krenak. 

 

Com o tema "O Dom da Vida", o evento vai celebrar a abertura do semestre suplementar dos dois programas e será transmitido pelo canal da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) no YouTube e pela plataforma digital do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências da Universidade Federal da Bahia (IHAC/UFBA).

 

Os convidados são conhecidos pelas suas atuações internacionalmente. Além de líder indígena, o mineiro Ailton Krenak é umambientalista e escritor de obras como "Ideias para adiar o fim do mundo" e "O amanhã não está à venda".

 

Já Mateus Aleluia é baiano de Cachoeira, no Recôncavo, e integrou na década de 1970 o grupo "Os Tincoãs" - considerado como uma das referências da musica brasileira. Hoje o cantor e compositor segue carreira solo e lançou, em julho deste ano, o álbum "Olorum".

UFRB promove diálogo aberto sobre Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc
Foto: Clara Angeleas / Secult

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vai promover no próximo dia 10 de agosto, às 17h, um diálogo aberto com o tema "Participação Social na Cultura - fortalecimento da sociedade civil para a implementação da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc". O encontro tem a parceria da Câmara Técnica de Cultura do Colegiado Territorial Desenvolvimento Sustentável (Codeter) e será transmitido no canal da UFRB no YouTube.

 

O evento terá como palestrantes Edgilson Araújo, professor da Universidade Federal da Bahia; Inti Queiroz, professora do curso de Gestão Cultural na PUC Cogeae SP; e Pan Batista, presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. A mediação será realizada por  Daniele Canedo, professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da UFRB e coordenadora de cultura da Pró-Reitoria de Extensão. 

 

A discussão sobre a importância da participação social na elaboração de políticas culturais no contexto da pandemia de Covid-19 faz parte do projeto Emergência Cultural no Recôncavo. A iniciativa vai ofertar curso virtual para orientar gestores públicos e sociedade civil de 19 municípios do Recôncavo.

 

A Confederação Nacional dos Municípios, a partir da previsão de recursos e seus critérios de distribuição entre os municípios brasileiros, estima que os municípios do Território de Identidade do Recôncavo vão receber, ao todo, mais de R$ 4 milhões.

Salvador e Santo Amaro recebem 21ª edição do PercPan
Glass Duo é uma das atrações do evento | Foto: Divulgação
O PercPan, maior festival de música percussiva no Brasil, chega à sua 21ª edição entre os dias 18 e 21 de janeiro, em Salvador e Santo Amaro. A programação do evento, criado pela socióloga Elisabeth Cayres, acontecerá no Teatro Castro Alves e no Terreiro de Jesus, na capital baiana; e na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), no interior. Dentre as atrações do PercPan estão três grupos internacionais que se apresentarão na noite de abertura: o polonês GlassDuo, formado por Anna e Arkadiusz Szafraniec, músicos egressos da Orquestra Sinfônica de Gdansk que passaram a tocar o instrumento de taças de cristal conhecido como Glass Harp; a cantora, compositora e multi-instrumentista Sona Jobarteh, nascida no Reino Unido e descendente de uma das cinco mais importantes famílias Griot da Gâmbia, cujos membros são os únicos autorizados a tocar o Kora, harpa africana com 21 cordas; e o sexteto Khusugtun, da Mongólia, conhecido por aliar o uso de instrumentos tradicionais da cultura nômade ao canto Tuvan Throat Singing, que utiliza técnicas vocais praticamente desconhecidas no Ocidente e foi declarado Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Unesco.
 
Serviço
 
Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB
 
20 de janeiro (quarta-feira): 
Mesa-redonda: Acessibilidade musical
Horário: 14h às 16h
Mediadora: Profª Cátia Cucchi
Convidados: Staff Benda Bilili (RD Congo); Mônica Millet (Bahia); Grupo de Percussão do Centro de Apoio Pedagógico ao Deficiente Visual.
 
Encontros Culturais
18 de Janeiro, das 11h às 13h:  Sona Jobarteh ( Gâmbia/UK)
18 de Janeiro, das 15h às 17h:  Khusugtun (Mongolia) 
20 de Janeiro, das 10h as 12h: Khusugtun (Mongolia) 
 

SHOWS
Teatro Castro Alves

Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
 
- 19 de janeiro (quinta-feira): 
Horário: a partir das 20h
Mestre de Cerimonia: Mateus Aleluia (Bahia, Brasil)
Polônia: Glass Duo
Gâmbia / UK : Sona Jobarteh
Mongólia: Khusugtun – convidados Gabi Guedes, Luizinho do Jêje e Iuri Passos (Bahia, Brasil)
 
- 20 de janeiro (sexta-feira):
Mestre de Cerimonia: Mateus Aleluia (Bahia, Brasil)
Salvador, Brasil: Trio MultiFaces – Projeto Neojibá
São Paulo, Brasil: Grupo de Referência de Ourinhos (SP) – Percussão - Projeto Guri – convidados Ari Colares (São Paulo, Brasil)
Bahia, Brasil: Coletivo Rumpilezzinho 

Largo Terreiro de Jesus – Centro Histórico, Salvador
- 21 de janeiro (sábado): 
Horário: a partir das 20h

Mestre de Cerimonia: Mateus Aleluia (Bahia, Brasil)
Bahia, Brasil: Roberto Mendes – O Samba antes do Samba
Pernambuco, Brasil: Lucas & Orquestra dos Prazeres
Republica Democrática do Congo: Staff Benda Bilili 
Bahia, Brasil: Muzenza
Espanha: Patax
Inscrições abertas para Mostra Competitiva do VII CachoeiraDoc
Filme 'Ana' | Foto: Divulgação
As inscrições para a Mostra Competitiva do VII CachoeiraDoc - Festival de Documentários de Cachoeira seguem abertas até o dia 15 de maio. Os interessados podem se inscrever gratuitamente através do site do evento (clique aqui). A sétima edição do Festival será realizada de 6 a 11 de setembro, no Cine-teatro Cachoeirano e no Centro de Artes, Humanidades e Letras da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
 
O festival aceitará inscrições de curtas, médios e longas-metragens em qualquer formato, que tenham sido finalizados a partir de 2015. A exigência é que tenham sido produzidos no Brasil ou tenham coprodução brasileira. Junto à inscrição, os participantes deverão enviar um link para o documentário, que deve estar hospedado em sites propícios para compartilhamento de vídeos em formato digital. Caso necessário, informações, como login e senha devem ser acrescentadas. Para mais informações, o regulamento completo do festival já está disponível no site. A produção também recebe dúvidas através do e-mail [email protected].
Santo Amaro: Restauração do Solar Biju começa no segundo semestre
Foto: Gerson Castro
Edificação originária do século XIX em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, o Solar do Biju será restaurado a partir do segundo semestre deste ano. De propriedade do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), o solar foi repassado pelo secretário de Cultura do Estado (SecultBA), Jorge Portugal, para a Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), que já dispõe dos recursos para as obras de restauro. Ainda não foram informadas as datas de início e término das obras, mas o que se sabe é que há o interesse de instalar o Núcleo Tecnológico de Estudos de Impactos da Mineração (Neim) no local, com o objetivo de pesquisar os impactos na população, oriundos de atividades da mineração, além de capacitar profissionais em nível de graduação e pós-graduação, já que o Neim é o órgão responsável por fazer estudos sobre impactos ambientais nas áreas de mineração, exploração sustentável e suas potencialidades. Segundo o diretor geral do Ipac, arquiteto João Carlos de Oliveira, o Solar Biju, construído em 1804 e situado na Praça da Purificação, “tem mérito arquitetônico e de simbologia histórica para Santo Amaro”, já que ali nasceu o Barão de Sergy, uma das personalidades históricas santo-amarenses.
Confira curtas nacionais selecionados para o 9º Panorama Coisa de Cinema
Cena do curta 'A que deve a honra da ilustre visita a este simples marquês
Ficções, documentários e uma animação estão na Competitiva Nacional de Curtas do 9º Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece entre 31 de outubro e 7 de novembro em Salvador e Cachoeira. Filmes da Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio de Janeiro, Paraná e São Paulo trazem uma mescla de linguagens e estilos, reunindo produções com marcante carreira em festivais e outras recém-finalizadas. Os curtas em competição serão exibidos em pares (juntamente com longas) em sessões no Espaço Itaú de Cinema – Glauber Rocha e no Auditório da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB).
 
Os dias e horários das sessões ainda não  foram definidos, mas serão divulgados em breve. O acesso às exibições é gratuito em Cachoeira. Em Salvador, os ingressos serão vendidos a preços populares. 
 
 
Confira os filmes selecionados:
 
- A que deve a honra da ilustre visita a este simples marquês? - Rafael Urban e Terence Keller
- Au Revoir - Milena Times
- Colostro - Cainan Baladez e Fernanda Chicolet
- Contos da Maré - Douglas Soares
- Deixem Diana em Paz - Júlio Cavani
- Em Trânsito - Marcelo Pedroso
- Fernando que Ganhou um Pássaro do Mar - Felipe Bragança e Helvécio Marins Jr.
- Jessy - Rodrigo Luna, Ronei Jorge e Paula Lice
- Lição de Esqui - Leonardo Mouramateus e Samuel Brasileiro
- Memória da Memória – Paula Gaitán
- Não Estamos Sonhando - Luiz Pretti
- Pouco Mais de Um Mês - André Novais
- Sanã - Marcos Pimentel
- Todos esses Dias que Sou Estrangeiro - Eduardo Morotó
- Tremor - Ricardo Alves Jr.
VIII Panorama Internacional Coisa de Cinema acontece entre os dias 25 de novembro e 1º de novembro
A oitava edição do Panorama Internacional Coisa de Cinema irá exibir mais de 40 longas e 20 curtas-metragens nas cidades de Salvador e Cachoeira, entre os dias 25 de outubro e 1º de novembro. Em Salvador, a programação acontece no Espaço Glauber Rocha de Cinema e na Sala Walter da Silveira; em Cachoeira, no Auditório da Universidade Federal do Recôncavo. 
 
Este ano, o evento homenageia a pornochanchada, com uma mostra especial de produções famosas nos anos 70. A seleção dos filmes está sendo finalizada pela equipe de curadoria, coordenada pelos cineastas Cláudio Marques e Marília Hughes. Além da exibição, o evento promove discussões sobre diversos temas do audiovisual com realizadores, atores, pesquisadores e críticos. Segundo os organizadores, a programação será divulgada até próxima semana. Os ingressos serão vendidos a preços populares nos locais de exibição e muitas sessões serão abertas ao público.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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