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venda de armas
Ainda durante uma entrevista coletiva na sede da Polícia Federal em Salvador, na manhã desta terça (21), o delegado Rodrigo Motta afirmou que a operação “Fogo Amigo”, foi deflagrada após investigações de que uma facção de Juazeiro passou a se armar e reforçar o armamento de outra aliada que atuava em Salvador.
Também foi divulgado que o número expressivo de mortes na cidade de Juazeiro chamou a atenção da Polícia, que intensificou as apurações e deflagrou a operação. O delegado da Polícia Federal, Rodrigo Motta, destacou a questão das divisas entre os estados como um ponto facilitador na distribuição das armas.
“A gente não gosta de dimensionar, mas seria uma facção criada na região e que a partir daí iniciou esse desvio de munições, de armas justamente para abastecer. Tem a questão ali da localização, de divisas, é uma situação que você está próximo de outros estados. Você está na divisa da Bahia com o Pernambuco, próximo ali da divisa com o Ceará, próximo da divisa também de Sergipe e Alagoas. Então é uma região que você está próximo de praticamente todas as divisas dos estados do Nordeste”, disse o delegado.
O delegado ainda contou que não existem até o momento informações sobre valores movimentados, mas que provavelmente devem se aproximar dos R$ 10 milhões que foram bloqueados. “Por ter pedido esse valor de 10 milhões para bloquear essas contas dos investigados, a gente acredita que tenha sido um valor mais ou menos próximo a isso. Em relação à munição, a gente acredita que eles movimentavam cerca de 10 mil munições por mês, e munições de todos os calibres. Temos munições de fuzil, munições de 9 milímetros e munições de calibre 12”, afirmou.
Segundo Rodrigo Motta, a facção que iniciou a operação no ano passado, tem uma operação mais local, na região de Juazeiro, porém, muito forte na capital baiana. “A facção que posteriormente eles abasteciam também é uma facção a nível estadual e principalmente aqui, com uma força grande dentro de Salvador”, concluiu.
A Polícia Federal também informou que por conta de desvios que já vinham sendo observados há cerca de 5 anos, foi criada essa força correcional integrada, com trabalhos de investigação tanto da Polícia Civil quanto da Polícia Militar. “Esse trabalho tem trazido muitos resultados que infelizmente a gente não tem tanta publicidade. Quando nós atuamos em operações dessa magnitude, os índices caem e muitas vezes caem até zero em determinadas regiões. O índice de homicídio, de tráfico de drogas, então são muitas prisões”, concluiu.
Em entrevista coletiva realizada na manhã desta terça (21), na sede da Polícia Federal, em Salvador, foram divulgados novos detalhes da operação “Fogo Amigo”, que foi deflagrada na manhã desta terça (21), em Juazeiro, Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo; Porto Seguro, na Costa do Descobrimento; além de cidades de Alagoas e Pernambuco.
Segundo a PF, em Salvador também foram cumpridos nove mandados judiciais. Ao total, dez policiais militares já foram presos, dentre eles, dois capitães e oito praças, além de um bombeiro, que vendiam as armas que deveriam ir para as delegacias em três lojas que ficavam em Juazeiro, Petrolina e Arapiraca. Ainda na Bahia, outros mandados de prisão foram expedidos nas cidades de Porto Seguro, Santo Antônio de Jesus, Juazeiro, Vera Cruz e Lauro de Freitas.
A operação foi intitulada de “Fogo Amigo” pelo fato de os investigados serem policiais que vendem armas e munições, de forma ilegal, para membros de facções criminosas que, por sua vezs usam os armamentos contra a própria polícia.
Os investigados também tiveram cerca de R$ 10 milhões bloqueados. Três lojas também ficam suspensas de comercializarem material bélico de forma irregular. Durante a operação, o Exército Brasileiro fiscalizou outras lojas de venda de armas, munições e acessórios controlados em Juazeiro (BA) e na cidade vizinha de Petrolina (PE).
Também são alvos da operação os CACs [Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador], empresários e lojas de armas de fogo, munições e acessórios. Segundo o delegado da Polícia Federal, Rodrigo Motta, a legislação está num processo constante de revisão, para dificultar o acesso às armas para qualquer pessoa. “Não podemos simplesmente ter uma legislação que permita que qualquer pessoa utilize uma arma. Então o trabalho que é realizado hoje é justamente tentar realizar essas alterações com o objetivo de se chegar ao resultado que seja bom para todo mundo. É o que está em andamento, justamente é tentar aperfeiçoar essa legislação envolvendo a liberação de compra e porte de armas”, disse.
Além da PF atuam na operação Fogo Amigo o Gaeco Norte do MP/BA, da Cipe-Caatinga, Bepi (PM/PE); Core-Polícia Civil da Bahia; Gaeco/PE; Force/Coger; Correg (Polícia Militar da Bahia e de Pernambuco); e Exército Brasileiro.
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