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ysadora batista
A Federação Bahiana de Ginástica (FBG), com apoio do Governo Estadual, através da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia, autarquia da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, realiza nos dias 18 e 19 de novembro, a 4ª fase do Circuito Baiano de Ginástica Rítmica, no Ginásio Municipal de Esportes Paulo Gilberto Silva Ribeiro, em Simões Filho.
Essa fase contempla 45 ginastas de nove clubes sendo eles: ADE (Eunápolis); AGIRB (Camaçari); KADOSH (Lauro de Freitas); SEMPRE(Salvador); GYM CLUBE (Salvador); TALENT (Salvador); GORBA (Salvador), CEGYM (Salvador) e CETGYM (Salvador) e contará com a participação de Ysadora Batista, campeã mirim estadual e que disputou o último Campeonato Brasileiro. Ysadora disputará nas categorias mãos livres e corda.
“Realizamos mais uma fase do Campeonato Baiano com muita felicidade e a sensação de que estamos no caminho certo. A Ginástica Rítmica tem conquistado cada vez mais espaço e temos certeza que, para além da formação de atletas de alto rendimento, o esporte contribui na formação dessas crianças e adolescentes. Lutaremos para que em 2024 possamos alçar voos ainda mais altos em prol do avanço da ginástica na Bahia”, destacou a presidente da FBG, Evelin Lôbo.
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Diretamente do bairro de Areia Branca, em Lauro de Freitas, surge mais um talento esportivo da Bahia. Aos 9 anos, a pequena Ysadora Batista, prodígio da ginástica rítmica, busca recursos para disputar o seu primeiro Campeonato Brasileiro, que acontece de 11 a 17 de setembro, em Florianópolis, em Santa Catarina.
Campeã mirim estadual, Ysadora irá competir em três categorias (bola, mãos livres e corda) no seu debute nacional. Criada após a ginástica artística, a ginástica rítmica, também conhecida como GR, ainda é praticada em categorias com cordas, maças, fitas e exercícios em conjunto. Oficialmente, o esporte entrou nas Olimpíadas na edição de 1984, em Los Angeles, com disputas individuais, e, em equipes, 12 anos depois, nos Jogos de Atlanta.
Em conversa com o Bahia Notícias, a pequena ginasta Ysa, que conheceu o esporte aos 6 anos, e a sua mãe, Isis Batista, falaram sobre a rotina de treinos, inspirações no esporte e os desafios na vida de uma atleta mirim, sem patrocínio, em um esporte considerado de alto custo.
"A minha ídola no esporte é a Bárbara Domingos", diz Ysadora, se referindo à atleta curitibana que é grande nome da ginástica rítmica brasileira e que recentemente garantiu vaga para disputar as Olimpíadas de Paris em 2024. Ysa, que contou gostar de dançar "todos os ritmos", também falou que o seu grande sonho é disputar as Olimpíadas.
Foto: Acervo pessoal
Para manter o sonho da filha vivo, Isis e a sua família (composta pelas suas duas outras filhas, Yasmin e Clarisse, e o seu marido, André) não medem esforços e dedicações.
"A responsabilidade é muito grande. É um sonho que não é meu. Inclusive, eu confesso que, por condições financeiras de arcar com os custos, eu já tinha desistido. Mas eu não desisto porque esse é um sonho que só cabe a ela, não cabe a mim. Tanto que algumas vezes ela já disse: 'Mamãe, no dia que não puder me levar, eu sei que é muito cansativo, é muito custo. Se a senhora quiser me tirar da GR, pode tirar, viu?' E aí a gente conversa com ela, orienta que a gente vai permanecer e graças a Deus ela entende. Eu falo: 'se for da permissão de Deus, você vai continuar com o que você ama, independente do custo e do cansaço', e no final da conversa ela fala: 'mamãe, muito obrigado, eu amo o que eu faço'", comentou Isis.
A orgulhosa mãe de Ysadora contou que a paixão da filha pela ginástica rítmica nasceu de uma sobrinha, a Júlia Duarte, que pratica o esporte há alguns anos e começou a ensinar alguns movimentos para as primas. Ysa, na época com 6 anos, conheceu a arte e começou ir além.
"O primeiro contato de Ysa com a ginástica rítmica foi através de uma foto que minha irmã tirou e mostrou à treinadora, que ficou 'doida' e disse para minha irmã que queria treinar Ysa, pois ela tinha talento. Foi aí que surgiu a pandemia e ela conseguiu fazer aulas online, com minha irmã tomando a responsabilidade financeira. Depois daí, já não tinha mais como parar o sonho da minha pequena, porque ela estava encantada com cada descoberta", disse a mãe de Ysa.
Foto: Acervo pessoal
A treinadora que ficou "doida" com Ysadora é Louise Correia, que explicou o potencial da pequena ginasta e falou sobre os primeiros passos da caminhada de Ysa no esporte.
"A Ysadora está em treinamento desde a pandemia quando ela iniciou online, participou das primeiras competições em formato híbrido e logo 'medalhou'. Quando retornamos ao treinamento presencial, ela estreou no torneio estadual e competiu dois anos na categoria mirim (7 e 8 anos), sempre disputando pódio e trazendo medalhas. Ano passado, ela chegou ao topo, sendo campeã mirim da etapa estadual especialistas. Em 2023, já que ela galgou essas etapas, a Ysadora subiu de nível para estrear no Campeonato Baiano, que é a 1ª divisão do estado, já disputando ranking. Esse é o primeiro ano de competições oficiais dela na categoria pré-infantil, que é a categoria onde começam as competições fora do estado. Então, tomamos a iniciativa de levá-la diretamente ao Campeonato Brasileiro, a competição mais importante do país para que ela possa estrear e ser vista dentro do alto nível, pois ela é uma promessa de talento e seu esforço faz jus a isso", comentou a treinadora.
Ysadora atualmente treina quatro horas por dia de segunda a sexta e algumas vezes no fim de semana. A pequena atleta sai de Areia Branca, em Lauro de Freitas, para treinar em Patamares, em Salvador, e hoje é bolsista do Clube CETGYM Treinamento Esportivo.
Atualmente, a família de Ysa não consegue bancar os recursos necessários para a prática da ginástica rítimica. No Campeonato Brasileiro, por exemplo, as atletas precisam de um collant por série disputada, além de ter que comprar os aparelhos, como bolas, fitas etc, todos oficiais.
Sem contar com qualquer patrocínio, a família de Ysa, junto com a sua treinadora, começaram uma campanha para arrecadar recursos com o objetivo de viabilizar a ida da ginasta para o Campeonato Brasileiro, em Florianópolis. As doações podem ser feitas via pix, pelo CPF 869.860.995-33.
Ciente de que se trata de um esporte de alto custo, a mãe de Ysadora falou sobre as dificuldades para conseguir manter vivo o sonho da filha e fomentar o seu potencial como atleta.
"É um esporte muito caro e a gente não tem condições de arcar com todos os custos. No início, a minha irmã ajudava financeiramente, uma ajuda gigante, mas atualmente ela já não ajuda mais. Eu tenho três filhas, uma de onze anos, a Isa, e a pequenininha de sete meses, e apenas meu marido trabalha em casa. Eu estou desempregada há mais de quatro anos e uma andorinha só não faz verão, né? Os custos são muito absurdos para a gente no momento. Ysa não tem patrocínio algum. A gente está correndo atrás, até mandei algumas mensagens para algumas empresas, mas não tive resposta alguma", explicou Isis.
Foto: Acervo pessoal
Apesar das dificuldades, Isis não abre mão de tirar Ysadora da ginástica rítmica. "Mãe, um dia eu vou estar nas Olímpiadas", diz a pequena ginasta. Em um esporte altamente plástico, que exige concentração, flexibilidade, força e equilíbrio, Ysa demonstra ter as ferramentas necessárias para conquistar o seu espaço na ginástica rítmica.
"Além de Ysadora ter uma linha corporal diferenciada, elegância e expressividade, ela possui capacidades físicas natas da modalidade e é extremamente esforçada, focada e batalhadora. Eu não tenho dúvidas que ela será um grande futuro da ginástica da Bahia", disse Louise, a técnica da ginasta prodígio do bairro de Areia Branca.
Após o Campeonato Brasileiro, Ysadora ainda irá disputar, em 2023, duas etapas do Campeonato Baiano. Em novembro, a depender do seu desempenho nas próximas competições, conforme a sua treinadora projeta, Ysa irá se apresentar novamente no Campeonato Brasileiro, dessa vez em conjunto, ao lado de mais duas companheiras.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).