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ze celso
Morreu, nesta quinta-feira (5), aos 86 anos, o dramaturgo José Celso Martínez Corrêa, o Zé Celso. Ele se tornou conhecido como o maior nome da dramaturgia nacional e criador da linguagem tropicalista no teatro.
O artista estava internado na unidade de terapia intensiva do Hospital das Clínicas depois de ter tido 53% de seu corpo queimado em um incêndio em seu apartamento. Ele era um dos fundadores do Teatro Oficina, na capital paulista, um dos símbolos do teatro brasileiro.
Nas redes sociais, o centro cultural publicou uma nota confirmando a morte de Zé Celso. "Tudo é tempo e contra-tempo! E o tempo é eterno. Eu sou uma forma vitoriosa do tempo", diz um trecho. Logo em seguida, o texto conclui: "Nossa fênix acaba de partir pra morada do sol".
O dramaturgo José Celso Martinez, que está internado em estado grave na UTI do Hospital das Clínicas, desde a última terça-feira, quando teve 53% do seu corpo queimado em um incêndio que atingiu o apartamento onde mora, terá de ser submetido a hemodiálise.
"Conversamos bastante com os médicos, o Zé está enfrentando as coisas, está precisando de medicamento, de suporte de ventilação, vai ter que filtrar o sangue com hemodiálise, mas ele está estável e vivo. Acho que a gente pode ficar com bastante esperança. Ele está vivo e tem toda a potência de superar as coisas e se regenerar", contou a médica Luciana Domschke.
A família do diretor também foi informada pela equipe médica que o quadro dele é grave e passa por altos e baixos.
O ator Marcelo Drummond, marido de Zé Celso, inalou monóxido de carbono e está em observação. Também se machucaram os atores Victor Rosa e Ricardo Bittencourt.
"Foi um horror. Acordei com as labaredas e levei um tempo para entender que era fogo de verdade", disse Bittencourt à reportagem da Folha de S. Paulo.
O diretor Zé Celso Martinez está internado no Hospital das Clínicas, em São Paulo, após um incêndio atingir o apartamento em que ele morava no Paraíso, Zona Sul da cidade.
Zé Celso está intubado e internado na UTI. A médica Luciana Domschke, que está cuidando do caso do dramaturgo, afirmou que o caso dele é grave, mas até o momento não há complicações.
"Segundo os médicos do HC com quem eu conversei, as queimaduras atingem 40% do corpo do Zé", afirma ela à coluna.
"A gravidade existe pela própria situação, mas não há complicações", salienta.
Ela também afirmou que a intubação faz parte do protocolo de pessoas que têm as vias aéreas queimadas. "Quando a gente queima, há um inchaço. E quando isso acontece na traqueia, o edema pode fechar a passagem do ar, por isso, para os pacientes queimados, existe um protocolo para que sejam intubados para não correr o risco de insuficiência respiratória", explica.
De acordo com pessoas próximas ao artista, o fogo teria começado na noite desta segunda-feira por causa de um problema no aquecedor do imóvel.
O diretor do Teatro Oficina, José Celso Martinez, ganhou a disputa de quatro décadas com o Grupo Silvio Santos (GSS). A vitória se deu nesta quarta-feira (12), com a aprovação, pela Câmara Municipal de São Paulo, do Projeto de Lei 805/2017, que determina a criação do Parque do Bixiga. O PL segue agora para sanção ou veto do prefeito Bruno Covas.
O projeto do parque compreende uma área entre as ruas Jaceguai, Abolição, Japurá e Santo Amaro, na região central. A pretensão da Sisan Empreendimentos, braço imobiliário do GSS, era construir três torres com 100 metros de altura.
A construção do prédio prejudicaria a estrutura do teatro dirigido por Zé Celso - concebido pela italiana Lina Bo Bardi, em 1993, e tombado em 2010 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Conforme noticiou o jornal Estadão, o embrólogo do terreno envolve uma decisão do órgão estadual do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) que autorizou, em 2017, a construção das torres propostas pela Sisan. A decisão foi acompanhada pelo Iphan, em 2018, e pelo Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental de São Paulo (Conpresp). Além das torres, o terreno receberia um estacionamento com vaga para mil automóveis.
Ao fim da votação desta quarta-feira, Zé Celso citou os efeitos do temporal que que atingiu São Paulo na segunda-feira (10) e afirmou que a destruição pode ser solucionada. “A cidade acabou de dar um show de fim do mundo, com todos esses rios enterrados tomando as ruas e casas. O parque é o oposto dessa tragédia, será uma área repleta de árvores”, disse o diretor.
Zé Celso ainda avaliou a região e afirmou que a implantação do parque deixará impacto positivo como também posicionar a cidade em um debate sobre a preservação do meio ambiente. “Até existe verde no local, mas um verde machucado. A construção do parque representa o combate contra os estragos feitos, uma maneira de recuperação para São Paulo e para o mundo".
Em junho do ano passado, o Oficina apresentou um projeto piloto com modelo de gestão compartilhada e direcionamentos para a ocupação da área. A arquiteta cênica do Oficina, Marília de Oliveira Cavalheiro Gallmeister ressaltou que a região correspondente ao Teatro Brasileiro de Comédia, o TBC e a Casa de Dona Yayá possui um lençol freático que precisa ser preservado. “É indiscutível a importância do terreno para o interesse público, são quatro décadas. É algo que a cidade precisa de forma urgente”.
Veja o projeto do Parque do Bixiga:
O dramaturgo Zé Celso, à frente do Teatro Oficina, em São Paulo, afirmou que Silvio Santos lhe ofereceu R$ 5 milhões para que desistisse de uma disputa por um terreno próximo ao teatro. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o dramaturgo disse ter entendido a proposta como “uma espécie de propina” e que não está “à venda”. "Ele me ligou e disse: 'Andei pensando uma coisa. Se eu te desse R$ 5 milhões, você desistiria?' Eu falei 'Claro que não'! Aí ele desligou e cada um foi para um lado", contou Zé Celso à colunista. Já a assessoria do apresentador afirma que "desconhece qualquer tipo de conversa entre os dois a não ser de quinta (17) [com Eduardo Suplicy e João Doria]" e que Silvio "não se pronuncia, não dá entrevistas e não dá depoimentos". De propriedade do apresentador, a área em questão é objeto de disputa há 37 anos, já que Silvio pretende construir um empreendimento no local, o que, segundo Zé Celso, “encaixotaria” o Teatro Oficina, que é um projeto realizado pela arquiteta italiana Lina Bo Bardi e tombado desde 2010. Zé Celso e Silvio Santos voltaram a se reunir nesta quinta, junto com o vereador Eduardo Suplicy (PT) e o prefeito João Doria (PSDB), para tentar chegar num consenso, mas segundo o dramaturgo, o empresário não teria prestado atenção à apresentação das arquitetas do Oficina, que prevê a construção de um “teatro de estádio” no local. "Ele não ouviu nada da reunião. O pessoal da equipe dele só ria, debochava da gente", acusou Zé Celso, afirmando que Silvio dizia: "Deixa de ser artista, deixa de ser sonhador".
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).