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Francis Juliano
Jornalista formado pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB). Atuou em assessoria de imprensa e site noticioso. Escreveu um perfil biográfico do jornalista Jorge Calmon para a Assembleia Legislativa do Estado da Bahia.
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A pouco menos de cinco meses de deixar a prefeitura de Ilhéus, no Sul, Mário Alexandre (PSD) faz comparações sobre o que encontrou em 2017 e o que vai entregar até o final do ano. Padrinho da pré-candidatura do ex-secretário Bento Lima, o gestor não admite uma composição com a pré-candidata do PT, a ex-secretária de Saúde e Educação do Estado, Adélia Pinheiro, recentemente filiada à legenda.
“A mulher nunca fez uma campanha em Ilhéus. Ela está querendo saber dos problemas de Ilhéus agora?”, questionou ao Bahia Notícias. Na entrevista, o prefeito disse ainda que não acredita na “estadualização” da campanha, o que poderia dividir votos com Adélia.
“O povo de Ilhéus, pelo que conheço, vota mais nas pessoas”, acrescentou. Mário Alexandre ainda comentou a relação com o PT local e contou o que vai fazer quando deixar a prefeitura. Clique aqui e veja a entrevista completa na Coluna de Municípios.
A pouco menos de cinco meses de deixar a prefeitura de Ilhéus, no Sul, Mário Alexandre faz comparações sobre o que encontrou em 2017 e o que vai entregar até o final do ano. Padrinho da pré-candidatura do ex-secretário Bento Lima, o gestor não admite uma composição com a pré-candidata do PT, a ex-secretária de Saúde e Educação do Estado, Adélia Pinheiro, recentemente filiada à legenda.
“A mulher nunca fez uma campanha em Ilhéus. Ela está querendo saber dos problemas de Ilhéus agora?”, questionou ao Bahia Notícias. Na entrevista, o prefeito disse ainda que não acredita na “estadualização” da campanha, o que poderia dividir votos com Adélia.
“O povo de Ilhéus, pelo que conheço, vota mais nas pessoas”, acrescentou. Mário Alexandre ainda comentou a relação com o PT local e contou o que vai fazer quando deixar a prefeitura. Veja abaixo a entrevista completa.
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
Prefeito, o senhor está concluindo oito anos de mandato. Qual a avaliação deste período?
Primeiro, de gratidão, né? Gratidão a Deus, ao povo. São sete anos e quatro seis meses de gestão. Eu tenho dito que é uma alegria e um honra muito grande ter sido prefeito da cidade que eu amo. Foram muitos avanços, basta ver o que era Ilhéus sete anos atrás onde eu peguei quase cinco mil trabalhadores e servidores, pais e mães de família, parados na porta da prefeitura. Sem reajuste durante muitos anos, sem melhoria da qualidade de trabalho, com tíquete alimentação, que era um dos piores da Bahia. Nós temos esses sete anos sem nenhuma greve. Porque valorizamos e melhoramos a qualidade de vida, fizemos plano de cargos e salários, o tíquete alimentação que era de R$ 130 está agora em R$ 630. Esse tíquete é o pão na mesa daquele trabalhador. Então, isso foi de extrema importância pra levantar a autoestima daquela turma que estava sem acreditar em uma gestão.
O que o senhor não conseguiu fazer nesse tempo?
Olha, nós deixamos encaminhados as contenções. Conseguimos inserir no PAC [Programa de Aceleração do Crescimento] do governo Lula esse programa que é o maior do interior do Brasil em contenção de encostas. Nós levamos um projeto atendendo todas as necessidades e exigências do ministério e fomos classificados. Eu fico muito feliz. Precisamos do serviço de macrodrenagem também, porque tem algumas ruas fundamentais que quando chove demais, ficam alagadas. Então, como o município não tinha condições de fazer isso, nós conseguimos inserir e fomos atendidos. Eu tenho dito muito que todos os projetos que nós conseguimos nessa parceria com o governo do estado, o município foi fundamental. Porque o município é que leva e encaminha o projeto.
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
Na conversa que tivemos com o pré-candidato Bento Lima, escolhido pelo senhor, questionamos sobre pontos que precisam de maior atenção da prefeitura e ele elencou os setores de esportes, cultura e turismo, por exemplo. Ele está certo?
Realmente, esses setores precisam funcionar mais. Até porque o investimento é alto e nós não conseguimos fazer isso com recursos próprios. Nós precisamos recuperar alguns prédios e colocá-los na ativa. Apesar de ter melhorado o Vesúvio e o Bataclã através de concessões, e eles funcionam muito bem, tem outros prédios que a gente precisa ampliar e melhorar a estrutura para incentivar o nosso turismo. No esporte, apesar de ter construído a Areninha, com muito incentivo, nós precisamos ampliar ações, como o triatlhon [ocorrerá em agosto].
Por que a escolha de Bento Lima para disputar a eleição deste ano?
Ele é um gestor, conhece a máquina administrativa. Hoje, o equilíbrio fiscal que nós temos, com salários em dia, valorização do servidor, reajuste, tíquete, convênios, tem participação dele. Além disso, tem mestrado e conhecimento de gestão pública. Isso é bom porque não desanda.
O fato de ele não ser um político em atividade e nunca ter sido prefeito nem vereador, também foi levado em conta?
Claro. Porque ele é nome novo na política. Como Jerônimo [Rodrigues] na eleição de 2022. Jerônimo era secretário e virou governador. Nossa estratégia é mais ou menos com foi feito com o governo do estado. E Bento é uma pessoa preparada. Não estamos pegando qualquer um. Até porque a gente precisa manter a responsabilidade e o ritmo de crescimento, de desenvolvimento, de chegada e atração de empresas importantes. Hoje, o comércio de Ilhéus não reclama do desenvolvimento.
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
Como Bento Lima vai responder a questões espinhosas enfrentadas pela prefeitura, como a da Operação Trapaça, da Polícia Federal (PF), sobre supostas irregularidades durante a pandemia da Covid-19?
Primeiro, tem que fazer o que nós fizemos. Ilhéus foi referência em Covid no interior da Bahia. Fizemos um hospital de campanha. É claro que na hora daquela emergência é natural que possa ter tido alguma falha. De qualquer forma, as investigações estão em andamento. Se tiver algum culpado vai ter que responder, e todo mundo tem direito a defesa. Mas o mais importante, e eu fico tranquilo em relação a isso, é que não morreu ninguém por falta de aparelho. No Amazonas morreu gente com falta de ar dentro do hospital e tem pessoas respondendo por isso. Em Ilhéus, não. Atendemos os ilheenses e pacientes de cidades até do sertão.
Já está definido o pré-candidato a vice de Bento Lima?
[Risos] Eu acho que o nosso trabalho agora é de apresentar o nome de Bento. Trabalhar, junto com a deputada Soane Galvão (PSB), e outras lideranças. É hora de nossa equipe, nosso grupo, botar o pé na estrada nesses 30 dias. Mostrar o que a gente fez, os avanços. Firmar essa parceria com o governo do estado, já que ele [Bento] é um candidato do PSD, partido do nosso senador Otto Alencar. Agora, a escolha do vice deve sair próximo da convenção. Meu atual vice [Bebeto Galvão, já rompido], por exemplo, foi escolhido no dia da convenção.
Há ainda alguma possibilidade composição com a pré-candidata Adélia Pinheiro? No último Dois de Julho, o governador deixou a entender que podia haver uma aproximação.
Nós estamos trabalhando forte. Nosso candidato, que é o candidato do governo do estado, se chama Bento. Eu sou o prefeito e tive legitimidade de indicar nosso candidato. Tive esse reconhecimento de ser eleito na primeira vez com mais do dobro de votos do segundo colocado, e com quase o dobro de vantagem na segunda eleição. A gente vai buscar fazer política agregando. Eu nunca fui um homem de ficar brigando. Não brigo com adversário quanto mais com aliado.
Em caso de a eleição se estadualizar, quem ficaria mais evidente, Bento Lima ou Adélia Pinheiro?
Essa estadualização nunca foi vista na cidade. O povo de Ilhéus, pelo que conheço, vota mais nas pessoas. É claro que existe a influência. ‘Ah candidato de Lula, candidato de Bolsonaro’. Se fosse assim, o PT por causa de Lula ganharia em Ilhéus. E o PT sempre foi contra mim em Ilhéus e sempre ganhei sem o PT. Então, isso é muito relativo da influência do governo, de Neto. É claro que quando existe aliança, a gente junta todo mundo e é a soma do exército, né?
Foto: Igor Barreto / Bahia Notícias
Então, o seu desgaste é mais com o PT local do que com o partido na Bahia.
Não temos dúvida. O PT local fala mais mal de mim do que da turma de Bolsonaro e de ACM [Neto]. Eu quero entender um pouco o que é que tá se passando no pensamento do PT local. É claro que pode ser estratégia. Agora, botou uma candidata que não conhece Ilhéus. ‘Ah que as gestões foram péssimas em Ilhéus’. A mulher nunca fez uma campanha em Ilhéus. Como é que ela pode dizer isso? Ela está querendo saber dos problemas de Ilhéus agora? Ela está fazendo reunião para saber os problemas da cidade. Eu conheço os problemas de Ilhéus. É uma cidade com 1.540 quilômetros quadrados. Ela não deve saber. Eu já vivi isso, fui vice-prefeito, fui prefeito, minha mãe foi vice-prefeita. Tem que ter um histórico.
O senhor já foi aliado do PT, não foi?
Fui candidato a vice do PT de Ilhéus. Agora o PT infelizmente ficou assim.
E o prefeito Mário Alexandre vai fazer o quê depois de dezembro?
Eu sou um soldado. Sou sempre a favor da composição. Vou ajudar onde quiserem que eu ajude. Vou estar à disposição do governo, para que a gente possa estar articulando a região, podendo ajudar junto aos prefeitos. Tenho grandes amigos prefeitos. Então eu quero ajudar a população e servir.
O vice-prefeito de Ilhéus, no Sul, Bebeto Galvão (PSB), rebateu a fala do prefeito Mário Alexandre (PSD) que criticou a postura do ex-aliado por ter deixado de falar sobre uma trama, urdida na Câmara Municipal. A manobra teria como fim derrubar o gestor do governo local.
Ao Bahia Notícias, Galvão declarou que relatou o caso ao prefeito na época que tramitava uma proposta de CPI que investigaria um auxílio financeiro [R$ 15 milhões] autorizado pela prefeitura para as empresas do transporte público local.
“A Câmara instalou uma CEI [Comissão Parlamentar de Inquérito]. Isso evoluiu e ele temeu que pudesse ocorrer um impeachment. Eu intervi neste processo negociando com os vereadores, a pedido dele. Mas eu disse na casa dele para que o problema fosse resolvido, porque não sou alguém para golpismo”, disse nesta quarta-feira (10) ao Bahia Notícias.
Galvão voltou a afirmar de um acordo que teve com Mário Alexandre em 2020 do qual ele o apoiaria na sucessão deste ano. “O prefeito na verdade é um inadimplente da palavra. Em 2020, eu nem seria candidato e após diversos debates com a intervenção do governo do estado emprestamos o nosso patrimônio político”, continuou.
O vice-prefeito declarou também que mantém a posição de pré-candidato. No entanto, pode compor com o campo da pré-candidata e ex-secretário estadual Adélia Pinheiro. “Nós temos programas comuns. Temos relação histórica, PT e PSB desde a eleição de 1989. Mas isso não se traduziu em politica de aliança aqui entre nós”, completou Bebeto, que acrescentou que a deputada Lídice da Mata segue em apoio à pré-candidatura dele.
Já em rumos opostos nas eleições deste ano, o prefeito de Ilhéus, no Sul, Mário Alexandre (PSD), e o vice, Bebeto Galvão (PSB), voltaram a ser tema de polêmica na cidade. Nos últimos dias, o vice-gestor declarou ter recusado participar de uma “manobra” que pretendia levar ao impeachment do prefeito.
O caso se referia a uma proposta de CPI que investigaria um auxílio financeiro de R$ 15 milhões autorizado pelo prefeito às empresas do transporte público local. Bebeto afirmou que a articulação teve origem na Câmara de Vereadores, mas preferiu não citar nomes.
Ao Bahia Notícias, o prefeito Mário Alexandre questionou a postura do vice, afirmando que ele deveria o informar sobre o ocorrido, situação que resvalou na Câmara.
“Ele devia ter falado isso no dia que teve essa suposta trama. Depois que ele sai do governo, vai falar isso? Não entendi muito bem qual o recado que ele quis dar. Então, ele quis dizer que houve traição dos vereadores e que ele não foi o traidor? Ele deveria citar nomes porque, inclusive, a Câmara está muito chateada com isso”, disse Mário Alexandre nesta terça-feira (9) ao Bahia Notícias.
O site procurou o ex-deputado Bebeto Galvão, mas até a finalização da nota não conseguiu contato com o vice-prefeito. Um dos motivos do afastamento de Bebeto da gestão seria um suposto acordo em que o prefeito apoiaria o vice na sucessão deste ano. Já anunciado, o pré-candidato do prefeito é o ex-secretário e braço direito na administração, Bento Lima.
Promotora pede que Câmara e prefeitura de cidade baiana garantam verba mínima para abrigo de menores
A Promotoria de Justiça de Valença, no Baixo Sul, cobrou que a prefeitura municipal e a Câmara de Vereadores tomem providências em relação à Casa de Acolhimento, que abriga crianças e adolescentes em situação de risco. A recomendação foi comunicada nesta terça-feira (9), e partiu da promotora Fernanda Pataro de Queiroz.
Na ação, a promotoria recomendou que a Câmara de Vereadores coloque em votação, no prazo de 30 dias, um projeto de lei que autorize o envio de valores à entidade. O objetivo é garantir um fundo de caixa que garanta compras urgentes, permitindo que a Casa de Acolhimento tenha mais autonomia e flexibilidade na gestão dos recursos.
Com isso, o local pode fazer compras urgentes de itens indispensáveis, como fraldas, lâmpadas, material escolar e medicamentos. A recomendação também foi emitida para o prefeito Jairo Baptista (PP) para que depois de aprovada pela Câmara, a medida seja sancionada pela gestão municipal.
Segundo a promotora, o caso se deve também a dificuldades pela atual dependência exclusiva de processos licitatórios ou autorização da Secretaria de Promoção Social para todas as compras, inclusive as de pequena monta e emergenciais, o que tem se mostrado inadequada, frente às demandas cotidianas do abrigo.
Pelo menos 367 municípios da Bahia poderão se candidatar em um programa para elaboração de planos municipais de saneamento básico. Isso porque uma portaria do Ministério das Cidades facultou o acesso para cidades de até 50 mil habitantes, conforme o Censo do IBGE de 2022. A data limite para as inscrições é na próxima quarta-feira (10).
Com isso, podem participar desde os municípios menos populosos, como Catolândia, no Oeste; Lajedinho, no Piemonte do Paraguaçu; e Lajedão, no Extremo Sul; e outros mais populosos, como Poções, no Sudoeste; Jaguaquara, no Vale do Jiquiriçá; e Seabra, na Chapada Diamantina.
REGIÃO METROPOLITANA DE FORA
Pelo regulamento ficam de foram da seleção as cidades da Região Metropolitana de Salvador (RMS), mesmo que tenham população inferior a 50 mil habitantes. Sete, das 13 cidades, estão nessa condição, a exemplo de Itaparica, Vera Cruz, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Francisco do Conde e São Sebastião do Passé.
Também não poderão se candidatar municípios de médio porte, casos de Barra, no Oeste; Santo Amaro, no Recôncavo; Ribeira do Pombal, no Nordeste baiano; Itapetinga, no Médio Sudoeste; e Itaberaba, no Piemonte do Paraguaçu.
Segundo a Portaria, a capacitação será feita pela Univasf [Universidade Federal do Vale do São Francisco] em parceria com a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades (SNSA). A lista dos municípios selecionados deve sair em até em até dez dias corridos, contados a partir da conclusão do processo seletivo. A seleção vale também para municípios de Pernambuco e do Rio de Janeiro.
Os vereadores da Câmara Municipal de Ipirá, município da Bacia do Jacuípe, aumentaram o próprio salário em quase 40% e também deram reajustes robustos, muito acima da inflação para o prefeito, a vice e secretários da gestão.
A Lei nº 975/2024 foi sancionada pelo prefeito Edvonilson Silva Santos, o Dudy (PSD), no Diário Oficial de quinta-feira (4). Os subsídios só entrarão em vigor a partir do dia 1º de janeiro de 2025, quando o gestor não estará mais no cargo porque decidiu não concorrer à reeleição.
Com as alterações, as remunerações ficarão assim: o prefeito que recebe R$ 22,6 mil passará a ganhar R$ 28 mil, acréscimo de 23,9%; o salário do vice também será reajustado em 23,9%, indo de R$ 11,3 mil para 14 mil; já os secretários serão agraciados com um aumento de 40%, o maior de todos, com salários passando de R$ 8 mil para R$ 11,2 mil. Os vereadores reajustaram seus salários em 37,32% na base de R$ 10,1 mil indo para R$ 13,9 mil. Vale lembrar que os valores citados são brutos, ainda sem os descontos dos impostos.
SALÁRIO MAIOR QUE O DE BRUNO REIS
A título de comparação, o salário do próximo prefeito será maior que o de Bruno Reis (União), gestor de Salvador. Conforme o Portal da Transparência, o chefe do Executivo da capital recebeu em junho o valor bruto de R$ 25.322,25.
A prefeitura de Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), foi cobrada a tornar mais transparente o acesso a informações através do Portal da gestão, pela internet. A recomendação foi publicada nesta sexta-feira (5).
Segundo o Ministério Público do Estado (MP-BA), um relatório técnico constatou falhas no acesso a informações, como ausência de dados como número de servidores e remunerações de profissionais de saúde, caso de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem.
As promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa [Caopam] relataram que mesmo com a indicação de um link, os usuários não conseguem as informações porque sempre “dá erro”.
No pedido, o MP-BA estabeleceu 120 dias para que o prefeito de Camaçari, Antônio Elinaldo (União), adote providências para corrigir as falhas.
A recomendação tem como base a Lei de Acesso à Informação [Lei Federal nº 12.527/2011), que impõe ao administrador público o dever de transparência para além das atividades financeiras e orçamentárias, de divulgar em local de fácil acesso, especialmente nos sítios oficiais informações de interesse coletivo ou geral.
O prefeito de Barra do Mendes, na região de Irecê, Centro Norte baiano, Antônio Barreto de Oliveira (PDT), foi cassado pela Câmara Municipal. Em sessão da noite desta quinta-feira (4), os vereadores votaram pela cassação do gestor por 7 votos a 2.
O prefeito, conhecido por Antônio de Napo, respondia por crime de responsabilidade. As acusações eram de que ele não sancionava leis enviadas pela Câmara Municipal nem arcava com débitos com o INSS, que somariam quase R$ 8 milhões.
Com o afastamento de Antônio de Napo assume o Executivo local o vice-prefeito Simão Rodrigues França. O relator do caso foi o vereador Miguel da Canarina (PT), que foi acusado de assédio sexual em promessa de emprego para uma moradora.
Votaram a favor da cassação os vereadores André do São Bento (PL), Eliene (PL), Suely (PSB), Plínio Filho (PSD), Miguel da Canarina (PSD), Montanha (PDT) e Beto da Queimada (Podemos. Os que votaram contra o afastamentos foram Medrado (PSD) e Adriana Abreu (PSB).
Em novembro do ano passado, o prefeito de Barra do Mendes chegou a ser afastado do cargo, mas conseguiu reverter a decisão no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
A Promotoria de Itambé, no Sudoeste baiano, emitiu recomendação à Câmara de Vereadores da cidade para frear os gastos com alimentação. A medida, publicada nesta quinta-feira (4), foi endereçada ao presidente da Casa, vereador Paulo Rucas (PSD).
Segundo a promotoria, a recomendação vem após um inquérito apontar um gasto de quase R$ 16,1 mil no ano passado com refeições e coffee breaks em sessões da Câmara de Itambé. No pedido, o Ministério Público do Estado (MP-BA) cobra que a Câmara se abstenha de gastos excessivos com alimentação e adote providências para racionalizar as despesas com refeições e coffee breaks para vereadores e servidores da Casa.
Conforme informações do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-BA), os 11 vereadores de Itambé, cidade com 22,4 mil habitantes, recebem salário base de R$ 5,1 mil.
CÂMARA
À promotoria, a Câmara justificou os gastos de 2023, afirmando que os gastos com gêneros alimentícios são previstos no orçamento anual e foram necessários “para o bom andamento das sessões legislativas que ocorrem no período noturno e frequentemente ultrapassam os horários pré-defi nidos, tornando-se essencial fornecer alimentação para os vereadores presentes”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Bell Marques
"Tem 10 anos ainda pela frente".
Disse o cantor Bell Marques ao afastar rumores de que estaria perto de deixar os palcos e trios elétricos e confirmar estar com a saúde boa para seguir carreira.