Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
abl
O filósofo, poeta, escritor e ambientalista Ailton Krenak tomou posse na Academia Brasileira de Letras (ABL) nesta sexta-feira (05) no Petit Trianon, sede da instituição, na cidade do Rio de Janeiro. Ele é o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na ABL. Doutor Honoris Causa da Universidade Federal de Minas Gerais, Krenak ocupa a 5ª cadeira, cujo patrono é o romancista Bernardo Joaquim da Silva Guimarães.
Ailton Krenak foi eleito por 23 votos, superando a historiadora Mary Del Priore e o indígena Daniel Munduruku, que disputaram a vaga com a morte de José Murilo de Carvalho, em agosto de 2023. A cerimônia de posse contou com a presença de autoridades como a ministra da Cultura, Margareth Menezes, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, a presidente da Funai, Joênia Wapichana, e o representante do ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena.
"Espero que o Brasil inteiro, os outros brasileiros, possam entender que nós estamos virando uma página da relação da ABL com os povos originários. Eu já disse que venho para cá para trazer línguas nativas do Brasil para um ambiente que faz a expansão da lusofonia", afirmou Krenak, antes da posse, nesta sexta.
Krenak afirma que uma de suas intenções participando da academia como "imortal" é convidar a ABL para criar uma plataforma que tenha uma experiência parecida com a da Biblioteca Ailton Krenak, disponível para quem deseja ter acesso a centenas de imagens, textos, filmes e documentos. As informações são do G1.
“Poderíamos fazer isso com todas as línguas nativas. Teria tudo a ver com a Academia Brasileira de Letras incluir mais umas 170 línguas além do português. Se olhamos os acervos que já existem, o Museu do Índio tem um acervo muito antigo de registros de narrativas, algumas delas só na língua materna. Vamos traduzí-las com uma tradução simultânea e as pessoas vão poder ouvir. Podemos fazer isso junto com todas as etnias que estão envolvidas no resgaste linguístico. A UNESCO declarou essa década, a segunda década das línguas indígenas. Podemos chamá-la para dar um pouco mais de publicidade junto com a ABL, porque quando está na web, está no mundo, deixa de estar apenas no site. A ideia é priorizar a oralidade, e não o texto. O que ameaça essas línguas é a ausência de falantes”, ressaltou.
Ailton Krenak nasceu em 1953 em Minas Gerais, na região do vale do rio Doce. É ativista do movimento socioambiental e defensor dos direitos dos povos indígenas, participou da fundação da Aliança dos Povos da Floresta e da União das Nações Indígenas (UNI).
Morreu, neste domingo (26), aos 92 anos, o diplomata Alberto da Costa e Silva, em sua casa no Rio de Janeiro (RJ). Escritor, pesquisador e servidor público, Alberto também era membro da Academia Brasileira de Letras (ABL) e ocupava a cadeira número nove entre os imortais desde 2000.
Em nota, a ABL confirmou a morte do ex-presidente da Academia, no mandato entre 2002 e 2004. Alberto da Costa e Silva era viúvo e a morte se deu por causas naturais. A cremação do corpo deve ocorrer nesta segunda-feira (27), apenas para os familiares, entre eles, os três filhos, sete netos e uma bisneta.
Alberto da Costa e Silva nasceu em 12 de maio de 1931, em São Paulo (SP). Durante a infância e adolescência, foi criado em Fortaleza, no Ceará, e, posteriormente, se mudou para o Rio de Janeiro (RJ). Se formou em em 1957, no Instituto Rio Branco em Brasília.
Autor de mais de 40 livros, Costa e Silva era especialista em especialista na cultura e na história da África, especialmente na região entre a Nigéria e o Benin, onde atuou como embaixador por quatro anos. Também foi Sócio correspondente da Academia das Ciências de Lisboa e da Academia Portuguesa da História.
Mauricio de Sousa viu sua candidatura a ocupar a cadeira número oito na Academia Brasileira de Letras (ABL), vaga após a morte da acadêmica Cleonice Berardinelli, virar assunto nas redes sociais após os ataques do jornalista James Akel, que diz não considerar quadrinhos da Turma da Mônica como literatura.
Também postulante à vaga, Akel declarou em entrevista à revista Veja que decidiu se candidatar após saber que o quadrinista, em sua carta de candidatura, escreveu que "quadrinhos são literatura pura."
O nome de Mauricio de Sousa ganhou apoio da Câmara Brasileira do Livro (CBL), e de integrantes da ABL, como Paulo Coelho.
Em entrevista publicada no portal G1, o quadrinista defendeu que os quadrinhos fazem parte de um gênero literário próprio e que há uma abertura na ABL para recebê-lo, uma vez que todos conhecem suas personagens, todas muito populares.
"[Quadrinhos] São revolucionários porque ficam entre a literatura e as artes gráficas. Eisner [Will Eisner, quadrinista norte-americano] me fez sentir que a linguagem dos quadrinhos é uma revolução de ideias. E com os quadrinhos tudo é possível", declarou o escritor.
Sobre as críticas, Maurício diz ter se surpreendido com a repercussão positiva que seu nome vem ganhando nas redes. "Significa que não errei tanto."
O jornalista James Akel já havia se envolvido em outra polêmica, em 2017, ao defender a tortura durante a ditadura militar no Brasil.
O cantor e compositor Gilberto Gil tomará posse, nesta sexta-feira (8), na Academia Brasileira de Letras (ABL), no Salão Nobre da ABL, no Petit Trianon, localizado no Rio de Janeiro.
Gil irá ocupar a cadeira de número 20, do jornalista Murilo Melo Filho, que faleceu em maio de 2021.
A posse do cantor baiano será transmitida ao vivo no canal da Academia (assista aqui) ou pelo site (veja aqui), a partir das 21h.
O artista será recebido pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin.
Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.
Um grupo de mais de cem escritores se mobilizaram em apoio à candidatura de Daniel Munduruku à Academia Brasileira de Letras (ABL), que nesta quinta-feira (11) elegeu o baiano Gilberto Gil como imortal (saiba mais).
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, caso eleito, ele será o primeiro indígena na ABL. Ele disputa com o neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho a cadeira de número 12 da instituição, antes ocupada por Alfredo Bosi, que morreu este ano por Covid-19.
Ainda segundo a publicação, a filha de Bosi, Viviana Bosi, também é uma das signatárias da carta de apoio, além de Ruth Rocha, Bernardo Carvalho, Boris Fausto, o baiano Itamar Vieira Junior e Pedro Bandeira.
Autor de mais 50 livros infantojuvenis, ele concorre ao Prêmio Jabuti de 2021 com três obras nas categorias infantil e juvenil. Daniel Munduruku é graduado em filosofia, com doutorado em educação pela Universidade de São Paulo (USP) e pós-doutorado em linguística pela Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
Recém eleita para figurar entre os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), aos 90 anos, Fernanda Montenegro comentou a atual conjuntura da cultura no país sob comando do presidente Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista realizada para o Fantástico, neste domingo (6), a jornalista Sônia Bridi lembrou que a atriz recusou ser ministra da Cultura de José Sarney no primeiro governo civil após a ditadura, e, por meio de uma carta, respondeu ao então presidente: "Pobre do país cujo governo despreza, hostiliza e fere seus artistas. Esse Brasil acabou". A atriz se referia ao regime militar.
Questionada pela repórter se, de fato, aquele país da animosidade e repressão acabou, Fernanda negou e fez duras críticas ao governo Bolsonaro. “Não acabou. Nós estamos numa hora trágica, é um momento tão pesado. Mas vai acabar, uma hora acaba”, declarou a imortal da ABL.
Perguntada sobre os paralelos da atual gestão e a ditadura militar, ela foi ainda mais incisiva. “É pior, porque veio pelo voto. Então, há uma organização política tradicional que opta por essa calamidade, por essa tragédia. Acho que todo governo de força a primeira coisa é estrangular a cultura das artes, porque é onde o país existe com uma assinatura e com um futuro, com a opção do futuro”, afirmou, apontando como solução, “o tempo”.
Fernanda Montenegro criticou ainda o instrumento da reeleição para presidente. “Eu acho que o Brasil provou que não pode ter reeleição presidencial. Foi comprovado que a reeleição presidencial exige compra, venda e aluguel do poder político. Tá comprovado”, disparou a artista, reiterando que segue crítica e indignada.
“A contestação está igual, o desassossego tá igual, a visão trágica do momento que a gente vive tá igual, mas não é que eu esteja calma. Às vezes eu tenho a impressão de que temos um país lá em Brasília que coloniza o brasil aqui embaixo. Mas a gente deve acordar e cantar”, defendeu a atriz, citando Nelson Rodrigues para encerrar a entrevista: "Aprendi a ser o máximo de mim mesmo".
A atriz Fernanda Montenegro foi eleita nesta quinta-feira (4), para a cadeira de número 17 da Academia Brasileira de Letras (ABL). Segundo o G1, ela recebeu 32 votos dos acadêmicos e 2 votos brancos.
A sessão teve início às 16h sem a presença da atriz, já que por norma da ABL os candidatos não participam da cerimônia de votação.
Em entrevista ao Jornal O Globo, Fernanda disse: "A minha arte não é imortal. A arte do ator é enquanto ele está ali vivo, presente em carne e osso. Mas, de uma forma poética, vamos dizer que é imortal. Eu fico muito espantada que uma academia que tem como princípio ser imortal, acolher uma atriz que só existe quando está em cena carnificando o personagem".
A atriz também destacou a ausência de mulheres na academia. “Já não teve nenhuma mulher, e isso não vai parar. Vai chegar uma hora que talvez tenha mais mulheres do que homens. Certamente, a chegada das mulheres vai ter força e será aceito”, conclui.
Fernanda deve assumir o posto em março de 2022, quando o órgão volta do recesso de fim de ano.
O nome do cantor e compositor baiano Gilberto Gil tem sido cotado para uma cadeira na Academia Brasileira de Letras (ABL), que atualmente tem três vagas em aberto, após as mortes de Murilo Mello Filho, Affonso Arinos de Mello Franco e Alfredo Bosi.
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, há um movimento crescente na ABL para convencer o músico a se candidatar a uma vaga.
Atualmente, dois nomes têm sido ventilados para integrar a Academia: a atriz Fernanda Montenegro e o cantor, compositor e escritor Chico Buarque (saiba mais).
Após a morte de Alfredo Bosi, ocorrida na semana passada (clique aqui e saiba mais), o grupo pleiteia que Chico Buarque assuma a cadeira do escritor, crítico literário e professor na Academia Brasileira de Letras (ABL).
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, o Instituto São Paulo pela Democracia lançou um abaixo-assinado para que o músico seja o próximo imortal da ABL. Ainda segundo a publicação, a campanha já reúne mais de 21 mil assinaturas.
Um dos compositores brasileiros de mais prestígio, Chico Buarque já escreveu diversos livros, dentre eles "Estorvo" (1991), "Benjamim" (1995), "Budapeste" (2003), "Leite derramado" (2009) e "O irmão alemão (2014)”.
Escritor, jornalista e membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), Murilo Melo Filho faleceu nesta quarta-feira (27), aos 91 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte, de acordo com o G1, foi falência múltipla de órgãos. Ele integrava a instituição literária como sexto ocupante da cadeira nº 20 desde 1999, quando sucedeu Aurélio de Lyra Tavares.
Natural de Natal, no Rio Grande do Norte, ele foi para o Rio de Janeiro aos 18 anos. Na capital carioca ele atuou como repórter de polícia e também como datilógrafo do Ministério da Marinha e IBGE.
Entre outros trabalhos da carreira, Melo FIlho também integrou a Tribuna da Imprensa, Jornal do Commercio, Estado de S. Paulo, Manchete e TV Rio. Ele também se formou em Direito, pela Universidade do Rio de Janeiro, e atuou como advogado por sete anos.
Segundo o Acadêmico Marco Lucchesi, Presidente da ABL, “Murilo Melo Filho foi um dos grandes jornalistas brasileiros da segunda metade do século XX. Acompanhou de perto a política nacional, a construção de Brasília e a guerra do Vietnã. Conheceu inúmeros chefes de Estado, a quem dedicou páginas antológicas, dos mais variados espectros políticos. Foi também um acadêmico exemplar, assíduo, com a disposição de emprestar seu talento aos mais diversos cargos e serviços na Academia”.
Luchesi também afirmou que guarda a imagem de um “homem bom” de “alta sensibilidade humana, voltada sobretudo para os mais vulneráveis e desprovidos”. Para ele, a perda de Murilo Melo Filho é “um momento de tristeza”.
O escritor Ignácio de Loyola Brandão é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). Por unanimidade, ele foi eleito nesta quinta-feira (14), para a cadeira 11, que antes era ocupada pelo jurista Helio Jaguaribe. Havia outros 11 candidatos.
Brandão fez carreira no jornalismo e sua estreia literária foi em 1965, com o livro de contos "Depois do Sol". Seus trabalhos de destaque foram os romances "Zero" (1975), censurado na ditadura militar e publicado primeiro na Itália, onde vendeu cerca de 900 mil exemplares, e "Não Verás País Nenhum" (1981), seu best-seller, com 1 milhão de cópias comercializadas.
Após uma década sem publicar ficção, o escritor lançou no ano passado o romance "Desta Terra Nada Vai Sobrar a Não Ser o Vento Que Sopra Sobre Ela". O livro é ambientado em um futuro incerto e retrata, por meio de viagens de Felipe e Clara, os protagonistas, um Brasil caótico, com 1.080 partidos políticos.
A candidatura de Loyola Brandão ganhou força quando a ABL reconheceu a trajetória literária do escritor com o Prêmio Machado de Assis, em 2016. Na época, as pessoas especularam se estava na hora dele se candidatar a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, mas só decidiu participar este ano.
A Academia de Letras da Bahia (ALB) elegeu, na última semana, sua nova diretoria para o biênio 2019/2021. Em reunião realizada na sua sede, no bairro de Nazaré, a instituição escolheu o escritor Joaci Góes como seu novo presidente, ao lado de Nelson Cerqueira, que assume a vice-presidência. A posse da nova diretoria será realizada durante uma cerimônia, em março de 2019.
Confira a composição da nova diretoria:
Presidente: Joaci Góes
Vice-Presidente: Nelson Cerqueira
1º Secretário: Ordep Serra
2º Secretário: Glaucia Lemos
1º Tesoureiro: Paulo Ormindo
2º Tesoureiro: D. Emanuel D’Able do Amaral
Diretor da Revista: Edilene Matos
Diretor da Biblioteca: Armando Avena
Diretor do Arquivo: Gerana Damulakis
Diretor de Informática: Carlos Ribeiro
Conselho Editorial: Evelina Hoisel / Fernando Peres / Francisco Senna
Conselho de Contas e Patrimônio: Urania Peres / Aramis Ribeiro Costa / Fredie Diddier
A Academia Brasileira de Letras (ABL) anunciará, na tarde desta quinta-feira (30), o nome de seu mais novo membro, que ocupará a cadeira de número 7, substituindo o cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto em abril deste ano. A lista de candidatos é encabeçada por Conceição Evaristo, nome defendido pelos movimentos negro e feminista, que têm se mobilizado nas redes sociais e já reunem mais de 18 mil assinaturas em uma petição em apoio à escritora. Além dela, figuram na lista de candidatos Carlos Diegues, Pedro Corrêa do Lago, Raul de Taunay, Remilson Soares Candeia, Francisco Regis Frota Araújo, Placidino Guerrieri Brigagão, Raquel Naveira, José Itamar Abreu Costa, José Carlos Gentili e Evangelina de Oliveira.
Os ocupantes anteriores da cadeira 7 foram: Valentim Magalhães (fundador) – que escolheu como patrono Castro Alves –, Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.
Os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL) têm reagido mal à mobilização do movimento negro a favor da candidatura da escritora mineira Conceição Evaristo para assumir uma cadeira na instituição. De acordo com informações do colunista Ancelmo Gois, no jornal O Globo, os membros dizem que a ABL não funciona na base da pressão, e rechaçam a campanha empreendida pelo movimento na internet. Ainda segundo a publicação, a mobilização poderia abrir caminho para a candidatura do poeta e compositor Salgado Maranhão, no futuro.
Na noite desta sexta-feira (5), morreu aos 91 anos o jornalista e escritor Carlos Heitor Cony. A informação foi confirmada ao G1 pela assessoria da Academia Brasileira de Letras (ABL), o jornalista foi membro da mesma desde 2000. Segundo informações do G1, o escritor que era filho do jornalista Ernesto Cony Filho e de Juliera Moraes Cony, estava internado no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro, e a causa da morte foi falência múltipla dos órgãos.
O historiador baiano João José Reis é o vencedor do Prêmio Machado de Assis 2017, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL) a escritores, pelo conjunto de sua obra. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (29), pelo presidente da entidade, Domício Proença Filho. A solenidade de entrega do prêmio será realizada na sede da academia, no Rio de Janeiro, no dia 20 de julho, quando a instituição comemora seus 120 anos de fundação. Referência mundial para o estudo da história e da escravidão no século XIX no Brasil, João José Reis, de 65 anos, tem diversos livros publicados, dentre eles “A morte é uma festa”, que lhe rendeu o Prêmio Jabuti de Literatura. Graduado em História pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal), Reis tem mestrado e doutorado pela Universidade de Minnesota (EUA), além de diversos pós-doutorados, que incluem as universidades de Londres, na Inglaterra, e de Stanford, na Califórnia (EUA). O historiador baiano foi ainda professor visitante de universidades americanas, como Princeton e Harvard. Atualmente, é professor titular do Departamento de História da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
Joaquim Maria Machado de Assis completaria nesta quarta-feira (21) seu 178º aniversário e foi homenageado no google. A data especial foi lembrada pela empresa com o “doodle” do dia na home do site – ilustração que substitui o logo da empresa no buscador do google em ocasiões especiais – que relembrou clássico como Dom Casmurro e Memórias Póstumas de Brás Cubas. Na ilustração, as principais obras de Machado são retratadas. Natural do Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, o escritor neto de escravos libertos, era negro e sofreu com o racismo da época. Sem muito acesso a educação formal, Machado insistiu no sonho da literatura, iniciando a carreira aos 15 anos em uma tipografia, onde escreveu os primeiros poemas e histórias. Em paralelo ao trabalho, ele escrevia para revistas e jornais, até o momento em que dedicou-se somente a escrita. Fundou a Academia Brasileira de Letras e foi presidente da ABL por 10 anos.
O que Proença pretende deixar como legado na ABL é a preservação do patrimônio, que ele considera ser a diretoria da crise econômica no país. "Preservar o patrimônio da casa, ampliar a atuação do setor de lexicografia e ter uma ação social mais efetiva", destacou o presidente da casa como objetivo. Proença explicou que a instituição tem sobrevivido com o aluguel do prédio - que apresentou queda razoável - que fica localizado ao lado ABL. "Esperamos que a crise não seja grave o bastante para nos levar a tomar medidas como cortar esse ou aquele programa. Mas é possível que tenhamos que fazer mudanças", ressaltou. Para solucionar as questões de segurança que surgiram no ano passado, como a Unidade de Polícia Pacificadora que começou a ser atacada, Proença pensa em fazer acordo com as empresas de ônibus para levar as pessoas até à instituição. "Isso se o dinheiro der...", salientou.
Cabral de Mello é um dos maiores historiadores do país, especialista em História regional e no período de domínio holandês em Pernambuco no século XVII, assunto sobre o qual escreveu vários livros, como “Olinda restaurada” (1975), “Rubro veio” (1986) e “O negócio do Brasil” (1998). Ele é também irmão de um ex-acadêmico ilustre, o escritor João Cabral de Melo Neto (1920-1999).
Autor de 17 livros, sendo 11 romances, Antônio Torres ocupa a cadeira 23 da Academia Brasileira de Letras, que tem como patrono José de Alencar, fundador Machado de Assis e como ex-ocupante o também baiano Jorge Amado. Torres, que ocupa o lugar do jornalista Luiz Paulo Horta – morto em agosto do ano passado – é o primeiro escritor de ficção a tomar posse nos últimos dez anos.
Torres, que ocupa o lugar do jornalista Luiz Paulo Horta – morto em agosto do ano passado – é o primeiro escritor de ficção a tomar posse nos últimos dez anos. No seu discurso de posse, fez referências à literatura regionalista brasileira e retomou temas do seu consagrado romance "Essa Terra" (1976), que conta com elementos autobiográficos sobre a imigração nordestina. Nomes como Jorge Amado e Guimarães Rosa foram citados durantes a fala do escritor baiano. "Agora tenho o privilégio de poder estreitar os laços com uma parte altamente significativa dos ficcionistas da minha geração, companheiros de muitas jornadas por este país e por alguns cantos do mundo. E isto desde as altas voltagens políticas, existenciais e literárias dos anos 70", comentou. As informações são do jornal O Globo.
A medida demonstra como os editores estão se reforçando na briga pela Lei das Biografias, como estão sendo chamadas as mudanças propostas na Câmara pelo deputado federal Newton Lima (PT-SP). Já o lado oposto, formado essencialmente pela Associação Procure Saber, enfrenta uma série de discussões internas. Em sua coluna publicada neste domingo (3) no jornal O Globo, Caetano Veloso, um dos integrantes do grupo (ao lado de Roberto Carlos, Gilberto Gil, Chico Buarque e outros), criticou publicamente a atitude de Roberto, que “só apareceu agora, quando da mudança de tom” na discussão sobre as biografias. Ele se refere à entrevista que Roberto concedeu ao Fantástico, quando declarou ser a favor das publicações sem autorização prévia. “Apanhamos muito da mídia e das redes, ele vem de Rei. É o normal da nossa vida. Chico era o mais próximo da posição dele; eu, o mais distante”, escreveu Caetano.
Caetano afirmou também que o advogado de Roberto, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, tido como novo porta-voz e que sugeriu o fim da Procure Saber, “não fala oficialmente pela associação”. “Bem, o mínimo que posso dizer é que justamente meu desprezo pela ideia de cuidar de minha imagem como quem a programa para obter aprovação é o mesmo que me leva a tender para a liberação das biografias e a olhar com desconfiança para o conselho do especialista”, escreveu Caetano.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).