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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

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Livro Torto Arado terá adaptação teatral de Aldri Anunciação
Foto: Divulgação

O livro "Torto Arado", escrito por Itamar Vieira Júnior, ganhará uma adaptação para o teatro com texto e direção assinada pelo baiano Aldri Anunciação. A peça está prevista para ser lançada no primeiro semestre de 2024, com estreia em Salvador.

 

O livro, de 2019, traz a história das irmãs Bibiana e Belonísia, que têm as vidas marcadas por um acidente na infância. As duas vivem em condições de trabalho escravo contemporâneo em uma fazenda no sertão da Chapada Diamantina, na Bahia.

 

Autor do livro "Namíbia, Não!”, que originou o filme Medida Provisória, Aldri recebeu o prêmio Jabuti em 2013.

 

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Camargo propõe boicote a filme dirigido por Lázaro e autor critica 'avaliação precipitada'
Cena de 'Medida Provisória' | Foto: Divulgação

Depois de protagonizar embates com o movimento negro e diversas personalidades da cultura nacional, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, agora tem como alvo uma produção baiana. Em suas redes sociais, ele atacou o longa-metragem “Medida Provisória”, dirigido por Lázaro Ramos e inspirado no texto do espetáculo teatral “Namíbia, Não!”, de autoria de Aldri Anunciação.

 

"O filme, bancado com recursos públicos, acusa o governo Bolsonaro do crime de racismo - deportar todos os cidadãos negros para a África por Medida Provisória. Temos dever moral de boicotá-lo nos cinemas. É pura lacração vitimista e ataque difamatório contra o nosso presidente", disse Camargo, sobre a obra, que já passou por festivais internacionais, mas ainda não tem data de estreia prevista no Brasil (clique aqui e saiba mais detalhes sobre a produção).

 

Após a declaração, Aldri, que também assina o roteiro do filme, junto com Lázaro, Elisio Lopes Jr e Lusa Silvestre, rebateu as críticas do presidente da Palmares, lembrando que o texto criado há uma década é sobre um futuro hipotético no qual o governo - e não uma gestão específica - implementa uma política que obriga os negros a migrar para a África. 

 

“Escrevi em 2011, nem sabia quem era Bolsonaro naquela época”, argumentou o artista baiano. “Avalio como uma falta de compreensão do presidente da Fundação Palmares do que se é uma distopia futurística. Quando você escreve ou filma na linguagem distópica, você não acusa o presente. Você faz um prognóstico pessimista do futuro.  A não ser que a ‘carapuça’ seja vestida. Aí é uma outra questão. Talvez seja uma questão de ele reavaliar a própria gestão que ele está fazendo de um órgão que na verdade deveria estar apoiando o filme. Me pergunto se ele leu o livro ou assistiu o filme. Considero uma avaliação precipitada e com aspectos de ressentimento político e talvez pessoal”, pontuou Aldri.

 

Sobre a fala de Camargo a respeito dos recursos públicos investidos no filme - “Medida Provisória” foi aprovado em edital da Agência Nacional do Cinema (Ancine) -, o dramaturgo baiano mais uma vez rebateu o presidente da Fundação Palmares. “Eu devolveria a pergunta: e por que não ser bancado por recursos públicos? Os recursos públicos destinados ao cinema devem ir para as mãos de quais artistas? Ele por acaso está dizendo que cinema negro e crítico não deve ter recursos públicos? Por que não?”, indagou Aldri. “Gostaria de saber do presidente da Fundação Palmares quais são as estratégias dele para  estimular o cinema negro no Brasil. Adoraria que ele respondesse”, concluiu o artista.

'Medida Provisória' remonta futuro distópico com êxodo obrigatório de negros e resistência
Taís Araújo é a grande heroína do longa | Foto: Divulgação

Inspirado no espetáculo teatral “Namíbia, Não!”, do baiano Aldri Anunciação, cujo texto rendeu o Prêmio Braskem de Teatro (2011) e virou livro vencedor do Prêmio Jabuti, em 2013 (relembre), o filme “Medida Provisória” acaba de ser selecionado para o Festival SXSW, nos Estados Unidos (saiba mais).

 

“Pra mim foi muito gratificante, é um sinal de que valeu a pena. O projeto começou em 2012, então, quando recebi essa notícia é como se a gente tivesse dado o passo correto lá atrás. Parece uma coroação de um momento pensado, planejado lá no início. A gente tem sempre essa falsa imagem de que a arte acontece meio sem planejamento, mas essa notícia confirma que vale a pena a gente planejar, a gente traçar estratégias e um processo, inclusive, de transmutação de linguagens”, declara o dramaturgo, sobre mais um reconhecimento internacional do longa-metragem, agraciado anteriormente com o prêmio de Melhor Roteiro em Memphis, nos Estados Unidos (clique aqui).

 

Assim como a peça, que circulou todo o Brasil e chegou a ganhar uma versão em língua inglesa estrelada em Londres (clique aqui), o filme conta com o mesmo mote, partindo da situação hipotética de um futuro no qual o governo brasileiro decreta que todos os cidadãos de “melanina acentuada” sejam deportados para um país da África. 

 

Outro ponto em comum é a direção de Lázaro Ramos. Junto com o autor da obra original, o artista baiano assina ainda o roteiro, que posteriormente contou com a colaboração de outros dois nomes de peso: Elísio Lopes Júnior e Lusa Silvestre. “Chega um momento, em 2014, que a gente começa a se sentir só e acha que precisava de mãos técnicas também, afinal de contas, tratava-se de dois roteiristas escrevendo seu primeiro roteiro”, lembra Aldri, que decidiu unir o trabalho de “dois marinheiros de primeira viagem” ao de outros dois roteiristas “experimentados” em “Medida Provisória”.

 


Aldri, na esquerda, ao lado do diretor Lázaro Ramos e Flávio Bauraqui, após encenar o espetáculo "Namíbia, Não!" | Foto: Divugação

 

Depois de já ter passado do teatro para a literatura, a ideia de novamente “transmutar” as linguagens artísticas, levando a história para o cinema, surgiu dentro do projeto “Melanina Acentuada”, quando “Namíbia” ainda estava no palco. “Foi numa temporada que a gente fez no Teatro Eva Herz que a gente aventou fazer uma consulta pública com os espectadores sobre a possibilidade de um filme”, lembra Aldri. Foi também nesta interação entre o público e o autor que a obra cinematográfica tomou seus primeiros contornos. 

 

Se no teatro havia em cena apenas os primos André e Antônio - que, confinados em um apartamento por medo da absurda Medida Provisória, discutiam a situação do negro no país e questionavam as definições de identidade -, na telona foram incorporadas outras figuras mencionadas durante a peça, incluindo a que viria a ser a personagem principal. “Nesse encontro de 2012 que surge a protagonista do filme, a Capitu, que é a namorada de um dos dois primos. Nessa consulta pública, ela era a figura mais falada, todos queriam saber onde ela estava e o que teria acontecido com ela. E aí na sala de roteiro ela acaba virando a protagonista, digamos assim, dessa história”, conta Aldri, sobre a personagem interpretada por Taís Araújo no filme. 

 

“Os primos estão ali presos no apartamento e ela [Capitu] foi esse grande mote para a gente levar o espectador para fora da sala dos primos, ou para fora do teatro. Ou seja, essa personagem determina justamente a migração da linguagem, na medida que ela está fora daquele espaço cênico que a gente tinha criado”, explica o dramaturgo, lembrando que o filme dá forma também a outras figuras mencionadas na peça. “Os personagens que estão fora da cena, no caso, com vozes gravadas, como a de Wagner Moura, que fazia o ministro da Devolução, e a socióloga feita pela Ana Paula Bouza, todas essas personagens a gente aproveitou no filme para dar corporeidade”, conta o autor.

 

Outro ponto forte da transposição da obra teatral para o cinema serão as cenas de ação que na peça eram apenas narradas ou apareciam em vídeos curtos. Quem assistiu a “Namíbia, Não!” viu em projeção, por exemplo, a partida para a África de Glória Maria - interpretada por Luis Miranda. Já no filme “Medida Provisória”, o público acompanhará narrativas como essa de maneira mais realista. “[O espectador] vai ver, não as mesmas figuras, mas outras, e de uma forma completamente cinematográfica. Enquanto na peça é tudo muito na oralidade, lá as coisas acontecem. Vocês vão ver essas figuras indo embora”, revela Aldri, que além de ser o autor da obra original, assinar a coprodução e roteiro, também atua no longa.

 

“A gente achou que ficaria demais eu ainda ser o protagonista, então eu criei uma outra personagem pra mim, que é o Ivan. Ele é uma espécie de revolucionário, que acaba criando uma espécie de ‘afrobrunkers’, começa a reunir negros na cidade e no país que não queiram se submeter à medida provisória que quer que a gente retorne”, conta o dramaturgo. “Na medida em que o retorno é compulsório, Ivan acaba sendo um subversivo. Ele quer subverter a medida provisória. Ele cria espaços subterrâneos para esconder negros que porventura não querem se submeter a essa medida, criando uma espécie de ‘neo quilombos’ por debaixo das terras. E criando possibilidade de revolução pra que essa situação se altere”, revela o artista, dando um pequeno spoiler de sua participação no filme, que, além dele e Taís Araújo, tem ainda no elenco Seu Jorge, Alfred Enoch, Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Emicida, Hilton Cobra e Pablo Sanábio. 

 


Lázaro Ramos com parte do elenco de "Medida Provisória" | Foto: Divulgação


Programado inicialmente para estrear em 2020, o filme ainda não tem data prevista para ser lançado no Brasil. “Tudo foi ocorrendo de acordo com o que foi programado em 2012. A passos lentos, mas programados. Agora nesse momento final - a gente acabou de filmar em 2019 -, a previsão de lançamento seria exatamente em 2020, mas é quando vem a pandemia. E desde então, ela desenha as previsões de tudo na vida”, pontua Aldri Anunciação, que condiciona a estreia à vacinação de todos os brasileiros. 

 

“A previsão da gente é que assim que todo mundo esteja vacinado - acho que é mais prudente falar isso -, a gente vai estrear na sala de cinema, porque a ideia é que a gente estreie na sala e não vá para o streaming ainda. A gente pensa que é um filme de deslocamento, que propõe a saída dos afro brasileiros de volta para a África. É um filme que estimula essa coisa do movimento, das migrações, da identidade que vai e vem, e a gente não considera ajustado mostrar o filme agora nesse momento de confinamento. Eu acho que ele tem uma potência de linguagem muito forte, justamente nesse momento que a gente estiver mais livre por conta da vacina”, explica.

 

"Medida Provisória" foi produzido pelas produtoras Lereby Produções e Lata Filmes, com coprodução da Globo Filmes e distribuição da H2O. A produção executiva é assinada por Mariza Figueiredo, a direção de fotografia é de Adrian Teijido, edição de Diana Vasconcellos, direção de arte de Tiago Marques e desenho e edição de som de Waldir Xavier.

Dirigido por Lázaro Ramos, filme 'Medida Provisória' é selecionado no Festival SXSW
Foto: Divulgação

Baseado no espetáculo teatral baiano “Namíbia, Não!”, escrito por Aldri Anunciação e dirigido por Lázaro Ramos, o filme “Medida Provisória” foi selecionado para o Festival SXSW (clique aqui e veja outros indicados), que acontece em Austin, Texas, nos Estados Unidos, de 16 a 20 de março.

 

“Depois do prêmio de Melhor Roteiro em Memphis (EUA), nosso filme (baseado na peça Namibia, Não - Trilogia do Confinamento editado pela Editora Perspectiva ) é selecionado pro Festival SXSW com exibição em março de 2021.  O filme Medida Provisória  (adaptação de Namíbia, Não!) foi roteirizado a oito mãos pelos talentosos parceiros Elísio Lopes Júnior, Lusa Silvestre, Lázaro Ramos e por mim”, escreveu Aldri, em suas redes, em comemoração à conquista.

 

Dirigido por Lázaro, o filme, que ainda não estreou no Brasil, conta com nomes como Alfred Enoch (saiba mais), Taís Araújo, Seu Jorge, Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier e Pablo Sanábio. Em 2020, "Medida Provisória" ganhou o prêmio de Melhor Roteiro na mostra competitiva do  Indie Memphis Film Festival (relembre)

 

Leitura virtual da obra 'Namíbia Não' celebrará o Dia Mundial da África
Foto: Divulgação

Com texto de Aldri Anunciação, o espetáculo “Namíbia Não” se transformará em leitura virtual para comemorar o Dia Mundial da África, na próxima sexta-feira (29). Com colaboração da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), o evento online vai acontecer a partir das 19 horas.

 

As transmissões vão acontecer no Youtube da produtora Melanina Acentuada (clique aqui), no Facebook da Sepromi (clique aqui), em lives nos perfis dos atores convidados e também através do Zoom, onde 100 pessoas serão selecionadas depois de enviarem um direct no perfil @boliveirando, no Instagram. 

 

A leitura contará com os atores e diretores da peça Aldri Anunciação e Fabrício Boliveira e também terá a participação dos Gideon Rosa, Márcia Limma e Thiago Almasy. Cada um fará as transmissões diretamente de suas casas, respeitando as medidas de prevenção ao novo coronavírus.

 

Encenado pela primeira vez em 2010, na Sala do Coro, do Teatro Castro Alves, “Namíbia Não” conta a história de dois primos que vivem em um apartamento e em meio às discussões sobre as relações humanas no Brasil, se protegem de uma Medida Provisória ambiciosa. 

 

SERVIÇO:
O QUE: Leitura virtual da obra “Namíbia Não”
QUANDO: 29 de maio, a partir das 19 horas
ONDE: 
- Facebook da Sepromi (clique aqui)
- YouTube - Melanina Acentuada (clique aqui)
- Instagram dos atores - Aldri Anunciação, Fabrício Boliveira, Gideon Rosa, Márcia Limma e Thiago Almasy. 

Aldri Anunciação é eleito 'Melhor Ator' no Festival de Brasília
Foto: Filppo Pitanga / Instagram Aldri Anunciação

No ar na novela “Segundo Sol” e apresentador do programa Conexão Bahia, o ator, apresentador, diretor e dramaturgo Aldri Anunciação conquistou o troféu de "Melhor Ator" no Festival de Brasília. O artista recebeu o prêmio durante a cerimônia realizada no Cine Brasília, no último domingo (23).

 

Única produção baiana a concorrer nesta edição do festival, "Ilha" também venceu na categoria "Melhor Roteiro". Com direção assinada por Ary Rosa e Glenda Nicácio, o longa-metragem conta a história do jovem Emerson (Renan Motta), um morador da periferia que quer fazer um filme sobre sua vida na ilha. Mas para isso, ele sequestra o cineasta Henrique (Aldri Anunciação) e, juntos, os dois reencenam sua vida.

 

Mas o grande vencedor do concurso foi "Temporada", de André Novais Oliveira. O longa-metragem levou o Troféu Candango em cinco categorias, entre elas Melhor Filme, Melhor Atriz para Grace Passô, Melhor Ator Coadjuvante para Russão, Melhor Fotografia para Wilsa Esser e Melhor Direção de Arte para André Novais Oliveira. Alguns dos outros trabalhos premiados foram "A Sombra do Pai", o documentário "Bixa Travesty" e os curta-metragens "Reforma" e "Guaxuma".

Autor de ‘Namíbia, Não!’, Aldri Anunciação é o convidado do próximo Conversas Plugadas
Foto: Jamile Amine / Divulgação

O ator e dramaturgo baiano Aldri Anunciação é o convidado da próxima edição do Conversas Plugadas, que acontece na quarta-feira (9), a partir das 19h, na sala principal do Teatro Castro Alves, com entrada gratuita. Na ocasião, ele vai falar de sua trajetória artística e celebrar os sete anos de sucesso de seu espetáculo “Namíbia, Não!”, que faz uma sessão comemorativa no mesmo palco, no dia 11 de maio, às 21h. Por conta do texto desta montagem Aldri foi contemplado com o Prêmio Jabuti de Literatura na categoria Ficção Juvenil. O espetáculo, dirigido por Lázaro Ramos, levou ainda o Prêmio R7 de Melhor Texto de Teatro de 2012, Prêmio Braskem de Teatro 2011 e o Prêmio Fapex 2010. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Conversas Plugadas - Aldri Anunciação
QUANDO: Quarta-feira, 9 de maio, às 19h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: Entrada franca

‘Namíbia, Não!’ faz única apresentação no Teatro Castro Alves
Foto: Divulgação

Em cartaz pela primeira vez há oito anos, o espetáculo “Namíbia, Não!” faz única apresentação no dia 11 de maio, às 21h, na sala principal do Teatro Castro Alves. Com texto de Aldri Anunciação, vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura em 2013, a montagem é dirigida por Lázaro Ramos. Com quase uma década do lançamento, o espetáculo ganhou versão em inglês encenada em Londres (clique aqui) e uma publicação e tradução para a língua alemã pela editora Fischer Verlag. Com criticidade, pitadas de ironia e humor, a peça parte de uma situação hipotética no futuro, quando o governo implementa uma Medida Provisória de “reparação”, para que os afrodescendentes – chamados de “melanina acentuada” - retornem ao continente africano. Confinados em um apartamento, os primos Antônio e André discutem temas como identidade brasileira, questões sociais e econômicas. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
“Namíbia, Não!”
QUANDO: Sexta-feira, 11 de maio, às 21h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)

Artistas baianos lamentam morte de Marielle Franco, vereadora executada no Rio 
Caetano foi um dos baianos a se manifestar | Foto: Reprodução / Instagram

A morte da ativista e vereador do PSOL, Mariele Franco, na noite desta quarta-feira (14), no Rio de Janeiro (clique aqui), gerou diversas manifestações de artistas de todo o país, inclusive os baianos.  Caetano Veloso usou a música para homenageá-la. Em um vídeo ele tocou a canção “Estou Triste”, faixa do disco “Abraçaço”, que tem entre os versos: “Sinto o peito vazio e ainda assim farto / Estou triste, tão triste / E o lugar mais frio do rio é o meu quarto”.

 

 

O ator e apresentador Ciro Sales, que atualmente vive na cidade, foi um dos que lamentaram o ocorrido. “É triste. Revoltante. E é tão claro. Marielle milita pelos direitos humanos. Marielle é eleita vereadora. Marielle é nomeada integrante de comissão designada para acompanhar a intervenção militar no Rio de Janeiro. Mmarielle denuncia a truculência da polícia militar. Marielle é executada a tiros no centro da cidade. (pausa grávida, de indignação e de medo). Os tempos são sombrios, e os recados estão claros. O que mais vamos esperar? Amanhã, 17h, estarei caminhando da Alerj à Cinelândia junto a muitos. Se não agora, quando?”, escreveu no Facebook. O ator Danilo Ferreira, também radicado no Rio, fez uma postagem emocionada sobre o caso: “Tiraram a vida de Marielle Franco. Assassinaram uma guerreira. Por ser negra, por ser mulher e por ser guerreira. Marielle dedicou sua vida à luta contra a injustiça e a barbárie. Isso não pode ficar assim. Não podemos nos calar!”.


De Salvador, outros nomes também se manifestaram. Em uma postagem na qual a vereadora aparece em uma manifestação contra o feminicídio, o músico Jarbas Bittencourt questiona: "Quem matou Marielle Franco?". O ator e dramaturgo Aldri Anunciação postou seu manifesto e convocou a população para se mobilizar: “O que é isso? Que intervenção é essa no Rio? A barbárie não deve se tornar um procedimento de controle... não é bom pra nenhum dos lados... pois vira um jogo de ação-reação! Isso não poderia ter acontecido com a vereadora MARIELLE! Uma voz não é uma voz... Uma voz são várias vozes! E as vozes têm eco e multiplicam-se! Vamos!”.

 


O vocalista da banda Maglore, Teago Oliveira, que vive em São Paulo, também comentou: “Dos maiores absurdos infelizmente cotidianos. As coisas já passaram do limite. Tem tempo. Do jeito que já controlaram tudo tem que pressionar muito pra não abafarem. Que situação, velho”. E em uma nova postagem questionou o contexto da morte. "É uma absurda coincidência Marielle Franco ser relatora da CPI que investiga a intervenção militar no rio e ser executada dias depois de postar denúncias".

Luis Miranda e Seu Jorge serão protagonistas de 1º filme dirigido por Lázaro Ramos
Fotos: Divulgação

Luis Miranda e Seu Jorge integrarão o elenco do primeiro filme dirigido por Lázaro Ramos. A informação é da colunista Patrícia Kogut. O longa-metragem “Medida Provisória” é baseado no espetáculo teatral “Namíbia, Não!”, dirigido pelo próprio Lázaro e escrito por outro baiano, Aldri Anunciação, que em 2013 levou o prêmio Jabuti na categoria Juvenil, pelo texto da peça em um livro homônimo (clique aqui). A história de “Namíbia, Não!” parte de um futuro hipotético em que o Governo do Brasil decreta uma Medida Provisória “de reparação” para que todos os cidadãos negros – chamados de “melanina acentuada” – retornem às suas origens, na África. Presos em um apartamento, os primos André e Antônio se veem diante dos dilemas da diáspora e começam a discutir temas como identidade brasileira, questões sociais e econômicas. Com pitadas de humor e criticidade, os personagens acompanham o êxodo de personalidades como Glória Maria e Camila Pitanga, questionando inclusive até que ponto as pessoas podem ser consideradas negras ou não no país. "Namíbia, Não!" rendeu livro, agora filme e espetáculo teatral, que ganhou versões no Reino Unido e Alemanha (clique aqui e saiba mais). 

Nova peça de Aldri Anunciação, ‘A Mulher do Fundo do Mar’ estreia nesta sexta no Icba
Foto: Milena Almeida
Tendo como enredo a história de uma mulher que vive nas profundezas do oceano e reconstrói sua identidade a partir de objetos jogados na água, o espetáculo teatral “A Mulher do Fundo do Mar” estreia nesta sexta-feira (18), às 20h, no Teatro do Goethe-Institut (Icba). A montagem, que segue em cartaz de quinta-feira a domingo, até o dia 10 de dezembro, encerra a “Trilogia do Confinamento” idealizada pelo dramaturgo baiano Aldri Anunciação, que teve início com “Namíbia, Não!” e continuidade com “O Campo de Batalha”, sempre apresentando os conflitos de indivíduos confinados em situações extremadas. A peça também marca o retorno aos palcos da atriz Iami Rebouças, que sozinha em cena, vive em um universo inusitado, em meio a indagações filosóficas. Os ingressos custam R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).
 
Serviço
O QUÊ: “A Mulher do Fundo do Mar”
QUANDO: Quinta-feira a domingo, de 18 de novembro a 10 de dezembro, às 20h
ONDE: Teatro do Goethe-Institut (Icba)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
‘Namíbia, Não!’ encerra programação da IV Mostra Nova Dramarturgia Melanina Acentuada
Foto: Susan Kalik
O espetáculo teatral “Namíbia, Não!”, escrito por Aldri Anunciação e dirigido por Lázaro Ramos, encerra a programação da IV Mostra Nova Dramarturgia Melanina Acentuada, neste fim de semana. A montagem, que em julho estreou uma versão na língua inglesa em Londres, será apresentada desta sexta-feira (12) a domingo (14), às 19h, no Espaço Cultural da Barroquinha. A peça, cujo texto rendeu um Prêmio Jabuti, parte de uma situação hipotética na qual o Governo brasileiro decreta uma Medida Provisória que obriga as pessoas de “melanina acentuada” sejam capturados e enviados imediatamente à África. A medida, justificada como ação de reparação social, provoca, em pleno século XXI, o revés da diáspora vivida pelo povo africano do Brasil escravocrata. É neste contexto que os primos André e Antônio, interpretados por Aldri Anunciação e Fernando Santana, discutem temas como identidade, a sociedade contemporânea e as consequências de um retorno à África-mãe.
 
Serviço
O QUÊ: Namíbia, Não! - IV Mostra Nova Dramarturgia Melanina Acentuada
QUANDO: Sexta, sábado e domingo, 12, 13 e 14 de agosto, às 19h
ONDE: Espaço Cultural da Barroquinha
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Autor baiano está curioso para ver 'Namíbia, Não!' estrear na ‘Broadway de Londres’
Foto: Reprodução / Facebook
Depois de ter sido publicado em livro traduzido para o alemão, o espetáculo baiano “Namíbia, Não!”, cujo texto foi vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura 2013, ganhará uma nova versão nos palcos da Inglaterra. A obra, escrita pelo dramaturgo Aldri Anunciação e dirigida por Lázaro Ramos, foi traduzida para o idioma inglês e esta nova versão teatral será apresentada em um ensaio aberto seguido de um bate-papo, no Soho Theatre de Londres, dia 29 de junho. “Ele é uma coisa totalmente independente, espontânea de lá”, revela Aldri, sobre a versão londrina da montagem, traduzida pelo brasileiro Almiro Andrade e protagonizada pelos atores Femi Oyeniran e Anyebe Godwin. “O secretário de Comunicação de Londres tinha lido o livro e começou a sugerir a grupos da cidade para montar o espetáculo lá”, lembra o artista que além de autor, também atua na peça original, contando que chegou a ser convidado para apresentar o espetáculo para o público local. “Eles entraram em contato, fizeram o convite, mas como lá o Estado intermedeia, mas não financia, não foi possível a nossa ida com recursos próprios”, explica ele, que viajou a Londres para participar de uma palestra sobre a construção do espetáculo, no dia 23, e segue por dez dias na cidade para conferir o ensaio aberto.
 

Aldri ao lado de Lázaro Ramos, diretor do espetáculo original : Foto: Divulgação / Crisna Pires
 
O enredo de “Namíbia, Não!” parte de um futuro hipotético em que o Governo do Brasil decreta uma Medida Provisória “de reparação” para que todos os cidadãos negros – chamados de “melanina acentuada” na peça – retornem às suas origens, na África. Presos em um apartamento, os primos André e Antônio se veem diante deste revés da diáspora e começam a discutir temas como identidade brasileira, questões sociais e econômicas.  Com pitadas de humor e criticidade, os personagens acompanham o êxodo de personalidades como Glória Maria e Camila Pitanga, questionando inclusive até que ponto as pessoas podem ser consideradas negras ou não.
 
Aldri Anunciação revela que está curioso para ver o resultado da nova peça, já que a montagem original tem referências fortes voltadas para a cultura brasileira, nem sempre de conhecimento do público no exterior. “Foi feita uma tradução direta, não é uma adaptação. A história se passa no Rio de Janeiro, é o próprio 'Namíbia', é o nosso 'Namíbia'. A tradução está bem interessante, está bem bonita, bem cuidada, tem um aspecto literário bem interessante”, explica o dramaturgo baiano, destacando que a equipe procurou um brasileiro para dirigir, com o objetivo de facilitar a articulação. “Estou curioso para ver como eles traduziram essa parte localizada das pessoas proeminentes que vão embora do país, se eles articulam de alguma forma”, revela Aldri, contando que na versão alemã Camila Pitanga foi trocada por Pelé. “Eles colocaram personagens que têm uma questão universal cultural mais pop. Eu lembro que como Gilberto Gil e Martinho da Vila são bastante conhecidos na Alemanha eles também estão nessa lista de proeminentes que vão embora. Eu não sei como está em Londres, porque é uma perspectiva completamente pessoal deles, quem é do Brasil que a gente conhece e pode botar nestes momentos”, explica.
 

"Namíbia, Não!" parte de um futuro hipotético no qual o Brasil passa por um revés da diáspora | Foto: Divulgação / Léo de Azevedo
 
Aldri diz estar animado também com a escolha do elenco. “Eles estão com dois atores super bacanas, do cinema e TV lá, que se interessaram pelo projeto. Inclusive um deles tem uma característica muito interessante, que parece com a nossa, um cara que trabalha muito com a sociedade de baixa renda, que tem um trabalho educacional e social muito intenso, que é o Femi Oyeniran”, avalia o autor de “Namíbia, Não!”, empolgado ainda por ver a peça no Theater Soho. “É uma coisa bacana porque é naquela área da Broadway de Londres. É bem interessante você ver um texto baiano, brasileiro, estreando num espaço tão oficializado de Londres”, diz o dramaturgo, que depois de liberar as duas versões, em alemão e inglês, analisa propostas para traduções para o italiano e o francês. “Vou parar para sentar e ver quem solicitou, temos estas duas propostas para França e Itália, mas a equipe ainda não olhou”, conta Aldri, revelando que o texto em alemão, que já foi editado em livro, ainda não foi para o teatro por dificuldades locais para escalar o elenco.
Centro Cultural Plataforma recebe espetáculo ‘O Campo de Batalha’ no fim de semana
Foto: Márcio Meirelles/Divulgação
O espetáculo teatral “O Campo de Batalha”, com texto do dramaturgo baiano Aldri Anunciação, será apresentado gratuitamente nesta sexta-feira (4) e sábado (5), às 19h, no Centro Cultural Plataforma. A montagem, com direção geral de Márcio Meirelles e codireção de Lázaro Ramos e Fernando Philbert tem como mote a falta de água no planeta, que acaba deflagrando a Terceira Guerra Mundial. Durante o combate, um acontecimento inesperado causa uma pausa na guerra. Por conta de uma crise na indústria de munição, os soldados inimigos aguardam ordens para retomar o confronto e, durante este momento paralisação, passam a analisar as razões que levaram seus países ao conflito.
 
Serviço
O QUÊ: “O Campo de Batalha”
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 4 e 5 de março, às 19h
ONDE: Centro Cultural Plataforma
QUANTO: Grátis
Artistas baianos avaliam ausência de negros no Oscar e apontam tentativa de ignorar méritos
Aldri Anunciação, Fernanda Júlia e Jamile Coelho | Fotos: Reprodução / Facebook
Após a divulgação da lista de filmes e atores indicados ao Oscar em 2016, a ausência de representantes negros gerou desconforto e protestos nos Estados Unidos. Um dos primeiros a declarar insatisfação foi o diretor Spike Lee (clique aqui e entenda), que afirmou que não participará da cerimônia de premiação e criticou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, responsável pela escolha. E, enquanto outros artistas americanos aderiram ao boicote, como Jada Pinkett-Smith e Will Smith (clique aqui), na última semana a hashtag "#OscarSoWhite", que já havia aparecido no Oscar 2015, voltou aos Trending Topics do Twitter. 
 
No Brasil, nos últimos tempos, o assunto racismo envolveu episódios polêmicos no mundo das artes, como as ofensas sofridas pela atriz Taís Araújo (clique aqui) e, recentemente, pelo chef e apresentador Olivier Anquier, ao aparecer com a esposa, que é negra, em episódios do seu programa “Diário de Olivier”, exibido no GNT. E na Bahia, estado onde a cultura afrobrasileira tem fortes raízes, até mesmo peças publicitárias institucionais de cidades predominantemente negras estiveram envolvidas em polêmicas desta natureza. Enquanto uma empresa de turismo veiculou um vídeo com predominância de pessoas brancas para promover Salvador (clique aqui), a prefeitura de Santo Amaro da Purificação foi acusada de racismo, após publicar uma foto onde havia apenas brancos, para promover a festa da padroeira da cidade (clique aqui).
 
 
A ausência de negros no Oscar repercute nas redes sociais | Foto: Reprodução / Twitter

Visto que nem mesmo o estado considerado mais negro do país escapa do racismo, artistas baianos repercutiram a ausência de atores negros no Oscar e comentaram também a situação no Brasil. Para o ator e dramaturgo baiano Aldri Anunciação, autor de "Namíbia, Não!", cujo texto é vencedor dos prêmios Braskem de Teatro e Jabuti, e aborda o racismo no Brasil, a polêmica hollywoodiada é “uma questão muito delicada”. Ele, que aderiu à campanha de Spike Lee, afirmou que embora não veja a necessidade de reserva de cotas de etnias entre indicados, é preciso que os organizadores enxerguem o trabalho dos negros sem limitá-los a uma única temática. “A ausência dos negros, principalmente agora no Oscar, ao longo desses dois anos, Spike Lee é bem preciso. Dos 40 atores indicados, nenhum é negro. Eu desconfio muito dessa ausência de mérito dos trabalhos dos atores afroamericanos. Por exemplo o Will Smith, com um trabalho bastante contundente lá, que foi indicado ao Globo de Ouro, e se você for a fundo vai descobrir diversos outros trabalhos que provavelmente têm méritos que favoreçam uma indicação”, diz Aldri, analisando ainda o contexto para o reconhecimento dos negros no cinema. “Eu acho que isso tudo está mais ligado a uma questão temática. Se a gente for reparar, a última vez que a gente teve um número expressivo de negros premiados, não só indicados, no Oscar, foi quando a temática da escravidão estava ali narrada no filme, em '12 Anos de Escravidão'. Você teve roteiro, atriz, filme do ano premiado. Na época fiquei muito feliz, mas também de outro aberto pensando. Se fosse uma outra temática com aquelas mesmas qualidades de profissionais eles teriam indicado e premiado?”, questiona. “Então eu acho que essa não indicação é muito menos sinalização de que existe discriminação com atores negros, mas muito mais discriminação temática, como se quisesse colocar o artista negro em um espaço determinado e cercado”, conclui Anunciação.
 

Spike Lee propõe o boicote à cerimônia do Oscar | Foto: Reprodução / Facebook
 
A diretora teatral Fernanda Júlia, do Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas, decidiu citar uma fala de Viola Davis ao vencer o Emy de Melhor Atriz em 2015 por “How to Get Away With Murder”. “Ela [Viola] questiona que não haveria como ganhar prêmio de melhor atriz se não existissem os personagens feitos para que atrizes negras como ela pudessem fazer. Enquanto autores e diretores não criarem personagens, ela não vai poder fazer. Então eu acho que essa ausência de negros traduz o que significa o Oscar. A Academia tem um padrão de pensamento hegemônico onde eles invisibilizam o que é impossível de invisibilizar, que é a qualidade e o trabalho desses artistas negros. Quando não há negros atuando eles acusam esse tipo de coisa e quando nós atuamos eles ignoram. Isso é uma tentativa sistemática, institucional, esse racismo que a gente vive, de negar a qualidade do povo negro através de suas expressões, sejam elas culturais, artísticas, científicas, econômicas. Para mim a ausência da gente no Oscar é mais uma comprovação desta tentativa estúpida de de dizer que o mundo é branco e ignorar nossa presença. Chega a ser ridículo e patético, mas o Oscar é a maior instituição no sentido de premiação do cinema mundial, mas tem um pensamento conservador da sociedade norte-americana, então eles traduzem o comportamento que eles têm”, avalia Fernanda Júlia, apontando ainda que no Brasil acontece uma espécie de reflexo do comportamento norte-americano. “À base de muita luta e esforço você consegue alguns espaços, mas pensando em premiação no Brasil, quem você vê apontado na sua grande maioria no cenário cinematográfico brasileiro, que atores são esses? Se você olhar a proporção, você vai ver que a maioria é formada de atores brancos ainda. O cinema brasileiro ainda é muito branco, do ponto de visto da presença, do ponto de vista da temática, de quem são as histórias, e do ponto de vista dos personagens. De 2000 para cá, eu não listaria do cenário brasileiro 15 atores negros que tiveram trabalho de repercussão reconhecido no cenário do cinema nacional”, conclui.
 
À frente da animação “Órum Aiyè”, que também sofreu preconceito pela temática voltada para a mitologia afrobrasileira (clique aqui), a diretora de cinema baiana Jamile Coelho também criticou a baixa representatividade do negro no Oscar. “É o segundo ano consecutivo que Academia faz isso. Teve  quatro filmes com atores negros que poderiam ser indicados, mas isso mostra o quão Hollywood ainda traz essa ideia de racismo. Eles podem dizer que não há produções com atores negros, mas teve sim filmes com protagonistas e coadjuvantes negros. A Academia serve para legitimar essa ideia de supremacia branca”, avalia Jamile, que aponta como positivos os protestos de artistas e anônimos que não se sentem representados. “Hoje há esse boicote, e quando a gente não se sente representado no Oscar, a nossa forma de se expressar é através das redes. Com as hashtags que todo mundo tem usado para criticar, é uma forma de tentar ser ouvido”, diz a cineasta baiana, destacando que também no Brasil o artista negro é relegado. “Recentemente um ator negro, Antônio Pompêo, morreu. Toda vez que morre um artista global há homenagens, filmes são exibidos, mas ele não foi lembrado. Você percebe o quão legitimada é a ideia do racismo no Brasil hoje. Somos 50% da população e não somos representados”, afirma Jamile Coelho.
Longa 'Bach in Brazil' ganha mais um prêmio em Munique, na Alemanha
Fotos: Reprodução/ Facebook
A coprodução brasileira e alemã, “Bach In Brazil”, protagonizada pelo ator e dramaturgo baiano Aldri Anunciação, ganhou mais um prêmio. O longa já havia sido premiado no Festival Internationales Filmfest Emden, na Alemanha. Dessa vez, o prêmio foi concedido pela VIB Culture Award,em Munique, na Alemanha. A notícia foi compartilhada pelo próprio ator em seu perfil no Facebook. Bach in Brazil estreou no último dia 15 de outubro no circuito comercial na Alemanha. No Brasil, o lançamento está programado para o mês de março de 2016.O filme, rodado em Ouro Preto (MG), é uma comédia dramática dirigida pelo tedesco Ansgar Ahlers. O roteiro parte da história fictícia do um professor de música Marten, vivido pelo ator alemão Edgar Selg, que descobre ser herdeiro de uma partitura original de Johann Sebastian Bach e viaja ao Brasil, mesmo sem muita vontade, para recuperá-la. Em Minas Gerais, após ser assaltado, inicia sua transformação ao encontrar Candido, personagem interpretado por Aldri, que está à frente de um reformatório para crianças.Além de Aldri Anunciação e Edgar Selge, fazem parte do elenco também Stephan Nercessian, Marilia Gabriela, Dhonata Augusto, Franziska Walser, Peter Lohmeyer, Pablo Vinicius, Thais Garayp,  Hans-Peter Korff, George Lenz, Helene Grass e Isabella Parkinson.
Autor de 'Namíbia, não!' estreia novo espetáculo em Salvador
Foto: Eros Lima Nardi
O espetáculo "O campo de batalha", escrito pelo dramaturgo baiano, Aldri Anunciação, estreia temporada em Salvador, no dia 25 de setembro, às 20h, no Teatro Vila Velha. Em Salvador, a peça fica em cartaz até 18 de outubro, às sextas, sábados e domingos. Estreado em janeiro de 2015, o espetáculo já passou por Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. “Estreamos Namíbia,Não! na Bahia e depois percorremos o Brasil. Desta vez quis inverter a experiência e trazer um espetáculo mais amadurecido para o público de Salvador”, explica Anunciação. Com direção de Márcio Meirelles e codireção de Lázaro Ramos e Fernando Philbert, "O Campo de Batalha" aborda tempos de guerra. Na trama, a falta de munição paralisa a Terceira Guerra Mundial, ocasionada pela falta de água. A partir daí, dois soldados inimigos se encontram no front de guerra e, sem poder se atacar, passam a questionar as reais motivações que levaram seus países ao conflito. Anunciação é também autor de "Namíbia, Não!", espetáculo vencedor do Prêmio Braskem (2011) e do Prêmio Jabuti  de Literatura (2013). Os ingressos, a R$ 20 reais (inteira) e R$ 10 reais (meia entrada), podem ser comprados por telefone (71) 2626-0032, internet ou na bilheteria do teatro.
 
"O campo de batalha"
Elenco: Aldri Anunciação e Rodrigo dos Santos 
Direção: Marcio Mereilles; codireção Lázaro Ramos e Fernando Philbert
Temporada: de 25/09 a 18/10 – sexta e sábado às 20h, domingo, 19h
Local: Teatro Vila Velha
Ingressos: R$ 20,00 (inteira) 
Classificação indicativa: 14 anos
Filme estrelado por ator baiano vence prêmios de júri e público em festival na Alemanha
Personagens de Edgar Selg e Aldri Anunciação em Ouro Preto / Foto: Divulgação
A coprodução brasileira e alemã, “Bach In Brazil”, protagonizada pelo ator e dramaturgo baiano Aldri Anunciação, levou os prêmios de Melhor Filme pelo júri técnico e votação popular no Festival Internationales Filmfest Emden, na Alemanha. O filme, que teve como cenário cidade de Ouro Preto (MG), é uma comédia dramática dirigida pelo tedesco Ansgar Ahlers. O roteiro parte da história fictícia do um professor de música Marten, vivido pelo ator alemão Edgar Selg, que descobre ser herdeiro de uma partitura original de Johann Sebastian Bach e viaja ao Brasil, mesmo sem muita vontade, para recuperá-la. Em Minas Gerais, após ser assaltado, inicia sua transformação ao encontrar Candido, personagem interpretado por Aldri, que está à frente de um reformatório para crianças. A partir daí se dá a cooperação, o brasileiro o ajuda a procurar a partitura que veio buscar, além dos documentos e roupas roubados, enquanto o alemão dá aula de música para as crianças. “O filme fala sobre surgimento de forças a partir da crise. Apresenta duas personagens em momento de crise forte, que se juntam e acabam criando força cooperativa muito grande. Isso tem tudo a ver também com o fato de ser uma coprodução com cooperação entre os dois países”, explica o ator baiano, que teve sua escalação para o elenco motivada pelas peculiaridades do papel.
 

Aldri Anunciação, primeiro à esquerda, interpreta o brasileiro Candido em "Bach in Brazil" / Foto: Divulgação
 
“Ele é coprotagonista do filme, junto com Edgar. São os dois personagens de frente. E meu personagem representa a parte brasileira. É um mineiro super humilde que cresceu no seio de uma família alemã em Minas. Essa família retornou para a Alemanha e ele continuou no Brasil, trabalhando em uma instituição para crianças. O personagem tinha características muito especificas. E o fato de falar alemão reduziu bastante o universo de atores que cumprissem os requisitos que o diretor queria. Um ator que pudesse assumir, com sotaque mineiro, que falasse alemão. Eles encontraram alguns atores com este perfil e, dentre eles, eu fui o selecionado para assumir o Candido”, conta Aldri Anunciação, cuja relação com o país europeu vem de longas datas. “A Alemanha entrou na minha vida em 2001, por causa de uma pesquisa na monografia. Queria analisar teatro alemão, começando por Bertold Brecht. De lá pra cá comecei a frequentar a Alemanha, estudar o teatro alemão contemporâneo, fui fazer vários estágios em cidades onde se falava o idioma. Essa travessia foi sempre me aproximando da língua. Posso dizer que o alemão é uma língua que eu falo fluentemente, e a cultura alemã continuou fazendo parte de mim, tanto que a primeira tradução do meu livro ‘Namíbia, Não!’ foi feita para este idioma”, lembra o artista baiano.
 
“Bach In Brazil” estreia no dia 15 de outubro no circuito comercial na Alemanha. No Brasil ainda não há uma data de lançamento oficial, mas o longa será exibido na programação do Festival do Rio, que acontece entre 1º e 14 de outubro na capital carioca. Além de Aldri Anunciação e Edgar Selge, fazem parte do elenco também Stephan Nercessian, Marilia Gabriela, Dhonata Augusto, Franziska Walser, Peter Lohmeyer, Pablo Vinicius, Thais Garayp,  Hans-Peter Korff, George Lenz, Helene Grass e Isabella Parkinson.
Livro ‘Namíbia, Não!’ será distribuído em escolas públicas durante palestras com autor
Foto: Divulgação
Dez escolas da rede pública de ensino da Bahia receberão a visita do dramaturgo Aldri Anunciação, autor do livro “Namíbia, Não! ”, que fará palestras seguidas de debates com os estudantes. Criado pelo próprio Aldri, como um incentivo à leitura e promoção do teatro entre os jovens, o projeto “O Livro Itinerante – O Autor Encontra seu Leitor” contempla a distribuição gratuita de 200 edições do livro vencedor do Prêmio Jabuti de Literatura 2013, categoria Ficção Juvenil, para alunos e professores dos colégios públicos. As cidades selecionadas na região metropolitana de Salvador foram Camaçari, com entrega prevista para a próxima quinta-feira, (28), Simões Filhos (dia 4 de junho), Lauro de Freitas (11 de junho), além de Dias D’Ávilla, Candeias, Vera Cruz, Salinas da Margarida, Itaparica e Madre de Deus, sem datas definidas.  Publicado em 2012 pela Editora Edufba (BA), “Namíbia, Não! ” contém o texto original da peça homônima, que foi adaptada para o palco e teve estreia em Salvador, no ano de 2011, tendo recebido os prêmios Braskem 2011 e Myriam Muniz de Teatro 2010, ambos na categoria Melhor Texto.  A obra propõe reflexões sociais, a partir de uma situação fictícia: quando o governo decreta uma Medida Provisória que obriga aos cidadãos de “Melanina Acentuada” a serem capturados e enviados de volta a um país da África.
 
Serviço
O QUÊ: “O Livro Itinerante – O Autor Encontra seu Autor”
ONDE e QUANDO: Escolas da rede pública das cidades de Camaçari (28 de maio), Simões Filhos (dia 4 de junho) e Lauro de Freitas (11 de junho). 
Dias D’Ávilla, Candeias, Vera Cruz, Salinas da Margarida, Itaparica e Madre de Deus ainda terão datas confirmadas.
Dramaturgo baiano estreia em SP peça sob direção de Lázaro Ramos e participação de Fernanda Torres
Foto: Divulgação
Depois de “Namíbia, Não!”, espetáculo que marcou sua estreia como autor e cujo texto foi vencedor do Prêmio Braskem 2011, o dramaturgo baiano Aldri Anunciação parte para sua segunda parceria com o conterrâneo Lázaro Ramos, que dirige sua segunda peça, “Campo de Batalha”, ao lado de Márcio Meirelles. O espetáculo conta ainda com a participação de Fernanda Torres e estreia em São Paulo, no dia 30 de janeiro. Assim como em seu primeiro trabalho como autor, a nova obra acontece no futuro, em uma realidade hipotética. Aldri a chama de “hiato de guerra”, mais especificamente em uma pausa da Terceira Guerra Mundial, quando dois soldados inimigos se encontram no front, mas não podem se atacar por causa de uma crise que leva à falta de munição, e consequentemente à interrupção da batalha. “O espetáculo acontece na inação. Dois soldados vão desenvolvendo o diálogo e vão percebendo que não se conheciam. A gente hoje em dia às vezes não sabe nem que é nosso inimigo. A gente vai crescendo e ouvindo ‘seu inimigo é aquele ali’, e ai você vai direto para o combate, sem se dar o tempo de entender quem é a pessoa, coisa ou causa. É uma brincadeira, uma crítica a esse modelo e uma proposta para a gente se aproximar cada vez mais dos nossos inimigos institucionalizados para entender se realmente são inimigos ou não”, explica o autor, que também atua no espetáculo, ao lado do ator carioca Rodrigo Santos.

Rodrigo Santos e Aldri Anunciação interpretam soldados inimigos em uma hipotética Terceira Guera Mundial / Foto: Ricardo Simões
 
A escolha de Lázaro Ramos para a direção foi uma conseqüência. “Ele foi um cara que sempre me estimulou a escrever. Nos quatro anos de ‘Namíbia, Não!’ comecei a burilar o novo espetáculo e como a gente estava junto no processo, ele ficou sabendo do mote antes de eu começar a escrever. E já a partir da ideia ele se interessou. À medida que eu ia escrevendo ele ia acompanhando. Ele acompanhou todas as versões,  a parceria foi se moldando naturalmente, no final não tinha como ser outra pessoa. Mas a mas a gente queria também  trabalhar com outras pessoas. A saída foi unir o útil ao agradável, e ai veio Marcio Meirelles, que a gente encara como mestre. Ele já tem ligação muito grande com Lázaro e eu tinha um sonho de trabalhar com ele, então juntou a fome com a vontade de comer”, conta Aldri, responsável pelo convite prontamente aceito por Marcio, mesmo com uma agenda completamente lotada e tendo que conciliar trabalhos em Salvador e os ensaios no Rio de Janeiro, local escolhido para a preparação, por questão de comodidade para a equipe, já que a maioria vive ali.
 
Parceria entre Aldri e Lázaro começou em 'Namíbia, Não!', marcando a estreia deles como autor e diretor, respectivamente  / Foto: Léo de Azevedo
 
Dentre os cariocas envolvidos está a atriz Fernanda Torres, que doa sua voz para representar o “Sistema” e interagir com os dois personagens. “É uma voz que não tem cara, a gente ouve, segue suas regras. O papel dela é vigiar a pausa da guerra e manter a inimizade entre os combatentes, fazendo com que eles mantenham suas posições de inimigo”, explica o autor, que logo ao escrever o texto pensou na atriz para interpretá-la. “Confesso que pensei muito na Fernanda Torres. Lembrava muito dela pelo caráter do trabalho, uma coisa política, crônica do cotidiano, e ela encara isso de forma muito leve, tanto na sua escrita ou no trabalho como atriz ou nas entrevistas. Ela tem uma consciência muito grande do seu papel na sociedade, tem olhar observador muito irônico e leve”, lembra Aldri, que encontrou total apoio dos demais envolvidos no trabalho e fez o convite à atriz, depois de uma intensa troca de e-mails e debates sobre a metáfora da guerra e a ausência de pausas para que a sociedade pense antes de agir. Mesmo com um forte time de baianos, com o próprio Aldri Anunciação, Lázaro Ramos e Márcio Meirelles, a peça estreia no dia 30 de janeiro na capital paulista, por razões contratuais. O espetáculo passou em um edital do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) e, por isso, fará a primeira temporada neste espaço em São Paulo e seguirá pelos centros culturais situados no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, até agosto. Mas o público da Bahia não vai ficar de fora, ainda este ano poderá conferir “Campo de Batalha”. “A proposta é a gente fazer o percurso previsto em contrato. Depois a gente fica livre para fazer outras temporadas em outros estados. E ai o primeiro lugar seria Salvador, já em setembro”, promete Anunciação.
Pesquisadores de todo país debatem dramaturgia de autores negros em evento realizado em Salvador
Foto: Ricardo Simões
O projeto Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada reúne pesquisadores de todo país, entre os dias 30 de outubro e 2 de novembro, no Icba, para investigar a atual dramaturgia desenvolvida e assinada por autores negros contemporâneos. Idealizado por Aldri Anunciação, vencedor do Prêmio Jabuti 2013 (categoria Juvenil) e autor da premiada peça “Namíbia,não!”, o evento, que conta com palestras, leituras dramáticas e bate-papos, está em sua segunda edição. A etreia aconteceu em São Paulo, no ano de 2012.
 
Serviço
O QUÊ: Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada - Edição Bahia
QUANDO: De 30 de outubro e 2 de novembro
ONDE: Icba | Instituto Cultural Brasil-Alemanha (Av Sete de Setembro, Corredor da Vitória)
QUANTO: Grátis
Espetáculo "Namíbia, Não!" volta a Salvador em junho
Foto: Divulgação
Com texto de Aldri Anunciação - Prêmio Jabuti de Literatura 2013, e dirigida por Lázaro Ramos, a peça "Namíbia, Não!" volta a Salvador de 27 a 29 de junho, no Espaço Xisto Bahia. 
 
O espetáculo faz uma crítica bem humorada, enquanto discute a situação do negro do Brasil, a partir de uma situação hipotética: uma medida provisória do governo que decreta que todos os cidadãos de "melanina acentuada" devem ser deportados para o seu país de orígem na África.
 
Serviço
O QUÊ: Espetáculo teatral "Namíbia, Não!"
QUANDO: 27, 28 e 29 de junho, às 20h (sessão extra no dia 29, às 17h) 
ONDE: Espaço Xisto Bahia
QUANTO: R$ 10 e R$ 5
Livro baiano 'Namíbia, não!' leva Jabuti; confira lista de premiados
Aldri Anunciação, autor de 'Namíbia, não!' | Foto: Divulgação/ Jamile
O Prêmio Jabuti, um dos mais tradicionais do país, que gerou polêmica em 2012 ao permitir, por regulamento, que a nota de um único jurado fosse decisiva, anunciou nesta quinta-feira (17) os vencedores de sua 55ª edição. Na lista, o livro "Namíbia, não!", assinado pelo baiano Aldri Anunciação, figura como vencedor da categoria juvenil. "Namíbia, não!" concorreu na primeira fase com o também baiano "O Homem que Sabia a Hora de Morrer", de Adelice Souza.

A despeito de toda a polêmica que envolve a discussão sobre a autorização prévia ou não para a publicação de biografias no país, o jornalista Mário Magalhães [confira entrevista concedida ao Bahia Notícias em dezembro do ano passado] venceu na categoria biografia com "Marighella: O Guerrilheiro que Incendiou o Mundo".

Evandro Affonso Ferreira venceu a categoria romance com "O Mendigo Que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam" (Record), que segue no páreo do Prêmio São Paulo. “A vidinha do escritor é tão lerda, a gente vende tão pouco, é uma choradeira, e um prêmio é sempre um tapinha nas costas”, disse.
 
A 55ª edição do Jabuti conta com 27 categorias – que vão da capa ao texto, da ficção à não ficção. O primeiro lugar ganha R$ 3,5 mil e a chance de concorrer a Livro do Ano de Ficção ou de Não Ficção, no valor de R$ 35 mil, a ser anunciado na cerimônia de premiação, em 13 de novembro.
 
Romance:
 
1º - O Mendigo que Sabia de Cor os Adágios de Erasmo de Rotterdam (Record), de Evandro Affonso Ferreira
2º - Glória (7Letras), de Victor Heringer
3º - Barba Ensopada de Sangue (Companhia das Letras), de Daniel Galera
 
Contos e crônicas:
 
1º - Páginas sem Glória (Companhia das Letras), de Sérgio Sant'Anna
2º - Diálogos Impossíveis (Objetiva), de Luis Fernando Verissimo
3º - Aquela Água Toda (Cosac Naify), de João Anzanello Carrascoza
 
Poesia:
 
1º - A Voz do Ventríloquo (Edith), de Ademir Assunção
2º - Raymundo Curupyra, o Caypora (Tordesilhas), de Glauco Mattoso
3º - Porventura (Record), de Antonio Cicero
 
Infantil:
 
1º - Ela Tem Olhos de Céu (Gaivota), de Socorro Accioli
2º - Visita à Baleia (Positivo), de Paulo Venturelli
3º - A Ilha do Crocodilo - Contos e Lendas do Timor Leste (FTD), de Geraldo Costa
 
Juvenil:
 
1º - Namíbia, Não! (Edufba), de Aldri Anunciação
2º - Os Anjos Contam Histórias (Melhoramentos), de Luiz Antonio Aguiar
3º - Ouro Dentro da Cabeça (Autêntica), de Maria Valeria Rezende
 
Biografia:
 
1º - Marighella (Companhia das Letras), de Mário Magalhães
2º - A Carne e o Sangue (Rocco), de Mary Del Priore
3º - Getúlio: Dos Anos de Formação à Conquista do Poder, 1882-1930 (Companhia das Letras), de Lira Neto
 
Reportagem:
 
1º - As Duas Guerras de Vlado Herzog (Civilização Brasileira), de Audálio Dantas
2º - Dias de Inferno na Síria (Benvirá), de Klester Cavalcanti
3º - Mãos que Fazem História (Verdes Mares), de Cristina Pioner e Germana Cabral
'Namíbia, Não!' encerra temporada em Salvador
Foto: Jamile Amin
O espetáculo 'Namíbia, Não!' encerra temporada em Salvador neste final de semana, no Teatro Sesc Casa do Comércio. As apresentações serão realizadas sábado (30) e domingo (31), às 21h e 20h, respectivamente. 
 
Com texto de Aldri Anunciação e direção de Lázaro Ramos, o espetáculo foi contemplado com os Prêmios Braskem de Teatro 2011, Myryam Muniz 2010 e Prêmio Portal R7 de Melhor Texto de Teatro. A peça acaba de completar dois anos e a produção se prepara para, em maio, realizar três apresentações na cidade de Porto, pelas comemorações do "Ano do Brasil em Portugal".
 
Serviço
O QUÊ: Espetáculo “Namíbia, Não!”
ONDE: Teatro Sesc Casa do Comércio (Av. Tancredo Neves)
QUANDO: Dias 30 (sábado) e 31 (domingo), às 21h e 20h, respectivamente
QUANTO: R$30 (inteira) E R$15 (meia-entrada)
'Namíbia, Não!' reestreia em Salvador para comemorar dois anos de montagem
Foto: Divulgação/ Leonel Heckes
Após turnê em São Paulo, a peça "Namíbia, Não!" retorna a Salvador para comemorar os dois anos de sua estreia. A montagem faz temporada entre os dias 23 de fevereiro e 31 de março, no Teatro Sesc Casa do Comércio, às 21h, nos sábados, e às 20h, nos domingos.
 
Os ingressos custam R$30 (inteira) e R$15 (meia). Nas apresentações em solo baiano, o ator Flávio Bauraqui será substituído por Sérgio Menezes, que já atuou nas novelas “Cheias de Charme”, “Amor e Intrigas”, remake de “Sinhá Moça”, entre outras produções.
A peça, dirigida por Lázaro Ramos, se passa no ano de 2016 e o governo brasileiro decreta que todos os cidadãos de melanina acentuada sejam deportados para um país da África. Com humor e inteligência, a partir do confinamento de dois primos em um apartamento por causa desta absurda Medida Provisória, o espetáculo provoca uma discussão sobre a situação do negro no Brasil. 
 
O espetáculo acumula alguns prêmios como Prêmio Braskem de Teatro 2011 e Myryan Muniz 2010, ambos na categoria Melhor Texto, autoria de Aldri Anunciação, recentemente recebeu o Prêmio Portal R7 de Melhor Texto de Teatro em 2012, escolha foi feita através de votação popular.
 
Serviço
O QUÊ: “Namíbia, Não!”
ONDE: Teatro Sesc Casa do Comércio (Caminho das Árvores)
QUANDO: De 23 de fevereiro a 31 de março; sábados , às 21h, e domingos, às 20h
QUANTO: R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Vendas: No local, a partir de 14 de fevereiro, das 13h às 20h
Classificação indicativa: 14 anos
Aldri Anunciação faz leitura dramática de texto que dá sequência a ‘Namíbia, Não!’
O dramaturgo e ator Aldri Anunciação realiza, nesta terça-feira (13), a leitura dramática do texto “O Sistema Único”, segunda parte da trilogia do confinamento, iniciada com a obra “Namíbia, Não!”. Na ficção, ambientada em uma sociedade futurista, onde bibliotecas foram proibidas e já não existem países ou guerras, uma menina e sua família discutem valores e comportamentos, a partir de um questionamento sobre o período em que existia escravidão entre os homens.
 
“O Sistema Único” será a próxima peça teatral de Aldri Anunciação e reafirmará a parceria com Lázaro Ramos, como diretor. 

Serviço
O QUÊ: Leitura dramática de O Sistema Único - novo texto de Aldri Anunciação
QUANDO: Terça-feira, 13 de novembro, às 19h
ONDE: Teatro Vila Velha (Passeio Público, s/n, Campo Grande)
QUANTO: Entrada franca
Espetáculo 'Namíbia, Não!' é apresentado em julho no TCA
A peça “Namíbia, Não!” será apresentada na Sala Principal do Teatro Castro Alves (TCA), dias 27 e 28 de julho, às 21h. Essa será a primeira apresentação do espetáculo após ganhar o Prêmio Braskem de Teatro 2011, na categoria Melhor Texto. Com texto de Aldri Anunciação e direção do ator Lázaro Ramos, o espetáculo já foi visto por mais de 20 mil espectadores no estado. Ao final dos dois dias de espetáculo, o público será consultado, através de um formulário, e poderá dar novas ideias ao roteiro. “Namíbia, Não” se transformará em filme e será a primeira direção de Lázaro Ramos. O novo roteiro está sendo desenvolvido em conjunto por Aldri Anuncição (autor da peça) e pelos diretores Sérgio Machado (“Quincas Berro D’Água”, “Cidade Baixa”) e João Rodrigo Mattos (“Trampolim do Forte”).
 
Serviço
O QUÊ: Espetáculo “Namíbia, Não!”
QUANDO: 27 e 28 de julho, às 21h.
ONDE: Sala Principal do Teatro Castro Alves 
QUANTO: Filas A a P - R$ 40 (inteira); R$ 20 (meia) /  Filas Q a Z - R$ 30 (inteira); R$ 15 (meia) / Filas Z1 a Z11 - R$ 20 (inteira); R$ 10 (meia)
Vendas: ingressos à venda na bilheteria do TCA e nos SACs dos shoppings Barra e Iguatemi
Classificação indicativa: 14 anos
‘Namíbia, Não!’ com ingressos a R$ 1 no TCA
"Namíbia, Não!", espetáculo teatral escrito por Aldri Anunciação e dirigido por Lázaro Ramos, será apresentado neste domingo (4) no projeto “Domingo no TCA”, com ingressos a R$ 1 (inteira) e R$ 0,50 (meia). O espetáculo começa às 11h e os ingressos começam a ser vendidos a partir das 9h. "Namíbia, não!", indicado ao Prêmios Braskem 2011 em três categorias (Melhor Texto, Melhor Direção e Melhor Espetáculo), trata da segregação racial no Brasil com uma pitada de futurismo. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Wilson Witzel

Wilson Witzel
Foto: Marcos Correa/Presidência da República

"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência". 


Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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