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Artigos

Daniel Sampaio
Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos
Foto: Divulgação

Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos

Ao desempenhar papel decisivo no desenvolvimento e no funcionamento das cidades de maneira sustentável, o setor imobiliário e de construção civil chama a atenção para a discussão entre a verticalização e a horizontalização dos espaços urbanos e a necessidade de uma reflexão sobre o assunto.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

arte

Artistas baianos são destaque em principal evento de arte da América Latina
Foto: Divulgação

A Acervo Galeria de Arte, de Salvador, mais uma vez marca presença na SP-Arte 2024, o principal evento de arte da América Latina, que ocorrerá de 3 a 7 de abril no Pavilhão da Bienal, em São Paulo. Completando duas décadas de existência, a SP-Arte tem sido um catalisador crucial para a profissionalização, expansão e promoção do mercado artístico nacional.

 

Na edição deste ano, os galeristas Ricardo Portela e Denny Venegeroles estarão exibindo uma seleção do portfólio da Acervo, com foco especial em obras de artistas baianos, como Almandrade, Aurelino dos Santos, Dedé Lins e Juraci Dórea.

 

Além desses talentos locais, a galeria também apresentará obras de destaque do artista pernambucano Montez Magno.

 

 

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Publicitário dá toque de baianidade a obras com argila e cria fitinhas do Bonfim em cerâmica
Fotos: Divulgação

As fitinhas do Bonfim, símbolos icônicos de fé e proteção na cultura baiana, ganham uma nova forma nas mãos do publicitário e artista plástico Bruno Pamponet. Inspirado pela essência marcante do mar e sua profunda conexão com a baianidade, Bruno incorpora esses elementos simbólicos em cada peça que cria.

 

 

Em conversa com o BN Hall, o artista compartilhou sua trajetória que mescla a publicidade com a expressão artística. “Fiz design gráfico e trabalhei com criação de marcas. Porém, em paralelo, sempre estive envolvido com algumas coisas artísticas. Na época, estampava tecidos e fazia aplicações manuais. Estou sempre criando algo. A cerâmica, na verdade, foi algo que despertou minha curiosidade no ano passado. É algo recente para mim. Comprei algumas argilas, comecei a modelar, gostei e passei a produzir de verdade. Me identifiquei muito e tenho uma enorme facilidade”, compartilhou.

 

 

Para Bruno, o processo de modelagem com argila é terapêutico, representando também um desafio particular por ser uma pessoa neurodivergente. “Tem que ter paciência e saber o tempo certo. Logo eu que tenho TDAH nível 9 e autismo nível 1. Tem hora que para me concentrar ou fazer algo é realmente necessário focar ali e fazer um trabalho programado. [...] Não sei bem explicar, mas acho que o TDAH dá essa coisa de realmente ter um turbilhão de pensamentos e sempre consigo tirar boas ideias”, explicou.

 

O artista, orgulhosamente baiano, expressa sua essência na arte, influenciado pela cultura e pela natureza da Bahia. Com um forte vínculo com o mar, Bruno revelou estar preparando uma edição limitada de fitinhas para Iemanjá.

 

“Sou baiano raiz. Morei 10 anos no Rio, acumulei experiências de lá, mas ter saído daqui me fez ser mais baiano e ter mais orgulho do meu estado. Eu adoro. Sempre haverá algo de baianidade na minha arte, é a minha essência. Sou apaixonado pelo mar, algo que me acalma. Falo do mar com toda a sua abundância de peixes e água, incluindo a relação com a nossa baianidade, como o Rio Vermelho e a Casa de Iemanjá”, afirmou.

 

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MP move ação para preservação das obras doadas de Frans Kracjberg
Foto: Leonardo Aversa

O Ministério Público estadual (MP-BA) ajuizou, nesta segunda-feira(04), uma ação civil pública contra o Estado da Bahia para garantir o cumprimento dos encargos previstos na escritura pública de doação do patrimônio do artista Frans Kracjberg. Em 2009,  o artista, que vivia no município de Nova Viçosa, doou todos os seus bens ao Estado. 

 

De acordo com o promotor de Justiça Fábio Fernandes Corrêa, desde o momento da doação, após a sua morte em 2017, "poucas ações efetivas foram tomadas pelo Estado para a preservação desses bens". Entre os bens sob a responsabilidade do Estado estão seus bens móveis, imóveis e todo o acervo composto por escrituras e obras de arte, em caráter irrevogável e irretratável, com cláusula de usufruto em seu próprio benefício. No entanto, o promotor aponta que apurações do MP indicam a falta de conservação das obras do artista e o risco de perecimento delas. 

 

A ação do promotor delimita que no prazo de três meses, o Estado apresente um plano de gestão para conservação do Sítio Vergara e do Sítio Natura, que deve ser propagado enquanto bem cultural e ter efetivado o Museu Artístico e Ecológico, com indicação do cronograma da execução das atividades, inclusive com o retorno das obras do artista. Além disso, que indique as ações que serão realizadas na casa de Frans Kracjberg, que foi demolida pelo Município de Nova Viçosa, com a sua eventual restauração.

 

O promotor de Justiça registrou ainda que todas as obras do artista do Sítio Natura, em Nova Viçosa, atualmente estão armazenadas no Museu Wanderley Pinho-Caboto, em Candeias. "No entanto, não há notícia sobre o término da catalogação e das ações de restauro necessárias às obras danificadas”, afirma. Ele destaca que "Frans Kracjberg é um artista de referência internacional e sempre quis que o Estado da Bahia preservasse e divulgasse as suas obras, que são um protesto contra a destruição da natureza. Infelizmente, o Estado está sendo omisso quanto às suas obrigações com consequências irreversíveis a esse patrimônio cultural."

 

O MP solicitou ainda que, quando julgada a ação, além de determinar a execução de plano de gestão, obrigue o Estado a realizar a higienização, embalagem e catalogação do acervo; fiscalização em relação a supostas falsificações de autenticações e obras do artista; apresentação de atividades da Fundação Museu Frans Kracjberg, criado por lei estadual, e um plano de comunicação à população de Nova Viçosa no tocante às ações envolvendo as suas obras e ao Museu; dentre outras medidas.

Artista baiana Ana Laura Lacerda expõe obras com conchas e búzios como matérias-primas
Foto: Divulgação


A artista baiana Ana Laura Lacerda irá expor suas obras no Salão Náutico Salvador – Grand Pavois, entre os dias 14 e 19 de novembro, na Bahia Marina. No evento, ela promoverá a mostra que transforma a beleza das conchas e búzios do mar em obras de arte tridimensionais. 

 

“O mar é minha grande paixão. Antes de namorar, eu já amava o mar”, confessa a artista.

 

Hoje, Ana Laura Lacerda tem 62 anos. A mesma paixão pelo mar. “Acabei dando uma pausa por conta das demandas de trabalho, filhos e netos. Estou feliz por voltar a me dedicar a minha arte”, celebra. A matéria-prima prioritária vem da Baía de Todos os Santos. Em algumas criações artísticas, Ana Laura usa também conchas de outros países, vindas da África, Indonésia, Filipinas e Japão. 

 

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Artista visual Raiana Britto celebra a cultura e a fé da Bahia em suas obras
Foto: Reprodução / Instagram

A Bahia é conhecida mundialmente por suas festas populares vibrantes, suas tradições culturais ricas e sua espiritualidade única. Neste cenário, a designer e artista visual baiana Raiana Britto busca apresentar a essência e a beleza destas celebrações por meio do seu trabalho. Natural de Salvador e criada em Feira de Santana, iniciou sua carreira profissional em 2017 e começou a ganhar notoriedade quando ingressou no mundo digital em 2020.

 

 

Em entrevista ao BN Hall, Raiana contou que o foco do seu trabalho está nas ilustrações e colagens, mas ela também desempenha serviços de criação de peças gráficas, incluindo logotipos, cards, capas de música e livros, entre outros. Além disso, a artista se destaca como designer de estampas, incorporando em suas criações elementos que representam também o protagonismo negro.

 

Recentemente, Raiana produziu peças para a nova campanha da TV Aratu, afiliada do SBT na Bahia. Intitulada “Festas Populares”, a ação busca promover a cultura do estado e se aproximar do público local. Em sua programação, a emissora fará a cobertura dos principais festejos que movimentam as cidades: Santa Bárbara, Conceição da Praia, Bom Jesus dos Navegantes, Lavagem do Bonfim e Festa de Iemanjá.

 

 

De acordo com o gerente de conteúdo do Grupo Aratu, Glauber Mateus, as festas populares são manifestações que mostram a diversidade e o respeito que caracterizam o povo baiano. “A Aratu cobre – e participa – mostrando para todo o Brasil a importância dessas celebrações. São também um grande exemplo do quanto a Bahia é rica culturalmente. Então por que não utilizar a arte para construir a identidade de nossa campanha? Escolhemos Raiana Brito pela força do trabalho dela, focando a emoção e devoção das pessoas nas celebrações”, afirmou Mateus ao BN.

 

Raiana explica que a proposta era fazer artes que remetessem às festas populares, mas que não envolvessem as figuras religiosas, então ela decidiu focar mais nos rituais, nas pessoas, na fé que as motiva nesses dias especiais.

 

 

“Uma mãe de santo benzendo uma pessoa, uma mulher com sua oferenda na mão, outra mulher trajada de baiana com uma mesa de acarajé nos braços, que é uma comida característica sagrada de Santa Bárbara/Iansã... minuciosamente destaquei a multidão, os cenários onde geralmente são realizadas essas celebrações, como as igrejas, o Rio Vermelho... detalhes como as fitas do Bonfim e também abusei de tons fortes que condizem com a força de cada santo/orixá celebrado. As artes foram feitas digitalmente em cerca de uma semana. Somei meu conhecimento com várias referências e pesquisas feitas sobre os aspectos de cada festividade para poder representá-las e compreendê-las corretamente”, completou a artista.

 

 


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Artistas se reúnem durante festival BTC e realizam pintura em painéis coletivos 
Fotos: Reprodução/Instagram/@carolgarciafoto

A 6ª edição do Festival Bahia de Todas as Cores (BTC) vai acontecer em Salvador, reunindo artistas que farão pinturas em grandes painéis coletivos nas imediações do Museu de Arte Moderna e Comércio. 

 

Além disso, haverá uma mesa de abertura com o tema “Viva a Arte Consciente”, com grafiteiros e grafiteiras engajados com a temática ambiental. O BTC contará com mutirão de graffiti e pintura oficial para os artistas selecionados pela curadoria do evento, promovendo o intercâmbio entre artistas e a comunidade local.

 

O Festival é uma realização do Coletivo Vai e Faz e da Prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos e conta com apoio financeiro da fabricante de sprays Baston.
 

 

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Elano Passos apresenta obras em jantar promovido pela Alelo
Foto: Divulgação

O artista plástico Elano Passo participou, na noite de quarta-feira (24), do programa Juntos Além da Mesa, onde ele expôs 10 obras suas, em tela.

 

No evento, promovido pela Alelo, além das 10 telas expostas, ele também fez uma tela ao vivo que, no final, foi presenteada a um dos participantes do jantar.

 

 

"Arte e gastronomia são uma ótima combinação e poder apresentar meu trabalho ao vivo é um grande desafio. Na tela ao vivo, me inspirei no próprio evento e quis retratar a experiência do encontro", conta o artista.

 

 

O encontro reuniu alguns dos principais clientes da empresa de cartão multibenefícios e foi assinado pelo chef Raul Lemos, ex-participante do Masterchef.

Do RH para o universo artístico, Renata Blanco fala sobre transição profissional
Fotos: Divulgação

Com formação em administração e MBA em gestão comercial, Renata Blanco decidiu abandonar a carreira na área para ingressar no universo artístico, criando e pintando peças de porcelana. Desde então, a administradora, e agora artista, vem ganhando o apreço dos clientes e dos brasileiros, com as obras que fazem parte do cenário da novela “Além da Ilusão”, exibida pela TV Globo, que estreou em fevereiro deste ano e se encerra nesta sexta-feira (19).

 

 

Tudo começou durante o período de isolamento social, quando ela se viu insatisfeita com o trabalho que desempenhava. “Sempre trabalhei na área de RH, mas meu último emprego, antes das porcelanas (...), gerou um conflito muito grande para mim (...). Eu sempre defendi as pessoas e eu passei a defender as empresas. Eu não estava 100% satisfeita com isso, apesar de ser um bom emprego, de ter um salário bom”, explicou Renata durante uma conversa com o BN Hall.

 

Com a chegada da pandemia, a artista buscou refúgio na casa do pai, na Ilha, e foi no local que surgiu um novo olhar para a arte. Ela viu nas peças de uma antiga cristaleira, a oportunidade de aprender algo novo. “Durante a pandemia eu fiquei olhando essas peças [da cristaleira], os detalhes… Eu fiquei ‘poxa isso aqui tem cara de ter pelo menos 100 anos. Umas coisas antigas, como é que dura tanto?’, e bonitas, com um douradinho, que na época eu não sabia, mas é ouro de verdade. Eu olhava aquele douradinho ‘nossa que coisa bonita’ e aquela pintura perfeita... Como que alguém conseguiu fazer isso e há tantos anos?”, se perguntou.

 

A partir da dúvida e da curiosidade em saber mais, Renata deu início a busca por respostas. Após tantas pesquisas, a artista se deparou com um anúncio na internet de um curso online de pintura em porcelana, o qual cursou e a fez dar início a produção. Na entrevista, ela contou que no início publicava as peças que fazia apenas em sua conta no Instagram, que era privada, “Para minha surpresa eu comecei a receber encomendas, a primeira [foi] dos meus amigos”, destacou. Depois das primeiras vendas, a artista decidiu tornar a conta pública no Instagram. 

 

 

Percebendo o retorno que estava tendo com as porcelanas, Renata optou por deixar o emprego e investir na carreira de artista, que deu muito certo. Ela foi convidada por Lucy Bonfim, que comanda a MS Home e a Kachepot, em Salvador, para produzir peças para compor o cenário da novela “Além da Ilusão”, da Globo. 

 

“Eu entrei num grupo de empresárias aqui de Salvador (...), e nesse grupo tem uma pessoa que também participa que é a Lucy Bonfim (...), ela entrou em contato comigo falou que já tinha algum tempo acompanhando meu trabalho e que ela gostaria de fazer um convite, que era levarem as peças para uma novela de época. (...) A primeira arte já foi aprovada de cara, por ela e pela diretora de arte da novela ”, descreveu.

 

 

Inspirada pela natureza, no início da carreira Renata ainda revelou duvidou que conseguiria se manter com novo trabalho. “Eu nunca achei que eu pudesse viver de arte. Eu sempre achei que era um hobby. Meu pai sempre me incentivou (...). Eu gostava, mas eu tinha aquilo ali reprimido dentro de mim, porque eu achava que eu não ia ganhar dinheiro com isso”, admitiu. 

 

 

Atualmente, além de produzir as peças, há cerca de seis meses Renata também ministra um curso em seu ateliê, próximo ao Farol da Barra. “O aluno não precisa saber desenhar, não precisa ter o dom da pintura, não precisa ter nada disso e vai sair daqui pintando porcelanas”. Para encomendar ou saber mais sobre o curso, entre em contato através do Instagram @atelierenatablanco
 

Elano Passos é homenageado com releituras feitas por alunos de Salvador
Foto: Reprodução / Instagram

O artista plástico baiano Elano Passos foi tema de uma aula do Ensino Fundamental no Colégio Marista Patamares, em Salvador. Os estudantes desenvolveram um projeto sobre artistas baianos, onde puderam se expressar através de releituras de obras de alguns nomes, como Elano, que visitou a escola na terça-feira (16), para prestigiar a exposição das artes e conversar com os alunos sobre seu trabalho e curiosidades.

 

 

Procurado pelo BN Hall, Elano contou como foi apreciar e levar conhecimento artístico para os estudantes. “Ser acolhido pelos alunos do Marista naquele momento foi surpresa e emoção muito grande. A experiência em saber que eles escolheram e estudaram um pouco mais da nossa cultura e se tornaram multiplicadores da arte na própria casa, mostrou a importância da valorização de encontros e atividades como esta apoiada e incentivada pela família e professores”, declarou o artista.

 


 

Galeria baiana realiza exposição individual no SP-Arte 2022
Fotos: Divulgação

A Acervo Galeria de Arte, localizada no Caminho das Árvores, vai participar da próxima edição da SP-Arte - Rotas Brasileiras, que acontece de 24 a 28 de agosto na ARCA, em São Paulo. Liderada por Ricardo Portela e Denny Venegeroles, a galeria levará ao evento uma exposição individual do artista plástico baiano Igor Rodrigues.

 

 

A série "Me Olhe Nos Olhos", traz diversos questionamentos do artista sobre sua negritude. "O que me torna negro? É possível medir minha negritude? Estas perguntas sempre voltam quando algo sobre o meu trabalho parece estar 'errado', como os traços dos meus personagens, as temáticas que eu escolho, algumas referências... Tudo que parecia não se encaixar na produção que se espera de um artista preto", explica Igor.

 

A exposição conta com texto e curadoria de Justino Marinho e marca a segunda vez do Acervo Galeria de Arte em São Paulo neste ano. Em março, com curadoria de Denise Mattar, a galeria apresentou o projeto “Geometria Sensível” no Salão Internacional de Arte ARTSAMPA.
 

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Exposição 'Humanidade - Óleo sobre Tela' é apresentada no Vitória Boulevard
Foto: Júlia Dultra Comarella

O Vitória Boulevard, localizado no Corredor da Vitória, em Salvador, receberá a exposição "Humanidade - Óleo sobre Tela", de Júlia Dultra Comarella, a partir de terça-feira (3), com visitação gratuita. Dentre as obras que estarão expostas, durante todo o mês, estão o “Estudo de Caipira Picando Fumo” e o “Baba no Humaitá”.

 

"Para viver crises, nos conectamos com nossas raízes. Família (cujos membros, às vezes, tem quatro patas), amigos, artistas que admiramos. Recorremos aqueles que mais profundamente nos tocam para tirar dali nossa fonte de alegria e força para seguir em frente. Escrevemos nossas histórias todos os dias, desde o dia do nosso nascimento até o último dia de nossas vidas. E é sobre essas histórias, que cada um de nós carregamos dentro de si, que trago com essa exposição", antecipa a artista.

 

Segundo Comarella, seu trabalho evidencia "a conexão com os nossos sentimentos mais puros, nossos olhares mais profundos, porque é isso que constitui nossa humanidade". Natural de Vitória, no Espírito Santo, ela começou seu trabalho com a aquarela em 2016 e, no ano seguinte, se mudou para Salvador, onde intensificou sua experiência com a pintura. 

 

Segundo a artista, a pandemia da Covid-19 mudou sua percepção sobre o tempo de vida, fazendo com que ela mudasse de cenário e passasse a cursar artes visuais pela Uninter e pintura a óleo na Academia de Artes da Bahia.

 

"Desde então, tenho observado como a arte influencia meu trabalho como médica e como a medicina influencia meu trabalho como artista. Me inspiro muito nas pessoas que atendo e sinto que minha percepção artística está sempre conectada aos detalhes das expressões dos meus pacientes, suas histórias e olhares. Desde que me entreguei às artes, me sinto muito mais conectada às pessoas com as quais convivo, com meus pacientes e com minha própria humanidade", pontua.

 

A exposição está disponível do dia 3 a 31 de maio, no piso L1 do Vitória Boulevard.

 

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Artista baiano é convidado para bienal de Portugal
Foto: Reprodução/Instagram

O artista plástico baiano Alberty Oliveira foi convidado para participar da 1ª Bienal Internacional Heclectik-Art Glass, que ocorrerá na cidade de Braga, em Portugal. 

 

O evento acontecerá no dia 7 de maio, no Museu D. Diogo de Souza e tem como tema a comemoração do Ano Internacional do Vidro, eleito pela ONU. 

 

"Esperamos todos para prestigiar esse marco importante do Vidro nas artes, na sociedade e no planeta. Agradecemos o Governo Português por apoiar a nossa iniciativa e toda a coordenação do evento", declarou Alberty nas redes sociais, ao anunciar sua participação na bienal internacional.

 

"Não tenho nem palavras para descrever o quão grato e feliz estou com essa conquista mais que especial. Deixo aqui o meu agradecimento a Heclectik-Art Glass, a curadora Heloiza Azevedo e toda coordenação", disse em outra publicação.

 

Essa será a primeira exposição internacional de arte presencial do baiano.

 

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Barroco Sertanejo: Caixa Cultural Salvador expõe obras de Stênio Borges por dois meses
Foto: Divulgação

A Caixa Cultural Salvador vai inaugurar na próxima segunda-feira (18), a exposição Barroco Sertanejo, uma mostra individual do artista cearense Stênio Borges, com curadoria de Denise Mattar. A mostra acontece a partir das 19h e deverá passar também por Recife e Fortaleza. A Caixa Cultural São Paulo também já aproveitou a exposição.

 

Apesar de apresentar majoritariamente obras realizadas entre 2020 e 2021, a exposição também rebusca artes de 2003 a 2019, elaboradas através de uma pintura-desenho delineada em traços rápidos e vigorosos, construídos com espessa materialidade. São riscos e rabiscos saídos do tubo de tinta, que se projetam sobre o fundo criando uma espécie de baixo-relevo, dando à paisagem dinamismo e leveza.

 

Entre as vertentes de sua produção estão os rabiscos feitos de tinta, que criam uma espécie de baixo-relevo, dando uma paisagem dinâmica, mas leve. Além disso, há uma pesquisa sobre a linguagem da cor, com um conjunto de pinturas ou grandes painéis de tecido.

 

Também se faz presente nas obras a forte influência da Holanda, país onde Stênio morou entre 2004 e 2019. Além disso, o artista teve o desafio de pintar buquês de flores da estação, um a cada semana, mês a mês. A pesquisa se transformou numa constante de sua produção e, aos buquês, acrescenta com frequência os símbolos de fé da nossa gente: imagens devocionais e santos protetores, Jesus e Maria, São Jorge e Iemanjá, deuses ibéricos e africanos.

 

A exposição se encerra com as Cartas do Confinamento, produzidas em 2020, quando Stênio se isolou na sua casa, na praia de Amontada. Um forte momento de reflexão sobre a solidão e a finitude humanas, que podem ser vistas nas séries: A Invenção da Solidão e Ensaio sobre a Cegueira, e também no painel Odisseia, uma grande pintura in progress, que se renova continuamente.

 

O título da mostra de Borges surgiu de uma conversa entre o artista e Mattar. Segundo ela, "seu trabalho reúne o risco duro e a exuberância cromática, a economia do traço e a profusão da tinta, a contenção e o excesso".

 

O Barroco Sertanejo poderá ser apreciado até o dia 19 de junho, na Caixa Cultural Salvador, localizada na Rua Carlos Gomes. O local fica aberto ao público de terça-feira a domingo, das 9h às 18h. Para mais informações, basta entrar em contato com o número (71) 3421-4200.

 

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Adrianne Gallinari realiza primeira exposição individual em Salvador
Foto: Paulo Freitas

A mineira Adrianne Gallinari vai expor a sua arte individualmente pela primeira vez na Roberto Alban Galeria, localizada em Ondina, em Salvador, do dia 24 de março a 30 de abril.

 

A artista, que é formada pela Escola Guignard, vive e trabalha entre Belo Horizonte, onde nasceu, além de Salvador e São Paulo. Na mostra, ela apresentará 28 pinturas de diferentes formatos e um desenho em grande escala, que foi feito em 2018 e exibido em São Paulo, na Casa de Cultura do Parque.

 

Gallinari integra importantes coleções institucionais como a do Itaú Cultural (São Paulo), Coleção Madeira Corporate Service (Portugal), Museu de Arte da Pampulha (Minas Gerais) e Banco de Espanha (Espanha).

Exposição de cartunistas brasileiros e estrangeiros faz homenagem a artistas baianos 
Foto: Divulgação

Começou no último domingo a segunda edição do Axé Comics, uma mostra de humor, com cartunistas do Brasil, Argentina e Colômbia, que homenagearam artistas do Carnaval de Salvador.

 

Em formato online, a exposição pode ser vista através do Instagram @axe.comics e o conteúdo estará completo para o público até o dia 1º de março.

 

Os interessados não podem apenas apreciar as artes, mas também comprar o catálogo contendo as caricaturas e um breve texto sobre os cartunistas e os artistas apresentados, além de camisetas, ecobags e canecas com as imagens pelo site www.lacoafro.com.br. 

 

Parte do lucro das vendas das obras servirá para custear a produção e financiar o trabalho dos cartunistas e boa parte será destinada à Instituição Assistencial Beneficente Conceição Macedo (IBCM), que atua com a prevenção e tratamento, assistência e defesa dos direitos de pessoas vivendo com HIV/AIDS. 

 

A mostra é organizada pelo estúdio Laço Afro, do cartunista baiano Wilton Bernardo, que se une a outros nomes nacionais e internacionais na homenagem.

 

"Não haverá carnaval no formato que conhecemos, onde os artistas, em trios e palcos, fazem a alegria desta festa gigantesca. A ideia surgiu a partir da vontade de dizer a esses artistas que sentimos a falta deles, que o trabalho deles importa e nós reconhecemos e valorizamos. Acredito na cultura popular. Acho fundamental reconhecermos e valorizarmos nossa cultura", explica Wilton.

 

Confira algumas fotos das artes:

 

 

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Bohemia convida artistas baianos para fazer quadros em homenagem a Iemanjá
Foto: Reprodução/Instagram

Até mesmo a cervejaria Bohemia se rendeu ao Dia de Iemanjá e decidiu fazer uma homenagem à Rainha do Mar. 

 

Para celebrar o 02 de fevereiro, a empresa convidou seis artistas plásticos baianos. A ideia é que eles façam quadros que representem, sob suas óticas, a cultura e o festejo de Iemanjá, retratando a imagem dela.

 

Os escolhidos foram Ananda Santana, Suzane Lopes, Eder Muniz, Andressa Moniqui, Ani Ganzala e Tárcio V. Todas as obras foram expostas nas redes sociais.

 

Confira:

 

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Elano lança coletânea de artes em homenagem ao mar
Foto: Divulgação

O artista plástico Elano Passos está apresentando uma nova coletânea de artes com o tema "Do Mar". 

 

As 10 telas mostradas para o público foram criadas em 2022 e trazem diferentes tamanhos e personagens, como a Rainha do Mar, pescadores, barcos e tudo o que remete à atmosfera praiana. 

 

Segundo Passos, viver próximo à praia do Rio Vermelho lhe traz a criatividade para fazer as artes. "O fato de estar todos os dias de frente para o mar do Rio Vermelho no meu ateliê, respirar aquele ar e me inspirar com a vista, me despertou criar obras com esse tema que envolve, não apenas o dia-a-dia da região como também a tradicional festa de Iemanjá", conta.

 

A casa cultural Colaboraê é a nova residência artística e ateliê do artista plástico Elano Passos. No espaço, localizado no Rio Vermelho, o artista vai criar peças e também receber clientes para mostrar suas obras. “Estar em um ambiente que tem a arte pulsando em todas as suas áreas está sendo importante e mais um estímulo. Além de poder receber, seguindo todos os protocolos, as pessoas para mostrar a produção”, disse Elano. 

 

O ateliê de Elano Passos fica localizado no Colaboraê, espaço localizado no Rio Vermelho que, além de artes plásticas, também abriga gastronomia e música.

 

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A pedido de Caetano, Gisele doa cestas básicas para trabalhadores do setor artístico
Foto: Divulgação

Atendendo a Caetano Veloso, que pediu aos amigos que os presentes por seu aniversário de 79 anos fossem convertidos em doações, Gisele Bündchen deu uma ajuda a vários trabalhadores da cultura.

 

De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, por intermédio da Associação Procure Saber, ela doou cestas básicas suficientes para alimentar 150 famílias por três meses.

 

Segundo a publicação, a iniciativa contemplou músicos, técnicos, compositores e outros profissionais do setor artístico que ficaram sem poder trabalhar e, consequentemente, sem remuneração, por causa da pandemia.

 

Ainda de acordo com a coluna, a Procure Saber, que é coordenada pela mulher de Caetano, Paula Lavigne,  já distribuiu mais de 60 toneladas de alimentos durante a crise sanitária.

Frias comemora retirada da Lei Paulo Gustavo de pauta no Senado: 'Lei oportunista'
Foto: Reprodução / Instagram

O titular da Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias, comemorou a retirada da discussão sobre a Lei Paulo Gustavo ser retirada da pauta de uma sessão deliberativa do Senado, nesta terça-feira (14). “Quero agradecer o senador Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, por ter retirado de pauta o Projeto de Lei Paulo Gustavo. Este projeto é completamente absurdo!”, escreveu o secretário nas redes sociais.

 

De autoria da bancada do PT no Senado, o Projeto de Lei Complementar 73/2021, que está em tramitação na casa, prevê apoio emergencial ao setor cultural brasileiro diante dos impactos da pandemia, por meio de R$ 4,3 bilhões de investimento federal, até o final de 2022. 

 

Além da fala nas redes sociais, em entrevista à Jovem Pan, Frias fez mais críticas à lei que visa ajudar os agentes de cultura, área que ficou praticamente paralisada durante toda a pandemia. 

 

"Desde que se especulou essa possibilidade, eu nunca neguei que sou contra. Apanhei bastante por isso, mas continuo contra. Uma coisa é a gente ter votado a favor, ter apoiado a Lei Aldir Blanc no ano de 2020. Foi um ano acho que todos aqui vamos concordar que foi um ano atípico, principalmente para o setor de eventos, da cultura, aonde o Ministério da Economia criou um orçamento de guerra, a nossa EA 106”, disse o secretário, afirmando que a nova proposta “é completamente” da política aplicada anteriormente.

 

Mario Frias classificou a Lei Paulo Gustavo de “lei oportunista” por limitar o poder da União e de sua pasta na destinação dos recursos. Lembrando "que o único papel do governo federal na Lei Aldir Blanc foi distribuir esse recurso”, ele afirmou que "é fácil investir com dinheiro dos outros". "Então, no momento em que você cria uma lei como essa, o governo federal e a Secretaria de Cultura vão se transformar num caixa eletrônico compulsório. A gente vai pegar R$ 4,3 bilhões por ano e entregar na mão de governadores. Não me parece, em momento algum, que isso atenda à necessidade da população, justamente por não haver nenhum estudo, nenhum dado concreto pra investimento desses recursos", declarou o secretário, que tem sido acusado pela classe artística de promover um apagão da cultura no país.

 

SAIBA MAIS SOBRE A LEI PAULO GUSTAVO
O Projeto de Lei Complementar 73/2021 tem como base três objetivos: salvar recursos do superávit financeiro do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) para aplicação na cultura e não para amortização da dívida pública da União; destravar os recursos do FNC e do FSA no orçamento de 2021; e vedar futuros contingenciamentos e outras formas de limitações do empenho de ambos os fundos. 

 

Baseada no modelo da Lei Aldir Blanc (Lei 14.017/2020) e seguindo todas as regras orçamentárias, a Lei Paulo Gustavo prevê que a União transfira recursos oriundos de fundos de apoio e da contrapartida de estados e municípios, aos estados, Distrito Federal e municípios, com distribuição descentralizada e autônoma entre cada linguagem artística. Este formato estabelece uma execução colaborativa e capilarizada, garantindo a participação efetiva da sociedade e dando ênfase ao Sistema Nacional de Cultura (SNC).


 
O PL também prevê a adoção de políticas que estimulem a participação e o protagonismo de mulheres, população negra, povos indígenas, comunidades tradicionais e quilombolas, LBTQIA+, pessoas com deficiência e outras minorias, por meio de cotas, critérios diferenciados de pontuação e outros meios de inclusão.

Obras de Eliana Kertész são expostas em versão virtual da mostra 'Fartura e Abundância'
Mostra pode ser acessada em imersão de 360° | Foto: Reprodução

Com obras da artista plástica Eliana Kertész, a exposição “Fartura e Abundância” ganhou uma versão virtual que pode ser acessada através da experiência de imersão em 360°. Aberta nesta quinta-feira (2), a mostra fica em cartaz na internet (http://elianakertesz.com.br/ek360/) por tempo indeterminado. 

 

A exposição tem como destaque a marca registrada da artista, as  “gordinhas”, cujas esculturas podem ser conferidas em várias formas e tamanhos. A mostra conta ainda com vídeos e depoimentos de pessoas que conviveram com Eliana, que faleceu em 2017.  

 

As obras agora disponíveis em plataforma digital estavam expostas no Palacete das Artes, no bairro da Graça, em Salvador, desde dezembro de 2019. A exposição presencial, entretanto, teve que ser interrompida em razão das medidas restritivas implementadas para conter a Covid-19. 

 

“A exposição foi interrompida antes do previsto pela pandemia, encontramos esse formato de eternizar e manter a mostra aberta virtualmente”, explica Chico Kertész, filho da artista, sobre a decisão de criar o formato virtual da exposição. 

 

Curador da mostra, Gringo Cardia ressaltou que o trabalho da baiana reforça um discurso de liberdade. “O parâmetro principal da vida dela era a liberdade. Vivemos no momento que temos que ter liberdade e ela era uma pessoa sem culpa, dizia que não era certinha, que não era boba, que adorava o imperfeito. Quando você quer a perfeição, você vira um robô. É uma exposição sobre o amor, sobre a vida”, afirmou em entrevista à Rádio Metropole, à época do lançamento da exposição presencial. 

Para quebrar estigmas, série baiana discute violência, drogas e saúde da população de rua 
Foto: Divulgação

A carreira artística do baiano Bruno Masi ficou muito marcada pela trajetória nos vocais da Superfly, nos anos 2000, mas o audiovisual sempre foi sua praia, antes mesmo da banda. Agora, imerso na linguagem do cinema e no desejo de discutir questões sociais por trás da violência nas ruas, ele lançou a série “Ninguéns”, que estreou nesta semana e segue no ar às segundas-feiras, sempre às 20h30, na TVE Bahia.

 

“Na verdade, o audiovisual vem antes da música na minha vida. Eu estava me formando em Direito em 1995, 1996, mais ou menos, mas já era apaixonado por cinema. Eu ia para o Canadá para estudar lá, estava numa viagem de sair um pouco de Salvador. Fui para lá, estudei cinema, princípios do cinema, fotografia, toda parte técnica, de iluminação de cena, movimento de câmera, que ainda não era digital”, conta Masi, lembrando que na volta ao Brasil a ideia era trabalhar na área, porém, foi “pego no meio do caminho pela música”.

 


Bruno Masi entre duas paixões, o cinema e a música | Foto: Thais Laila | Divulgação

 

No novo projeto, mergulhando nas origens e com a assessoria científica do psiquiatra e professor da Faculdade de Medicina da Ufba, Antônio Nery Filho, ele narra, em cinco episódios de 26 minutos, a rotina de pessoas em situação de rua na capital baiana, levantando discussões sobre temas como preconceito, violência e, sobretudo, o vício das drogas.

 

Bruno Masi explica que apesar da série ter sido finalizada agora, ela já vinha sendo desenvolvida há cerca de dois anos e meio, em parceria com a produtora executiva Thais Laila, que também assina o roteiro junto com ele. “A gente estava já profundo nele, porque já tinha feito várias entrevistas com Dr. Antônio Nery, já tinha feito um caminho de um trabalho que a gente gostaria, que seria um trabalho humano. Não seria um trabalho baseado em dados, em ‘tantas pessoas morrem’, ‘tantas pessoas usam cocaína’. Não, eu não queria números, eu queria a história de pessoas”, afirma o artista, que também é o responsável pela direção e finalização da obra. “Eu queria, obviamente, antes de mais nada, uma obra de arte audiovisual. E, como toda obra de arte audiovisual, é um corte. E eu gostaria que esse corte tivesse um olhar humano, tivesse um foco no usuário, nessas pessoas que são vulneráveis”, destaca.

 

Imbuída da ideia de retratar a realidade para além das estatísticas, a equipe procurou explorar a fundo o tema, amparada em estudos e nas entrevistas com os personagens. “A gente foi estudando redução de danos; a questão da guerra às drogas, o fracasso da proibição, e as consequências nefastas e violentas que isso gera; a falta de amor nas famílias, a falta de agregar na família, a violência familiar, que leva muitos jovens às ruas”, conta Masi, salientando que a ideia do projeto não é “vitimizar” ou “criminalizar” os retratados, mas sim estimular a reflexão sobre as políticas públicas e as melhores estratégias para lidar com a dependência química, que segundo ele, é um drama real que deveria ser encarado com uma questão de saúde pública.

 

As filmagens começaram no fim de 2018, entraram por 2019, até 2020, quando a equipe teve que parar, por causa da pandemia. O projeto não foi comprometido porque já haviam sido captadas cerca de 80% das imagens necessárias para concluir o documentário. Com a flexibilização dos protocolos, este ano, o projeto pôde ser retomado, mas muitas soluções também surgiram a partir de animação e recursos gráficos. O diretor conta que esta alternativa foi usada, por exemplo, para preencher cenas que poderiam soar muito agressivas, como no segundo episódio, quando um personagem conta que sua família o mantinha preso e que, levado a um manicômio, passou por torturas e eletrochoques. O trabalho de arte gráfica de “Ninguéns” é assinado por Igor Caiê.

 

EPISÓDIOS

O primeiro episódio da série explora a história de três personagens principais, tendo como pano de fundo o papel dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), a política de redução de danos e o trabalho do Centro de Estudos e Terapia de Abuso de Drogas (Cetad), da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

O segundo conta a trajetória de “Os Incênicos”, grupo de teatro formado por usuários dos Caps. Nesta parte, o projeto discute a saúde mental, as drogas administradas para este grupo e a arte como ferramenta de cura. O episódio explora ainda como a saúde mental e a estigmatização podem levar as pessoas às ruas.

 


Terceiro episódio de "Ninguéns" aborta trabalho social desenvolvido na Igreja da Santíssima Trindade | Foto: Divulgação

 

No terceiro, por sua vez, a produção conta a história da Igreja da Santíssima Trindade, localizada na Cidade Baixa, onde é desenvolvido um trabalho social com a comunidade. “O irmão Henrique é um missionário que tem uma história linda. A gente conta a história dele e do lugar, da comunidade que ele criou, onde moradores de rua podem dormir, comer…”, conta Bruno Masi. O quarto episódio, por sua vez, tem como foco os artistas de rua e o uso de substâncias psicoativas. 

 

Fechando a série, o quinto episódio é sobre o Movimento Nacional População de Rua e o papel de sua fundadora, Maria Lúcia Pereira, falecida em 2018. Uma das personagens entrevistadas é Sheila Maloca, ex-moradora de rua e filha adotiva de Maria Lúcia.

 

Confira o trailer da série baiana:

Turma da Mônica faz paródia de reencontro de Friends: 'Migos: The Reunion'
Foto: Reprodução

No dia em que estreia o especial "Friends: The Reunion", que reúne o elenco original para celebrar os 25 anos da série (clique aqui), a Turma da Mônica prestou uma homenagem por meio de uma paródia. 

 

Em uma arte publicada nas redes sociais, alguns personagens de Mauricio de Sousa aparecem no sofá do Central Perk, local no qual os protagonistas Ross, Rachel, Chandler, Monica, Joey e Phoebe costumavam se reunir. 

 

Intitulada como “Migos: The Reunion”, uma brincadeira em referência ao título do especial, a arte mostra Magali, Cebolinha, Milena, Jeremias, Mônica e Cascão. “Mais que friends, M.I.G.O.S!”, diz a legenda no Instagram da Turma da Mônica.

 

 

MAM-SP é o primeiro museu brasileiro a ser reproduzido em jogo online
Foto: Reprodução / MAM-SP

O Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM-SP) adentrou o mundo dos games e se tornou o primeiro museu do Brasil a estar no "Minecraft: Education Edition". O projeto oferece experiências de aprendizado ao reproduzir o espaço do equipamento cultural e obras do acervo e disponibilizar jogos pedagógicos, atividades lúdicas e propostas de aulas. 

 

Feito em parceria com a Microsoft e a agência Africa, o projeto, direcionado a escolas, estudantes, artistas e interessados em arte e videogame, apresenta um diálogo com o público. Estão reproduzidas no jogo tanto os ambientes internos quanto os externos do MAM, incluindo sua sede e o Jardim de Esculturas.

 

No jogo educativo, além de visitar o museu, é possível construir ou reconstruir obras de arte e aprender sobre a história da arte brasileira por meio de atividades lúdicas e virtuais. No Education Edition, versão educativa do Minecraft, professores, ou outro adulto responsável pela condução do jogo, têm controle do que os jogadores fazem e podem incluir blocos para limitar a área de atuação no mapa, não só demarcando os limites do território, mas também indicando onde os jogadores poderão construir ou não. 

 

 

Outra ferramenta do game é a lousa, que trará informações e links ao site do MAM sobre as obras de arte tratadas na aula e orientações para realização das atividades.

 

O MAM Educativo preparou planos de aula nos quais os alunos serão convidados a andarem pelo Minecraft atentando os seus olhares e senso estético para o que estão vendo. Ao final, farão a própria seleção de obras. Baixe os planos de aula nos botões abaixo.

Claudia Ohana dá aulas de interpretação online e grátis para crianças isoladas e hospitalizadas
Foto: Arquivo Pessoal

A atriz Claudia Ohana promove aulas gratuitas e online de interpretação, voltadas para crianças hospitalizadas ou isoladas em casa. O curso será oferecido em duas ocasiões: nesta sexta-feira (23), das 10h às 12h; e na segunda-feira (26), das 15h às 17h.

 

Durante a aula, a artista realizará atividades voltadas à conscientização do corpo, relaxamento, música, mímica, além de improvisação. Para participar, os interessados devem acessar a sala Viva On na plataforma Google Meet nos dias e horários marcados (clique aqui).

 

A iniciativa é promovida pela Associação Viva e Deixe Viver (Viva), organização da sociedade civil (OSC) que congrega 1,3 mil voluntários responsáveis por contar histórias em 86 hospitais do País.

 

Esta é a segunda vez que Claudia Ohana participa do projeto, a primeira foi em 2020. Sobre as novas aulas, a artista destaca que elas podem ser acompanhadas por crianças em leitos ou impossibilitadas de caminhar, e revela um pouco do que vai abordar na ocasião. "Também aproveitarei o momento para contar um pouco de minha trajetória profissional e sobre o nosso papel como atriz", pontua.

Relatório da da Art Basel aponta queda de 22% na venda de arte em 2020 com a pandemia
Foto: Divulgação

Um relatório da Art Basel divulgado nesta terça-feira (16) avaliou o impacto da pandemia no circuito mundial de arte. Segundo o O Globo, a pesquisa elaborada por Clare McAndrew, especialista em economia da cultura e fundadora da consultoria Arts Economics, apontou uma queda de 22% nas vendas globais de arte em 2020, com relação ao ano anterior. No ano passado, foram movimentados US$ 50,1 bilhões em obras de arte e antiguidades, enquanto em 2019 o total foi de US$ 64,1 bilhões.

 

Por outro lado, o relatório registrou o crescimento das vendas online, em face do fechamento das galerias e cancelamento das feiras presenciais. De acordo com a publicação, os negócios fechados pela internet geraram US$ 12,4 bilhões, o dobro do registrado no ano anterior. Com a mudança, a modalidade respondeu por uma participação de 25% do valor de mercado.

Intervenções artísticas no Castelo Branco encerram projeto 'A Rua é o Museu do Povo'
Foto: Manu Ribeiro

O projeto "A Rua é o Museu do Povo" chega ao fim no próximo dia 21 de março, às 14h, com a ocupação do atelier do "Arte Marginal Salvador". Por conta dos protocolos sanitários decorrentes da pandemia da Covid-19, intervenções artísticas serão realizadas em uma laje localizada no bairro de Castelo Branco.

 

Serão exibidas obras da arte de Pedro Arcanjo - conhecido como "Noite", que conta sua história através do grapixo, a pintura de Luís Santos e suas impressões sobre a existe?ncia humana no mundo contempora?neo e o cotidiano das ruas - e a performance de Fabricia Rios, integrante do grupo "A Pombagem", baseada na obra "O Museu é a Rua", que reafirma a arte urbana.

 

"A Rua é o Museu do Povo" busca colocar o museu como um espaço de artes públicas que dialoguem artisticamente com a periferia. “Os tradicionais museus têm um aspecto solene, obras de um lado e o visitante do outro, mas isso limita a uma experiência de contemplação. Isso não é o que desejamos, queremos interagir”, destaca Fabrício Brito, integrante do Arte Marginal Salvador que aproveita para sublinhar a parceria artística do grupo de arte popular A Pombagem.

 

Durante sua execução, o projeto passou pelos bairros de Castelo Branco, Fazenda Grande do Retiro e Largo do Tanque. A última atividade será exibida em uma transmissão exibida na página do Facebook do coletivo.

Projeto 'Arte de Passagem' realiza terceira edição em formato virtual
Foto: Divulgação

O projeto "Arte de Passagem - itinerância pela arte contemporânea da Bahia" chega a sua terceira edição, desta vez de maneira totalmente virtual. Organizado em formato de festival de artes visuais, o evento tem início na próxima quinta-feira (11) e segue até o dia 19 de março, com conferências, exposições e catálogos virtuais, além das lives mediadas transmitidas dos espaços/ateliês dos artistas, que mostram seus processos poéticos autorais.

 

“As produções dos artistas, curadores e pesquisadores convidados, transmitidas de forma remota, a partir de seus ateliês/residências, revelam atravessamentos de passagens de um tempo hodierno, o que estamos passando, libertando suas paisagens confinadas dentro de seus territórios subjetivos, para trazerem possíveis atentos a novas realidades geográficas”, discorre Willyams Martins, agenciador do projeto.

 

Os trabalhos apresentados circulam entre performances, videoarte, pinturas, esculturas, gravuras, desenhos e instalações. A ideia é ser um festival expandido e representativo das artes visuais contemporâneas do estado. Os artistas selecionados são de diversos territórios da Bahia.

 

Por meio do site, acontecerá uma exposição coletiva virtual com obras de 16 artistas, além de textos curatoriais e links para as redes sociais de todos os artistas envolvidos. A partir do canal do projeto no YouTube, todos os dias serão transmitidas três lives, de diferentes ateliês, com participação de críticos, apresentador e público, sobre os processos criativos dos participantes. Os encontros começam sempre às 18 horas.

 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Projeto transforma Largo do Tanque em museu a céu aberto neste domingo 
Foto: Manu Ribeiro

A Praça Luís Gama, localizada no Largo do Tanque, em Salvador, será transformada em museu a céu aberto neste domingo (21), das 14h às 17h, com as intervenções artísticas do projeto “A Rua é o Museu do Povo”.

 

Na ocasião, o público poderá conferir uma exposição de fotografias de Hércules Bressy, pinturas de Luís Santos, além de grapixos de Pedro Arcanjo, todos eles integrantes do coletivo Arte Marginal Salvador. 

 

O projeto prevê ainda uma performance da poeta, atriz e cantora Ludmila Singa, do grupo A Pombagem. Ela fará um dos atos do espetáculo “Museu é a Rua”, com o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre a ocupação da rua.  

 

Após a apresentação, a partir das 18h, pelo perfil do Instagram do grupo Arte Marginal Salvador (@artemarginalssa), a artista participa de um bate-papo com a museóloga Melissa Santos e o artista Hércules Bressy. O encontro terá como tema a afirmação de que “A Rua é o Museu do Povo”.

Oficinas de variadas linguagens artísticas são oferecidas pelo projeto 'Educarte' 
Foto: Divulgação

Com a meta de usar o momento de pandemia para desenvolvimento profissional, o projeto "Educarte: Na Crise Crie", que propõe uma série de oficinas e workshops voltados para jovens e agentes culturais da periferia, está com inscrições abertas até o próximo domingo (31), através do preenchimento de formulário (clique aqui).

 

A programação é inteiramente gratuita com oficinas de Hip Hop com Creu SD, Street Jazz com Kely Adriane, Ritmos com Thiago Diamante, Twerk com Taila Samile e AfroHouse com Kalip, todas online pelo Zoom.  

 

Os cursos serão ministrados por profissionais de regiões periféricas de Salvador com foco para formação de jovens e agentes culturais que desenvolvam projetos culturais em comunidades.

 

Cada aula terá limite de até 30 participantes. Além disso, o projeto proporcionará apoio a projetos de dança dos bairros colocando à disposição quatro professores e coreógrafos para auxiliar na retomada das atividades e reconstrução coreográfica das suas montagens.

 

Ao final do período, cada oficina de dança produzirá um vídeo como resultado das ações que serão publicadas na página criada pelo projeto e canais de conteúdo de dança de Salvador. 

Espaço Boca de Brasa Cajazeiras abre inscrições para oficinas virtuais
Foto: Reprodução / Secom PMS

Até a próxima segunda-feira (25), estão abertas as inscrições para as oficinas virtuais de Formação em Audiovisual e de Produção Cultural, no Espaço Cultural Boca de Brasa, em Cajazeiras. 

 

A programação faz parte da quinta edição do Diversão de Verão, que acontece nos equipamentos culturais geridos pela Fundação Gregório de Mattos (FGM). Durante este período de alta estação, diversas atrações e atividades formativas vão ser realizadas para o público pelas plataformas virtuais, adaptando-se ao novo normal.

 

Os interessados podem efetuar a inscrição por meio do site disponibilizado pela FGM (acesse aqui). Serão 30 vagas para cada oficina, destinadas ao público em geral, com idade mínima de 16 anos. As aulas vão ocorrer a partir do dia 8 de fevereiro. A Oficina Audiovisual acontece sempre às segundas e quartas, das 14h às 17h, e a Oficina de Produção Cultural ocorre nas terças e quintas, das 14h às 17h.

 

Além das oficinas, o Palco Aberto Show de Calouros Cajazeiras trará uma competição on-line que vai premiar, em dinheiro, três finalistas escolhidos mensalmente. As apresentações vão ocorrer sempre no último domingo de cada mês, sendo que a primeira está prevista para acontecer no dia 31 de janeiro.

 

A estimativa é de que 30 artistas se apresentem e, destes, serão escolhidos 20 competidores. Em fevereiro serão escolhidos mais 16, que irão se apresentar em março e assim sucessivamente até chegar a final, no mês de junho, com 10 finalistas.

 

Conforme a coordenadora do projeto, Fernanda Paquelet, o fomento da produção artística precisa investir em três pilares fundamentais: formação, experimentação e distribuição. “Nosso objetivo é fazer uma atividade que comporte um pouco desses três fundamentos para que o aluno tenha a possibilidade de observar um ciclo completo. Nossas dificuldades são as de todos: manter a atenção dos alunos, mesmo sem a presença, é um trabalho árduo”, avalia.

Podcast conta história de Anselmo Serrat, fundador do Circo Picolino
Foto: Reprodução / Facebook

Foi lançado nesta quinta-feira (10), nas plataformas de streaming, o podcast "Anselmo Serrat - Vida e Obra", que vai conta parte da história do fundador, idealizador e ex-diretor do Circo Picolino. 

 

O material faz parte da segunda fase virtual do projeto do circo, contemplado no edital Espaço Cultural Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos (FGM). Quem escutar o áudio vai poder conhecer a trajetória de Anselmo Serrat, ícone do circo e da cultura baiana. Com texto do próprio Serrat e Dalton Carneiro, o episódio é dirigido por Luana Tamaoki Serrat e narrado pela equipe do Circo Picolino, além de convidados.

 

Anselmo Serrat faleceu no dia 17 de março deste ano em decorrência de um câncer (relembre aqui). O carioca fundou o Circo Picolino em 1985, onde abriga também a Escola Picolino de Artes do Circo, a primeira de artes circenses do Nordeste e a terceira do gênero no Brasil.

 

O diretor foi um ponto de referência para artistas, produtores e pesquisadores por todo o mundo. Tem sido objeto de estudo de diversas pesquisas acadêmicas, principalmente no que se refere a seu trabalho social com crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

 

Confira o podcast:

Fundado por Ariano Suassuna há 50 anos, Movimento Armorial continua influente
Foto: Reprodução / Acervo Pessoal

O Movimento Armorial completou, neste domingo (18), 50 anos de fundação. Apresentado pela primeira vez pelo escritor e dramaturgo Ariano Suassuna ao Recife em 1970, ele foi resultante de pesquisas e de formulação de um pensamento que buscou na tradição popular nordestina elementos para criar uma cultura erudita com origem brasileira. 

 

Na ocasião do lançamento, se apresentaram a Orquestra Armorial de Câmara e uma exposição de artes plásticas, com participação de artistas como Francisco Brennand, Manoel Arruda e Gilvan Samico, na Igreja de São Pedro dos Clérigos, na capital pernambucana.

 

O projeto de desenvolvimento do movimento surgiu no Departamento de Extensão Cultural da Universidade Federal de Pernambuco, onde Suassuna atuava. "Ariano falava que a arte amorial precedeu o movimento. Ele já vinha desenvolvendo esse pensamento há muito tempo, desde quando era estudante na Faculdade de Direito. Ao deflagrar o movimento, ele queria apenas reunir artistas que pensavam como ele, que faziam da cultura popular uma fonte de pesquisa, para que pudessem juntos discutir e se apoiar", explica Carlos Newton Jr, professor, pesquisador e especialista na obra do artista paraibano em entrevista ao Jornal do Commercio.

 

A ideia seria a de valorizar a cultura popular para que ela pudesse ser admirada e vista com outro olhar, assim, valorizando elementos como a xilogravura e a atuação do romanceiro popular, por exemplo. O Movimento Armorial se espalhou para outras linguagens artísticas, como a música, o teatro, a dança, as artes visuais e a literatura. 

 

Segundo Carlos Newton, o movimento continua pulsante nas criações de artistas e intelectuais que desenvolvem pesquisas a partir desse imaginário cultural popular celebrado por Ariano. "Ele estabeleceu uma poética, um caminho, e todo mundo que ainda segue conscientemente esses princípios, os reavalia, com eles experimenta, está fomentando o Movimento Armorial", enfatiza o pesquisador. "A arte armorial desafia os estereótipos que o Brasil ainda mantém sobre o Nordeste. É uma arte erudita feita a partir da cultura popular; não é comercial. Mescla os elementos das culturas originárias, ibérica e africanas para construir uma arte brasileira".

 

Para o artista visual Manuel Dantas Suassuna, filho de Ariano e de Zélia de Andrade Lima Suassuna, seu pai desejava que o Brasil fosse armorial, com a valorização da diversidade de cada região do país.

 

"Na visão dele, era preciso se aprofundar no Brasil, olhar para tudo que essa terra e seu povo produz, que é muito rico, com tantas manifestações como a literatura de cordel, a xilogravura, a música de viola, rabeca, pífano, que são elementos celebrados pelo armorial. Cada canto tem suas particularidades e, ao invés de querer uniformizar, a gente deveria celebrar o que faz cada lugar único. O que papai fez foi acender a centelha para essa importância de se olhar para o Brasil e valorizar nossa cultura", conta.

 

Dantas tem um trabalho influenciado pelos princípios armoriais e diz enxergar como um dos grandes legados do Movimento Armorial as Ilumiaras, que seriam espaços físicos (entre eles a Jaúna, na Fazenda Carnaúba, em Taperóa, a partir das indicações do próprio Ariano) e simbólicos de celebração à arte e a cultura. "Esses lugares celebram o pensamento que Ariano fomentou e eram lugares sagrados para ele. Então, acredito que depois do encantamento de papai, estes são os principais símbolos do armorial agora. Acredito que estamos na fase das Ilumiaras e o que elas representam enquanto possibilidades de criação e de reflexão para a cultura", enfatiza.

'Drag Inédita': Performers de Salvador lançam reality show para difundir a arte transformista
Foto: Reprodução / Instagram @draginedita

Estreia neste domingo (18), às 20h, no YouTube, o reality show "Drag Inédita". Produzido e apresentado pelas queens Aimée Lumière e Spadina Banks, o concurso se propõe a difundir a arte de diversas performers e entreter, especialmente, o público LGBTQIA+.

 

O programa vai contar com artistas não só da Bahia, mas também do Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Segundo Spadina, a dinâmica vai consistir na realização de provas semanais e a cada semana uma das integrantes será eliminada da competição. 

 

"O primeiro episódio vai apresentar as drags para a gente conhecer melhor e a partir da próxima semana já começam as provas em si. Nessas provas, nosso grande objetivo está sendo explorar a identidade dessas artistas, que são diversas, não só por uma questão regional, mas também de terem corpos diferentes. Quando a gente fala sobre essa questão do inédito parece um deboche, mas tem uma coisa forte aí, que é a questão de visibilidade mesmo", explica. 

 


Aimée e Spadina, apresentadoras e idealizadoras do reality | Foto: Reprodução / Instagram

 

Para ela, a arte drag, como um todo, é um espaço de reflexão e política. E no programa essas características dão as caras. "Geralmente, a gente aborda muitos assuntos atuais em nossas performances. Estamos envolvidas com críticas sociais, específicas e atuais. No reality, por exemplo, mesmo que a gente faça uma prova aberta, sem direcionar para uma questão política você vê que as drags tomam esse cuidado de abordar questões de gênero, sexualidade, da política brasileira ou de raça. A arte drag acompanha nossos corpos", descreve Spadina Banks.

 

E caminhando com essa ideia, em janeiro deste ano integrantes da cena drag queen da capital baiana lançaram um manifesto em que ressaltam a importância das produções artísticas e culturais drags no contexto local. O cenário que essas artistas em específico encaram aqui envolve uma situação de falta de visibilidade e de espaços para se apresentar.

 

"Hoje você vê um número de mulheres drags cisgêneras e transgêneras muito grande, as drags negras ganharam muita força. Essa cena é rica artisticamente, mas ainda carece de espaços, de investimento - em outras palavras, de dignidade. É dificil fazer renda e viver apenas dessa arte", desabafa Spadina, afirmando que, ainda hoje, as performers estão relegadas a se apresentarem em tempos, templos e locais definidos: na madrugada, em bares e boates.

 

É aí que surge o fator criatividade, que inspira o contexto de inventividade das artistas soteropolitanas e do qual, garantem as organizadoras, surge a vontade em fazer o reality. "Quando a gente fala de criatividade para gerar oportunidades é justamente sair desse espaço. A gente busca, nesse movimento de ocupar outros espaços como editais, teatros, a política também, a internet para praticar o que tá cada vez mais nítido, que somos nós por nós", completa.

 

 

"Drag Inédita" não é o primeiro concurso baiano reunindo drags, mas o diferencial dele, defende Aimée, "é o que as candidatas podem oferecer, as provas que vão ser feitas e o elenco diverso". "As provas são leves e divertidas. Nós fizemos dessa forma porque sabemos como é um concurso drag, já participamos e sabemos como é. Conseguimos potencializar e dar ferramentas para que as meninas conseguissem fazer o trabalho delas. Fizemos gambiarras para ter uma iluminação bacana, a gente conseguiu dar para cada uma um tecido verde para o chroma key no fundo. A gente conseguiu instrumentalizar elas dessa forma, incentivando e dando essas ferramentas. A gente espera que o público se apaixone e faça um momento inédito para que todos possam se divertir", diz animada. 

 

A ideia inicial veio para dar seguimento a um projeto que as duas tocavam juntas às sextas-feiras: uma live show com performances e uma pitada caprichada de humor. As duas compõem um coletivo bastante atuante na cidade, a Shantay, que junto com outros artistas e grupos como Bonecas Pretas e Lésbica Futurista produzem a arte drag do lado de cá da Baía de Todos-os-Santos. 

 

O próximo passo delas, afirma Aimée, vai ser retomar as atividades dos shows presenciais, quando isso for possível, com toda força, dando continuidade para uma presença nas redes também, com projetos audiovisuais e materiais para as redes sociais.

 

A transmissão do reality "Drag Inédita" será totalmente pelo YouTube, no canal Drag Inédita TV. A produção do projeto também disponibilizou as redes sociais, especificamente o Instagram, nos perfis @draginedita, @spadinabanks e @aimeelumiere.

Neojiba lança 2ª edição do 'Meninas na Música'; projeto promove equidade de gênero na arte
Foto: Reprodução / Flickr / Neojiba

O Neojiba vai lançar, na próxima sexta-feira (18), a live de lançamento do segundo ano do "Meninas na Música". O projeto foi criado para promover a equidade de gênero e o empoderamento feminino no universo da música, além de despertar a conscientização do papel de todos, homens e mulheres, na construção de uma sociedade sem preconceitos e sem violência contra as mulheres. 

 

A live será transmitida às 18h pelo Facebook do Neojiba  e terá como convidadas Julieta Palmeira, secretária de Política para Mulheres do governo da Bahia, e Mafoane Odara, gerente do Instituto Avon - que apoia a iniciativa. Elas irão falar sobre protagonismo, relacionamentos saudáveis, habilidades sócio emocionais e construção de projetos de vida. A conversa será mediada por Fernanda Tourinho, diretora de Desenvolvimento Institucional do Neojiba. 

 

Entre setembro e dezembro deste ano, o Meninas na Música irá realizar virtualmente doze masterclasses com musicistas convidadas, como a clarinetista boliviana Camila Barrientos,  a trompista brasileira Waleska Beltrami, a fagotista canadense Catherine Carignan e contrabaixista brasileira Patricia Weitzel. 

 

A maioria delas toca instrumentos ou assume funções historicamente ocupadas apenas por homens. As masterclasses, voltadas para integrantes do projeto musical, irão se desdobrar posteriormente em quatro aulas públicas.

Fernanda Montenegro diz que nem na ditadura militar a arte teve tão pouco prestígio
Foto: Divulgação

Um dos medalhões da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro comentou o cenário atual do país, durante uma coletiva virtual da série “Amor & Sorte”. 

 

Segundo a coluna Notícias da TV, a artista, que foi hostilizada e chamada de “sórdida” pelo ex-secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, quando ocupava a direção da Fundação Nacional de Artes (Funarte) (relembre o caso), criticou a caça às bruxas recorrente no Brasil contra o setor cultural. "É uma imbecilidade, um retrocesso gigantesco e trágico, porque nós [artistas] não vamos acabar. A cultura de um país é tudo a que um homem pode aspirar de transcendência", disse a atriz.

 

A atriz chegou ainda a comparar o Brasil de hoje com a ditadura. "Eu nunca vi, mesmo no período militar, um momento em que a zona artística tenha tão pouco prestígio quando agora. Mas nós temos criatividade e não vamos ficar no meio do caminho. É só uma questão de tempo", avaliou Fernanda Montenegro. "É um ciclo que vai passar e não estou assustada. É só um problema de paciência, fingir que eles vão ter algum poder durante algum tempo. Não têm não, imagina", acrescentou.

 

Apesar das dificuldades durante a pandemia e do clima de animosidade e divisão no país, a atriz fez também uma leitura esperançosa, lembrando que, mais do que nunca, as pessoas se refugiaram na arte para superar o isolamento. "E estamos vivos, sim, produzindo, sim, com maior dificuldade, interferência, maior destrutividade em volta, tudo bem", declarou.

Romero Britto diz que criou 'arte única e universal' e que foi vítima de ato premeditado
Foto: Reprodução / Twitter

O artista plástico Romero Britto comentou sobre o incidente em que uma ex-admiradora foi até sua loja em Miami e derrubou uma obra de sua autoria enquanto reclamava sobre o suposto tratamento dado pelo brasileiro a um funcionário dela (veja aqui). Em texto enviado à coluna de Leo Dias no Metrópoles, o recifense acusou ter sido "vítima" de um ato premeditado.  

 

“O incidente dos vídeos que estão circulando na internet ocorreu em 2017 e todos podem ver que fui vítima de uma pessoa que foi a uma de minhas galerias em Miami e premeditadamente quebrou uma obra de arte que havia ganhado de presente", iniciou o artista. 

 

Ele disse nunca ter presenciado uma cena tão desrespeitosa em toda sua carreira e rechaçou qualquer demonstração similar. "Repudio atitudes similares contra qualquer ser humano. É natural que minha reação no vídeo veiculado tenha sido de espanto, choque e surpresa com tamanha falta de educação, crueldade e irresponsabilidade", ressaltou.

 

"Tentei evitar que a maçã quebrasse com minhas próprias mãos, pois cada obra de arte que crio é muito especial para mim, como um filho, e possuem uma história e carga emocional única", justificou. Segundo ele, o objeto derrubado, a "Big Apple", foi criado tendo como referência a história de Adão e Eva no Éden. 

 

Ele ainda fez questão de dar sua versão sobre a sua ida ao restaurante da moça: "A respeito do que foi divulgado, a verdade é que eu havia feito uma reserva para um grupo de pessoas no restaurante para tomarmos café da manhã e infelizmente de última hora algumas não puderam ir. Pedi o café para todos que foram comigo, brinquei sobre desconto e expliquei o imprevisto ao restaurante que aparentemente não gostou do fato de que nem todos meus convidados compareceram. A música também estava muito alta e não conseguíamos conversar, sendo assim pedi educadamente que abaixassem o volume do som. Como cliente me senti destratado. Não sei qual foi o interesse ou motivo para tal comportamento da funcionária ou da dona do restaurante".

 

"Através da minha arte meu propósito sempre foi o de levar alegria, amor e esperança a todos. Não admito desrespeito e jamais tive a intenção de desrespeitar alguém. O único fato é que os vídeos divulgados mostram uma pessoa agindo com violência contra um artista e o tribunal da internet aplaudindo e fazendo apologia ao ódio. Espero que a consciência dela a julgue", alertou Romero.

 

E continuou: "A internet é muitas vezes injusta e algumas pessoas não estão preocupadas com a verdade. Gostam de confusão, drama, violência, ódio, sangue, negatividade e adoram julgar sem analisar os fatos. Notícias boas não dão publicidade. Ajudo a mais de 200 instituições de caridade e nunca ouvi ou li nada sobre o fato na imprensa brasileira. As mídias precisam ter mais critério com o que apresentam, pois possuem grande responsabilidade social".

 

"Em relação ao meu trabalho criei uma arte única e universal! A arte da felicidade, da alegria e do amor. Adoro cores! Consegue imaginar um mundo sem cores?! Foram anos de trabalho duro para chegar onde estou e inúmeros sacrifícios", alegou.

 

Afirmando ser um "artista plástico brasileiro e renomado internacionalmente", Romero disse que sempre acreditou no compartilhamento da arte e na potência do que produz em atingir pessoas de classes sociais distintas.

Misterioso, Bansky sai de isolamento e aparece em vídeo de intervenção artística em Londres
Foto: Reprodução / Instagram

Bansky, que durante a pandemia divulgou trabalhos realizados dentro de casa, resolveu sair da quarentena por um motivo especial. 

O misterioso artista britânico, famoso pelas intervenções artísticas em espaços públicos, divulgou um vídeo em suas redes mostrando sua mais recente aventura, a intervenção “If you don’t mask – you don’t get”. A expressão é uma adaptação de “if you don't ask – you don't get”, que significa “se você não perguntar, não tem resposta”, mas trocando a palavra “pergunta” por “máscara”.

No vídeo, Bansky aparece de máscara, disfarçado como um funcionário da limpeza, enquanto grafita no metrô de Londres. As imagens dão algumas pistas a respeito do enigmático artista, que nunca revelou sua verdadeira identidade. É possível ver que se trata de um homem branco e alto.

Os desenhos mostram os ratos travessos -  figuras que já são uma marca do artista -  espirrando sem produção e usando máscaras como paraquedas. A intervenção, no meio da pandemia, emite a uma mensagem de apoio às medidas de prevenção ao novo coronavírus. 

 

Confira o vídeo:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

. . If you don’t mask - you don’t get.

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Maestro Luciano Calazans anuncia relançamento do projeto 'É Mais Em Baixo'
Foto: Divulgação

A partir da próxima quinta-feira (25), às 16 horas, o maestro e instrumentista Luciano Calazans retomará o projeto “É Mais Em Baixo”, lançado originalmente em 2017. A iniciativa, que é em formato de programa musical, acontecerá no perfil oficial do artista no Instagram (clique aqui). 

 

Através de entrevistas transmitidas ao vivo pela rede social, Calazans dará espaço a outros artistas, que buscam novos meios de divulgação da arte, em meio ao período de pandemia que parou o setor cultural. Sempre às quintas-feiras, o espaço estará aberto para novos talentos e também para aqueles que já possuem experiência no meio artístico.

 

“A ideia de resgatar o projeto é de mostrar os talentos de pessoas da arte que estão sofrendo com a pandemia e não possuem ‘holofotes’ por assim dizer [...] Na realidade, acho que todos precisam mostrar suas artes como uma forma valiosa e robusta de oração, prece, seja o que for”, reflete Luciano. 


 
SERVIÇO:
O QUE: Projeto “É Mais Em Baixo”
QUANDO: A partir do dia 25 de junho, às 16 horas - sempre às quintas-feiras
ONDE: Instagram (@luciano_calazans)

ConVIDA!: Sesc lança projeto virtual de incentivo à produção artística nacional
Foto: Divulgação

Com o objetivo de apoiar o setor cultural durante a pandemia do novo coronavírus, o Sesc lançou um projeto de incentivo à produção artística nacional. A convocatória Sesc Cultura ConVIDA! é voltada para artistas de todo país, que podem inscrever seus trabalhos de 3 a 7 de junho, através da internet (clique aqui). 

 

Com investimento previsto de R$ 587.500, a iniciativa irá contemplar 470 projetos das áreas de arte educação, artes cênicas, artes visuais, audiovisual, biblioteca,literatura, música e patrimônio cultural.  O ConVIDA! tem foco em trabalhos não divulgados nos grandes veículos de comunicação e inclui, além de apresentações, oficinas, debates e podcasts com profissionais que atuam no sistema produtivo da cultura.

 

Cada proponente poderá realizar apenas uma inscrição e as propostas apresentadas deverão respeitar as medidas de isolamento social que estejam em vigor no momento da sua execução. 

Fernanda Montenegro critica situação do Brasil: 'Sem a cultura das artes, não existe país'
Foto: Divulgação

Obedecendo as orientações do isolamento social para evitar o contágio e a disseminação do novo coronavírus, Fernanda Montenegro se pronunciou a respeito da conjuntura atual para a cultura no Brasil. “Não sei, só sei que não vou me acalmar. Se eu ainda tiver raciocínio e força, estarei em ação. É uma ambição minha", afirmou a artista, destacando as incertezas sobre o futuro.

 

“Sem a cultura das artes, não existe país. Estamos vivendo uma hora muito desbaratinada. Não temos perfil, estamos jogados fora”, disse a atriz, que segundo o jornal O Globo, tem feito a quarentena ao lado da ilha, Fernanda Torres, e do genro, o cineasta Andrucha Waddington, em Petrópolis, no Rio de Janeiro. “Temos uma linguagem particular. Ganhamos prêmios em todos os cantos do mundo. Uma personalidade cinematográfica, nós temos”, completou.

 

A entrevista completa será exibida no Canal Brasil, em duas edições do Cinejornal, exibidas nesta terça-feira (2), às 21h50, e na quinta (4), às 19h45.

'TransAções': Plataforma de exposição de trabalhos de artistas trans abre inscrições
Foto: Reprodução

Estão abertas, desde o dia 17 de maio, as inscrições para para a plataforma de exposição “TransAções: Mapeamento de artistas trans no Brasil”. O projeto, voltado para a divulgação de trabalhos executados por artistas transgêneros, tem como objetivo valorizar as diversas linguagens das artes visuais em um espaço virtual inédito no Brasil. 

 

Para participar da convocatória deve ser feito a inscrição no link disponibilizado pelo projeto (clique aqui). O prazo final para os envios dos formulários é até o dia 31 de julho. Quem se inscrever até o dia 29 de maio, no entanto, concorrerá em uma seleção que irá destacar 10 trabalhos, que serão expostos virtualmente no Festival Internacional Latitude, entre os dias 4 e 6 de junho. 

 

Criado pela curadora e jornalista Renata Martins, do Goethe-Institut Salvador, o “TransAções” tem a parceria da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), além da Casa Aurora - Centro Cultural de Acolhimento LGBTQI+. O projeto, ao ser executado e concluído, se tornará o primeiro arquivo brasileiro aberto composto por artistas trans. 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Neste Dia Internacional de Combate a? LGBTQI+fobia, 17 de maio, foram abertas as inscric?o?es da plataforma de exposic?a?o “TransAc?o?es: Mapeamento de artistas trans no Brasil”, que vai lanc?ar um espac?o virtual ine?dito no Brasil para a divulgac?a?o do trabalho de artistas transge?neros em suas mais variadas linguagens nos campos das artes visuais. O projeto nasce da proposic?a?o da jornalista, cri?tica de arte e curadora Renata Martins, uma das atuais residentes do Programa de Reside?ncia Arti?stica Vila Sul do Goethe-Institut Salvador-Bahia, que engajam esta realizac?a?o e assinam a curadoria junto com a Associac?a?o Nacional de Travestis e Transexuais (@antra.oficial) e com a Casa Aurora – Centro Cultural e de Acolhimento LGBTQI+ (@aurora_casalgbt). A convocato?ria segue ate? o dia 31 de julho, em https://bit.ly/mapeamento-transacoes (acesso direto pelo destaque nos stories), e quem se inscrever antecipadamente, ate? 29 de maio, participara? de uma selec?a?o de 10 trabalhos que va?o compor uma exposic?a?o coletiva virtual integrante do Festival Internacional Latitude, realizado online de 4 a 6 de junho.? ? #GoetheInstitut #GoetheBahia #VilaSul #Mapeamento #ArtistaTrans #transpride #Latitude #doistercos

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'De Cara': No isolamento, drag de Salvador cria iniciativa online com shows e entrevistas 
Foto: Reprodução / Instagram

Durante o isolamento imposto pelo poder público para conter o avanço do novo coronavírus, a drag queen baiana Petra Perón criou o “De Cara”, iniciativa voltada para o entretenimento online. 


“Todas as quartas, às 19h, no meu @petraperon, entraremos ao vivo com entrevistades das artes, cultura, política, além de profissionais de saúde, sorteios, shows e muita churria viva!”, informou a artista. “Estamos ‘De cara’ com tudo isto que estamos vivenciando . Seja pela falta de respostas imediatas por parte do governo federal, seja pelas mudanças (necessárias) de hábitos: fica em casa!”, destacou.

Inspirado em Portugal, 'Festival Eu Fico em Casa' ganha primeira edição no Brasil
Fotos: Divulgação

Inspirados em ação criada em Portugal, artistas brasileiros anunciaram a primeira edição nacional do “Festival Eu Fico em Casa”, que acontece entre 24 e 27 de março, com mais de 70 apresentações online. Esta é mais uma das iniciativas do setor cultural para lidar com o isolamento imposto pelo enfrentamento da pandemia do coronavírus. 

 

Dentre as atrações confirmadas no festival estão os baianos Daniela Mercury, Luedji Luna, Majur, Tia Má e Giovani Cidreira, além de nomes de peso como Maria Gadú, Paulo Miklos, Adriana Calcanhotto, B Negão, Dudu Nobre, Emicida, Tereza Cristina, Rael, Felipe Cordeiro e Francisco El Hombre.

 

 

Grafiteiro Scank é morto enquanto trabalhava em avenida no Imbuí
Foto: Reprodução

O grafiteiro Jailson Galdino Souza dos Santos, conhecido como Scank, foi morto a tiros na madrugada desta quinta-feira (13) enquanto trabalhava com um amigo, na Avenida Jorge Amado, no Imbuí. De acordo com a Polícia Civil, ninguém foi preso. O artista tinha 27 anos e diversas obras espalhadas por locais de Salvador e integrou a lista de artistas da CowParade e foi responsável pela pintura da vaca hoje exposta no Centro de Treinamento do Bahia, na cidade de Dias D’Ávila.

 

Segundo o G1, o amigo que estava junto com ele foi espancado pelos suspeitos e socorrido para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Marback. Não se sabe qual é o estado de saúde dele.

 

De acordo com a família de Scank, o grafiteiro conversando com o amigo antes de iniciar a pintura de um muro, nesse momento, cerca de cinco homens armados os abordaram e começaram a espancar as vítimas. Ao tentar fugir, o grafiteiro foi baleado e morreu no local.

 


Obra do artista em Plataforma | Foto: Reprodução / Instagram

 

O corpo de Jailson Galdino foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Salvador e o caso está sendo investigado pela 1ª Delegacia de Homicídios (DH/Atlântico). O velório e sepultamento da vítima deve acontecer na sexta-feira (14).

 

Os amigos de Scaknk irão fazer um ato na pista de skate dos Barris hoje, a partir das 18h. Eles também farão uma arrecadação para ajudar a pagar as despesas com o enterro. Quem quiser colaborar pode fazer um depósito para Roselene Cássia de Alencar (CPF 31325246549), na Caixa Econômica Federal, agência 1021, conta corrente 7558-8.

'Muito triste', Regina Duarte critica 'toma-lá-dá-cá’ ideológico' e polarização na cultura
Foto: Reprodução / Youtube

Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, a atriz Regina Duarte publicou um desabafo em suas redes sociais a respeito da polarização na cultura do país. “Que coisa mais triste, a arte em toda a sua grandeza submetida aos ditames da política do ‘toma-lá-dá-cá’ ideológico que ameaça pairar acima da obra artística, aquela que deveria ser intocável.... Não?!”, publicou a artista, que disse estar “muito triste” com o que vem acontecendo.


“Fui educada pra não ‘misturar alhos com bugalhos’, termo que talvez se aplique à forma de lidar com as artes da nossa cultura neste momento. Muito triste.#SempreporAmoraoBrasil”, acrescentou.


Recentemente, em entrevista ao colega Carlos Vereza para uma série do TV Escola, ela falou sobre seu papel na cultura nacional e descartou a possibilidade de ocupar um cargo político junto ao governo Bolsonaro. “Eu contribuo de fora com tudo o que puder para fazer a cultura florescer”, disse Regina (clique aqui e saiba mais).

Com debate sobre 'surdos que ouvem', projeto baiano rompe paradigmas no ambiente escolar
Foto: Divulgação

Único representante baiano entre 15 ideias de todo país selecionadas pelo desafio “Inovadores Surdos Que Ouvem” - lançado pela comunidade de mesmo nome no Facebook -, o projeto “Surdos que Ouvem e Tecnologias Auditivas” tem movimentado o Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), escola da rede estadual situada no Colégio Central, em Salvador. Realizado com o objetivo de dar visibilidade e conscientizar a sociedade a respeito dos diferentes níveis da surdez e suas implicações, o projeto foi idealizado pela professora e mestre em Educação Vânia Barros e culmina em um evento que inclui roda de conversa, experiências sensoriais e exposições artísticas, no dia 6 de dezembro, das 10h às 12h, com participação de professores, alunos, familiares, além de profissionais de saúde e educação. 


“Essa comunidade ‘Surdos Que Ouvem’, na verdade, nasceu de um grupo chamado ‘Crônicas da Surdez’, que é liderado por uma pessoa chamada Paula Pfeifer. Ela participou do Community Leadership Program, do Facebook, ganhou como residente pela América Latina e através disso teve acesso a um fundo financeiro para ter oportunidade de criar projetos que pudessem beneficiar a comunidade surda, dos surdos que ouvem, e essa causa. Isso foi no ano passado, e desde então ela vem fazendo algumas ações”, conta a professora, que atualmente tem 43 anos, mas desde criança sofre com problemas auditivos e hoje se reconhece como “surda que ouve”, grupo formado por pessoas com alguma perda auditiva, mas usa dispositivos eletrônicos para ouvir melhor. 


Uma das ações encabeçadas por Pfeifer é o projeto “Engajamento da comunidade e treinamento de liderança”, que incluiu a ideia de Vânia Barros entre as iniciativas apoiadas. “Dentro disso ela lançou o ‘Desafio Surdos Que Ouvem’, no qual provocou os membros, as pessoas que se declaram como surdos que ouvem lá, ou pais, famílias, para resolver um problema real da comunidade. E aí eu tive essa ideia de fazer alguma coisa aqui na Bahia. Quando a gente fala em surdez, associa logo ao surdo não oralizado, a libras, só que existe uma gama muito extensa aí, existem níveis de surdez, ela tem graus, e nem todo mundo precisa de libras. Às vezes a gente precisa de um outro tipo de acessibilidade, como aparelho auditivo e legenda. Então, eu me senti provocada e aí que eu chego no 'Inovadores Surdos Que Ouvem'”, conta a professora.

 


Projeto levou para o ambiente escolar a discussão sobre "surdos que ouvem" | Foto: Divulgação / CJCC


O apoio dado a quem participa do desafio, no entanto, não aporta qualquer ajuda financeira. “Eles enviam apenas um kit com uma blusa, dois livros, boneco da campanha e folders”, destaca Vânia, explicando que o intuito do projeto é identificar novas lideranças e, consequentemente, treiná-las para que tenham ferramentas necessárias para engajarem outras pessoas na causa. “Os proponentes dos projetos melhor executados, que gerarem mais engajamento, vão ser apenas premiados com um curso de liderança no Facebook aqui mesmo no Brasil. Fora isso não ganhamos nenhum tostão. Estou fazendo o evento com custos mínimos, com apoio da gestão da escola”, revela a educadora.


Este engajamento pôde ser percebido pouco a pouco, desde novembro, a partir das provocações suscitadas por ela, a exemplo de uma experiência sensorial que simulava, no ambiente escolar, a realidade e as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência, a partir da redução de 30 decibéis da audição de pessoas não surdas. “Eu trabalho em uma escola que tem uma metodologia de oficinas, aí tentei engajar outros professores e alunos dentro desse projeto, que termina com exposição de tudo que foi produzido e uma grande roda de conversa aberta à comunidade”, conta. “A gente vai ter uma exposição de poesia, os alunos de uma determinada oficina se inspiraram nas histórias da iniciativa 1, que é a campanha dos Surdos Que Ouvem. Eles foram lá, ouviram as histórias de 12 pessoas e estão criando poemas para dedicar a essas pessoas. Uma oficina que é mais voltada para papietagem está criando produtos artesanais, aparelhos auditivos artesanais, para serem distribuídos no dia do evento; a gente tem envolvido a oficina de fotografia para cobrir tudo que vem acontecendo”, detalha a educadora, destacando que a ideia é, além de motivar o debate na escola, também engajá-la na tomada de decisões e na percepção sobre quem é o surdo que ouve. “Muitas vezes um surdo que ouve precisa que alguém fale mais alto com ele, fale de frente pra ele, às vezes é alguém que lê lábios também. Eu escolhi o desafio de dar visibilidade a quem são esses sujeitos, os surdos que ouvem, e falar um pouquinho de tecnologias auditivas”, diz Barros. 

 


Alunos participaram de oficinas interdisciplinares e desenvolveram trabalhos voltados para o projeto “Surdos que Ouvem e Tecnologias Auditivas” | Foto: Divulgação / CJCC


Convivendo por quase toda a vida com problemas auditivos e com experiência de décadas no ambiente escolar, Vânia avalia que a escola ainda se dedica pouco a tais questões. “Não só discute pouco, mas vivencia pouco. A gente fala muito em acessibilidade, mas uma vez tendo um aluno surdo na escola, ela precisa garantir essas formas de acessibilidade. Para além dos alunos surdos que existem na escola, existem os não surdos que precisam lidar com isso, que às vezes estão imbuídos de preconceitos, que às vezes cometem bullying com seus colegas. Então, a minha ideia em fazer o evento na escola é dar visibilidade a esse tema na comunidade escolar pra que a gente engaje outras pessoas e crie empatia com esses sujeitos”, explica a educadora, que nem sempre conviveu bem com sua surdez e diz ter relutado muito antes de aceitá-la.


“Eu fui uma criança que cresceu com problemas auditivos, mas eles não eram tão graves. Muito criança eu tive os dois tímpanos perfurados”, lembra a professora, contando que até a adolescência pôde conviver com o problema físico, mas aos poucos viu o quadro se agravar. “À medida que o tempo foi passando eu fui perdendo um pouco da audição, até que quando eu tinha 21 anos eu precisei me submeter a uma cirurgia, uma timpanoplastia, reconstituição de tímpano, e depois disso eu perdi muita audição, ao ponto de ficar com uma perda severa em um dos ouvidos. Eu tenho uma perda de moderada a severa em um dos ouvidos e uma severa no outro”, revela Vânia, que notou aos poucos a deficiência e por um largo período tentou esconder esta realidade. “Eu percebia que eu não conseguia escutar a TV no mesmo tom que as pessoas que estavam no meu lado. Eu percebi que se as pessoas falassem mais de um lado, no meu ouvindo esquerdo, por exemplo, eu escutava. No direito, menos. Porque eu não sabia que eu já tinha uma perda severa naquele ouvido. E quando você começa a se deparar com isso, acho que é um movimento natural de quem sempre ouviu ter medo e negar isso. Então eu acho que inicialmente eu neguei. E quando a gente nega a gente acaba se colocando ‘no armário’ mesmo”, diz a professora.

 


A iniciativa da professora Vânia Barros foi selecionada entre 15 projetos de todo país | Foto: Divulgação / CJCC


Ainda nesse “armário”, ela usou de estratégias para disfarçar a surdez. “Você fica se esforçando pra ouvir e acaba ouvindo. Você se coloca mais perto das pessoas, se você vai a um evento, você senta lá na frente, então você vai ouvir e acaba escondido em seu próprio mundo e não revelando aquilo para as pessoas que estão ao seu redor”, explica Vânia, ressaltando, no entanto, que apesar dos esforços é impossível esconder, pois todos ao redor percebem. “Não tem como você esconder algo que já está visível. Pra mim isso é uma coisa bem básica. Se você não escuta, não consegue se comunicar, as pessoas percebem naturalmente”, avalia.


Junto com a negação veio a angústia, agravada ainda mais quando há cerca de oito anos a médica que a acompanha indicou o uso dos aparelhos auditivos. “Eles funcionariam como remédio, e pra mim foi muito difícil. Eu saí do consultório arrasada, porque, pra mim, querendo ou não, com todo conhecimento que eu tinha, aparelho auditivo estava associado a alguns estereótipos. Eu sabia que eu ia sofrer preconceito e usar o aparelho era justamente dar visibilidade ao que eu nunca quis dar”, conta Barros. Mesmo diante da necessidade, ela resistiu por quase cinco anos, até que a situação ficou insustentável, pois já prejudicava o exercício de sua profissão. Junto a isso, um incidente foi marcante na decisão de aceitar sua condição e o tratamento. “Nesse período teve uma situação que foi meio gota d’água. Eu fui ao teatro, sentei no meio e não consegui ouvir nada da peça. Eu lembro que eu chorei muito e aquela foi a gota d’água pra eu me dizer naquele dia que eu não precisava passar por isso. Eu saí do teatro determinada a usar aparelhos e comecei a pesquisar. Foi nesse período que eu encontrei o site Crônicas da Surdez”, lembra Vânia Barros, que após estudar as várias possibilidades encontrou o dispositivo ideal. “Eu decidi comprar um aparelho que não escondesse a minha surdez, um pouco maior, mas com um pouco mais tecnologia, com bluetooth, que atendesse à minha necessidade nesse mundo de hoje, contemporâneo”, conta a educadora.


A partir da própria experiência, Vânia dedica parte de sua vida e seu ofício para desmistificar alguns preconceitos e desnudar uma realidade ainda pouco discutida no país. “Eu passei por essa fase da revolta, da negação, da aceitação, e eu acho que hoje eu tenho uma obrigação social de falar para outras pessoas que usar um aparelho auditivo não é nenhum bicho de sete cabeças, de dizer que a surdez tem graus, de falar para as pessoas que elas precisam ter uma atitude preventiva em relação a sua audição. Muitas vezes a gente elege o sentido da audição como algo que não é tão importante, nunca faz uma audiometria, nunca vai a um otorrino, só faz isso quando sente alguma dor de ouvido ou garganta. E eu acho que hoje é muito bom dizer que eu uso aparelho auditivo e que ele ajuda a minha vida. Se eu não usasse talvez eu não desse mais aula”, diz a professora, que chegou a perder a capacidade de desfrutar de pequenos prazeres, mas voltou a contemplá-los. “Eu não escutava mais o som de pássaros, e hoje eu escuto. Eu moro do lado de uma reserva, e a primeira coisa que eu faço quando eu acordo é colocar os meus aparelhos. E eles são como óculos, por exemplo. Se você é míope você só enxerga de óculos, então a gente tem que começar a ver o aparelho como essa peça”, defende a professora, que sonha que em um futuro próximo os dispositivos auditivos percam a marca negativa e passem a ser incorporados até como assessórios, como hoje são os óculos.

Alto do Cabrito recebe festival que debaterá arte, memória e identidade negra
Foto: Divulgação

O Alto do Cabrito, bairro localizado no subúrbio ferroviário de Salvador, receberá entre os dias 21 e 24 de novembro a primeira edição do festival artístico Cabrito Berra. Com a proposta de colocar em pauta temas como a arte, memória e identidade negra local, serão realizados, entre os quatro dias, mesas de debates, exibições de filmes, oficinas de qualificação, além do Sarau do Cabrito que contará com Banda Erê, do bloco afro Ilê Ayê. 

 

Com toda a programação gratuita, um dos destaques do Festival Cabrito Berra será a exibição do documentário “Bando, um filme De:”, na sexta-feira (22), na sede do Grupo Cultural E². Após a exibição do produto audiovisual, que contará a trajetória do Bando de Teatro Olodum, os presentes poderão participar de um bate-papo com integrantes do grupo teatral. 

 

Com apoio da Associação de Moradores do Alto do Cabrito e Adjacências, o Cabrito Berra - Festival de Arte do Alto do Cabrito será sediado na Amaca, Escola Municipal Padre Norberto, Escola Estadual Tereza Helena Mata Pires e no Grupo Cultural E². O evento é organizado e produzido em parceria com a Múltipla - Ideias e Ações Culturais e o Coletivo de Produtores Culturais do Subúrbio. 

 

SERVIÇO:
O QUE: Cabrito Berra - Festival de Arte do Alto do Cabrito
QUANDO: 21, 22, 23 e 24 de novembro
ONDE: 
- Amaca - Associação de Moradores do Alto do Cabrito e Adjacências
- Escola Municipal Padre Norberto
- Escola Estadual Tereza Helena Mata Pires
- Grupo Cultural E²
VALOR: Gratuito.  

 


Fotos: Divulgação 
 

Com ataques a artistas brasileiros, secretário choca estrangeiros em reunião da Unesco
Foto: Divulgação

O ex-diretor da Funarte, nomeado há dez dias como Secretário Especial de Cultura pelo presidente Jair Bolsonaro (clique aqui), Roberto Alvim chocou delegações estrangeiras ao proferir um discurso ultraconservador com ataques à classe artística nacional, em na reunião anual da Unesco, realizada em Paris, França, nesta terça-feira (19).


De acordo com informações do Uol, o brasileiro, que ganhou o novo cargo após insultar Fernanda Montenegro (clique aqui e saiba mais) e propor a criação de um banco de dados de artistas conservadores para criar uma “máquina de guerra cultural” (clique aqui), afirmou durante o evento que "nas últimas duas décadas, a arte e a cultura brasileira foram reduzidas a meros veículos de propaganda ideológica, de palanque político, de propagação de uma agenda progressista avessa às bases de nossa civilização e às aspirações da maioria do nosso povo".


Para espanto da plateia, composta por ministros de diversos países, o secretário defendeu ainda que "passamos não mais a produzir e experimentar arte como uma ferramenta para o florescimento do gênio humano" e afirmou que "a arte brasileira transformou-se em um meio para escravizar a mentalidade do povo em nome de um violento projeto de poder esquerdista, um projeto mesquinho que perseguiu e marginalizou a autêntica pluralidade artística de nossa nação".


Subindo ainda mais o tom, Alvim afirmou que "a arte e a cultura no Brasil estavam a serviço da bestialização e da redução do indivíduo a categorias ideológicas, fomentando antagonismos sectários carregados de ódio - palcos, telas, livros, não traziam elaborações simbólicas e experiências sensíveis, mas discursos diretos repletos de jargões do marxismo cultural, cujo único objetivo era manipular as pessoas, usando-as como massa de manobra de um projeto absolutista". Segundo ele, a "ideologia de esquerda perpetrou uma terrível guerra cultural contra todos os que se opuseram ao seu projeto de poder, no qual a arte e a cultura eram instrumentos centrais de doutrinação".


Alvim acusou ainda o movimento progressista de acabar “quase totalidade do teatro, da musica, das artes plásticas, da literatura e do Cinema” e afirmou que isso “não ocorreu de modo espontâneo", mas foi "meticulosamente pensado, orquestrado e executado por lideranças tirânicas para nossa submissão".


Em contraponto, o titular da Cultura afirmou que hoje isso acabou, apesar de ele mesmo ter convocado artistas conservadores para uma cruzada ideológica. Segundo ele, com o governo Bolsonaro "os valores ancestrais de elegância, beleza, transcendência e complexidade encontraram uma nova atmosfera". Ele defendeu também que a nova gestão permitiu “retomar o sonho de libertar a cultura e colocá-la na direção de princípios poéticos sagrados" e que o governo está "envolvido na árdua tarefa de promover um renascimento da arte e da cultura brasileira", além de prometer " promover uma cultura alinhada às grandes realizações de nossa civilização judaica-cristã".


Segundo o Uol, o discurso, cujo encerramento incluiu "para a glória de Deus" e "que Deus os abençoe", foi recebido tão mal pela plateia, que uma das missões estrangeiras encaminhou o texto lido pelo brasileiro, citando o espanto pela guinada ideológica oficial sobre as artes no Brasil. Ainda de acordo com a publicação, após a fala de Alvim, ainda durante o evento, , um governo europeu tomou a palavra para fazer elogios à classe artística brasileira. Outros diplomatas de países vizinhos revelaram ainda que o discurso levou alguns participantes ao riso.

Primeira etapa do Museu da Música Brasileira de Salvador deve ser entregue em 1 ano
Foto: Rodrigo Daniel Silva / Bahia Notícias

O Museu na Música Brasileira de Salvador, abrigado pelo Casarão dos Azulejos Azuis no Comércio, deve ter sua primeira etapa entregue pela prefeitura da capital em até um ano, garantiu, nesta sexta-feira (18), o subsecretário municipal da Cultura e Turismo, Pablo Barrozo. A ordem de serviço do espaço, que promete promover o resgate histórico e cultural da música produzida no Brasil, foi assinada pelo prefeito ACM Neto nesta manhã.
 

O equipamento tem investimento de R$ 7,8 milhões e terá obras executadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra), por meio da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) e sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), que ainda deve licitar uma consultoria para a curadoria do espaço. “Iremos lançar uma licitação para estudar o conceito do museu. O carro chefe do espaço será a música baiana, mas temos definições que precisam ser feitas”, declarou Barrozo. 

A licitação deve contratar uma consultoria para estudar qual a melhor temática a ser adotada pelas peças do museu. Perguntado se o axé ou algum outro ritmo terá um espaço maior no equipamento, Barrozo respondeu: “É uma discussão que terá de ser feita. O axé, a Música Popular Brasileira (MPB) e os ritmos que têm relação com a matriz africana terão que ser um mix que representa todos os gostos da legítima arte baiana”, declarou.

 

O projeto do Museu da Música Brasileira possui área construída total de 1.914,76 m², em imóvel situado na Rua da Bélgica, s/n. Além do resgate histórico, já que se trata de uma área tombada, a iniciativa pretende transformar o local em um espaço destinado à cultura e aberto ao público, e faz parte da série de investimentos promovidos pela administração municipal para a revitalização da região do Comércio, dentro do programa Salvador 360, eixo Centro Histórico.

Destroços de incêndio do Mercado Modelo viram esculturas em mostra de Cravo Júnior
Foto: Divulgação

Pedaços de madeira que sobreviveram ao incêndio no Mercado Modelo de Salvador, em 1984, foram transformados em obras de arte nas mãos do soteropolitano Mario Cravo Júnior. As mais de 30 esculturas estão expostas na mostra “Cabeça de Tempo”, a partir deste sábado (19), em São Paulo. 

 

O material imprime a crença de Cravo Júnior sobre o poder da morte como renascimento e também refletem como o novo devora o antigo. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, esta será a primeira exposição com obras de Mario Cravo Júnior montada desde sua morte no ano passado, aos 95 anos e mais de sete décadas de carreira. 

 


Foto: Divulgação

 

O nome da mostra remete ao fato de que todas as obras retratam cabeças que flertam com a iconografia africana, já que a maioria representa exus e são muito presentes na produção do artista desde os anos 1960. 

 

Com peças expostas em duas edições da Bienal de Veneza e diversas participações na Bienal de São Paulo, Cravo Júnior é reconhecido como um dos nomes mais marcantes da escultura brasileira. 

 

A exposição encerra o ano da Leme/AD que, em 2019, focou em artistas do Norte e Nordeste do país, como o maranhense Thiago Martins Melo, que fez uma espécie de análise sobre a agonia brasileira e o fotógrafo paraense Luiz Braga, que retratou a cultura cabocla.

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