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O cantor Carlinhos Brown usou suas redes sociais para revelar seu amor pelas artes plásticas e contar seu histórico com a manifestação artística. Na sequência de publicações, ele contou que faz “experimentações na área de artes visuais” desde 2003.
Nesse muito tempo de estrada, fiz exposições no Foyer do Teatro Castro Alves (TCA) e no Foyer do Jornal A Tarde, importantes equipamentos culturais para Salvador. pic.twitter.com/K6p3gtc7oj
— Carlinhos Brown (@carlinhosbrown) May 8, 2024
“Muita gente não sabe, mas eu sou, entre tantas outras coisas, artista plástico! É, minha gente, nem só pelos batuques do timbau, vibra esse coração”, conta ele.
Em seguida, ele explica como surgiu seu interesse pela arte. “Não veio do nada, meu pai, Seu Bororó, era pintor de paredes. Tive essa referência da potência dos pincéis, traços, tintas e cores em casa”.
Cheguei a levar meus quadros para expor fora das fronteiras do meu Brasil! ‘La Mirada que Escucha’, em 2019, estava ocupando o rol dos salões do renomado Espacio Fundácion Telefónica, em Madri, na Espanha. pic.twitter.com/hvguMZGxNM
— Carlinhos Brown (@carlinhosbrown) May 8, 2024
Sendo um artista plástico há mais de 20 anos, o cantor já fez exposições em diversos lugares do mundo. “Fiz exposições no Foyer do Teatro Castro Alves (TCA) e no Foyer do Jornal A Tarde, importantes equipamentos culturais para Salvador. Minha exposição ‘O Olhar que Ouve’, chegou a ser apresentada no Palácio do Planalto. Vocês acreditam?”.
“Cheguei a levar meus quadros para expor fora das fronteiras do meu Brasil! ‘La Mirada que Escucha’, em 2019, estava ocupando o rol dos salões do renomado Espacio Fundación Telefónica, em Madrid, na Espanha”, completou.
Agora, me digam, vocês conheciam essa minha faceta? pic.twitter.com/c540y9M2cG
— Carlinhos Brown (@carlinhosbrown) May 8, 2024
O artista plástico Bel Borba foi convidado, pela terceira vez, para participar da Bienal de Esculturas de Montreux, que acontece na Suíça no dia 4 de outubro.
Para o evento, Bel criou a escultura intitulada ‘0,02’, com 3 metros de altura. A obra referencia uma onda gigante formada por cinco lâminas, sendo que cada uma representa um oceano. Neste trabalho, o artista chama atenção para o escasso volume de água presente no planeta e procura trazer uma reflexão sobre a importância da preservação dos mares.
Em suas redes sociais, o escultor já vinha compartilhando o processo de criação do seu recente trabalho e se mostrou honrado ao publicar um momento onde crianças estão interagindo com a sua escultura.
“Ter a obra povoada com as crianças interagindo com o monumento é o sonho de todo artista, a obra se incorpora a vida da comunidade. Uma dádiva!”, escreveu Bel.
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O artistas plásticos baiano pioneiro das estampas Afrobaianas Carnavalesco, Alberto Pitta, participou na última sexta-feira (2) do lançamento da mostra coletiva “O Quilombismo: Of Resisting and Insisting. Of Flight as Fight. Of Other Democratic Egalitarian Political Philosophies”, em Berlim, na Alemanha.
“Fui convidado pela Casa das Culturas do mundo, para fazer uma exposição e participar de uma coletiva com outros artistas negros da diáspora. Para cá, eu trouxe duas séries inéditas: Ogum, que são 7 & Moradiasmo. Feliz em fazer parte de um projeto que exalta a cultura e que amplia, ainda mais, as portas do mundo para minha arte”, escreveu em suas redes sociais.
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O artista plástico Elano Passos está apresentando uma nova coletânea de artes com o tema "Do Mar".
As 10 telas mostradas para o público foram criadas em 2022 e trazem diferentes tamanhos e personagens, como a Rainha do Mar, pescadores, barcos e tudo o que remete à atmosfera praiana.
Segundo Passos, viver próximo à praia do Rio Vermelho lhe traz a criatividade para fazer as artes. "O fato de estar todos os dias de frente para o mar do Rio Vermelho no meu ateliê, respirar aquele ar e me inspirar com a vista, me despertou criar obras com esse tema que envolve, não apenas o dia-a-dia da região como também a tradicional festa de Iemanjá", conta.
A casa cultural Colaboraê é a nova residência artística e ateliê do artista plástico Elano Passos. No espaço, localizado no Rio Vermelho, o artista vai criar peças e também receber clientes para mostrar suas obras. “Estar em um ambiente que tem a arte pulsando em todas as suas áreas está sendo importante e mais um estímulo. Além de poder receber, seguindo todos os protocolos, as pessoas para mostrar a produção”, disse Elano.
O ateliê de Elano Passos fica localizado no Colaboraê, espaço localizado no Rio Vermelho que, além de artes plásticas, também abriga gastronomia e música.
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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em parceria com a Intermuseus promove nesta quarta-feira (27) o webinar "O legado de Burle Marx: arte e meio ambiente". Com inscrição gratuita, o evento sobre o artista plástico Roberto Burle Marx ocorre a partir das 16h.
Responsável por projetos como o do Aterro do Flamengo, o calçadão de Copacabana, e o paisagismo do Eixo Monumental de Brasília e do Largo Terreiro de Jesus, ele é considerado como um dos maiores paisagistas do século XX. Burle Marx tornou-se mundialmente conhecido por criar o conceito de jardim tropical moderno, que utiliza a flora tropical em harmonia com a paisagem local.
A iniciativa é parte do Programa de Requalificação do Sítio Roberto Burle Marx. A programação do webinar conta com a participação de quatro especialistas: Claudia Storino, Andréa Buoro, José Tabacow e Vera Beatriz Siqueira.
Um dos 10 selecionados entre 456 inscritos, o artista plástico Felipe Rezende representa a Bahia na 7ª edição do Prêmio EDP nas Artes, iniciativa realizada em parceria com Instituto Tomie Ohtake que tem o objetivo de dar visibilidade ao trabalho de jovens talentos brasileiros. Aos 26 anos, o soteropolitano que concluiu o bacharelado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), em 2019, celebrou a conquista e destacou que ela vem em um momento mais que oportuno.
“Primeiramente, o prêmio foi muito importante por conta dessa grande necessidade na nossa vida, de que nossas ações façam sentido. A opção por viver de arte, seja contemporânea ou revezando com os serviços de ilustração, tem muito disso. E eu acho que a pandemia veio trazer grandes questionamentos sobre o próprio sentido, por conta de toda essa correria da vida. Então, a notícia do prêmio chegou em um momento em que, apesar de estar produzindo bastante, exatamente pra não pirar, veio fortalecer esse sentido das coisas”, explica Felipe, em referência às questões existenciais sobre as quais tem refletido. “É como se houvesse um grande firmamento em que todas essas coisas que fazem sentido em nossa produção ficassem momentaneamente abaladas, por conta desse outro lado da vida, que é essa premissa de sobreviver e continuar existindo”, pondera, destacando que o prêmio é um alento e um incentivo para seguir adiante.
A produção que lhe rendeu esta projeção é um conjunto de três trabalhos inéditos, instalações que unem desenhos e objetos encontrados no cotidiano. Felipe conta que o projeto é resultado de pesquisas realizadas na Ladeira da Fonte, onde começou a coletar detritos gerados em obras de Salvador. Através desse olhar, materiais como fragmentos de pisos táteis e pedaços de concretos, tudo isso, segundo o artista baiano, são “suportes que servem de veículos para as imagens, signos muitos caros que expõem a brutalidade do sistema” e contam pequenas histórias.
Trabalho do baiano une desenhos a materiais do cotidiano
O baiano conta que a boa nova veio com entusiasmo e também de forma inesperada, pontuando, entretanto, que mesmo jovem já vinha trilhando uma estrada. “Eu fiquei muito surpreso. Apesar de ter formado agora, eu demorei na graduação. Eu gosto de dizer que eu aproveitei bastante ela. Porque a gente tem uma grande questão, quando a gente forma em Artes não quer dizer que a gente está preparado para o mercado, então eu já atuava antes, já tinha participado de editais, por exemplo, de Mobilidade Artística, viajei para o México, fiz exposições, então eu já estava tentando desde antes. Eu creio que 2017 foi o início, assim, um pouco mais consciente de tentar ingressar na cena de Salvador e de fora, de tentar entrar no eixo Rio - São Paulo, que é onde a gente sabe que está concentrado isso”, lembra Felipe Rezende.
Agora, com a conquista, ele já tem garantida uma oportunidade de colocar seu trabalho no mapa das artes no país, já que o prêmio prevê uma exposição dos dez artistas selecionados no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo. E caso fique entre os três melhores ele poderá voar ainda mais longe, ganhando mais uma residência artística internacional no currículo. A exposição deverá ter abertura em outubro, quando também deve sair o anúncio dos vencedores.
O ARTISTA
Nascido em Salvador, Felipe Rezende é formado em Artes Plásticas pela Universidade Federal da Bahia (Ufba). Trabalha sobretudo com o desenho e suas possibilidades expansivas, constituindo um encontro com o cotidiano e elementos nele contidos. "O labor e as deambulações, o entorno e seus restos, as pequenas histórias e os casos de dimensão pública servem de material para construção de narrativas visuais num liame entre ficção e realidade", define o artista.
Morreu nesta terça-feira (14), em Lauro de Freitas, o artista plástico e cartunista Carlos França, em decorrência de um infarto. França trabalhou durante mais de duas décadas no jornal A Tarde, onde se dedicou a fazer charges e ilustrações. Ele, que era designer gráfico do Senac Bahia havia 32 anos, deixa esposa e duas filhas.
Artista versátil, França criava o que lhe vinha à mente e misturava materiais como madeira, metais, cerâmica, PVC, entre outros.
Conhecido no meio carnavalesco, França desenhou diversos abadás que deram cor à folia baiana. Suas obras sempre estiveram ligadas à religiosidade dos baianos com a presença de santos e orixás cultuados nas igrejas e nos terreiros de candomblé.
O artista plástico Francisco Brennand morreu aos 92 anos, na manhã desta quinta-feira (19), no Recife. Segundo nota divulgada pelo Real Hospital Português, ele faleceu “por volta das 11h, em decorrência de complicações de uma infecção respiratória”.
De acordo com o jornal Diário de Pernambuco, um amigo do artista confirmou que Brennand estava internado para tratar um quadro grave de pneumonia. Ainda segundo a publicação, o corpo do ceramista será velado a partir das 16h, na Capela Imaculada Conceição, situada na Oficina de Cerâmica Francisco Brennand, com entrada aberta ao público.
Ceramista, escultor, desenhista, pintor, tapeceiro, ilustrador e gravador, Francisco de Paula Coimbra de Almeida Brennand nasceu em 11 de junho de 1927, no Recife, e iniciou a carreira artística no ano de 1942, como aprendiz de Abelardo da Hora, e em seguida foi influenciado por Álvaro Amorim e Murilo Lagreca. O trabalho como ceramista, por sua vez, se deu por influência de nomes como Pablo Picasso, Joán Miró e Léger.
Em novembro de 1971, o artista começou a reconstruir a velha Cerâmica São João da Várzea, fundada pelo seu pai, dando origem ao Parque das Esculturas, onde estão expostas muitas de suas obras, parte delas dispostas a céu aberto.
As obras modernistas do artista plástico baiano Genaro de Carvalho ficarão em exposição até o dia 24 de novembro, no Museu da Misericórdia. Intitulada “Genaro - Traço, Pincel e Trama”, a pinacoteca percorre por diversas fases do autor, promovendo a reunião de 59 obras adquiridas por colecionadores que fazem parte da irmandade da Santa Casa da Bahia.
Com a curadoria de Simone Trindade, a exposição faz parte das comemorações dos 450 anos da instituição. Além das pinturas em cores vibrantes representando a flora, fauna casarios e mulheres brasileiras, o público poderá conferir desenhos e tapeçarias do artista, que ao lado de Carlos Bastos e Mário Cravo Jr., marcaram a primeira geração de modernistas da Bahia.
A exposição “Genaro - Traço, Pincel e Trama” está aberta a visitação de terça-feira a sexta-feira, das 8h30 às 17h30, aos sábados, das 9h às 17h, e domingos e feriados, das 12h às 17h. Os ingressos estão custando R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
SERVIÇO:
O QUE: Exposição “Genaro - Traço, Pincel e Trama”
QUANDO: Até o dia 24 de novembro.
- Terça-feira a sexta-feira, das 8h30 às 17h30
- Sábados, das 9h às 17h
- Domingos e feriados, das 12h às 17h.
ONDE: Museu da Misericórdia, Rua da Misericórdia, 6, Centro Histórico.
VALORES:
- R$ 10 (inteira)
- R$ 5 (meia)
O artista plástico baiano Irakitan Sá morreu, aos 65 anos, nesta quarta-feira (10), em São Paulo, após um infarto. “Hoje o Centro Histórico de Salvador perdeu o dos maiores artistas plásticos da Bahia do Pelourinho. Meu Amado tio Irakitan Sa", informou a sobrinha do artista, Itaiata de Sa, pelas redes sociais, convocando ainda os artistas locais para prestar uma homenagem a Irakitan: “Peço a meus amigos artistas do Centro Histórico uma meditável homenagem. Telas com casarios pretos”.
Segundo a família, o sepultamento será realizado nesta sexta-feira (12), a partir das 10h, no Cemitério do Carmo, na Baixa de Quintas, em Salvador.
Em nota, o Conselho Estadual de Cultura manifestou pesar pela morte do baiano: “Artista Plástico, conhecido como importante incentivador e agitador cultural. Irakitan era também conhecido como um dos colaboradores dos movimentos culturais do Centro Histórico de Salvador, impulsionando inclusive a carreira de diversos artistas da música baiana. Sá também com sua arte deu mais colorido ao Pelourinho através de suas obras, seus quadros são conhecidos pela ‘'arte naif’ que apresenta a originalidade e expressão em seus traços. Irakitan deixou uma legado artístico e continuará sendo uma referência para artistas deste mesmo segmento. Para familiares e amigos os nossos sentimentos”.
Outros artistas também lamentaram a morte de Irakitan: "Extremamente sentido ao saber do falecimento do grande amigo e artista Irakitan Sa! A arte chora!", manifestou-se o artista plástico Menelaw Sete. “Me viu menino, me acolhia em seu atelier no Centro Histórico sempre que fosse possível. Me falava de como permanecer integro em meio à malandragem e me ensinou a arte do casario e das colorações tropicais, além de ter aberto, juntamente com Edfran Santos os caminhos para que eu me apresentasse nos palcos europeus como crooner da ‘Banda do Pelô’. Gratidão mestre, o levarei no coração para sempre!”, escreveu o ator, musico, pintor, escultor e escritor Nahuel Caran.
Após o furto de partes de um conjunto de esculturas de Mário Cravo Jr., instalado na antiga sede dos Correios, em Salvador (clique aqui e saiba mais), a família do artista plástico baiano se reunirá com o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) para definir o destino das obras. “Vai ter uma reunião marcada no início da semana que vem. Estavam querendo saber para onde iam levar”, revela o filho de Mario, Ivan Cravo, ao Bahia Notícias. “Participo eu, meu irmão, parte da família, João Carlos de Oliveira, diretor do Ipac, e o pessoal da área federal, que vem de Brasília para tratar dessa parte”, contou.
O local onde estão instaladas as três esculturas de Mario Cravo, que representam os orixás Oxalá, Exu e Iemanjá, será desativado, mas ainda não se sabe para onde as obras serão levadas. “O problema é o seguinte: as obras foram doadas aos Correios, que doaram ao Ipac. Elas iam ser restauradas, mas foram depredadas dentro de uma área federal”, explica Ivan.
Antes mesmo do furto, o Instituto Mario Cravo Neto lançou uma petição pública online com o objetivo de sensibilizar a Secretaria de Cultura da Bahia para a abertura do processo de tombamento do conjunto de esculturas do artista plástico baiano (clique aqui), morto aos 95 anos, em agosto de 2018 (clique aqui).
Dispostas em diversos pontos da capital baiana, as obras de Mário Cravo Júnior – morto em agosto deste ano (clique aqui e saiba mais) - já são parte da paisagem da cidade, mas agora o nome do artista estará estampado também em uma placa, para batizar uma rua de Salvador. A Lei que dá o nome do artista plástico baiano ao logradouro público situado no bairro de Fazenda Grande III foi decretada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito ACM Neto, nesta quarta-feira (7). De acordo com publicação no Diário Oficial do Município desta quinta-feira (8), “as despesas decorrentes da presente Lei correrão por conta da verba orçamentária vigente”.
A rua Mário Cravo Júnior tem início na rua Vereador Zezéu Ribeiro e termina no Caminho 101, tendo como coordenadas iniciais X - 566.358,730; Y - 8.573.952,410 e finais X - 566.325,150 e Y - 8.573.904,500.
Mário Cravo Jr. morreu, nesta quarta-feira (1º), em Salvador, aos 95 anos. O artista plástico baiano havia sido internado no dia 17 de julho, para tratar uma pneumonia (clique aqui), mas teve alta médica da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Teresa de Lisieux no último sábado (27), após apresentar melhoras no quadro de saúde. A morte foi confirmada pelo filho do artista, Ivan Cravo. De acordo com nota oficial do hospital, Mário Cravo “não resistiu e veio à óbito, às 10h11 do dia 01 de agosto, por falência múltipla de órgãos”.
Nascido em Salvador no dia 13 de abril de 1923, o artista plástico, escultor, gravador, desenhista e professor Mário Cravo Júnior foi um dos pioneiros da Arte Moderna na Bahia e um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX. Grande parte de suas obras ficavam expostas no Parque Metropolitano de Pituaçu, na capital baiana, local no qual funcionava o Espaço Mário Cravo e o atelier do artista, onde ele trabalhou diariamente até pouco antes de ser internado. Apesar da importância do artista, o espaço sofre com a degradação e o abandono (clique aqui). O governo estadual, responsável pela gestão do local, chegou a afirmar que uma “grande intervenção” fazia parte dos planos futuros (clique aqui), mas até então nao houve qualquer melhoria.
Em 2013, prestes a completar 90 anos, Mário Cravo Júnior concedeu uma entrevista ao Bahia Notícias (clique aqui e confira), na qual falou sobre sua longeva carreira, a predileção por expor ao ar livre e o olhar curioso de artista. "Eu prefiro minhas obras iluminadas ao sol, porque as sombras se modificam com o movimento solar, elas variam. Uma coisa maravilhosa!", disse ele, que tem grande parte de seus trabalhos expostos pela cidade de Salvador, a exemplo da Cruz Caída, a Sereia de Itapuã e a Fonte da Rampa do Mercado.
Assista ao depoimento de Ivan Cravo e veja como estavam os espaços dedicados ao artista baiano:
O artista plástico baiano Elano Passos irá realizar uma Mostra, entre os dias 26 de julho e 5 de agosto, em um dos contâiners da Vila EcoSquare, primeira vila de contâiners de Salvador, localizada no Rio Vermelho. O desenho em nanquim, característica das obras do artista (veja aqui), irá inspirar o tema da exposição, que será “Rio Vermelho, Preto e Branco”. A proposta de Elano, é que no dia da Virada Cultural que irá ocorrer no EcoSquare no dia 4 de agosto, das 19h às 4h, sua Mostra será aberta para intervenções de outros artistas como, Alexandre Feliciano, Miu Monteiro, Tarcio Vasconcelos, André Fernandes e Ana Rosa, e Enzo Passos. “A proposta é que, ao fim do período da ocupação, o espaço seja o resultado estético de múltiplas intervenções com o caráter inusitado de uma produção artística coletiva”, afirma Passos. A Virada Cultural irá contar também com apresentações musicais e de dança, roda de bate-papo e troca de livros.
Aos 95 anos, Mário Cravo Jr. foi internado em Salvador, nesta terça-feira (17). O artista plástico baiano deu entrada no Hospital Teresa de Lisieux com um quadro de pneumonia e, segundo a nora, Maria Naponuceno, ele sofreu uma parada respiratória na quarta-feira (18).
Último modernista baiano vivo, Mário Cravo tem sofrido há anos com o abandono de parte de suas obras, expostas no Parque Metropolitano de Pituaçu (clique aqui e saiba mais). O governo estadual, responsável pela gestão do espaço, chegou a afirmar que uma “grande intervenção” fazia parte dos planos futuros (clique aqui), mas até então o espaço não passou por qualquer reforma.
O artista plástico Elano Passos iniciou sua carreira profissional como designer, mas foi sem querer que descobriu uma nova paixão. Há dois anos, enquanto desenhava com o seu filho, Elano revela que pegou uma caneta de nanquim que estava na mesa e, quando começou a desenhar os primeiros traços, gostou do resultado e decidiu continuar trabalhando com o material. O artista começou a profissionalizar os seus desenhos e decidiu não colorir suas obras. "Eu gostei tanto do contraste do preto no branco, que eu preferi manter [...] Como eu penso muito na simplicidade, quanto menos cor, mais simples fica a arte. Eu tento sempre trazer a essência da arte e da ilustração que eu estou trabalhando", afirma Elano.
O designer, que sempre busca humanizar suas obras, conta que o seu processo criativo "nasce sem pretensão alguma" e pode surgir em qualquer lugar. "Às vezes eu estou passando ou vejo alguma coisa interessante e começo a rabiscar em um guardanapo, ou num pedacinho de papel, e depois eu penso em uma linha mais definitiva", revela o baiano. Influenciado principalmente por Carybé e Tarsila do Amaral, Elano declara que algumas obras que encontra na internet também servem como base para o seu trabalho. "Com a internet, hoje em dia a gente termina conhecendo tanta coisa e tantos artistas excelentes que são anônimos e não esperávamos que eles também iriam servir como referência", fala o artista.
Em 2017, Elano participou de duas exposições. A primeira ocorreu em março no Shooping Cidade e teve como tema principal o aniversário de Salvador. A mostra "Salvador em Nanquim" foi o primeiro contato dele como artista com a cidade baiana e garantiu um retorno muito bom do público, fazendo com que ele ficasse ainda mais motivado para continuar. "Era um momento que eu tinha para realmente retribuir para Salvador, já que ele me inspira o tempo todo", declarou. Quatro meses depois, o mesmo local convidou o artista para realizar uma exposição com uma duração maior, intitulada "Bahia em 4 estilos", e Elano convidou outros três artistas que trabalham com técnicas diferentes para realizar o projeto junto com ele. "Pensando sempre no coletivo e no momento colaborativo, resolvi convidá-los", conta.
Ainda no ano passado, Passos teve suas obras reconhecidas por dois grandes músicos baianos. Carlinhos Brown recebeu, durante uma das suas apresentações no Museu do Ritmo, um troféu-arte em que Elano tinha desenhado o cacique. "Foi um momento bacana, porque Brown é uma referência musical e um grande ídolo baiano", explica Passos. Gilberto Gil foi o segundo artista a enaltecer o trabalho de Elano, que fez um desenho em homenagem aos 75 anos do músico. Passos revelou ao Bahia Notícias como o cantor ficou sabendo da sua obra: “Eu fiz uma arte e apenas publiquei nas redes sociais, e quando vi um dia ele repostando a obra, fiquei muito feliz". "Para nós, que estamos começando na arte, receber o retorno de artistas renomados como eles é importantíssimo", completa.
Elano também firmou uma parceria para o livro "Poesia que Transforma", do cearense Bráulio Bessa, que ficou conhecido por suas participações no programa "Encontro com Fátima Bernardes", da TV Globo. A publicação foi lançada em Salvador no início deste mês. Passos disse que encontrou o poeta pela primeira vez quando ele veio para Salvador no ano passado e teve a oportunidade de entregar uma obra que ele tinha feito em homenagem a uma das poesias do cearense. "De lá pra cá, a gente vinha se falando e fui surpreendido com a ligação da editora, em nome de Bráulio, que sugeriu meu nome para ilustrar o livro", conta Elano. O ilustrador passou então por um processo diferente no momento de fazer os desenhos para o livro: "ele me mandou as poesias, e eu estava trabalhando em cima delas, então tinha que ter um processo de interpretação para trazer realmente a arte em cima do que ele estava escrevendo. Na ocasião, você tem a história toda dele, que é impressionante. Então você mergulha realmente no assunto e tenta viajar como o poeta viajou ali".
Questionado sobre as dificuldades que o mercado da arte encontra, Elano se mostrou muito confiante com as obras que tem realizado. "Eu não estou sentindo tanta dificuldade, porque a minha arte tem uma identidade muito forte e eu tenho tido uma receptividade muito boa, tanto como obra de arte realmente, quanto a ilustração, que foi o que aconteceu de forma inesperada". O artista acredita que o mercado de uma forma geral passa por dificuldades, mas destaca que está tranquilo com relação a isso, porque suas telas tiveram uma "aceitação muito boa do público".
Aliás, as redes sociais se tornaram o principal meio para que pudesse criar uma relação com o público de fora de Salvador. "Isso tem contribuído bastante e criado uma conexão bem bacana com as pessoas de outros lugares", afirma o ilustrador. Para atender a esses admiradores que não moram na capital baiana, Elano revela que já está articulando uma exposição grande fora da Bahia, para acontecer ainda no segundo semestre. Além disso, deve alçar voos ainda maiores: já tem alguns contatos no Canadá para tentar realizar uma exposição lá.
O artista plástico Jayme Figura foi atropelado nesta terça-feira (8). Em entrevista ao Metro1 Jayme contou como aconteceu: “Uma moto me pegou, ali na Gal Costa, no pistão. Um ferro entrou em meu braço, foi muito sangue. Agora estou ainda mais impedido de trabalhar. Não sei se foi por causa da bandeira de Neto, que esse pessoal não gosta. Ou então é uma maré de azar desgraçada”. O artista citou o prefeito, pois acredita que o ataque tenha ocorrido por consequência de utilizar emblemas de Neto e também por ter apoiado o ex-governador Antônio Carlos Magalhães, que morreu em 2007. “Estou com medo de usar a bandeira de (ACM) Neto. A prisão de Lula só enlouqueceu mais as pessoas", contou ao site. Atropelado também em outubro de 2016, no dia da reeleição de ACM Neto, Figura contou que enfrenta dificuldades financeiras e forneceu seus dados bancários para aqueles que tiverem interesse em ajuda-lo: Bradesco | Agência: 2210-1 | Conta corrente: 0038116-0 | CPF: 135.785.455-20 Jaime Andrade Almeida.
Foto: Reprodução / Tácio Moreira / Metropress
O artista plástico baiano Felix Sampaio foi selecionado para participar da mostra “Mares, cores e estrela guia”, em cartaz de 25 de abril a 2 de maio em Vienna, na Áustria. Com curadoria de Ângela Oliveira e coordenadoria da crítica de arte Mônica Ferrarini, o projeto, que reúne obras de mais de 50 artistas brasileiros, estará exposto na The Vienna Workshop Gallery. Na ocasião, Félix Sampaio expõe uma de suas esculturas da Série “Ciclo da Vida”, que conta com peças modeladas em argila nas quais relevos em dimensões diferentes se fundem. As obras desta série são revestidas por lâminas de fibra de vidro, material predileto do artista, e pintadas com acabamento em pátina. “Quando Ângela Oliveira me convidou para participar desse grupo de artistas a expor na Europa com esse projeto Mares, Cores e Estrelas Guia com sua curadoria, fiquei feliz, pois é muito importante para nós artistas levar nossa arte para o mundo e elevar a cultura do nosso país", avalia o artista.
Vítima de um câncer na vesícula, o artista plástico e cenógrafo baiano Joãozito Lanussi faleceu na manhã deste domingo (15), em Salvador. O artista de 51 anos lutava há cerca de três anos contra a doença. Segundo informações do G1 BA, Lanussi será cremado em cerimônia realizada às 9h30, desta segunda (16), no Cemitério Jardim da Saudade. Formado na Escola de Belas Artes da Universidade Federal da Bahia (Ufba), ele tem a exposição "Encontros com Da Vinci", de 1988, como um de seus trabalhos mais destacados. Lanussi foi ainda fundador e proprietário da empresa Blade Cenografia & Design.
Morreu, na noite desta terça-feira (8), aos 78 anos, o artista plástico argentino Reinaldo Eckenberg, radicado na Bahia há 51 anos. De acordo com informações de Ronaldo Jacobina, no Correio, Eckenberg foi hospitalizado após sofrer um infarto, na segunda-feira (7). Segundo a publicação, o artista chegou a ter um quadro de melhora na terça (8), mas voltou a enfartar e não resistiu. A morte foi informada pelos amigos nesta manhã. Reinaldo Eckenberger nasceu na cidade de Buenos Aires em 1938, mas foi Salvador o lugar onde ele decidiu viver, desde 1965. Sua obra foi revisitada no ano passado, com a exposição “Reinaldo Eckenberger – Uma Poética do Excesso” (clique aqui), que ficou em cartaz por mais de um mês na Caixa Cultural. “Seios fartos escapam de decotes suntuosos e decadentes. Línguas se projetam em busca de prazer, inclusive o de satirizar. Boca, falo, fetiche, olhos arregalados em êxtase. Não são apenas estes elementos que nos apontam que a obra de Reinaldo Eckenberger é marcada pelo erotismo. As ideias de Georges Bataille, autor francês do início do século XX, estudioso das religiões e das incipientes teorias psicanalíticas, iluminam este primeiro olhar e nos revelam um possível erotismo nos corpos unidos, híbridos, criados pelo artista em diversos materiais e técnicas. Eckenberger vai além e transgride a interdição do incesto em seu mundo imaginário onde duas figuras, a mulher e o menino, aparecem de forma insistente, sobretudo a partir da década de 70”, assim descreve a jornalista Luciana Accioly Lima, curadora da mostra, acrescentando que Eckenberger “desde a década de 60 construiu uma poética muito particular que dialoga com o obsceno, o cômico e o feio e é, sem dúvida, uma das mais expressivas no contexto da arte erótica produzida pelo modernismo baiano”.
Amigos do artista plástico Jayme Figura - personagem caricato que transitava por Salvador como uma exposição ambulante - iniciaram uma campanha para arrecadar donativos e ajudar no tratamento de saúde, após ele ter sido atropelado. “Jayme está com um problema muito delicado na coluna e a bacia. Dorme a base de tranquilizantes, precisa de um ortopedista particular, de medicamentos para tratar os locais das lesões e uma alimentação adequada para se recuperar e voltar a ser o artista que é pelas ruas do Centro Histórico”, escreveu o presidente do Grupo Gay da Bahia (GGB), Marcelo Cerqueira, em sua página no Facebook. Cerqueira destacou ainda que o artista revelou não ter recebido a indenização do Seguro de Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre (DPVAT) e, por isso, pede ajuda. Os interessados em contribuir podem fazer o depósito bancário de qualquer quantia, em nome de Jaime Andrade Almeida, na conta 038116-0, agência 2210 do Banco Bradesco.
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Obra reproduz a cidade de Salvador, com destaque para pontos turísticos | Foto: Reprodução / Facebook
“O que preciso na realidade é mostrar que ela [a maquete] existe e que tem que ser atualizada, dar manutenção. Tem que ter limpeza semanal, para você ter uma ideia, ela é lúdica, tem o metrô funcionando, a estação do subúrbio funcionando. O problema agora é que parou tudo isso, porque depois de perder o investidor, não tive recursos p dar continuidade”, explica Chico di Assis, que teme a possibilidade de perder o trabalho artístico. “Ela está lá porque é benéfico para o aeroporto e não está incomodando agora. Mas sei que a qualquer momento vão dizer que não vai ter espaço. Se disserem que amanhã é para tirar, eu vou ter que tirar e jogar no lixo, porque não tenho para onde levar”, afirma o artista, que estima a necessidade de um investimento em torno de R$ 180 mil para deslocar a obra a outro local, além de fazer as atualizações, que levariam cerca de dois ou três meses. Ele pretende ainda refazer algumas partes da maquete e reorganizá-la de forma que possa facilitar o transporte. “Quero deixar de uma forma que se alguém quiser levar para um evento eu desmonto em dois dias e monto em outro lugar. Hoje ela não é programada para isso. Quero uma peça viva, que todo baiano e turista possa ver”.
Local: Palácio Rio Branco (Praça Tomé de Sousa, Pelourinho)
Abertura da Galeria a Céu Aberto – Exposição de Iraquitan Sá | Pelourinho Dia e Noite
QUANTO: Grátis
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Roney George faz homenagem a São Jorge, com imagem de Van Gogh
Serviço
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Serviço
O QUÊ: Apresentação pública da Identidade Visual da 3ª Bienal da Bahia
Informações: www.bienaldabahia2014.com.br
Serviço
O QUÊ: Circuito de Artes Perini - Exposição Variedade - Ivo Neto
ONDE: Loja Perini, na Avenida Princesa Leopoldina, Graça
QUANDO: até 15 de agosto, das 6h às 22h
QUANTO: entrada gratuita
Ainda não há informações sobre as circunstâncias ou a motivação da morte do artista plástico. De acordo com o jornal O Globo, o artista vinha sendo ameaçado por um ex-colaborador após desentendimentos profissionais. O caso foi registrado na 7ª Delegacia de Polícia, em Santa Teresa, onde será investigado.
Com 250 degraus, a escadaria se transformou em um badalado ponto turístico após a intervenção do artista plástico. Pintor e ceramista, Selarón se mudou para o Rio na década de 90, quando começou a produzir o mosaico na região com cerâmicas de diferentes partes do mundo. Ele também tinha um ateliê na região. Em 2005, o trabalho do artista na escadaria foi tombado pela prefeitura do Rio.
Entre os anos de 1986 e 1987, Selarón conheceu um baiano no Rio de Janeiro, que o convidou a visitar Salvador. O chileno morou durante mais de dois meses na Ribeira, próximo à sorveteria, local que ainda abriga doze dos setenta quadros pintados durante a estadia na Bahia.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.