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caatinga
Os alunos do Colégio Estadual Antônio Batista, localizado em Candiba, interior da Bahia, desenvolveram um creme dental orgânico, a partir de componentes da caatinga. O projeto foi desenvolvido no Programa Ciência na Escola, da Secretaria da Educação, (SEC) e tinha como objetivo criar um produto orgânico e sustentável, que cuidasse da higiene bucal.
Para realizar o produto, os estudantes contaram com a orientação de William Oliveira e utilizaram o extrato do juazeiro e da hortelã. Segundo Késia, esse método preserva as práticas tradicionais e os conhecimentos de outras gerações.
“Após escutar relatos positivos de pessoas idosas sobre o uso do juazeiro e da hortelã, tivemos certeza sobre a importância de elaborar uma alternativa sustentável para as pessoas que não têm condições financeiras de manter a saúde bucal através de meios convencionais”, afirmou a jovem.
A aluna ainda explica que os ingredientes naturais colaboram com o meio ambiente e apresentam propriedades que auxiliam na saúde, por ser desenvolvido com menos química. “O juá tem características antissépticas, antimicrobianas, anti-inflamatórias, além de ser um clareador natural. Já a hortelã tem propriedades antibacterianas, anti-inflamatórias e é um ótimo antifúngico”, explicou.
Os jovens expressam confiança de que o produto atenderá às demandas locais, dedicando-se à pesquisa e à distribuição em larga escala do creme dental, visando beneficiar a população regional que busca produtos naturais.
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Em seu último dia na COP28, nos Emirados Árabes, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou, neste domingo (3), de um painel que reuniu governadores do Nordeste na defesa do bioma da Caatinga. Ao lado da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e do governador do Ceará, Elmano de Freitas, Jerônimo ressaltou que a importância ambiental e social da Caatinga precisa ser reconhecida e preservada.
“A Caatinga precisa ocupar o seu espaço na construção das políticas públicas de preservação no Brasil. Colocamos à mesa do governo federal uma proposta para a criação do Fundo da Caatinga, um instrumento que vai, entre outras coisas, permitir o financiamento de ações para prevenir desmatamento, promover revegetação, educação ambiental e sustentabilidade, por exemplo”, explicou o governador da Bahia.
A ideia dos governadores do Nordeste é criar um fundo similar ao Fundo da Amazônia. A proposta foi entregue ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e está em estudo. A governadora de Pernambuco destacou a importância da Caatinga para o cumprimento das metas brasileiras de preservação. “Sem dúvidas, o Brasil é parte da solução do problema climático no mundo, e queremos que o Brasil veja a Caatinga como parte da solução no Brasil”, afirmou Raquel.
A Caatinga é o único bioma que é totalmente brasileiro, está presente em todos os estados do Nordeste e no norte de Minas Gerais. Nele moram 27 milhões de pessoas e sua área ocupa cerca de 10% do território do país. Na Bahia, a Caatinga ocupa 85% do território. O estado promove ações de preservação do bioma e, em agosto de 2016, instituiu a Política Estadual de Convivência com o Semiárido, instrumento intersetorial que dá sustentação jurídica a programas governamentais e ações da sociedade civil.
“Reconhecemos a importância de todos os biomas, não queremos competir ou inviabilizar outras ações, mas o Fundo da Caatinga precisa ser pensado como mais uma ação do Brasil em seu compromisso com a questão ambiental, inclusive por conta da sua importância no processo de transição energética”, ressaltou Jerônimo.
Atualmente, 90% da energia eólica e a grande maioria dos parques de energia solar instalados no país estão na Caatinga. Como contrapartida a essa contribuição, os governadores pedem que o governo federal aprove a criação do fundo que vai garantir as condições naturais do bioma, que passa por graves ameaças, com pontos de desertificação que preocupam especialistas.
“Se engana quem pensa que a caatinga é um lugar seco e sem vida. Apesar da aridez, a vegetação tem como característica raízes profundas que seguram o carbono, contribuindo para a redução do aquecimento global. Precisamos de mecanismos que permitam preservá-la”, explicou o governador Jerônimo Rodrigues.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), entregou diretamente à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva (Rede), uma proposta de criação do Fundo da Caatinga. A reunião aconteceu na sede da pasta nesta terça-feira (31).
Já com a minuta do decreto em mãos, resultado de trabalho realizado em conjunto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Consórcio Nordeste propôs um fundo para a Caatinga inspirado no Fundo da Amazônia.
Participaram da cerimônia o secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré, a secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha, Ana Luiza Ferreira, além do secretário executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas.
Na proposta apresentada, ganham ênfase e possibilidade de financiamento de projetos para o manejo sustentável, recuperação e revitalização de áreas degradadas, apoio a projetos sustentáveis de geração e distribuição de energia, atividades econômicas desenvolvidas a partir do uso sustentável da Caatinga e, dentre outros, conservação e uso sustentável da biodiversidade.
O governador Jerônimo Rodrigues, que lidera os debates sobre meio ambiente no Nordeste, enfatizou que “a criação de um fundo específico para o bioma mais brasileiro e tipicamente nordestino é fundamental para ampliar as nossas possibilidades de convívio com o semiárido. A Caatinga nos oferece diariamente soluções de resiliência e, apoiar o potencial da bioeconomia do bioma, fomentar a agricultura de baixo carbono em pequenas e médias propriedades para a produção de alimentos e outras tecnologias sociais já conhecidas vai nos permitir um salto de qualidade em nossas políticas para a sustentabilidade”.
De acordo com Consórcio Nordeste, o Ministério do Meio Ambiente recebeu a proposta com muito entusiasmo, ressaltando o protagonismo do Nordeste no redesenho institucional e já se dispôs a montar um grupo de trabalho com o Consórcio Nordeste para elaboração de um Plano para a Caatinga e aprofundar os estudos para criação do Fundo.
Além de Marina Silva, participaram da reunião o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, e os secretários Edel Moraes, André Lima e Daniel Viegas.
CAATINGA
A Caatinga, do tupi “mata branca”, é o único bioma exclusivamente brasileiro. Dotada de uma riquíssima variedade biogenética, a Caatinga é um território que muito tem a ofertar ao Brasil e ao mundo, desde as possibilidades de sequestro de carbono da atmosfera até como sua vegetação, já tão bem adaptada a um ambiente semiárido, pode ensinar ao mundo como construir exemplos de políticas de adaptação climática em territórios com menor acesso à água.
Adiciona-se a isso o fato que a Caatinga é uma grande região natural que presta importantes serviços ao planeta. Ela também apresenta índices notáveis de biodiversidade e endemismo. A resiliência das diferentes espécies vegetais que povoam a Caatinga pode, em um mundo que vem sofrendo um processo de mudanças climáticas, ser fonte de adaptações genéticas para maior eficiência agrícola. A sua proteção, assim, é chave para a construção de um mundo adaptado às mudanças do clima e a conservação de sua biodiversidade é crucial para o atingimento dessa finalidade.
A Polícia Federal, junto a CIPE-CAATINGA/PMBA e da PM/PE, prendeu na madrugada da última sexta-feira (15) sete pessoas em flagrante por tráfico internacional de drogas, em um galpão às margens do Rio São Francisco, no município de Petrolina, em Pernambuco.
Após o recebimento de denúncia anônima, em 1/9, policiais federais passaram a realizar diligências veladas para confirmação dos fatos narrados, culminando na abordagem realizada, quando foram apreendidos 437 Kg de cocaína, no momento em que eram inseridas em caixas de mangas que seriam exportadas para a Europa. Além da droga, foram apreendidos dois veículos.
O veículo e as drogas apreendidas foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Federal em Juazeiro/BA.
O Banco do Nordeste (BNB) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciaram nesta quarta-feira (26) um acordo para um termo que viabiliza a abertura de um edital de R$ 10 milhões para restauração da caatinga, por meio do programa Floresta Viva. A iniciativa conjunta é destinada a implementar projetos de restauração ecológica com espécies nativas e sistemas agroflorestais nos biomas brasileiros.
O ato foi anunciado durante o evento Desenvolvimento Econômico – Perspectivas e Desafios da Região Nordeste, que ocorreu no Palácio do Planalto.
A diretora Socioambiental do BNDES, Tereza Campello, informou que cada instituição entrará com R$ 5 milhões para financiar os projetos.
“Vamos restaurar a mata branca, restaurar a caatinga, que é um dos biomas mais devastados, e precisa ser restaurada. Não tem a atenção que muitas vezes é dada à floresta amazônica. [Caatinga] Tem um potencial enorme de resgate de carbono, pode ser uma entrega muito importante. Então, de certa forma, BNB e BNDES estão inaugurando essa fase onde as instituições somam esforços e se dispõem a trabalhar juntos”, disse Tereza Campello.
O Ibama concluiu nesta semana operação de combate ao desmatamento ilegal do bioma caatinga na região da bacia do Rio São Francisco que resultou no embargo de 3.380 hectares, área equivalente a 3.300 campos de futebol. A Operação Mandacaru I foi realizada nos municípios de Santana, São Félix do Coribe, Sítio do Mato, Coribe, Carinhanha, Serra do Ramalho e Santa Maria da Vitória.
De acordo com informações do Acorda Cidade, parceiro do Bahia Notícias, os proprietários dos terrenos foram identificados, autuados e responderão na justiça por crime ambiental, além de serem obrigados a recuperar as áreas degradadas. As multas superam R$ 5,8 milhões.
Segundo os agentes ambientais federais que participaram da ação, o desmatamento foi realizado para ampliação de atividades agropecuárias, em especial a criação de gado, sem licença dos órgãos ambientais.
O desmatamento ilegal na caatinga empobrece o solo, provoca o assoreamento dos rios e elimina o habitat de diversos animais silvestres. Também contribui para o aumento dos níveis de gás carbônico na atmosfera, acelerando mudanças climáticas.
A superintendente do Ibama na Bahia, Lívia Martins, informou que a operação realizada na caatinga terá continuidade ao longo do ano.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.