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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

censo 2022

Justiça Federal mantém FPM de cidade baiana e nega nova contagem populacional
Foto: Divulgação / Prefeitura de Mata de São João

Uma decisão da Justiça Federal atendeu um recurso da prefeitura de Mata de São João, no Litoral Norte baiano. O Município pedia a manutenção do coeficiente de repasse do FPM [Fundo de Participação dos Municípios] baseado no ano de 2022 ou um novo recenseamento feito pelo IBGE.

 

Em decisão desta quarta-feira (24), o juiz federal Marllon Souza deferiu apenas a manutenção do FPM e não determinou um novo censo populacional. Segundo argumento da prefeitura, a negativa de um dos pedidos poderia prejudicar o orçamento local, uma vez que em dez anos, o município passou de 30,2 mil eleitores para 42,1 mil eleitores [e não moradores], segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

De acordo com o Censo do IBGE de 2022, Mata de São João tem 42,5 mil habitantes. 

Bahia tem 9 das 10 cidades do país com maior proporção de negros; Antônio Cardoso segue na liderança de índice no estado
Foto: Reprodução / Google Maps

Das dez cidades com maior proporção de pessoas negras [os que se consideram pretos e pardos] no Brasil, nove delas estão na Bahia. A primeira continua a ser Antônio Cardoso, no Portal do Sertão. O município tem 55,1% de negros e também é o segundo do país no quesito. Fica atrás apenas de Serrano do Maranhão (MA), com 58,8%. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22) e correspondem ao Censo 2022 do IBGE.

 

O segundo município com maior proporção de negros na Bahia é Ouriçangas, no Agreste baiano, com 52,8%; o terceiro é Cachoeira, com 51,8%; e o quarto é Santo Amaro, com 50,9%, as duas últimas no Recôncavo. A quinta cidade do estado em proporção é Conceição da Feira, no Portal do Sertão, com 50,3%;e a sexta é São Francisco do Conde, com 49,9%, na Região Metropolitana de Salvador (RMS)

 

A sétima é Pedrão, com 49,7%, também no Agreste baiano; a oitava é Salina das Margaridas, com 47,1%, no Recôncavo; e a nona é São Gonçalo dos Campos, com 47%, no Portal do Sertão.

 

Ainda segundo o IBGE, a Bahia continua a ser o estado brasileiro com maior proporção de pessoas pretas. Neste censo, o percentual foi de 22,4%. Em 2010, era de 17,1%. 

Bahia tem segundo maior número de indígenas do Brasil, aponta IBGE
Foto: Divulgação / EBC

Dados do IBGE divulgados nesta segunda-feira (7) apontam a Bahia com a segunda maior população indígena do Brasil. São 229,1 mil residentes no estado, ou 1,62% do total do estado, que é de 14,1 milhões e 13,53% do país. Só o Amazonas tem contingente populacional maior, com cerca de 490,9 mil. Os dois estados concentram 42,5% da população indígena do país.

 

As informações foram colhidas do Censo 2022. No país, a população indígena é de quase 1,7 milhão, ou 0,83% da população geral, que chegou a pouco mais de 203 milhões de habitantes. O IBGE apontou que foram mapeadas 134 localidades indígenas em 39 municípios da Bahia. No estado, a maioria absoluta dos indígenas, 92,49%, vive fora das terras oficialmente delimitadas.

 

Das 50 maiores cidades com população indígena do país, apenas três são baianas: Salvador, Porto Seguro, na Costa do Descobrimento e Ilhéus, no Sul. A capital baiana, com 27,7 mil indígenas, é o quarto no ranking brasileiro. Porto Seguro tem 17,7 mil e Ilhéus, com 12,9 mil indígenas.

 

A lista com os dez municípios tem Santa Cruz Cabrália [7,1 mil habitantes], Eunápolis [6,7 mil], Feira de Santana [6,6 mil], Prado [6 mil], Paulo Afonso [5 mil], Lauro de Freitas [4,8 mil] e Camaçari [4,8 mil]. 

Titulação de terra ainda é entrave para fixação de comunidades quilombolas, diz coordenador
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Um dos impasses que dificulta a permanência das comunidades quilombolas é a regularização das terras. Na Bahia, 94,77% da população quilombola está fora dos locais de origem. O estado tem o maior número de quilombolas no país, 397 mil pessoas, segundo os últimos dados do Censo do IBGE. No entanto, apenas 20,7 mil estão nas localidades.

 

Os dados sobre quilombolas foram divulgados nesta quinta-feira (27). “O maior desafio é a titulação no cartório para garantir que essas terras sejam regularizadas. Então para o nosso pessoal que está fora do seu território, que está na cidade, retornar, é preciso avançar nas titulações”, disse José Ramos, que está a frente da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). A instituição auxiliou o IBGE na preparação dos pesquisadores que visitaram as comunidades em todo país. 

 

Outra questão que faz com que os quilombolas não se fixem nas comunidades é o desemprego.  No primeiro trimestre deste ano, Bahia registrou a maior taxa de desempregados do país, 14,4%, conforme o IBGE. Índice acima do país, que ficou em 8,8%.

 

“Isso passa também pela falta de geração de emprego e renda. Porque nós temos terra, mas as terras não estão regularizadas para o nosso povo poder plantar, poder construir, para sobreviver. Sem terra, a gente não vive”, disse.

 

Ramos estima que haja quase 800 comunidades na Bahia, mas apenas cerca de 20 tem titulações, ou seja, que já tem identidade formal, o que possibilita ter acesso a serviços de saneamento básico, saúde e infraestrutura, por exemplo. A titulação é o último estágio no processo de posse definitiva das terras. A demora no processo é outro obstáculo.

Secretária afirma que passivo histórico explica quilombolas baianos fora de locais de origem
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

A Bahia tem a maior população quilombola do país, 397 mil habitantes, mas registra o maior número de quilombolas fora das comunidades. Apenas 5,23% moram nas comunidades. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) e fazem parte do Censo 2022.

 

Segundo a secretária da Promoção da Igualdade Racial, Angêla Guimarães, a desvalorização das comunidades e a falta de políticas públicas ao longo da história influenciam no índice.

 

“Estamos nisso porque o Brasil historicamente atuava de costas para o reconhecimento das especificidades da população negra, da população rural, das populações tradicionais. Então, essas populações sequer eram contabilizadas. Essa política de valorização é recente. Houve a Constituição de 1988, mas só no governo Lula teve a criação do primeiro ministério da Igualdade Racial, e na Bahia isso começa em 2007. É um reconhecimento tardio”, disse ao Bahia Notícias.

 

Segundo Guimarães, o fato de 95% dos quilombolas baianos estarem fora de suas comunidades traz uma tarefa e tanto para o estado. “Esses números não nos deixam dormir. Esses números ampliam a nossa responsabilidade enquanto Estado. Acelerar processos, fazer com que poços artesianos sejam abertos para que a água chegue nessas comunidades, fazer com que o Minha Casa Minha Vida se amplie, que tenham atendimento básico e primário de saúde, de educação básica, ou seja, uma série de ações”, declarou.

Superintendente do IBGE diz que história e autoafirmação explicam quilombolas em Senhor do Bonfim
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Os dados que apontaram Senhor do Bonfim, no Piemonte Norte do Itapicuru, com a maior população quilombola do país chamou a atenção do superintendente do IBGE na Bahia, André Urpia. Longe de Salvador, a quase 400 quilômetros, e do Recôncavo, locais de presença negra marcante, a região ainda tem Filadélfia, com 35,46% da população quilombola. Urpia acredita que ciclos econômicos históricos e autoafirmação podem estar associados.  

 

“A gente tem que olhar um pouco da história específica. Ali tem o ciclo do ouro que levou muito contingente negro para a região. Muita gente se criou ali. E durante a pesquisa, as lideranças quilombolas ali contribuíram muito para o resultado. Pessoas se reconheceram”, disse ao Bahia Notícias.

 

No Censo 2022, primeira vez que se contou a população quilombola, os recenseadores só entrevistavam pessoas em locais onde havia presença de habitantes nesta condição. O fato de a Bahia registrar a maior população quilombola do país, quase 400 mil pessoas, surpreendeu de forma positiva o superintendente.

 

 “Nós tínhamos a expectativa de ter um contingente grande, mas a Bahia confirmou isso ainda mais”, declarou.

Censo do IBGE aponta Bahia com maior n° de quilombolas; Bonfim e Salvador lideram lista no país
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

A Bahia tem o maior número de pessoas que se consideram quilombolas no país. São 397.059 pessoas espalhadas em 308 municípios do estado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (27) pelo IBGE no Centro de Estudos Afro-Orientais da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador. É a primeira vez que um censo, feito desde o século 19, inclui na pesquisa dados de quilombolas.

 

Dos mais de 300 municípios baianos com quilombolas registrados Senhor do Bonfim, no Piemonte Norte do Itapicuru, é o com maior número absoluto, com quase 16 mil pessoas. Em segundo, Salvador tem 15,9 mil. As duas também são as com maior contingente quilombola nacional.

 

Clique na imagem para ampliá-la / Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

 

Em terceiro Campo Formoso, na mesma região de Senhor do Bonfim, registra 12,7 mil, em quarto, Feira de Santana com 12,2 mil; e em quinto Vitória da Conquista com pouco mais de 12 mil.

 

PROPORÇÃO

Em termos proporcionais, o município baiano com maior índice é Bonito, na Chapada Diamantina. Na cidade, 50,3% dos habitantes se consideram quilombolas. O primeiro no país é Alcântara, no Maranhão, com 84,6% dos habitantes nesta condição.

 

Depois de Bonito, Mulungu do Morro, na região de Irecê, é o segundo com maior índice de quilombolas entre os habitantes, 38,49%. Depois, aparece Filadélfia, na região de Senhor do Bonfim, com 35,46%; Antônio Cardoso, no Portal do Sertão; com 33,70%; e América Dourada, na região de Irecê; com 31,23%. 

 

Clique na imagem para ampliá-la / Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Cidade do Sudoeste baiano está entre as 3 que mais perderam moradores no país com Censo
Foto: Reprodução / Blog do Anderson

O município de Condeúba, no Sudoeste, perdeu quase metade da população com a divulgação do Censo 2022. Segundo o Blog do Anderson, parceiro do Bahia Notícias, entre o levantamento de 2010 e o feito no ano passado, o número de habitantes passou de o município baiano perdeu 45,67% da sua população, e agora tem 6.205 habitantes. Os dados são do IBGE e foram divulgados na última quarta-feira (28).

 

Conforme a Folha, junto com Catarina (CE) e Santana do Araguaia (PA), Caatiba está no grupo das cidades que mais perderam habitantes em termos proporcionais em relação ao Censo de 2010. Naquele ano, Caatiba tinha mais de 11,4 mil moradores.

 

O município fica a 68 km de Vitória da Conquista, cidade que aumentou cerca de 20% em relação a 2010, passando a ter 370,8 mil moradores. Conforme o o superintendente estadual do IBGE na Bahia, André Urpia, dois indicadores podem ter sido decisivos para a baixa na população de Caatiba, o fechamento de fábricas de calçados e a perda de um distrito e de parte do território para cidades como Itambé, Planalto e Barra do Choça.

Censo 2022: Vereadores planejam debate por queda populacional na capital baiana; saiba mais
Foto: Flávia Requião / Bahia Notícias

A divulgação do Censo 2022 pegou os soteropolitanos de surpresa após indicar que Salvador caiu no ranking de capitais mais populosas do Brasil. Em 2010, o dado indicou que a capital baiana era a terceira maior do país, no entanto, esse ano caiu para a 5ª colocação. (Veja aqui).

 

A razão para a queda inesperada ainda tem sido discutida e os vereadores da Câmara Municipal de Salvador (CMS), que estão de recesso, já planejam voltar debatendo o tema.

 

Silvio Humberto (PSB) enfatizou que a discussão na Casa precisa ser realizada. “É um tema que a cidade precisa discutir. É evidente que a gente pode propor, com os instrumentos que nós temos de audiência pública, para discutir para além dos números, do porquê que isso aconteceu, quais são as implicações disso?”, disse.

 

Para o vereador, a queda da população soteropolitana pode impactar no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e “vai ser mantido independente do que aconteceu com o resultado da população e considerando também os problemas que nós tivemos com o censo, mas eu sempre avalio que é melhor ter um dado do que não ter dado nenhum”.

 

Humberto também comentou sobre a ascensão da capital do Ceará na lista. “A gente já tinha perdido essa liderança anteriormente quando Fortaleza é primeiro PIB do nordeste, isso já tinha acontecido no ano passado, isso mostra mesmo a falta de dinamismo na cidade. Então eu acho que uma discussão que os números demonstram é uma realidade, pode estar relacionada também com a questão do IPTU”, explicou.

 

Já Cláudio Tinoco (União) citou vários pontos de discussão que precisam ser tratados no debate na Câmara. “Uma das primeiras preocupações quando a gente toma conhecimento é saber das consequências do ponto de vista da receita do município. Até mesmo porque nós aprovamos a semana Lei de Diretrizes Orçamentárias para 2024, mas independente do valor absoluto da queda, Salvador mantém-se na mesma linha de manutenção do Fundo de Participação dos Municípios. Além disso, o próprio presidente Lula sancionou ontem uma lei que prevê um escalonamento, para os municípios que tiveram perda de população e consequentemente um reflexo disso na sua receita de transferência. Então nesse aspecto não vai haver nenhum prejuízo para Salvador”, esclareceu.

 

Outro ponto para Tinoco a ser debatido é o fato da queda de população de fato. “Da análise dos dados, a gente vai ter que aguardar um pouco. A divulgação de outros relatórios associados de fato todos foram pegos de surpresa. É uma queda significativa em torno de dez por cento em doze anos. A gente tem ouvido alguns especialistas para poder formar um juízo também e para não se precipitar entre aquilo que a gente tem ou de ontem para cá possíveis origens com a migração de população de Salvador para municípios da região metropolitana ou outros municípios da Bahia. Municípios inclusive que expandiram a oferta habitacional na região metropolitana, como Camaçari, Lauro de Freitas, uma migração realmente associada a uma oportunidade que tem as pessoas, não só de ter uma habitação mais barata, mas também oportunidades de trabalho. Esse é um outro elemento”, disse.

 

Além disso, o vereador citou que ainda é cedo para fazer uma análise da quantidade de pessoas, atribuidas as questões do bem-estar ou da qualidade de vida. “Isso inclusive a indicadores de violência, de homicídio em Salvador, que isso de certa forma também faz com que as pessoas migrem buscando um melhor bem-estar, uma melhor qualidade de vida, a gente não vai até se precipitar para colocar isso”.

 

Outro fator dito pelo político foi a estagnação do êxodo rural na cidade após um crescimento desordenado. “Isso levou inclusive a uma série de, vamos dizer assim, consequências negativas como construções em áreas de risco, expansão da cidade sem vincular a implantação de serviços ou infraestrutura, como é sobretudo a região do subúrbio e tudo isso sempre foi associado ao chamado êxodo rural, as pessoas saírem do interior da Bahia para virem para capital em busca de oportunidade de trabalho, mas também de acesso a serviços, a melhor infraestrutura. Bem, [a queda na população] seria um ciclo que de repente estagnou e volta agora para um outro processo, até mesmo porque outras cidades brasileiras também tiveram queda, outras sobretudo cidades como é o caso de São Gonçalo no Rio de Janeiro, a própria cidade do Rio de Janeiro. Então, talvez seja uma tendência de interiorização. Então, eu acho que é momento agora de reflexão”, afirmou.

 

E, por último, Cláudio defendeu que é preciso ser conversado sobre a metodologia do Censo. “Nós sabemos que esse censo foi produzido com muita polêmica. Enfim, teve o período de pandemia, tem a questão de acesso de recenseadores a localidades com dificuldade, enfim. Claro que a gente não pode atribuir a qualquer um desses elementos de forma  isolada, mas a gente tem que sim trazê-los para um conjunto de fatores para que a gente possa realmente assimilar”, concluiu.

 

Associado ao último ponto trazido por Tinoco, o também vereador Isnard Araújo (PL) questionou a efetividade do Censo e acredita ser um absurdo Salvador ter menos pessoas que Fortaleza, por ser uma metrópole bem grande e agitada.

 

“Esse censo de fato está correto? Porque é difícil acreditar que Salvador tenha diminuído. A gente sabe que em Salvador, a população nasce mais do que morre. Então eu não sei”, justificou.

 

O vereador declarou que levará a questão para ser conversada na Câmara para analisar se de fato a capital baiana está diminuindo. “Porque na prática a gente não vê isso, na prática se vê por Salvador muito grande, você vê as às unidades cada dia mais tomadas as populações ribeirinhas, as populações que vivem nas comunidades crescendo muito. Então eu não creio que tenha caído não e também é pouco provável que Fortaleza tenha crescido além de Salvador. Vamos discutir muito isso aí”, insistiu.

Censo 2022 pode permitir mudança nos tamanhos das bancadas da Câmara 
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Os números divulgados pelo Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira (28), podem alterar a quantidade de deputados federais dos estados brasileiros nas eleições de 2026. O novo cálculo pode ser feito com base nos dados do novo censo.  

 

O cálculo considera o tamanho da população com base em critérios de tamanho da população, quantidade de eleitores, quociente estadual, entre outros critérios do próprio IBGE. 

 

Uma alteração nas bancadas, para alterar a divisão do total de 513 cadeiras, já tinha sido feita em 1993. Com o censo de 2010, uma nova resolução chegou a ser emitida pelo Tribunal Superior Eleitoral, porém a Câmara dos Deputados aprovou em 2013 um projeto que mantinha os tamanhos das bancadas dos deputados federais, estaduais e distritais nas eleições de 2014 que permanece até hoje.

 

A modificação pode impactar também as Assembleias Legislativas também, já que o número de deputados estaduais é calculado com base no tamanho das bancadas na Câmara.

 

A proposta considera o tamanho da população com base em critérios do IBGE. Porém, mantém o mínimo de oito cadeiras para cada Estado e o máximo é de 70, como é previsto na Legislação. 

 

Se houver sobras de cadeiras, deve ocorrer uma nova divisão com base no quociente estadual. Os números das eventuais novas bancadas, todavia, dependem do entendimento do Congresso Nacional, que pode ajustar o tamanho das representações das unidades da federação na Câmara.

Censo 2022: Salvador lidera ranking de cidade mais populosa da Bahia
Foto: Valter Pontes/Secom

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (28) os resultados do Censo realizado em 2022, revelando números que chamaram a atenção. Segundo os dados, Salvador liderou no ranking das maiores cidades da Bahia.

 

Entre os 35 municípios, a capital baiana ficou em primeiro lugar, com 2.418,005 habitantes, em seguida, Feira de Santana, com 616.279, e na terceira colocação, Vitória da Conquista, aos 370.868.

 

Apesar de ganhar o pódio baiano, Salvador foi a capital que mais perdeu população do Brasil e no Censo 2010, Salvador havia sido o 3º município mais populoso do país, mas, perdeu posições para Brasília (DF) (2.817.068) e Fortaleza (CE) (2.428.678) e agora ocupa o lugar do quinto município mais populoso do Brasil.(Veja aqui).

 

Confira o ranking completo:

1° Salvador - 2.418,005

2° Feira de Santana - 616.279

3° Vitória da Conquista - 370.868

4° Camaçari - 299.579

5° Juazeiro - 235.816

6° Lauro de Freitas - 203.334

7° Itabuna - 186.708

8° Ilhéus - 178.703

9° Porto Seguro - 167.955

10° Barreiras - 159.743

11° Jequié - 158.812

12° Alagoinhas - 151.065

13° Teixeira de Freitas - 145.223

14° Simões Filho - 114.441

15° Eunápolis - 113.709

16° Paulo Afonso - 112.870

17° Luiz Eduardo  Magalhães - 107.909

18° Santo Antônio de Jesus - 103.055

19° Guanambi - 87.817

20° Valença - 85.855

21° Jacobina - 82.590

22° Serrinha - 80.435

23° Irecê - 74.507

24° Senhor do Bonfim - 74.490

25° Candeias - 72.382

26° Casa Nova - 72.085

27° Dias d'Ávila - 71.485

28° Campo Formoso - 71.377

29° Brumado - 70.512

30° Conceição do Coité - 67.825

31° Itapetinga - 65.897

32° Bom Jesus da Lapa - 65.550 

33° Itaberaba - 65.073

34° Euclides da Cunha - 61.456

35° Cruz das Almas - 60.346

Feira segue como a 2ª cidade mais populosa da Bahia e é maior que 8 capitais
Foto: Reprodução / Acorda Cidade

Feira de Santana continua sendo a segunda maior cidade da Bahia, com 616.279 habitantes, conforme aponta os primeiros resultados de população e domicílios do Censo Demográfico 2022 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

De acordo com os números, a cidade é mais populosa que oito capitais brasileiras: Aracaju (SE) 602.757; Florianópolis (SC) 537.213; Macapá (AP) 442.933; Vitória (ES) 322.869; Palmas (TO) 302.692; Porto Velho (RO) 460.413;Rio Branco (AC) 364.756 e Boa Vista (RR) 413.486.

 

O levantamento foi feito pelo site Acorda Cidade através dos números divulgados pelo instituto. O Censo 2022 registrou um acréscimo de +59.637 habitantes. Vitória da Conquista, a terceira cidade mais populosa do estado, aumentou em mais 64.002 pessoas, indo a 370.868 habitantes.

 

Vitória da Conquista, Feira de Santana e Camaçari (+56.609, indo a 299.579 habitantes) são as cidades que registraram os maiores aumentos absolutos populacionais na Bahia.

Censo 2022: Bahia mantém 4ª maior população do Brasil, mas apresenta crescimento abaixo da média nacional
Foto: Reprodução / Redes sociais

O Censo Demográfico 2022 contou uma população de 14.136.417 habitantes na Bahia, na data de referência de 31 de julho de 2022. O estado se manteve como o 4º mais populoso do Brasil, posto que ocupa desde o Censo de 1980, atrás de São Paulo (44.420.459 habitantes em 2022), Minas Gerais (20.538.718) e Rio de Janeiro (16.054.524).

 

Teve, porém, o 3º menor crescimento populacional do país, entre os Censos de 2010 e 2022: 0,9% ou mais 119.511 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do estado foi de 0,07% por ano, nesse período. Ela equivaleu a 1/10 da taxa de crescimento médio anual verificada entre os Censos de 2000 e 2010, que havia sido de 0,70%.

 

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Entre 2010 e 2022, a população da Bahia cresceu muito menos do que a do Brasil como um todo, a taxas maiores apenas do que as registradas nos estados de Alagoas (0,2% em 12 anos ou média de 0,02% ao ano) e Rio de Janeiro (0,4% em 12 anos ou 0,03% ao ano).

 

Segundo o Censo Demográfico, em 31 de julho de 2022, o Brasil tinha 203.062.512 habitantes, 6,5% a mais do que em 2010, o que representou mais 12.306.713 pessoas em 12 anos. A taxa de crescimento geométrica do país foi de 0,52% ao ano.

 

Os estados com as maiores taxas de crescimento populacional frente ao Censo de 2010 foram Roraima (aumento de 41,3% na população em 12 anos, equivalendo a uma taxa de crescimento geométrica de 2,92% ao ano), Santa Catarina (21,8% em 12 anos ou 1,66% ao ano) e Mato Grosso (20,5% em 12 anos ou uma média anual de 1,57%).

 

Santa Catarina também teve destaque nacional no aumento absoluto do número de habitantes. São Paulo, estado mais populoso do país, liderou nesse indicador, com mais 3.158.260 moradores entre 2010 e 2022, mas Santa Catarina veio em 2º lugar (mais 1.361.165 pessoas). Goiás ficou com o 3o maior crescimento absoluto (mais 1.051.440 pessoas em 12 anos).

 

A Bahia, com mais 119.511 pessoas em 12 anos, teve apenas o 22º crescimento absoluto entre os 27 estados - ou o 6º mais baixo.

Brasil ganhou mais de 72 km² de território em 2022, diz IBGE
Foto: Valter Campanato / Agência Brasil

O território brasileiro cresceu em 72,231 km² em 2022, diante de uma comparação com 2021, conforme dados divulgados nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Com o crescimento de sua área territorial, o Brasil alcança agora 8.510.417,771 km².

 

De acordo com o IBGE, esse incremento se deve a edições de trechos da fronteira internacional do Brasil nos estados do Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

 

Segundo Roberto Tavares, coordenador de Estruturas Territoriais da Diretoria de Geociências do IBGE, os novos delineamentos foram aprimorados à realidade física da hidrografia da região e em conformidade com os dados fornecidos pelas Comissões Demarcadoras de Limite do Ministério das Relações Exteriores, instituição encarregada de demarcar e caracterizar a fronteira do Brasil em conjunto com os órgãos competentes dos países vizinhos.

 

Ao todo, o Brasil tem 5.568 municípios, além do Distrito Estadual de Fernando de Noronha e do Distrito Federal.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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