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A publicitária Itana Lins e o artista visual Del Nunes fizeram parte da produção e divulgação, respectivamente, do novo clipe do rapper Criolo, “Pretos Ganhando Dinheiro Incomoda Demais”. O audiovisual foi lançado na última terça-feira (7), no Youtube.
Itana trabalhou na produção pela AKQA através do Soma, projeto de inclusão de jovens negros, periféricos e indígenas na indústria publicitária. “[O Soma] basicamente é dividido em duas partes. A primeira sendo um curso com duração de dois a três meses entre as principais áreas da publicidade, podendo se inscrever jovens já formados ou que estão cursando ensino superior e médio. A ideia é democratizar a área da comunicação para esses jovens que muitas vezes não têm acesso. [Essa] é uma indústria ainda muito elitista, muito fechada. A ideia é incluir, realmente abrir esse espaço, quebrando essa ideia”, explicou Itana em entrevista ao BN Hall.
Karol Oliveira, Luiz Almeida, Ane Lima, Luiza Bomfim, Criolo e Itana Lins
O projeto selecionou a comunicadora e mais seis jovens no ano passado para participarem de uma campanha institucional, na qual não sabiam sobre o que seria. Após um tempo, foram informados que trabalhariam no novo clipe do Criolo, que faz parte do álbum “Sobreviver” e que marca o retorno do artista para o rap.
“O clipe é basicamente baseado na prosperidade preta, mostrando para a população que não estamos falando só de escravidão, que a história do povo preto é muito rica e muito próspera. Então, queremos falar que pretos ganhando dinheiro incomoda demais, mas que nossa prosperidade vai além e isso precisa ser celebrado”, destaca Itana.
O vídeoclipe foi pensado como uma fábula em que uma menina preta e periférica planta uma moeda que possui um valor histórico, com o ano da Revolta dos Malês gravada, e essa moeda cresce e vira uma árvore que dá frutos com mais moedas, o que faz com que sua comunidade fique rica. Porém, na história, o governo e empresários tentam monopolizar a árvore e utilizar dos seus frutos.
Além do clipe, uma campanha para divulgação foi lançada com um web app para que as pessoas possam ter acesso a histórias reais de ancestrais da África e do Brasil, como a das “ganhadeiras” e, após assistir, é gerado um fruto, como o da fábula, que dá direito a cupom de descontos de livros e cursos, assim como acesso a artes digitais, como as do artista baiano Del Nunes.
Arte de Del Nunes
Ao BN, Del contou que na arte utilizou a colagem, que é sua marca registrada, e contou com o auxílio de inteligência artificial. O artista também revelou que quando recebeu a proposta não sabia de fato como seria o clipe, o que acabou sendo um desafio para ele. “Fico muito feliz e muito orgulhoso de todo o conjunto e principalmente por ver que a minha arte casou muito com o clipe. Só em assistir o clipe consigo associar os dois, as cores, os elementos… isso me deixa muito orgulhoso, além dos feedbacks que recebi que foram muito positivos”, declarou.
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O rapper Criolo lançou nesta quinta-feira (23), no YouTube, o clipe da música “Cleane”, uma homenagem a sua irmã, vítima de covid-19. Com produção de Tropkillaz, o vídeo tem direção do Helder Fruteira.
“Não acabou e nunca vai acabar a pandemia, sobretudo para quem perdeu um ente querido. A arte, mais uma vez ajuda a ressignificar e emanar boa energia, mesmo no meio de um caos tão complexo e profundo, que vai para além dos últimos anos, mas que agora reencontra num limite nunca visitado. Que o amor possa de algum jeito, forma e milagre visitar o coração de todos sem estrutura, por escolha de um país que decide quem vive e quem morre”, diz o artista em comunicado.
Vítima da Covid-19, a poeta Cleane Gomes, irmã no rapper Criolo, morreu aos 39 anos, no último sábado (5). A informação foi confirmada pela mãe dos artistas, a professora, filósofa e escritora Maria Vilani, nesta segunda-feira (7), em sua conta oficial no Instagram.
Em um texto emocionado, Vilane prestou homenagem à filha, cujo nascimento foi considerado “o dia mais feliz” de sua vida. “Eu já era mãe de dois filhos, o Clayton e o Kleber [nome de batismo de Criolo], meu grande sonho era ser mãe de menina desde o primeiro parto, mas Papai do Céu presenteou-me com dois meninos maravilhosos, e depois de sete anos você chegou, depois de uma gravidez muito difícil, pois parecia que você não queria vir a esse mundo, mas aceitou a missão para fazer-me feliz”, escreveu.
No tributo, Maria Vilani citou as dificuldades enfrentadas pela família para prosperar e o contato com as artes, desde bem cedo. “Quando você nasceu eu falei para o seu pai que havia nascido a artista da família, por isso matriculamos o Clayton e o Kleber numa escola de violão, ou melhor, matriculamos o Clayton, pois o Kleber ficou no curso como ouvinte, não podíamos pagar mensalidade para os dois; a sorte é que os dois são canhotos, então compramos apenas um violão, mas com a mudança de residência perdemos a escola de violão, só o Clayton conseguiu aprender um pouco. Você foi embalada com muito carinho por mim, seu pai e seus irmãos, você era a nossa princesinha, e para a sua avó paterna você era UM RAIO DE SOL”, lembrou Vilani, destacando como Cleane foi “boa mãe, boa filha, boa irmã, magnífica tia, uma excelente amiga e professora, uma grande artista circense e cênica, artista plástica, compositora e poeta das boas”.
Apesar de lamentar a perda, a professora afirmou que a filha “não está morta, muito menos sepultada” pois é luz e “ninguém consegue sepultar luz”, e pontuou que Cleane foi recrutada por Deus para uma missão no plano espiritual. “Agradeço a Deus o tempo que Ele permitiu a sua presença nesse plano terrestre”, acrescentou.
A mãe de Criolo e Cleane disse ainda que não se sente revoltada pela pandemia ou “pelo descaso do governo em relação às vacinas”, por sentir que a filha partiu em seu momento de partir. “Se não fosse a COVID 19, seria qualquer outro motivo. Você realmente terminou a sua missão nesse plano, em 05 de junho de 2021. Seria egoísmo não aceitar a sua libertação”, defendeu a professora, pontuando que lamenta mesmo neste momento é escrever o texto sem a supervisão da filha. “Você revisava tudo antes de eu postar nas redes sociais, o texto vai cheio de erros, mas cheio de amor, aceitação e resignação. Deus te abençoe”, conclui.
O rapper Criolo e a cantora Alcione vão cantar juntos pela primeira vez em uma live que homenageia o samba brasileiro neste sábado (22), às 21h30 no Multishow.
Segundo o G1 eles não conseguiram ensaiar por causa da pandemia. Por isso, montaram o repertório com sugestões propostas pelo diretor musical do encontro, José Ricardo, e resolveram outros detalhes remotamente. O encontro pessoalmente vai acontecer apenas antes da apresentação.
O evento celebra o alcance da segunda meta do movimento “Faça Parte: comece o que não tem preço”, da Mastercard, que já doou o equivalente a mais de 5 milhões de refeições para comunidades carentes no combate à fome e à pobreza.
Depois de divulgar faixas em parceria com Rodrigo Amarante, Zeca Veloso, Seu Jorge, Zé Ibarra, Rubel e Jorge Drexler, Gal Costa lança, nesta sexta-feira (8), novas releituras de sucessos que vão integrar o álbum “Gal 75”, desta vez em duetos com Criolo e Tim Bernardes.
Criolo divide com Gal os vocais de “Paula e Bebeto”, música lançada originalmente no álbum “Água viva” (1978), primeira parceria de Milton Nascimento com Caetano Veloso, que compôs a letra inspirado na história de amor de um casal de namorados, amigos de Milton de Três Pontas. Também foi o artista mineiro quem estreitou as relações de Criolo com Gal graças a canção “Dez Anjos”, parceria de Bituca com o rapper paulista gravada pela cantora no álbum “Estratosférica”, de 2015.
"Ter a oportunidade, mais uma vez, de participar de um disco da Gal, é uma honra muito grande para mim. Tive a felicidade de ter uma parceria minha e do Milton, feita sob medida e com muito carinho para a Gal, gravada no álbum ‘Estratosférica’. Eu me sinto muito honrado e agradeço a ela, sempre, e ao Milton, sempre. Ter este segundo momento, poder participar deste álbum interpretando uma canção do Milton, agora eu e ela, é uma honra muito grande, eu só agradeço pelo carinho, pelo aprendizado e pela oportunidade. Me sinto com o coração transbordando de gratidão por essa oportunidade. E está lindo, viu?", diz Criolo.
Já Tim Bernardes regravou com a cantora baiana a canção “Baby”, mais uma composição de Caetano, lançada originalmente no álbum “Gal Costa” (1969). A relação de Gal com a obra do jovem músico, compositor, produtor musical e multi-instrumentista paulistano vem do álbum “A Pele do Futuro” (2018), no qual a artista incluiu o ijexá “Realmente Lindo”, primeira canção de Tim Bernardes gravada por ela. Tim também havia dedicado todo seu episódio no programa “Versões”, do canal Bis, para reinterpretar o repertório da Gal.
“Conhecer a Tropicália no pique da minha adolescência, tocando, começando banda, foi um estouro na minha cabeça. Uma quantidade de informação, sonoridade, ideia, musicalidade, liberdade que realmente me mudou e me soltou. E no meio daqueles discos todos, a Gal foi amor à primeira ouvida. A classe e clareza no jeito que ela canta, os contrastes, o berro e o sussurro. A emoção e a energia, uma riqueza, uma exuberância... aquela síntese de tantas coisas que eu identificava no som tropicalista parece que tinham uma super-síntese, uma pérola, na voz da Gal. Você ouve um segundo ela cantando e já bate tudo, no coração, na cabeça, no corpo, na energia, tudo. E a gravação original de Baby é pra mim um retrato mágico desse sentimento todo. Eu fico arrepiado, emocionado. Tem anos que eu ouço essa gravação e ela é cada vez mais gigante. Eu já tinha caído pra trás quando essa ídola minha gravou a minha canção ‘Realmente lindo’. Então, gravando ‘Baby’ juntos eu bati no fundo da terra, na lua e voltei. É uma loucura. Uma alegria e honra que não dá pra explicar. I love you, baiana”, comenta Tim.
Confira as releituras:
Caetano Veloso e Criolo se beijaram durante a participação dos dois no Festival Ninja, que aconteceu em São Paulo, nesta segunda-feira (25). O beijo foi enquanto os artistas dividiam o palco no evento de inauguração do novo espaço na capital paulista, batizado de Nave Coletiva.
Caetano e Criolo já dividiram o palco outras vezes. A primeira vez foi em 2011, na premiação MTV Video Music Brasil. Na ocasião eles cantaram "Não existe amor em SP", um dos sucessos da carreira do cantor paulista.
Organizado pelo Comitê Lula Livre e os movimentos populares Brasil Popular e Povo Sem Medo, o Festival Lula Livre realiza sua terceira edição, no dia 2 de junho, a partir das 14h, na Praça da República, em São Paulo.
O evento, que tem como proposta questionar a prisão, pedir a liberdade do ex-presidente Lula e pleiteá-lo como concorrente ao Nobel da Paz, contará com shows de grandes nomes da música brasileira. Até então estão confirmados BaianaSystem, Emicida, Rael, Criolo, Nação Zumbi, Tulipa, Fernanda Takai, Aíla, Dead Fish, Chico César, Filipe Catto, Mombojó, Odair José, Otto, Thaíde, Junú, Everson Pessoa, Unidos do Swing, Francisco El Hombre, Arnaldo Antunes, Slam das Minas, Bia Ferreira, Doralyce Soledad, Lirinha, Otto, Ilú Oba de Min, André Frateschi, Márcia Castro, Zeca Baleiro, Isaar, Junio Barreto, Fernanda Takai, MC Poneis, Chico Chico e Duda Brack, Triz, Anelis Assumpção e Drik Barbosa.
Criolo retorna a Salvador em 2019, com a nova turnê “Boca de Lobo”, em cartaz na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, no dia 18 de janeiro, a partir das 19h. Na ocasião, o artista se subirá ao palco ao lado do DJ DanDan e de três produtores multi-instrumentistas: Bruno Buarque, Dudinha e Daniel Ganjaman.
No repertório, novas canções, outras nunca antes apresentadas ao vivo, além dos maiores e mais emblemáticos sucessos de distintos momentos da carreira de Criolo, apresentados em um formato inédito num híbrido entre eletrônico e instrumentos orgânicos.
SERVIÇO
O QUÊ: Criolo – “Boca de Lobo”
QUANDO: Sexta-feira, 18 de janeiro de 2019, às 19h
ONDE: Concha Acústica do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: 1º lote – Plateia R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia) | 2º lote – R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia) | 3º Lote – R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Camarote – R$ 150 (inteira) e R$ 75 (meia)
Com o clipe da música "Boca de Lobo", o rapper Criolo retrata o cenário sociopolítico do Brasil. As imagens abordam fatos, como o rompimento da barragem de Mariana, em Minas Gerais, confrontos policiais e o recente incêndio no Museu Nacional, no Rio de Janeiro. Outra referência apontada no vídeo é o bunker com R$ 51 milhões, atribuído ao ex-ministro baiano Geddel Vieira Lima (MDB).
O político foi preso em decorrência da operação que detectou o montante armazenado em caixas e malas, em um apartamento no bairro da Graça, em Salvador, em setembro do ano passado. Atualmente, ele cumpre pena no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, e responde pelos crimes de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro (saiba mais aqui e aqui).
Dirigido por Denis Cisma, o vídeo traz ainda um clima apocalíptico de ficção científica, com ratos e cobras gigantes tomando o espaço público em meio à destruição. Já a letra da música, composta por Criolo em parceria com com Nave e Daniel Ganjaman, rebate também o racismo, o tráfico de drogas e as condições de saúde pública no país.
Um encontro de gerações acontecerá no dia 17 de agosto, em São Paulo, para comemorar o aniversário da Portela. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o cantor e compositor Paulinho da Viola se juntará ao rapper Criolo em um show no Espaço das Américas, para celebrar os 95 anos escola de samba. Participará do evento ainda a velha guarda da Portela.
O projeto Concha Negra, que nesta sua terceira edição reúne Ilê Aiyê, Daniela Mercury e Criolo, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, neste sábado (18), a partir 18h30, será transmitido ao vivo pela TVE e Educadora FM. Já a abertura do espetáculo, fica por conta do Bando de Teatro Olodum. Na apresentação especial, o anfitrião Ilê Aiyê vai celebrar os seus 44 anos recém-completados, além do fortalecimento da campanha de financiamento coletivo “Sou Ilê o ano inteiro”, que visa a arrecadar recursos para regularizar as atividades das escolas Mãe Hida e Band’Erê (clique aqui).
Durante o Novembro Negro, o projeto Concha Negra fará uma edição especial. No dia 18 de novembro o Ilê Aiyê recebe a cantora Daniela Mercury e Criolo, que recentemente se apresentou no TCA no “Sai da Rede” (leia aqui), na Concha Acústica. A noite ainda contará com uma apresentação especial do Bando de Teatro Olodum. Os ingressos custam R$ 30 a inteira e R$ 15 a meia.
SERVIÇO
O QUÊ: Ilê Aiyê recebe Daniela Mercury e Criolo
QUANDO: Sábado, 18 de Novembro, às 18h
ONDE: Concha Acústica - TCA - Salvador
VALOR: R$ 15
Neste sábado (28), a primeira edição do Festival Sai da Rede em Salvador reuniu artistas que tem uma grande interação nas redes sociais e um discurso politizado. Liniker, Russo Passapusso e Criolo tocaram para uma Concha Acústica lotada. Os ingressos para o festival custaram 400g de leite em pó, que foram doados para os hospitais Martagão Gesteira e Aristides Maltez.
A primeira apresentação do dia foi da cantora Liniker que entrou no palco pontualmente 17h e aproveitou a energia crepuscular do fim da tarde para emocionar os fãs com a balada "Zero" e músicas do repertório do "Remonta", seu álbum de estreia. Mas, como não só de músicas lentas vive o homem, a cantora ao lado da banda Caramelows também trouxe animação com figurinos tropicais e músicas animadas. "Eu amei que ela já entrou balançando a 'raba' do jeito que a gente gosta", comemorou o estudante Lucas Alvim que chegou cedo para ver o primeiro show do dia. Os portões para o Sai da Rede abriram às 15h30h.
Se alguns fizeram questão de entrar cedo na Concha, outros preferiram ficar do lado de fora um pouco mais. Julia Santos aproveitou para "esquentar o corpo" do lado de fora do festival durante o show da Liniker. A estudante, entrevistada com um churrasquinho e uma cerveja na mão, estava aguardando ansiosamente a apresentação de Russo Passapusso e seu disco solo "Paraíso da Miragem". "Eu sempre escuto esse CD, mas nunca tive a chance de ouvir um show solo do Russo", apontou. Todo de branco e comemorando por diversas vezes "o ano novo", o vocalista do BaianaSystem subiu ao palco da Concha pela primeira vez com a sua carreira solo em um show que saudou a música cancioneira e o afoxé.
Entre as faixas do seu disco e de "Duas Cidades", do Baiana, Russo chamou a dupla Antônio Carlos & Jocafi para cantar ao lado dele as músicas "Quem Vem de Lá" e "Você Abusou", sucessos cancioneiros baianos da década de 1970. Ao Bahia Notícias, Russo declarou que fazia questão de trazer Antonio Carlos & Jocafi para tocar em um grande palco como o da Concha Acústica para tratar com mais respeito a história da música baiana (leia aqui). "Eu nunca fui muito de ler, eu sempre preferi ouvir músicas. Discos como os desses caras [Jocafi] me ensinaram tudo que eu sei", declarou o cantor durante o show. Emocionados com a resposta do público, a dupla convidada esbanjou alegria durante a sua participação: "que linda essa geração da Bahia. Obrigado por nos receberem"
O último nome da noite a se apresentar foi Criolo. Com o "Espiral da Ilusão", seu novo CD, o cantor fez um tributo ao samba de gafieira, reunindo músicas, solos de percussão e instrumentos de sopro, com danças características do ritmo. Entre as performances de "Nas Águas" e "Menino Mimado", o cantor falou muito com o público sobre espalhar luz e enfrentar a "escuridão atual que o país vive". Perto do fim da noite, o músico levantou o público da Concha ao cantar grandes sucessos da sua carreira.
Artistas com as maiores interações nas redes sociais, os mais ouvidos nas plataformas de Streaming e os que têm uma legião de seguidores dispersos pelo gigante mundo da internet reunidos em um único palco. Essa é a proposta do festival “Sai da Rede - o som que vem da web”, que chega a Salvador pela primeira vez neste sábado (28) na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA) trazendo Liniker, Criolo e Russo Passapusso como atrações. Os ingressos para o evento custaram 400g de leite em pó, revertidos para os hospitais Martagão Gesteira e Aristides Maltez. Uma fila se formou em frente ao TCA nesta segunda-feira (21) para a retirada das 4 mil entradas que se esgotaram no mesmo dia. “Muitas pessoas me mandaram mensagem dizendo que ficaram 7 horas na fila para trocar o ingresso. Não sei se alguém tem culpa, só sei que farei o melhor show possível para fazer essa esperar valer a pena”, garantiu Passapusso, que se apresenta com músicas do álbum solo "Paraíso da Miragem".
Com curadoria e criação de Pedro Seiler, o “Sai da Rede” é um festival consolidado nas capitais do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais. Sempre realizado em Centros de Cultura do Banco do Brasil (CCBB), a primeira edição em Salvador celebra uma nova casa. “A Concha é um dos maiores palcos do país, por esta razão não queríamos artistas no início da carreira para Salvador. Optamos por nomes com grande repercussão nas redes sociais”, explicou Seiler. A curadoria chegou aos nomes de Criolo, Liniker e Russo por conta dos seus discursos políticos que refletem o momento que o Brasil vive dentro e fora das redes. Fora da Bahia, o "Sai da Rede" descobriu artistas como Tássia Reis e O Terno.
Esta é a primeira vez que os três artistas vão dividir um show. Russo, por exemplo, estreia sua carreira solo no palco do TCA: “Se não fosse por esse projeto, dificilmente eu estaria em Salvador com o 'Paraíso', que é tão baiano". O vocalista critica a falta de espaço dado a projetos musicais considerados alternativos. “Não existe música alternativa, 'labo B'. O gosto de cada um é seu 'lado A' e o mundo comercial precisa entender as individualidades das pessoas”, articula.
Em “Paraíso da Miragem”, Russo revive estilos nordestinos mais clássicos como a música cancioneira. “Salvador tem uma crueldade com a questão cancioneira”, aponta Passapusso ao lembrar que nomes importantes para a história da arte baiana não ganham espaço nos grandes circuitos. Apoiado neste discurso, o cantor convida Antonio Carlos & Jocafi para participar do seu show e cantar algumas músicas do disco “Você abusou”. “Tiramos do nosso [bolso] para fazer isso acontecer”, conta com exclusividade ao Bahia Notícias.
SERVIÇO:
O QUÊ: Sai da Rede - com Liniker, Criolo e Russo Passapusso
QUANDO: Sábado, 28 de outubro, às 17h
ONDE: TCA - Campo Grande - Salvador
VALOR: Ingressos esgotados
Vai ao ar nesta terça-feira (24) a edição 2017 do Prêmio Multishow, premiação que escolhe os destaques e revelações da música brasileira. Concorrendo ao título de melhor canção pelo júri técnico, os baianos do BaianaSystem aparecem com a música "Invisível", na categoria, ao lado de nomes como Johnny Hooker e Chico Buarque (leia aqui). Sobre a expectativa de superar grandes esses nomes da música nacional e faturar o prêmio, o vocalista do BaianaSystem, Russo Passapusso, se mostra feliz com a indicação, mas declara que não está torcendo para levar o troféu para casa. "Fico feliz pela indicação, mas estou torcendo muito para o Chico Buarque ganhe", declara o cantor. "O verdadeiro prêmio para 'Invisível' é se o seu assunto for entendido pela sociedade. Fora isso a gente está feliz pelo reconhecimento do trabalho", completa Russo.
Durante o carnaval de 2017, o BaianaSystem lançou com "Invisível" uma campanha que procurou conscientizar as pessoas sobre trabalhadores que dão duro durante os dias de folia. "Espalhamos a figura do homem com uma corda e um isopor na cabeça em determinados ônibus para ter a certeza que os cordeiros e pessoas que trabalham no carnaval pudessem ver a discussão que queríamos travar", comenta. Por fim, Russo pede que os fãs não torçam pela música, mas sim para que a discussão sobre visibilidade chegue ate às pessoas que estão na rua. "Esse é o verdadeiro prêmio para 'Invisível'", conclui o cantor. Russo se apresenta com seu show solo em Salvador neste sábado (24) no festival Sai da Rede, ao lado de Liniker e Criolo. Os ingressos, que já estão esgotados, custaram 400g de leite em pó que serão doados para os hospitais Aristides Maltez e Martagão Gesteira.
No rastro da manifestação no Rio de Janeiro no último domingo (28), artistas, blocos de carnaval e ativistas organizam um ato contra Michel Temer neste domingo (4). O grupo pede a saída do presidente e a realização de eleições diretas. De acordo com o Exame, ao contrário de outros protestos, o encontro não está sendo organizado por partidos políticos ou sindicatos. Os idealizadores pretendem fazer um movimento independente. “Não temos a intenção de excluir ninguém. Temos o máximo respeito pelas lutas históricas de cada segmento, mas achamos importante termos também a chance de fazer um evento com todos que queiram participar, puxado pelas diversas expressões culturais. Achamos que é uma forma de agregar, ampliar e mostrar a quantidade de gente que quer diretas-já”, disse o produtor cultural Alexandre Youssef, presidente do bloco Acadêmicos do Baixo Augusta. A manifestação está marcada para acontecer na esquina da Avenida Paulista com a Rua Augusta, corredor cultural da cidade. 40 blocos de carnaval e artistas como Mano Brown, Criolo, Emicida, Tulipa Ruiz, Otto e Maria Gadú devem se apresentar na ocasião. Atores e profissionais da área literária também devem comparecer. “Mas não é uma micareta, não. É um ato político”, avisa o produtor musical Daniel Ganjaman, que também participa da organização do evento.
Criolo lançou meia noite desta quinta-feira (28) o novo álbum intitulado “Espiral da Ilusão”. O disco é composto por 10 faixas, 8 delas compostas pelo próprio cantor, uma delas em parceria com Ricardo Rabelo e Jefferson Santiago. Entre os hits, músicas com títulos como “Lá Vem Você”, “Dilúvio de Solidão” e “Menino Mimado” estão presentes na produção que mistura rap e samba, uma das marcas do artista. “Espiral de Ilusão” está disponível nas plataformas streaming e gratuitamente no site do artista (veja aqui). Apesar do recente lançamento, o álbum já caiu nos gostos de artistas como Ivete Sangalo, que compartilhou com os fãs os momentos em que escutava as canções. Em 2015, os artistas desenvolveram uma parceria no projeto Nivea, em homenagem a Tim Maia (lembre aqui). Confira "Espiral da Ilusão", música que leva o nome do álbum:
O cantor Criolo divulgou, nesta sexta-feira (14), sua mais nova música: "Menino Mimado". A canção, que recebeu um clipe no YouTube, é um samba e traz na letra uma crítica política ao Brasil. Além do rapper, aparecem os músicos Gian Correa, Ricardo Rabelo, Ed Trombone, Fernando Bastos, Mauricio Bade, Guto Bocão e Alemão. Assista:
O grupo “As Bahias e a Cozinha Mineira” prepara seu segundo CD, cujo título traz referência ao disco “Bicho”, gravado por Caetano Veloso, em 1977. De acordo com informações da coluna Vitrola, assinada por Thales de Menezes na Folha de S. Paulo, o álbum “Bixa”, que sucede “Mulher” (2015), tem previsão de lançamento para outubro deste ano. Ainda segundo a publicação, a baiana Assucena Assucena e os companheiros de banda Raquel Virginia e Rafael Acerb Pereira já iniciaram as gravações no estúdio, junto com Marcelo Cabral e Daniel Ganjaman, profissionais que assinaram a produção de discos de Criolo.
Com as diversas expressões de protesto por parte do público em shows e espetáculos, Criolo conta que não houve sequer uma apresentação sua sem que a plateia se expressasse politicamente através de coros ou de cartazes, mas criticou a "chuva de ódio" gerada com a polarização da sociedade. "É muito louco isso, porque foi criado um ambiente de ódio, de rancor, tão absurdo que as pessoas passam por cima e parece que não estão vendo uma construção de fortalecimento, que algumas pessoas sugerem, de homofobia, xenofobia, racismo, de achar normal esse abismo social que a gente vive", lamenta.
Para o rapper paulista, há quem se beneficie com a expansão da crise enquanto a população carente sofre as consequências desse cenário. "Tem corrupção no governo e fora, todo mundo sabe disso, todos os partidos políticos têm. Agora, os caras fizeram uma manobra monstra e que se exploda a favela. Que morra todo mundo: acho que é isso que passa na cabeça dos caras, talvez com um pouco mais de poesia e vernáculo mais apurado", analisou.
#SouMinasGerais
Data: 08/10
Local: Esplanada do Mineirão
Classificação: livre, porém, menores de 18 anos devem estar acompanhados de pais ou responsáveis legais
Horário: 14h às 22h
Ingressos: R$ 50,00 + taxa online (preço único)
O primeiro trailer do filme “Jonas”, que conta com a participação especial do cantor Criolo, foi divulgado nesta sexta-feira (25). O filme conta a história de um garoto iludido por um amor de infância. O longa marca a estreia de Lô Politi na direção e é um dos destaques do Festival do Rio. Protagonizado por Jesuíta Barbosa, o longa conta ainda com Chay Suede, Laura Neiva, Karol Conka e Rincón Sapiência, no elenco. Jonas, interpretado por Jesuíta Barbosa, é filho da empregada, é apaixonado por Branca, interpretada por Laura Neiva. Branca é filha da patroa. Os dois cresceram juntos, mas o abismo social separa os dois com o passar do tempo. Anos depois, os dois se reencontram e os sentimentos do protagonista reaparecem, mas a paixão desenfreada leva o rapaz a cometer crimes e lidar com as severas consequências de seus atos. Ainda não há data de lançamento da obra para o grande público.
Fazendo shows com os repertórios de "Nó na Orelha" (2011) e "Ainda Há Tempo" (2006), Criolo segue compondo e já tem um bom número de inéditas – uma delas, inclusive, estará no disco de Tom Zé. Sem pressa de lançar o próximo álbum, Criolo atualmente trabalha num texto que apresentará no Festival de Poesia de Berlim, em junho. "Às vezes, fico até me questionando: existe a necessidade de fazer outro álbum se ele já me deu tudo isso? Vou fazer outro álbum, sim, porque é uma inquietação minha, não por uma necessidade de manter uma agonia ou um pódio que o outro criou", questionou.
Serviço
O QUÊ: Groundation e Criolo
QUANDO: 11 de outubro (sexta-feira), às 22h
ONDE: Bahia Café Hall
QUANTO: R$ 50 (pista meia); R$ 70 (área vip); R$ 110 (camarote open bar)
O QUÊ: Criolo e Groundation
![Foto: Adriano Vizoni / Folhapress](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/racionais.jpeg)
O grupo Racionais MC’s será uma das atrações da Virada Cultural deste ano, conforme divulgou o site do evento nesta segunda-feira, 15. Os rappers se apresentam no dia 19 de maio, no palco principal do evento, que acontece em São Paulo.
Alguns nomes como Cássia Kiss, Júlio Andrade, André Frateschi, Luís Melo e sua mulher, Maria Ribeiro, já estão confirmados no elenco. As filmagens, no entanto, só começarão em 2013, quando termina a participação de Blat no folhetim.
Confira a lista completa de vencedores:
A produção é uma parceria entre a Natasha Filme, de Paula Lavigne (que também divide a direção do show), e a Conspiração Filmes. Quarenta câmeras vão ser responsáveis por registrar toda a performance, que terá ainda as participações dos cantores Rael de Rima e Juçara Marça.
Revelação do ano - Criolo
Apresentado com a pompa devida por um exagerado Hagamenon Brito no palco, Criolo entra em cena sorridente, vestindo calças folgadas, uma camisa amarela e um patuá no pescoço. Conversou com a platéia, dançou, correu, riu e aplaudiu com reverência o público que não lotou o espaço, mas justificou a vinda do artista pela segunda vez só em 2012 – a primeira também na Concha e, diga-se de passagem, em plena greve da Polícia Militar.
Apesar dos muitos anos de carreira como rapper, o repertório do show é basicamente o álbum “Nó na Orelha”, lançado em abril de 2011. Canções como “Não Existe Amor em SP” e “Subirudoistiozin” e uma tréplica de “Cálice”, que Chico Buarque escreveu depois de ver no Youtube uma versão atualizada feita por Criolo, foram o ápice da noite. Se ouvir a tréplica de Cálice em vídeos da internet já é de arrepiar, ouvi-la em um show com dezenas de pessoas seguindo os versos de protesto em alto e bom som é de fazer chegar lágrimas aos olhos. Mesmo com o som da voz de Criolo um pouco abafado, quem conhecia as letras das músicas não hesitava em acompanhar o rapper na tortuosa sonoridade em rap de um dos clássicos da MPB: “Os saraus tiveram que invadir os botecos/ Pois biblioteca não era lugar de poesia/ Biblioteca tinha que ter silêncio/ E uma gente que se acha assim muito sabida”.
Se faltaram surpresas no setlist, sobrou energia. Aliás, muita dessa energia vem do DJ Dan Dan, músico e produtor que divide o microfone com Criolo. Seguro, ele diverte, provoca e aproxima a estrela do seu público. Não que Criolo não tenha desenvoltura, mas a áurea construída pela crítica de artista cool ainda se sobrepõe à imagem humilde do músico. No show da Concha, os dois cantores estavam acompanhados de uma excelente e harmônica banda e de um público heterogêneo e devotado. Mãos para lá e para cá eram movimentadas ao comando de voz dos rappers. Se na participação de Criolo na 33ª Noite da Beleza Negra ele estava visivelmente emocionado em estar ali, neste sábado, quem se emocionou foi o público com aquele que se tornou uma criança no palco.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.