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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador

“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (15), o presidente do União Brasil em Salvador e deputado estadual, Luciano Simões Filho, afirma que a redução no número de candidaturas na capital é “uma estratégia do PT”, que há 20 anos busca estratégias para se eleger no município. Este ano, o PT buscou uma articulação da base em torno do vice-governador e candidato emedebista, Geraldo. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

crise

Banco UBS fecha acordo para pagar mais de US$ 2 bilhões pelo Credit Suisse 
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O banco UBS apresentou uma oferta de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,26 bilhões) para comprar o Credit Suisse, que passa por uma das maiores crises de sua história e pediu socorro ao Banco Central da Suíça na semana passada. As informações foram publicadas neste domingo (19) pelo jornal Financial Times.

 

De acordo com a publicação, as negociações avançaram durante este fim de semana, e o acordo está perto de ser firmado. A expectativa dos dois bancos é que o negócio seja concretizado nas próximas horas.

 

A oferta teria sido feita na manhã deste domingo, com um preço de 0,25 franco suíço por ação, a ser pago em ações do UBS – valor muito abaixo do que os papéis do Credit valiam no último pregão da bolsa de Zurique, na sexta-feira (1,86 franco suíço).

 

Ainda segundo a reportagem do Financial Times, o Banco Nacional da Suíça (Banco Central do país) e a Finma (órgão regulador do sistema bancário local) intermediaram as conversas entre UBS e Credit.

 

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos), que acompanha os desdobramentos da crise no Credit Suisse, também teria dado aval ao acordo, informa o jornal.

 

Na semana passada, o Credit Suisse informou que tomaria empréstimos de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões) junto ao Banco Central da Suíça, que se colocou à disposição do banco.

 

Na quarta-feira (16), as ações do banco suíço derreteram após o principal acionista da instituição financeira, o Saudi National Bank (SNB), da Arábia Saudita, afastar a possibilidade de fazer aportes no banco.

 

No início da semana, o Credit Suisse disse ter identificado “fragilidades materiais” em seus relatórios financeiros dos últimos dois anos. Os problemas teriam sido causados por “controles internos” ineficazes.

 

Desde o ano passado, o Credit Suisse enfrenta uma grande crise de confiança junto ao mercado. Há rumores de que o banco pode não conseguir honrar seus compromissos financeiros. As informações são do Metrópoles.

“Totalmente primitiva”, afirma senador Chico Rodrigues que irá assumir presidência da comissão sobre crise dos Yanomami
Foto: Jefferson Rudy/ Agência Senado

 

O senador Chico Rodrigues (PSB-RR) foi designado para presidir a Comissão Externa que irá acompanhar “in loco” a situação dos Yanomamis e saída dos garimpeiros das terras indígenas. Durante entrevista ao Estúdio i, na GloboNews, nessa quinta-feira (16), o senador chamou a etnia de “totalmente primitiva”.

 

"Última etnia do planeta no século 21, que ainda é primitiva, totalmente primitiva”, declarou o senador. Apesar da comissão ter sido criada com foco na preservação dos direitos indígenas e na preservação de suas terras, o senador afirmou que é preciso “olhar os dois lados”.

 

"Eu acredito que nós estamos  olhando a questão humana, os dois lados, o lado dos índios, que estão fragilizados com a presença dos brancos lá dentro, com uma série de doenças, problemas, etc, mas também, na desintrusão, o lado de 20 mil brasileiros que estão na verdade sendo retirados”, afirmou.

 

Questionado se ele é favor do garimpo em terras indígenas, o senador negou, mas disse que é preciso “trabalhar nessas áreas”. "Nós temos nesse estado uma verdadeira tabela periódica, o estado de Roraima é uma grande província mineral, assim como é Minas Gerais, Pará, Amapá, enfim. Então, se nós temos áreas imensas a serem exploradas, que não estão em áreas indígenas, nós devemos preservá-las, isso é natural. Nós temos áreas imensas para serem trabalhadas. Todos esses órgãos de governo tem que ter esse inventário para inclusive orientar essas atividades e evitar isso que tá acontecendo”, disse Chico Rodrigues.

 

 

QUEM É CHICO RODRIGUES

 

Natural de Recife, o senador é engenheiro agrônomo, graduado pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com especialização em políticas públicas pela Universidade Católica de Pernambuco (UCP) e desenvolvimento rural e urbano, vive em Roraima desde 1982.

 

Antes de ser eleito senador em 2018, Chico Rodrigues foi secretário estadual de Agricultura, vereador por Boa Vista e deputado federal por cinco mandatos consecutivos. Em 2010, foi eleito vice-governador de Roraima, e no dia 4 de abril de 2014, ele assumiu o governo do estado, após o governador Anchieta pedir afastamento.

 

Após ser eleito senador, com dois anos de mandato ganhou fama no noticiário nacional por ter sido flagrado com R$ 33 mil escondidos na cueca ao ser alvo da Polícia Federal. Além disso, também apreenderam uma pedra que suspeitavam ser uma pepita de ouro. A operação autorizada pelo STF apurou desvios de recursos públicos destinados ao combate à pandemia da covid-19.

 

Rodrigues era vice-líder do governo Bolsonaro na época e, após o escândalo, foi destituído e tirou uma licença do cargo até fevereiro de 2021.

 

O senador já se posicionou favoravelmente ao garimpo em diversas ocasiões. Em dezembro de 2021, ele classificou os garimpeiros como "trabalhadores esquecidos pela União".  E na ocasião, o senador afirmou ter pedido para sua equipe legislativa desenvolver um projeto de lei que proponha a regularização do garimpo em terras indígenas.

Espaço aéreo sobre território Yanomami terá novo fechamento, avalia Flávio Dino
Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, afirmou nessa quinta-feira (16), que terá um novo fechamento do espaço aéreo sobre o território Yanomami ao longo das próximas semanas. A decisão será tomada junto ao ministério da Defesa na próxima quarta-feira.

 

"Iremos fazer uma nova reunião para planejamento das próximas etapas e, provavelmente, haverá um novo fechamento do espaço aéreo sobre o território Yanomami nas próximas semanas, porque nós estamos avaliando, a Policia Federal junto conosco, a Força Nacional, evidentemente o ministério da defesa de que esta medida, esse novo fechamento deve ser antecipado”, disse o ministro da Justiça.

 

A justificativa para antecipar esse novo fechamento do espaço aéreo é para “agilizar a saída” dos garimpeiros que ainda permanecem na região. Dino afirmou que essa ação estava prevista para mais adiante, mas com o pequeno número de garimpeiros ainda na região, foi preciso antecipar essa etapa.

 

"Estamos avaliando, a PF, junto conosco, Força Nacional, Ministério da Defesa, que esta medida deve ser antecipada para agilizar a saída de garimpeiros que ainda permanecem no território yanomami", acrescentou.

 

Em relação ao número de garimpeiros que já deixaram a região quantos ainda estão no território indígena, o ministro disse que ainda não tem o número fechado e que somente na próxima semana esses números deverão ser conhecidos.

 

Sobre as ações que estão sendo feitas nessas áreas do garimpo ilegal, o ministro da Justiça disse que junto com a Polícia Federal e a Força Nacional estão efetuando inutilizações e apreensões de equipamentos, balsas e aeronaves. "37 balsas, por exemplo, foram inutilizadas, há imagens sobre isso, embarcações, aeronaves. E há também apreensões de combustíveis, embarcações, maquinas de extração, e assim sucessivamente”, avaliou Dino.

Criação de comissão para acompanhar situação dos Yanomamis é aprovada pelo Senado
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Senado Federal aprovou, na tarde desta quarta-feira (8), a criação de uma Comissão Temporária Externa para acompanhar “in loco” a situação os Yanomami e a saída dos garimpeiros de suas terras.

 

De acordo com o texto do requerimento, a comissão será composta por até 5 membros senadores, já tendo como definido os representantes de Roraima os senadores Mecias de Jesus, Chico Rodrigues e Hiran Gonçalves. Os outros dois senadores serão definidos posteriormente.

 

Além dos deputados, a comissão também terá como convidados os deputados federais Duda Ramos, Zé Haroldo Cathedral e Albuquerque.

 

Além disso, texto também sugere a indicação de membros da Procuradoria-Geral de República, do Ministério da Defesa, dos Direitos Humanos e da Justiça. "Para que, no prazo de 120 dias, acompanhe "in loco" a saída dos garimpeiros das terras Yanomami”, diz um trecho do documento.

 

"Essa comissão externa irá representar o senado na gestão dessa crise grave de Roraima, tanto dos povos indígenas, quanto das populações que ali estão, de garimpeiros e funcionários do garimpo que precisam, obviamente, a despeito de responderem, eventualmente, por alguma prática ilícita, e precisam nesse instante serem socorridos por uma critério básico:o critério de solidariedade e humanidade. […] Seguramente, a maior crise humanitária vivida no Brasil atualmente”, destacou o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Após onda de artistas contra o governo, Titãs se manifesta nas redes: 'Fora Bolsonaro!'
Foto: Divulgação

Após uma onda de artistas se posicionarem publicamente contra o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro (saiba mais), em meio às mais de 500 mil mortes por Covid-19 no Brasil, o grupo Titãs engrossou o coro dos protestos. 

 

“Chega de destruição! O atual governo ataca o meio-ambiente, a cultura, a ciência, a tolerância, a diversidade, o bom senso e a democracia. Nos posicionamos com a maioria de brasileiros que desejam o fim imediato de tanta incompetência, descaso e desumanidade. Fora Bolsonaro!”, manifestou a banda, por meio das redes sociais.

 

Criado nos anos 1980, o Titãs já teve vários integrantes ilustres, a exemplo de Nando Reis, Arnaldo Antunes e Paulo Miklos, mas atualmente estão somente Tony Bellotto, Branco Mello e Sérgio Britto da formação original. 

 

Setor de entretenimento busca ‘reanimação’; Secult promete ações para próximos dias
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Neste fim de semana, completa um ano do primeiro caso da Covid-19 registrado na Bahia. Durante o período, um dos setores mais afetados pelas restrições impostas pela pandemia foi o de cultura e eventos, que acumula perdas ainda incalculáveis.

 

“O cenário está bem pior do que estava na primeira onda. A coisa chegou a um nível tal para o setor, que a gente nem fala mais em ‘retomada’. A gente está usando a palavra agora ‘recuperação’, pra não dizer ‘reanimação’”, avalia o presidente da Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape), Moacyr Villas Boas, destacando que se realmente tivessem conseguido, em algum momento, retomar as atividades, não estariam em estado tão crítico. “É fato que muitas empresas fecharam, outras estão por fechar, então, agora se trata da necessidade de os poderes públicos desenvolverem políticas para a recuperação do setor”, pontua.

 

No mês de janeiro, em entrevista ao Bahia Notícias, Moacyr comentou situação delicada para a área do entretenimento e citou a dificuldade de diálogo com o governo da Bahia (sabia mais). No mesmo período, em conversas com a prefeitura de Salvador, o setor quase deu início a iniciativas como o planejamento de evento teste que daria um norte para a retomada das atividades. Este projeto, assim como outras tratativas, acabaram ficando em suspenso com o agravamento da pandemia.

 

Agora, ele afirma que apesar de já ter conseguido superar o impasse e avançar na interlocução com a o executivo municipal e estadual, nada de concreto saiu do papel para dar suporte às áreas de evento e cultura.

 

“Entendemos que é um caminho natural no processo político e burocrático, mas continuamos achando que existe morosidade, em todos os sentidos”, ponderou o presidente da Abape. Como forma de reação, ele aponta propostas como isenções fiscais, um auxílio emergencial voltado para empresas e também sugere que prefeitura e governo estadual utilizem recursos próprios para investir em políticas para o setor, além de aplicar a verba federal da Lei Aldir Blanc. “Às vezes isso pode ser confundido, mas não se trata de um privilégio para um setor específico. Na realidade, eu desconheço outro setor que teve as atividades integralmente paralisadas durante a pandemia, nem o turismo - que foi bastante afetado -, teve. Então não é privilégio criar uma política específica para salvar o setor”, argumenta Moacyr.

 


Só com a ausência do Carnaval, houve uma perda de mais de R$ 1 bilhão em receitas (clique aqui e saiba mais) | Foto: Naiara Barros / Odú Comunicação

 

Reafirmando o entendimento da necessidade das medidas restritivas, sobretudo neste momento em que a pandemia tem se agravado no país, Villas Boas argumenta, no entanto, que a área do entretenimento não pode seguir penalizada e sem apoio. “Agora, de fato, se faz necessário o lockdown, não somos negacionistas. Mas a culpa disso não é dos eventos, porque nunca voltaram durante a pandemia. E acreditamos que não é nem do comércio em si, porque ele investiu em medidas, equipamentos, protocolos para que voltassem”, pontua o produtor, que credita o aumento de casos e mortes por Covid-19 na Bahia e no Brasil à falta de fiscalização efetiva.

 

Titular da Secretaria de Cultura e Turismo de Salvador, Fabio Mota confirmou o diálogo mantido com o setor, reconheceu as dificuldades pelas quais a cidade passa diante da necessidade de se fazer um isolamento mais duro, mas aponta soluções paliativas para breve.

 

“Nós estamos em uma discussão que envolve Saltur, Fundação Gregório de Mattos e outros órgãos da prefeitura. A vice-prefeita Ana Paula está tocando isso, que é a implementação de uma ação específica para o setor cultural e de entretenimento que não teve acesso à Lei Aldir Blanc. Nós estamos nessa discussão aí e acho que nos próximos dias o prefeito Bruno Reis deve divulgar”, revelou o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, ressaltando que a “ajuda específica” para o segmento estará “evidentemente, dentro dos parcos recursos que o município dispõe, em função da pandemia e do que está se gastando”. “Já são mais de R$ 60 milhões que têm relação direta com a pandemia e essa discussão a gente deve findar nos próximos dias e o prefeito deve fazer uma coletiva e divulgar”, reitera.

 

Sobre as demandas apresentadas pelos empresários e profissionais da área, Mota diz que “todas essas hipóteses estão sendo debatidas nesse fórum que nós montamos”. Ele salienta, porém, que atualmente a prioridade é “a pessoa que trabalhava com cultura e entretenimento que tem dificuldade hoje de sobreviver”, mas pontua que outras propostas também estão sendo estudadas.

 

“Nós temos uma lei federal que acabou de ser votada, que é especificamente para uma linha de crédito para o setor de entretenimento. Nós estamos acompanhando isso dentro do Fórum Nacional de Secretários de Cultura e Turismo, que já vai contemplar boa parte desses pedidos”, acrescenta o gestor municipal, em referência ao Projeto de Lei 5638/20,  que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos. Aprovado nesta quarta-feira (3) pela Câmara dos Deputados, ele vai para votação no Senado (veja mais detalhes).

 

A respeito do projeto, o presidente da Abape vê com bons olhos a facilidade de crédito, mas alerta para o fato de que esta não é uma solução definitiva e tampouco eficaz para a totalidade das empresas impactadas pela crise. 

 

“Crédito é uma coisa que você vai pegar, mesmo sendo com juros bem interessantes, bem baixos, mas é um dinheiro que você vai ter que devolver mais cedo ou mais tarde. Quando essas linhas de crédito saírem, as pessoas mais desesperadas e que realmente já estão com a corda no pescoço, vão começar a pegar esses créditos, mas é um tiro no escuro”, pondera Moacyr Villas Boas. “Graças a Deus que existe o crédito, não estou dizendo que é ruim não, mas é um tiro no escuro a partir do momento em que não existe nenhuma luz no fim do túnel de quando as coisas irão voltar a acontecer, mesmo que seja de forma reduzida”, acrescenta, lembrando que, por conta do cenário desfavorável, muitos empresários terão que aplicar a verba para quitar gastos fixos dos empreendimentos ou até pessoais, e não como forma de investimento que possibilite sanar a dívida adquirida. 

 

RETROSPECTIVA 

Como uma das primeiras medidas para tentar conter o avanço da Covid aqui na Bahia, o governador Rui Costa decretou, do dia 16 de março, a suspensão de eventos religiosos, esportivos e culturais com mais de 50 pessoas nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Porto Seguro, cidades que já possuíam casos da doença (veja aqui).

 

A restrição foi mais ampla do que a editada pelo então prefeito de Salvador, ACM Neto. Por meio de um decreto publicado no último sábado (14), o prefeito proibiu a realização de eventos com mais de 500 pessoas no dia 14 daquele mês.

 

Ao perceberem que o setor de eventos seria um dos primeiros a parar e o último a voltar, empresas ligadas às festas de grande porte precisaram desacelerar ou até mesmo frear as atividades (veja aqui). E, além disso, ao longo dos meses, começou a surgir movimentos de alguns artistas e empresários pendido uma atenção do poder público para a classe.

 

Em outubro, o Bahia Notícias reuniu, em uma mesa redonda virtual, Wagner Miau, produtor de eventos; Marcelo Britto, empresário de Léo Santana; Guto Ulm, produtor de eventos; e Leo Ferreira, empresário de Bell Marques, com o intuito de trazer as principais demandas e reivindicações do grupo. Naquele momento, após quase oito meses de pandemia, ainda não havia um posicionamento claro do retorno das atividades. 

 

"O maior impacto para a gente é em relação ao emprego. Todos os componentes dessa cadeia produtiva estão prejudicados, alguns realmente passando fome. É desesperador. Já estamos zerando nossas economias e seguimos procurando ajudar todas essas pessoas. É hora de parar, pensar e criar um plano de retomada", pediu Britto (assista aqui).

 

Dois dias depois, em oito de outubro,  cantor Wesley Safadão fez um apelo, “por todo uma classe prejudicada”, no qual trabalham profissionais ligados a eventos culturais e shows. No registro, com imagens de apresentações, etapas de produção e manifestações, o cantor pediu a retomada das atividades da categoria (veja aqui).

 

Na ocasião, estava em vigência a terceira fase na Capital que autorizava apenas a volta dos shows voz e violão nos bares e restaurantes. No entanto, apresentações com bandas continuaram proibidas. “Banda está proibido. Show com banda é sem cogitação. Nem banda eletrônica e nem de percussão. Voz e violão é uma pessoa cantando e tocando ou uma pessoa cantando e outra tocando violão. Acima disso, é banda”, disse ACM Neto (relembre aqui).  

 

Com isso, lidando com as proibições, mas sem um plano claro de auxílio há quase um ano, um grupo de empresários da Bahia desembarcou em Brasilia-DF no dia nove de fevereiro para apoiar o movimento nacional na missão de aprovar o PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos) (veja aqui).

 

Dois dias depois, profissionais de eventos do Estado fizeram uma manifestação em frente ao Shopping da Bahia (aqui) e mais tarde o cantor Xanddy fez um longo desabafo nas redes sociais. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele detalhou o que motivou aquela atitude.

 

"Enquanto pessoa física já ajudei tudo que pude a todos de minha equipe e até outros de fora. A empresa - enquanto pessoa jurídica - também fez muito dentro do possível. Penso que, principalmente aqui na Bahia, os músicos são molas propulsoras para muitas coisas, somos a cidade da música e reconhecida pela Unesco. Então, não ter um olhar cuidadoso para esta classe; um amparo financeiro mesmo, uma coisa organizada, é muito difícil de digerir. Para mim fica um ar de abandono. Sei que vários outros setores estão sofrendo, mas eu posso falar pelo meu”, reforçou (leia aqui).

 

Somente na última quarta-feira (3), a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 5638/20, que cria o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A matéria foi enviada ao Senado.

 

Para esse projeto serão beneficiadas empresas de hotelaria em geral; cinemas; casas de eventos; casas noturnas; casas de espetáculos; e empresas que realizem ou comercializem congressos, feiras, feiras de negócios, shows, festas, festivais, simpósios ou espetáculos em geral e eventos esportivos, sociais, promocionais ou culturais, além das entidades sem fins lucrativos (veja aqui).

Associação diz que setor criativo é preterido e pleiteia isenção de impostos para retomada
Abape quer propor projeto para ocupar Concha e TCA | Foto: Paulo Henrique

Com quase um ano de decretos municipais e estaduais que inviabilizam grande parte dos eventos e atividades culturais na Bahia em virtude da pandemia do novo coronavírus, empresários têm se mobilizado para sensibilizar o poder público e a sociedade civil a respeito do impacto econômico e social da paralisação do setor.

 

Segundo o presidente da Associação Baiana das Produtoras de Eventos (Abape), Moacyr Villas Boas, ainda não existem dados estaduais consolidados pelo fato da entidade ter sido criada recentemente, em dezembro de 2020 (clique aqui e saiba mais). Mas aponta, entretanto, que em nível nacional, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc) e o Sebrae, o setor que movimenta mais de R$ 936 bilhões - equivalente a 12,93% do PIB do Brasil - teve 98% de seus trabalhadores prejudicados pela pandemia. 

 

“Nosso objetivo é bater na porta, literalmente, de todos os gestores públicos que direta ou indiretamente trabalham na área de cultura e entretenimento. E nossa ideia, neste momento, é abrir um canal de diálogo com as partes, pra que a gente possa ajudar na construção de um plano de retomada”, explica Moacyr Villas Boas, que diz fazer questão de frisar o caráter não negacionista da Abape. “A gente entende a gravidade e que as medidas que estão sendo tomadas pelas autoridades, de fato, são necessárias. Mas, ao mesmo tempo, entendemos que a gestão pública, de forma geral nas três esferas - municipal, estadual e federal - já falhou no enfrentamento da pandemia com a categoria. Isso é fato”, pondera. 

 

Citando o fechamento da Ford, que gerou forte comoção no país, Villas Boas observa que não existe a mesma sensibilidade com relação aos prejuízos do setor cultural e de eventos. “Se formos falar de economia, dados do Sebrae indicam que indústria de entretenimento e eventos emprega muito mais que a automobilística. É uma indústria parada há 11 meses, mas não há a mesma empatia por parte da sociedade”, provoca. 

 

Além disso, ele questiona a disparidade de tratamento entre sua área de atuação e outras. “A gente percebe que muitas vezes há uma falta de reconhecimento dos governantes com relação a nossa categoria. É como se alguns setores da economia fossem mais preteridos. Por exemplo, eu não consigo entender por que templos religiosos podem funcionar e eventos de pequeno porte com a mesma capacidade não”, compara. “A gente não entende como é que nos aeroportos os aviões estão lotados, sem seguir qualquer medida de distanciamento, nos transportes públicos e no comércio a mesma coisa, e, no entanto, os profissionais de cultura não podem trabalhar”, critica o presidente da Abape, convencido da necessidade de mostrar ao poder público e à sociedade “que existe toda uma cadeia de profissionais que estão diretamente prejudicados e passando necessidade”.

 


O presidente da Apabe é proprietário da Allcance Produções | Foto: Divulgação

 

Empenhado nessa “missão”, Moacyr Villas Boas conta que desde dezembro conversa informalmente com o prefeito Bruno Reis e que nesta semana esteve com o titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Fábio Mota. “A reunião foi muito positiva, a prefeitura está totalmente aberta e disposta a dialogar conosco. E aí ficamos com dois deveres de casa: apresentarmos a proposta de um evento modelo seguro que possa ser replicado e também estudarmos, junto com eles, um projeto de lei que possa ser apresentado à Câmara para votação, que isente ou desonere a categoria no que se refere a impostos, pelo menos durante um tempo, para que o setor possa respirar”, adianta o presidente da Abape, informando que já tem reuniões agendadas também com a Empresa Salvador Turismo (Saltur) e a Fundação Gregório de Mattos (FGM), ambas vinculadas à Secult municipal.

 

Para o evento teste negociado com a prefeitura, ele revela que a aposta do setor é o modelo lounge, semelhante ao que foi praticado em termos de drive-in na capital baiana. A ideia é reunir pequenos grupos separados por grades, mas sem carros. “Elas assistem do lado de fora, separadas por grupos, seguindo todos os protocolos, com distanciamento”, explica.

 

Se com a gestão municipal Moacyr garante ter tido total abertura ao diálogo, com o governo do estado ele diz não ter a mesma receptividade. “O que eu posso dizer é que nesse quesito a prefeitura tem abraçado muito mais a classe do que o estado. Isso você pode deixar bem claro, porque é bom que eles saibam”, dispara. Ele alega que desde 2020 vinha conversando informalmente com representantes do governo, a exemplo da secretária de Cultura, Arany Santana, e o diretor da Bahiatursa, Diogo Medrado, mas que até então nada evoluiu.

 

Villas Boas conta que há cerca de duas semanas empresários ligados ao Carnaval conseguiram se reunir com o governador Rui Costa, mas reiterou que este grupo não representa toda a classe. “Fato é que quando tomamos conhecimento da reunião capitaneada por Diogo Medrado, começamos a fazer contato com ele para participar. Ele justificou que naquele momento não cabia, porque era uma reunião específica de alguns empresários que haviam solicitado já há algum tempo, e pediu que enviássemos nosso ofício para pleitear a nossa audiência”, relata. 

 

Ele diz que diante da negativa e ao saber que o governo tem trabalhado na criação de uma comissão para estudar um plano de retomada para o estado, envolvendo gestores de cultura, de saúde e sanitários, além de pessoas ligadas à área de cultura e entretenimento, a Abape formalizou a solicitação, para não ficar de fora desta discussão. 

 

“Enviamos no dia 13 de janeiro para o gabinete do governador, para o próprio Diogo Medrado, na Bahiatursa, para Arany Santana, que inclusive também se mostrou bastante receptiva. A gente deve marcar reunião com ela muito em breve. No entanto, nós fazemos questão de uma reunião com o governador, nós achamos que é muito importante”, insiste o empresário. 

 

Até então, a associação aguarda um posicionamento do executivo estadual, para quem pretende sugerir iniciativas envolvendo o Complexo Teatro Castro Alves. “A gente quer apresentar uma proposta para realização de eventos na Concha Acústica e no Teatro Castro Alves com capacidade reduzida, distanciamento, seguindo os protocolos”, explica Moacyr Villas Boas, acrescentando que a ideia é solicitar também isenção do pagamento da pauta para ocupação destes espaços, com o objetivo de minimizar os impactos para o setor de entretenimento, na retomada das atividades. Isto porque os custos operacionais dos eventos com capacidade reduzida e protocolos sanitários mais rígidos são mais elevados.

 

“A partir do momento que a gente conseguir desenhar e fazer esses eventos teste mostrando que não houve impacto negativo [referente às contaminações pelo novo coronavírus], isso vai gerar segurança para que os demais espaços da Bahia também voltem a funcionar seguindo os mesmos parâmetros”, prevê.

Para enfrentar crise, setor se une e cria a Associação Baiana das Produtoras de Eventos
Foto: Divulgação

Com o objetivo de buscar representatividade e melhores condições de trabalho, mais de 50 empresas da Bahia se uniram para fundar, na última semana, a Associação Baiana das Produtoras de Eventos (ABAPE). A iniciativa chega em um momento crítico, com o setor cultural e de entretenimento fortemente abalado pela pandemia do novo coronavírus.

 

“As pessoas, e com o poder público não é diferente, não conseguem entender a dimensão da cadeia de profissionais que está por trás de um evento. Por trás de todo aquele universo mágico dos palcos e seus artistas, existem inúmeros profissionais cujas famílias dependem diretamente daquele trabalho que acontece nos bastidores. Não se pode reduzir tudo ao termo ‘festa’, que muitas vezes é usado de forma pejorativa para nivelar todos os tipos de evento. Nós não fazemos festa, nós fazemos negócio, fazemos arte e arte é trabalho e precisa ser entendida como tal,” declara Moacyr Villas Boas, presidente da ABAPE, afirmando ainda que o pouco reconhecimento da classe não condiz com a importância dela na economia.

 

“Somos geradores de riqueza; somos um dos setores que mais emprega no Brasil. Mas é evidente que alguns setores da economia estão tendo tratamentos diferenciados por parte dos gestores públicos”, argumenta. “Precisamos que os gestores públicos e a sociedade entendam melhor a engrenagem e o funcionamento desse setor. Estamos dispostos a estudar a melhor forma de administrar essa crise. Entendemos a gravidade da situação e o poder de letalidade desse vírus. Mas é preciso abrir um diálogo com a classe e encontrar formas de garantir que os nossos profissionais ganhem seu sustento de forma digna.  A solução não pode continuar sendo os decretos, em si, proibindo todas as formas de trabalho da categoria de maneira ditatorial e sem medir as consequências”, conclui.

 

Atualmente com cerca de 50 associados, entre grandes, médias e pequenas empresas, a expectativa é expandir o número para mais de 250 em todo o estado, em meados de 2021. Para este fim, a ABAPE abriu um canal através do e-mail [email protected], para que outros interessados possam se associar.

Balé Folclórico da Bahia se destaca pela 'resistência e renascimento' após crise
Foto: Divulgação / Vinicius Lima

O Balé Folclórico da Bahia foi destaque em uma matéria da revista Elle Brasil. Se recuperando uma crise financeira em decorrência da pandemia da Covid-19, o grupo foi elencada como um exemplo de resistência e renascimento. Ela é a mais antiga companhia folclórica do país.

 

O processo de recuperação começou, aponta a publicação, com a live de aniversário de Caetano Veloso, em agosto deste ano. O cantor utilizou do espaço para pedir doações para uma “vaquinha” do Balé Folclórico da Bahia, que passa por dificuldades (reveja aqui). “Se vocês contribuírem, será o meu presente de aniversário”, afirmou Caetano. “Esse balé é uma coisa linda”. 

 

Em três dias, a ação, que só tinha conseguido arrecadar R$ 25 mil, saltou para R$ 160 mil. A maior parte dos que contribuíam mandava um recado-padrão no site das doações (mais de 2 mil mensagens foram registradas): “Caetano mandou, a gente atende!”

 

O Balé tinha feito um empréstimo de 113 mil reais para pagar os salários de fevereiro a abril de bailarinos e funcionários (com 40 integrantes e 32 anos de existência, nunca teve um patrocinador) e estava com as apresentações, sua única fonte de renda, suspensas por causa da pandemia (relembre aqui). 

 

“Caetano fez o maior gesto de solidariedade. Mostra que a gente tem capacidade de ser feliz, de entender o outro ser humano. Muitas vezes, não é de dinheiro que se trata. O mundo precisa disso, de afeto, as pessoas andam enlouquecidas. Ou é isso ou é Mad Max”, emociona-se Walson Botelho, o Vavá, diretor do Balé Folclórico da Bahia, ao comentar o fato para a Elle.

 

A situação reflete o momento em que a cultura brasileira se encontra. Mesmo inserida dentro de um ambiente econômico com mais de 4,3 milhões de trbalhadores e 150 mil empresas em plano funcionamento no ano passado, apresenta um processo de sucateamento e destruição de suas estruturas e seu legado.

Governo quer realocar servidores do Turismo e Secult para atuar na Cinemateca Brasileira
Foto: Divulgação

Mais de um mês após a Associação de Comunicação Educativa Roquete Pinto (Acerp) entregar as chaves da Cinemateca Brasileira para a administração do governo federal (clique aqui e saiba mais), a instituição ainda vive uma fase crítica.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de São Paulo, após dispensar os antigos funcionários, que inclusive acusaram o governo de sequer deixá-los recolher seus pertences (clique aqui), o Ministério do Turismo e a Secretaria Especial da Cultura estudam realocar outros servidores de seus quadros para o órgão, em São Paulo.

 

Ainda segundo a publicação, a transferência está prevista para acontecer nos próximos dias e os novos funcionários devem acompanhar a execução dos contratos emergenciais para a Cinemateca, entre outras funções.

Em crise, setor de eventos faz ato público nesta sexta em Salvador por plano de retomada 
Ato acontece no Comércio | Foto: Divulgação / Setur

Diante da grave crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, que levou ao adiamento e cancelamento de diversas festas e atividades culturais, o setor de eventos se mobiliza nesta sexta-feira (4), em Salvador, através do movimento “Vivemos Eventos”.

 

Segundo a organização, o ato realizado na Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, situada no Comércio, reunirá mais de 90 representantes de de empresas do segmento de eventos sociais. A mobilização tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a necessidade de estruturar um plano de retomada das atividades e de incentivo à reestruturação dos empreendimentos afetados pela crise.

 

Ainda de acordo com a organização, somente as 90 empresas participantes mobilizam mais de 3 mil famílias que dependem das atividades ligadas ao setor para obter o sustento. 

Em tempos de de pandemia, editora baiana dribla crise com e-books e jogo de cintura
Foto: Divulgação

Um levantamento da Câmara Brasileira do Livro e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros constatou que o mercado editorial do Brasil encolheu 20%, entre os anos de 2006 e 2019 (clique aqui e saiba mais). Diante deste cenário, ainda mais agravado com a pandemia do novo coronavírus, a Bissau Livros, pequena editora baiana, fundada em outubro de 2019 pelo jornalista Saymon Nascimento, se adapta às novas demandas para enfrentar a crise.

 

“O impacto é imenso, claro. Tive de interromper as operações, adiar lançamentos e pensar  num panorama a um prazo mais longo. Estamos basicamente trabalhando em alguns livros, mas, por enquanto, sem perspectiva concreta de lançar. E como só trabalho com freelancers e não tenho uma sede, o custo mesmo hoje da operação é o dos impostos. Espero que este estado de hibernação acabe até o fim do ano”, explica Saymon. 

 

Uma das estratégias incorporadas pela editora para passar pela turbulência foi incluir seus títulos em formato e-books e disponibilizá-los em  grandes lojas virtuais. Há cerca de dez dias o romance “2+1”, de Rogério Menezes, e o livro de contos de ficção “Você Morre Quando Esquecem Seu Nome”, de Flávio VM Costa, passaram a ser vendidos através das lojas Kindle, Kobo, Apple Books, Wook (Portugal), Barnes & Noble (EUA), entre outras plataformas online. 

 

“Os ebooks estão vendendo bem, mas eles não substituem o livro em papel. São públicos diferentes, e nem é por um recorte de classe. É mera preferência pessoal. Enfim, lançaríamos os ebooks mesmo sem a pandemia. E como conseguimos um preço bem mais barato que o impresso, há leitores de livro em papel que optam pelo ebook nesse momento”, conta o editor.

Vereadores de SP estudam criação de frente parlamentar em defesa da Cinemateca
Foto: Divulgação

Para tentar frear a degradação e salvar a Cinemateca Brasileira da grave crise pela qual o órgão passa atualmente, a Câmara Municipal de São Paulo estuda a criação de uma frente parlamentar em defesa da instituição. 

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o idealizador da iniciativa  é o vereador Celso Giannazi (PSOL-SP), que pretende viabilizar propostas voltadas para o resgate do espaço.

 

Na quinta-feira (18), a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara realizou uma audiência pública online para discutir o tema (clique aqui). 

Comissão da Câmara de SP faz audiência online para debater crise na Cinemateca 
Foto: Divulgação

Diante da crise pela qual passa a Cinemateca Brasileira, a Comissão de Educação, Cultura e Esportes da Câmara Municipal de São Paulo fará uma audiência pública online, nesta quinta-feira (18), para discutir o tema. 

 

“Vamos ver se encontramos algum caminho emergencial e se existe alguma forma da gente ajudar a Cinemateca a sair desta crise. Todo o patrimônio do nosso cinema está em risco”, disse o vereador Eliseu Gabriel (PSB), que preside a comissão, à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

 

Segundo ele, devem participar do encontro virtual ainda os secretários de Cultura do município e do estado de São Paulo, Hugo Possolo e Sérgio Sá Leitão, respectivamente, além de representantes da associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp), instituição que administra a Cinemateca desde 2018. 

 

A Cinemateca Brasileira, que guarda um dos maiores acervos do cinema brasileiro, passa por enormes dificuldades. Sem repasses orçamentários do governo federal, a instituição teve serviços básicos cortados e com funcionários sem receber salário desde abril (clique aqui). Artistas e entidades têm se mobilizado para socorrer a Cinemateca, tendo inclusive criado uma vaquinha virtual para este fim (clique aqui e saiba mais). 

Em forma de cordel, baiano elogia união de Neto e Rui contra Covid-19 e critica Bolsonaro
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Natural de Irará, cidade próxima a Feira de Santana, o cordelista Kitute Coelho resolveu parabenizar os esforços do governador da Bahia, Rui Costa, e do prefeito de Salvador, ACM Neto, pela gestão da crise durante a pandemia do novo coronavírus. 

 

Como artista que é, ele usou linguagem do cordel para reforçar a importância da união dos rivais políticos contra a Covid-19, além de enaltecer a luta dos baianos e criticar a postura do presidente diante do problema, classificando Jair Bolsonaro como “parte da escória”. 

 

"Não vou falar de política/ Vim falar de união/ Sempre faço minha crítica/ Mesmo sendo obrigação/ Na Bahia, nosso templo/ Neto e Rui deram exemplo/ Para o resto da nação/ Juntos fazem diferença/ Lutando na pandemia/ Misturando força e crença/ Que é a cara da Bahia/ Essa terra tão amada/ E desde sempre marcada/ Por sua dicotomia”, dizem alguns versos. 

 

“Podem voltar a brigar/ Lá na frente não duvide/ Mas agora vão lutar/ Um ao outro não agride/ De direita ou de esquerda/ O que importa é não ter perda/ Pro demônio da Covid/ Da cidade alta ou baixa/ Aqui não tem essa história/ Só o presidente se encaixa/ Como parte da escória”, diz outra parte, ressaltando a parceria momentânea de Rui e Neto e criticando Bolsonaro, que é lembrado em outros versos, por “receitar” cloroquina e tubaína contra o novo coronavírus.

 

Confira o cordel completo:

Livraria Saraiva pode fechar unidade de Salvador após crise agravada por Covid-19
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A livraria Saraiva do Shopping da Bahia pode fechar as portas em meados de junho. A informação foi repassada aos colaboradores, nesta terça-feira (12), por meio de um comunicado assinado pelo Diretor de Negócios, Deric Guilhen. 

 

O risco de encerramento das atividades da unidade está diretamente ligado com a baixa geração de receita. A redução no faturamento foi causada pelo fechamento temporário dos shoppings, como medida de conter a disseminação do novo coronavírus. 

 

Segundo consta no documento, divulgado pela revista Veja, o encerramento definitivo da unidade acontecerá caso não tenha sucesso as negociações para diminuição do Custo Total de Ocupação (CTO) com as administradoras.

 

“A decisão de quais lojas fechar teve como critério os resultados de venda x o custo operacional, logo, as lojas historicamente deficitárias e para as quais não enxergamos a curto prazo possibilidade de reversão, ao contrário, com a crise econômica instalada terão seus resultados ainda piores, decidimos pelo fechamento no decorrer de maio e junho”, informou Guilhen. 

 

Unidades da Saraiva em SP, DF, MG e RS já terão as atividades encerradas ainda este mês. Assim como a unidade de Salvador, livrarias do RJ, PR, PE e outras lojas de SP passarão pelo processo de negociação, na tentativa de evitar o fechamento definitivo em junho. 

 


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Rui cogita usar TVE para socorrer artistas: 'Discutindo o formato para dar legalidade'
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Em uma live realizada no começo da tarde desta terça-feira (12), o governador Rui Costa falou sobre ações voltadas para o setor cultural da Bahia durante a pandemia do novo coronavírus. 

 

"Estamos discutindo com a Procuradoria do Estado qual o formato, qual o instrumento que dê legalidade a isso, talvez associado à TV Educativa. Algum tipo de programa, algo de atividades culturais que possam ser transmitidas pela TV e com isso remunerar esses artistas”, disse ele, sobre estratégias para socorrer os profissionais que tiveram suas atividades e receitas suspensas por causa da necessidade do isolamento social. 

 

“Estamos formatando com a Secretaria de Cultura, mas isso não consegue alcançar todas as linguagens, todas as áreas, mas nós estamos trabalhando nessa ideia, até porque, além desse período crítico, vamos demorar um tempo para que a arte, a cultura, os shows, eventos, teatros,  possam voltar a funcionar. Então vai durar mais tempo”, completou Rui.

 

A Secretaria de Cultura da Bahia ainda não tem um edital ou ferramenta própria para o auxílio emergencial aos artistas na pandemia, mas, junto 25 outros órgãos estaduais de cultura do Brasil assinou uma carta aberta em apoio à aprovação de um Projeto de Lei com este fim, no Congresso Nacional. A proposta para a criação da Lei Nacional de Emergência Cultural foi discutida pelo Fórum Nacional dos Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura (clique aqui). 

Maitê Proença critica postura de Regina Duarte na CNN, mas diz que colega 'é bom caráter'
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Após Regina Duarte reagir mal a um vídeo enviado pela colega, durante entrevista na CNN Brasil (clique aqui e saiba mais), nesta quinta-feira (7), Maitê Proença comentou o incidente. “Como a Regina foi ontem conversar com o presidente, a CNN me ligou e eu topei falar. Achei que estava na hora de fazer alguma coisa como classe. Eu acho que ela não quis ouvir. Ela presumiu que era uma coisa do passado, não era. Eu estou absolutamente viva”, disse Maitê à revista Veja. “A cultura está perplexa com esse silêncio abissal em relação à política pelo setor, nós estamos vivendo de vaquinhas. Fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar, pois nosso trabalho pressupõe uma aglomeração”, acrescentou a atriz, referindo-se à crise no setor, em decorrência da pandemia do novo coronavírus.

 

“Nossos grandes estão morrendo, como Rubem Fonseca e Flávio Migliaccio, e ela e o presidente não dizem uma palavra. Eu fui a primeira pessoa a defender a Regina ter o direito de pensar diferente. Mas agora estou clamando para ela mostrar os feitos e para conversar com a sua classe. Eu pedi para ela, mas ela não quis escutar. É isso que nós temos para hoje”, pontuou Maitê Proença, que no passado foi criticada pela esquerda, por supostamente ter apoiado a candidatura de Jair Bolsonaro. 

 

Apesar do comportamento de Regina, Maitê diz acreditar na índole da colega. “Eu gosto dela. Eu penso diferente dela, mas eu respeito o direito de enxergar o mundo de forma diferente. Eu acredito que a Regina é bom caráter”, concluiu. 

 

Ao publicar o vídeo enviado à CNN em suas redes sociais, Maitê Proença obteve apoio de outros atores. "Estamos ao seu lado! Amada!", disse Miguel Falabella. "Isso Maitê!! Perfeita", comentou Maria Padilha. Vera Fischer manifestou apoio por meio de emojis, com acenos, arco-íris e borboleta. Beth Goulart foi objetiva: "Palavras lúcidas". "E agora deve aparecer aqui uma avalanche de apoio à infeliz Regina Duarte, e críticas ao seu justo posicionamento orquestrada pelo gabinete do ódio do presidente dela", opinou Larissa Maciel. 

 

Confira o vídeo completo de Maitê Proença exibido na CNN:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A CNN pediu e ofereci a minha posic?a?o. Esta? aqui. E? o q tinha a dizer. Por mim. Por minha classe. Pela Cultura. Pelo Brasil desgovernado.

Uma publicação compartilhada por Maitê Proença (@eumaiteproenca) em

Projeto de Lei propõe socorro a editoras e livrarias durante crise do novo coronavírus
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Em virtude da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus, um Projeto de Lei do senador Jean Paul Prates (PT/RN), apresentado na quinta-feira 23), propõe alterações na política nacional do livro, com o objetivo de socorrer editoras e livrarias. De acordo com informações da Folha de S. Paulo, o PL atenderia pedidos de editores independentes e entidades da área. 

 

O projeto pretende alterar o artigo 7º da política nacional do livro, sobre formas de financiamento para o meio editorial, para que os bancos públicos e agências de fomento possam oferecer linhas de crédito com juros baixos para empresas do setor, inclusive as inadimplentes. 

 

O projeto contempla ainda a oferta de crédito de até R$ 1 milhão para que pequenas, médias livrarias e sebos, possam adquirir estoque, e o subsídio dos Correios no envio de livros, cobrando apenas R$ 1 por emissão, com um limite de até 100 obras.

Em vídeo, artistas do teatro buscam ações para socorrer cadeia produtiva do setor na Bahia
Foto: Reprodução / Instagram

Através da página Plano de Crise Para as Artes Cênicas da Bahia, no Facebook (clique aqui), artistas do teatro local criaram um vídeo para destacar a necessidade de respostas e ações sobre a crise que o setor vem passando em meio a pandemia do novo coronavírus. Segundo os profissionais, é preciso tratar a situação de modo emergencial para, assim, socorrer toda cadeia produtiva na capital e interior. 

 

“Desde o dia 25 de março de 2020, enviamos um documento para a Prefeitura Municipal de Salvador (Fundação Gregório de Matos) e Governo do Estado da Bahia (Secretaria de Cultura do Estado e da Fundação Cultural do Estado), com sugestões para um plano de emergência de apoio a artistas, técnicos e produtores que estão sem trabalho desde o início do isolamento social e fechamento dos teatros e cancelamento/adiamento de temporadas e eventos”, disseram. 

 

De acordo com os integrantes do movimento, até o momento, a FGM respondeu às solicitações e sinalizou que está analisando as propostas, com perspectiva de definição nos próximos dias. 

 

Já o governo do estado (Secult e Funceb), no entanto, tem causado “profundo estranhamento” dos artistas pelo fato de terem apenas sinalizado o recebimento do documento com as propostas e de terem afirmando em rede social estarem “atentos” a situação. “É desolador perceber a nossa invisibilidade para alguns gestores num momento tão difícil para todos”, lamentou o grupo.  

 

Confira:

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Em tempos de pandemia, a Arte agoniza na Bahia. Como representante do teatro produzido aqui, juntamente com amigos e colegas de ofício, foi criado o Plano de Crise Para as Artes Cênicas da Bahia, ainda no mês de março, para tentar dialogar com os setores locais da Cultura. Desde o dia 25 de março de 2020, enviamos um documento para a Prefeitura Municipal de Salvador (Fundação Gregório de Matos) e Governo do Estado da Bahia (Secretaria de Cultura do Estado e da Fundação Cultural do Estado), com sugestões para um plano de emergência de apoio a artistas, técnicos e produtores que estão sem trabalho desde o início do isolamento social e fechamento dos teatros e cancelamento/adiamento de temporadas e eventos. Temos obtido respostas, ainda que não emergenciais para a gravidade da situação, da Fundação Gregório de Matos que sinalizou estar analisando as propostas e prometeu alguma definição na semana que começa. Nos causa profundo estranhamento, porém, que os setores ligados ao Governo do Estado (SeCult e Funceb) tenham apenas sinalizado o recebimento do documento e, somente hoje, postado numa rede social estarem 'atentos' à situação. Nós artistas, em nome do Plano de Crise para as Artes Cênicas, estamos tornando público a quem nos segue e acompanha nosso trabalho, através desse vídeo, a necessidade de respostas e ações em caráter de EMERGÊNCIA para socorrer toda cadeia produtiva das artes na Bahia, na capital e no interior. É desolador perceber a nossa invisibilidade para alguns gestores num momento tão difícil para todos. Peço que compartilhem os vídeos e marquem as hashtags abaixo, para que nosso pedido de socorro chegue aos que podem amenizar a crise até que tudo passe. @funceboficial @govba @prefsalvador @secultba @fgmoficial #governodabahia #secultba #funceb #fgm #prefeituradesalvador #teatrobaiano #planodecrise #artescenicas

Uma publicação compartilhada por Israel Barretto (@israelbarretto) em

Diante da crise na pandemia, artistas de Feira formalizam pedido de ajuda à prefeitura
Foto: Reprodução / Viva Feira

Artistas de Feira de Santana protocolaram, nesta quinta-feira (16), o manifesto #SOSFAZEDORESDECULTURA, dirigido ao prefeito Colbert Martins Filho, no intuito de pedir apoio para superarem a crise, diante da pandemia do coronavírus.

 

De acordo com informações do site Acorda Cidade, o movimento tem apoio da Arquidiocese de Feira de Santana, Uefs/Cuca, CDL, Sesc, OAB, Instituto Antônio Gasparini, Fórum Nacional de Forró de Raiz, e o documento foi protocolado pelo produtor cultural Toinho Campos, o diretor de teatro Geovane Mascarenhas e o cantor Tonho Dionorina protocolaram.

 

“Artistas das mais diversas áreas da cultura correm o risco de passarem fome. Após as publicações dos decretos municipais que visam impedir a proliferação do COVID-19, bares, casas de espetáculo, teatros, cinemas, circos, entre outros, tiveram que fechar, suspendendo assim toda e qualquer atividade, com isso, os profissionais envolvidos direta e indiretamente com esse trabalho deixaram de arrecadar o que pra a maioria é o único recurso financeiro. Devido a isso, estamos solicitando ao prefeito do município de Feira de Santana que esses profissionais sejam inseridos no plano emergencial do município e recebam um valor mínimo enquanto durarem os decretos”, diz texto de petição online que até o fim da manhã desta sexta-feira (17), conta com 954 assinaturas (clique aqui).

 

A solicitação pretende estender o apoio não só aos artistas, mas também aos demais profissionais que trabalham para o setor cultural, a exemplo de técnicos de som, roadies e contrarregras.

Justiça autoriza empresas de telefonia a suspender pagamento de R$ 742,9 mi à Ancine
Foto: Divulgação

A Justiça autorizou as empresas de telefonia celular a suspender o pagamento de R$ 742,9 milhões à Agência Nacional do Cinema (Ancine), sob justificativa da crise causada pela pandemia do coronavírus. 

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, o Sinditelebrasil, sindicato que representam as empresas, conseguiu no TRF-1 o direito de não pagar o Condecine, imposto que incide sobre obras cinematográficas usadas para fins comerciais. O tributo deveria ter sido sanado no dia 31 de março.

 

Na sentença, desembargadora Ângela Alves afirmou que embora a Ancine preste serviços de grande relevância, no momento, eles "não podem se sobrepor ao atendimento de necessidades básicas postas em risco por uma conjuntura de crise, tal como a manutenção de empregos". Ela destacou que não analisou a legalidade da cobrança, mas somente a necessidade do pagamento ser feito já.

 

A decisão deve gerar um impacto ainda maior no setor artístico, visto que o Condecine é responsável por cerca de 80% do orçamento do Fundo Setorial do Audiovisual. A briga para o não pagamento do imposto é antiga, em 2016 as empresas chegaram a conseguir liminar na Justiça, alegando que os celular não é um meio de consumo de audiovisual.

Associações adiantam R$ 14 milhões em direitos autorais para apoiar artistas na crise
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Com o objetivo de ajudar a classe artística durante a crise econômica provocada pela pandemia do coronavírus, a gestão coletiva da música no Brasil - composta pelas associações Abramus, Amar, Assim, Sbacem, Sicam, Socinpro, UBC e Ecad - aprovou um plano emergencial.

 

A proposta é o adiantamento extraordinário de R$ 14 milhões em direitos autorais a serem pagos para compositores, músicos e intérpretes brasileiros. A medida beneficiará todos os titulares nacionais (pessoa física) filiados que tiveram um rendimento médio anual entre R$ 500 e R$ 36 mil nos últimos três anos (2017, 2018 e 2019).

 

O adiantamento será discriminado no demonstrativo de rendimentos recebido por cada titular e os valores serão descontados 60 dias após anunciado o fim do estado de calamidade pública. O pagamento deverá ser feito em 12 parcelas mensais, sem juros.

 

Confira regras: 
- Titulares com rendimento médio anual entre R$ 500 e R$ 12 mil nos últimos três anos receberão uR$ 600 dividido em 3 parcelas, sendo R$ 200 pagos na data prevista para a distribuição de abril e o restante nos pagamentos de maio e junho.
 
 - Titulares com rendimento médio anual entre R$ 12.000,01 e R$ 36 mil nos últimos três anos receberão R$ 900 divididos em 3 parcelas, sendo R$ 300 pagos na data prevista para a distribuição de abril e o restante nos pagamentos de maio e junho.

Disney reduz salários de executivos para superar crise durante pandemia do coronavírus
Foto: Divulgação

Com casas de espetáculos e salas de cinemas vazias, a pandemia do coronavírus tem abalado com força o setor cultural. Diante desta realidade e para manter a saúde financeira da empresa durante o isolamento social imposto para coibir a disseminação da Covid-19, os executivos do alto-escalão da Disney decidiram reduzir seus próprios salários.

 

De acordo com informações do site Omelete, o ex-presidente da Disney, Bob Iger, abriu mão de 100% de seu salário -  estimado em mais de US$ 47,5 milhões - e também de outros bônus, mantendo apenas o seguro de saúde. Ainda segundo a publicação, o CEO da empresa, Bob Chapek, diminuiu seus proventos em 50%, enquanto vice-presidentes de diversos setores tiveram cortes de 20% a 30%.

 

Diante da crise, ainda não existe previsão para a retomada dos projetos de séries e filmes da Disney, enquanto os parques marcaram a reabertura para o dia 18 de abril, com possibilidade de reagendamento. 

Crise do Covid-19: Governo de SP cria linha de crédito de R$ 500 milhões para setor cultural
Secretário de Cultura e Economia Criativa anunciou a medida | Foto: Divulgação

Como medida para o enfrentamento da crise provocada pela pandemia do coronavírus, o governo do estado de São Paulo lançou uma linha de crédito especial para o setor cultural, na ordem de R$ 500 milhões.

 

“A crise vai passar, mas é fundamental que as empresas consigam atravessar este período nós reservamos R$ 500 milhões para esta linha de crédito especial, que pode ser acessada pelo site da Desenvolve São Paulo . Toda operação deve ser feita online. As condições são muito especiais e convidativas: juros de 1,2% ao mês, temos também uma carência de 12 meses para o início do pagamento e esses pagamentos poderão ser feitos em até 60 meses”, detalhou o secretário de Cultura e Economia Criativa de SP, Sérgio Sá Leitão. 

 

“O governo de São Paulo está muito preocupado com o impacto da crise do coronavírus sobre o setor cultural e criativo, também sobre o setor de turismo e o comércio. Por isso, por determinação do governador João Doria, a Desenvolve São Paulo, que é o banco de investimento do estado de São Paulo, está lançando imediatamente uma linha de crédito especial para capital de giro, com o objetivo de ajudar as empresas desses setores”, explicou o gestor.

Secult se reúne com Regina Duarte e outros secretários para discutir crise na pandemia
Foto: Fidelis Melo

Representada pela chefe de gabinete, Cristiane Taquari, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) participou de uma reunião via teleconferência com a Secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, e os demais integrantes do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes da Cultura. Fruto de convocação da gestão federal, a iniciativa tem como objetivo pensar soluções conjuntas para o enfrentamento da crise provocada pela pandemia do coronavírus, no setor cultural. 

 

Durante a conferência ficou estabelecido que, nesta sexta-feira (20), a Secretaria Especial da Cultura vai publicar uma Instrução Normativa para antecipar a liberação de recursos para os projetos financiados via Lei Rouanet que foram afetados. Regina informou ainda que busca formas de acessar os recursos do Fundo Nacional de Direitos Difusos. “A ideia é buscar esses recursos para auxiliar os artistas nesse momento dramático em que estamos vivendo”, afirmou.

 

A chefe de gabinete da Secult, por sua vez, reforçou a necessidade do governo federal ter sensibilidade para destravar e garantir para a Bahia o repasse de R$ 15 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) de 2018, verba ligada ao Edital Setorial do Audiovisual da Bahia, que está em fase de execução pelos proponentes contemplados. A representante da Bahia cobrou ainda o restabelecimento do repasse de recursos do Fundo Nacional de Cultura para os Fundos Estaduais de Cultura, repasse Fundo a Fundo, com recursos da Loteria e também a assinatura por parte do Governo Federal do Termo Aditivo do Convênio Cultura Viva. 

 

Outro ponto importante cobrado por Cristiane Taquari foi a necessidade de ações imediatas e criativas para remunerar a classe artística, através de plataformas virtuais, com o objetivo de minimizar a paralisia provocada pela pandemia do Covid-19.

 

O Fórum de Secretários e Dirigentes Estaduais de Cultura elaborou ainda uma série de propostas emergenciais para apresentar à gestão federal:

Propostas emergências COVID-19 
 

1.     Fomento direto

·        Lançamento de edital para o setor cultural e criativo do pais com valor sugerido de R$ 500 milhões, oriundos da participação da Cultura nas loterias federais e do Fundo Nacional de Cultura;

·       Lançamento imediato de editais para o setor audiovisual, incluindo games e AR/VR, com valor sugerido de R$ 1 bilhão, oriundo do Fundo Setorial de Audiovisual.

 

2.     Crédito

·         Lançamento de linha de credito de capital de giro para as empresas do setor pelo BNDS e pelos bancos estatais, com juros reduzidos, carência de 12 meses e pagamento em 60 meses.

 

3.     Impostos

·        Diferimento do recolhimento dos impostos e contribuições aplicáveis ao setor cultural e criativo por ao menos 6 meses; e pagamento posterior parcelado em até 24 meses, incluindo empresas inscritas no Simples e em regimes diferenciados.

·        Diferimento dos impostos e contribuições que já estejam sendo pagos parceladamente, incluindo empresas inscritas no Simples e em regimes diferenciados

·        Para contribuintes sujeitos ao regime de lucro real, suspensão temporária do pagamento das estimativas mensais e pagamento quando do ajuste anual

 

4.     Fomento indireto

·        Apelo às empresas estatais que mantenham e ampliem o seu fomento à cultura por meio de leis de incentivo, visando os projetos para o segundo semestre (com liberação de recursos agora);

·        Flexibilização de prazos (captação, realização, prestação de contas) e de regras (sobretudo as relativas a contrapartidas) na Lei Federal de Incentivo à Cultura, com fasttrack para redimensionamento e adiamentos de realização.

 

5.     Código do consumidor

·        Não obrigatoriedade de devolução do valor dos ingressos em caso de adiamento dos eventos;

·        Elaboração de nota técnica com este teor para orientação dos órgãos de defesa do consumidor estaduais e municipais.

 

6.     Outros

·        Suspensão por 120 dias de protestos e cobrança de dividas

·        Destravamento dos financiamentos do FSA.

·         Retomada do Programa Cultura Viva e prorrogação dos prazos dos convênios já firmados

·        Transferências de Fundo a Fundo do FNC para os Fundos Estaduais para que os estados realizem editais

·        Acesso aos recursos do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos

·        Editais para a Seleção de ConteúdosOnLine

·        Produção de conteúdo educativo e preventivo contra o COVID-19, por meio de linguagens artísticas;

·        Liberar as emendas parlamentares para a Cultura

·        Destravar o Vale-Cultura para compras on-line

 

Propostas médio prazo

1.     Retomar a pauta da PEC 150/03, que vincula 2% do orçamento da União, 1,5% dos Estados e 1% dos municípios para a Cultura, de modo a evitar impactos no setor;

2.     Intercambio artístico

3.     Destravar o Vale – Cultura

Por Covid-19, 15 mil artistas podem ficar sem renda alguma nos próximos meses só em SP
Foto: Divulgação

O cenário econômico brasileiro, que já não estava bom, é ainda mais alarmante com o isolamento imposto para conter o coronavírus. Na Cultura, só no estado de São Paulo, 15 mil pessoas podem ficar sem renda alguma nos próximos meses. O número foi divulgado pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, com base em cálculos de entidades paulistas que representam artistas de circo, teatro e dança. 

 

Em entrevista à coluna, o deputado estadual José Américo (PT-SP) contou que recebeu as entidades na quarta (18) e que tentou falar com o secretário de Cultura, Sérgio Sá Leitão. “Um assessor diz que Sá Leitão não poderia encontrar os artistas porque o governador João Doria pediu que os secretários limitassem reuniões. Pedimos para falar por telefone — e fomos informados de que não seria possível pois ele estava em uma reunião”, revelou o parlamentar.

 

O secretário, por sua vez, disse à coluna que não se negou a receber os artistas e que sua assessoria solicitou que eles enviassem um documento para embasar uma futura reunião. Sá Leitão afirmou ainda que já recebeu mais de 20 documentos relatando os efeitos da crise no setor e apresentando propostas para o enfrentamento.

'Fora de Hora' ironiza 'tranquilidade' do governo diante de crise; veja vídeo
Foto: Reprodução / TV Globo

O programa humorístico “Fora de Hora”, que conta com nomes como Marcelo Adnet, Paulo Vireira, Renata Gaspar, Júlia Rabello, Caito Mainier e Luis Lobianco no elenco, lançou um vídeo para ironizar suposta “tranquilidade” do governo federal diante das crises nas mais diversas áreas.

 

“Com dólar alto e PIB curto, greve de policiais e crise entre o presidente e o congresso, o governo se reuniu para mostrar à população que a coisa não tá tão feia assim”, diz a descrição do clipe satírico, que faz uma paródia da música "Tudo Ok", sucesso de Thiaguinho MT, JS o Mão de Ouro e Mila.

 

No vídeo humorístico, os artistas interpretam o presidente Jair Bolsonaro e seu time de ministros. "Já completei um ano e ainda faltam três. Tá tudo tão perfeito que o estresse não tem vez. Cultura tá ok, Educação tá ok, Segurança tá ok, Economia tá ok (...) Tamo tranquilão pro desespero de vocês", diz parte da letra cantada por Adnet, no papel de Bolsonaro. 

 

Dentre os assuntos abordados no vídeo estão o baixo crescimento do PIB, a alta do dólar, as queimadas na Amazônia, o discurso de Regina Duarte na cerimônia de posse - com destaque para o “pum do palhaço”-, o motim da Polícia Militar no Ceará, os problemas no Enem, a queda-de-braço com o Congresso e os embates com a imprensa. 


Confira o vídeo:
 

Em carta, setor cultural cobra medidas do governo federal para vencer a crise após Covid-19
Foto: Divulgação

Em carta enviada ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antôno, e à secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, representantes da indústria da música cobraram do governo federal medidas para superar a crise e amenizar os impactos da pandemia do coronavírus no setor. 

 

“Embora o isolamento social seja a principal e necessária arma contra a disseminação da Covid-19, existe um expressivo prejuízo econômico que já pode ser sentido em estabelecimentos do setor, como teatros, cinemas, bares, restaurantes, lojas e demais comércios”, pondera a classe, em carta assinada por Abramus (Associação Brasileira de Música e Artes), Amar (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), Assim (Associação de Intérpretes e Músicos), Sbacem (Sociedade Brasileira de Autores, Compositores e Escritores de Música), Sicam (Sociedade Independente de Compositores e Autores Musicais), Socinpro (Sociedade Brasileira de Administração e Proteção de Direitos Intelectuais), UBC (União Brasileira de Compositores) e Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

 

O grupo afirma que a interrupção das atividades, o adiamento e o cancelamento de eventos culturais “trará prejuízos irreperáveis”. Contabilizando uma média de 6,6 mil shows e eventos entre março e maio, em 2019, o setor prevê o prejuízdo de cerca de  R$ 11,3 milhões, só em direitos autorais.  “É possível, a partir destes números, dimensionar ou, ao menos, vislumbrar o volume da perda para milhares de titulares que vivem desta receita”, pontua o documento. 

 

“A música e a cultura movimentam a economia e geram milhões de empregos, mas devido ao caráter autônomo de sua atividade profissional, os artistas são economicamente prejudicados por estarem impedidos de fazer seu trabalho”, argumentam, destacando que é preciso mobilização para “preservar estas vidas e as de suas famílias de forma digna e humana”. 

 

Para minimizar os impactos da crise, o grupo apresenta algumas propostas: 
 
- Incentivo, após o período de isolamento e crise, via Ministério de Turismo e Secretaria de Cultura, além de Prefeituras e Estados, à realização de eventos culturais e shows, que paguem direitos autorais, para possibilitar a recuperação do setor cultural; além de apoio para conscientização dos setores públicos, em todas as esferas, visando à diminuição da inadimplência de entes públicos realizadores de eventos, que não efetuam o pagamento de valores referentes a direitos autorais de execução pública de música destinados a compositores, editores, intérpretes, músicos e produtores fonográficos.


- Apoio para a regularização de débitos e orientação para pagamento de direitos autorais por parte de todos os setores que utilizam música no seu negócio, principalmente emissoras de rádio e TV que mantêm a veiculação de músicas em suas programações, possibilitando que o devido repasse referente aos direitos autorais chegue aos artistas, compositores e demais titulares.

 

- Abertura de linha de crédito de capital de giro para empresas e pessoas que estejam ligadas ao setor musical, como compositores, músicos e intérpretes, entre outros do setor cultural, pela Caixa Econômica Federal; com juros reduzidos, carência e pagamento parcelado.

Aliados de Bolsonaro avaliam Regina Duarte como bomba-relógio, diz coluna
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Empossada, nesta quarta-feira (4), como titular da Secretaria Especial da Cultura (clique aqui e saiba mais sobre a cerimônia de posse), Regina Duarte é considerada por aliados de Jair Bolsonaro como uma bomba-relógio prestes a explodir. 


De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a atriz é vista como imprevisível e pouco comprometida com compromissos políticos importantes para o presidente. 


Ainda segundo a publicação, a primeira crise é prevista para os próximos dias, pois, após várias demissões (clique aqui), a nova secretária sinalizou que pretende exonerar ainda mais funcionários do órgão, sendo todos ligados a apoiadores de Bolsonaro. Entre as pessoas na mira estão indicações do deputado Marco Feliciano (sem partido) e de Olavo de Carvalho, guru ideológico da família do presidente.


A coluna pontua, no entanto, que a atriz já teve sua primeira derrota, já que ela queria desligar Sérgio Camargo da Fundação Palmares, mas, além de não ser demitido, nesta semana ele postou foto ao lado de Bolsonaro nas redes sociais. Diante de seus primeiros atos, Regina Duarte já tem sido atacada por olavistas e pelo próprio Olavo (clique aqui). 


Apesar do presidente ter garantido  diversas vezes que deu carta branca à atriz para gerir a Cultura, um integrante do governo afirmou à publicação que a gestão Bolsonaro tem bandeiras claras e que a secretária terá que aderi-las, não o contrário.

Mais importante festival de dança no Brasil, Festival Panorama cancela edição de 2019
Foto: Reprodução / Festival Panorama

Organizadores do Festival Panorama, evento artístico de dança e performance considerado o mais importante do Brasil, anunciaram nesta quarta-feira (20), que não será possível realizar a 28ª edição do projeto que ocorre em diversos pontos do Rio de Janeiro.  

 

No perfil oficial do Festival, no Instagram, um dos motivos apresentados pela equipe foi a falta de apoio financeiro por parte dos órgãos governamentais ligados à cultura: “E o Panorama 2019, vai ter? Não vai. Não vai ter espetáculo. Não vai ter festival de calendário, nem festa de abertura, nem patrocínio via leis de incentivo. Não vai ter reunião com secretário de cultura nem empréstimo bancário”. 

 

A crise que o festival passou a apresentar chegou a refletir na última edição do evento realizado em 2018. “Ano passado o Panorama quase não teve. Mas teve, como nos últimos 27 anos. Mas este ano não vai ter Panorama 28. Este ano vai ter um buraco. E nós vamos olhar para o buraco. Vamos parar de correr em volta do buraco. Vamos entender como o buraco se abriu e como podemos recriar a beira para, um dia, não ter mais buraco”, destacou o comunicado. 

 

Por fim, ainda sem nenhuma certeza sobre o futuro do Festival, os organizadores trataram com positividade que o evento volte a programação cultural do Rio de Janeiro o quanto antes. Além disso, cogita-se para o próximo ano que o Panorama participe de eventos internacionais. 

 

“Vai ter Panorama como festival convidado do Centre National de la Danse, em Paris, em março 2020, com dezenas de artistas brasileiros falando de passado, presente e futuro. Vai ter Panorama 2020 no Brasil, um outro, um novo. Um que queremos, mas ainda nem sabemos como é. E vamos juntos nos responsabilizar pelo que vamos fazer. O Panorama que vier será o que for urgente e necessário, e será feito por muitos, ou não será. E vai ter horizonte, porque o Panorama é do Rio e aqui horizonte nunca falta. Obrigada a todos da família Panorama, de longe e de perto. É essa história que construímos juntos, esse patrimônio da dança do Brasil, que nos permite parar agora e respirar novos ares. Eles virão. Daremos notícias em breve”, escreveram.  

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

E o Panorama 2019, vai ter? Não vai. Não vai ter espetáculo. Não vai ter festival de calendário, nem festa de abertura, nem patrocínio via leis de incentivo. Não vai ter reunião com secretario de cultura nem empréstimo bancário. Ano passado o Panorama quase não teve. Mas teve, como nos últimos 27 anos. Mas este ano não vai ter Panorama 28. Este ano vai ter um buraco. E nós vamos olhar para o buraco. Vamos parar de correr em volta do buraco. Vamos entender como o buraco se abriu e como podemos recriar a beira para, um dia, não ter mais buraco. Não vamos dançar em volta do buraco. Não agora. Agora vamos repensar tudo, as estratégias, as formas de fazer, os modos de existir e resistir. Estamos juntos e vivos, e isso é muito. Mas não vamos cumprir tabela. Não vamos fazer o que deveria. A história do Panorama sempre foi essa, de não fazer o que deveria nem o que era esperado. Vamos honrar essa história e não fazer qualquer coisa. E por causa disso, temos muito a fazer agora. Então, o que vai ter? Vai ter em breve um mesão Panorama de dois dias para repensar tudo. Vai ter Panorama como festival convidado do Centre National de la Danse, em Paris, em março 2020, com dezenas de artistas brasileiros falando de passado, presente e futuro. Vai ter Panorama 2020 no Brasil, um outro, um novo. Um que queremos, mas ainda nem sabemos como é. E vamos juntos nos responsabilizar pelo que vamos fazer. O Panorama que vier será o que for urgente e necessário, e será feito por muitos, ou não será. E vai ter horizonte, porque o Panorama é do Rio e aqui horizonte nunca falta. Obrigada a todos da família Panorama, de longe e de perto. É essa história que construímos juntos, esse patrimônio da dança do Brasil, que nos permite parar agora e respirar novos ares. Eles virão. Daremos notícias em breve Nayse López Diretora artística do Festival Panorama Img Navios, de Marina Guzzo Foto Vinicius Reis

Uma publicação compartilhada por Festival Panorama (@festivalpanorama) em

Ambulância que socorreu Fernanda Young não tinha paramédicos ou enfermeiros
Foto: Divulgação

A ambulância que atendeu a atriz, escritora e roteirista Fernanda Young em Gonçalves (MG), no último domingo (25), não tinha paramédicos ou enfermeiros para prestar o socorro. De acordo com o G1, as autoridades locais informaram que o serviço funcionava em regime de plantão, atendendo apenas com o motorista. 


O secretário de Saúde do município, José Donizetti, disse à publicação que por se tratar de uma cidade pequena, com pouco mais de 4 mil habitantes, há pouca demanda e faltam recursos. "Durante a semana, é diferente: temos médicos todos os dias, de segunda a sexta. E infelizmente, sábado e domingo não temos, porque a cidade é pequena, não tem demanda para gastar tanto dinheiro com médico", justificou Donizetti, revelando que um enfermeiro só acompanha se for acionado pela família do paciente. "O motorista não sabia que estava nesse ponto tão mal. Quando ele constatou que estava muito mal, imediatamente colocou na ambulância e levou para Paraisópolis, e ela veio a óbito", disse.


Ao ser questionado pela EPTV, afiliada da Rede Globo, sobre como os familiares saberiam da gravidade de caso, ele afirmou que deveriam saber "pelo estado do paciente". "A família não solicitou. Nós não temos técnicos. Tem [em] dia de semana, de final de semana não tem. Plantão é só motorista", reiterou.


A artista, que estava em seu sítio, teve uma crise de asma seguida de uma parada cardíaca na madrugada de domingo (clique aqui e saiba mais). A ambulância percorreu cerca de 20 quilômetros até chegar ao Hospital Frei Caetano, em Paraisópolis. Ela foi atendida por volta das 1h45 e morreu às 2h53. Funcionários do hospital confirmaram ao G1 que Fernanda chegou ao local acompanhada somente do motorista e de uma amiga.

Morta após crise de asma, Fernanda Young havia relatado dificuldade de comprar remédio
Foto: Divulgação

Morta no domingo (25), após uma crise de asma seguida por uma parada cardíaca (clique aqui), a escritora, atriz, roteirista e apresentadora de TV Fernanda Young, já havia relatado dificuldades para encontrar remédio para seu problema de saúde, em 2013. 


De acordo com o Uol, a artista comentou um episódio em 2013, quando passou por uma forte crise de asma e teve problemas para comprar remédio em São Paulo, porque o medicamento custava R$ 87, mas ela tinha levado R$ 80 e um cartão de crédito que foi recusado por problemas no sistema. 


 “2:00 da manhã, a crise de asma me leva a farmácia. Tenho 80 reais e um cartão AMEX. O sistema está com problema. Valor da compra: 87 reais. Asma pode matar, e já tive crises severas. Peço um desconto. O vendedor diz que não pode. Estou passando mal e explico, ele se nega a ajudar. Tento ser rápida, preciso do medicamento. Ele diz que com receita é mais barato. Peço, nervosa, compaixão. O rapaz, Marcos, insiste que não. A culpa é do sistema e ele não vai dar desconto, nem pagar do próprio bolso. Digo que sou mãe, que sou conhecida, que posso ter algo grave. Resolvo por um remédio e deixo o outro. Uso imediatamente. Ameaço expor a farmácia por antiética, ninguém liga”, relatou Fernanda Young. “Saio de lá um pouco melhor, passo em outra farmácia, o sistema aceita, e eu o uso. Agora em casa penso sobre como é banal morrer aqui. No Brasil morrer é dar uma morridinha, como dar uma trepadinha, uma corridinha, uma dançadinha. Dane-se a vida. Um ciclista morre, e dane-se. Casas caem e danem-se, jovens se queimam enquanto comemoram e danem-se. São só morridinhas. Drogaria, estou melhor, e dane-se eu”, ironizou.

Em momento de conflito sobre Ancine, governo se reúne com produtores de cinema
Foto: Divulgação

Em meio aos conflitos sobre o destino da Ancine (clique aqui), inclusive com a ameaça de extinção pelo presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o secretário de Comunicação do governo, Fabio Wajngarten se reuniu com alguns dos maiores produtores de cinema e séries do Brasil, na última quinta-feira (25), em São Paulo.


De acordo com informações da coluna de Mônica Begamo, na Folha de S. Paulo, participaram do encontro Pedro Buarque, da Conspiração; Beto Gaus, da Pródigo; Fabiano Gullane, da Gullane Entretenimento; e Rodrigo Teixeira, da RT Features, que mantém um empreendimento com o diretor americano Martin Scorsese.


“Queremos mostrar ao presidente Jair Bolsonaro como o setor funciona, em especial do ponto de vista econômico. É uma indústria que gera 340 mil empregos, paga impostos, faz filmes dos mais variados gêneros”, argumentou Rodrigo Teixeira.


Segundo a publicação, um dos temas tratados na reunião foi a gestão transparente e cuidadosa dos recursos públicos. “Há um zelo grande pelo dinheiro público”, disse Teixeira, afirmando que é possível discutir melhorias neste sentido através do “diálogo produtivo”.

Dançarina tem crise epiléptica durante show de Iggy Azalea no Rio e cantora é hostilizada
Foto: Divulgação

Uma das dançarinas de Iggy Azalea teve uma crise epiléptica durante a apresentação da artista, nesta quinta-feira (27), no Maracanã, Rio de Janeiro, na abertura da 15ª edição do “Jogo das Estrelas”, evento organizado por Zico. A polêmica, no entanto, cresceu nas redes sociais porque a rapper nota que a bailarina está desmaiada, chama ajuda médica, mas não interrompe imediatamente o show. Só depois de um tempo ela para a apresentação. “Vergonha de você, vadia, por que não ajudou a garota perto de você no Brasil?”, escreveu um internauta. “Alguém precisa de cuidados médicos e você continua a apresentação? Que horror para a dançarina. Nojento”, comentou outra seguidora.

 

Veja vídeo do incidente:

 

Apó o show, Iggy Azalea tentou esclarecer a situação. “Oi, pessoal, só quero avisar a todos que estão perguntando que minha dançarina está bem. As luzes e o calor causaram uma convulsão nela. Ela está nos bastidores se sentindo muito melhor“, escreveu ela no Instagram Stories. Na mesma rede social ela aproveitou para explicar o motivo de não ter interrompido no mesmo momento do incidente. “Eu achei que ela tinha só caído/torcido o tornozelo. E isso pode soar um pouco duro, mas você continua cantando até que a música pare e pede por um médico, que foi o que eu fiz“, escreveu.


A cantora pediu ainda mais compreensão do público, após ser hostilizada. “Estamos muito abalados pelo que aconteceu e agradecidos de que ela está bem. Eu sei que é fácil fazer ‘memes’ de alguém que ‘desmaiou’, mas quando alguém tem uma convulsão isso não é engraçado, é realmente assustador. Então espero que meus fãs não postem os memes que estou vendo sobre minha dançarina“, publicou Azalea.

‘O caos é necessário’, diz autora baiana diante da crise no mercado editorial
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“O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis”. Com estas palavras Luiz Schwarcz, presidente e um dos fundadores da Companhia das Letras, resumiu o momento dramático pelo qual passa o mercado editorial no país (clique aqui e saiba mais), evidenciado de forma mais contundente pelo anúncio recente de que as livrarias Cultura e Saraiva entraram com pedidos de recuperação judicial (veja aqui e aqui). “Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador”, comentou Schwarcz em uma carta aberta na qual propõe o apoio de toda a sociedade para recuperar o setor, que diante da crise tem causado demissão de funcionários, fechamento lojas e diminuição da quantidade de lançamentos.  


Com 15 livros publicados fisicamente e online, a escritora baiana Tatiana Amaral, cujo trabalho nasceu em tempos de transição entre o mercado editorial tradicional e o das novas tecnologias, aprendeu a se adaptar às ondas e tempestades da economia. Para ela a crise não bateu forte, e pode ser uma propulsora de mudanças positivas. “Eu sempre falo que o caos é necessário, que você só consegue organizar qualquer coisa através do caos. Então, nós estamos passando outra vez por um problema”, diz a autora, que iniciou a carreira há cerca de oito anos, escrevendo fanfics de “Crepúsculo”, em blogs, e hoje tem um público consolidado no gênero de romance erótico. “A evolução é necessária, se não existisse esse medo, ninguém iria atentar pro outro lado. Por isso que eu falo que o caos é necessário, as pessoas precisam enxergar o mercado de uma outra forma, tanto o leitor, quanto o autor, as editoras, livrarias”, defende Tatiana, argumentando que diante da crise das grandes empresas, é o momento das pequenas ganharem importância.  

 


Tatiana Amaral tem 15 livros publicados e carreira consolidada no gênero de romance erótico | Foto: Divulgação


Uma alternativa, que por sua vez também pode ter sido parte da causa da crise nas livrarias, são os livros eletrônicos e a entrada de grandes empresas internacionais no país. Para Talita Taliberti, gerente de KDP - Kindle Direct Publishing, ferramenta de auto publicação da Amazon -, o mercado do e-book tem ajudado toda a cadeia produtiva. “Com as dificuldades financeiras que as livrarias e, consequentemente, as editoras estão passando, é muito mais arriscado [investir em novos autores], primeiro porque eles não conseguem trazer todos os lançamentos, e depois também é bom pra eles [a ferramenta de auto publicação] a partir do momento que eles acabam diminuindo o risco de investir em algum novo nome”, afirma. “Com o KDP o autor tem opção de ir pro mercado, publicar sua obra, atingir leitores, mostrar seu trabalho, e é até benéfico para a editora, que depois de ver que esse autor tem sucesso, tem leitores, que a obra tem demanda, aí sim pode valer a pena a própria editora usar a ferramenta pra identificar talentos e investir em nomes que tenham um potencial maior”, argumenta.


A escritora baiana Tatiana Amaral alerta, no entanto, ser irreal a ideia de que o e-book substituiria o livro físico. “Ele está ganhando o mercado de forma forte e tudo, mas não está sendo como as pessoas acreditavam que seria”, diz Tatiana, que após lançar na internet seu primeiro sucesso, “Função CEO”, com três milhões de leituras, firmou um contrato com a editora Pandorga, no qual também tem a liberdade de publicar o livro digital de forma independente pela Amazon. “Quando você compara o crescimento dos dois, você percebe que o físico cresceu e o e-book caiu. Talvez isso ainda não seja sentido pelos autores, pelos leitores, mas já é uma realidade”, explica a autora baiana, que prefere seguir investindo ao mesmo tempo nos dois formatos. Atualmente Tatiana se prepara para relançar a obra “Traições”; entregou à editora o segundo livro da série “Mulheres do 129”; e está trabalhando em “Sem Perdão”, publicação que segundo ela ainda não sabe muito “para que lado vai”. 

 

O fato é que hoje os novos autores - e até os já conhecidos - têm mais alternativas, podendo transitar pelo digital e o papel. Como exemplo disto, a gerente da Amazon citou o professor, escritor e filósofo Mauro Sérgio Cortella, que este ano, mesmo tendo contrato com uma editora, relançou na plataforma de autopublicação da empresa sua primeira obra, “Descartes: A Paixão pela Razão”. “O livro estava fora de circulação há 15 anos e não faria sentido voltar para as editoras. Com o KDP, por ser digital, independente e rápido, ele pôde devolver a obra para os leitores”, disse Talita.

‘O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis’, diz presidente da Companhia das Letras
Foto: Reprodução / Facebook

Com os recentes anúncios de pedidos de recuperação judicial das duas principais livrarias do país, a Saraiva e a Cultura, o editor Luiz Schwarcz, presidente do Grupo Companhia das Letras, publicou, nesta terça-feira (26), uma carta na qual comenta a situação dramática da literatura no Brasil. “O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador”, diz Schwarcz, destacando que a realidade do brasil “vai na maré contrária do mundo”. Segundo ele, em nível global, ninguém precisa “salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava”, já que é a “única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave”. No Brasil, no entanto, ele diz que a situação é diferente. “Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado”, pontua.


Luiz Schwarcz destaca ainda que as editoras já vêm diminuindo o número de lançamentos, desistindo de representar autores com vendas mais lentas e demitindo funcionários em todas as áreas. “Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos —gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil”, afirma, lembrando que a crise bateu à porta, inclusive, de sua própria empresa. “Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente”, afirma.


Ele, no entanto, diz que é possível superar a crise e pede o apoio de toda sociedade para a empreitada. “Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros”, afirma, chamando ainda os leitores para a luta: "Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que [...] espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise [...]".

 

Confira o texto completo de Luiz Schwarcz:


Cartas de amor aos livros
O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.

As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos —gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.

Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.

Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.

Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.

Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer.

Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver. Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.

Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro.

Em meio à crise de livrarias, Saraiva fecha 20 lojas
Foto: Divulgação

Após a Livraria Cultura entrar com pedido de recuperação judicial (lembre aqui), a rede Saraiva também tomou uma medida drástica, e está fechando 20 lojas espalhadas pelo Brasil nesta segunda-feira (29). 

 

De acordo com informações da coluna Babel do site Estadão, a Saraiva enviou um comunicado informando que vem tomando “medidas voltadas à evolução da operação e perenidade do negócio”. As ações incluem o fechamento das 20 lojas e o fortalecimento do e-commerce da Saraiva. A rede tem, no momento, 84 livrarias. 

 

Segundo as informações da coluna, entre as lojas fechadas estão sedes de Londrina, Santos, Campinas, e outras, mas não inclui nenhuma unidade da Bahia.  

 

A Saraiva e a Cultura estão gerando uma das piores crises do mercado editorial brasileiro. Nos últimos meses, não estão conseguindo liquidar o pagamento para os seus fornecedores. 

Menino de 13 anos cria charges para retratar a crise venezuelana
Foto: Reprodução / TeLoCuentoNews

Um estudante venezuelano de 13 anos começou a criar charges políticas para retratar a situação política do país. Ele sempre gostou de desenhar animais e carros, no entanto, começou a ilustrar o desespero de seus compatriotas há alguns anos, à medida que a situação da Venezuela foi se agravando. Em seus desenhos, aparecem temas como hiperinflação, a emigração em massa e a escassez de alimentos e remédios.

 

“As crianças começam a perceber (o que está acontecendo) porque não vão mais tanto ao cinema, percebem que não podem ficar na rua até tarde, não há muita comida em casa nem os mesmos produtos”, afirma Gabriel Moncada, criador dos desenhos. “Os desenhos são uma maneira de me expressar. Acho que é uma maneira criativa, divertida e diferente de mostrar os problemas que vivemos diariamente”, completou.

 

 

As charges do garoto começaram a ser publicadas no Facebook da mãe do garoto, a jornalista Cecilia González, de 46 anos, no final do ano de 2016. Segundo o jornal O Globo, uma amiga de Cecilia, impressionada com o trabalho do jovem, pediu para publicar as imagens em seu site de notícias, TeLoCuentoNews, onde elas aparecem toda sexta-feira há quase dois anos. A seção em que as charges aparecem ganhou o título: "É assim que Gabo vê".

 

Segundo Cecilia, no início, a família tentou blindar o garoto da realidade de decadência em que se encontrava a Venezuela, mas desistiu à medida que os problemas foram ficando mais graves. “Nada é mais como era antes, e eles percebem isso. Você leva os filhos à escola e há três ou quatro crianças pegando comida do lixo na esquina”, explica

Selena Gomez é internada em clínica psiquiátrica após sofrer colapso emocional
Foto: Reprodução / Instagram @selenagomez

A cantora Selena Gomez está internada em uma clínica especializada em saúde mental. A internação se deu porque nas duas últimas semanas a artista foi hospitalizada duas vezes e chegou a sofrer um “colapso mental” na segunda ocasião.

 

A informação é do portal norte-americano TMZ, que costuma publicar notícias sobre a vida dos famosos, a exemplo da overdose da cantora Demi Lovato (veja aqui).

 

No caso de Selena, as fontes relataram que a primeira emergência ocorreu na última semana de setembro, quando ela estava em sua casa, na Califórnia. Eles disseram que ela estava desanimada e emocionalmente abalada com o alarmante número de glóbulos brancos em sua corrente sanguínea.

 

Com isso, a família da artista a teria levado para uma unidade hospitalar, em Los Angeles. Ela logo recebeu alta, mas no fim da semana passada precisou ser readmitida porque a quantidade de células brancas continuava baixa — o problema está relacionado ao transplante renal que ela recebeu em 2017 em meio ao tratamento de lúpus (lembre aqui).

 

Foi diante desse quadro que Selena teve uma crise e tentou arrancar as vias injetáveis de seu braço no que chamaram de "colapso emocional". Ela agora está em uma clínica psiquiátrica na Costa Leste dos Estados Unidos, onde tem feito uma terapia comportamental dialética. De acordo com o TMZ, no passado, ela já se submeteu ao tratamento para tratar de transtornos ambientais.

São João terá 90% de atrações 'da terra', mas 35% a menos de orçamento
Foto: Divulgação

Este ano, dois fatores podem impactar a programação de São João na Bahia: o fato da festa cair em um fim de semana, dificultando a circulação das pessoas em tempo hábil; e a crise financeira, que implicou na redução de cerca de 35% do investimento da Superintendência de Fomento ao Turismo da Bahia (Bahiatursa). “Tem cidades pequenas do interior que se mantêm durante meses com os festejos juninos, com o movimento que a economia dá por conta das festas de São João, então é com certeza, senão a primeira, mas uma das principais festas que a gente tem no nosso calendário”, avalia Diogo Medrado, presidente da Bahiatursa, destacando o papel para a atividade turística e econômica do que considera a maior festa regional do Brasil. “A expectativa é que todo ano a gente cresça, porém no São João a gente tem um turismo muito interno, o próprio baiano circulando pela Bahia. E também esse ano tem o calendário do São João, que caiu no fim de semana, então a gente tem que ver o reflexo disso nessa movimentação”, pondera Medrado, revelando que em convênios firmados com 163 municípios no interior o investimento do governo é em torno de R$ 9 milhões, enquanto a programação oficial de Salvador contou com um aporte de R$ 3 milhões, divididos entre o Centro Histórico e o Subúrbio.

 

Show de Alceu Valença que aconteceria nesta sexta foi cancelado | Foto: Divulgação

 

Um outro ponto polêmico do calendário junino de 2018 foi o anúncio do cancelamento do show de Alceu Valença no Pelourinho, por falta de verba (clique aqui e saiba mais). “Foi primeiro a questão orçamentária. No ano passado a gente tinha reduzido o São João de quatro dias para três, e esse ano a gente, por remanejos orçamentários e por priorizar o São João também do interior, decidiu cortar da programação o dia 22, não o show de Alceu [Valença], mas as atrações das três praças”, explicou Medrado, destacando que a estratégia se deu independente do artista e que a iniciativa resultou em uma economia entre R$ 700 mil e R$ 800 mil, somando os custos não só de cachê, mas também de estrutura, iluminação, sonorização e produção. “No Pelourinho nós fazemos seis eventos ao mesmo tempo, que são as três praças da Secretaria de Cultura  – Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas  –, e a Bahiatursa faz também o Terreiro de Jesus, o Largo do Pelourinho e a Sala de Reboco, que vai ser na Praça do Cruzeiro. Então, na sexta-feira nós tiramos estes três locais e mantivemos só as três praças tradicionais”, acrescentou.

 

Subúrbio terá show de Marília Mendonça | Foto: Daniel Pujol/ GOVBA

 

Os cortes afetaram ainda a programação do Subúrbio, que também teve suprimida a agenda do dia 22. “O governo do Estado, através da Bahiatursa, tradicionalmente, desde o primeiro ano do governo Rui, realiza o São João de Paripe, que é o do Subúrbio, e o São João do Pelourinho, que já é tradicional no calendário. A gente não criou esse evento novo”, salienta o gestor, explicando que o Centro Histórico prioriza a tradição, enquanto o palco do Subúrbio é aberto a estilos mais diversificados. Em 2017, Luan Santana e Aviões do Forró foram os destaques. Já este ano a sertaneja Marília Mendonça, que embolsou um cachê de R$ 250 mil para se apresentar no dia 24 de junho, é uma das atrações mais esperadas. “No subúrbio as atrações são mais ecléticas. A gente mantém o forró tradicional no Centro Histórico, com programação 90% de artistas da terra, e traz uma atração. Esse ano a gente tem Geraldo Azevedo no dia 23 e Elba Ramalho no 24”, pontua.

Fundador da ONG Afroreggae desabafa sobre crise financeira: 'Estamos fodid*s'.
Foto: Divulgação

A organização não governamental Afroreggae está passando por problemas financeiros que podem levar ao seu fechamento. Em entrevista para a GQ Brasil, José Júnior - fundador da ONG - disse que a dívida acumulada chega a R$ 7 milhões e que estão com meses de salário atrasado. Ele justifica que a situação foi agravada com a saída de patrocinadores importantes como Santander, Odebrecht e Natura. Além disso,o atraso nos repasses da Prefeitura e do Governo do Estado do Rio também impactaram: "Daria uns R$ 5 milhões por ano. Era um número importante. A prefeitura reduziu muito. E o governo do Estado parou de pagar em 2014. É um dinheiro que não vou receber". Segundo ele, a dívida atual está entre R$ 6 e 7 milhões. José ainda afirma que é necessário alterações nas atividades do Afroreggae. "Você tem que ter a humildade e inteligência de saber qual é o teu momento. Hoje é um momento extremamente estratégico. Preciso mudar”, admitiu o ativista. A ONG foi fundada em 1993 e ficou conhecida por projetos que visam a inclusão social através das artes, da cultura e da educação.

Edição brasileira do Tomorrowland 2017 é cancelada; organização cita crise econômica
Foto: Divulgação
A organização do festival Tomorrowland anunciou nesta quinta-feira (24) que o festival não realizará sua edição brasileira em 2017. "Dentre os motivos estão a atual situação econômica brasileira, conjugada com outros fatores de instabilidade, que resultam em um cenário demasiadamente adverso”, explicou o comunicado oficial da matriz belga do evento. Considerado o maior festival de música eletrônica do mundo, o evento é conhecido por seus palcos gigantescos e pelo uso de pirotecnia. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, a organização do evento já havia atribuído a lentidão na venda dos ingressos da edição desse ano à crise econômica. Na ocasião, aproximadamente 20% dos ingressos ainda haviam sido vendidos há cerca de dois dias antes do seu início.
Sem recursos, Ilê Aiyê cancela cortejo de aniversário e busca financiamento coletivo
Foto: Tatiane Azeviche / Divulgação
Sem conseguir apoio do setor público ou privado, pela primeira vez em mais de 20 anos, o Ilê Aiyê vai deixar de realizar seu tradicional cortejo de aniversário na próxima terça-feira (1º). A festa, que costumava ser de camisa e contava com a participação de músicos convidados, foi reduzida a um ensaio, que será realizado na Senzala do Barro Preto, no dia 6. “Estamos pretendendo fazer uma celebração, mas vai ser uma coisa mais simples, um ensaio normal e, assim mesmo, nós estamos dependendo de recursos, contar com as pessoas que curtem o ilê Aiyê pra que comprem seus ingressos. Estamos tentando ver se a gente consegue que alguma cervejaria patrocine porque a população negra consome muita cerveja, mas por incrível que pareça, é difícil conseguir esse apoio”, lamenta Antônio Vovô, presidente do grupo. A crise, o gestor afirma, se estende por toda a estrutura da instituição, como é o caso da Band’Erê – principal ação educativa do grupo, que ministra conteúdos de cidadania, história, percussão, dentre outras atividades –, que há quatro meses teve suas atividades suspensas. “As atividades também aqui estão sofrendo, a Band’Erê nós tivemos que parar porque nós estamos sem parceiros, tem também obrigações trabalhistas atrasadas, salários atrasados, então nós resolvemos dar um tempo pra esperar regularizar essa situação, ver se conseguimos novos parceiros”, explica Vovô. Para tentar reverter a situação, o grupo se prepara para lançar uma campanha de financiamento coletivo, através da Benfeitoria. O objetivo é arrecadar fundos e tirar a instituição da zona de crise. Eles também estão em contato com o governo e a prefeitura para que o Ilê não fique desamparado. “Nós vamos direcionar na manutenção da Senzala porque um prédio desses, cinco mil metros já construídos, você não ter que parar, virar um elefante branco. Até porque nós somos uma ONG, mas que é tratada como uma empresa, então o custo de energia é alto, de água, fora os encargos que você tem”, ressalta o gestor, em apelo para que a população dê atenção à causa em reconhecimento aos 43 anos do grupo, que tem um trabalho importante para a história da Bahia quanto à questão racial e social.
Após cancelamento de 3ª audiência entre Portugal e Rui, crise na Osba continua
Fotos: Divulgação
A burocracia segue comprometendo o destino da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), que conta apenas com metade de seus músicos e pode entrar em colapso a qualquer momento (clique aqui). A Osba, que é um corpo artístico do Teatro Castro Alves, vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), aguarda uma posição do governo para resgatar sua composição plena e manter seu cronograma. De acordo com o secretário de Cultura, Jorge Portugal, já foi encontrada uma solução para a orquestra, mas tal proposta deve ser ratificada por Rui Costa (clique aqui). Apesar disto, pela terceira vez seguida, a audiência marcada entre eles esta semana foi cancelada, sob justificativa de “problemas com a agenda do governador”. Segundo a assessoria de comunicação da Secult, ainda não há data prevista para o próximo encontro. Procurada, a Secretaria de Comunicação (Secom) não informou as razões para os sucessivos adiamentos do encontro entre Portugal e o governador. Por meio de nota, a Secom reafirmou o posicionamento do titular da Secult, que recebeu determinação do governador para organizar uma reunião com os representantes da orquestra. "A Osba é um patrimônio do estado, e temos que assegurar que esse projeto se mantenha forte. O governador reconhece a importância da orquestra, e não vai poupar esforços. Nosso objetivo é encontrar o melhor caminho para garantir o pleno funcionamento", afirmou o secretário.
Estúdio lança projeto com ilustrações bem humoradas sobre jogos olímpicos e crise Brasil
Foto: Reprodução
O projeto "Olimpíadas Ilustradas", criado pelo estúdio Ilustranet, une humor e crítica social para abordar os jogos olímpicos no Rio de Janeiro, em meio à crise no Brasil. Dentre os temas retratados estão saúde, segurança, educação e política, através de ilustrações de “modalidades olímpicas” como  "Assalto com vara", "Complexo de Vira-lata olímpico" e "Lançamento de provas e arquivos". (Clique aqui para conferir as ilustrações).
‘Precisamos juntar nossos cacos’, diz maestro da Osba após novo desencontro com Secult
Foto: Reprodução / Facebook
Uma semana após o secretário de Cultura Jorge Portugal dar indicações de que finalmente a crise na Orquestra Sinfônica da Bahia teria uma solução (clique aqui e saiba mais), o impasse segue por tempo indeterminado. No dia 5 de julho era prevista uma reunião entre Portugal e o governador Rui Costa, encontro este que, segundo o secretário, lhe daria possibilidade de apresentar à população uma solução definitiva para a orquestra. A reunião foi adiada, assim como o encontro marcado com o maestro da Osba, Carlos Prazeres, no dia 7 de julho. “Estamos tocando com o efetivo que a gente tem à disposição, e esperando um posicionamento da Secult”, explicou o músico, contando ainda que não houve qualquer explicação da Secretaria de Cultura para o adiamento. “A gente tem que se reunir e ver. Ainda precisamos juntar nossos cacos, mas a gente não sabe o que vai acontecer daqui pra frente”, diz Prazeres, mostrando-se temeroso com as indefinições da Secult e o limite físico dos integrantes da orquestra. “Vai depender da qualidade da saúde dos músicos, se eles vão ter tendinite, se eles conseguem se manter tocando com essa formação. A gente pode ter um ano, ou pode ter uma semana. É imprevisível”, disse o maestro sobre até quando podem esperar por uma solução para a crise. Nesta terça-feira (12), Jorge Portugal e Rui Costa estarão presentes no lançamento de editais do Fundo de Cultura da Bahia, mas, segundo a assessoria, o tema Osba pode não entrar na pauta. A previsão é de que a questão deve ser discutida em uma reunião específica na próxima semana. Apesar da falta de confirmação, é provável que o encontro seja no dia 19 deste mês.
Portugal diz que Secult encontrou solução para Osba e que revelará após reunião com Rui
Foto: Bruno Concha/Ag Haack/Bahia Notícias
Após o adiamento de mais uma reunião com o maestro da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba), Carlos Prazeres, (clique aqui) - o encontro aconteceria no dia 28 de junho e foi remarcado para o 7 de julho sem uma explicação ao músico -, o secretário de Cultura, Jorge Portugal, rompeu o silêncio, mas manteve o mistério sobre o futuro da orquestra. Durante os festejos pela Independência da Bahia, no último sábado (2), ao ser questionado sobre uma posição da Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) para a crise da Osba, ele garantiu ter encontrado uma solução para o impasse. “Mas não posso dizer ainda”, retrucou Portugal, explicando que deve revelar a proposta somente após reunião com Rui Costa. “Assim que eu me encontrar com o governador, provavelmente no dia 5 de julho”, respondeu o secretário, sobre quando o encontro aconteceria. “Provavelmente!”, destacou, no entanto, levando a crer que o fim da crise ainda não é algo tão definitivo.
Para maestro, Bahia não pode ‘levar pecha' de ser único estado que 'acabou com sua sinfônica'
Foto: Divulgação
Com o risco iminente de entrar em colapso (clique e saiba mais), a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) – corpo artístico do TCA gerido pela Secretaria de Cultura da Bahia (Secult) - pode voltar a entrar nos trilhos. Essa é a esperança do maestro Carlos Prazeres, que tem uma reunião marcada com o secretário de Cultura da Bahia, Jorge Portugal, para o dia 28 de junho. “Ainda não tenho um posicionamento, a gente tem uma conversa marcada e lá vou saber de uma possível novidade. Eu estou otimista porque a orquestra tem recebido muito carinho e apoio do público”, afirmou Prazeres, sob a justificativa de que “uma orquestra que é importante para a sociedade, passa a ser um bem precioso e que precisa ser mantido”. O maestro disse ainda que “se ela [Osba] não fosse importante à sociedade, não precisava ser mantida só para dar emprego aos músicos”, mas que ela tem sim um apoio muito grande do público, e citou como exemplo o último concerto realizado no Palacete das Artes, quando a plateia fez um “abraçaço” espontâneo em apoio à orquestra. “As pessoas estavam ao mesmo tempo apoiando e manifestando seu encantamento com o trabalho. Mesmo com todas as dificuldades, a Osba continua fazendo um trabalho muito criativo e interessante, despertando a atenção por todo o Brasil, inclusive em jornais de outros estados”, conta o maestro, que avalia como positivo o novo encontro marcado com o governo. “Tenho certeza de que a Secult e Jorge Portugal estão muito empenhados em resolver esse problema, que não é uma questão de descaso”, diz Prazeres, sobre a demora em encontrar uma solução para a orquestra. “É claro que muitas vezes o desespero bate quanto está sangrando da maneira que está. A gente alterna momentos de euforia e desespero. A gente está no limiar de parar e isso é perigoso, mas todas as reuniões foram muito produtivas. Ele [Jorge Portugal] é uma pessoa muito inteligente, sabe do que está falando”, afirma o maestro, acrescentando que deve “esperar o momento certo” e que sabe que tanto a Secult quanto o governador Rui Costa não vão querer levar à Bahia “a pecha de ser o único estado do Brasil que acabou com sua sinfônica”. “A Bahia, que tem a maior pujança cultural do Brasil, não pode ser dar esse luxo. Tenho plena confiança na gestão de Jorge Portugal e meus superiores no TCA. Acho que todo mundo está lutando junto e em algum momento vão encontrar uma solução”, afirma Carlos Prazeres, destacando que o “governo tem muita coisa na Bahia para resolver”, mas que “não tem dúvida nenhuma que em algum momento vai chegar a hora da Osba”.
Campanha de financiamento coletivo, 'Cole com o Vila, Velho!', busca arrecadar R$ 150 mil
Bianca Araújo e Márcio Meirelles apresentam a campanha | Foto: Divulgação
Inspirado no slogan "Vá ao Vila, Velho", o Teatro Vila Velha lançou, na noite desta terça-feira (26), no Cabaré dos Novos, a campanha de financiamento coletivo "Cole com o Vila, Velho!". Com a presença de atores, diretores, cenógrafos e parte do público que mantém as atividades em funcionamento no espaço, o diretor artístico Márcio Meirelles e a coordenadora geral Bianca Araújo apresentaram a campanha. Atores baianos como, Wagner Moura, Vladimir Brichta, João Miguel e Lázaro Ramos estampam a campanha de crowdfunding com curtos vídeos ressaltando a importância do espaço cultural. "Sou de convocar políticas públicas e esperar que o estado faça sua parte, mas a gente decidiu convocar o público dessa vez", explica Meirelles na apresentação do crowdfunding (leia mais aqui).

O público interessado terá o prazo de dois meses, iniciados nesta quarta (27) – abertura oficial da campanha na plataforma Kickante (acesse aqui) – para contribuir com quantias entre R$ 30 e R$ 10 mil reais. O objetivo é arrecadar R$ 150 mil reais para arcar com despesas administrativas e pendências tributárias. Essa contribuição, como explicou Bianca, pode ser parcelada em até três vezes por R$ 25 reais cada. "Peço que colaborem, divulguem e colem com o Vila", pediu a coordenadora, convidando o público a também produzir e compartilhar vídeos para ajudar na campanha.

Como contrapartida, os contribuintes ganharão recompensas, como agradecimentos especiais, ingressos, camisetas e livros. Mas Meirelles, que contou ao Bahia Notícias ter recebido várias ligações de pessoas interessadas em ajudar, defende que a maior recompensa é manter o espaço aberto. "O Vila Velha e todas as histórias que foram feitas até aqui agradecem", conclui o diretor.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Wilson Witzel

Wilson Witzel
Foto: Marcos Correa/Presidência da República

"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência". 


Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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