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O governo federal publicou um despacho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no Diário Oficial da União (DOU) desta quinta-feira (4), em que recria a Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), que teve os trabalhos encerrados durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O ato de Lula anulou um despacho publicado em 30 de dezembro de 2022, uma das últimas ações da gestão bolsonarista, que aprovou o relatório final da comissão, levando à extinção do grupo.
Além de anular a decisão do ex-presidente, Lula estabeleceu a continuidade dos trabalhos da comissão e trocou integrantes do grupo. A retomada do grupo de trabalho já era defendida anteriormente pelo o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. Porém, a medida só foi oficializada um ano e meio depois de Lula começar seu terceiro mandato.
Silvio explicou que a recriação da comissão "é um importante passo na garantia da memória, da verdade e da justiça". As informações do funcionamento e o plano de trabalho do órgão serão definidos após a posse dos novos integrantes.
A Justiça Federal de Campos dos Goytacazes (RJ) condenou Cláudio Antônio Guerra, ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (Dops) do Espírito Santo, a sete anos de prisão, em regime semiaberto, pelo crime de ocultação de cadáver.
A decisão foi proferida no dia 8 de junho. Na sentença, a Justiça Federal reconheceu “a imprescritibilidade dos crimes sob apuração, aqui considerados como crimes contra a humanidade (ou de lesa-humanidade), em atenção à Constituição da República, às normas internacionais de direitos humanos e à jurisprudência sedimentada no âmbito dos sistemas global e interamericano de proteção aos direitos humanos”.
A ação penal ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) está relacionada ao desaparecimento de 12 militantes políticos durante o regime autoritário. As vítimas são: Ana Rosa Kucinski Silva, Armando Teixeira Frutuoso, David Capistrano da Costa, Eduardo Collier Filho, Fernando Augusto Santa Cruz Oliveira, João Batista Rita, João Massena Melo, Joaquim Pires Cerveira, José Roman, Luís Inácio Maranhão Filho, Thomaz Antônio da Silva Meirelles Neto e Wilson Silva.
A denúncia contra Cláudio Antônio Guerra foi apresentada, em julho de 2019, pelo procurador da República Guilherme Garcia Virgílio, do MPF em Campos dos Goytacazes. O réu foi acusado de destruição e ocultação de cadáveres. Segundo o procurador, as ações criminosas de Guerra são graves e não devem ser toleradas em uma sociedade democrática. De acordo com o MPF, Guerra é acusado de sequestro, homicídio, ocultação de cadáver e associação criminosa.
"O comportamento do réu se desviou da legalidade, afastando princípios que devem nortear o exercício da função pública por qualquer agente do Estado, sobretudo daquele no exercício de cargos em forças de segurança pública, a que se impõe o dever de proteção a direitos e garantias constitucionais da população", afirmou o procurador Guilherme Garcia Virgílio.
Além da pena de prisão, Cláudio Antônio Guerra foi condenado a pagar uma multa de 308 dias, calculada com base em um trigésimo do salário-mínimo vigente em 22 de outubro de 2019 (quando a denúncia foi apresentada pelo MPF), totalizando pouco mais de R$ 10 mil.
Os crimes cometidos por Guerra foram investigados em procedimento investigatório criminal, baseado em seus próprios relatos no livro “Memórias de Uma Guerra Suja”. Ele confessou ter recolhido os corpos de 12 pessoas e os levado para serem incinerados entre 1973 e 1975. Os corpos foram retirados de locais como a "Casa da Morte" em Petrópolis (RJ) e o DOI-Codi no Rio de Janeiro, sendo incinerados posteriormente na Usina Cambahyba em Campos dos Goytacazes. A confirmação dos corpos levados por Guerra foi feita em vários depoimentos, incluindo um prestado no MPF no Espírito Santo. Essas 12 pessoas mencionadas por Guerra fazem parte de uma lista de 136 pessoas consideradas desaparecidas pelo relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV).
A sentença condenatória pode ser contestada em recurso e a Justiça Federal concedeu a Cláudio Guerra o direito de recorrer em liberdade.
LEI DE ANISTIA
Os argumentos apresentados pelo MPF sobre a inaplicabilidade da Lei de Anistia foram aceitos pela Justiça Federal, que rejeitou a anistia com base em duas razões. A primeira é que a lei anistiou os crimes políticos cometidos entre 2 de setembro de 1961 e 15 de agosto de 1979, o que limita sua abrangência temporal. No entanto, segundo a juíza, os crimes de ocultação de cadáveres ocorridos entre 1974 e 1975 permanecem sem solução até hoje, caracterizando um crime de natureza permanente que se estende além do período delimitado pela Lei de Anistia.
A Justiça concluiu ainda que a Lei de Anistia não é compatível com a Convenção Interamericana de Direitos Humanos e com a jurisprudência consolidada em cortes internacionais. Ela menciona o julgamento dos casos Gomes Lund e Herzog e outros pela Corte Interamericana de Direitos Humanos, que concluiu que a Lei de Anistia brasileira é incompatível com o Pacto de San José da Costa Rica. A Corte determinou que o Estado brasileiro deve realizar investigações efetivas e punir as violações de direitos humanos ocorridas durante o regime militar, rejeitando a aplicação da Lei de Anistia. Na sentença, a Justiça ressalta que essa posição da Corte Internacional está em conformidade com outras decisões semelhantes, que consideram as leis de anistia incompatíveis com as obrigações dos Estados de investigar e punir violações graves de direitos humanos.
O juiz aposentado Theodomiro Romeiro dos Santos, conhecido por ter sido o primeiro homem condenado à morte pela ditadura militar, em março de 1971, quando tinha apenas 18 anos, morreu neste domingo (14). O magistrado, de 70 anos, teve um AVC hemorrágico em 2018.
Theodomiro se aposentou da função, em 2012, pelo Tribunal Regional do Trabalho de Pernambuco (TRT-PE), depois de quase 20 anos atuando como magistrado. Em nota, o tribunal lamentou o falecimento do juiz. No TRT-PE, ocupou a titularidade das Varas de Catende, Cabo, Salgueiro, Serra Talhada, entre outras. Entre 2000 e 2004, foi presidente da Associação de Magistrados Trabalhistas (Amatra VI).
O velório e o enterro acontecerão no Cemitério Morada da Paz, em Paulista, em Recife, nesta segunda-feira (15), às 14h e 17h, respectivamente.
Em publicação nas redes sociais, o jornalista e escritor baiano Emiliano José lamentou o falecimento do amigo e relembrou sua história. “A notícia de Virgínia, amorosa companheira dele, amorosa assim num limite pouco conhecido, agora, pouco depois das 19 horas, me envolveu em tristeza profunda. Theo é um dos nossos heróis”, escreveu.
“Um revolucionário partiu. Um homem bom. Fui testemunha, na prisão e depois, do espírito solidário dele. Como poucos, exercitava a solidariedade. Como poucos, sabia ser amigo. Triste, muito triste. O bom é poder recordar dele com tanta amizade, admiração, amor. Meu filho leva o nome dele. Adeus, meu querido companheiro e amigo. Jamais o esqueceremos”, complementou.
Militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR) na luta contra a ditadura militar, Theodomiro foi preso no dia 27 de outubro de 1970. Meses depois, foi condenado à morte pelo Conselho Especial da Aeronáutica, sendo o primeiro brasileiro a receber essa sentença desde a Proclamação da República. Ele escapou da execução, tendo a pena revertida em prisão perpétua.
Sob tortura e risco de morte pela repressão, fugiu da prisão e se exilou na França em 1979. Theodomiro retornou do exílio em 1985, quando sua condenação expirou. Na época, graduou-se em Direito e constituiu carreira no TRT-PE. Posteriormente, recebeu anistia.
Em 2022, a história de Theodomiro Romeiro dos Santos foi contada em documentário do projeto "Nossas Histórias", produção criada através do Projeto Marcas da Memória da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça.
Recém eleita para figurar entre os imortais da Academia Brasileira de Letras (ABL), aos 90 anos, Fernanda Montenegro comentou a atual conjuntura da cultura no país sob comando do presidente Jair Bolsonaro.
Durante a entrevista realizada para o Fantástico, neste domingo (6), a jornalista Sônia Bridi lembrou que a atriz recusou ser ministra da Cultura de José Sarney no primeiro governo civil após a ditadura, e, por meio de uma carta, respondeu ao então presidente: "Pobre do país cujo governo despreza, hostiliza e fere seus artistas. Esse Brasil acabou". A atriz se referia ao regime militar.
Questionada pela repórter se, de fato, aquele país da animosidade e repressão acabou, Fernanda negou e fez duras críticas ao governo Bolsonaro. “Não acabou. Nós estamos numa hora trágica, é um momento tão pesado. Mas vai acabar, uma hora acaba”, declarou a imortal da ABL.
Perguntada sobre os paralelos da atual gestão e a ditadura militar, ela foi ainda mais incisiva. “É pior, porque veio pelo voto. Então, há uma organização política tradicional que opta por essa calamidade, por essa tragédia. Acho que todo governo de força a primeira coisa é estrangular a cultura das artes, porque é onde o país existe com uma assinatura e com um futuro, com a opção do futuro”, afirmou, apontando como solução, “o tempo”.
Fernanda Montenegro criticou ainda o instrumento da reeleição para presidente. “Eu acho que o Brasil provou que não pode ter reeleição presidencial. Foi comprovado que a reeleição presidencial exige compra, venda e aluguel do poder político. Tá comprovado”, disparou a artista, reiterando que segue crítica e indignada.
“A contestação está igual, o desassossego tá igual, a visão trágica do momento que a gente vive tá igual, mas não é que eu esteja calma. Às vezes eu tenho a impressão de que temos um país lá em Brasília que coloniza o brasil aqui embaixo. Mas a gente deve acordar e cantar”, defendeu a atriz, citando Nelson Rodrigues para encerrar a entrevista: "Aprendi a ser o máximo de mim mesmo".
Após conferir a pré-estreia do longa-metragem “Marighella”, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que o filme sobre o líder comunista assassinado pela ditadura militar retrata a atualidade e o espectro político do país que apoia o atual presidente.
"O filme mostra o que é a extrema direita brasileira, essa que está aí com Bolsonaro ameaçando a democracia. Está tudo ali: a disputa de narrativas, o uso do medo como arma”, disse o parlamentar à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.
À publicação, o deputado que perdeu um irmão assassinado pela milícia e há anos precisa de escolta armada por causa de ameaças de morte, disse ter ficado “muito mexido” com a história de Marighella. "Até comentei com o Wagner. Não há comparação, não vivemos na luta armada, mas vendo as ameaças que Marighella sofria, em como teve que abrir mão do tempo com a família, vi um pouco da minha vida ali”, disse Freixo, citando o baiano Wagner Moura, que assina a direção do longa.
Descoberto pelo neto de Nara Leão, José Pedro, um documento oficial do período da ditadura militar do Brasil traz informações curiosas de uma apuração do regime a respeito da família da artista.
Segundo a coluna de Ancelmo Gois, no O Globo, no documento datado de maio de 1975, o Estado Maior das Forças Armadas traz a ficha do sociólogo Manuel Diegues Junior (1912-1991), à época diretor do Departamento de Assuntos Culturais (DAC) do Ministério da Educação e Cultura (MEC).
De acordo com o relatório dos militares, Manuel era “comunista” e casado com Nara Leão. A informação, no entanto, é incorreta, pois, na realidade, ele era sogro da cantora, já que seu filho, o cineasta Cacá Diegues, foi casado com a artista.
O documento foi encontrado por José Pedro durante pesquisas para ajudar na produção de um documentário sobre Nara.
Os herdeiros do músico, poeta, cantor, compositor e diplomata carioca Vinicius de Moraes serão indenizados em R$ 3,4 milhões pela União, após um acordo relacionado a processo protocolado há cerca de 30 anos.
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, a ação movida na 28ª Vara Federal do Rio de Janeiro determina o pagamento da indenização por danos morais e materiais causados a Vinicius, por autoridades brasileiras, durante a ditadura militar.
Protocolado pelas filhas do artista, Luciana, Georgiana e Maria Gurjão de Moraes, em 25 de julho de 1994, o processo foi motivado pelo afastamento de Vinicius de Moraes do Itamaraty, considerada por elas como ilegítima e fruto de perseguição política endossada pelo Ato Institucional nº5 (AI-5).
Segundo o jornal, o músico trabalhou como diplomata desde 1943 e foi exonerado do cargo de primeiro-secretário em 1969, por meio de uma aposentadoria compulsória.
De acordo com a defesa da família, o valor da indenização foi definido com base nos valores que o artista deixou de receber por conta do afastamento da carreira diplomática, além dos prejuízos morais. O advogado Paulo César Filho informou ainda que a indenização será paga por precatório e explicou que o pagamento pode ocorrer até 2022.
Depois de vetar a captação de recursos via Lei de Incentivo à Cultura, o novo nome da Lei Rouanet, para o plano anual do o Instituto Vladimir Herzog (clique aqui e saiba mais), o governo Bolsonaro vetou o projeto de um espetáculo teatral sobre a ditadura que buscava apoio da lei de incentivo.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a companhia teatral BR116 submeteu o projeto para encenar a peça “O Santo Inquérito”, de Dias Gomes, mas a proposta foi arquivada pela Secretaria Especial da Cultura, comandada por Mario Frias.
O espetáculo em questão trabalha em cima de uma metáfora das torturas ocorridas no regime militar no Brasil, a partir de um episódio histórico, quando Branca Dias foi condenada pela Inquisição por salvar um padre do afogamento.
Segundo o grupo de teatro, que atua há dez anos e nunca tinha tido problemas com aprovação de projetos na Rouanet, o governo federal não apresentou qualquer justificativa pela decisão. Procurada, a Secult não se manifestou sobre o caso.
A Secretaria Especial da Cultura do governo Bolsonaro reprovou a captação de recursos do projeto de plano anual do Instituto Vladimir Herzog para 2021, via Lei de Incentivo à Cultura, novo nome da Lei Rouanet.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, esta é a primeira vez em dez anos que um plano anual da instituição é vetado para captar verbas através das leis de incentivo do governo federal.
Ainda segundo a publicação, o Instituto Vladimir Herzog afirmou que o projeto foi indeferido sem qualquer justificativa ou fundamentação legal para a decisão e garantiu ter solicitado à Secult os documentos que embasam a reprovação.
“Estamos cobrando transparência sobre esse processo. Vamos analisar as motivações e recorrer dessa decisão absurda”, disse Rogério Sottili, diretor-executivo do instituto, à coluna. A pasta comandada por Mario Frias, no entanto, não se manifestou.
Criado em 2009, o Instituto Vladimir Herzog tem como objetivo preservar a memória do jornalista Vladimir Herzog, torturado e assassinado durante a ditadura militar, além de trabalhar com a sociedade pelos valores da democracia, direitos humanos e liberdade de expressão.
Preso durante a Ditadura Militar, o cantor e compositor Caetano Veloso disse neste sábado (6) que os 54 dias que passou encarcerado apagaram a atração que ele sentia por outros homens. O artista baiano foi uma das atrações do penúltimo dia da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) 2020, e entre os temas discutidos esteve o binarismo sexual e de gênero. As informações são de reportagem do jornal O Globo.
Caetano passou 54 dias preso sob a acusação de ser um cantor “subversivo e desvirilizante”. O artista narra algumas das situações vividas no período no documentário "Narciso em Férias", gerado a partir do conteúdo do livro intitulado da mesma forma e lançado pela Companhia das Letras.
Na Flip, Caetano contou que o título foi inspirado em um livro de F. Scott Fitzgerald."Fiquei numa solitária. Depois de alguns dias sem ninguém falar comigo, deitado no chão, houve uma espécie de apagamento do meu reconhecimento de mim mesmo. Senti que Narciso estava, de fato, em férias", lembrou.
Em outro ponto da participação na Flip, traz a reportagem, Caetano narrou alguns dos efeitos da prisão na sexualidade dele. "O espaço muito masculino da prisão militar causou outro apagão no Narciso aqui, que foi da atração sexual e sentimental por homens. Fiquei com uma rejeição sexual em relação à figura dos homens, que eu não tinha", lembrou o artista.
A participação de Caetano Veloso na Flip foi uma das mais aguardadas. A mesa foi chamada de “Transições”, a conversa foi gravada anteriormente e contou com a mediação do jornalista mexicano Ángel Gurría-Quintana, traz O Globo.
Morta na última sexta-feira (23), aos 73 anos (clique aqui), atriz trans Jane Di Castro deixou quase pronta sua biografia.
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, no livro “Divina Diva”, escrito por Fábio Fabrício Fabrette, a artista conta diversas curiosidades sobre sua vida, inclusive que teve um caso com um militar de alta patente, durante a ditadura militar.
A obra terá ainda uma série de fotografias, dentre elas imagem antes da redesignação de sexo, quando ainda tinha feições masculinas; outra na qual ela imita Charles Chaplin no teatro e uma inédita, na qual exibe os seios em uma pose sensual.
A série “Investigadores da História”, que reconstitui crimes ocorridos durante o período da ditadura militar no Brasil, vai esmiuçar os detalhes sobre morte do educador baiano Anísio Teixeira, nesta quarta-feira (9), a partir das 20h30, na TVE Bahia. Os espectadores poderão conferir a série ainda através do site da emissora (clique aqui).
Os criminalistas Mauro Yared (especializado em perícia de mortes violentas) e Celso Nenevê (perito em balística e explosivos) vão investigar os fatos e diferenciar o que é verdade e o que é mentira no caso envolvendo um dos nomes mais importante na educação brasileira.
Encontrado morto em um poço de elevador, em 1971, Anísio Teixeira defendia o ensino público, gratuito, laico e obrigatório, e seus ideais socialistas levantam suspeitas sobre sua morte. Seus familiares nunca acreditassem na versão oficial e suspeitam de crime político, por isso, em 2012, pediram investigação à Comissão Nacional da Verdade para elucidar o caso, mas até hoje não há uma conclusão.
Os investigadores apontam indícios de crime ao analisar um relatório apresentado pela família. Nele constam informes sobre detenção do educador na Aeronáutica para averiguações, além de informações sobre desaparecimento, interrupção de necrópsia e troca de corpos.
Um dos medalhões da dramaturgia brasileira, Fernanda Montenegro comentou o cenário atual do país, durante uma coletiva virtual da série “Amor & Sorte”.
Segundo a coluna Notícias da TV, a artista, que foi hostilizada e chamada de “sórdida” pelo ex-secretário Especial da Cultura, Roberto Alvim, quando ocupava a direção da Fundação Nacional de Artes (Funarte) (relembre o caso), criticou a caça às bruxas recorrente no Brasil contra o setor cultural. "É uma imbecilidade, um retrocesso gigantesco e trágico, porque nós [artistas] não vamos acabar. A cultura de um país é tudo a que um homem pode aspirar de transcendência", disse a atriz.
A atriz chegou ainda a comparar o Brasil de hoje com a ditadura. "Eu nunca vi, mesmo no período militar, um momento em que a zona artística tenha tão pouco prestígio quando agora. Mas nós temos criatividade e não vamos ficar no meio do caminho. É só uma questão de tempo", avaliou Fernanda Montenegro. "É um ciclo que vai passar e não estou assustada. É só um problema de paciência, fingir que eles vão ter algum poder durante algum tempo. Não têm não, imagina", acrescentou.
Apesar das dificuldades durante a pandemia e do clima de animosidade e divisão no país, a atriz fez também uma leitura esperançosa, lembrando que, mais do que nunca, as pessoas se refugiaram na arte para superar o isolamento. "E estamos vivos, sim, produzindo, sim, com maior dificuldade, interferência, maior destrutividade em volta, tudo bem", declarou.
A série “Investigadores da História”, que reconstitui crimes ocorridos durante a ditadura militar no Brasil, incluindo tortura, mortes e ocultação de cadáveres, estreia nesta quarta-feira (5), na TVE Bahia. Com 13 episódios, a produção será exibida semanalmente, às 19h.
A série investiga a fundo mortes de nomes como Vladimir Herzog, Carlos Marighella, Carlos Lamarca, Stuart Angel e Juscelino Kubitscheck. Através da ciência, tecnologia e intuição, os peritos se propuseram a revirar os fatos históricos, diferenciando verdade de mentira.
Integrantes do núcleo pericial da Comissão Nacional da Verdade – CNV, formada em 2011, os criminalistas Mauro Yared (especializado em perícia de mortes violentas) e Celso Nenevê (perito em balística e explosivos) apresentam a série que explora o período de 1968 até 1989.
Diferente da suspeita levantada na biografia de Raul Seixas, “Não Diga que a Canção Está Perdida”, de autoria de Jotabê Medeiros, documentos revelam que o artista baiano não entregou o amigo Paulo Coelho durante a ditadura militar.
Segundo informações da Folha de S. Paulo, o documento em questão foi publicado em uma tese defendida na Universidade de São Paulo, em 2016, e mostra que o escritor foi preso e torturado ao ser confundido com um militante do extinto Partido Comunista Brasileiro Revolucionário quase homônimo a ele. O nome completo do escritor é Paulo Coelho de Souza, enquanto o militante se chamava Paulo Coelho Pinheiro.
O próprio filho de Pinheiro, Diogo, esclarece alguns pontos da história. “É o nome do meu pai, o partido em que ele atuava e ele já estava foragido. Em 1970, ele conseguiu fugir para a França e escapou de ser preso e torturado. Voltou ao Brasil depois da Anistia e teve uma vida normal até morrer, em 2011”, lembrou o rapaz de 34 anos, revelando que só tomou conhecimento da biografia de Raul Seixas agora e confirmando que não tem dúvidas de que o documento se refere ao seu pai. “Não era um tema entre nós. Mas me orgulho muito da história do meu pai. Ele lutou por seus ideais e arriscou a vida pela democracia. Lamento, porém, que a repressão tenha confundido a identidade dele com a do Paulo escritor e que, por isso, ele tenha sofrido tanto. Sinto muita dor por isso”, acrescentou Diogo.
No momento em que explodem fake news e leituras distorcidas do passado, um projeto pretende resgatar histórias de quem viveu a ditadura militar no Brasil. Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a iniciativa é uma parceria entre Instituto Vladimir Herzog e o Museu da Pessoa, com o objetivo de “enfrentar o revisionismo” do período e evitar que as violações de direitos humanos ocorridas na época sejam esquecidas pelos brasileiros.
Baiana de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, Maria Bethânia, assim como o irmão Caetano Veloso, não escondem suas origens e, mais do que isso, costumam exaltar sua terra por meio de canções.
Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bethânia, que pouco se manifesta publicamente sobre política, comentou a conversa vazada do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na qual ele se referia aos nordestinos como “paraíba” e dizia que o pior era o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), a quem deveria vetar recursos (clique aqui e saiba mais).
“Como nordestina, me dói, não gosto que falem mal de minha terra e das minhas pessoas. Um austríaco não vai gostar se falarem que o Tirol é uma merda”, disse a cantora baiana. “O Brasil é um país. Se você o preside, preside o país inteiro. Mas eu tenho a maior honra de ser chamada de ‘paraíba’”, destacou.
Maria Bethânia criticou ainda a declaração dada por Bolsonaro ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz (clique aqui e entenda). “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele”, atacou o presidente, gerando reações contrárias até de aliados como o governador de São Paulo, João Dória (clique aqui).
“Eu tive irmão exilado [Caetano Veloso], amigos meus foram embora, alguns desapareceram. É difícil ouvir isso como uma coisa simples, como se não fosse nada. Muito duro. Fico preocupada. Estou preocupada”, comentou Bethânia, cuja preocupação se estende também aos conflitos recentes como a morte de um cacique waiãpi, no Amapá — cujo assassinato foi desacreditado por Bolsonaro —, e a rebelião em penitenciária no Pará, que resultou em ao menos 58 detentos mortos. “A crueldade está muito grande. É preciso jogar água fria. Não sei como fazer isso. Vou cantando, me expressando, reagindo. As coisas têm que acontecer. É isso ou morrer”, declarou a cantora. “A vida exige coragem sempre. É preciso coragem para chegar a uma situação que traga alegria”, acrescentou.
A TVE Bahia exibe, nesta sexta-feira (5), às 23h, o documentário inédito “Resplendor”, sobre indígenas presos durante a ditadura militar.
Dirigido por Cláudia Nunes e Erico Rassi, o filme retrata a existência de um centro de detenção construído no território Krenak, na cidade de Resplendor (MG), que recebia índios de todo o Brasil.
A produção mostra como funcionou a prisão e as consequências do trauma coletivo para o povo Krenak e para outras etnias, como os Pataxó, que sofriam restrições às suas práticas ancestrais sob implacável vigilância dos militares.
Esta história veio à tona durante a Comissão Nacional da Verdade, instalada em 2011, para apurar crimes cometidos durante a ditadura militar. Através dela foi possível descobrir que as violações de direitos humanos também atingiram os indígenas. O relatório final temático estimou que mais de 8 mil índios foram mortos.
O documentário será exibido também em horário alternativo no dia 27 de julho, às 22h, e poderá ser acompanhada pelo Portal www.tve.ba.gov.br/tveonline.
"Já estamos em uma onda conservadora". Assim o cantor Ney Matogrosso define o Brasil após a eleição de Jair Bolsonaro para a Presidência da República. Mas, para ele, esse momento é como uma "tosse": "Dá e vai passar, é igual".
O cantor conversou com o Bahia Notícias nesta quarta-feira (3), dois dias antes de mais uma passagem por Salvador, onde apresenta na sexta-feira (5) e sábado (6) o show da turnê "Bloco na Rua", no Teatro Castro Alves. Na entrevista, disse não sentir medo de ter Bolsonaro na Presidência. "Os meus amigos ficaram com muito medo, apavorados com a história do Bolsonaro. Eu não. Eu me recuso a me permitir ter medo. Por que eu devo ter medo? Eu sempre falei: ‘não serei âncora do medo’, e não sou. O que pode acontecer? Na verdade, tudo pode acontecer e pode não acontecer nada e é isso aí, estamos aqui".
Sobre a comemoração do aniversário do golpe militar de 1964, defendida por Jair Bolsonaro, o cantor diz achar "ridículo" negar que aconteceu uma ditadura. "Eu acho que o Bolsonaro quer tapar o Sol com a peneira, mas não adianta. Nós vivemos, nós vimos, nós sabemos. Pessoas eram jogadas vivas de aviões. Então, ele pode dizer o que ele quiser, que não foi ditadura, mas foi ditadura. Nós vivemos, nós vimos isso".
"Tolinho ele não é, nem nenhum deles. Eu acho ridículo negar. Assume e vamos em frente. Querer tapar o sol com a peneira é impossível. Estamos falando de uma população de 200 milhões, pelo menos a metade viu. É tão surreal essa questão da política, é tão surreal tudo, não dá para entender. Porque ele tem um pensamento e quer convencer a população das crenças dele. Não tô falando dele, mas desse governo, sendo que o governo não tem nem que se meter na vida particular das pessoas, não é isso? Seja qual for o governo, ele não tem que se meter na vida das pessoas, elas são livres para viver a vida delas como elas quiserem, e são responsáveis pelas suas vidas e pelos seus atos. Deve-se tratar as pessoas como adultas e não como um rebanho ou como um gado", continuou.
O artista aproveitou para recordar uma situação que viveu na época: “Eu andava nas ruas e era revistado porque eu era hippie, não podia dar dez passos na rua livre. Uma vez eu sentei em um banco na praia e a polícia veio e perguntou: ‘o que você está fazendo aí?’. Respondi que estava esperando um amigo, e eles falaram: ‘circulando, vai circulando’. Eu não podia sentar na praia, imagina! Num banco, na praia, na rua… como é que não existia ditadura?", questionou.
O paulista relembrou ainda que viu de perto amigos e familiares morrerem na década de 1980, o que transformou sua forma de ver a morte. "Medo de quê? De morrer? Que é a última instância da vida... eu não tenho. Eu vi tanto a morte tão próxima de mim na década de 1980. Todos os meus amigos morreram, dois morreram dentro da minha casa, como é que eu vou ter medo disso? A única certeza que a gente tem estando aqui é da morte, do resto a gente não tem certeza de nada. Por que a gente vai ter medo da morte? Eu não tenho, eu me acostumei com a ideia. E eu penso na minha morte, mas não tem nada negativo envolvido. Eu penso: ‘como será?’. Só penso que não queria tremer na hora, queria olhar para ela chegando com tranquilidade, sem tremedeira e acho que chegarei sem medo, porque é uma questão da sua mentalidade. Eu estou gerando esse campo mental e emocional, não é isso? Então penso que não terei medo. O que tiver que ser será".
Apesar de não concordar com a situação que o Brasil está vivendo, Ney Matogrosso se mostra esperançoso com o futuro. “Eu acho que na verdade tudo é meio cíclico, tudo tem um ciclo que se repete, mas que se caminha. Agora estamos num retrocesso, mas a gente vai caminhar, a gente vai andar”, finalizou o cantor.
Durante uma missa realizada na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília, no dia 31 de março, data do golpe militar de 1964, o bispo José Francisco Falcão fez duras críticas a Caetano Veloso.
De acordo com informações da revista Veja, ao falar da disciplina e hierarquia para uma plateia que incluía três generais e a viúva do coronel Brilhantes Ustra – torturador do regime militar -, o religioso recriminou a canção “É proibido proibir”, do músico baiano. “E tem um imbecil que nos anos 70 cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar veneno de rato para ele”, disse o bispo.
Em resposta à repercussão negativa da celebração, vista como uma homenagem à ditadura, a Arquidiocese Militar do Brasil emitiu nota para negar tal afirmação e explicar que a missa ocorreu “em ação de graças pela promoção de oficiais generais do Exército brasileiro”.
A igreja afirmou ainda que “em nenhum momento do transcurso da missa fez-se alusão ao nome de qualquer cantor ou compositor” e que tampouco “ falou-se de ‘ditadura’ ou de ‘golpe’ ou se agradeceu a Deus por outro motivo senão pelos novos promovidos”. Para contextualizar, a arquidiocese explicou que durante a homilia foram comentadas “exclusivamente as leituras litúrgicas”, ao se falar do filho pródigo ao abandonar a casa do Pai, em busca da liberdade sem proibição. “Aludiu-se ao correto significado de ‘liberdade’, que comporta um conjunto de restrições, portanto de proibições; de fato, dos dez mandamentos da Lei de Deus, seis são proibições. Daí que, na visão cristã, não se pode falar de ‘liberdade’ e, ao mesmo tempo, de ‘proibição à proibição’”, diz a nota, encerrada com a afirmação de que os cristãos procuram pautar sua conduta pela “obediência à Verdade”.
O general Hamilton Mourão, candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PSL), rebateu as acusações do cantor e compositor pernambucano Geraldo Avezedo, que no último sábado (19), em um show em Jacobina, afirmou que o militar foi um de seus torturadores durante a ditadura (clique aqui). "Cabe um processo, pois o tal Geraldo Azevedo me acusa de tê-lo torturado em 1969. Eu era aluno do Colégio Militar em Porto Alegre. Nunca vi uma mentira tão ridícula", contestou Mourão, em entrevista ao blog de Andréia Sadi, no G1.
Ainda à publicação, a assessoria de comunicação do cantor divulgou uma nota para se desculpar pelo equívoco. "No último fim de semana, Geraldo declarou em um show no interior da Bahia que o general Mourão era um dos torturadores da época de suas prisões. No entanto, o vice-presidente do candidato Jair Bolsonaro não estava entre os militares torturadores. Geraldo Azevedo se desculpa pelo transtorno causado por seu equívoco e reafirma sua opinião de que não há espaço, no Brasil de hoje, para a volta de um regime que tem a tortura como política de Estado e que cerceia as liberdades individuais e de imprensa", diz o comunicado oficial.
A Rede Globo fez uma pesquisa com telespectadores de “Os Dias Eram Assim”, que indicou que a maioria dos entrevistados desconheciam a história recente do Brasil. De acordo com a apuração, o brasileiro médio é ignorante em história e desconhece fatos muito recentes, como a Ditadura Militar, entre 1964 e 1985. Segundo o Notícias da TV, com o resultado, a produção decidiu acrescentar pequenas “aulas” nos capítulos. No episódio desta segunda-feira (8), a personagem de Mariana Lima, Natália, uma professora universitária, apareceu na sala de aula promovendo uma discussão com os alunos sobre o golpe de 1964, suas motivações e como começou a repressão. Nos próximos capítulos, ela será presa e torturada com choques elétricos por conta da iniciativa. Outras cenas “didáticas”, como as de Natália, serão inseridas para contextualizar o período histórico. A sequência em que a personagem fala em sala de aula sobre a ditadura foi produzida as pressas. As cenas foram escritas, gravadas e editadas no domingo (7), logo após os grupos discussão realizados na última semana. Arnaldo, interpretado por Antônio Calloni, também ganhará cenas extras. O empresário ultradireita estreitará as relações com o regime militar. Também será contada na produção o que significa “Brasil: Ame-o ou Deixe-o”, levando em consideração que muitos não conhecem a frase que era uma “justificativa” para o exílio aos opositores. Tudo isso irá acontecer antes da novela chegar a 1984, quando os personagens de Renato (Renato Góes) e Alice (Sophie Charlotte) irão se reencontrar durante um comício por eleições diretas para a presidência. Durante a pesquisa, os telespectadores relataram ainda que sabiam pouco sobre o período, o conhecimento era baseado no que os pais ou avós contaram e, não tinha noção que houve tanta truculência. Pela primeira vez em grupos de discussão, a Globo incluiu homens.
Amado Batista defendeu o retorno da ditadura militar durante uma entrevista ao humorista Fábio Porchat. O cantor foi torturado durante o período, mas apesar disto, afirmou ter o desejo de ver Jair Bolsonaro (PSC) à frente da Presidência da República. “Prefiro a ditadura a essa anarquia que está hoje”, disse. “Democraticamente, [o próximo presidente] tem que ser Jair Bolsonaro”, completou. As declarações foram feitas nas gravações do “Programa do Porchat”, que vai ao ar nesta quarta-feira (5) pela TV Record. Em 2013, em entrevista ao programa “De Frente com Gabi”, apresentado por Marília Gabriela, Amado afirmou não se sentir vítima da ditadura militar e comparou os torturadores a “uma mãe que corrige um filho”. No período, o cantor foi preso quando trabalhava em uma livraria sob a acusação de fornecer livros considerados subversivos pelo regime. Veja um trecho da participação do cantor no "De Frente com Gabi", em que ele fala sobre o regime militar e diz que o Brasil poderia ter se tornado Cuba.
Espetáculo é montado em ambiente que remete aos porões da ditadura | Foto: Divulgação
Serviço
O QUÊ: “Vermelho Chumbo”
QUANDO: Sábados e Domingos até 22 de outubro. 17, 18, 24 e 25 de Setembro e 1º, 08, 09, 15, 16, e 22 de Outubro
ONDE: Casa Antuak. (R. Democrata, 21 - Dois de Julho, Salvador. Em frente ao Clube dos Fantoches)
VALOR: R$ 15 (inteira) e R$7,50 (meia)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).