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Um grupo formado por mais de 100 jovens de diversos bairros de Salvador participou, neste sábado (18), da Jornada Criativa Uniflem- Pensar, na sede da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom), em Ondina. Eles integram as turmas de oito cursos de linguagens digitais e economia criativa para o mercado de trabalho ofertados pelo Instituto Pensar e Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).
Entre os beneficiados estão estudantes dos ensinos médio, superior e pessoas de até 24 anos que buscam qualificação profissional. São aulas de criação de podcast, produção de vídeos e fotos com o smartphone, tatuagem, sampler e beats, desenvolvimento e gestão de projetos, conteúdo para as redes sociais e design.
A coordenadora pedagógica do projeto, Rita Clementina, ressaltou que a proposta do curso é fazer com que os jovens aprendam executando. “Temos um volume teórico, mas também estamos enfatizando muito a prática, pois ela é muito importante para o aprendizado”, disse.
A diversidade é uma das características mais marcantes do grupo que conta com pessoas dos bairros da Federação, São Cristóvão do Aeroporto, São Caetano, Nordeste de Amaralina, Uruguai, Alto de Ondina, além de estudantes do interior do Estado.
Morador do bairro de São Cristóvão, nas imediações do aeroporto de Salvador, Jeferson Conceição, atua como motoboy. Entre as dezenas de entregas diárias, ele enfrenta diversos obstáculos como o trânsito intenso, o calor da capital baiana e até mesmo a indiferença de alguns clientes. Buscando humanizar a imagem da sua profissão, ele se inscreveu e foi aprovado em um edital de projetos da plataforma para a qual presta serviço. Jeferson apresentou o projeto de um podcast sobre o cotidiano dos motoboys e, por conta da falta de experiência na produção de conteúdo, entrou em um dos cursos da Jornada Criativa Uniflem-Pensar.
“Por isso que estou aqui, pois quero fazer um projeto que valorize a categoria de motoboys”, disse o jovem.
Outro participante que está motivado com a capacitação é Diego Santos. Ele viaja 360 quilômetros de Cansanção, no semiárido, até Salvador num trajeto de mais de cinco horas para fazer o curso de Produção de Conteúdo para as Redes Sociais. Ele ignora o cansaço, pois acredita que está sendo recompensado com uma experiência diferenciada.
O Festival Faz.Com promove de 26 de novembro até 04 de dezembro, no canal do YouTube da Facom, uma programação online que celebra e discute as influências da cultura digital. Entre a programação possui palestras, mesas redondas, workshops e o primeiro concurso de memes da Bahia.
As inscrições para o concurso de meme estão abertas até terça-feira (9), através do formulário online. Na primeira fase, os inscritos serão avaliados pela curadoria do festival e os 16 melhores passarão para a segunda fase da competição, que será decidida pelos votos do público. Os três primeiros lugares serão anunciados no último dia do festival e receberão prêmios em dinheiro.
A primeira mesa redonda, intitulada “Indústria dos Games e o Mercado do Esporte no Brasil”, acontece no dia 26 de novembro, às 19h, com participação da CEO da equipe Storm Tiger, Melanie Brasil, do presidente da Federação do Estado da Bahia de Esporte Eletrônico, Gabriel Ascurra, e do fundador do Grupo de Pesquisa em Games da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação, Thiago Falcão. Já a segunda mesa, "A era das Plataformas Digitais de Streamings e o Futuro do Cinema", ocorre no dia 03 de dezembro, no mesmo horário, com a presença da youtuber Lully de Verdade, do coordenador geral do Nordeste Lab, André Araújo, e do professor do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, Filipe Brito Gama.
A palestra do crítico de cinema Pablo Villaça, ocorre no dia 02 de dezembro, também às 19h, com a temática “O Lugar da Crítica no Cinema e do Audiovisual a partir das suas Transformações Digitais".
O evento conta com um workshop de produção musical, que acontece aos sábados, nos dias 27 de novembro com João Milet Meirelles e 04 de dezembro com Andrea May, sempre às 14h, através do Zoom com integração ao Sympla e número limitado de vagas.
O festival é produzido pelos estudantes da disciplina Oficina de Produção em Cultura do curso de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Ufba).
SERVIÇO
O QUÊ: Festival Faz.Com
QUANDO: De 26 de novembro a 04 de dezembro
ONDE: Canal do YouTube da Facom
VALOR: Gratuito
Promessa na cena do rap soteropolitano, DICERQUEIRA é um afeito pesquisador de referências e novos estilos musicais. O rapper de 28 anos e estudante de Comunicação na Universidade Federal da Bahia (Ufba) viu nos últimos meses seu nome estampar line-ups de festivais como o Virada Sustentável, Oferendas, Origens e o Virada Salvador.
Mas, se o espaço em eventos "mainstream" é recente, o trabalho musical não é algo tão novo assim. "Música sempre esteve presente na minha vida desde que eu me conheço por gente. Quando eu era criança sempre ganhava CDs e sempre amei ouvir radio. No ensino médio, lá pros meus 15, 16 anos eu entrei pro grupo de coral do colégio que eu estudava", contou Di ao Bahia Notícias.
Pela falta de referências acessíveis no início da vida musical, o cantor até pensou em desistir, mas a ascenção de outros artistas no meio fez com que tivesse impulso para seguir em frente. "Por sempre ouvir muita coisa, comecei a ouvir rap na adolescência também, mas nunca achei que seria algo possível pelo fato de ser gay. Até que eu vi acontecer uma renovação na cena musical brasileira, né? Rico Dalasam, Hiran, Gloria Groove, Quebrada Queer... Depois que eu vi esses artistas fazendo rap entendi que era algo possível pra mim e decidi me jogar!", afirmou o rapper, que mora na Ribeira há 10 anos.
Protagonista de parcerias com artistas como o rapper baiano Hiran, em “Funk Amor”, e Mary Jane Beck e Yan Cloud, na canção “Dona da Pista”, Di disse escutar de tudo. A playlist do artista vai desde o rap, passando pelo pop e MPB, indo até o pagodão e o brega funk.
"Eu adoro conhecer novos artistas, estilos musicais, novas referências... Mas se eu for colocar em nome alguns artistas que eu admiro posso dizer Emicida, Aminé, Beyoncé, G-Dragon, Janelle Monaé, Michael Jackson, Prince. É muita gente que eu curto e sou fã mesmo", explicou, afirmando que atualmente tem escutado muito o que há de novo no rap sul-coreano.
DICERQUEIRA e Hiran | Foto: Divulgação / Heder Novaes
"Lendária", seu primeiro single, lançado em janeiro de 2019, foi o pontapé inicial para muita coisa em sua carreira. Com a canção, foi premiado com a categoria de Melhor Intérprete Vocal no Prêmio de Música Educadora FM do ano passado. No entanto, segundo Di, ainda há uma dificuldade no reconhecimento do estilo musical pelos produtores culturais.
"Posso dizer que estou sendo bem recebido aqui em Salvador, mas ainda assim de uma forma geral existe um 'bairrismo'. Tem muita gente incrível aí que não é vista e merece espaço. Falando mais especificamente do rap, ainda falta muito! Vejo várias lines de festivais e grandes eventos ignorando a existência de artistas do rap e isso precisa ser pontuado! Underismo, Aurea Semiseria, Makonnen Tafari, Yan Cloud, Janaina Noblat, Vandal. O Rap BA tem história e já passou da hora dos produtores de eventos pararem de fingir que não estão vendo essa galera", pontuou.
Sobre a recepção na cena soteropolitana, ele diz que teve uma surpresa em relação ao reconhecimento dado ao seu trabalho, especificamente por ser um artista LGBT cantando rap. "Todo mundo que eu tive a oportunidade de conhecer me tratou bem, elogiou e apoiou o meu trampo", defendeu, completando que produzir música é 50% do processo de construção de uma carreira.
Desde o ano passado, quando deu um start em seu trabalho oficialmente, foi convidado para alguns dos festivais que movimentam o meio na cidade e foi notado por produtores importantes, a exemplo de Andrea Franco - o que proporcionou a ele a apresentação no palco do Camarote Expresso 2222 no último Carnaval. Tudo isso, afirma ele, faz parte do entendimento das estruturas e de como as coisas funcionam quando o assunto é produção musical.
"O fato de ser estudante de produção cultural na Facom me dá um 'know how' de como agir em diversos momentos. Tenho um ano e meio de carreira, profissionalmente falando, e já venci um dos maiores prêmios de música da Bahia, cantei em vários festivais e fiz tudo isso sem concluir o meu álbum, que ainda está em fase de produção. Tô doido pra montar o meu show completo e assim buscar conquistar tudo o que eu quero", ponderou.
Di no Festival Virada Salvador 2020 | Foto: Divulgação / Igor Santhz
O seu lançamento mais recente é o clipe de "DPZV (Desprezível)", em que Di põe sua voz em jogo e traz na letra uma resposta para ataques LGBTfóbicos endereçados a ele nas redes sociais. Contudo, outras músicas surgiram em contextos parecidos: "Lendária", por exemplo, foi escrita, conforme disse o artista, depois das últimas eleições presidenciais. "[Foi] quando vi uma onda de ódio tomar conta do meu país. O que foi a morte de Mestre Moa do Katendê? Um casal homossexual sendo hostilizado por vizinhos... Eu queria gritar e gritei em forma de música. Com o tempo eu fui me forçando a não cantar e falar só sobre esses algozes sabe? Eu sou uma pessoa LGBT, mas que amo, sofro, choro, me divirto. Tenho bons e maus momentos como qualquer um e vou falar sobre tudo isso", elencou.
O disco de estreia do rapper está em fase de produção. Questionado sobre o que o público pode esperar do álbum, Di anunciou que pretende mostrar um trabalho multifacetado e com faixas dançantes, para que quem escute possa cantar, militar ou até mandar para o "crush". "Eu tenho várias facetas e faço questão de mostrar pra todo mundo todas elas", concluiu DICERQUEIRA.
Confira "DPZV", o trabalho visual mais recente do rapper:
O Facom som está com o edital aberto para bandas universitárias se apresentarem até o dia 8 de setembro. O edital vai garantir às bandas a oportunidade de se apresentar no evento, que será realizado em um novo formato, e a vencedora ganhará a gravação de uma música em um estúdio e um valor simbólico de mil reais. A campeã e as demais finalistas também serão premiadas com ensaio fotográfico e um videoclipe. O edital está disponível nas redes sociais do festival.
As bandas inscritas serão avaliadas por curadores ligados ao cenário musical alternativo de Salvador. São eles: Carol Morena, coordenadora geral do Festival Radioca; Daniela Souza, mestra em Cultura e Sociedade pelo IHAC-UFBA; Gabi Ferreira , semifinalista do 'The Voice Brasil 2017'; e a Coordenadoria Executiva do Facomsom. Nessa etapa, três bandas serão selecionadas e uma votação acontecerá no dia do show final para definir a grande campeã.
A vigésima edição do Facomsom acontecerá em outubro em formato de live, devido a pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Serão mais de seis horas de música, intervenções artísticas e entretenimento. A organização prevê ainda a realização de um show final seguindo as recomendações das autoridades de saúde.
Bandas como Maglore, Vivendo do Ócio, Scambo e Afrocidade já se apresentaram no palco do Facomsom.
A Faculdade de Comunicação da Ufba (Facom), em parceria com a Fundação Gregório de Mattos (FGM) e a Universidade do Minho, de Portugal, anunciou, nesta quinta-feira (23), o lançamento na Bahia do projeto “Cultura e Desenvolvimento: Projetos Culturais e a Agenda 2030”.
De acordo com a instituição, a iniciativa contará com dois ciclos. Entre as etapas, haverá um processo de coleta de dados e mapeamento de projeto culturais no Brasil, países lusófonos e ibero-americanos.
Outro ponto da iniciativa será uma fase de formação, que contará com oficinas online, com foco no desenvolvimento de ideias de projetos em rede. Os encontros serão direcionadas aos profissionais e organizações do setor cultural em conformidade com a Agenda 2030 e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), da Organização das Nações Unidas (ONU).
A previsão é de que as oficinas, que serão gratuitas e divididas em 10 encontros, iniciem a partir de setembro com inscrições, em caráter de seleção, podendo ser feitas até o dia 31 de agosto através de uma ficha de registro (clique aqui). A pesquisa, vale destacar, é aberta a qualquer profissional ou organização da cultura, que pode preencher o formulário mesmo não optando participar da etapa das oficinas.
O projeto de pesquisa “Cultura e Desenvolvimento: Projetos Culturais e a Agenda 2030” é coordenado pelo Observatório de Políticas de Comunicação e Cultura da Universidade do Minho (Polobs), de Portugal. Na Bahia, a parceria com a Faculdade de Comunicação, da Ufba, foi por intermédio dos professores Sérgio Sobreira e Leonardo Costa. Para mais informações sobre o projeto (clique aqui).
Foto: Facom-Ufba / Reprodução
A Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (Ufba) promoverá, nesta quinta-feira (18), o Acessibilidade Cultural na Cena, encontro para debater sobre as políticas públicas voltadas para o acesso de pessoas com deficiência em eventos culturais. Com entrada gratuita, o evento acontece a partir das 14h, no auditório, tendo como tema “Políticas Culturais de Acessibilidade: Relatos de Experiências sobre Acessibilidade no Teatro”. Com a mediação do professor da Facom Leonardo Costa, a mesa contará com a presença da gestora do Espaço Xisto Bahia, Ninfa Cunha, que é também produtora cultural, dançarina-intérprete fundadora do projeto Perspectivas em Movimento; Giuliana Kauark, especialista em políticas culturais, diversidade cultural e direitos culturais; e do coordenador da Associação para Inclusão à Arte, Cultura e Comunicação (ARCCA) Ednilson Sacramento.
SERVIÇO
O QUÊ: Acessibilidade Cultural na Cena - Políticas Culturais de Acessibilidade: Relatos de Experiências sobre Acessibilidade no Teatro
QUANDO: Quinta-feira, 18 de janeiro, às 14h
ONDE: Auditório da Faculdade de Comunicação (Facom) – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.