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A Agência Federal de Empregos da Alemanha anunciou nova seleção de enfermeiros brasileiros, por meio do acordo de cooperação com o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Serão 120 vagas para o hospital universitário de Bonn e 50 vagas para o de Frankfurt. As inscrições vão até o dia 8 de setembro.
O recrutamento presencial será realizado em Salvador e São Paulo. Não é necessário domínio do idioma, mas os candidatos selecionados deverão participar de curso gratuito de alemão, oferecido nas modalidades presencial e online. Durante este treinamento no Brasil, que exige dedicação exclusiva, os candidatos receberão bolsa de estudos de 500€, até atingirem o nível intermediário.
“A oportunidade de emprego na Alemanha para enfermeiros brasileiros através do acordo com o Cofen é uma chance empolgante. Com vagas em hospitais renomados e suporte no aprendizado do idioma, essa iniciativa promove uma cooperação valiosa entre os países e oferece benefícios interessantes para os candidatos”, disse a presidente do Coren-BA, Giszele Paixão.
As passagens aéreas serão custeadas pelo empregador, que também oferece assistência no processo de imigração e busca por moradia. Na Alemanha, os profissionais iniciarão os trabalhos como assistentes de enfermagem, até que obtenham aprovação no exame de reconhecimento do diploma.
Cooperação técnica – O acordo de cooperação técnica entre o Cofen, o governo da Alemanha e a Agência Federal de Emprego Alemã (Bundesagentur für Arbeit) foi assinado em junho de 2022 e iniciou contratações em agosto daquele ano. Este é o quinto processo seletivo realizado dentro das regras previstas no convênio.
As instruções de candidatura para a instituição desejada e o modelo de currículo estão disponíveis no site do Conselho Regional de Enfermagem da Bahia (www.coren-ba.gov.br).
O Teatro Popular de Ilhéus (TPI) lançou uma campanha com o objetivo de arrecadar recursos para participar do Sommerwerft Festival am Fluss, realizado em julho, na cidade de Frankfurt, na Alemanha.
Convidado para integrar a abertura do evento, com a apresentação do espetáculo “Teodorico Majestade: as últimas horas de um prefeito”, o grupo busca ajuda para cobrir os custos das passagens aéreas para pelo menos 10 integrantes, entre atores, diretores e técnicos, que também levarão figurinos, cenários e equipamentos necessários para as apresentações.
Representando a cultura nordestina em um dos maiores festivais de artes do mundo, o grupo irá apresentar seu novo espetáculo de mamulengos e também ministrar oficinas e participar de vivências de intercâmbio cultural com companhias de todas as partes do mundo.
A contribuição pode ser feita por qualquer pessoa através de depósito em conta no Banco do Brasil, agência 3192-5, conta corrente 15598-5, ou ainda via cartão de crédito diretamente na Tenda TPI. Outras formas de contribuição podem ser consultadas pelo telefone (73) 4102-0580 ou pelo e-mail [email protected].
O escritor não economizou em estatísticas de violência e de suas consequências, sem deixar de ressaltar que houve avanços. Ele terminou o discurso dizendo que acreditava, “talvez ingenuamente”, no papel transformador da literatura. “Filho de uma lavadeira analfabeta e de um pipoqueiro semianalfabeto, eu, mesmo pipoqueiro, caixeiro de botequim, balconista de armarinho, operário têxtil, torneiro mecânico, gerente de lanchonete, tive meu destino modificado pelo contato, embora fortuito, com os livros. (...) E, se a leitura de um livro pode alterar o rumo da vida de uma pessoa, e, sendo a sociedade feita de pessoas, então, a literatura pode mudar a sociedade”. Ruffato foi aplaudido por um minuto – algumas pessoas aplaudiram de pé. Nenhum dos presentes – a maior autoridade da Alemanha foi Guido Westerwelle, ministro das Relações Exteriores, que defendeu uma cadeira permanente para o Brasil no Comitê de Segurança da ONU e elogiou o recente discurso sobre espionagem feito pela presidente Dilma Rousseff nos Estados Unidos – conseguiu tal feito.
O vice-presidente brasileiro, Michel Temer, por sua vez, foi até vaiado ao final de sua fala. Talvez inspirado pelo discurso de Ruffato, talvez para responder às firmes críticas que o escritor fez ao Brasil, Temer decidiu contar parte de sua história de vida, mais precisamente a de sua transformação em leitor. Foi uma professora que dizia que a literatura o levaria para longe de onde morava a sua grande inspiradora. Temer falou sobre política, democracia e situação atual do país. “O Brasil cresceu muitíssimo em um prazo mínimo de 25 anos. É interessante ver que pessoas que estavam na quase pobreza absoluta cresceram socialmente. E, hoje, aqui, nós tivemos mais um exemplo disso”.
No discurso que Temer preparou e não fez, e que foi distribuído em inglês, alemão e português na cerimônia de abertura, não havia o comentário e nem referência à sua carreira de escritor. Ele já estava nos agradecimentos finais quando não resistiu e confessou: “Eu já tinha escrito livros técnicos, quando cometi uma ousadia literária e escrevi um livro de poemas. Publiquei timidamente e não recebi críticas. Não recebi elogios, mas não recebi críticas, o que já é uma grande coisa para quem está na vida pública”, declarou, ao citar o recente Anônima Intimidade (Topbooks).
"Em uma cerimônia oficial, um vice-presidente não pode fazer um discurso de improviso”, comentou o escritor Ziraldo. Ele também não gostou da fala de Ruffato. Considerou-a inapropriada. “Aqui não era o lugar. Ele deu todos os dados da miséria brasileira, que encontramos no Google. Se fosse em Doha, tudo bem”, comentou, referindo-se ao Fórum Econômico Mundial. Quando Ruffato terminou e a plateia começou a aplaudir, Ziraldo, com dedo em riste, disse: “Não tem que aplaudir!”. Gostou, porém, da participação de Ana Maria Machado, que também discursou e sugeriu que a plateia não procurasse exotismo e confirmação de clichês na literatura brasileira.
O discurso de Ruffato agradou ao escritor Paulo Lins. "Ruffato me representa e esse discurso talvez seja a melhor coisa que venha a acontecer nessa feira”, disse. “Fiz um discurso em homenagem ao meu pai e à minha mãe, que já morreram. Eles eram a parte mais esquecida da sociedade brasileira”, disse Luiz Ruffato ao Estado.
De um lado, a empresária Paula Lavigne e músicos como Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil, do Procure Saber – que lutam contra a modificação no Código Civil, ou seja, para que continue sob vigilância qualquer tentativa de se biografar alguma personalidade sem prévia autorização. De outro, o grupo dos biógrafos, formado por Fernando Morais, Ruy Castro, Lira Neto, Paulo César de Oliveira e o próprio Laurentino Gomes que, apesar de não organizados sob uma mesma entidade, defendem o pleno direito de se escrever sobre a vida pública de personalidades. "O Brasil é hoje um raros casos de país democrático que impõe dificuldade ou mesmo censura ao trabalho dos biógrafos", disse Laurentino. “Essa situação ameaça transformar o Brasil no paraíso da biografia chapa-branca, aquela que só é publicada mediante autorização prévia do próprio biografado ou de seus familiares e representantes legais", completou.
O escritor, que recentemente publicou o livro "1889", disse ter ficado chocado ao descobrir o apoio daqueles músicos à bancada evangélica do Congresso para impedir a aprovação de um projeto de lei que modifique o artigo 20 do Código Civil, que confere à Justiça beneficiar qualquer pessoa que se julgue prejudicada ou ameaçada por uma biografia, já realizada ou em projeto. “Proibir ou dificultar a produção de biografias é engessar a historia e tirar dela o seu componente mais encantador: a complexidade e a incerteza que envolve seus acontecimentos e personagens, alvos, permanentes de novas descobertas e interpretações”, disse o biógrafo, que apoiou o movimento dos músicos por mudanças no regimento de direitos autorais, ainda que isso implicasse em tirar fotos com políticos e “dar tapinhas nas costas do deputado Renan Calheiros”. “Paula Lavigne afirma querer a verdade, mas, é preciso lembrar, também os militares diziam isso, nos anos de chumbo, para justificar seus atos”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).