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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

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Ricardo Ishmael acompanha turnê internacional do Ilê Aiyê para gravação de documentário; veja cliques
Fotos: Acervo Pessoal

O jornalista e apresentador da TV Bahia, Ricardo Ishmael, está no Marrocos para acompanhar o início da turnê internacional que celebra os 50 anos do Ilê Aiyê. Acompanhado pelo cinegrafista Márcio Rosário, Ishmael está registrando o evento para um documentário que será exibido em novembro, mês da Consciência Negra.

 

A turnê começou em Essaouira, cidade costeira do sudoeste marroquino, durante o Essaouira Gnaoua & World Music Festival, considerado o maior festival de música africana e diaspórica do mundo. O Ilê Aiyê, o bloco afro mais antigo do Brasil, fez a abertura oficial do festival no palco do Moulay Hassan Stage, local onde se apresentaram também os Mestres Gnaoua Hassan Boussou e Moulay El Tayeb Dehbi, o grupo de dançarinos Compagnie Dunmalé, da Costa do Marfim, e Nino de Los Reys, com sua dança flamenca. O evento atraiu cerca de 40 mil pessoas.


 

Ricardo Ishmael foi escolhido para liderar a cobertura jornalística por seu conhecimento aprofundado sobre o Ilê Aiyê e sua experiência em reportagens internacionais, como a cobertura da canonização de Santa Dulce dos Pobres no Vaticano em 2019. Em preparação para a cobertura no Marrocos, Ishmael dedicou-se a estudar a cultura local. "Comecei a estudar o Marrocos desde que fui comunicado pela diretora de Jornalismo da Rede Bahia que iria acompanhar a turnê internacional do Ilê Aiyê. Aprendi algumas frases e expressões em árabe, aprimorei o francês e, mais importante que isso, mergulhei de cabeça na cultura Gnaoua. Não vejo essa missão como um desafio, mas como uma oportunidade de aprender mais sobre os muçulmanos, sobre o Norte da África e sobre o Ilê Aiyê, esse movimento de luta, resistência e empoderamento que há 5 décadas salva vidas", afirmou Ishmael, em entrevista ao BN Hall.


 

A turnê internacional do Ilê Aiyê seguirá agora para a Europa, com a próxima apresentação marcada para Faro, Portugal, antes de passar por outros 10 países. A Rede Bahia é a única equipe de TV do Brasil a documentar a turnê.

 

 

Ilê Aiyê celebra 50 anos com turnê mundial por países da África e Europa
Fotos: André Frutuoso

O Ilê Aiyê dará início a sua turnê mundial, que celebra os 50 anos do bloco. Com a primeira parada em Marrocos, no próximo domingo (23), o bloco afro passará por 10 países, incluindo locais na Europa, como Alemanha, Portugal, Irlanda e Holanda. 

 

As apresentações acontecem entre os dias 24 de junho a 31 de julho, onde o bloco mais antigo do Brasil levará dança, percussão e o canto característico do grupo para várias partes do mundo, totalizando 14 shows. Em Marrocos, na África, dois shows abrem a turnê na cidade de Essaouira, no tradicional festival de música local, o Gnaoua World Music Festival. A expectativa é de uma celebração musical embalada pelo clima de reverência ao continente, onde tudo começou.

 

"O público de fora é muito receptivo, porque a música é universal. É gratificante ver as pessoas cantando junto com a gente em espaços lotados, nos reconhecendo na rua e nos cumprimentando. É sempre uma experiência muito gratificante, ainda mais nessa turnê, em que o Ilê é o grande aniversariante do ano", comentou Antônio Carlos Vovô, presidente da entidade.

 

 

Depois da África, a parada seguinte é em outro país que tem sua história entrelaçada com a do Brasil: Portugal. A apresentação será no dia 30 de junho, no Festival Pé na Terra, na Vila da Fuseta, em Faro. Confira a programação completa:

 

Dublin: No dia 4 de julho, será a vez dos irlandeses treinarem o gingado ao som do samba afro da Band’Aiyê. A apresentação será no Button Factory, clube de música ao vivo que já recebeu grandes nomes da música local e internacional.

 

Amsterdã e Paris: Marcado para o dia 5 de julho, na Holanda, o show do Ilê acontece no Psicotrópicos Festival, evento que consagra a potência da música brasileira na Europa, com atrações que desafiam as disparidades sociais, de gênero e políticas. Já no dia 6 de julho, a apresentação da pérola negra do Brasil será na França, na casa de shows Pan Piper. 

 

Berlim: O bloco também passará pela Alemanha, no dia 7 de julho, quando o público assistirá ao espetáculo cênico-musical do bloco afro no House of World Cultures, centro nacional para a apresentação e discussão de artes contemporâneas internacionais. Ainda no país, no dia 12 de julho, o Ilê participa do maior festival de samba fora do Brasil, o Festival Internacional de Samba em Coburgo. Durante o evento, o Prêmio Humano será dedicado a Antônio Carlos Vovô.

 

Edimburgo, Amarante e Lisboa: A parada seguinte vai fazer a percussão do Ilê retumbar e estremecer os castelos da Escócia, onde a Band’Aiyê se apresenta no Festival de Carnaval de Edimburgo no dia 14 de julho. De volta a Portugal, no dia 20 de julho, a apresentação será no Mimo Festival, na cidade de Amarante. E no dia 25 de julho, será em Lisboa que o Ilê Aiyê vai contaminar a todos com sua vibração musical única no Clube Oriental de Lisboa.

 

Londres e Barcelona: O centro de arte Barbican Centre, na Inglaterra, é onde o grupo mostra seu show de música, dança e luta social aos britânicos no dia 26 de julho. E no dia seguinte, 27, na Espanha, o bloco é atração dos concertos de música brasileira do Nits de Brasil. 

 

Bari: A última parada será no dia 31 de julho, na Itália. É lá que acontece o Festambiente Festival, que une música, cinema e exposições num dos festivais italianos mais esperados do verão.

 

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Ilê Aiyê celebra São João com tradicional evento junino na Senzala do Barro Preto
Foto: Divulgação

O primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê, realizará no dia 16 de junho o seu tradicional Arr’Aiyê, que celebra a cultura junina. 

 

O evento acontecerá a partir das 15h, na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, em Salvador, e promete um clima de arrasta-pé, com Samba Junino e música afro. A entrada para a festa será mediante a doação de 1 kg de alimento não-perecível, destinado para doação ao programa Bahia Sem Fome.

 

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Ilê Aiyê fará turnê pela África e Europa a partir de junho; saiba mais
Fotos: André Frutuoso

O bloco Ilê Aiyê vai fazer uma  turnê internacional comemorativa aos seus 50 anos pela África e Europa, num total de 14 shows. Os tambores do bloco afro mais antigo do Brasil irão tocar forte fora do Brasil entre os dias 24 de junho e 31 de julho.

 

A primeira parada do Ilê contará com duas apresentações em Marrocos (24 e 28 de junho), na cidade de Essaouira. Os shows acontecem no festival de música local, o Gnaoua World Music Festival.

 

 

Depois da África, o destino seguinte é Portugal, no dia 30 de junho, no Festival Pé na Terra, na Vila da Fuseta, em Faro. Na sequência, em 4 de julho, será a vez dos irlandeses treinarem o gingado ao som do samba afro. A apresentação será no clube de música ao vivo de Dublin, o Button Factory. De lá, o grupo parte para Amsterdã, no dia 5 de julho, na Holanda, no Psicotrópicos Festival.

 

Já no dia 6 de julho, a apresentação será em Paris, na França, na Pan Piper. Depois, no dia 7 de julho, será em Berlim, na capital alemã, no House of World Cultures. Ainda na Alemanha, no dia 12 de julho, o Ilê participa do Festival Internacional de Samba em Coburgo. Nesta edição, o festival dedica o Prêmio Humano ao presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô.

 

O bloco ainda passará pela Escócia; Amarante e Lisboa, novamente em Portugal; Londres, na Inglaterra; e Barcelona, na Espanha; e Bari, na Itália;
 

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Ilê Aiyê e Novos Baianos são as atrações do Festival Viva Verão neste domingo
Foto: Juracy Feitosa / Bahia Notícias

Depois dos shows de Gloria Groove, com a participação de Hiran, e do Cortejo Afro com Majur, na noite deste sábado (17), hoje (18) será a vez do Ilê Aiyê e dos Novos Baianos agitarem a Praça Cairu, em Salvador, no Festival Viva Verão. A festa começa a partir das 18h. 

 

O primeiro bloco afro do mundo dará continuidade à comemoração dos seus 50 anos e promete uma apresentação especial pós Carnaval. Do outro lado, Baby do Brasil, Pepeu Gomes e Paulinho Boca de Cantor vão trazer um repertório repleto de clássicos dos Novos Baianos, que embalam gerações. 

 

O evento é uma iniciativa da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult) de Salvador e ainda terá programação nos dias 20, 24 e 25 de fevereiro, sempre a partir das 18h. 

 

Veja abaixo a programação dos próximos dias:

 

  • Dia 20 (terça-feira) – Olodum

  • Dia 24 (sábado) – Didá / Márcia Short / Ayabass (Luedji Luna, Xênia França, Larissa Luz)

  • Dia 25 (domingo) – Filhos de Gandhy / Timbalada / Gaby Amarantos

Tá na boca do povo: ‘Macetando’ vence o troféu Bahia Folia 2024; música do Ilê Aiyê também é premiada
Foto: Juracy Feitosa / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias

Com mais de três milhões de votos, a música “Macetando”, da cantora Ivete Sangalo, venceu o Troféu Bahia Folia e é a música do Carnaval 2024. O anúncio foi feito durante o telejornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, nesta quarta-feira (14). O hit é interpretado por Ivete, com a participação especial da cantora Ludmilla.

 

Composição de Ivete Sangalo, Luciano Chaves e Samir Trindade, a música alcançou 52,87% dos votos na disputa que teve exatos 3.122.047 votos. Com essa conquista, Ivete Sangalo se consagra pentacampeã, já que também venceu em 2002, com o hit ‘Festa’; em 2009, com ‘Cadê Dalila’; em 2020, com ‘O Mundo Vai’; e em 2021, com ‘Tá Solteira, Mas Não Tá Sozinha’. 

 

ILÊ AIYÊ

Homenageado no Carnaval deste ano pelos seus 50 anos de fundação, o bloco afro Ilê Aiyê foi premiado pela música ‘Herança e Crença’, com 34,58% dos votos do público.  Composição de Julinho Magaiver e Marco Poca Olho,  a música obteve 85.924 votos. O bloco afro mais antigo do Brasil disputou o prêmio com outros 14 concorrentes. 

 

Foto: Juracy Feitosa / Ag. Fred Pontes / Bahia Notícias 


 

Família prestigia segundo dia de desfile do Ilê Aiyê: “É muito gratificante”
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

O Ilê Aiyê continua a encantar os foliões nesta segunda-feira (12). O Mais Belo dos Belos volta a desfilar no Circuito Osmar (Campo Grande), na comemoração dos seus 50 anos de existência. 

 

Para celebrar o tradicional bloco afro, muita gente aproveitou para levar a família, como foi o caso de Glória que trouxe a sobrinha Sofia de 10 anos para conhecer o bloco.


“É muito bom, muito gratificante. A família está unida aqui, comemorando os 50 anos do Ilê”, destacou Glória.
 

De Ilê no corpo, Daniela faz homenagem a bloco afro em circuito Barra-Ondina
Foto: Victor Hernandes / Bahia Notícias

Conhecida por expressar a cultura afro nos trabalhos, Daniela Mercury se apresenta neste domingo (11) de carnaval de Salvador, trazendo a força da dança do Ilê Aiyê e do Balé Folclórico da Bahia. Daniela leva o bloco Crocodilo no circuito Osmar. Vem de vermelho com o perfil azeviche, marca do Ilê, em um tecido que cobra a roupa da vocalista. Neste ano, o primeiro bloco afro do Brasil completa 50 anos.

 

“Hoje eu estou homenageando o Ilê e trago a beleza e a força dessas danças africanas que a gente só aprende no Curuzu ou nos terreiros de Candomblé e no balé folclórico da Bahia que tem mais de 30 anos conosco”, disse.

 

Segundo a artista, é preciso valorizar o Ilê Aiyê, uma vez que o grupo sempre combateu o racismo e afirmou a beleza negra. “O Ilê ensina a todo mundo resistir a todo tipo de opressão, não é somente ao racismo”, disse a cantora ao BN. 

Tia Má destaca o Ilê Aiyê como tema central do Carnaval e pede mais investimentos: "Que seja momento de mudança"
Foto: Bianca Andrade / Bahia Notícias

Presente na festa do Carnaval de Salvador, neste domingo (11), a atriz, comediante e influencer Maíra Azevedo, mais conhecida como Tia Má, falou com o Bahia Notícias sobre a importância do Ilê Aiyê como tema central do Carnaval na capital baiana.

 

Tia Má destacou a história do primeiro bloco afro do Brasil, que completa 50 em 2024, lembrando que ele surgiu da "dor da exclusão" e cobrou que a data represente um momento de mudança dos investidores pois "apesar de ser o tema central do Carnaval, ainda são poucos os incentivos".

 

"Às vezes a gente esquece que o Ilê é uma história muito bonita, mas que surge da dor da exclusão. Só que, de repente, você faz meio século de resistência, mas também de resiliência. Porque ainda que o Ilê esse ano seja o tema central, 'Salvador, capital afro', ainda são poucos os incentivos financeiros que esses blocos afros recebem. Que essa data seja um momento de ter essa mudança, que esses blocos afros possam atrair cada vez mais investimentos", explicou Tia Má.

 

Maíra ainda apontou o impacto social do Ilê Ayê, que, além de fazer a festa no Carnaval, também realiza uma mudança estrutural na comunidade. "Eu sempre digo que só existe Maíra Azevedo porque existiu Ilê".

 

"Não adianta você dizer que apoia, mas não fortalecer financeiramente. Eu faço questão de ir lá, comprar minha fantasia porque esses blocos não fazem apenas Carnaval, eles fazem toda uma mudança estrutural naquela comunidade. Eu sempre digo que só existe Maíra Azevedo porque eu posso beber na fonte dessas músicas. Eu nunca quis ser princesa, meu sonho era ser Deusa do Ébano. Eu tinha na minha infância um referencial de beleza, que eu não via em nenhum outro lugar a não ser no Ilê Ayê", disse Tia Má.

Moreno Veloso conta sobre inspirações com o Ilê Aiyê e revela novo álbum inspirado no bloco
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

O músico Moreno Veloso, filho do cantor e compositor Caetano Veloso, foi uma das personalidades que acompanharam a saída do Ilê Aiyê na noite deste sábado (10), no bairro do Curuzu, em Salvador. Ao Bahia Notícias, o artista contou sobre as influências que teve através do bloco.

 

“O Ilê está presente na minha vida desde que eu nasci. A minha primeira música foi para o Ilê Aiyê. A última música que eu lancei, ano passado, foi para o Ilê Aiyê. O próximo álbum  novo é em homenagem ao Ilê Aiyê, se chama “Mundo Paralelo", que é exatamente essa situação que a gente está agora, de maravilha, de graça. Eu devo muita coisa ao Ilê e continuo devendo”, declarou.
 

Em celebração aos 50 anos dos Blocos Afro, Bruno Monteiro reforça a importância para o empoderamento
Foto: Fred Pontes / Bahia Notícias

Presente na saída do Ilê Aiyê na noite deste sábado (10), o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro, reforçou, em entrevista ao Bahia Notícias, a importância dos Blocos Afro como ferramenta de empoderamento do povo negro. 

 

“É uma marca histórica, a celebração dos 50 anos dos Blocos Afro para Bahia, especialmente, porque o que os Blocos Afro fizeram aqui, a partir da experiência dos 50 anos, foi uma nova forma de arte com caráter pedagógico, com caráter educativo, de inclusão. Então, foi uma grande união que vem cada vez mais servindo de instrumento para empoderamento do povo negro. É muito especial tudo isso, e essa celebração vem para ressaltar essa contribuição dos Blocos Afro para nossa formação cultural”, afirmou.
 

“Presente ancestral”, comemora Deusa do Ébano no desfile de 50 anos do Ilê Aiyê
Fotos: André Carvalho / Bahia Notícias

A empresária Larissa Valéria Sá Sacramento não conseguia esconder a emoção antes da saída do Ilê Aiyê, no bairro do Curuzu, na noite deste sábado (10). Ele foi eleita a Deusa do Ébano no ano em que o bloco afro comemora 50 anos de existência e resistência no Carnaval de Salvador. 


Para ela, a vitória no disputado concurso foi uma graça divina. “É minha terceira vez concorrendo, e a gente sempre concorre com a certeza que vai ganhar. E aí ganhar em um ano histórico é surreal. Eu falo que realmente foi um presente ancestral”, comentou Larissa em conversa com a imprensa. 

 

 

Ela disse que como Deusa do Ébano, vai buscar mostrar para outras mulheres que, apesar das dificuldades, é possível realizar seus sonhos. 


“Esta é uma reafirmação da minha identidade. Eu sou professora, sou empresário da área da beleza. Então eu vou induzindo ainda mais mulheres a se movimentar. Não é porque é mãe que não pode estar dentro. Não é porque trabalha que não pode estar naquele local. Então eu sou tudo isso e mais um pouco além de ser Deusa do Ébano”, afirmou.

Caetano Veloso marca presença na saída do bloco Ilê Aiyê
Fotos: Fred Pontes / Bahia Notícias

O cantor e compositor Caetano Veloso marcou presença na saída do Ilê Aiyê na noite desta sábado (10), na sede do bloco, localizada no bairro do Curuzu. Em entrevista ao Bahia Notícias, o músico falou sobre o sentimento de, após alguns anos afastado, estar revisitando.

 

 


“O Ilê Aiyê faz 50 anos, aí eu subi a ladeira. Fazia uns anos que eu não vinha. Antigamente eu vinha todos os anos, tenho uns anos sem vir e hoje eu subi a ladeira e tô feliz por isso”, celebrou.

 


 

Intérprete de Inácia, da novela Renascer, diz que todos devem gratidão aos 50 anos do Ilê Aiyê
Foto: André Frutuôso / Bahia Notícias

Na concentração para a saída do bloco Ilê Aiyê, no Curuzu, na noite deste sábado (10), a atriz soteropolitana Edvana Carvalho falou sobre a satisfação em prestigiar os 50 anos do bloco, que está sendo homenageado no Carnaval deste ano. 

 

“O que seria de nós se não fossem os blocos afros, os afoxés e as religiões de matrizes africanas, principalmente o Candomblé?”, evidenciou a artista, completando que “todos nós devemos gratidão e respeito aos 50 anos do Ilê”.

 

Foto: André Carvalho / Bahia Notícias 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, Edvana explicou que as personagens que interpreta no teatro e na televisão retratam conflitos de mulheres com as quais ela conviveu durante a infância e que um dos princípios do Bando de Teatro Olodum, na qual ela deve a sua formação artística, é “levar a história dos seus aos palcos”. 

 

A atriz de 55 anos brilhou ao interpretar a personagem Inácia na primeira fase do Remake da novela Renascer, no ar na Rede Globo. Ela também interpretou Lúcia, no filme Ó Paí, Ó. Edvana Carvalho participou das temporadas de 2019 e 2020 da novela Malhação e fez outros trabalhos de destaque no cinema. 

 

Confira a entrevista: 


 

“O Psol tem uma grande oportunidade de ampliar a bancada em Salvador”, acredita Hamilton Assis
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

Um dos quadros mais atuantes do Psol na Bahia, Hamilton Assis acredita que o partido tem tudo para garantir vitórias importantes nas eleições deste ano em Salvador. Em conversa com a imprensa na saída do Ilê Aiyê na noite deste sábado (10), Assis revelou que será candidato a vereador e aposta que a legenda conseguirá mais cadeiras na Câmara Municipal da capital. 


“Serei candidato a vereador. Primeiro, porque a gente acredita que o Psol tem uma grande oportunidade de ampliar a bancada. Segundo porque a candidatura de Kleber Rosa, a nossa candidatura, a candidatura do Psol, ela vai ocupar um espaço, hoje abandonado pelo PT, que é uma candidatura de oposição de esquerda”, afirmou. 


Para ele, a candidatura de Geraldo Jr. (MDB), nome apoiado pelo PT, não terá adesão da esquerda na cidade porque representa similaridade com o atual prefeito Bruno Reis (União).


“O que a gente acha é que existe uma avenida de oportunidade deixada pela adesão do PT. É uma candidatura que, na minha avaliação, é conservadora, faz parte da estrutura de sustentação do poder na cidade, e que não apresenta nenhuma alternativa. Então, é um outro administrador que vai reproduzir a mesma lógica que Bruno Reis tem reproduzido, e não vai conseguir fazer o contraponto para a gente, que é discutir as questões estruturais da desigualdade hoje em nossa cidade”, pontuou.

Pedro Tourinho define Ilê Aiyê como pilar da cultura baiana e destaca obras realizadas na sede no bloco
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

O secretário Municipal de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, é uma das autoridades presentes na noite deste sábado (10) na sede do Ilê Aiyê, no bairro do Curuzu, em Salvador. O bloco é uma das atrações do terceiro dia de Carnaval da capital baiana, que irá desfilar no no Circuito Osmar (Campo Grande). 

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário destacou a importância do bloco para a cultura baiana e apontou ações da Prefeitura de Salvador realizadas para auxiliar na infraestrutura da sede.

 

“Como eu digo sempre, Carnaval é consequência do trabalho do ano inteiro. Então, a gente vem aqui hoje, é uma festa de 50 anos do Ilê Aiyê, que é basicamente também a nossa grande intenção da cidade, que é celebrar o Ilê, celebrar a cultura negra, celebrar as raízes da cidade. E hoje, com a Prefeitura também cada vez mais próxima, a gente anunciou recentemente toda a reforma da sede, de climatização, uma reforma de escola. Quer dizer, já fizemos anteriormente a reforma aqui da rua, aqui do Ilê, foi feita uma grande obra de reestruturação. Então, o Ilê é uma estrela de nossa cidade, é um pilar da nossa cultura, e está presente aqui hoje e o ano inteiro é fundamental”, afirmou Tourinho. 

Professora destaca importância do bloco Ilê Aiyê como ferramenta de educação
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

O Ilê Aiyê é uma das atrações deste sábado (10), terceiro dia do Carnaval em Salvador, no Circuito Osmar (Campo Grande). Ao Bahia Notícias, a professora Régia Ribeiro destacou a importância do bloco enquanto ferramenta de educação.

 

 


“O Ilê Aiyê é uma reverência para a cidadania de qualquer afro-brasileiro por conta do que eles criaram, a história criada com o Vovô [do Ilê], a história não só da questão cultural, mas da própria questão religiosa. Todo esse legado perpassa sobre a questão do entretenimento, mas ajuda na formação da cidadania das pessoas enquanto esse papel de valorizar a identidade negra. É um trabalho educativo há 50 anos. E as expressões, sejam as expressões que acontecem no Carnaval, seja o cotidiano da educação, tem que estar unidos para que a gente possa fortalecer o discurso do Ilê Aiyê, criado há 50 anos”, salientou. 
 

“Está mais do que na hora dos blocos afro serem reconhecidos”, diz Margareth Menezes sobre tema do Carnaval de Salvador
Foto: Rafa Caribé / Bahia Notícias

“Essa história a ser contada é muito importante, porque traz o protagonismo também para os blocos afros. Está mais do que na hora dos blocos afros, dos cantores e músicos serem também reconhecidos por tanta colaboração e contribuição. Foi o que disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes sobre o tema “Salvador Capital Afro”, neste Carnaval, que tem o objetivo de promover a cultura afro-brasileira na folia soteropolitana em 2024.

 

A declaração foi dada em entrevista ao Bahia Notícias, nesta sexta-feira (9). A cantora, agora integrante do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT), contou que não participava do Carnaval desde a pandemia e que considera a festa fundamental para a cultura. “Para mim, o Carnaval sempre foi um ponto importante na minha carreira. É um ponto crucial para o Brasil, para a música, para a cultura e para a nossa Bahia. Então, eu sou da geração que, dentro do Carnaval, conseguiu expandir o trabalho. Assim, para mim, está sendo um momento bem bacana, bem especial”, contou a ministra.

 

A titular da pasta da Cultura do governo Lula, ainda destacou a importância do reconhecimento de blocos afro, sobretudo o Ilê Aiyê, Muzenza e Olodum. “Eu acho que essa é a questão da gente poder, hoje, estar contemplando 50 anos do Ilê Aiyê e procurando saber também a história do Ilê, porque tudo isso foi construído com muita luta. Com muita resistência. O Ilê trouxe essa atitude de luta contra o racismo pra rua, pro Carnaval. Aproveitou o Carnaval pra dar esse grande grito, né, e influenciou também todos os outros movimentos que vieram. Todos os outros blocos afros. [...] Então acho que esse momento é muito importante  e espero que a gente não retroaja nisso. Que a gente não volte atrás”, afirmou Margareth Menezes.

VÍDEO: Daniela Mercury fala sobre atuação enquanto ativista e relação com blocos afro
Foto: Eduarda Pinto / Bahia Notícias

A cantora Daniela Mercury falou, nesta sexta-feira (9), sobre sua atuação como ativista dos Direitos Humanos no Brasil e também sobre sua relação com a ancestralidade, e que foi justamente o que impulsionou sua ligação com blocos afro aqui na capital baiana.

 

“Eu vou na África, os meninos vão e tudo mais, é o que o povo brasileiro fez, né? A partir de tudo que aconteceu na história da gente, né? E tá aqui, a gente fez essa transformação espetacular e ainda tem esse amor pela ancestralidade, pela história”, disse a artista durante o segundo dia do Carnaval de Salvador. A artista ainda aproveitou para cantar à capela com o Ilê Aiyê. Confira:

 

 

Daniela também comentou seu interesse pelo ativismo e destacou a luta que vem travando nos últimos anos. “Eu sou uma pessoa muito interessada em Direitos Humanos. Tenho lutado constantemente contra todo tipo de violência, né, contra as mulheres, contra o povo negro e os LGBTs, que eu faço parte. Tô na turma dos que lutam pelos seus direitos que é uma questão muito mais complexa”, completou Daniela Mercury. 

Maju Coutinho grava especial do Fantástico em Salvador sobre os 50 anos do Ilê Aiyê
Fotos: Reprodução/Instagram

A jornalista Maria Júlia Coutinho, também conhecida como Maju, esteve em Salvador para gravar uma matéria especial para o programa "Fantástico", da TV Globo, celebrando os 50 anos do Ilê Aiyê, o bloco afro mais antigo do Carnaval da capital baiana. 

 

 

O especial será exibido no domingo (11) de Carnaval, trazendo detalhes sobre a história e a importância cultural do grupo. Maju ainda recebeu um figurino especial das "Deusas do Ébano" para a ocasião, confeccionado por Dona Dete, uma das fundadoras do Ilê. Com quatro metros de tecido sem costura, delicadamente preso com alfinetes, a jornalista desfilou pelo bairro da Liberdade durante a gravação.
 

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Vovô volta a criticar problemas com patrocínios no Carnaval: “Tem cervejaria que bloqueou o dinheiro do Ilê”
Foto: Bianca Andrade / Bahia Notícias

Os prejuízos, dificuldades e problemas enfrentados pelos os blocos afros conseguirem apoio para o carnaval de Salvador é uma pauta reivindicada em diversos momentos por gestores das entidades ou associações. E, nesta terça-feira (23), durante coletiva de imprensa do lançamento do carnaval da Prefeitura, o presidente do bloco Ilê Aiyê, Vovô, voltou a criticar e revelar os problemas enfrentados pelos atrativos. 

 

Em seu discurso, Vovô disse que o Ilê sofreu um problema com uma marca de cervejaria, que bloqueou o dinheiro do bloco. 

 

“Aqui eu falo, eu cobro cervejaria. Tem cervejaria que bloqueou dinheiro do Ilê Aiyê. Aqui tem muito Leão que não aguenta ver uma loira. Mas tem uma loira que não quer apostar pro negão essa tal de cerveja, né? Nós todos qualquer movimento vai queimar uma carne vai ter o meu aniversário é a cerveja supermercado estão começando a enxergar devagarzinho aí mas nós não temos a cultura de boicotar [as cervejarias]”, afirmou. 

 

O líder do bloco afro indicou ainda que já tentou fazer boicote a empresas do segmento de cerveja, mas que a “campanha” não deve ter a adesão de muitos atrativos. 

 

“Nós não temos aqui a cultura de dizer vou boicotar. Teve ano que fizemos aqui uma campanha de boicote, mas só o Ilê e o Olodum entraram na campanha, colocando nas fantasias para as pessoas não frequentarem shopping que não te apoia, não frequentar mercado, departamentos que não dão nenhum retorno para gente e digo assim maioria da cidade, nós que consumimos tudo aqui [...]”, observou. 

Prefeitura apresenta novidade do Carnaval na Senzala do Barro Preto
Foto: Reprodução / Instagram

A Prefeitura de Salvador vai apresentar novidades do Carnaval 2024, na próxima terça-feira (23), na Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê. A informação foi confirmada pelo prefeito Bruno Reis, por meio de suas redes sociais. 

 

Além dele, o evento terá presença do secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, do presidente e fundador Ilê, Antônio Carlos dos Santos, popularmente conhecido como Vovô, além de outras autoridades municipais. 

 

“Na próxima terça (23), às 10h, na Senzala do Barro Preto, sede do Ilê, vamos apresentar as novidades do Carnaval, incluindo a marca de 2024, com a presença dos blocos Afro. Aguardo vocês também! É pra fazer história nesse Carnaval!”, escreveu o prefeito.

 

Entre as ações previstas está a reforma da sede do Ilê, primeiro bloco Afro do Brasil que, em 2024, comemora 50 anos, e da Escola Mãe Hilda Jitolu do Ilê Aiyê.

Ilê Aiyê elege nova Deusa do Ébano durante Noite da Beleza Negra
Fotos: André Frutuôso

A Senzala do Barro Preto, no bairro do Curuzu, foi cenário para a Noite da Beleza, no último sábado (13). O concurso, comandado pelo Ilê Aiyê, que completa 50 anos este ano, selecionou a Deusa do Ébano 2024, que vai desfilar com o bloco afro no Carnaval de Salvador. 

 

 

Entre as 15 finalistas que disputaram a 43° edição do evento, a escolhida foi Larissa Valéria Sá Sacramento, que recebeu as felicitações dos organizadores do concurso. 

 

 

“É ELA! Larissa Valéria conquistou o título de DEUSA DO ÉBANO na Noite da Beleza Negra de 2024. Parabéns, @valeria.swan07! Viva o seu reinado com alegria, respeito e muito axé”, escreveu o bloco afro, em uma publicação nas redes sociais. 

 

 

Natural do bairro da Liberdade, a vencedora tem 29 anos e é empresária do ramo da beleza. Esta já era a sua terceira vez competindo pelo título. 

 

 

Noite da Beleza vai agitar Curuzu neste sábado na escolha da Deusa do Ébano
Foto: Rosilda Cruz / Secult BA

Na noite deste sábado (13), a partir das 20h, o Ilê Aiyê vai selecionar a Deusa do Ébano que vai desfilar com o bloco afro no carnaval de Salvador. Ao todo, 15 mulheres disputam o título na 43ª edição do evento que ocupa a Senzala do Barro Preto, bairro do Curuzu, na capital baiana.

 

Sarah, Rafaela, Stephanie Ingrid, Barbara, Nadine, Larissa, Cecília, Lorena, Daiane, Caroline, Isis, Thuane, Cibele, Tainã e Stephanie Lobo são as finalistas que irão lutar pelo título com muita dança, gingado e carisma (saiba mais).

 

A festa terá, ainda, as presenças de Carlinhos Brown e Russo Passapusso. Os ingressos já estão esgotados, mas a celebração poderá ser acompanhada pela TVE e TV Brasil.

No ano do cinquentenário do Ilê Aiyê, Vovô do Ilê fala critica “falta de atitude” da população negra
Foto: Reprodução / Instagram

Criado em 1974 e comprometido com a luta e a cultura negra, o Ilê Aiyê completa 50 anos neste ano. Cansado de reclamar sobre a falta de investimento privado no primeiro bloco afro do mundo, o Vovô do Ilê decidiu criticar a “falta de atitude” do povo preto, com relação às associações voltadas à comunidade.

 

“Eu estou cobrando que o povo negro faça sua parte também. Tem que ter coragem, tem que ter atitude. Nós temos que parar esse negócio de: ‘Me dá, me dá’. Quando chega nos evento dos artistas brancos todo mundo paga, com o artista negro não querem pagar. A gente precisa ter essa compreensão de que precisamos fazer o dinheiro circular entre a gente”, começou o presidente do bloco.

 

Em seguida, o líder apontou que, além de discutir isso no dia-a-dia, também é necessário que a comunidade leve isso às urnas e escolha representantes que, verdadeiramente, representem a população. “Nós precisamos participar da mesa da decisão. Nós somos a capital da negritude, mas quando chega na fotografia do poder só tem branco em todas as instâncias de poder. Só tem branco”.

 

“Isso também cabe aos partidos políticos. Na verdade, eles são todos racistas. Seja direita ou esquerda são todos racistas”, acusou o Vovô.

 

FALTA DE INVESTIMENTOS 

O Vovô do Ilê nunca deixa de relembrar que, em seus anos de história, o Ilê Aiyê se manteve graças aos seus líderes e ao apoio da comunidade, já que mesmo com seu impacto cultural, social e econômico, o bloco nem sempre recebe incentivos públicos ou privados.

 

“Os 50 anos do Ilê foram muito gratificantes, mas tiveram muitas decepções no caminho. A gente pôde ver que a nossa ideia prosperou e hoje está espalhada pelo mundo. Por um lado, nós ficamos muito felizes vendo a quantidade de jovens que formamos, mas tudo isso tem um custo. Fazer filantropia é muito bonito, mas para isso precisa de dinheiro”, apontou.

 

No momento seguinte, ele pontuou que o bloco não consegue “sensibilizar” aqueles que têm dinheiro. “Fazer com que eles entendam que é interessante investir em educação e em cultura. Esse é um discurso muito bonito dos políticos, mas na prática falta ter um parceiro. E isso nos entristece um pouco”.

 

E completou. “Mas a luta a gente não desiste nunca. Vamos continuar. Esses jovens que vem por aí tem que dar continuidade a essa luta. Tem que criar outros espaços, outras organizações sociais, até chegar ao ponto de a nossa terra não precisar de nada disso”.

 

A PRIMEIRA INVESTIDORA 

Conversando com o Vovô, ele confidenciou que a primeira pessoa a investir no Ilê foi uma mulher, sua mãe. Mais importante do que qualquer dinheiro, Mãe Hilda Jitolu investiu toda a sua fé em seu filho, quando ele anunciou, em plena ditadura, que sairia no bloco de Carnaval.

 

“Ela também abriu o espaço do seu terreiro de candomblé. Então as reuniões do bloco eram todas lá. Na época de carnaval, a costura das roupas também era no barracão. Então ela iniciou também o ritual na saída do bloco, e isso está marcado até hoje. E quando ela começou a sair junto no bloco atraiu muitas mulheres. E hoje você vê que no bloco 60% dos componentes são mulheres”, completou.

 

A diretora do Ilê Aiyê, Arany Santana, que atualmente é Ouvidora Geral do Estado da Bahia, também falou sobre a importância de Mãe Hilda Jitolu.

 

“Ninguém sabia que o Ilê teria tantos desdobramentos nacionais e internacionais. Talvez uma única pessoa soubesse disso, uma das fundadoras do Ilê que não está mais entre nós, Mãe Hilda Jitolu”.

 

E finalizou. “O nosso anjo de guarda, a mãe de santo do Ilê. Foi ela, talvez somente ela, que soubesse que o Ilê Aiyê se desdobraria em tantas coisas positivas para o nosso povo. Porque ela é a guardiã da fé e da tradição africana”.

“O Ilê Aiyê é a política pública mais eficiente que já foi implantada”, afirma Arany Santana
Foto: Divulgação / André Frutuôso

Durante a apresentação das 15 finalistas do concurso para a Deusa do Ébano do Ilê Aiyê, a diretora do bloco Arany Santana falou sobre o aniversário de 50 anos da entidade.

 

“Os 50 anos do bloco de resistência significa que a nossa luta não foi em vão. Para mim, é uma lição de vida. Nós conseguimos. Apesar das grandes políticas públicas que o Brasil tem implementado, o Ilê Aiyê foi a política pública mais eficiente que já foi implantada. Porque ela de fato tocou nas pessoas, contou a sua verdadeira história, valorizou a mulher e valorizou a criança”, contou.

 

E completou. “E a maior política implementada por uma organização não governamental foi a noite da Beleza Negra. No momento que negro era sinônimo de negativo, de inferior, de mau cheiro. Negativo em todos os aspectos pretos não eram nada e nós conseguimos através de um concurso fazer com que as mulheres e os homens negros e a população negra fortalecesse a sua identidade”, finalizou.

Conheça as 15 finalistas do concurso Deusa do Ébano 2024, do Ilê Aiyê
Foto: Divulgação / André Frutuôso

Neste sábado (13), será selecionada a Deusa do Ébano, que fará sua estreia no ano em que o Ilê Aiyê completa 50 anos. 63 mulheres se candidataram para serem representantes do bloco durante 2024. Dentre elas, 15 foram selecionadas e concorrerão ao título.

 

Sarah, Rafaela, Stephanie Ingrid, Barbara, Nadine, Larissa, Cecília, Lorena, Daiane, Caroline, Isis, Thuane, Cibele, Tainã e Stephanie Lobo são as finalistas que irão lutar pelo título com muita dança, gingado e carisma na 43ª edição da Noite da Beleza Negra, um dos eventos mais tradicionais do verão baiano.

 

Veja quem são as finalistas:

 

Barbara Cristina Sá Sacramento

Criada no Curuzu, Barbara é uma dançarina, de 33 anos, que concorre pela segunda vez para ser a Deusa do Ébano. Segundo a bailarina, ser Deusa é um sonho de infância. “É poder me representar e representar minha família. Por ser moradora do Curuzu, eu cresci vendo o Ilê e as Deusas. Então esse sonho vem de criança”, contou.

 

Caroline Xavier de Almeida

Com 25 anos, Carol é uma professora, vinda da Sussuarana. Esta é a terceira vez que ela tenta ser Deusa do Ébano. “É uma honra para mim poder levar o nome da minha comunidade para as estatísticas de Cultura. Porque quando a gente pesquisa no Google o que mais tem falando de sua área é violência e falta de infraestrutura. E aí quando eu me coloco nesse lugar de candidata, eu trago uma outra perspectiva que é: ‘Caramba, na Sussuarana tem rainha. Tem candidata a deusa e pode ter uma deusa’”, confidenciou.

 

Cecília Cadile da Silva Santos

A empreendedora e Consultora de Marketing, Cecília, concorre pela terceira vez ao título. Aos 33 anos, a moradora do Garcia entende que o concurso é uma manutenção do legado de seus antepassados. “Mulheres foram desafiadas há anos atrás a quebrarem estereótipos, preconceitos e paradigmas. E para mim o concurso ainda é sobre isso. Sobre o legado, para que outras mulheres negras e meninas negras jovens tenham referências”.

 

Cibele Mariah da Silva Santos

Concorrendo pela quinta vez, a empreendedora Cibele mora no Garcia e está concorrendo pela quinta vez ao título. “Todas nós candidatas já somos deusas. Somos deusas na nossa vida, deusas na nossa luta diária. A gente vem para cá para nos reafirmarmos como mulheres negras dignas de ser da realeza”, alegou.

 

Daiane de Souza Conceição

 

Criada em Itapuã, Daiane tem 31 anos e é cabeleireira e esteticista. Esta já é a sexta vez que ela está concorrendo para ser Deusa do Ébano. “Onde a mulher negra tem a atenção voltada totalmente para ela? Qual outro evento que abrange a Negritude? Então poder ser deusa é poder ser referência para outras meninas e mulheres que não tiveram a mesma oportunidade que eu. É a oportunidade de ocupar um espaço muito grandioso”.

 

Isis Renata do Espírito Santo Dantas Nascimento

 

A fisioterapeuta, Isis Renata, concorre pela quinta vez e é criada na Engomadeira. Aos 28 anos ela revelou que ser uma das 15 finalistas é como um sonho realizado. “Para mim, além de um sonho é um ato político de resistência e empoderamento da mulher negra. Onde podemos ocupar todos os espaços e também reverenciar a nossa ancestralidade”.

 

Larissa Valéria Sá Sacramento

 

Natural da Liberdade, Larissa é uma empresária do ramo de beleza. Competindo pela terceira vez, ela tem 29 anos e é mãe de uma menina. “Enquanto mãe sou rainha. E esse é o legado que quero deixar para as minhas filhas. Além de ser uma afirmação da identidade Negra, do empoderamento feminino e da exaltação da beleza”.

 

Lorena Xavier Silveira Bispo


A dançarina, escritora e comunicadora, Lorena, mora em Itapuã e está concorrendo pela primeira vez. Em 2023, ela foi rainha do maior balé afro do mundo, o Malê Debalê. “Ser a Deusa do Ébano é mais que ser uma beldade. É assumir um compromisso com a nossa sociedade e principalmente com a coletividade”.

 

Nadine Ferreira Borges

 

A dançarina, Nadine, está competindo pela primeira vez. Natural da Federação, ela tem 32 anos e vê o concurso como a perpetuação do legado da comunidade negra. “Esse é o legado de mulheres que me antecederam. Também é ser representatividade para as novas gerações, tipo a minha irmã, minha prima e ao meu filho. Para minha irmã entender que o cabelo crespo dela é a coroa dela, para minha filha entender que lugar de mulher é onde ela quiser. E que nós somos deusas independente da coroa”.

 

Rafaela Rosa Silva Oliveira Leite

 

Aos 28 anos, Rafaela é uma soteropolitana que mora no município de Irecê. A pedagoga concorre pela terceira vez ao título de Deusa do ébano. “Vim aqui representando Irecê não só para mostrar a beleza. Mas também buscando a nossa história, os nossos ancestrais e esse ato de afirmação”, contou.

 

Sarah Moraes dos Santos

A moradora da Sussuarana, Sarah, é uma artista que está concorrendo pela primeira vez ao título, aos 22 anos. “Eu entendo que este não é só a realização do meu sonho individual, mas também do coletivo. Então, estou em busca desse título para todos os meus ancestrais, toda a minha família e meus amigos. Este é um desejo pensando em todos os meus”.

 

Stephanie Ingrid Silva Sousa de Deus

Concorrendo pela primeira vez e natural do Nordeste de Amaralina, Stephanie Ingrid, é uma bailarina, de 22 anos. “É uma representatividade de negritude, principalmente periférica. É um sonho que está sendo realizado”.

 

Stephanie Mascarenhas Lobo Brito

Stephanie Mascarenhas tem 25 anos e é do Acupe de Brotas. A capoeirista e dançarina do balé folclórico da Bahia, está concorrendo pela primeira vez. “Eu já sou uma deusa. Esse título é a afirmação do que eu já sou, do que eu já trabalho para ser, do que eu já busco para minha vida”.

 

Tainã de Palmares

 

Aos 30 anos, e criada na Liberdade, Tainã é psicóloga e costureira e está concorrendo pela segunda vez. “Seria um grande orgulho poder representar um bloco que eu amo. E também poder fortalecer nossa identidade política e nossa identidade estética”.

 

Thuane Vitória Pereira Santana

 

A cuidadora de 26 anos, Thuane, está concorrendo pela quinta vez e é moradora da Fazenda Grande do Retiro. “Eu quero ser deusa para concretizar a luta dos meus ancestrais. Além de poder deixar um legado bom para minha filha. Eu quero ser deusa para deixar esse legado”.

Músicos do Ilê Aiyê denunciam racismo durante apresentação
Foto: Reprodução / Instagram

Artistas do Ilê Aiyê usaram suas redes sociais para contar um caso de racismo que sofreram antes de uma apresentação em um restaurante de luxo, no Comércio. A situação foi denunciada nesta quinta-feira (30).

 

"Fomos feridos na alma, e esperamos que atos como esse deixem de acontecer em nosso país", escreveu o Ilê Aiyê na legenda da publicação.

 

O grupo tinha sido convidado para uma apresentação em um restaurante. Quando chegou no local, pediu informações à produção local de onde seria feita a troca de roupa.

 

"Foi nos indicado uma sala no espaço, para que pudéssemos nos arrumar para o evento. Após um tempo já nessa sala, eis que surge uma senhora, desesperada, pedindo que saíssemos daquele local, que não era para estarmos ali, pois naquele local tinha coisas de valor".

 

E seguiu contando que: "Fomos tratados como ladrões e não artistas que estavam ali para realizar um trabalho. É claro que a primeira intenção foi sair do local e não realizar a apresentação, mas fomos convencidos pelo contratante a fazer tal apresentação", relatou.

 

 
 
 
 
 

 

É inadmissível que esse tipo de coisa continue acontecendo na nossa cidade. Alguns brancos e brancas dessa cidade precisam entender que ser negro ou negra não é sinônimo de ser ladrão ou ladra.

 

 

Ilê Aiyê recebe o Olodum para celebrar seus 49 anos de história
Foto: Gustavo Mendes

As batidas percussivas da música negra irão dar o ritmo da celebração pela vida do bloco afro Ilê Aiyê no próximo dia 1º de novembro, quando o mais belo dos belos completa 49 anos. À potência da ala de percussão da Band’Aiyê junta-se à pulsação ímpar do Olodum para embalar o público na Senzala do Barro Preto a partir das 21h. 

 

As comemorações começam um pouco mais cedo, às 19h30, com a tradicional caminhada do Plano Inclinado até a Ladeira do Curuzu, ao som da Band’Aiyê e mais 50 percussionistas.

 

Esse aniversário marca os preparativos para o Carnaval de 50 anos do Ilê Aiyê e será celebrado como um momento único e muito esperado para o bloco. 

 

“Esse aniversário tem um clima especial, pois estamos nas vésperas de iniciar as comemorações pelos 50 anos do Ilê, a começar pelo Carnaval, e o clima de festividade e celebração em torno dessa data reforça o sentido da nossa luta por igualdade racial, e da nossa mensagem para o mundo ao longo dessas cinco décadas”, declara Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente do bloco.

 

Além do Olodum, outra atração promete colocar todo mundo para sambar, o veterano Andrezão, sambista consagrado ao longo da sua extensa carreira como um dos melhores compositores e intérpretes do samba carioca. Atualmente, o artista divulga o projeto Música Preta Brasileira, que propõe uma mistura de swing soul e samba, trazendo na sua bagagem a experiência de quem já dividiu o palco com nomes como Xande de Pilares, Beth Carvalho e Alcione.

 

Cinco anos mais novo e tão belo e representativo quanto o Ilê Aiyê, o Olodum promete uma participação à altura de quem, ao longo de seus 44 anos, conquistou o reconhecimento de maior banda percussiva do planeta, considerada patrimônio imaterial de Salvador, dos baianos, brasileiros e pessoas do mundo inteiro.Sempre levando sua cultura de paz e respeito às matrizes culturais africanas, o Olodum promete uma noite de grandes clássicos, como Deusa do Amor, Requebra, Revolta Olodum.

 

Já a Band’Aiyê irá se inspirar na história do bloco afro mais antigo do Brasil para escolher as canções do show. A expectativa é um de belo coro, formado por banda e público, para cantar composições sempre pedidas, como Que bloco é Esse, Deusa do Ébano, Negrume da Noite, Depois que o Ilê passar, entre outras que tornam o Ilê Aiyê único, imbatível e inesquecível.

Prefeitura anuncia parceria com Ilê Aiyê para oferecer cursos e ações sociais no Curuzu
Foto: Jefferson Peixoto/ Secom

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, esteve na sede do Ilê Aiyê, na manhã desta sexta-feira (21), para implantar e firmar parcerias na comunidade do Curuzu, bairro da Liberdade. Ao lado de secretários, o prefeito se encontrou com o presidente da entidade, Vovô do Ilê, para discutir a requalificação total do prédio para implantar um centro de convenções, cursos profissionalizantes, aulas para a Educação Infantil, atividades sociais, dentre outras ações na comunidade.

 

A ideia da gestão municipal é reformar a Senzala do Barro Preto e iniciar às ações ainda em 2024, quando o Ilê completará 50 anos. Além de Bruno, participaram da visita a vice-prefeita e secretária da Saúde (SMS), Ana Paula Matos; o titular de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho; a secretária de Desenvolvimento Econômico (Semdec), Mila Paes; o secretário de Manutenção (Seman), Lázaro Jezler; o presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro; a presidente da Fundação Cidade Mãe (FCM), Isabela Argolo; a presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), Tânia Scofield; entre diretores e coordenadores de outras pastas.

 

“O Ilê Aiyê completa no ano que vem 50 anos de serviços prestados à nossa cidade. Hoje, estamos aqui com o objetivo de implantar, na Senzala do Barro Preto, uma série de ações. Por exemplo, retomar a escola infantil que antes funcionava aqui. A equipe da Educação (Smed) veio com esse objetivo”, destacou o prefeito. 

 

“Também queremos implantar aqui um centro de convivência social, em parceria com a Fundação Cidade Mãe, para que no contraturno das aulas as crianças tenham diversas atividades como aulas de música, de dança, de arte, de teatro, de capoeira. Queremos movimentar ainda mais esse espaço, que é conhecido no mundo todo e que, agora, a gente espera com essa parceria fortalecê-lo ainda mais”, ressaltou Bruno.

 

O prédio da sede do Ilê Aiyê tem oito andares e conta com laboratórios de informática, salas de aula, salas de pintura, cozinha industrial, entre outros espaços. A ideia é que a Semdec implante cursos profissionalizantes para a comunidade do Curuzu, nas áreas de culinária, cozinha industrial, corte e costura, informática, entre outras. Ao mesmo tempo, a Secult pode instalar ali um centro de convenções, para que a Senzala do Barro Preto integre o circuito do Rolê Afro, roteiro de afroturismo que está sendo desenvolvido em Salvador, além de colocar o espaço na rota do turismo de negócios, recebendo eventos corporativos.

 

Entre as obras previstas para a revitalização da sede está a climatização total do complexo, projeto que será elaborado pela gestão municipal e apresentado para aprovação do Ilê Aiyê. “O prédio do Ilê foi inaugurado em 2003, já são quase 20 anos. Então, a ideia é climatizar especialmente a arena e essas salas de serviços à comunidade. Para que a escola possa funcionar, para que os cursos profissionalizantes possam ocorrer, para que possamos ter aqui ensaios, shows, apresentações artísticas e teatrais. O pontapé para tudo isso é fazer uma grande requalificação da estrutura”, explicou o prefeito Bruno Reis.

 

Vovô do Ilê afirmou que a parceria é o caminho para que sejam retomadas atividades que a entidade fez ao longo dos seus 50 anos. 

 

“Eu sempre falo que o Ilê Aiyê é da Bahia, mas principalmente de Salvador. Agora, de braços dados com a Prefeitura, temos condições de ampliar os serviços que a gente sempre ofereceu para a comunidade. Podemos salvar mais vidas, levar essa juventude, de maioria negra, para o caminho certo”, disse.

 

O presidente lembrou da requalificação da Ladeira do Curuzu, entregue pela Prefeitura em novembro de 2020, que também beneficiou o Ilê. 

 

“Nós só temos a agradecer ao prefeito, desde a primeira intervenção, em uma das ruas mais famosas de Salvador. A nossa sede é um dos maiores equipamentos culturais que temos na cidade, em uma comunidade carente como é o Curuzu. Então, nada mais justo do que firmar essa parceria com a Prefeitura, que é a cidade mais negra fora da África, para ter um equipamento desse porte reconhecido e fortalecido”, completou Vovô do Ilê.

 

Pedro Tourinho lembrou que a Liberdade é um dos bairros mais importantes da cidade, tanto culturalmente como do ponto de vista do empreendedorismo. “Aqui, temos uma grande potência quando a gente fala de afroturismo. É fundamental para Salvador que a gente crie um novo vetor de desenvolvimento econômico e turístico focado na Liberdade, na Ladeira do Curuzu”, disse.

 

“A Senzala do Barro Preto é um dos equipamentos culturais  mais importantes da cidade. As pessoas não sabem, mas aqui tem estúdio, tem sala de dança, tem uma quadra que pode ser qualificada como um centro de convenções. Se uma empresa vem para a cidade fazer um evento voltado para o público negro, por que não fazer seu evento no centro de convenções do Ilê Aiyê? Precisamos potencializar esse espaço”, completou Tourinho

Ilê Aiyê realiza tradicional “Arr’Aiyê do Ilê” no dia 1 de julho
Quadrilha Forró do ABC - Foto: André Frutuoso

A Senzala do Barro Preto abre as portas para um arraiá junino com tudo que o público do Ilê Aiyê tem direito no dia 1 de julho, às 20h. No Arr’Aiyê do Ilê, vai ter zabumba, triângulo, quadrilha, comidas típicas e também samba afro e samba duro. 

 

Além da anfitriã, Band’Aiyê, são atrações confirmadas o cantor e sanfoneiro Cicinho de Assis, que se apresenta ao lado da sua filha July de Assis, o grupo Samba Tororó, a Quadrilha Junina Forró do ABC, que completou 40 anos de existência no ano passado, e o Grupo Gira D’Elas - Samba Junino Feminino, projeto inédito lançado em março e composto exclusivamente por mulheres musicistas.  

 

“O Arr’Aiyê é uma tradição do Ilê Aiyê. É importante para nós reverenciar a cultura nordestina e o São João, essa festa que mobiliza tanto o povo baiano. E este ano acrescentamos o samba junino para agregar na fusão dos ritmos e fazer uma grande festa”, comenta o presidente do bloco Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô. 

 

O Arr’Aiyê do Ilê tem patrocínio do Governo do Estado da Bahia via Superintendência de Fomento ao Turismo (Sufotur). Os ingressos estão à venda na Bilheteria Digital e toda a renda será revertida para manutenção das ações sociais e culturais da instituição.

Vovô do Ilê revela preparação extensa para os 50 anos do Ilê Aiyê
Foto: Renato Lima / Ag Haack

Fundado em 1º de novembro de 1974, o bloco afro Ilê Aiyê completa 50 anos em 2024, mas as comemorações começam ainda este ano. Segundo o Vovô do Ilê, o bloco já está se preparando para as celebrações, com lançamento de uma parte da programação nesta sexta-feira (26).

 

"A expectativa está muito grande. O pessoal já está fazendo contato, até com pessoas de fora do estado, porque nós vamos falar dos 50 anos de criação do Ilê, mas também vamos falar de blocos afro. E tem bloco afro espalhado por todo Brasil, até na Europa, na Argentina, mas como fora do país não tem carnaval, os blocos afro se transformam em bandas afropercusivas”, começou. 

 

O fundador do bloco ainda revelou, em entrevista cedida ao Bahia Notícias, que o tema do evento é “Blocos Afro” e por isso os convidados serão só blocos afro. “Cortejo afro, bloco da capoeira, Malê”.

 

Ainda na entrevista, o presidente do bloco afirmou que mesmo os blocos afro sendo mais valorizados, o cenário estava longe de ser perfeito e a valorização ainda poderia ser maior. “De assumir essa negritude, esse orgulho de ser negro. A cidade de Salvador se fala muito como Roma negra, capital da negritude, mas ainda falta reconhecimento”.

 

No dia 26 de maio vai acontecer uma festa para iniciar os preparativos da comemoração do Ilê, no Pelourinho. Vovô também falou sobre a importância do Centro Histórico de Salvador sediar essa foto.

 

“A gente está levantando essa campanha também, de valorização do Centro Histórico. Parece que só abre para o povo estrangeiro, a gente precisa sensibilizar o povo baiano para frequentar o Centro Histórico. Nós resolvemos fazer essa campanha contra violência que está assolando Centro”, explicou.

 

“Eu não estou dizendo que o Governo do Estado e a Prefeitura não estão investindo em segurança, mas tem muitas atividades culturais e socioeducativas ali que podem ser aproveitadas, então ter que ter condições para que as pessoas frequentem. Tem a questão da desigualdade, do uso de drogas. Mas o pessoal está iniciando um trabalho que vai fazer com que o Pelourinho volte a ser um lugar tranquilo, que as pessoas vão com tranquilidade e confiança sem medo de assalto”, declarou o símbolo do bloco Ilê Aiyê.

 

Vovô do Ilê finalizou chamando todos os “associados do Ilê, amantes do carnaval” para o espetáculo que vai acontecer no dia 26 de maio, a partir das 18h, no Pelourinho.

Em celebração aos 50 anos, Ilê Aiyê antecipa vendas do carnê para o Carnaval 2024
Foto: André Frutuoso

O primeiro bloco afro do Brasil vai completar 50 anos de trajetória, e a data promete ser mais um marco na história de revolução, luta e resistência do Ilê Aiyê. Fundado em 1974, o aniversário terá sua culminância no Carnaval de Salvador em 2024, quando o mais belo dos belos vai desfilar sua maturidade, beleza e legado como o grande homenageado da festa. 
 

O lançamento do carnê para o Carnaval 2024 do Ilê Aiyê será na Praça Quincas Berro D’Água, a partir das 19h30, com show da Band’Aiyê, quando o bloco afro dá início às comemorações em torno da data. Na ocasião, o legado da entidade será celebrado por meio da participação de outros blocos afros que surgiram após seu nascimento, seguindo seus passos na luta antirracista e na valorização da cultura afro-brasileira.
 

Já confirmaram presença os blocos afros Malê de Balè, Muzenza, Cortejo Afro, Os Negões e Capoeira Mangangá. 

 

“Quando eu e Popó fundamos o bloco, com as bênçãos de Mãe Hilda Jitolú, não imaginávamos que o Ilê se tornaria um dos maiores patrimônios culturais da Bahia, mas sabíamos que era um ato corajoso, contestador e transformador”, comenta Antônio Carlos Vovô, diretor e fundador do Ilê Aiyê.

 

A partir do dia 26 de maio, as pessoas interessadas em desfilar no Ilê Aiyê no Carnaval 2024 poderão adquirir o carnê na sede do bloco, no Curuzu, no valor de R$900, sendo possível dividir em até 8x sem juros. Os 500 primeiros associados poderão ter acesso ao valor promocional de R$600 nas compras à vista ou no cartão de crédito, também à vista. Os ingressos estão à venda na Bilheteria Digital.

Incentivando o Black Money, Salvador Capital Afro reúne empresários e recebe Ilê Aiyê durante abertura
Fotos: Manuela Meneses / BN Hall

Celebrando a história e os 474 anos da capital baiana, a 2ª edição do Salvador Cidade Afro teve início na última quarta-feira (15), no Salvador Shopping. A abertura oficial do evento ocorreu nesta quinta-feira (17) e contou com o show do bloco afro Ilê Aiyê. O momento ainda reuniu autoridades como a vice-prefeita Ana Paula Matos, o secretário de Cultura, Pedro Tourinho, e o presidente da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Isaac Edington. 

 

Buscando a valorização da herança ancestral e o incentivo ao Black Money, o evento está sendo realizado em collab com o Festival Salvador Shopping. “Nós estamos com 15 empreendedores pretos trazendo exposição e comercialização também de produtos cosméticos, moda, acessórios, artigos para decoração de casa e escritório. Além disso, a gente vai estar aqui com uma programação bastante intensa com apresentações de música, dança e também aos sábados oficinas para crianças”, destacou a Marianna Muniz, gerente de marketing do centro de compras, ao BN Hall.

 

Por lá ainda estão sendo oferecidos serviços do afroturismo, com sugestões de passeios afrocentrados, a exemplo da Mariscagem em Tubarão, da Feira de São Joaquim, e da experiência Griô. Ainda de acordo com a gerente de marketing, não há um número estimado de público, mas acredita-se que cerca de 100 mil clientes transitem pela exposição durante os 15 dias de evento. 

 

“O Salvador Capital Afro é um projeto que colocou o assunto em pauta e colocou no rumo certo. Mas, cada um de nós, principalmente nós, homens brancos, que estãoa na posição que nós estamos historicamente, a gente tem que trabalhar, de forma determinada e incessante para que tenha no meu lugar aqui, no lugar da gente, assim que possível, o quanto antes, porque já está atrasado, outras pessoas pretas também administrando a cidade e esse tipo de ação”, pontuou Pedro Tourinho durante a cerimônia de abertura do evento.

 

“Trabalhar também é um compromisso nosso e sei que é um compromisso muito forte da secretária Mila [Paes Scarton, da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda] para que num futuro bem próximo, esses empreendedores que estão aqui na praça, estejam nas lojas, com suas próprias lojas. Eu acho que a gente só vai conseguir ter a cidade do tamanho que ela tem que ter, quando isso acontecer”, acrescentou o secretário. 

 

Em entrevista, a gestora cultural Maylla Pita, diretora de cultura da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult), destacou que a curadoria foi feita através da plataforma AfroBiz Salvador. “A gente cadastra empreendedores e agentes que compõem essa cadeia do afroturismo e coloca essa rede em contato com compradores e investidores do Brasil e do mundo. Qualquer ação nossa perpassa por uma curadoria a partir dos empreendedores, dos empreendimentos e negócios que estão cadastrados nessa plataforma, que está aberta [para inscrição]”, explicou.

 


Maylla Pita

 

A Armô, marca soteropolitana afro religiosa, é um dos negócios que compõem a lista de estandes. “É uma oportunidade muito grande, que a gente não tem acesso, por exemplo, a lojas colaborativas. As pessoas dizem que não tem público em Salvador para as lojas afro religiosas. Então, aqui é um evento onde a gente tem a oportunidade de ter contato presencial com o público. Como a gente é uma marca virtual, o espaço permite que o público venha, conheça a marca e que os nossos clientes estejam presentes”, destacou Mayara Correia, designer e ilustradora da marca. 

 


Mayara Correia

 

O Salvador Cidade Afro teve segue aberta para visitação até o dia 31 deste mês, na Praça Central do Salvador Shopping, localizada no piso L1. 
 

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Ilê Aiyê desfila no Cortejo Moviafro na Micareta de Feira de Santana
Foto: Divulgação

O Cortejo da Associação Moviafro traz o bloco Afro Ilê Aiyê como atração na micareta de Feira de Santana. 

 

O Mais Belo dos Belos se apresentará no domingo, dia 23 de abril, no circuito oficial da festa.

 

"É de extrema importância a realização dessa ação afirmativa, para fortalecer a cultura negra local e incentivar investimentos nessa cultura tão latente no município”, defendeu Val Conceição, produtor cultural responsável pelo cortejo. 

 

A primeira edição do evento aconteceu em 2019, e contou com a presença de 300 foliões.

 

As camisas para o desfile estão sendo vendidas na plataforma Sympla ou nas redes sociais da Associação Moviafro.

Em nota, Ilê Aiyê afirma que "nunca" oficializou permissão para entrada de brancos no bloco durante o Carnaval de 2024
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias

O bloco Ilê Aiyê afirmou que, em nenhum momento, oficializou a abertura para a entrada de pessoas brancas no desfile do Carnaval do ano que vem. Em nota enviada na tarde desta quinta-feira (2), o bloco afro informou que o presidente da associação, Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, não disse que a flexibilização se tratava de uma posição oficial do bloco.

 

“O bloco Ilê Aiyê esclarece que ao considerar tal possibilidade , que veio à tona sobretudo com a intenção de levantar a reflexão sobre um enaltecimento do bloco muitas vezes restrito ao período do Carnaval, o presidente Antônio Carlos Vovô em nenhum momento afirmou ser essa uma decisão oficial do bloco.Em 2024, o Ilê Aiyê completa 50 anos de trajetória e, mais do que nunca, esse será o momento de honrar suas conquistas”, disse o Ilê Aiyê.
 

 

Mais cedo, de acordo com o jornalista Osmar Marrom Martins, do jornal Correio, o Vovô do Ilê havia comunicado a suspensão da restrição de brancos para o desfile durante o Carnaval de 2024. A posição do bloco, inclusive, foi alvo de críticas por, supostamente, ir de encontro com as ideologias do Ilê Aiyê.

 

Veja a posição oficial do bloco: 

 

Bruno Reis justifica sua ausência na saída do Ilê Aiyê: “Não tive tempo de ir lá”
Foto: André Carvalho / Ag. Haack / Bahia Notícias

O prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), disse não ter ido para a saída do Ilê Aiyê – ocorrida na noite deste sábado (18) na região do Curuzu, no bairro da Liberdade – porque preferiu comparecer a duas entrevistas a emissoras de TV nacionais. Segundo o gestor municipal, as pautas televisivas eram “do outro lado da cidade”, fazendo com que ele não tivesse tempo de ir ao tradicional ato do bloco afro.

 

“Já estive diversas vezes na saída do Ilê, já participei da Noite da Beleza Negra. Ontem, eu tinha uma pauta em duas emissoras de TV, para aparecer em rede nacional nesse horário. E aí não deu para a gente. Eu estava do outro lado da cidade, não tive tempo de ir lá”, justificou o prefeito de Salvador.

 

É o quarto carnaval seguido em que o prefeito de Salvador não comparece à saída do Ilê. Na última vez, o então gestor municipal, ACM Neto (União), acabou vaiado pelos foliões no Curuzu, que também o chamaram de “golpista” pelo apoio ao impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).

 

De lá para cá, Neto não compareceu à sede do bloco afro em 2018, em 2019 e em 2020, quase sempre justificando por uma impossibilidade de agenda. Bruno Reis, que assumiu em 2021, repetiu o seu antecessor e não foi à sua primeira saída do Ilê como prefeito de Salvador.

 

“Temos uma parceria permanente com o Ilê, ajudamos o Ilê a desfilar neste ano, vamos agora iniciar uma parceria para que eles possam reabrir e oferecer à comunidade da Liberdade aquele espaço onde funciona a sede, onde a gente vai ofertar para as crianças uma educação gratuita. Eu tenho uma excelente relação com Vovô, com todos do Ilê”, afirmou Bruno Reis.

 

“Soube que foi um desfile lindo. A gente não acompanhou de forma presente, mas acompanhamos a partir das informações da nossa equipe que estava lá. Agradeço a Pedro [Tourinho, secretário municipal da Cultura e do Turismo], que foi me representar lá ontem. E, graças a Deus, o Ilê volta, inicia o Carnaval com sucesso. Afinal de contas, é a nossa beleza negra”, concluiu o prefeito.

 

Neste domingo, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou a ausência de Bruno Reis no evento do Ilê Aiyê. Segundo o gestor estadual, esteve na saída do bloco afro apenas aqueles que possuem identificação e histórico com a causa do movimento negro.

“Todos que estávamos ali temos afinidade e história com o Ilê”, diz Jerônimo sobre ausência de Bruno Reis no Curuzu
Foto: Mauricio Leiro / Bahia Notícias

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), em coletiva neste domingo (19), comentou a ausência do prefeito de Salvador, Bruno Reis (União), na saída do Bloco Ilê Aiyê, na Liberdade, no sábado (18) de carnaval. O evento na Ladeira do Curuzu contou ainda com a presença do vice-governador Geraldo Jr. (MDB), de baianos, turistas, autoridades e famosos. 

 

“Quem estava ali, não caiu de paraquedas, tem vínculo, como eu que na condição de folião, ia e ficava na parte de baixo, na multidão, e entendia aquilo.  Eu esperava o Ilê sair. Depois, na condição de secretário, assessor de [Jaques] Wagner e de Rui [Costa], eu ia não só como folião, mas como assessor, porque eu queria ver aquele ato cultural e religioso muito forte. Todos nós que estávamos ali ontem temos afinidade e história com o Ilê, com a cultura negra”, pontuou. 

 

Jerônimo ainda afirmou que a sua presença na saída do Ilê mostra o apoio que o governo do estado vai dar para os blocos afros, que tem histórico de luta e resistência. 

 

“É um sinal mais forte de que nós vamos fazer uma agenda de apoio e divulgação da arte da cultura negra nesse estado. Eu não falo pelo prefeito, mas eu vi que tinha secretários ontem lá no evento. A nossa pegada é: estamos indo em Ondina, nos Camarotes particulares e privados, porque não tem que ter preconceito. Se tiver qualquer tipo de diálogo, tem que ser feito olhando nos olhos daquele povo que nos acolhe com uma cultura tão forte”, completou.  

Vovô revela história com russos em Angola e lembra de quando tacharam Ilê de "célula de Moscou": "Fomos chamados de vermelhos"
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

Prestes a completar 50 anos, o Ilê Aiyê faz parte da história de Salvador, da Bahia e do Brasil, mas também do mundo. Durante a saída do bloco, momento icônico do carnaval soteropolitano, o fundador e presidente Vovô do Ilê relembrou um caso curioso: quando sugeriram que o grupo seria uma "célula de Moscou" no estado.

 

"Aqui foi a questão do racismo, no jornal da época, que achou que estávamos muito pra frente, que a gente estava a serviço de Moscou. Nós fomos chamados de vermelhos, fomos chamados de 'bloco racista' porque fomos pra rua gritar 'eu sou negão'", contou, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

O curioso é que, de fato, ele bebeu com comunistas durante uma visita a Angola, no continente africano. "Quando eu cheguei em Angola a primeira vez, em 1983, os caras estavam muito assim, falando 'camarada'. Estavam muita nessa coisa. E no hotel que eu estava tinha muito iugoslavo e russo. Tinha dia que eu não tinha o que fazer, tinha toque de recolher, e eu ficava tomando vodka com os russos. Mas os caras lá estavam com a cabeça virada mesmo com essa questão do comunismo", relembrou, rindo.

 

Trazendo como tema deste ano "Centenário de Agostinho Neto: O Herói da Independência de Angola", o bloco sempre se orgulhou de relembrar suas origens. Mas, para Vovô, ainda é preciso avançar em relação à aproximação com países da África.

 

"Desde o ínico do Ilê Aiyê, em 1976, que a gente vem trazendo essa aproximação com a África através dos temas. Já falamos de Senegal, Mandela, Costa do Marfim, tivemos alguns países africanos. Mas também temos dificuldade de interlocução com nossos irmãos africanos. Alguns países falam inclusive a língua portuguesa, mas a gente está precisando que o Brasil e a Bahia se aproximem também até na questão de fazer negócios, pra ver se a gente consegue essa proximidade mais forte", cobrou.

Secretária da Sepromi ressalta efetividade da campanha de combate ao racismo: “um trabalho de longo alcance”
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

 ngela Guimarães, à frente da Secretaria De Promoção Da Igualdade (Sepromi), está acompanhando a saída do bloco afro Ilê Aiyê, que acontece neste sábado (18), no Curuzu, em Salvador. Em entrevista ao Bahia Notícias, ela destacou a efetividade da campanha de combate ao racismo no Carnaval. 

 

“O trabalho tem acontecido de forma muito produtiva, tendo adesão de todos os foliões que estão no circuito da folia. A nossa campanha, as pessoas têm pedido material, colado adesivos, reforçado a importância em meio a esse palco que é a maior festa popular do Brasil, a gente tenha essas equipes dessa campanha, buscando assegurar contra a violação de direitos, um Carnaval com equipes disponíveis para atender em qualquer intercorrência. Esse trabalho é feito de maneira muito integrada pelos vários órgãos, do estado, prefeitura, sistema de Justiça, inclusive a própria imprensa que agradeço porque recorrentemente temos sido procurados para falar sobre a campanha e seus resultados”, declarou. 

 

A secretária citou um caso de racismo registrado pela Sepromi. O crime foi direcionado a uma policial militar em serviço, no circuito Barra-Ondina, por uma advogada. “Esse crime foi a termo, teve prisão em flagrante e o registro dessa denúncia como crime de racismo, que é um dos nossos grandes objetivos porque sabemos que no ambiente do Carnaval muitas pessoas gostam de descaracterizar o crime de racismo”, apontou.

 

“Nós vemos a efetividade de um trabalho de longo alcance que a secretaria vem fazendo, que os movimentos negros vêm fazendo, como bloco Ilê Aiyê desde a sua fundação, mas com o apoio do estado dessa vez”, afirmou.

Tiganá Santana destaca importância do Ilê Aiyê para seu letramento racial: “ me formou”
Foto: Francis Juliano / Bahia Notícias

O cantor, compositor, violonista e poeta brasileiro Tiganá Santana é uma das personalidades presentes na saída do Ilê Aiyê, que acontece neste sábado (18), na Senzala do Barro Preto, no bairro do Curuzu. Em entrevista ao Bahia Notícias, o artista destacou a importância do bloco afro para sua formação. 

 

“O Ilê me formou, minha mãe [Arany Santana] é diretora do Ilê, meu letramento racial foi por meio do Ilê Ayê. Devo tudo ao Ilê. O Ilê Aiyê é um acontecimento de formação. O chamado movimento negro de conteporaneo, ou os movimentos que acontecem no Brasil, no caso da Bahia, começam com Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil. O Ilê consegue uma coisa extraordinária que é unir de uma maneira feliz, incontornável, estética e política, agenda política com arte, com maestria. Se hoje eu posso compor canções em línguas africanas, ser o primeiro compositor brasileiro a apresentar um álbum como intérprete com línguas africanas, eu devo ao Ilê Aiyê”, disse.

 

Sobre seus novos projetos, Tiganá falou sobre seu álbum que teve estreia no mês passado. “ ‘Iroko’foi lançado em streaming em 20 de janeiro, um álbum que fiz com o pianista cubano Omar Sosa. Começo 2023 com ele.”, citou. 

Com Brown, Xanddy e Ilê Aiyê, Devassa transmite evento 'Paredão Tropical' ao vivo
Foto: Reprodução/Instagram

Os baianos poderão aproveitar as músicas gostosas do Carnaval de Salvador no "Paredão Tropical", promovido pela Devassa. A partir das 20h45 de domingo (27), o evento terá transmissão ao vivo no Multishow, na TV, e no YouTube, Twitter, além do Facebook da marca de cerveja. 

 

As apresentações são de tirar o fôlego: Carlinhos Brown, Gaby Amarantos, Xanddy, Lia de Itamaracá, Larissa Luz e os blocos Ilê Aiyê, Cortejo Afro e Didá. O "paredão" terá duração reduzida e o local não foi divulgado, para evitar aglomerações.

 

"Além da arte, os tambores comunicam, conduzem rituais e transmitem identidade. O dialeto e os sotaques carnavalescos do Norte-Nordeste são percussivos. É esta narrativa que vamos contar", adianta o diretor artístico e roteirista do espetáculo, Elisio Lopes Jr, conhecido pela carreira na dramaturgia.

 

"Faremos um domingo de carnaval histórico para mostrar a força da percussão na sua pluralidade, por meio da união entre diferentes batidas em um espetáculo que resgata e reverencia as raízes", explica Ilana Lencastre, gerente de marketing da cerveja do segmento Mainstream do Grupo Heineken Brasil.

 

No “Paredão Tropical”, os percussionistas do Ilê Aiyê, Cortejo Afro e Didá vão tocar sem se verem, separados por janelas. O espetáculo transitará por ciranda, carimbó, samba reggae, maracatu e frevo, em alusão às manifestações folclóricas originárias do Norte-Nordeste.

 

O espetáculo será realizado à medida que a vacinação contra a Covid-19 avança no Estado da Bahia e cumpre os protocolos pandêmicos.

 

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Secult cobra R$ 173 mil do Ilê Aiyê por problemas em prestação de contas 
Foto: Divulgação

Em meio à crise econômica que abate o setor cultural e após o imbróglio jurídico por dívida trabalhista (clique aqui), o Ilê Aiyê agora passa por apuros por questões burocráticas envolvendo financiamento público. 

 

Em publicação no Diário Oficial do Estado, nesta terça-feira (21), a Secretaria de Cultura do Estado (Secult) cobra cerca de R$ 173 mil da instituição por problemas na prestação de contas, referente ao apoio recebido por meio do Edital de Ações Continuadas de Instituições Culturais, de 2017.

 

“Decido pela conclusão do processo de Tomada de Contas Especial e instauração de Processo de Reparação de Danos ao Erário, em desfavor da Associação Cultural Bloco Carnavalesco Ilê Aiyê, no âmbito Edital de Ações Continuadas de Instituições Culturais, TAC nº 063/2017 do Fundo de Cultura do Estado da Bahia - FCBA para cobrança do valor apurado, consolidado em R$173.294,82”, diz documento assinado pela secretária de Cultura, Arany Santana.

 

Ao Bahia Notícias, o músico e produtor cultural Marcos Clement, que assessorou o Ilê no projeto, afirmou que a instituição recebeu com surpresa a determinação. “A gente tomou conhecimento hoje aqui pelo Diário Oficial, a gente ficou surpreso, porque nossas prestações de conta sempre foram feitas e nunca tivemos problemas, principalmente com esse contrato”, disse ele, acrescentando que solicitou à Secult que envie relatório para “saber de que se trata essa decisão, quais são os itens que eles estão alegando que a gente não atendeu nessa prestação de contas pra que possamos esclarecer”.

 

Clement apresentou ainda uma suposição do que poderia ter gerado a inconsistência burocrática apontada pelo governo. “Todas as nossas prestações de contas são feitas nos mesmos moldes, todas foram aprovadas. Só que internamente na Secretaria da Cultura eles fizeram uma mudança das pessoas do departamento de prestação de contas. A gente acredita que com essa mudança, eles estão analisando de forma diferente nossa prestação de contas. Porque a gente foi orientado por um grupo de pessoas quando a gente assinou o contrato e pode ser que com essa mudança tenha tido alguma divergência no entendimento”, pontuou. “Mas a gente acredita que isso vai ser esclarecido e que isso não vai à frente não”, avaliou o produtor cultural.

 

Esta não é a primeira vez que o Ilê Aiyê passa por apuros por problemas relacionados à documentação exigida em políticas de incentivo à cultura. Em 2020, o bloco teve apoio de R$ 300 mil do Carnaval Ouro Negro negado, por apresentar uma certidão de regularidade com a Secretaria da Fazenda Municipal vencida (saiba mais).

Ilê Aiyê faz live comemorativa em homenagem a Mãe Hilda
Foto: Divulgação

O Ilê Aiyê promove, no dia 26 de setembro, uma live comemorativa pela Semana da Mãe Preta, realizada desde 1978 em homenagem a Mãe Hilda, sacerdotisa do candomblé e por muitos anos dirigente espiritual da instituição. 

 

O evento acontece a partir das 17h, na Senzala do Barro Preto, sede do bloco, com transmissão ao vivo, no Youtube. A live, que integra a programação do projeto “Ilê Aiyê – Que Bloco é Esse?”, terá a participação da cantora Graça Onasilê, além dos vocalistas da Band’Aiyê Iana Marucha e Jauncy Ojum Bará. 

 

A apresentação será composta por cinco blocos musicais: o primeiro, com canções que têm “África” como tema; o segundo é dedicado às lutas de resistência negra no Brasil, Guerra dos Palmares, Revolta dos Búzios e Revolta dos Malês; o terceiro vem com repertório em reverência a Mãe Hilda; o quarto homenageia as mulheres negras; e o último traz os “clássicos” como mote.

 

“A Semana da Mãe Preta é comemorada anualmente no mês de setembro e celebra a vida de Mãe Hilda e das mulheres negras baianas. É uma atividade de resgate e valorização do papel feminino no processo civilizatório brasileiro, que sempre integrou o calendário do ano letivo das escolas do Ilê”, comenta o presidente do bloco, Antônio Carlos Vovô.

Ilê Aiyê promove segunda edição da Feiraiyê com oficinas e debates 
Fotos: Divulgação

O Ilê Aiyê promove, do dia 28 de junho a 1º de julho, em formato online, a segunda edição da Feira de Empreendedoras Criativas - Feiraiyê. Voltado para a capacitação e promoção de oportunidades de negócios para mulheres negras, indígenas e ciganas, o evento inclui atividades como mentoria, oficinas e painéis.

 

Para a mentoria “Presença Digital” e as oficinas “Jornada de Acolhimento às Empreendedoras” e “Gestão Financeira”, as interessadas devem se inscrever no link https://linktr.ee/feiraiye. Já os painéis, cujos temas são “Empreendedorismo e Identidade - Transformando sonhos”, “Empreendendo na Pandemia - Case Kit Glossy”, “Autocuidado e Gestão do Tempo” e “Empreendedorismo e Sustentabilidade, terão transmissão com acesso livre no YouTube.

 

Dentre os destaques da programação está a participação da paraense Luakam Anambé, de 53 anos, que ressignificou a infância perdida para o trabalho infantil através das Bonecas Anaty, um empreendimento de bonecas artesanais que hoje ajuda as crianças de sua aldeia da etnia Anambé a terem o direito de brincar.  Outro destaque é a baiana Hellen Nzinga, 25 anos, gestora de projetos sustentáveis, cofundadora e executiva em EcoCiclo, marca que desenvolveu o absorvente brasileiro 100% biodegradável. Elas conduzem, respectivamente, os painéis “Empreendedorismo e Identidade - Transformando sonhos” e “Empreendedorismo e Sustentabilidade”.

 

“A atenção que a Feiraiyê dá às mulheres empreendedoras que integram grupos minoritários e desfavorecidos socialmente é mais uma ação afirmativa do Ilê em busca de igualdade e equidade de gênero, sobretudo das mulheres negras junto à população", defende o presidente do Ilê Aiyê, Antônio Carlos Vovô.

Ilê Aiyê realiza etapa final do 47º Festival de Música Negra em live neste domingo
Foto: Divulgação

O bloco Ilê Aiyê faz, neste domingo (2), a etapa final da 47ª edição do Festival de Música Negra. Realizado na Senzala do Barro Preto, no bairro do Curuzú, em Salvador, o evento será transmitido a partir das 15h, no Youtube. 

 

Na ocasião, as 14 canções selecionadas pelo júri serão apresentadas ao vivo pelos seus autores ou intérpretes, com acompanhamento da Band’Aiyê. Destas, seis sairão vencedoras e passarão a integrar o repertório do bloco, sendo três de cada categoria: poesia e tema.

 

O 47º Festival de Música Negra do Ilê Aiyê irá premiar com os valores de R$ 5 mil, R$ 4.500 e R$ 4 mil os três vencedores, respectivamente, da categoria Tema; e com R$ 4.500, R$ 4 mil e R$ 3.500 os três vencedores, respectivamente, da categoria Poesia. Os primeiros lugares também receberão o Troféu Pássaro Preto. Os segundo e terceiros lugares ganham, além do valor em dinheiro, o Troféu Perfil Azeviche.

'Curuzu do Mundo': Ilê promove debates sobre turismo étnico cultural em encontros online 
Iniciativa será mediada por Silvana Oliveira | Foto: Divulgação

Depois do evento online “Curuzu Afrofuturista” na semana passada, o bloco Ilê Aiyê promove, nesta quinta (15) e sexta-feira (16), duas mesas de debate sobre o tema “Turismo Étnico Cultural”. Os encontros, intitulados “Curuzu do Mundo” acontecem a partir das 20h, com transmissão ao vivo no Youtube. 

 

“O mercado turístico-cultural foi muito impactado com a pandemia da Covid-19, mas precisa se fortalecer a partir do entendimento de que o modo de vida, saberes e fazeres de grupos sociais e culturais fortalecem toda a cadeia produtiva do setor”, comenta o presidente do bloco, Antônio Carlos Vovô.

 

O bate-papo da quinta-feira (15), tem como tema “Experiências Turísticas Afro Culturais” e terá como convidados o professor da rede pública e guia de turismo Josuel Queiroz e o historiador André Luís, ambos especialistas em História e Cultura Afro-brasileira. 

 

Já na sexta-feira (16), o debate é sobre “O Turismo que fortalece a Identidade Negra”. Participam do encontro virtual o professor de música e percussionista Mário Pam, e o jornalista, empreendedor e idealizador do Guia Negro, Guilherme Soares. A mediação das duas mesas é da jornalista Silvana Oliveira.

 


SERVIÇO
O QUÊ:
Curuzu do Mundo
QUANDO: Quinta e sexta-feira, 15 de 16 de abril, às 20h
ONDE: Canal do Ilê Aiyê no YouTube
VALOR: Grátis

Ilê Aiyê estreia 'Curuzu Afrofuturista' com debates sobre música, artes e estética
Evento terá participação de Larissa Luz | Foto: Caio Lirio

O Ilê Aiyê estreia o “Curuzu Afrofuturista” neste fim de semana, com transmissão ao vivo no canal do bloco no YouTube. Realizado nesta quinta (8) e sexta-feira (9), às 20h, o evento virtual contará com duas mesas de debate, sobre os temas  “O Poder da Música” e “Artes e Estética”.

 

Os dois encontros têm como proposta promover reflexões a respeito da existência negra nas artes, na política, nos mais diferentes espaços a partir do encontro entre história, tecnologia, ciência e inovação. “O Ilê Aiyê deseja fortalecer esse conceito, abordando temas como racismo, liberdade de expressão, empoderamento e projeção de futuro, problematizando questões históricas, econômicas e sociais dos negros”, defende Antônio Carlos Vovô, presidente da entidade.

 

A primeira mesa, sobre “O Poder da Música”, terá como convidados os artistas baianos Larissa Luz e Japa System. A mediação do bate-papo será do professor de música e percussionista Mário Pam. O debate partirá da ideia da música como instrumento fundamental para colocar a experiência negra como central nas narrativas construídas pela arte.

 

Já o segundo encontro tem como tema “Artes e Estéticas” e reúne os convidados Diane Lima, escritora e curadora independente, e o roteirista de audiovisual Marcelo Lima. A mediação será do diretor de arte Edgar Igor. A importância de contar novas histórias que não invisibilizem o negro nas artes será o norte deste debate.

 

CURUZU AFROFUTURISTA
Mesa 1 – O Poder da Música
Dia: Quinta-feira, 8 de abril, às 20h
Convidados: Larissa Luz e Japa System
Mediador: Mario Pam


 
Mesa 2 – Artes e Estéticas
Dia: Sexta-feira, 9 de abril, às 20h
Convidados: Diane Lima e Marcelo Lima
Mediador: Edgar Igor

Autor de sucessos do Ilê Aiyê, Paulo Natividade morre vítima da Covid-19
Foto: Reprodução / Instagram

Autor de cançõesdo Ilê Aiyê, a exemplo de "Fé, Resistência e Poder", “Ilê, Ritos e Mitos”  e "Trajetória Ilê Aiyê", o compositor Paulo Natividade (54) morreu, nesta segunda-feira (22), vítima do novo coronavírus. O anúncio foi feito pelo bloco afro através das redes sociais. 

 

“Hoje, perdemos para a Covid-19 um querido colaborador, Paulo Natividade. Compositor responsável por alguns sucessos da Bandaiyê. Sua obra permanecerá para sempre entre os anais de clássicos do Ilê Aiyê”, diz o comunicado. 

 

Com o anúncio, outras figuras públicas também enviaram suas mensagens de pesar. “O Cortejo Afro se solidariza com a família ilê Aiyê, nesse momento difícil”, escreveu o presidente do Cortejo, Alberto Pitta. “Perdemos mas um Irmão”, disse o cantor e compositor Tatau. 

Ilê, Gandhy e Gerônimo marcam lançamento da 'Casa Mar' com circuito online de Carnaval
Foto: Wendy Andrade / Divulgação

O Ilê Aiyê, os Filhos de Gandhy e Gerônimo vão se apresentar na estreia da "Casa Mar", neste sábado (13) e domingo (14), no YouTube. O lançamento do projeto, que pretende ser um espaço de pluralidade, conexão e de protagonismo negro e LGBTQIA+, acontece através de um circuito online em pleno Carnaval.

 

Além de um hub de cultura e criatividade, o espaço, localizado no Largo de Santana, no Rio Vermelho, servirá de suporte para artistas e profissionais que não vão trabalhar na folia deste ano. Os shows serão apresentados por Val Benvindo. A direção é de Mariana Jaspe e Dan Ferreira.

 

O Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, conhecido por sua tradicional saída no sábado de Carnaval, será a primeira atração do Circuito Mar. A BATEKOO, movimento cultural de afirmação da negritude através da música, da dança e moda, fará uma participação no show. “Ficamos muito felizes com o convite, principalmente por esta ser a nossa única apresentação durante esse carnaval tão diferente”, afirma Iracema Killiane, vocalista do bloco.

 

Já no domingo, o "Circuito Mar" receberá os Filhos de Gandhy. Logo depois será a vez do cantor e compositor Gerônimo convidar Nara Couto, fechando a grade de atrações. “Não vamos desistir nunca, a cultura do Brasil é o nosso carnaval”, afirma o compositor de “É D'Oxum”.

 

O "Circuito Mar" vai ainda promover um circuito para coleta de embalagens em locais de grande geração, como bares e restaurantes. O projeto vai também doar resíduos têxteis para que costureiras, que chegam a ter 30% da renda familiar anual dependente do trabalho no carnaval, confeccionem bonecas, que serão entregues a crianças de creches e comunidades de Salvador.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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