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Já está na mesa do presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), mais um pedido de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O requerimento foi protocolado na semana passada pelo deputado Sanderson (PL-RS), que acusa o governo federal de ter “pedalado” por meio de dados maquiados na Previdência Social.
O requerimento apresentado pelo deputado gaúcho teve o apoio de mais de 50 parlamentares, a grande maioria do PL. Para formular o requerimento, Sanderson tomou como base uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que aponta que a gestão federal usou uma estimativa menor de despesas na Previdência Social.
De acordo com a matéria da Folha, citada pelo deputado do PL, a mudança de parâmetro feita pelo governo impactou a projeção de gastos com a compensação previdenciária, que caiu de R$ 10,2 bilhões para R$ 7,96 bilhões. Com a soma de todos os efeitos da nova métrica, foi evitado um aumento de R$ 11,84 bilhões nos cálculos de despesas com a Previdência Social, diminuindo artificialmente o crescimento vegetativo mensal de 0,64% para 0,17%.
Segundo o deputado, com o aumento vegetativo comprovado, o governo federal deveria adotar medidas de austeridade para cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal. “Mas Lula não fez isso. Ao não atender os termos da LRF, o presidente da república realizou aquilo que chamamos de pedalada fiscal”, disse Sanderson, que fundamenta o seu pedido de impeachment no mesmo crime de responsabilidade fiscal que levou à cassação da ex-presidente Dilma Rousseff.
Este já é o quarto requerimento com pedido de impeachment do presidente Lula apresentado pelo deputado Sanderson. O parlamentar do Rio Grande do Sul foi o primeiro a apresentar um pedido de impeachment para o terceiro mandato de Lula, já em janeiro de 2023.
No dia 25 de janeiro, quando Lula ainda não tinha completado um mês na presidência, o deputado do PL pediu o impeachment afirmando que o chefe do Executivo teria cometido crime de responsabilidade ao declarar que processo contra Dilma Rousseff teria sido um “golpe de Estado”. Sanderson disse na ocasião que a fala de Lula tratava-se “de um discurso absolutamente mentiroso, falso em toda sua extensão e que não pode ser aceito [pelo] Parlamento”.
Já em junho do ano passado, o deputado Sanderson apresentou novo pedido de impeachment em que apontou supostos crimes de responsabilidade que o petista teria cometido envolvendo o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro. O parlamentar criticou convite do presidente Lula para receber Maduro no Brasil, e argumentou que ao permitir a vinda do venezuelano ao país, teria quebrado tratados internacionais.
No mês de agosto de 2023, nova declaração de Lula afirmando que Dilma teria sofrido um “golpe de estado” provocou a apresentação de outro pedido de impeachment pelo deputado Sanderson. Segundo o deputado, Lula, ao afirmar publicamente, diante de autoridades estrangeiras, que o impeachment de Dilma foi um golpe, estaria atacando “de forma raivosa, abjeta e contrária à verdade a democracia brasileira, o Congresso Nacional e também o Supremo Tribunal Federal”.
O mais novo pedido de impeachment apresentado pelo deputado Sanderson, agora por suposta “pedalada fiscal”, é mais um a se somar a uma lista de mais de 20 pedidos que foram protocolados desde o início do terceiro mandato do presidente Lula. Todos os pedidos se encontram parados na mesa do presidente da Câmara, Arthur Lira, que tem a prerrogativa de dar prosseguimento ou não à sua tramitação.
O depoimento de Elon Musk à Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados será usado, pela oposição, para tentar arregimentar votos para o impeachment de Alexandre de Moraes. Parlamentares críticos do ministro admitem, hoje, não ter os 54 votos necessários no Senado para aprovar um pedido de afastamento. Mas acreditam que o fator Musk vai alterar o cenário.
De acordo com a coluna de Paulo Cappelli do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, a oposição prevê que novas decisões sigilosas do magistrado do STF serão tornadas públicas até a oitiva do empresário, mas que o material divulgado no caso conhecido como “Twitter files” já é forte o suficiente para turbinar uma campanha pelo afastamento do magistrado.
Segundo o deputado federal Marcel Van Hattem (Novo), Moraes teria cometido duas irregularidades no exercício da função, de acordo com os documentos vazados.
“O ‘afastamento de garantias individuais’ foi um argumento usado por Alexandre de Moraes em decisões que miraram críticos dele e opositores do governo. Se é uma garantia individual, não pode ser afastada com a frequência que tem sido afastada pelo ministro. Está configurada, também, a prática de censura ao suspender as contas de agentes políticos nas redes sociais”, opinou Van Hattem.
O afastamento de garantias individuais foi citado por Moraes, por exemplo, ao bloquear a conta da filha do blogueiro Oswaldo Eustáquio. Ao ordenar o bloqueio na conta bancária de M., que tem 15 anos, Moraes disse ter “afastado, excepcionalmente, garantias individuais” para que não fossem usadas “como verdadeiro escudo protetivo para a prática de atividades ilícitas”.
Na ocasião, o ministro assinalou que os valores na conta da adolescente estavam sendo usados pelo pai, que é considerado foragido pelo STF. A jovem, por sua vez, afirma que o bloqueio atrapalha seus gastos com necessidades básicas. Em suas decisões, Moraes costuma afirmar que medidas mais duras, como prisões preventivas e operações de busca e apreensão, são necessárias para a manutenção do Estado Democrático de Direito.
A atuação de Alexandre tem sido respaldada pelo presidente da Corte, o ministro Luís Roberto Barroso, que já manifestou publicamente apoio ao magistrado. O depoimento de Elon Musk deverá ocorrer por videoconferência, em data ainda a ser definida.
A deputada Carla Zambelli (PL-SP) anunciou em suas redes sociais, na madrugada desta quinta-feira (22), que o requerimento de sua autoria com pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcançou o total de 140 assinaturas de parlamentares. Este já é o pedido de impeachment com maior adesão de deputados até hoje. O recorde era do pedido de impeachment contra a então presidente Dilma Rousseff, em 2016, que teve 124 assinaturas.
O requerimento da deputada Carla Zambelli recebeu apoio maciço principalmente do seu partido, o PL. Foram 78 os deputados do partido que assinaram o pedido de impeachment do presidente Lula (a agremiação do ex-presidente Jair Bolsonaro conta na Câmara com uma bancada de 96 deputados).
Além do PL, deputados de outros 11 partidos assinaram o pedido de impeachment. Foram 17 deputados do União Brasil, 14 do PP, sete do Republicanos, cinco do PSD, quatro do PSDB, do PRD e do MDB, três do Novo, dois do Avante, e um parlamentar do Cidadania e outro do Podemos. Da Bahia, apenas os deputados Capitão Alden (PL) e Roberta Roma (PL) assinaram o documento.
O registro do pedido de impeachment acabou sendo adiado após a deputada Carla Zambeli ser surpreendida com uma intimação recebida dentro do Plenário da Câmara. Zambelli foi intimada por uma oficial de Justiça do Supremo Tribunal Federal (STF) a apresentar sua defesa na ação em que ela é ré por porte ilegal de arma e constrangimento ilegal com emprego de arma de fogo.
No momento da intimação, Zambelli se preparava para conceder uma entrevista à imprensa. Uma oficial da Corte se aproximou da deputada, que já tinha conhecimento das tentativas de intimação anteriores, e pediu que a parlamentar assinasse o documento.
Em suas redes sociais, a deputada classificou a intimação como um “presentinho” do STF. Ela disse ainda que achou “estranho” o documento ser entregue um dia depois da entrevista coletiva em que falou sobre o impeachment do presidente Lula. “Só é estranho que seja um dia depois do impeachment”, disse.
Com o requerimento fechado em torno de 140 assinaturas, falta agora o documento ser protocolado na Câmara. O pedido de impeachment tem cerca de 50 páginas, e tem como foco principal a declaração dada pelo presidente Lula durante entrevista coletiva realizada no último domingo (18), depois da sua participação na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Abeba, capital da Etiópia.
“O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler decidiu matar os judeus”, afirmou na ocasião o presidente Lula.
A alegação para o pedido de impeachment é de que houve cometimento de crime de responsabilidade contra a existência da União por parte de Lula. Os parlamentares autores do pedido citam o trecho do artigo 5º da Constituição Federal que diz ser crime de responsabilidade “cometer ato de hostilidade contra nação estrangeira, expondo a República ao perigo da guerra, ou comprometendo-lhe a neutralidade”.
De acordo com o requerimento, Lula “foi o único capaz de igualar o povo judeu aos seus algozes e foi o único a invocar o nome de Hitler como um comparativo do estágio atual da guerra entre Israel e Hamas”. O documento diz ainda que “esse discurso, não só contradiz a tradição diplomática brasileira, como se tornou um pária dentre as nações democráticas, inclusive sendo elogiado e louvado pelo grupo terrorista Hamas”.
Outro fato elencado é o financiamento brasileiro à Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente, também conhecida pela sigla UNRWA. A agência perdeu apoio de vários países (como Estados Unidos, Reino Unido, Austrália, Canadá, Itália, Finlândia e Holanda) após suposto envolvimento de funcionários no ataque do grupo terrorista Hamas contra Israel.
“Com as recentes notícias veiculadas e que davam conta que parte dos recursos eram utilizados para fins espúrios, o Brasil não cortou seu financiamento, mas foi além. Em recente declaração, o denunciado não só afirmou que vai manter o financiamento, como prometeu incrementos nas doações”, criticam os parlamentares no pedido de impeachment.
Com este novo requerimento, o presidente Lula chega ao total de 19 pedidos de impeachment desde que assumiu o mandato em janeiro de 2023. Desta forma, o petista se tornou o presidente com mais requerimentos deste tipo nos primeiros 14 meses de governo.
O antecessor de Lula, o ex-presidente Jair Bolsonaro, em seu único mandato (2019-2022), se tornou o presidente que mais teve pedidos de impeachment protocolados em seus quatro anos de governo. No total, foram 158 requerimentos pedindo o impedimento do então presidente pelos mais variados assuntos. Entretanto, nenhum pedido foi levado à frente pelos presidentes da Câmara.
Em meio à articulação de deputados da oposição para apresentar o pedido de impeachment de Lula, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, se reuniu com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), nesta terça-feira (20), em Brasília.
O encontro aconteceu no início da tarde, na residência oficial de Lira, e não foi registrado nas agendas oficiais de nenhum dos dois. O líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), também participou da conversa. As informações são da coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
Integrantes do governo dizem que Rui foi “conversar” sobre as pautas de interesse do governo. O titular da Casa Civil assumiu a interlocução com Lira, após o deputado se recusar a dialogar com Alexandre Padilha, ministro da articulação política.
A expectativa é a de que Lula se reúna pessoalmente com o presidente da Câmara e com líderes partidários na quinta-feira (22). O petista também deve se encontrar ainda nesta semana com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Deputados federais de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) irão protocolar um pedido de impeachment contra o petista por conta de declarações recentes onde o chefe do Executivo comparou os ataques de Israel contra civis na Faixa de Gaza ao holocausto, durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o presidente, neste domingo (18).
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De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, grande parte dos signatários ao pedido de afastamento de Lula são do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. A lista também conta com políticos do Republicanos, Progressistas e União Brasil.
A ideia para abertura do pedido de impeachment é da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Ela defende que não se pode comparar o que está acontecendo em Gaza com a morte de milhões de judeus ao longo da Segunda Guerra Mundial. Para ter andamento no Legislativo, o pedido de afastamento precisa ser aceito pelo presidente da Câmara dos Deputados, neste caso, Arthur Lira (PP-AL).
“O povo de Israel precisa ser respeitado e o holocausto não pode ser banalizado desta forma. Lula, tenha respeito pelas mais de 6 milhões de pessoas assassinadas”, escreveu a parlamentar na rede social X, antigo Twitter.
O deputado federal Mario Frias (PL-SP), ex-secretário de Cultura do governo Bolsonaro e signatário do pedido de impeachment, rechaçou as declarações do presidente Lula sobre as ações de Israel contra a Faixa de Gaza. “Com a declaração de hoje, e tantas outras no passado recente, Lula está fechando as portas do Brasil para uma potência militar e tecnológica que poderia beneficiar muito o nosso país através de parcerias e intercâmbios”, afirmou o político.
Um grupo de 46 deputados assinou requerimento no qual é pedido o impeachment do ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Luiz de Almeida. O ministro é acusado pelos deputados de ter autorizado o pagamento de passagens e diárias para Luciane Barbosa Farias, chamada de “dama do tráfico amazonense”, para participar de agendas oficiais em Brasília. Luciane é casada com Clemilson dos Santos Farias, o “Tio Patinhas”, líder da facção criminosa Comando Vermelho no estado do Amazonas.
“Tio Patinhas” já foi condenado a mais de 31 anos por envolvimento com o tráfico de drogas e outros crimes. Sua esposa Luciane Barbosa foi apontada pelo Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) como responsável por movimentar o dinheiro do marido. Luciane foi denunciada pelo MP por lavagem de dinheiro, associação para o tráfico e organização criminosa. Na primeira instância ela foi absolvida, por não haver provas suficientes para condenação. O Ministério Público recorreu da absolvição e, agora, o processo tramita na segunda instância.
Em seu perfil na rede X (antigo Twitter), o ministro Silvio Almeida disse que as críticas à visita da ‘Dama do Tráfico” ao Ministério da Justiça seriam “ataques difamatórios’ coordenados por extremistas de direita. Para Silvio Almeida, por trás dos ataques estaria a tentativa de desgastar o ministro da Justiça, Flávio Dino, forte candidato a ser indicado pelo presidente Lula a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).
“Há também por trás disso a tentativa generalizada, por parte de extremistas de direita, de a todo momento fabricar escândalos e minar a reconstrução da política de direitos humanos, uma vez que só conseguem oferecer ao país caos e destruição”, disse o ministro.
O pedido de impeachment do ministro dos Direitos Humanos foi apresentado pelo deputado Rodrigo Valadares, do PL de Sergipe. O deputado afirmou que a conduta do ministro Silvio Almeida no caso da visita da “Dama do Tráfico” a Brasília seria “inaceitável”. O deputado é vice-líder da minoria na Câmara dos Deputados.
A maioria dos 46 deputados que assinam o pedido de impeachment é do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Há na lista deputados de outros partidos, como do Novo, do Republicanos, do União Brasil e do Patriota. A deputada federal Roberta Roma foi a única parlamentar da Bahia a assinar o requerimento.
Segundo a Constituição e a Lei 1079/1950, que estipula os crimes de responsabilidade, o pedido de impeachment contra ministro de Estado pode ser formulado em dois casos: a) Prática de crime de responsabilidade conexo com o imputado ao Presidente ou Vice-Presidente - hipótese regulada pelo art. 52, I, CF/88; b) Prática de crime de responsabilidade - hipótese regulada pelo art. 102, I, c, CF/88. O pedido teria que ser aceito pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Aceito o pedido, ao presidente da Câmara caberia nomear uma comissão especial, da qual participariam representantes de todos os partidos para opinar sobre a mesma. À comissão, depois de eleger seu presidente e relator, cabe emitir parecer, dentro do prazo de 10 dias, sobre se a denúncia deve ser ou não julgada objeto de deliberação. Dentro desse período poderá a comissão proceder às diligências que julgar necessárias ao esclarecimento da denúncia.
O Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitou quatro mandados de segurança contra a decisão do Senado Federal, em 2016, no processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), de aplicar apenas a sanção de perda do cargo, sem que ela perca os direitos políticos. As ações foram julgadas na sessão virtual encerrada em 22 de setembro.
Os mandados de segurança foram apresentados pelo PSDB e os extintos PSL e DEM, e pelos ex-senadores Álvaro Dias e José Medeiros. Eles questionam o rito adotado pelo Senado, com votações separadas para a perda do cargo por crime de responsabilidade e a perda de direitos políticos.
Segundo as ações, a Lei do Impeachment (Lei 1.079/1950) teria sido aplicada de forma inadequada, e as duas sanções deveriam ser analisadas em votação única. Com a manutenção dos direitos, Dilma pôde disputar as eleições para o Senado em 2018.
Em seu voto, a presidente do STF, ministra Rosa Weber (relatora), entendeu que, embora os partidos políticos sejam legitimados para defender interesses coletivos da sociedade, o mandado de segurança não se coaduna com alegação de hipóteses ou conjecturas – de que o resultado seria outro se a votação fosse conjunta. Ele exige a demonstração do direito líquido e certo para fundamentar intervenção judicial nos trabalhos legislativos, o que não ocorreu no caso.
A ministra também destacou a inviabilidade da repetição das votações e de substituir judicialmente o mérito da decisão política tomada pelo Senado Federal.
Sobre a separação das votações, a ministra salientou que, ao julgar um mandado de segurança apresentado pelo ex-presidente Fernando Collor contra o prosseguimento do processo de seu impeachment mesmo após sua renúncia ao cargo, o STF entendeu que as sanções são autônomas e considerou constitucional a imposição isolada apenas da pena de inabilitação para o exercício da função pública.
Em relação aos ex-senadores Álvaro Dias e José Medeiros, as ações foram rejeitadas por falta de legitimidade, pois eles já não ocupam mais o cargo e, portanto, não há mais ofensa a suas prerrogativas.
A Comissão de Constituição e Justiça do Senado vai realizar nesta quarta-feira (06) uma audiência pública para debater o projeto de lei 1.388/2023, que sugere um novo rito para os processos de impeachment contra autoridades da República. O projeto, de autoria do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é resultado de propostas apresentadas por uma comissão de juristas instalada no ano passado.
A comissão de juristas foi presidida pelo então ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Ao final dos trabalhos, foi redigida a proposta de nova legislação para substituir a Lei 1.079, de 1950, que define os crimes de responsabilidade e regula o processo de julgamento.
O projeto estabelece, por exemplo, um prazo para que o presidente da Câmara dos Deputados decida se aceita a denúncia por crime de responsabilidade contra o presidente da República. De acordo com o texto do projeto, a denúncia contra um presidente será apreciada preliminarmente pelo Presidente da Câmara dos Deputados no prazo de até 30 dias úteis.
A nova legislação afirma que na apreciação da denúncia, cabe ao presidente da Câmara dois caminhos de decisão: o arquivamento liminar da denúncia, por não preencher os requisitos jurídico-formais; ou a submissão da denúncia à deliberação da Mesa. No caso do silêncio do presidente da Câmara após finalizado o prazo legal, será considerado o indeferimento tácito, com o consequente arquivamento da denúncia.
Outra novidade do projeto é a possibilidade de denúncia de crime de responsabilidade por partidos políticos, sindicatos e pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O PL 1.388/2023 também mantém a possibilidade de o cidadão poder oferecer denúncia contra as autoridades.
A atual Lei de Crimes de Responsabilidade permite que qualquer cidadão denuncie o presidente da República ou um ministro de estado por crime de responsabilidade na Câmara dos Deputados. Basta que o cidadão assine a denúncia com firma reconhecida e apresente documentos que comprovem a acusação. O PL 1.388/2023 afirma que o pedido deve preencher os requisitos da iniciativa legislativa popular. No âmbito federal, a Constituição exige a assinatura de um por cento dos eleitores, distribuídos por pelo menos cinco estados da Federação. Em cada um deles, é preciso no mínimo três décimos dos eleitores.
Um outro ponto do projeto é a ampliação do rol de autoridades sujeitas a processos de impeachment. Além do presidente e do vice-presidente da República, podem ser denunciados por crime de responsabilidade:
- ministros e comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica;
- ministros do STF;
- membros dos conselhos nacionais de Justiça e do Ministério Público;
- procurador-Geral da República;
- advogado-geral da União;
- ministros de tribunais superiores;
- ministros do Tribunal de Contas da União (TCU);
- governadores e vice-governadores;
- secretários de estados e do Distrito Federal;
- juízes e desembargadores;
- juízes e membros de tribunais militares e tribunais regionais Federais, Eleitorais e do Trabalho;
- membros dos tribunais de contas de estados, Distrito Federal e municípios; e
- membros do Ministério Público da União, dos estados e do Distrito Federal.
O projeto tipifica uma série de novos crimes de responsabilidade cometidos por autoridades do Estado. No caso do presidente da República, eles são divididos em cinco grandes áreas. Uma das novidades é a seção exclusiva para crimes contra as instituições democráticas, a segurança interna do pai?s e o livre exerci?cio dos poderes constitucionais.
Entre esses crimes estão: usar de violência ou grave ameaça contra seus membros ou ainda violar as imunidades e prerrogativas que lhes são asseguradas pela Constituição; divulgar, direta ou indiretamente, por qualquer meio, fatos sabidamente inverídicos, com o fim de deslegitimar as instituições democráticas; atentar, por meio de violência ou grave ameaça, contra os poderes constituídos; decretar estado de defesa, estado de sítio, ou a intervenção federal, ou empregar as Forças Armadas em operação de garantia da lei e da ordem, sem a observância dos requisitos constitucionais e legais; praticar quaisquer dos crimes contra o Estado Democrático de Direito, definidos na legislação penal; constituir, organizar, integrar, manter, financiar ou fazer apologia de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; fomentar a insubordinação das Forças Armadas ou dos órgãos de segurança pública.
O texto elaborado pela comissão de juristas também tipifica crimes cometidos por magistrados e comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Entre os militares, passa a ser crime expressar-se por qualquer meio de comunicação a respeito de assuntos político-partidários, incitar ou participar de greve ou motim e realizar ou permitir atividades de inteligência com desvio de finalidade.
No caso dos magistrados, a regra vale para ministros do STF, dos tribunais superiores e do TCU, além de juízes e desembargadores e membros dos tribunais de contas de estados, Distrito Federal e municípios. Entre outras condutas, é considerado crime:
- participar de julgamento sabendo estar impedido;
- exercer atividade ou manifestar opinião político-partidária;
- manifestar opinião sobre processos ou procedimentos pendentes de julgamento;
- receber auxílios ou contribuições de pessoas físicas ou de entidades públicas ou privadas, exceto as destinadas a atividades de cunho acadêmico;
- revelar fato ou documento sigiloso de que tenha ciência em razão do cargo; e
- proferir voto, decisão ou despacho estando fora da jurisdição.
O projeto é relatado na Comissão de Constituição e Justiça pelo senador Weverton (PDT-MA), que ainda não apresentou seu parecer. O senador precisa analisar 58 emendas que foram apresentadas ao projeto. Algumas das emendas de senadores da oposição buscam suprimir trechos do projeto.
É o caso de emenda do senador Rogério Marinho (PL-RN), que foi ministro do Desenvolvimento Regional no governo Jair Bolsonaro. Marinho apresentou emenda para suprimir do projeto o trecho que afirma ser crime de responsabilidade do presidente “divulgar, direta ou indiretamente, por qualquer meio, fatos sabidamente inverídicos, com o fim de deslegitimar as instituições democráticas”.
Para o senador, a tipificação das chamadas “fake news” como um crime de responsabilidade pode, segundo ele, inviabilizar a discussão política de temas relevantes para o País, “além da falta até hoje de parâmetros seguros para a sua devida classificação”. Marinho, em outra emenda, busca fortalecer os parâmetros para garantir aos cidadãos o direito de oferecer denúncia por crime de responsabilidade.
Foram convidados a participar da audiência o ex-ministro do STF, Ricardo Lewandowski, que presidiu a comissão que elaborou o anteprojeto; Luiz Fernando Bandeira de Mello Filho, ex-secretário da Mesa do Senado, atualmente membro do Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Gregório Assagra de Almeida, procurador de Justiça aposentado do Ministério Público do Estado de Minas Gerais e professor da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp); Maurício de Oliveira Campos Júnior, advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC-MG); Heleno Taveira Torres, advogado e professor da Universidade de São Paulo (USP); Pierpaolo Cruz Bottini, advogado e professor da USP; e João Trindade Cavalcante Filho, consultor legislativo do Senado.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, é o parlamentar no ranking de ministros do STF com maior número de pedidos de impeachment no Senado desde 2021.
Segundo O Globo, Moraes, que é responsável pelas investigações dos inquéritos que apuram os ataques de 8 de janeiro e também das ‘fakenews’, já acumula 22 pedidos.
Em 2021, foram protocolados 13 pedidos de impeachment, ano passado foram cinco e outros quatro este ano.
Na lista, Luís Roberto Barroso aparece em segundo lugar. Com 14 pedidos. Sete de 2021, cinco de 2022 e dois este ano.
Em seguida vêm Gilmar Mendes, com cinco, Cármen Lúcia, com quatro, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli e Edson Fachin, com três cada um, Rosa Weber, com dois.
Os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jorge Seif (PL-SC), o deputado Carlos Jordy (PL-RJ) e outros parlamentares de oposição informaram, nesta quarta-feira (19/7), que ingressaram com pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O pedido foi apresentado após o ministro afirmar, em discurso no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira (12/7), que o Brasil derrotou o bolsonarismo.
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“Nós derrotamos a censura. Nós derrotamos a tortura. Nós derrotamos o bolsonarismo para permitir a democracia e a manifestação livre de todas as pessoas”, disse Barroso no evento, em resposta às vaias que recebeu de um grupo de participantes.
O pedido de impeachment do ministro Barroso foi assinado por 15 senadores e cerca de 70 deputados. Os autores do pedido alegaram que o próprio presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), teria feito críticas à declaração do ministro do STF, e prometido avaliar qualquer ação de impeachment que chegasse à Mesa Diretora.
No dia seguinte à declaração do ministro do STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em entrevista coletiva, classificou como “inadequada, inoportuna e infeliz” a fala de Luís Roberto Barroso. Pacheco criticou ainda a presença de Barroso em evento de caráter político.
“A arena política se resolve com as manifestações políticas e a ação dos sujeitos políticos. O ministro do Supremo Tribunal Federal deve se ater ao cumprimento constitucional de julgar o que lhe é demandado”, afirmou.
Na coletiva, no dia 13 de julho, Rodrigo Pacheco destacou que a declaração do ministro provocou reações indignadas de parlamentares, que cobraram uma posição oficial do Senado sobre a questão. O presidente do Senado, entretanto, disse que aguardava uma retratação do ministro do STF em uma iniciativa pela conciliação e pacificação do país.
“Todos nós temos o direito de ter uma fala infeliz em algum momento. Estamos num esforço muito grande de conciliação, de pacificação, de acabar com o ódio e com as divisões. Temos exercido isso no dia a dia para que possamos ter um país próspero, com menos ódio e mais compreensão” afirmou Pacheco.
No mesmo dia, o ministro Luís Roberto Barroso divulgou nota oficial alegando ter sido mal interpretado pelas declarações no Congresso da UNE. O ministro disse que jamais quis ofender os eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro, apenas se referia aos extremistas.
“Utilizei a expressão 'Derrotamos o Bolsonarismo', quando na verdade me referia ao extremismo golpista e violento que se manifestou no 8 de janeiro e que corresponde a uma minoria. Jamais pretendi ofender os 58 milhões de eleitores do ex-Presidente nem criticar uma visão de mundo conservadora e democrática, que é perfeitamente legítima. Tenho o maior respeito por todos os eleitores e por todos os políticos democratas, sejam eles conservadores, liberais ou progressistas", se justificou o ministro Barroso em nota.
Para os parlamentares de oposição, entretanto, o Congresso não pode aceitar a retratação do ministro, e precisa abrir o processo de impeachment para apurar eventual crime de responsabilidade. O líder da oposição na Câmara, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), disse ser necessária uma “ação energética” contra Barroso, por ele ter exercido suposta atividade político-partidária.
“Não cabe retratação para reparar um grave crime de responsabilidade como esse. Se não fizermos nada será o atestado que o crime compensa até mesmo para um ministro do STF. Ele demonstrou desrespeito com a democracia, desrespeito com a Constituição. É um fato cristalino o crime de responsabilidade, e rogamos ao presidente Rodrigo Pacheco que abra a investigação, e não engavete o pedido dessa vez”, declarou Jordy.
“Crime não se resolve com pedido de perdão, não se resolve com retratação”, completou o senador Jorge Seif, que disse ainda que a declaração do ministro Barroso “fere de morte a democracia”.
O pedido de impeachment apresentado pela oposição requer a adoção de sete providências:
- O recebimento da presente denúncia pela Mesa do Senado Federal, acompanhada dos documentos anexos;
- Que a Mesa do Senado Federal determine imediatamente a leitura da denúncia no expediente da sessão seguinte;
- Que a Mesa do Senado Federal envie a denúncia à Comissão Especial, eleita para analisar a procedência das denúncias;
- Que a Comissão Especial decida pela procedência das acusações;
- A intimação do Denunciado, Ministro do Supremo Tribunal LUÍS ROBERTO BARROSO, para se manifestar sobre as acusações;
- Que o Senado Federal processe e julgue os crimes de responsabilidade ora imputados ao Denunciado;
- A decretação da perda do cargo do Denunciado, com a consequente inabilitação para o exercício de função pública pelo prazo de 8 (oito) anos, nos termos do art. 52, parágrafo único da Constituição Federal.
Segundo o Regimento Interno, não há prazo para que o presidente do Senado decida sobre o pedido de impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal. Cabe ao presidente do Senado decidir pelo recebimento e seguimento da denúncia, após consulta à Advocacia da Casa.
Em 2023, Senado já recebeu 6 pedidos de impeachment de ministros do STF; Moraes lidera requerimentos
O Senado já recebeu seis pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023. O recordista é o ministro Alexandre de Moraes, com quatro pedidos. Há também pedidos de impeachment contra os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso. Os dados foram obtidos pela coluna de Igor Gadelha do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O único pedido que conta com assinaturas de senadores é o contra Barroso, protocolado após o ministro dizer, em evento da UNE (União Nacional dos Estudantes) que “derrotamos o bolsonarismo”.
As demais petições foram protocoladas por cidadãos comuns, sem mandato. Em um dos requerimentos contra Gilmar, a alegação também envolve Moraes, alvo preferido da militância bolsonarista.
No caso, o autor alega que seria necessário “restabelecer a ordem” no STF e que isso só seria possível com o impedimento de um dos ministros que chancelam as decisões do presidente do TSE.
Em 2022, o Senado recebeu 11 pedidos de impachment contra ministros do Supremo. No ano anterior, 2021, o número foi bem maior: foram 24 petições.
Nesta sexta-feira (17), senadores protocolaram um pedido de impeachment do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF). O motivo seria por ter amizade com o advogado Cristiano Zanin, que defende Lula em algumas ações.
O pedido é assinado por um grupo que reúne os senadores Eduardo Girão (Novo-CE), Styvenson Valentim (Podemos-RN), Carlos Heinze (PP-RS), Plínio Valério (PSDB-AM) e Carlos Viana (Podemos-MG). O ex-senador Lasier Martins (Podemos-RS) também assina o documento.
Segundo a petição, o ministro deveria ter se declarado suspeito no julgamento do STF que retirou os casos da Lava Jato envolvendo o presidente da Vara Federal de Curitiba. “Uma vez havendo esses destaques fáticos, Luís Roberto Barroso deveria ter se julgado suspeito, não contrariando o estabelecido no Código de Ritos e, de outra sorte, se eximindo de qualquer suspeita das partes”, dizem os senadores no pedido.
O grupo de senadores alega que Barroso deveria ser impichado por não se declarar suspeito em outros casos. Dentre eles, ao julgar como magistrado temas relacionados ao aborto e à descriminalização de drogas.
Diretor de filmes como “Bacurau”, “Aquarius” e “O Som ao Redor”, o premiado cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho foi criticado pela classe jornalística após chamar Miriam Leitão de “completa imbecil” nas redes sociais.
“Querida Miriam, você é uma completa imbecil. Tenha vergonha”, escreveu Mendonça no Twitter, ao compartilhar um comentário da jornalista sobre os atos de direita realizados no 7 de Setembro, em favor do presidente Jair Bolsonaro e com ataques às instituições, sobretudo o Supremo Tribunal Federal (STF).
Querida Miriam, você é uma completa imbecil. Tenha vergonha. https://t.co/o4c78tYd3E
— Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) September 7, 2021
“Fica claro que manifestações são livres, são parte da democracia. Nós reconquistamos o direito de manifestação exatamente quando no fim do governo militar. Mas estas específicas manifestações foram convocadas com uma pauta antidemocrática. É pra atacar um dos Poderes, principalmente o Poder Judiciário, para atacar as bases da nossa democracia”, dizia Miriam, no vídeo.
A bronca do cineasta se dá porque parte da esquerda - ala política da qual ele se identifica - considera que a jornalista apoiou a derrubada de Dilma Rousseff (PT), em 2016, e avalia o impeachment da petista como um “golpe”.
Após o comentário de Kléber Mendonça, colegas rechaçaram o comportamento do artista pernambucano. “Miriam Leitão, uma das maiores jornalistas do Brasil, tem o meu apoio total e irrestrito. Um ataque desses diz muito sobre que ataca e nada sobre quem é atacado”, escreveu Lauro Jardim, colunista do O Globo.
O filho de Míriam, Matheus Leitão, que é colunista da revista Veja, também rebateu o diretor: “Kleber, você é tão insignificante que não merece resposta. Ainda assim, como filho mais novo da Miriam, e com o imenso orgulho que tenho da trajetória construída por ela, lhe digo: você é tão covarde quanto o Bolsonaro e seus asseclas radicais”. Ascânio Seleme, do O Globo, também disparou: "Não troco um cacho de cabelo da Miriam Leitão por 100 Kléber Mendonça Filho".
Edu Carvalho, colunista do Uol Ecoa e Maré de Notícias, também comentou o incidente, mas desceu o tom. "Kleber, eu tenho esperança de você ser um homem inteligente - pelo menos sua obra o põe nesse lugar. Respeito, respeito e respeito. Esta é a palavra que deve ser norte, em tudo. Lembre-se disso. E peça desculpas. Abraços”, escreveu.
Conhecido opositor do governo federal, o escritor Paulo Coelho fez duras críticas à adesão do campo democrático brasileiro aos protestos organizados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) contra o presidente Jair Bolsonaro, neste fim de semana.
“Que não ocorra a nenhuma pessoa de bom senso juntar-se com esses idiotas do MBL na manifestação que programam para domingo”, declarou o artista, por meio de sua conta oficial no Twitter.
O escritor afirma ainda que os integrantes do MBL “adoram posar de bons moços, mas são Aécios travestidos”, em referência ao deputado Aécio Neves (PSDB-MG), apontado pela esquerda como responsável por ajudar a derrubar Dilma Rousseff (PT), eleger Bolsonaro e promover a instabilidade no país.
“Fizeram um imenso mal ao país. Não esqueçam isso”, alertou Paulo Coelho, sobre o MBL. Ele previu também que os atos do domingo vão “flopar feio e a direita vai dançar em cima” e publicou uma foto de Arthur do Val, integrante do MBL, armado e ao lado de Eduardo Bolsonaro durante a campanha eleitoral de 2018. “Olha a foto do Mamãe [Arthur do Val, conhecido pelo pseudônimo “Mamãe Falei”]… Vocês acham que um cara desse muda?”, questionou.
Que não ocorra a nenhuma pessoa de bom senso juntar-se com esses idiotas do MBL na manifestação que programam para domingo.
— Paulo Coelho (@paulocoelho) September 9, 2021
Adoram posar de bons moços mas são Aecios travestidos
Fizeram um imenso mal ao país.
Não esqueçam isso
Em evento virtual, artistas e organizações sociais entregaram ao Congresso, nesta quinta-feira (15), um manifesto com mais de 30 mil assinaturas reivindicando a abertura do impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Participaram do ato "Artistas e Sociedade Pelo Impeachment" repersentantes do setor cultural e da sociedade civil organizada, além de políticos de oposição.
Ao final do evento, foi lançado oficialmente o clipe da música “Desgoverno”, de autoria de Zeca Baleiro e Joãozinho Gomes. O registro audiovisual contou com a participação do próprio Zeca, além de nomes como Camila Pitanga, Aílton Graça, André Abujamra, Andrea Horta, Bárbara Paz, Denise Fraga, Dira Paes, Ellen Oléria, Elisa Lucinda, Julia Lemmertz, Letícia Sabatella, Luis Miranda, Marco Ricca, Matheus Nachtergaele e Zélia Duncan.
Veja o clipe:
Assim como o afastamento da petista Dilma Rousseff ganhou as páginas de um livro escrito por Eduardo Cunha (saiba mais), o impeachment do ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel também será contado em uma obra literária.
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, no jornal O Globo, a publicação, no entanto, será editada pela Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Rio, que fará uma compilação de documentos e peças processuais mais importantes do processo que levou à queda do gestor, desde a denúncia até a decisão final.
Depois de ser condenado por corrupção e lavagem de dinheiro e ter a prisão revogada em abril deste ano (clique aqui), o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, organiza uma noite de autógrafos para lançar o livro escrito na cadeia, sobre o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o evento de lançamento da obra “Tchau, Querida” será realizado no dia 9 de junho, em Brasília, no espaço Pátio Galeria de Arte, no shopping Pátio Brasil.
No livro, Cunha responsabiliza Michel Temer, Rodrigo Maia e Baleia Rossi pelo afastamento de Dilma (clique aqui) e acusa o ex-deputado federal baiano José Carlos Aráujo de tentar extorqui-lo, pedindo R $3 milhões para livrá-lo do processo no Conselho de Ética que acabou culminando na cassação do seu mandato (saiba mais).
Os atores Sônia Braga, Andrea Beltrão, Glória Menezes, Tarcício Meira e Renata Sorrah são alguns dos artistas que preparam um novo manifesto pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro a ser lançado no próximo dia 30 de abril.
"A democracia, hoje, não é uma abstração, é uma afirmação da cidadania e uma convocação à vida", afirma o texto, que também tem a assinatura dos cantores Chico Buarque, Chico Cesar e Mart'nália.
"O Congresso Nacional tem em seu poder mais de cem processos de impeachment aguardando apreciação. Nós convidamos a nação brasileira a um pleito único, urgente e fundamental para que tenhamos a possibilidade de enxergar um futuro através da discussão pública e ampla do processo de impugnação do atual mandato da presidência da república", continua o manifesto.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, batizado de "Artistas pelo Impeachment", o pedido será lançado em uma transmissão ao vivo nas redes sociais.
A lista de artistas, escritores e produtores culturais que subscrevem a petição inclui ainda Djamila Ribeiro, Dudu Bertholini, Eliane Brum, Emicida, Francis Hime, Gregório Duvivier, Ivan Lins, Jeferson De, José Celso Martinez Correa, Laís Bodanzsky, Liniker, Márcia Tiburi, Marcos Palmeira, Mônica Iozzi, Patrícia Pillar, Paula Lavigne, Ruy Guerra, Silvio Tendler, Zezé Polessa, Ailton Graça, Ailton Krenak, Anna Muylaert, Antônio Pitanga, Aroeira, Caco Ciocler, Camila Pitanga, Cecília Boal, Claudia Abreu e Daniela Thomas.
A Justiça determinou a penhora dos direitos autorais referentes ao livro “Tchau Querida, o Diário do Impeachment”, de autoria do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, que foi condenado a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
De acordo com informações da coluna de Ancelmo Gois, a decisão é da juíza Virginia Lúcia Lima da Silva, da 20ª Vara Cível do Rio de Janeiro.
A obra em questão traz os bastidores do movimento pelo afastamento de Dilma Rousseff da presidência, a exemplo do papel crucial de Michel Temer como “militante mais atuante e importante” na derrubada da petista (saiba mais aqui e aqui).
A atriz Alice Braga criou uma conta no Twitter nesta terça-feira (19). Em sua primeira publicação, a protagonista de "A Rainha do Sul" afirmou que a justificativa para fazer o perfil na rede se deu por um motivo especial: conclamar pelo impeachment do presidente Jair Bolsonaro.
"Não tinha Twitter até hj. Mas quis finalmente entrar aqui pra dizer: #ImpeachmentBolsonaroUrgente", pediu a artista.
Não tinha Twitter até hj. Mas quis finalmente entrar aqui pra dizer: #ImpeachmentBolsonaroUrgente
— Alice Braga (@AliceBraga) January 19, 2021
Apesar de ser novata na plataforma, Alice já acumulava, na tarde desta terça, mais de 8 mil seguidores. O seu perfil também foi verificado pelo Twitter.
A brasileira é conhecida pela atuação em mais de 30 filmes e atrações televisivas, dentre eles, clássicos do cinema nacional como "Cidade de Deus" e "Cidade Baixa", além de produções de Hollywood ("Eu sou a Lenda" e "Os Novos Mutantes").
Em um livro lançado em outubro, Michel Temer (MDB) conta sua versão do período em que ocupou a presidência do Brasil e os bastidores da política que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff (PT), em 2016. A obra foi escrita a partir de entrevistas concedidas pelo ex-presidente ao filósofo Denis Rosenfild.
De acordo com informações do Estadão, na obra “A Escolha, Como um Presidente Conseguiu Superar Grave Crise e Apresentar Uma Agenda Para o Brasil” Temer revela que manteve contato com militares, como o general Eduardo Villas Boas, e o chefe do Estado Maior da Força, general Sérgio Etchegoyen, entre entre 2015 e 2016, antes do afastamento da petista da presidência.
O livro revela que os militares temiam que Dilma tentasse modificar a Lei da Anistia e outros temas que constavam do Programa Nacional de Direitos Humanos-3, de 2009, e também tinham receio de que o PT mudasse os trâmites para o acesso de oficiais ao generalato e a formação dos militares nas academias. Diante destes temores, os militares teriam se aproximado e participado de vários encontros com Temer, enquanto ele ainda era vice da petista.
Na obra, o ex-presidente volta a rechaçar a alcunha de golpista, negando ter conspirado para derrubar Dilma. Segundo ele, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha (MDB), foi o responsável pelo impeachment, pelo fato do PT ter lhe negado apoio. “O que aconteceu é que o PT agrediu muito o presidente da Câmara e, em face dessa agressão, ele não teve outra alternativa”, afirmou.
Além de negar ter tramado para ocupar a presidência, ele disse ter buscado conciliação nacional ao assumir o cargo. “Chamei os partidos logo que as coisas aconteceram e disse: ‘Vocês me indiquem nomes que eu vou examiná-los para verificar se eu os aprovo ou não’. Pretendo forma uma espécie de quase semi-presidencialismo”, disse.
Artistas e celebridades endossaram o pedido de impeachment de Jair Bolsonaro protocolado por deputados do Psol, após o presidente descumprir protocolos contra o coronavírus e incentivar o contato físico em meio à pandemia.
Segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, o ator Caio Blat, os cantores Chico César, Leoni, Maria Rita, Edgard Scandurra e o youtuber Felipe Neto assinaram o documento, que já tinha apoio de nomes como Zélia Duncan, Vladimir Safatle e Gregorio Duvivier.
Ainda de acordo com a publicação, o grupo conta com a adesão de mais de 200 figuras públicas, que entraram como co-autoras do pedido protocolado pelos deputados do PSOL Fernanda Malchionna (RS), Sâmia Bomfim (SP), David Miranda (RJ) e Luciana Genro (RS) na semana passada.
Além do pedido de impeachment, os parlamentares lançaram também uma petição online pró-impedimento do presidente, que até a manhã da última quinta-feira (26) reunia cerca de 750 mil assinaturas.
A Netflix lançou nesta quarta-feira (5) o primeiro trailer do documentário "Democracia em Vertigem", da cineasta Petra Costa, que aborda o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O longa estreia no dia 19 de junho na plataforma de streaming e também em algumas salas de cinema selecionadas pela empresa.
De acordo com a sinopse oficial do documentário, ele será: "um alerta em tempos de democracia em crise. Neste retrato de um dos períodos mais dramáticos da história do Brasil, o político e o pessoal estão entrelaçados. Através de relatos de seu completo passado familiar e acesso sem precedentes a líderes do passado e do presente - incluindo os ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff, a cineasta Petra Costa (Elena) análise a ascensão e queda desses governantes e a consequente polarização de uma nação".
Confira o trailer:
“O Processo”, filme que mostra o andamento do impeachment da ex-presidente Dilma Roussef, venceu o prêmio de melhor longa, um dos mais importantes do Festival Internacional de Documentários da Suíça. De acordo com informações do Uol, o longa foi dirigido por Maria Augusta Ramos, que acompanhou a petista por vários meses em Brasília, durante o processo de deposição dela. Sem realizar entrevistas ou intervir nos acontecimentos registrados, foram praticamente 450 horas de material para utilizar na produção. O filme ao ser transmitido na mostra Panorama do Festival de Berlim, segunda mais importante do evento, foi escolhido pelo público do evento como o terceiro melhor documentário. O filme estreou mundialmente em fevereiro, e chega aos cinemas do Brasil no dia 17 de maio.
Autor da canção original, Gilberto Gil elogiou o trabalho de Marcelo Adnet, após a exibição de uma paródia da música “Realce” no programa "Tá no ar: a TV na TV", da TV Globo, na última terça-feira (10). “Contundente versão do querido Marcelo Adnet pra minha música ‘Realce’. Fui surpreendido como todos vocês quando a assisti essa semana no programa ‘Tá no Ar’”, escreveu o cantor e compositor baiano em suas redes sociais, nesta quinta-feira (12). A versão em questão recebeu o título de "(Não seja) Reaça" e é uma crítica aos reacionários - os “reaças” -, pessoas resistentes às transformações da sociedade e apegadas a princípios ultraconservadores. “Reaça/ Reaça/ Se a liberdade termina é pior/ Reaça/ Vê um corpo desnudo / E acha um insulto/ Para a família brasileira/ Reaça/ Não seja reaça/ Reaça/ Não seja reaça/ Reaça / Não seja reaça/ Reaça / Não seja reaça", diz parte da paródia, que ganhou um clipe com imagens de momentos marcantes na história do país e do mundo. Dentre os registros estão a truculência na ditadura militar, a luta contra o apartheid, os manifestantes paneleiros, a votação pelo impeachment de Dilma Rousseff, o projeto escola sem partido e a promulgação da Constituição por Ulysses Guimarães.
Confira o vídeo da paródia:
Acostumado a curtir as férias ou o fim de semana na capital baiana, Gustavo Mendes reencontra a plateia soteropolitana com o espetáculo "Ainda mais Atrevido”, em cartaz nesta sexta-feira (9) e sábado (10), às 21h, no Teatro Jorge Amado. “Eu tenho uma relação aqui de vir quando estou de folga, passar o fim de semana. E eu sou apaixonado por Salvador, pela comida baiana. É a segunda melhor comida do mundo”, declara o ator, para quem a cozinha mineira é a vencedora absoluta. “Não dá pra competir com a comida de mamãe”, explicou, em tom debochado, justificando sua predileção. Para o irreverente Gustavo Mendes, o riso é o remédio para todas as coisas, e é dessa forma que ele atua no palco e na vida real, inclusive nas entrevistas. “O humor é bom pra tudo. Desde simplesmente fazer rir, pra fazer pensar...”, defende. “O humor é o KY social, ele faz penetrar mais fácil assuntos difíceis, dolorosos, veiúdos e com glandes imensas”, acrescenta, afirmando que o riso facilita até o entendimento de temas mais espinhosos. “Um assunto que às vezes é delicado de você tratar em um ambiente mais sério, mais técnico, que o povo não vai entender ou não vai se interessar em ouvir, o humor tem essa função, de fazer penetrar suavemente”, diz.
Para a apresentação, o comediante entra com o mesmo espírito descontraído e garante que o público verá tudo que espera dele: “tem eu contando piada, fazendo stand up, sempre de cara limpa, fazendo as imitações, e tem música ao vivo”, adianta. “Esse show fala sobre a busca da felicidade. Tem começo, meio e fim. Ele trata desse assunto, passa por depressão, etc.. Eu queria que fosse um espetáculo que houvesse gargalhada do começo ao fim, momentos de gargalhada a cada seis segundos, um atrás do outro. E chega o momento em que o público se surpreende, se emociona e volta a gargalhar. Eu queria trazer esse misto de sentimentos”, explica Mendes, revelando que além da “montanha-russa de emoções”, a apresentação em Salvador pode contar com algumas surpresas, como a inclusão da imitação de Roberto Carlos cantando “Lepo Lepo”, hit do Psirico. “Eu acho que é bom resgatar. Tem tanto tempo que não faço, mas aqui seria um bom lugar pra fazer de novo”, revelou. “Pode entrar também na ‘Popa da Bunda’...”, deixou no ar.
Confira a performance de Gustavo Mendes imitando Maria Bethânia:
Outra representante baiana que também deve aparecer é Maria Bethânia, uma de suas imitações mais famosas. Ele, que disse nunca ter encontrado problemas com as personalidades homenageadas, inclusive tendo feito amizade com a maioria, relatou sua admiração pela irmã de Caetano Veloso e fez algumas revelações. “Não conheci ainda Bethânia, e também tenho um pouquinho de medo. O pessoal falou assim: ‘não, é que a Bethânia é meio brava’. Eu perguntei isso pra uma pessoa que a conhece, e ele disse: ‘não, não é não, é só quando ela toma uma cervejinha’. Aí eu vi um documentário dela que ela falou que acorda 10h30 da manhã e às 11h já começa a tomar uma cervejinha. Então é o dia todo, e aí lascou! (risos)”, contou o humorista. “Eu queria ser mais magro, eu tento emagrecer a vida inteira porque um dia eu quero fazer cosplay de Bethânia, sério. Eu tenho uma peruca ótima, igual de cabelo, que eu comprei, cara, mas o corpo... nunca vou caber num corpete”, acrescentou.
Veja a "Dilma Rousseff" de Gustavo Mendes:
Mas nem só de imitações do campo da música é formado o trabalho de Gustavo Mentes. Em tempos de polarização no país, o artista decidiu se posicionar politicamente contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, que é também uma das personalidades encarnadas por ele no palco. “Eu acho um pouco perigoso sim. Se eu pudesse não fazer, talvez não faria, porque seria muito mais confortável para o artista ficar em cima do muro. Só que justamente pela polarização gigante, e por eu não ter sangue de barata, não tem como eu não me posicionar”, argumenta. “Eu acho que o lugar de cima do muro, principalmente para o comediante que fez carreira em cima de política, opinião, e tal, é incoerente, então é muito difícil não me posicionar. E é claro que uma posição, independente de qual seja, vai desagradar alguém. Mas na época tinha uma coisa assim, quem era contra o impeachment achava que eu era a favor, quem era a favor, achava que eu era contra. Então eu tinha o ódio de todo mundo e o amor de ninguém. Eu apanhava dos dois lados. Uma hora eu tinha que me posicionar”, acrescenta o ator, que segue com suas imitações à ex-presidente Dilma e hoje encarna também a primeira-dama “Marcela Fora Temer”. Além de seu trabalho no teatro e na internet, Gustavo Mendes comanda ainda dois programas no Multishow, "Treme Treme" e "Xilindró".
SERVIÇO
O QUÊ: Gustavo Mendes - "Ainda mais Atrevido”
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 9 e 10 de março, às 21h
ONDE: Teatro Jorge Amado – Salvador (BA)
VALOR: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Em uma das cenas inéditas de “Sense8”, um detalhe passou despercebido ou foi intencionalmente liberado pela edição da série, que estreou oficialmente sua segunda temporada nesta sexta-feira (5). Em uma passagem, gravada durante a Parada do Orgulho LGBT, realizada em São Paulo, no ano passado, aparece uma mensagem de protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff. No cartaz está escrita a palavra “Golpe”, mas a letra “O” é substituída pelo símbolo da Rede Globo, aludindo a uma suposta atuação da emissora na queda da então presidente. O irônico é que as imagens da série no Brasil foram capturadas pela O2 Filmes (clique aqui e saiba mais), produtora associada à Globo.
Veja o vídeo do encontro:
O abaixo-assinado defende que a base jurídica para o afastamento de Dilma "é amplamente questionável" e que há "evidências convincentes" de que o processo foi motivado pelo interesse dos promotores em tirar o foco das investigações nas quais estão envolvidos. "Se este ataque contra suas instituições democráticas for bem sucedido, as ondas de choque negativas irão reverberar em toda a região", ressalta a carta (leia o texto aqui).
Confira o vídeo:
Foto: Reprodução / Instagram Regina Duarte
De acordo com o UOL, quando os artistas ainda estavam no topo das escadas, o diretor do festival, Thierry Fremaux, pediu para que a equipe do evento filmasse os cartazes. Em entrevista à agência AFP antes da premiação, Sônia comentou a situação política do Brasil. "Eu moro nos Estados Unidos, mas também no Brasil, tenho família e amigos lá e penso que o que está acontecendo, a manipulação da tomada do poder, tem que ser exposto ao mundo inteiro", afirmou. A atriz vive a protagonista de "Aquarius" no papel de uma crítica de música aposentada que briga com um empresário que quer demolir seu prédio para construir um novo empreendimento.
Presente no festival no domingo (15), o cineasta pernambucano Fellipe Fernandes também criticou o afastamento da presidente, chamando o ato de golpe. "Falei que um golpe de Estado havia acabado de se concretizar no Brasil e que quando voltássemos para casa estaria no poder um governo ilegítimo, machista e elitista. E que nesse momento o cinema era uma de nossas armas de resistência e que nós iríamos resistir", declarou Fernandes à EBC. O cineasta foi representa o filme "O Delírio é A Redenção dos Aflitos" que integrou a mostra Semana da Crítica (leia mais aqui).
O Ministério da Cultura foi agregado ao Ministério da Educação, na última quinta-feira (12), pelo presidente interino Michel Temer. A pasta será gerida por Mendonça Filho (DEM-PE). Também presente na ocupação, o deputado Luiz Sérgio Nóbrega de Oliveira (PT-RJ) se posicionou em apoio ao movimento. “Todo governo que assume em decorrência de um golpe tem um viés autoritário e nós já estamos aqui com pacotes e mais pacotes de viés autoritário, mas nenhum deles expressa mais concretamente o viés autoritário do que a extinção do Ministério da Cultura”, ressaltou o político.
O deputado afirmou ainda que o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, que também foi extinto, representam demandas da sociedade organizada. “Ele não nasce da cabeça do presidente, ele nasce da organização da sociedade que pleiteia esses ministérios pra construir com o movimento políticas afirmativas e nós somos testemunhas da importância desses ministérios para aqueles que estavam envolvidos nesta luta das mulheres, do negro, dos direitos humanos e, em particular, da cultura”, acrescenta o parlamentar. O discurso comum do grupo na Funarte é de resistência. A ocupação tem tempo ilimitado e o grupo está organizando um revezamento para que todos os dias tenham pessoas para dormir na Fundação. Veja o vídeo:
O grupo lembra os avanços conquistados pelo ministério desde sua instituição em 1985, passando por um fortalecimento em 2003 com a gestão de Gilberto Gil até o período mais recente, sob gestão de Juca Ferreira. "A sociedade civil passou a ser ouvida por meio de instâncias que ganharam maior representatividade, como os Conselhos Estaduais de Cultura e os Colegiados Setoriais. Além disso, políticas específicas se tornaram o diferencial para agentes culturais que labutam em setores como patrimônio cultural, audiovisual, literatura, museus, populações quilombolas, indígenas, dentre tantos outros de igual importância", pontuam. O conselho ressalta que neste momento as vertentes artísticas precisam se manter unidas para evitar futuros cortes de investimento. "O momento, no entanto, não pode ser de esmorecimento e desânimo. Os diversos setores produtivos da Cultura precisam de unificação ao fortalecer uma reivindicação: não aceitar retrocesso nas políticas culturais", afirmam, ressaltando que o diálogo precisa estar centrado nas demandas culturais.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Patrícia decidiu falar sobre Cuba pela recente abertura política do país. "O Obama foi para lá. A Chanel está indo para lá", exemplificou. A estilista decidiu deixar de lado o histórico comunista do pais. "Não pensei na Cuba política. Pensei na sua beleza e nas suas mulheres. Não quero que o Brasil se transforme em uma Cuba. Trabalho com liberdade. A moda precisa de liberdade. A imprensa precisa de liberdade. A criatividade precisa de liberdade. A imprensa precisa de liberdade. A criatividade precisa de liberdade. Apesar de nunca ter sido muito política, este momento pede posicionamento", defende. Para Patrícia, a saída da presidente do governo vai contribuir para o progresso do Brasil. "Estou apaixonada pelo Sergio Moro. Eu casaria com o Moro amanhã. E eu me apaixonei pelo Cunha no dia da votação do impeachment. Temos de dar um basta nisso", enfatizou.
Confira as declarações do brasileiro:
Com as diversas expressões de protesto por parte do público em shows e espetáculos, Criolo conta que não houve sequer uma apresentação sua sem que a plateia se expressasse politicamente através de coros ou de cartazes, mas criticou a "chuva de ódio" gerada com a polarização da sociedade. "É muito louco isso, porque foi criado um ambiente de ódio, de rancor, tão absurdo que as pessoas passam por cima e parece que não estão vendo uma construção de fortalecimento, que algumas pessoas sugerem, de homofobia, xenofobia, racismo, de achar normal esse abismo social que a gente vive", lamenta.
Para o rapper paulista, há quem se beneficie com a expansão da crise enquanto a população carente sofre as consequências desse cenário. "Tem corrupção no governo e fora, todo mundo sabe disso, todos os partidos políticos têm. Agora, os caras fizeram uma manobra monstra e que se exploda a favela. Que morra todo mundo: acho que é isso que passa na cabeça dos caras, talvez com um pouco mais de poesia e vernáculo mais apurado", analisou.
POXA,CHEGUEI AGORA DA PIZZARIA COM UM GRITO TRAVADO NA GARGANTA; EU EU EU ,O PT SE FUDEU! QUE ALEGRIA!
— Lobão (@lobaoeletrico) 18 de abril de 2016
TEREMOS OBRIGAÇÃO DE ZOAR ESSES POBRES-DIABOS PARA TODO O SEMPRE! EH EH EH EH
— Lobão (@lobaoeletrico) 18 de abril de 2016
BOM DIA,MEUS QUERIDOS AMIGOS!NADA MAIS SERÁ COMO ANTES! O POVO BRASILEIRO GANHOU A SUA REDENÇÃO!
— Lobão (@lobaoeletrico) 18 de abril de 2016
VIVA O POVO BRASILEIRO!
Pelos discursos dos deputados, percebi que hoje está sendo aprovado o processo de impeachment do Estado Laico.
— Leoni (@Leoni_a_jato) 18 de abril de 2016
Uma semana com muita arte para tod@s para curar a ressaca política.
— Leoni (@Leoni_a_jato) 18 de abril de 2016
Vou dormir o sono dos justos. Boa noite!
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) 18 de abril de 2016
Falcão diz que Câmara rasgou a Constituição https://t.co/SilE3DOtG2 // Ô, tadinho! Rasgou seu cu, o choro é livre!
— Roger Rocha Moreira (@roxmo) 18 de abril de 2016
Parabens. Vocês venceram. https://t.co/xQEHDpsrmq pic.twitter.com/Rgmh8KRUZS
— Gregorio Duvivier (@gduvivier) 18 de abril de 2016
É uma falsa batalha contra a corrupção. O @LupaNews mostra ocorrências judiciais dos deputados em tempo real. https://t.co/eOyZiPugZf
— Leandra Leal (@leandraleal) 17 de abril de 2016
Que circo de horror!
— Leandra Leal (@leandraleal) 17 de abril de 2016
Nunca os deputados foram tão expostos aos nossos olhos como agora. Que a gente use essas imagens de horror a nosso favor na hora de votar.
— Bruno Mazzeo (@bmazzeo) 18 de abril de 2016
Estou acreditando que isso é só o começo!!! Se Deus quiser! Quero acreditar!!! Ainda não vejo alguém que me represente!
— heloisa périssé (@LoloPerisse) 18 de abril de 2016
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.