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incitadores
A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou mais 150 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro, em Brasília. No grupo, denunciado nesta segunda-feira (20), estão 16 acusados de serem executores e 134 identificados como incitadores dos crimes. Agora, o total de denunciados sobe para 1.187.
O coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, destaca que o trabalho de investigação prossegue e que o objetivo é assegurar a adequada apuração de todos os fatos.
"As denúncias estão sendo elaboradas de acordo com a individualização das condutas e enquadradas na respectiva moldura penal, de forma a permitir que a acusação seja feita de acordo com a gravidade dos atos cometidos pelo denunciado, no contexto e na medida em que foram praticados", comenta.
Os 16 denunciados no âmbito do Inquérito 4.922 foram presos em flagrante no interior do Palácio do Planalto e, após audiência de custódia, tiveram as prisões substituídas por medidas cautelares como o uso de tornozeleiras eletrônicas e diversas proibições com a de manter contato com outros investigados. Recebidas as denúncias pelo Judiciário, essas pessoas responderão, em concurso de pessoas, pelos crimes de associação criminosa armada; abolição violenta do Estado Democrático de Direito (golpe de Estado); dano qualificado contra o patrimônio da União, além de deterioração de patrimônio tombado.
No caso dos outros 134 denunciados, as petições foram apresentadas no Inquérito 4.921, que trata dos incitadores. Todos foram presos em flagrante no dia seguinte aos atos de vandalismo, quando estavam no Quartel General do Exército, na capital federal. Como os demais denunciados, eles foram liberados após audiência de custódia, quando foram impostas medidas cautelares diversas da prisão.
Nesse caso, considerando a busca pela culpabilidade de cada um, essas pessoas responderão, caso a denúncia seja aceita, por incitação equiparada pela animosidade das Forças Armadas contra os Poderes Constitucionais e associação criminosa, cuja pena máxima, em caso de condenação, pode atingir três anos e três meses de reclusão.
A PGR confirma que as investigações prosseguem em relação a outros envolvidos tanto nos núcleos dos executores e incitadores quanto nos de financiadores e agentes públicos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luis Roberto Barroso
"Nada é feito na surdina".
Disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso, ao sair em defesa do ministro Alexandre de Moraes, na abertura da sessão, após reportagem mostrar que o gabinete de Moraes ordenou por mensagens e de forma não oficial a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral para embasar decisões do próprio ministro contra bolsonaristas no inquérito das fake news no STF durante e após as eleições de 2022.