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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

livros

Shopping da Bahia recebe feira de livros com programação cultural para o público infantil
Fotos: Divulgação

De janeiro a março, o Shopping da Bahia recebe a Feira de Livros Letrinha, uma iniciativa em parceria com a editora Pé da Letra, que oferece mais de 2.500 títulos a preços acessíveis, abrangendo diversas faixas etárias. A proposta principal é estimular o hábito da leitura desde a infância, e, para isso, a feira proporciona uma programação variada, incluindo contação de histórias e shows de mágica, realizados aos sábados para entreter as crianças.

 

No próximo sábado (3), o evento contará com a presença do caricaturista Rodrigo Espina, oferecendo desenhos aos clientes que efetuarem compras na feira. A participação na “Caricatura Show", além da aquisição de um livro, depende da disponibilidade de senhas.

 

Ao longo da permanência da Feira Letrinha no centro de compras, os pequenos terão a oportunidade de experimentar mais uma expressão artística por meio da “Pintura Maluca", que promete estimular a imaginação através de uma variedade de cores e misturas. O Mágico Moura também apresentará um espetáculo interativo, repleto de truques, humor e interação com o público.

 

“Nosso intuito é sempre proporcionar experiências culturalmente enriquecedoras para quem visita o Shopping da Bahia. Estamos muito animados em poder facilitar o acesso a diversas obras de maneira gratuita e incentivar a paixão pela leitura. Sabemos o quanto os livros têm poder de transformar mentes e realidades”, declarou Thays Leitão, gerente de marketing do centro comercial.  

 

O evento, idealizado pelo autor James Misse, conhecido por vender mais de 1 milhão de livros, incluindo a coleção de sucesso "Sentimentos e Emoções", teve seu layout desenvolvido pelo designer Marcelo Rosenbaum. Com estrutura a base de madeira de reflorestamento, reforçando a importância da sustentabilidade ambiental, a feira já passou por cidades como Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Goiânia, Brasília, Porto Velho, Amazonas e Belo Horizonte.
 

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Governo de SC proíbe livros como “IT-A coisa”, “Laranja Mecânica” e “Os 13 porquês” em escolas
Foto: divulgação

O governo de Santa Catarina enviou uma lista às escolas públicas do estado pedindo a retirada de 9 livros. O documento logo chamou a atenção por conter nomes bastante famosos, como “IT-A Coisa”, de Stephen King, e “Laranja Mecânica”, de Anthony Burgess, ambos filmes de sucesso. “Os 13 Porquês”, de Jay Asher, que gerou uma série na Netflix, também foi banido.


 

Em nota, a Secretaria de Educação reforçou que não está retirando livros das bibliotecas, e sim redirecionando-os para “melhor adequar as obras literárias às faixas etárias”. “Obras específicas para o público adolescente/adulto tinham sido enviadas pela antiga gestão para escolas com alunos de uma faixa etária menor, como as que apenas têm estudantes do ensino fundamental”, diz o comunicado.

 

O governador Jorginho Mello fez uma publicação criticando “agenda ideológica domina a pauta na educação federal”, citando o ENEM, mas sem falar dos livros. “Aqui em SC estamos preservando nossos valores e investindo pesado no futuro das crianças e dos jovens”, escreveu em um trecho.

 

 

Veja as sinopses dos nove livros proibidos:

 

It: A coisa - Stephen King (Ed. Suma)

Um dos maiores sucessos de Stephen King, autor considerado o “mestre” do terror, It: A Coisa também inspirou adaptações no cinema, mas mais recentes. A primeira foi lançada em 2017 e a segunda, em 2019. Ambas foram produzidas pela Warner.

 

A trama tem início em 1958 e acompanha um grupo de sete amigos que passa a enxergar um ser sobrenatural e maligno que assume, na maioria das vezes, a forma de um palhaço. Trinta anos depois, os protagonistas se reencontram e precisam enfrentar seus medos e “a Coisa” novamente. It: A Coisa é publicado pela Editora Suma.

 

Laranja Mecânica - Anthony Burgess (Ed. Aleph)

Outra obra clássica que ganhou uma versão nos cinemas, Laranja Mecânica dá nome ao que é considerada uma das “obras-primas” do diretor Stanley Kubrick. O livro também é considerado um clássico distópico e retrata um mundo pós-original ao lado de obras como 1984, de George Orwell, Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley, e Fahrenheit 451, de Ray Bradbury.

 

A história foca em uma gangue de adolescentes que comete perversidades e atos de violência em meio a um governo autoritário. O protagonista, Alex, é submetido a um método experimental de recondicionamento de mentes criminosas após cometer um assassinato.

 

O longa de Kubrick se baseou em edições americanas que suprimiram o capítulo final – editores acreditaram que um final sem redenção para Alex é “mais realista”. A edição da Editora Aleph, porém, traz a parte excluída.

 

Os 13 Porquês - Jay Ascher (Ed. Ática)

O livro inspirou uma série na Netflix produzida por Selena Gomez em 2017. A trama narra a história de Hannah Baker, uma adolescente que cometeu suicídio e envia fitas que teriam a ver com a sua morte. A produção do serviço de streaming gerou uma ampla repercussão à época do lançamento, criando campanhas contra o suicídio, o bullying e em prol do enfrentamento da depressão.


 

Donnie Darko - Richard Kelly (Ed. Darkside)

Donnie Darko dá nome a um famoso filme de Richard Kelly, lançado em 2001, mas o livro publicado pela Editora Darkside não é a obra que deu origem ao longa. O livro traz, na íntegra, o roteiro original com detalhes da trilha sonora do filme, que inclui músicas de Tears For Fears e Echo and the Bunnymen.

 

A trama, que se passa na véspera do Dia das Bruxas, conta a história de um adolescente com sintomas de sonambulismo e esquizofrenia. O protagonista escapa da morte após uma turbina de avião cair em seu quarto e passa a ter alucinações com Frank.

 

Ed & Lorraine Warren. Demonologistas. Arquivos Sobrenaturais - Gerald Brittle (Ed. Darkside)

O livro é uma biografia do casal Ed e Lorraine Warren, investigadores paranormais. Os dois ganharam várias versões na cultura pop e foram retratados em longas como Invocação do Mal, Annabelle e Horror em Amityville.

 

A obra, publicada também pela Darkside, promete ser “rico em detalhes como nenhum outro”, já que o autor, Gerald Brittle, teve acesso exclusivo a anotações do casal. Os temas incluem relatos de poltergeists, casas mal-assombradas e possessões demoníacas.

 

Exorcismo - Thomas B. Allen (Ed. Darkside)

 

Exorcismo, escrito pelo jornalista Thomas B. Allen, conta a história real que originou o clássico O Exorcista, de 1973, dirigido por William Friedkin. O autor, que teve acesso ao diário que ajudou no exorcismo que inspirou o longa, narra em detalhes o que aconteceu com Robert Mannheim, um jovem norte-americano de 14 anos. A obra, publicada pela Darkside, chegou a ser elogiada pelo casal Ed e Lorraine Warren.





 

A química entre nós - Larry Young e Brian Alexander (Ed. Best Seller)

 

O livro une o neurocientista e professor de psiquiatria na Emory University School of Medicine Larry Young e o jornalista Brian Alexander para desvendar os “mistérios” do amor. Juntos, os dois fazem um compilado de tudo o que a ciência sabe sobre temas que envolvem amor, paixão e sexo, como atração física, ciúmes e infidelidade. A química entre nós é publicado pela Editora Best Seller.

 

Coração Satânico - William Hjortsberg (Ed. Darkside)

 

Em 1987, o livro chegou a ganhar uma adaptação estrelada por Mickey Rourke e Robert De Niro nos cinemas. A obra, considerada um dos maiores clássicos da literatura dark e o romance mais importante de William Hjortsberg, mistura terror e histórias de detetive.

 

Coração Satânico chegou a ficar uma época fora de catálogo no Brasil, mas voltou a ser publicada pela Editora Darkside em 2017. No livro, o autor une suspense e temas considerados ‘tabu’.


 

O diário do diabo: Os segredos de Alfred Rosenberg, o maior intelectual do nazismo - Robert K. Wittman e David Kinney (Ed. Record)

 

O diário do diabo traz registros de Alfred Rosenberg, figura importante do círculo íntimo de Adolf Hitler. O livro traz detalhes sobre o regime nazista em que Alfred esteve diretamente envolvido. Ele é publicado pela Editora Record.

Editora decide não renovar contratos de livros de Olavo por causa de ataques à democracia
Foto: Reprodução / Facebook

A editora Record decidiu não renovar os contratos firmados com Olavo de Carvalho, referentes aos livros  “O imbecil coletivo” e “O mínimo que você precisa para não ser um idiota”, de autoria do ideólogo e guru bolsonarista.

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles, a decisão se deu por conta do comportamento de Olavo nas redes sociais. Em manifestações online, ele costuma fazer ataques à democracia e propagar discursos de ódio, o que, segundo a editora, vai contra seus princípios editoriais.

 

As duas obras estão entre as mais vendidas do escritor. “O imbecil coletivo” saiu em 1996 e foi relançado dois anos depois pela Record, em nova edição. Já “O mínimo que você precisa saber para não ser um Idiota” foi lançado em 2013.

Dados inéditos apontam crescimento de 46% do mercado editorial no 1º semestre de 2021
Foto: Divulgação

Mesmo em um período crítico para o setor cultural, dados inéditos do Painel do Varejo de Livros no Brasil apontam o crescimento do mercado editorial no país, no primeiro semestre de 2021.

 

De acordo com a pesquisa realizada em parceria entre o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e a Nielsen Bookscan Brasil e divulgada pela coluna de Lauro Jardim, no O Globo, houve um incremento de 46% no volume de publicações vendidas e o aumento de 37% no faturamento, em comparação ao mesmo período do ano passado.

 

Ainda segundo a publicação, neste ensaio de retomada do setor, até 20 de junho foram vendidos 23,3 milhões de exemplares de livros no Brasil, gerando um faturamento de R$ 998 milhões.

Escritora baiana Júlia Grilo lança livro 'Cães'
Foto: Divulgação

A escritora baiana Júlia Grilo lança seu romance de estreia “Cães”. Com orelha escrita pela cartunista Laerte Coutinho e prefácio de Wagner Teles, a baiana define a obra como um romance sobre limiares, sobre o que nos une e o que nos separa, sobre a distância que há entre os homens e os bichos (o homem é ou não é bicho?), e os homens e as mulheres (as mulheres também compõem o que se chama de homem?). A edição ganha uma versão em e-book disponível para pré-venda no perfil da autora.

 

Com uma linguagem densa e fluida, a narrativa, com tons autobiográficos, apresenta o fio cultural que corre como uma herança repassada de geração a geração. O romance passeia pelos ecos coloniais e destrincha os pilares que nos constituem como povo.

Foto:Paula Menezes

 

Em “Cães”, Júlia também entra em territórios da alteridade, questionando a posição da figura feminina nos meios sociais. A autora evidencia seu gosto por intérpretes da dor feminina. “Dizem que eu pareço Clarice, mas acho que dizem isso menos porque nos parecemos e mais porque escrevemos coisas de mulherzinha. Detesto ser mulher, mas a verdade é que sou mulherzinha pra caramba. Sou uma mulherzinha melancólica óbvia pra caramba. E daí? Elena Ferrante também é, e eu a adoro”, provoca.

 

Júlia Grilo nasceu em Salvador e cresceu em Amélia Rodrigues. Atualmente, vive na capital baiana, onde estuda psicologia pela Universidade Federal da Bahia.

Biblioteca Central celebra 210 anos de história, cultura e reconhecimento
Foto: Divulgação

No dia 13 de maio, a Biblioteca Central do Estado da Bahia (BCEB), unidade da Fundação Pedro Calmon, completou 210 anos.

 

A instituição foi parabenizada pelo Conselho Federal Biblioteconomia “Que ela continue fomentando a cultura e o acesso à história nacional por meio da promoção de suas atividades culturais e acadêmicas” e da Federação Brasileira de Associações de Bibliotecários, Cientistas da Informação e Instituições “Desejamos muitos outros anos de vida e de resistência, continuando a ser um espaço público e democrático de acesso à informação”.

 

Segundo o diretor da BCEB Marcos Viana, para o site da Secretaria de Cultura, a biblioteca hoje faz um grande esforço para adaptar e manter serviços importantes ativos, produzindo, dentro do possível, um menor impacto social dentro de sua principal função que é atender a sociedade em suas necessidades de informação, conhecimento, educação e cultura, principalmente.

Ao defender tributação de livros, Receita alega que só rico lê no Brasil
Foto: Divulgação

Depois de Paulo Guedes defender a tributação de livros por considerá-los artigos de luxo consumidos por ricos no Brasil (clique aqui e saiba mais), a Receita Federal divulgou um documento a respeito da fusão de PIS/Cofins em um único tributo, em consonância com a alegação do ministro da Economia do governo de Jair Bolsonaro.

 

De acordo com informações do Estadão, o documento “Perguntas e Respostas” da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) foi atualizado na terça-feira (6) pela área da Receita responsável pela reforma tributária e nele o órgão avalia que os livros podem perder isenção por serem consumidos pela faixa mais rica da população brasileira (acima de 10 salários mínimos). 

 

Ainda segundo o jornal, a Receita diz que com a arrecadação a mais o governo poderá “focalizar” em outras políticas públicas. Apesar disso, tributaristas criticam o material, que incorpora interpretações diferentes que não constam no projeto de lei apresentado em 2020. 

 

Se ano passado o projeto rendeu críticas de diversos setores, a atualização do documento da Receita parece ainda mais problemática, pois reitera a medida e tenta dar justificativas controversas para o fim da isenção, concedida a partir da 2014.

 

O órgão argumenta que não foi constatada redução de preço dos livros com a isenção. “Não foi identificada nem correlação entre uma coisa e outra”, diz o texto, que inclui dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) de 2019 do IBGE que apontam que famílias com até dois salários mínimos não consomem livros didáticos, que por sua vez são consumidos por aquelas com renda acima de 10 salários mínimos. 

 

"Neste sentido, dada a escassez dos recursos públicos, a tributação dos livros permitirá que o dinheiro arrecadado possa ser objetivo de políticas focalizadas, assim como é o caso dos medicamentos, da saúde e da educação no âmbito da CBS”, argumenta.

 

A justificativa é problemática e é contestada por especialistas, a exemplo de João Marcelo Borges, segundo o qual a alegação da Receita é elitista e piora a situação de desigualdade no país. “Os livros no Brasil já são caros, o que por si só já afasta as pessoas mais pobre, e torna mais caros”, diz ele, que é pesquisador do Centro de Desenvolvimento da Gestão Pública e Políticas Educacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo Borges, a ideia de tributar mais os ricos se aplica a “iates, helicópteros e outros produtos consumidos pela classe mais alta” e não a livros. “Uma alíquota sobre os livros tende a ficar concentrada nas famílias mais ricas. Mas, por outro lado, dificulta ainda mais o acesso da população à leitura”, acrescenta o especialista.

 

O tributarista Luiz Bichara, por sua vez, diz que o governo está usando uma estatística de uma maneira equivocada e não pode desconsiderar o livro didático, que também será afetado pelo fim da isenção. “Estão usando a estatística como bêbado que usa o poste mais para apoiar do que iluminar”, compara, destacando que este é um caso inédito de projeto de lei reinterpretado sem qualquer alteração no texto. “Têm pontos que através do 'perguntas e respostas' ficam discrepantes do projeto de lei”, critica o tributarista, que defende que a  Receita deveria alterar o PL e não fazer um novo tira dúvidas. 

 

Procurada pelo jornal, a Receita Federal alegou que a atualização se deu conforme o aparecimento de dúvidas e afirmou que o fim da isenção dos livros didáticos poderá ser debatido na tramitação do projeto no Congresso. Além disso, o órgão defendeu que estes itens são comprados e entregues pelo setor público.

Festa Literária Internacional terá nomes como Ailton Krenak e Bel Santos Mayer
Foto: Reprodução / Wikimedia

A "Festa Literária Internacional VivaLivro - Literatura como Acolhimento" acontece de 24 a 27 de março, de maneira totalmente online e gratuita. A programação completa, sob a curadoria de Valéria Pergentino e de Dolores Prades, trará nomes como Goya Lopes, a educadora Maria Isabel Gonçalves, a pedagoga Cybele Amado (diretora do Instituto Anísio Teixeira); o pedagogo e escritor José Eduardo Ferreira Santos (Acervo da Laje) e o pensador, escritor e líder indígena Ailton Krenak.

 

Organizado pela Solisluna Design Editora, em parceria com o Instituto Emília, o projeto tem o apoio financeiro do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura e da Fundação Pedro Calmon (Programa Aldir Blanc Bahia), via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal. 

 

Entre os objetivos do evento estão promover a leitura de obras literárias que abordam temas como migração, diversidade cultural, identidade e outras histórias escritas sobre diferenças, bem como divulgar livros e autores que tratam das questões-chave de visibilidade. 

 

“A Festa Literária VivaLivro nasce da vontade de qualificar as experiências de leitura como espaços para pensar a condição humana e do desejo de criar um lugar de aprendizagem, reflexão e acolhimento de todas as diversidades. É um evento produzido aqui na Bahia, com a marca do nosso povo, mas que abarca sentimentos do mundo todo”, destaca Valéria Pergentino. Dolores Prades completa: “Tem também a questão da formação de leitores críticos, ‘desobedientes’  - como diz Graciela Montes, no livro ‘Buscar Indícios, Construir Sentidos’ -, capazes de saber qual é o seu lugar no mundo. E é isso o que a gente pretende discutir na programação".  

 

Durante quatro dias serão realizadas conversas literárias, oficinas, contação de histórias e lançamentos de livros. Além dos nomes já citados, estão entre os convidados os representantes baianos o nome da professora e escritora Bárbara Carine (Escola Afro-Brasileira Maria Felipa); a psicóloga Claudia Mascarenhas, a jornalista Mira Silva; a cantora e instrumentista Mariana Caribé; a escritora e blogueira Emília Nuñez; e a pedagoga  e escritora Helena Nascimento. Também participam do evento a pedagoga Tereza Cristina Rodrigues Villela (SP); a psicóloga, produtora cultural e escritora Neide Almeida (SP); a coordenadora do Instituto Brasileiro de Estudos e Apoio Comunitário (IBEAC-SP), Bel Santos Mayer; a artista plástica e consultora nas áreas de educação e artes, Stela Barbieri (SP); a jornalista e professora Rosane Borges (SP); e o educador, escritor, jornalista, documentarista e etnomúsico Délcio Teobaldo (MG).  

 

Entre os nomes internacionais estão a peruana Issa Watanabe, ilustradora do premiado livro 'Migrantes'; a escritora chilena Sara Bertrand, vencedora do New Horizons Award Raggazi Bologna (2017), com 'A Mulher da Guarda'; o economista equatoriano Alberto Acosta; o escritor e ilustrador argentino radicado na Espanha, Gusti Rosemfet, que em 2016 recebeu o “Bologna Ragazzi Award”, pelo livro 'Mallko y Papá', ganhador na categoria de livros sobre deficiências; e o escritor ganês Ousman Umar, um dos nomes mais representativos da atual literatura africana. 

Festa Literária Internacional da Praia do Forte 2021 acontece de maneira virtual
Foto: Divulgação

A Festa Literária Internacional da Praia do Forte (FLIPF) vai reunir, entre os dias 24 a 28 de fevereiro, autores consagrados e novos talentos da literatura nacional e internacional. Realizado de maneira totalmente virtual, o evento vai contar com mesas temáticas, apresentações artísticas, lançamentos de livros, saraus, contações de histórias, atividades infantis, oficinas diversas e feira virtual de livros.

 

Esta é a segunda edição da FLIPF. Este ano a festa tem a curadoria do escritor e pesquisador Braulio Tavares. Ao todo, dez mesas temáticas envolvendo escritores, pensadores, ilustradores, editores, com enfoque principal na literatura, fomentando a capacidade de discernimento, de reflexão e de criatividade em todo o público interessado. Já os lançamentos de livros, segundo a organização do evento, serão uma oportunidade para os autores divulgarem seus trabalhos, contar um pouco de suas histórias e suas inspirações.

 

Nesta edição, os espaços virtuais que serão exibidos através do canal da FLIPF no YouTube, além das mesas literárias, as programações paralelas, alcançarão o público onde eles estiverem ampliando ainda mais o acesso aos conteúdos e apresentações. As atividades serão intercaladas com conteúdos sobre a Praia do Forte.

 

Serão cerca de 50 horas de programação e mais de 100 atividades com 10 mesas literárias, 40 lançamentos de livros e conversas com autores, 05 saraus literários e batalha de Slam. Apresentações artísticas de música, artes cênicas e manifestações culturais. Para as crianças, contações de histórias, apresentações artísticas, bate-papos com autores. Também foram programadas oficinas de escrita criativa, produção gráfica e de poesia.

Autor baiano lança 'auto ficção' que debate o sacerdócio e romance sobre dona de bordel
Foto:

Baiano de Boa Novo, localizado na região centro-sul do estado, Pedro Freire Botelho faz sua estreia na literatura com duas obras inéditas, com lançamento previsto para fevereiro. Apesar de saírem ao mesmo tempo, as obras têm enredos diferentes e foram escritas em momentos distintos.

 

Escrito em primeira pessoa, “Atiraste uma pedra” é um romance intimista que relata os obstáculos de um jovem que aspira o sacerdócio e ao mesmo tempo deseja viver plenamente um amor. 

 

Ao longo da história, o leitor conhece as crises existenciais do protagonista ao entrar no Seminário, já que ele faz questionamentos sobre temas como descoberta da sexualidade, amor, intolerância religiosa e conflitos familiares. 

 

Segundo o autor, que deixou o seminário católico no ano 2000, ele se “submerge na auto ficção para criar um jogo inquietante sobre a descoberta da vida” em “Atiraste uma pedra”.

 

Já no segundo livro, “Quero o Valentim, meu bem”, Pedro Freire Botelho escreve sobre Teodora, uma senhora que vive sozinha em sua terra natal, Valentim, Boa Nova, no interior da Bahia. A personagem convive com memórias de um passado turbulento marcado em seu próprio corpo e nas paredes de casa, um bordel sem amor, que segundo o autor  “esconde os gritos de prazer e a violência machista num jogo de espelhos onde é impossível estabelecer em que tempo estamos”.

 

Imersa no passado cheio de “fantasmas”, Teodora tem a rotina modificada com a chegada do neto, Murilo, que passou a morar com ela. Juntos, eles tentam construir uma relação familiar diante dos ressentimentos e lutam para não perder a casa.

 

Nascido em Lagoão-Valentim, Boa Nova, Pedro Freire Botelho deixou o Seminário, onde estudou Filosofia, em 2000. Ele cursou História e fez pós-graduação em Antropologia na Uesb; fez mestrado em Cultura e Memória na Uneb, e atualmente é professor, escritor e produtor cultural. Em 2020 foi premiado no concurso Jorge Portugal com o texto de dramaturgia “Eu vejo suas cores verdadeiras”.

Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil reúne autores e leitores em formato digital
Foto: Divulgação

Acontece entre os dias 30 de março a 1º de abril, das 9h às 19h, a primeira edição da Arte e Identidade - Festa de Arte e Literatura Negra Infantojuvenil. Realizado em formato totalmente digital, o evento busca promover e incentivar a literatura negra desde a infância.

 

A festa literária promoverá a difusão da literatura e da leitura infantojuvenil, com obras com protagonismo negro, e bate papos acerca da formação da identidade e desenvolvimento da autoestima da criança e adolescente negro.

 

As atividades são gratuitas e vão participar escritores, artistas, educadores, pais, crianças e adolescentes. Todo o acesso será por meio das redes sociais e do canal do YouTube.

 

Com tradução simultânea em libras, o evento on-line, contará com rodas de conversa e mesas literárias, contação de histórias, atividades lúdicas, apresentações culturais de artes integradas, oficinas, encontro com autor, lançamento de livros e feira de livros e brinquedos afirmativos.

 

A Festa de Arte e Literatura Negra InfantoJuvenil deste ano tem a produção executiva de Cris Santana e a curadoria de Mazé Lúcio, Cássia Valle e Carol Adesewa.

Mercado de livros vende mais em 2020, mas tem arrecadação 0,48% menor que em 2019
Foto: Divulgação

Mesmo diante da pandemia, o mercado editorial no Brasil em 2020 quase empatou com os números registrados em 2019. 

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, uma pesquisa inédita realizada pela Nielsen Book para o Sindicato Nacional dos Editores de Livros apontou que no ano passado foram vendidos 41,91 milhões de livros. A marca representa um crescimento módico de 0,87% em relação com o ano anterior.

 

Já levando em consideração o dinheiro movimentado na venda de livros, houve uma pequena queda de 0,48%, passando de R$ 1,75 bilhão em 2019 para R$ 1,74 bilhão em 2020. 

Primeira edição da Felica convida nomes internacionais e homenageia autores baianos 
Mabel Velloso é uma das convidadas da Felica | Foto: Divulgação

Acontece, entre os dias 1 e 8 de novembro, a primeira edição da Festa Literária da Caramurê (Felica). O evento terá como tema a esperança e vai homenagear dois autores baianos: o Poeta José Carlos Capinam, que participa junto com seu parceiro Alexandre Leão de um talk show no dia da abertura, e o jornalista e escritor João Carlos Teixeira Gomes, falecido em junho deste ano.

 

A edição deste ano será totalmente virtual e aborda o reforço que a ciência, os direitos humanos, o conhecimento, a cultura e as artes são fortes agentes para construção de um mundo melhor. 

 

“Diante de um mundo repleto de intolerância, o poder do conhecimento e da harmonia são importantes forças em favor do desenvolvimento da humanidade”, comenta Fernando Oberlaender editor da Caramurê que é o idealizador do evento.

 

Com a curadoria do escritor Breno Fernandes, a festa literária já tem  uma programação confirmada repleta de nomes de reconhecimento na literatura local, nacional e internacional como Aleilton Fonseca, Antônio Torres, Cleise Furtado Mendes, Daniel Rebouças, Daniel Gociante Patissa (Angola), Francisco Senna, Humberto Werneck , Itamar Vieira Jr, Lívia Natália, Mabel Velloso, Ruy Espinheira Filho, Vânia Abreu, Saulo Dourado e outros. 

 

Ao todo serão mais de 30 horas de live transmitidas pela YouTube e Instagram. Segundo a organização da Felica, programação completa será divulgada em breve.

ABEU divulga lista de livros universitários finalistas de premiação
EDUFBA é uma das editoras indicadas ao Prêmio ABEU | Foto: Reprodução / EDUFBA

A Associação Brasileira das Editoras Universitárias (ABEU) divulgou a lista de obras finalistas do 6º Prêmio ABEU. Concorrem às oito categorias da premiação livros escritos por editoras de instituições de ensino de todo o país. 

 

Serão escolhidas as melhores obras nos quesitos Ciências Humanas, Ciências Sociais, Ciências da Vida, Ciências Naturais e Matemáticas, Ciências Sociais Aplicadas, e Linguística, Letras e Artes além de Projeto Gráfico, no que concerne ao produto final do processo editorial; e Tradução.

 

Por conta da pandemia de Covid-19, não será realizada a cerimônia presencial para a entrega dos troféus, como de costume. No lugar do evento, os vencedores de cada categoria serão anunciados em uma live transmitida pelo canal da ABEU no YouTube, no dia 26 de novembro, a partir das 19h. 

 

Para Rita Virginia Argollo, presidente da ABEU, "Realizar o Prêmio em um contexto tão adverso, após um ano tão difícil para o mercado livreiro como um todo, e para o universitário em particular, é nossa forma de mostrar o compromisso de nossas associadas com a qualidade editorial. Já não pudemos realizar esse ano nossa Reunião Anual, em maio, mas mantivemos a cerimônia on-line para podermos celebrar e prestigiar o que há de melhor na produção científica das universidades brasileiras."

 

A lista completa de finalistas está disponível no site da associação (veja aqui).

Festival Literário Sul-Bahia terá programação dedicada ao público infantil
Foto: Divulgação

O Festival Literário Sul-Bahia (Flisba), que vai ocorrer nos dias 24, 25 e 26 de setembro (veja aqui) vai ter programação para crianças e jovens. O Flisba, que tem como proposta uma ‘Primavera Literária”, não poderia deixar as crianças e os jovens de fora da programação. Sendo assim, a comissão organizadora estabeleceu a necessidade de ocupar as manhãs do festival com oficinas para jovens/adolescentes e um momento de literatura pra as crianças. Além dessas atividades serão sorteados livros para os participantes.

 

A programação infantojuvenil foi preparada por Luh Oliveira e Geraldo Lavigne de Lemos. Para Luh Oliveira, que é professora da rede pública e privada de ensino, poeta e membro da Academia de Letras de Ilhéus, “a criança de hoje é o leitor/escritor de amanhã. Com isso ,é de fundamental importância a inserção de crianças e jovens no universo literário. O contato com a leitura desenvolve a imaginação, que por sua vez, desenvolve o processo criativo. A leitura é a sementinha para florescer o leitor fluente”.

 

O  Flisba terá a sua programação online transmitida pelo Youtube e o Facebook. As oficinas e as contações de histórias  infantojuvenil vão ocorrer somente pelo Zoom.


As inscrições para as oficinas e as contação de histórias possuem vagas limitadas. Para cada atividade precisa ser feita uma inscrição.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A galerinha jovem mandou o recado sobre a programação infanto-juvenil do Flisba!! Vem com a gente!!

Uma publicação compartilhada por FLISBA (@flisba) em

Celebrando a primavera, Festival Literário Sul-Bahia acontece de maneira virtual
Foto: Divulgação

O Festival Literário Sul-Bahia (Flisba) será realizado este ano no formato digital. Buscando resgatar a obra de Jorge Amado e Adonias Filho, considerados pilares da literatura cacaueira, o evento vai acontecer entre os dias 24 e 26 de setembro e terá como tema a "Primavera Literária", em uma homenagem ao centenário de nascimento de Clarisse Lispector e João Cabral de Melo Neto. 

 

Dentre os objetivos do Flisba está o estímulo a leitura e a difusão dos escritores refionais. Além disso, o festival busca desenvolver a aproximação dos agentes culturais do campo da literatura e promover atividades que exercitem reflexões sobre a cultura, questões ambientais, questões ligadas à diversidade de gênero, uso das redes sociais e tecnologias. 

 

Para Efson Lima, que participa da organização, “o objetivo do Flisba é  ser um espaço de intercâmbio para a promoção da literatura e dos processos criativos dos escritores regionais do sul da Bahia, inclusive, dos novos escritores, bem como dos que estão afastados da terra natal".

 

As mesas literárias vão ocorrer pelas tardes e noites. A transmissão das mesas do evento será pelo Youtube, que será retransmitida para o Facebook. No entanto, as Oficinas Literárias acontecerão no turno da manhã pela plataforma Zoom e terão suas inscrições realizadas de forma antecipada pelo Sympla (confira aqui) com datas a serem divulgadas nas redes sociais do evento. 

 

Sheilla Shew, que também está na organização do evento, o considera que "o Flisba terá uma rica programação, que inclui debates, saraus, slam, exposições editoriais e apresentações culturais, que respeita o legado literário e se soma as revelações dos nossos dias”.

 

A programação do Festival Literário Sul-Bahia contempla ainda o Slam Sul Bahia, que também receberá inscrições. O Edital e o link para as inscrições estão na página de inscrição do Slam (clique aqui). Os vencedores vão receber brindes. As inscrições são gratuitas. Os participantes serão certificados pela participação no Slam.

 

Pesquisa indica que brasileiros estão lendo menos; bíblia segue como livro mais consumido
Foto: Pexels / Pixabay

A pesquisa “Retratos da Leitura”, divulgada nesta sexta-feira (11), indica que os brasileiros estão lendo menos. De acordo com O Globo, o estudo apontou que o país perdeu 4,6 milhões de leitores em quatro anos. Segundo os dados, em 2019 108,7 milhões de brasileiros (56% da população) disseram ter lido pelo menos um livro, inteiro ou em partes. O número é menor do que de 2015, quando 115,9 milhões de pessoas (62%) leram pelo menos uma obra.

 

Apesar da queda, a média nacional de leitura por ano é de cerca de cinco obras por pessoa, anualmente, sendo metade delas lidas integralmente a outra de forma parcial. A pesquisa indicou também que dois em cada três brasileiros que leem costumam deixar o livro antes de concluir, e 28% dizem ler mais de uma obra ao mesmo tempo.

 

Realizado pelo Instituto Pró-Livro em parceria com o Itaú Cultural, o estudo mostrou também que a bíblia é o livro mais lido no país, com 35% da preferência dos brasileiros. Os demais gêneros favoritos no Brasil são contos (22%), livros religiosos (22%), romances (22%) e livros didáticos (16%). 

 

O recorte regional mostrou que o Sudeste teve a maior queda em 2019, passando de 61% em 2015, para 51%. Centro-Oeste e Nordeste também caíram para, respectivamente, 46% e 48% no ano passado. Já o Sul subiu de 50% para 58% e o Norte liderou no percentual de leitura: 63%.

 

A pesquisa considera como leitores pessoas que leram ao menos um livro, inteiro ou partes, nos três meses antes do levantamento dos dados, que ocorreu entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Para o estudo foram feitas 8.076 entrevistas, em 208 municípios de 26 estados.

FGM divulga lista de selecionados do Selo Literário João Ubaldo Ribeiro

A prefeitura de Salvador, através da Fundação Gregório de Mattos (FGM), divulgou nesta sexta-feira (4) a lista de projetos selecionados no edital do Selo Literário João Ubaldo Ribeiro. O projeto, que está na sua terceira edição, tem como finalidade o fortalecimento do campo da literatura na capital baiana. 

 

Através da iniciativa, autores soteropolitanos publicam obras inéditas nas categorias Contos, Crônicas, Dramaturgia, Literatura Infantil, Poesia, Categoria Livre e Romance. Além disso, nas últimas edições, houve a republicação de livros consagrados fora de circulação e a premiação de escritores na categoria Jovem Autor Inédito. 

 

Este ano foram selecionadas pelo Selo João Ubaldo as obras "As Fotos Roubadas", de Breno Fernandes Pereira; "Soprando o Vento", de Tiago Dias Oliveira; "A História do Bicho-Folhagem", de Stael Mamed; "Alimentando as Feras", de Aicha Marques; "A Travessia do Grão", de Paulo Atto Batista dos Santos; "Mexerico nas Esquinas e Buzús de Salvador", de Daiana Soares de Oliveira; "Sobre Quatro Patas Há Um Lugar Seguro", de Maria Aruane Santos; e "Efemêrides", de Márcia Fonseca Monteiro Campos.

'Maioria das pessoas que consome livro tem renda alta', diz Maia ao defender tributação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, que apontou a leitura como um hábito das elites, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mostrou ter uma visão parecida sobre o tema. 

 

De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, durante um evento online promovido pela plataforma de investimentos Apex Partners, Maia defendeu que os deputados aprovem a reforma tributária proposta pelo governo, que passa a onerar o setor editorial. “A maioria das pessoas que consome livro tem renda alta. Como incentivar as pessoas pobres a lerem? Não seria melhor pegar esse dinheiro e colocar em programa como o renda mínima?”, defendeu Maia. 

 

A tributação dos livros, no entanto, tem sido contestada pelo setor editorial e especialistas, já que tais mercados passariam de alíquota zero para o pagamento de 12% com a nova Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que substituiria PIS e Cofins (clique aqui e saiba mais sobre o impacto da reforma tributária no setor editorial). 

 

Em nota oficial, a União Brasileira de Escritores (UBE) fez duras críticas à reforma e ao discurso de Paulo Guedes, agora referendado por Rodrigo Maia. “Mais grave do que a própria proposição é a justificativa do ministro, de que ‘livros são artigos para a elite’ e que o governo os dará de graça aos pobres. Repudiamos esse pensamento retrógrado, alinhado a práticas dos regimes mais nocivos da humanidade, incluindo a queima de milhares de volumes. A triste chama não pode incinerar a memória dos povos. É preciso aprender com a história”, diz a instituição.

Idealizada por Jorge Amado, isenção aqueceu mercado editorial agora ameaçado por Guedes
Foto: Elói Corrêa / GOVBA

Foi o célebre escritor baiano Jorge Amado, enquanto deputado federal, que apresentou uma proposta de emenda à Constituição de 1946 que garantiu a imunidade de impostos para livros, jornais e periódicos. Mantida na Carta de 1988, a iniciativa – que teve como objetivo incentivar o mercado editorial através de isenção fiscal – voltou ao centro das discussões por causa da reforma tributária proposta pelo governo federal e enviada ao Congresso. 

 

Isto porque o ministro da Economia, Paulo Guedes, incluiu o mercado editorial na cobrança da Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que substituiria PIS e Cofins, eliminando as isenções destes tributos vigentes até então. Com a medida, o setor, que hoje tem zero de alíquota, passaria a pagar 12%, assim como o restante dos setores econômicos atualmente tributados entre 3,65% e 9,25% pela União. 

 

Para Angela Fraga, diretora executiva da Fundação Casa de Jorge Amado, criada em 1987 para preservar a obra do escritor e incentivar as pesquisas literárias na Bahia, a medida é um retrocesso. "Acho que a produção literária precisaria de muito mais incentivos do que os que já lhes são garantidos”, avalia. 

 

Diante do forte impacto que a mudança geraria, o setor cultural, em especial o literário, tem se mobilizado contra a proposta do governo. Algumas entidades, a exemplo da União Brasileira de Escritores (UBE), têm feito críticas incisivas e chegaram a apontar a reforma como inconstitucional. 

 

Em um manifesto assinado pelo presidente da UBE, Ricardo Ramos Filho, a instituição destaca que “a alínea D do inciso Vl do Artigo 150 da Constituição do Brasil estabelece ser vetada à União, Distrito Federal, estados e municípios, a instituição de qualquer imposto sobre o livro, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão” e afirma que a proposta de tributar o setor “conspira contra os objetivos de promover o desenvolvimento e aumentar a competitividade do país no cenário global”, já que a Constituição Federal “enfatiza a importância da leitura como instrumento de educação, liberdade, igualdade de oportunidades, democracia e justiça social”.

 


Insenção tributária de livros periódicos e jornais foi idealizada pelo baiano Jorge Amado | Foto: Zélia Gattai / Divulgação Fundação Casa de Jorge Amado

 

A questão é que a manobra do governo se dá dentro da lei, isto porque o setor editorial está protegido da cobrança de impostos, mas não de outros tipos de tributos, como é o caso da CBS proposta por Guedes, além do PIS e do Cofins – que hoje estão zerados por conta de políticas públicas de incentivo que não as estabelecidas na Constituição. 

 

O advogado tributário Rafael Figueiredo afirma que, apesar de ser crítico à proposta, ela não é inconstitucional. “Esse artigo 150 da Constituição, que trata das imunidades, diz que elas são direcionadas apenas aos impostos, e há uma diferença entre impostos e contribuições, são duas espécies de tributos diferentes. Então, não é possível instituir impostos sobre o mercado de livros e impressos, jornais e tudo mais, inclusive até o eletrônico já foi reconhecido no STF”, explica. 

 

“[Os impostos] são uma espécie tributária referente ao que a gente chama, de forma mais técnica, tributos não vinculados, que cobram em razão de uma capacidade contributiva do contribuinte e o Estado não tem nenhuma vinculação com o que vai fazer com aquele dinheiro, que pode ser usado para qualquer coisa”, detalha o advogado, dando como exemplos o Imposto de Renda, IPI e ICMS.

 

Segundo Rafael Figueiredo, a reforma, no entanto, atinge as contribuições sociais, que são outro tipo de tributo. “Elas são tributos cuja arrecadação é destinada a alguma finalidade. Inclusive, no Brasil é bem comum as pessoas brigarem ‘ah, eu pago IPVA e a estrada está esburacada’, mas isso não tem nenhuma relação. O Estado não é obrigado a gastar o dinheiro do IPVA para consertar rodovia ou tapar buraco. É diferente, por exemplo, da taxa de resíduos sólidos domiciliares, a taxa de lixo. Essa daí é um tributo vinculado, utilizado para custear o serviço de coleta de lixo domiciliar”, exemplifica, lembrando que a arrecadação de PIS e Cofins é destinada à assistência e seguridade social.

 

O advogado explica ainda que a proposta do governo apenas une as duas contribuições (PIS e Cofins) criando uma única, a CBS, que não é um imposto e, portanto, não se enquadraria na imunidade prevista em cláusula pétrea. “Temos dois tipos de desoneração. A imposta na Constituição, que é a imunidade, essa daí ninguém pode mexer, só se mudarem a Constituição. Mas no âmbito infra-constitucional, nas leis ordinárias, podem ser instituídas o que a gente chama de isenções, que são uma faculdade do ente tributante”, compara, lembrando que hoje está vigente a isenção para o PIS e Cofins sobre os livros. “Então, além de não pagar os impostos, ICMS, imposto de renda e tudo mais, também não paga PIS e Cofins por causa da isenção que existe na lei. Esta isenção pretende ser revogada por esse projeto da CBS e não tem nenhuma nova isenção ou algo parecido. Ou seja, hoje quem não paga nada teria que pagar a alíquota que foi proposta na reforma, de 12%, que é altíssima”, alerta. 


 

CALIBRAGEM 
Apesar de ser uma manobra legal, a medida tem impacto expressivo - e negativo - em diversos setores, talvez ainda mais no editorial. Segundo o advogado Rafael Figueiredo, a alíquota proposta pelo governo “já é um problema por si só”, que fica ainda mais grave para aqueles que hoje estão isentos e são “jogados” dentro da reforma. 

 

Para o baiano Saymon Nascimento, fundador da pequena editora Bissau Livros, a reforma pode significar um grande risco ou até o fim do negócio, que já vem passando por dificuldades por causa da pandemia (saiba mais). “No caso das editoras pequenas, que ainda não têm a escala das maiores empresas e trabalham com tiragens menores, o preço [dos livros] é naturalmente mais alto. A gente não consegue imprimir um livro, por exemplo, pelo mesmo preço que uma editora grande, já que naturalmente o papel custa uma coisa para quem faz mil livros, como eu, e outra coisa para quem imprime 30 mil. Eu não tenho como absorver isso sem passar para o preço de capa. O resultado é simples: eu elitizo o livro, e, caso não consiga vendê-lo a um preço mais alto num cenário de crise como o atual, quebro”, afirma. “Penso que isso vai diminuir o tamanho do mercado, diminuindo inclusive a democratização de vozes ocorrida nos últimos anos com o surgimento de novas editoras, mais plurais. É algo ruim sob todos os aspectos”, avalia o baiano.

 


Pequenas editoras como a Bissau Livros, do baiano Saymon Nascimento, podem quebrar com a aprovação da reforma | Foto: Arilson Almeida / Divulgação

 

De uma forma mais abrangente, o advogado tributarista explica que também para aqueles que não têm isenção a reforma traz impactos muito fortes. Segundo Figueiredo, atualmente existem dois sistemas de arrecadação de PIS e Cofins: cumulativo e não cumulativo. No primeiro, o empresário paga 3,65% sem direito a crédito. “Quando você compra alguma coisa tributada pelo PIS e Cofins, aquilo não te dá direito a crédito. É o que a gente chama de cumulativo. Sobre o que eu vender, 3,65% de débito de tributo e ponto”, detalha. Já no outro sistema, não cumulativo, a alíquota é de 9,25%, dando direito a crédito nas aquisições de insumos. A crítica do advogado é que com a CBS todos pagarão os mesmos 12%, e provavelmente não poderão repassar as novas despesas ao consumidor final, já bastante afetado pela crise.

 

Rafael lembra ainda que a reforma de Guedes não abrange a tributação nos âmbitos municipais e estaduais, ou seja, além do valor já alto cobrado pela União, os empreendedores ainda devem se preocupar com as demais contribuições e os impostos cobrados para os que não estão isentos. Segundo Rafael, existem inclusive alternativas mais complexas e robustas em discussão no parlamento, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 45, que inclui estados e cidades, mas ela encontra resistência de governadores e prefeitos para ser aprovada.

 

 

LIVRO COMO PRODUTO DE ELITE
Se o impacto econômico por si só já era motivo para forte reação do setor cultural, a justificativa do ministro Paulo Guedes para a tributação dos livros gerou ainda mais mal estar. 

 

“Mais grave do que a própria proposição é a justificativa do ministro, de que ‘livros são artigos para a elite’ e que o governo os dará de graça aos pobres. Repudiamos esse pensamento retrógrado, alinhado a práticas dos regimes mais nocivos da humanidade, incluindo a queima de milhares de volumes. A triste chama não pode incinerar a memória dos povos. É preciso aprender com a história”, defendeu a União Brasileira de Escritores (UBE), em nota oficial. Segundo a entidade, o acesso à leitura “jamais deve ser privilégio, mas uma prerrogativa de toda a população”, destacando que todos os brasileiros, incluindo os de baixa renda,”têm o direito de escolher o que querem ler e não podem ficar sujeitos às doações de livros pelo poder público, pois tal paternalismo implica instrumentalizar os conteúdos conforme a orientação político-ideológica do governo de plantão”.

 

Não faltaram manifestações, entre abaixo-assinados, hashtags e campanhas em defesa do livro, nas quais criticam e ironizam as afirmações do ministro da Economia do governo Bolsonaro, consideradas como preconceituosas e ignorantes. 

 

Além disso, de forma mais concreta, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou uma proposta de Emenda à Constituição (PEC), nesta terça-feira (18), na tentativa de impedir a cobrança de tributos para livros, jornais e periódicos, assim como o papel destinado à impressão. “A CF proíbe a cobrança de impostos, estamos estendendo isso a todos os tipos de tributos”, explicou o senador, em sua conta no Twitter. “Investir em armas e taxar livros é um projeto. Precarizar a Educação serve para eles que querem a manutenção da desigualdade social, das injustiças. As prioridades do Governo não condizem com a realidade do nosso povo! Bolsonaro é sinônimo de retrocesso!”, protestou Randolfe.

 

Veja algumas manifestações contra a proposta do governo:

UBE repudia Reforma de Paulo Guedes: 'Acesso à leitura jamais deve ser privilégio'
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A União Brasileira de Escritores (UBE) emitiu uma nota oficial assinada por seu presidente, Ricardo Ramos Filho, nesta sexta-feira (12), para se manifestar contrária à Reforma Tributária proposta pelo governo federal. 

 

A proposta do ministro da Economia, Paulo Guedes, que chegou associar o consumo de livros à elite, prevê a tributação de 12% sobre bens e serviço, que incidiria no setor editorial. 

 

“Leitura é direito e não privilégio. A alínea D do inciso Vl do Artigo 150 da Constituição do Brasil estabelece ser vetada à União, Distrito Federal, estados e municípios, a instituição de qualquer imposto sobre o livro, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão”, diz o manifesto, destacando a importância da leitura como “instrumento de educação, liberdade, igualdade de oportunidades, democracia e justiça social”.

 

Segundo a UBE, “a proposta de incluir a tributação do livro na reforma tributária, sinalizada pelo ministro Paulo Guedes, da Economia, conspira contra os objetivos de promover o desenvolvimento e aumentar a competitividade do País no cenário global”, já que para alcançar estas metas seria preciso capacitação profissional, além de formação técnica, cultural e acadêmica, “desafio inviável sem o acesso amplo à leitura”.

A instituição classificou ainda a fala de Guedes de que "livros são artigos para a elite" e que o governo os dará de graça aos pobres como “mais grave” do que a própria proposta de Reforma Tributária. “Repudiamos esse pensamento retrógrado, alinhado a práticas dos regimes mais nocivos da humanidade, incluindo a queima de milhares de volumes. A triste chama não pode incinerar a memória dos povos. É preciso aprender com a história”, diz a nota, destacando que “o acesso à leitura jamais deve ser privilégio, mas uma prerrogativa de toda a população”.

 

Para o presidente da UBE, a alternativa do ministro é perigosa, observando que “os cidadãos de baixa renda têm o direito de escolher o que querem ler e não podem ficar sujeitos às doações de livros pelo poder público, pois tal paternalismo implica instrumentalizar os conteúdos conforme a orientação político-ideológica do governo de plantão”.

 

O manifesto destaca ainda o dever do Estado de prover obras didáticas para as escolas, a partir de seleção “de modo democrático e autônomo, por colegiados de professores, como vem sendo feito com sucesso em nosso país há muitos anos” e defende o “reço justo do livro, de modo que ele possa remunerar adequadamente todos os envolvidos na cadeia produtiva e seja viável a todas as classes sociais” (clique aqui e confira o documento completo).

Com temor de reforma tributária, setor pede que papel usado em livros siga sem imposto
Foto: Divulgação

Diante do avanço das negociações para a implementação da reforma tributária no Brasil, entidades ligadas ao setor literário se uniram para pedir que a isenção de impostos para o papel usado na impressão seja mantida.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o setor decidiu se mobilizar porque a proposta do governo federal encaminhada ao Congresso prevê uma nova tributação no valor de 12% sobre bens e serviços que atinge também os livros.

 

Ainda segundo a publicação, o manifesto é assinado pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros, pela Câmara Brasileira do Livro e pela Associação Brasileira de Editores de Livros Escolares. As entidades defendem que a isenção é necessária para manter os livros acessíveis como fonte de educação, crescimento intelectual e difusão da cultura.

Mercado editorial teve queda de 20% desde 2006; só venda de livros religiosos cresceu
Foto: Divulgação

Um levantamento da Câmara Brasileira do Livro e pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livros constatou que o mercado editorial do Brasil encolheu 20% entre os anos de 2006 e 2019, mesmo com o crescimento de 6% nas vendas do ano passado.

 

A pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro mostra que o pequeno aumento nas vendas em 2018 não foi suficiente para repor a perda acumulada nos últimos 14 anos de atividade editorial no país, especialmente a partir de 2015, com a crise econômica acentuada.

 


(clique na imagem para ampliar)

 

De acordo com o estudo, o subsetor mais afetado é o  de livros Científicos, Técnicos e Profissionais (CTP), com queda de 41%. O subsetor Obras Gerais também teve uma queda acentuada no período, totalizando 34%.

 

O subsetor Didáticos, por sua vez, apresentou uma queda real nas vendas ao mercado (sem contar com as aquisições do governo) de 23%. Se levada em consideração a venda ao governo, que representa 50% do faturamento da área, a queda é menos acentuada, de 8%.

 

O único subsetor que registrou resultado positivo nos últimos 14 anos foi o de livros religiosos, com aumento tímido de 2%. A pesquisa completa está disponível online (clique aqui).

Jair Oliveira, Marcelo Rubens Paiva e Tadeu Jungle discutem impacto da Covid na Cultura
Foto: Divulgação

O cantor e compositor Jair Oliveira convida o escritor Marcelo Rubens Paiva e o cineasta Tadeu Jungle para um bate-papo, nesta sexta-feira (19), a partir das 18h, com transmissão no canal do podcast NumaNYCe no YouTube (clique aqui).

 

Durante a live, eles vão discutir os impactos e as oportunidades acentuadas pelo novo coronavírus nos mercados de livros e audiovisual. Criado por Jair Oliveira e Paulo Castilho com produção da S de Samba, o podcast conta entrevistas semanais sobre atualidades, com a participação de personalidades de diversas áreas.

Baiano de 12 anos dono de perfil sobre livros sofre racismo: 'Orgulho de ser negro'
Foto: Reprodução / Instagram

O jovem Adriel Oliveira, de 12 anos, baiano de Salvador e dono de um perfil sobre literatura no Instagram (clique aqui), ganhou apoio de diversos internautas após sofrer ataques de racismo na internet. O fato, que aconteceu no dia 27 de maio, foi compartilhado na rede social e o pequeno leitor respondeu a altura os insultos. 

 

De acordo com o G1, um perfil que não foi identificado se referiu a Adriel como “porco gordo”. A pessoa por trás da página também disse que “achava que preto era para estar cavando mina, não lendo” e que Adriel “foi criado para ser pobre e preto”. 

 

Após conselho da mãe, a promotora de vendas Deise Oliveira, o garoto expôs o print dos insultos e rebateu: “As vezes penso: ‘Esse mundo não tem salvação’, mas aí eu lembro dos leitores. Pode até me insultar, mas me insulta direito e com as formas adequadas de escrita. Aprende a escrever, cara. Isso não é um insulto, e sim um conselho. E em pleno século 21, pessoas ainda são racistas? Atualizem-se. Insultos acabam com o psicológico de pessoas fracas, esse tipo de coisa não me abala em nenhum ponto. Aliás, tenho orgulho de ser negro". 

 

Adriel que está cursando o 7° ano do ensino fundamental é dono da página “Livros do Drii”, criada em 2019. Por lá, ele compartilha informações sobre os livros que lê, faz resenhas críticas sobre as obras e dá dicas de bons livros para leituras. O perfil, que antes era acompanhado por apenas 250 páginas, já alcançou mais de 417 mil seguidores. 

 

Entre os milhares de seguidores estão famosos como a campeã do “BBB 20”, Thelminha Assis, que mandou uma mensagem de carinho para Adriel: “Meu querido! Que página linda você tem e que orgulho de ter ver transmitindo tanta educação e conhecimento para as pessoas. Esse é o caminho, tá?! Não permita que nenhum tipo de ofensa racista possa te magoar ou atrapalhar os seus objetivos. Somos muito mais fortes do que eles pensam, conte comigo”. 

 

A modelo Gisele Bündchen também marcou presença nas postagens de Adriel e incentivou que ele prossiga com o projeto na internet. “‘O Pequeno Príncipe’ é um dos meus livros favoritos! Adorei sua página! Continue sendo esse menino especial e dividindo cultura com todos nós”, escreveu. 

 

Já Fernanda Paes Leme felicitou o garoto pela iniciativa não só pela paixão pelos livros, como também por dividir seu conhecimento com outras pessoas. “Adriel, que menino especial você é. Ler não ocupa espaço e você ainda divide essa sabedoria! Parabéns!”, disse a atriz. 

 

Entre outros famosos que estão acompanhando o trabalho de Adriel estão o autor de novelas Walcyr Carrasco, os atores Érico Brás, Fabiula Nascimento, Rafael Zulu e Fábio Scalon, além de empresas ligadas a serviço de streaming e venda de livros, como também perfis que são dedicados a literatura. 

 


Adriel sofreu injúria racial após perfil enviar mensagens ofensivas no Instagram | Foto: Reprodução / Instagram

 

Editora Panini disponibiliza livros gratuitos em plataformas digitais durante quarentena
Foto: Reprodução

Diante do isolamento social imposto para conter o novo coronavírus, a Editora Panini disponibilizou gratuitamente uma série de conteúdos em plataformas digitais para entreter e incentivar a população a se manter em casa.

 

A iniciativa prevê o acesso de 20 livros, que podem ser baixados no Kindle (Amazon), Kobo Rakuten e Google Play, até o dia 1º de abril.


Confira a lista de títulos disponíveis:
· Aoharaido - vol. 1
· Assassination Classroom - vol. 1
· Bleach - vol. 1
· Coleção Histórica Marvel: O incrível Hulk v. 1
· Coleção Histórica Marvel: Wolverine v. 1
· Coleção Histórica Marvel: X-Men v. 1
· Deadpool Clássico - vol. 1
· Demolidor - v. 1
· D.Gray-Man - vol. 1
· Homem-Aranha e Deadpool v. 1: Corrida armamentista
· Jessica Jones v. 1: afastada
· Nisekoi - vol. 1
· One Piece - vol. 1
· Ore Monogatari!! - vol. 1
· Os Vingadores: tempo esgotado v. 1
· Surpreendentes X-Men - v. 1
· The Walking Dead - vol. 1 - Dias Passados
· Tokyo Ghoul - vol. 1
· Toriko - vol. 1
· Venom v. 1: De volta ao lar

Busca por livros citados por Alberto e Paloma em 'Bom Sucesso' cresce 15%
Imagem: TV Globo

No ar desde julho na faixa das 19h da TV Globo, "Bom Sucesso" é sucesso de crítica pelo texto dos autores Rosane Svartman e Paulo Halm. A novela faz na TV uma ode à literatura clássica por meio do encontro entre dois apaixonados por literatura: a costureira Paloma da Silva, vivida por Grazi Massafera, e o editor Alberto Prado Monteiro, vivido por Antônio Fagundes.

 

Fato é que, para além da boa avaliação perante a crítica e o público, o folhetim alcançou outro feito: um levantamento feito pela plataforma de comércio eletrônico Zoom indica que o aumento nas buscas por títulos citados na novela chega a 15%.

 

A pesquisa foi feita pela empresa a pedido do portal Extra, do Grupo Globo. A ideia era prestar uma homenagem ao Dia Nacional do Livro, celebrado nessa terça-feira (29).

 

O resultado mostrou ainda que o campeão de alta nas buscas foi "O Mágico de Oz", de L. Frank Baum, que foi uma das primeiras obras a aparecer, geralmente em cenas de Alberto com a neta Sofia (Valentina Vieira).

 

Protagonista da novela, Fagundes comemorou a notícia. "É maravilhoso. Isso prova a força que a televisão aberta tem. Ao contrário do que alguns gostam de dizer, que ela não é mais relevante. E a novela está falando de literatura para as pessoas", destaca o ator. Ele conta que, diante da repercussão da trama, a emissora criou também um podcast, o "Clube da Leitura por Antônio Fagundes". No programa, disponível nas plataformas de áudio, o ator faz indicações de literatura.

 

Autores da novela, Rosane e Halm também comentaram o fato. Para ela, esse efeito é justamente a "ambição" ou o "sonho" dos dois ao escrever esse texto.

 

A dupla ressalta que os livros citados buscam dialogar com o momento vivido pelas personagens, além de ajudar a compreender a essência de cada um deles. "Marcos é Peter Pan, Nana revive com seu pai o drama de "A bela e a fera", Alberto tem como seu companheiro inseparável o personagem Dom Quixote de La Mancha, de Cervantes. Além dos livros, também citamos poemas, trechos de músicas, filmes... Isso é uma coisa que fazemos desde 'Malhação'", lembra o autor. 

 

Ele e Rosane já atuaram como parceiros em outras produções como “Totalmente Demais”, novela protagonizada por Marina Ruy Barbosa, Felipe Simas e Fábio Assunção. A trama foi ainda indicada ao Emmy Awards 2018.

Inscrições para autores participarem do Selo Literário João Ubaldo Ribeiro são abertas
Foto: Max Haack / Secom PMS

Com o lançamento do Selo Literário João Ubaldo Ribeiro - Ano II nesta semana, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) anuncia a abertura das inscrições para a terceira edição do concurso. Para se inscrever, os interessados devem acessar o site do selo, onde estão disponíveis o edital e a ficha de inscrição. Além disso, é preciso enviar a proposta até o dia 6 de dezembro.

 

Mais uma vez, serão oito obras selecionadas nas categorias conto crônica, dramaturgia, literatura infantil, poesia, romance e livre.

 

Dessa forma, o selo visa incentivar a produção literária na cidade, dando espaço para novos autores e consolidando a produção de autores já consagrados. “Estamos fazendo a nossa parte para estimular a produção e valorizar os nossos autores, publicando e divulgando livros de escritores locais, ajudando na formação de público leitor, enquanto também promovemos a distribuição e a circulação dessas obras”, destacou o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), durante o lançamento da coleção do Ano II, na noite de terça-feira (22).

 

Ele e o presidente da FGM, Fernando Guerreiro, foram algumas das autoridades presentes no evento.

 

Na ocasião, as obras premiadas com a publicação foram o romance O Preferido de Exu, escrito por Antônio de Oliveira Júnior; as narrativas ficcionais “A Paixão dos Suicidas”, de Nívia Maria Silva, e “O Bicho Que Chegou à Feira”, de Marcelo Lima; o conto “Álbum Fabuloso”, de Adelice Sousa; o livro de crônicas “Janelas Abertas”, de Gilka Espinheira; a dramaturgia “Céu de Maracangalha”, de Luciana Comin; o conto infantil “Kanoni”, de Carla Bittencourt; e as poesias de “Manual para Composição de Vitrais”, de Marcus Vinícius Rodrigues.

 

Além de disponibilizar os exemplares para venda, o prêmio também distribui os livros gratuitamente para cerca de 300 bibliotecas das escolas municipais. As obras serão ainda enviadas para os demais estados brasileiros e para bibliotecas públicas baianas, para a Academia de Letras da Bahia, o Gabinete Português de Leitura e as embaixadas dos países lusófonos. Até o final de outubro, os exemplares poderão ser acessados também em formato virtual, disponibilizado no site da FGM.

Selo João Ubaldo Ribeiro lança oito autores baianos nesta terça
Foto: Valter Pontes / SECOM PMS

A fim de abrir espaço para novos talentos e carreiras na literatura baiana, a Prefeitura de Salvador promove mais uma edição do Selo João Ubaldo Ribeiro. Neste ano, oito autores foram consagrados nas categorias drama, crônica, poesia, livre, novela, conto, romance, conto infantil e HQ.

 

Todas as obras premiadas serão lançadas nesta terça-feira (22), no auditório da Fundação Gregório de Mattos (FGM), que é responsável por organizar o prêmio. No local, também haverá distribuição de exemplares dos livros selecionados e sessão de autógrafos dos autores.

 

De acordo com a assessoria de comunicação da gestão municipal, exemplares da Coleção do Ano II do selo serão doados para bibliotecas públicas da capital baiana e do interior do estado. Instituições como a Academia de Letras da Bahia e as embaixadas de países lusófonos também receberão exemplares, com o objetivo de permitir a ampla divulgação das obras.

 

Veja a lista de premiados:

  • Conto: “Álbum fabuloso” - Adelice dos Santos Sousa

  • Crônica: “Janelas abertas” - Gilka Bandeira

  • Poesia: “Manual para composição de vitrais” - Marcus Vinicius Rodrigues

  • Romance: “O preferido de Exu” - Antônio Farias Junior

  • Drama: “Céu de Maracangalha” - Luciana Reis Comin

  • Conto infantil: “Kanoni” - Carla Pinto Bittencourt

  • Livre: “A paixão dos suicidas” - Nívia Maria Santos Silva

  • Livre: “O bicho que chegou a feira” - Marcelo Lima

 

SERVIÇO

O QUÊ: Lançamento da Coleção do Selo João Ubaldo Ribeiro - Ano II

QUEM: Diversos autores

QUANDO: 22/10, às 19h

ONDE: Rua do Couro, na Barroquinha

QUANTO: Entrada gratuita

'O estresse era enorme': R. R. Martin diz que término de Game of Thrones 'foi libertador'
Foto: Divulgação

Meses após a exibição da última temporada de “Game of Thrones”, George R. R. Martin, autor dos livros que inspiraram a série, afirmou que está aliviado com o término.


 “O estresse era enorme. Eu não acho que foi bom para mim, porque exatamente o que deveria me fazer acelerar me atrasou. Eu ficava pensando: ‘Meu Deus, tenho que terminar esse livro’. A série tendo acabado foi libertador”, disse ele, ao jornal The Guardian, em referência a forte pressão sofrida para concluir suas obras. 


R. R. Martin revelou ainda que agora, com menos pressão, segue seu ritmo natural de trabalho. “Tenho bons dias e dias ruins. E o estresse é bem menor, apesar de ainda existir”, contou o escritor, que comentou ainda sobre a insatisfação de parte do público com o desfecho da série. “Você não pode agradar a todos, então, precisa agradar a si mesmo”, defendeu.

'Harry Potter': J.K. Rowling anuncia quatro livros sobre a história da magia
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J.K. Rowling anunciou no perfil do Pottermore no Twitter que está finalizando 4 novos livros baseados no universo de Harry Potter. 

 

Segundo o site Papel Pop, as histórias abordadas nos novos livros servirão como um complemento para os demais lançamentos da saga e estarão centradas em disciplinas clássicas de Hogwarts como Adivinhação, Astronomia, Poções e Herbologia. 

 

 

 

As obras têm como objetivo fazer o leitor voltar no tempo e aprender mais sobre o folclore tradicional e a magia no coração das histórias de Harry Potter. Todos os livros contarão com ilustrações do artista Rohan Daniel Eason. 

 

O lançamento dos dois primeiros volumes “A Journey Through Charms And Defence Against The Dark Arts” e “Potions and Herbology” sera no dia 27 de junho. 
 

Padre polonês pede desculpas após queimar livros de 'Harry Potter'
Foto: Reprodução / Facebook

Um dos responsáveis por promover a queima de objetos e livros como os de “Harry Potter” e “Crepúsculo”, por considerá-los “má-influência” (clique aqui e saiba mais), o padre polonês Rafal Jarosiewicz decidiu pedir desculpas pelo ato.


"Queimar os livros e outros objetos foi um ato infeliz", declarou o religioso, na página do Facebook da fundação SMS z Nieba, que organizou a cerimônia de queima. "Não foi uma questão de zombar de qualquer grupo social ou de qualquer religião e não visava aos livros ou à cultura. Se alguém entendesse meu ato assim, peço sinceras desculpas", acrescentou.

 

 

Por 'má influência' da bruxaria, padres queimam livros de 'Harry Potter' na Polônia
Foto: Reprodução / Facebook

Padres do norte da Polônia queimaram objetos e livros, incluindo alguns da saga “Harry Potter”, para afastar o que consideram forças malignas. De acordo com informações do Estadão, a queima do material aconteceu no último domingo (31), em uma igreja católica de Gdansk.


A fundação católica SMS z Nieba publicou fotos do processo em suas redes sociais, nas quais é possível ver uma estátua budista, uma máscara africana e livros sobre personalidades e magia sendo queimados. Segundo a publicação, o material foi levado por fiéis, incentivados pelos padres, que orientam que as pessoas limpem suas casas da “má influência” dos objetos com “forças malignas”. Na cruzada contra “Harry Potter”, por exemplo, os padres dizem que a obra promove a bruxaria. 

 


Foto: Reprodução / Facebook


A atitude foi criticada por alguns internautas, que compararam o incidente com a queima de livros na Alemanha nazista. Eles destacaram ainda que a ação transmite a mensagem de intolerância e questionaram se os próximos a serem colocados na fogueira seriam as bruxas, como na Idade Média.

‘O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis’, diz presidente da Companhia das Letras
Foto: Reprodução / Facebook

Com os recentes anúncios de pedidos de recuperação judicial das duas principais livrarias do país, a Saraiva e a Cultura, o editor Luiz Schwarcz, presidente do Grupo Companhia das Letras, publicou, nesta terça-feira (26), uma carta na qual comenta a situação dramática da literatura no Brasil. “O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador”, diz Schwarcz, destacando que a realidade do brasil “vai na maré contrária do mundo”. Segundo ele, em nível global, ninguém precisa “salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava”, já que é a “única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave”. No Brasil, no entanto, ele diz que a situação é diferente. “Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado”, pontua.


Luiz Schwarcz destaca ainda que as editoras já vêm diminuindo o número de lançamentos, desistindo de representar autores com vendas mais lentas e demitindo funcionários em todas as áreas. “Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos —gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil”, afirma, lembrando que a crise bateu à porta, inclusive, de sua própria empresa. “Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente”, afirma.


Ele, no entanto, diz que é possível superar a crise e pede o apoio de toda sociedade para a empreitada. “Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros”, afirma, chamando ainda os leitores para a luta: "Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que [...] espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise [...]".

 

Confira o texto completo de Luiz Schwarcz:


Cartas de amor aos livros
O livro no Brasil vive seus dias mais difíceis. Nas últimas semanas, as duas principais cadeias de lojas do país entraram em recuperação judicial, deixando um passivo enorme de pagamentos em suspenso. Mesmo com medidas sérias de gestão, elas podem ter dificuldades consideráveis de solução a médio prazo. O efeito cascata dessa crise é ainda incalculável, mas já assustador. O que acontece por aqui vai na maré contrária do mundo. Ninguém mais precisa salvar os livros de seu apocalipse, como se pensava em passado recente. O livro é a única mídia que resistiu globalmente a um processo de disrupção grave. Mas no Brasil de hoje a história é outra. Muitas cidades brasileiras ficarão sem livrarias e as editoras terão dificuldades de escoar seus livros e de fazer frente a um significativo prejuízo acumulado.

As editoras já vêm diminuindo o número de livros lançados, deixando autores de venda mais lenta fora de seus planos imediatos, demitindo funcionários em todas as áreas. Com a recuperação judicial da Cultura e da Saraiva, dezenas de lojas foram fechadas, centenas de livreiros foram despedidos, e as editoras ficaram sem 40% ou mais dos seus recebimentos —gerando um rombo que oferece riscos graves para o mercado editorial no Brasil.

Na Companhia das Letras sentimos tudo isto na pele, já que as maiores editoras são, naturalmente, as grandes credoras das livrarias, e, nesse sentido, foram muito prejudicadas financeiramente. Mas temos como superar a crise: os sócios dessas editoras têm capacidade financeira pessoal de investir em suas empresas, e muitos de nós não só queremos salvar nossos empreendimentos como somos também idealistas e, mais que tudo, guardamos profundo senso de proteção para com nossos autores e leitores.

Passei por um dos piores momentos da minha vida pessoal e profissional quando, pela primeira vez em 32 anos, tive que demitir seis funcionários que faziam parte da Companhia há tempos e contribuíam com sua energia para o que construímos no nosso dia a dia. A editora que sempre foi capaz de entender as pessoas em sua diversidade, olhar para o melhor em cada um e apostar mais no sentimento de harmonia comum que na mensuração da produtividade individual, teve que medir de maneira diversa seus custos, ou simplesmente cortar despesas. Numa reunião para prestar esclarecimentos sobre aquele triste e inédito acontecimento, uma funcionária me perguntou se as demissões se limitariam àquelas seis. Com sinceridade e a voz embargada, disse que não tinha como garantir.

Sem querer julgar publicamente erros de terceiros, mas disposto a uma honesta autocrítica da categoria em geral, escrevo mais esta carta aberta para pedir que todos nós, editores, livreiros e autores, procuremos soluções criativas e idealistas neste momento. As redes de solidariedade que se formaram, de lado a lado, durante a campanha eleitoral talvez sejam um bom exemplo do que se pode fazer pelo livro hoje. Cartas, zaps, e-mails, posts nas mídias sociais e vídeos, feitos de coração aberto, nos quais a sinceridade prevaleça, buscando apoiar os parceiros do livro, com especial atenção a seus protagonistas mais frágeis, são mais que bem-vindos: são necessários. O que precisamos agora, entre outras coisas, é de cartas de amor aos livros.

Aos que, como eu, têm no afeto aos livros sua razão de viver, peço que espalhem mensagens; que espalhem o desejo de comprar livros neste final de ano, livros dos seus autores preferidos, de novos escritores que queiram descobrir, livros comprados em livrarias que sobrevivem heroicamente à crise, cumprindo com seus compromissos, e também nas livrarias que estão em dificuldades, mas que precisam de nossa ajuda para se reerguer.

Divulguem livros com especialíssima atenção ao editor pequeno que precisa da venda imediata para continuar existindo, pensem no editor humanista que defende a diversidade, não só entre raças, gêneros, credos e ideais, mas também a diversidade entre os livros de ambição comercial discreta e os de ambição de venda mais ampla. Todos os tipos de livro precisam sobreviver. Pensem em como será nossa vida sem os livros minoritários, não só no número de exemplares, mas nas causas que defendem, tão importantes quanto os de larga divulgação. Pensem nos editores que, com poucos recursos, continuam neste ramo que exige tanto de nós e que podem não estar conosco em breve. Cada editora e livraria que fechar suas portas fechará múltiplas outras em nossa vida intelectual e afetiva.

Presentear com livros hoje representa não só a valorização de um instrumento fundamental da sociedade para lutar por um mundo mais justo como a sobrevivência de um pequeno editor ou o emprego de um bom funcionário em uma editora de porte maior; representa uma grande ajuda à continuidade de muitas livrarias e um pequeno ato de amor a quem tanto nos deu, desde cedo: o livro.

Terapeuta brasileiro preso na Rússia já escreveu três livros na prisão
Foto: Reprodução / UOL

Preso há dois anos em Moscou, o terapeuta e professor Eduardo Chianca Rocha, de 67 anos, já escreveu três livros no período. A informação foi divulgada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, que não informou o tema das obras.

 

Chianca chegava à Rússia, em agosto de 2016, para ministrar um curso de terapia alternativa quando foi pego com oito litros de ayahuasca, substância que possui efeito alucinógeno. Acusado de tráfico internacional de drogas, ele afirma que não sabia que o chá era proibido no país.

 

De acordo com a publicação, na semana passada, as autoridades russas permitiram que ele cumpra o resto da pena, que foi reduzida a três anos, no Brasil. Assim, a expectativa é de que ele retorne ao país em outubro.

Escritora americana de suspenses é presa acusada de matar o marido
Foto: Reprodução/ Multnomah County Sheriff's Office

A autora de livros de suspense, Nancy Crampton-Brophy, de 68 anos, foi presa acusada de matar o seu marido, Daniel C. Brophy, de 63 anos. Segundo o portal UOL, ela foi levada para prisão após investigação concluir que ela foi até o local de trabalho do esposo e executou o companheiro com um tiro. 

 

Em junho, mês que aconteceu o crime, ela chegou a publicar, no seu Facebook que lamentava a morte de Daniel. Agora, Nancy vai responder por homicídio e posse ilegal de arma.

 

Nancy Crampton-Brophy é autora de livros como: “The Wrong Husband", "Hell on the Heart" e "The Girl Most Likely To". 

Selo independente lança livros de autores baianos neste sábado no Santo Antônio
Foto: Divulgação

O selo independente treme~terra faz um “lançamentão” de livros de autores baianos neste sábado (4), a partir das 16h, no restaurante Rango Vegan, situado no bairro do Santo Antônio Além do Carmo, em Salvador. Na ocasião, serão lançadas obras de Monique Cavalcante (o fotolivro "Phú Nhu?n"), Rafael Barbosa ("A Civilização do Touro") e Rodrigo Lobo (três primeiros volumes da série "Quem é a Bola?"). Na ocasião, sairá também uma série de cartazes do artista Italo Oliveira (DJ Pivoman), com colagens que buscam recontar, por meio da imagem, as relações entre urbanidade e negritude. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Lançamentos selo treme~terra
QUANDO: Sábado, 4 de agosto, às 16h
ONDE: Rango Vegan – Santo Antônio Além do Carmo – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita

Projeto de incentivo a leitura 'Livres Livros' é lançado em Camaçari
Foto: Ascom/PMC

Duas localidades de Arembepe, em Camaçari, receberam o projeto “Livres Livros”. A iniciativa, que iniciou na última sexta-feira (13), está presente nas Praças Salustiano Santiago de Souza (Amendoeiras) e na Tia Deja (Coqueiros). O projeto tem como foco o incentivo à leitura com a atividade de troca e doação de livros. As minibibliotecas, construídas em formato de casinhas, foram instaladas ao ar livre.

O projeto, idealizado por Raíssa Martins, conta com apoio da Cetrel e recebeu da Secretaria de Cultura (Secult), responsável pela iniciativa em âmbito municipal, o nome de “Vamos Ler Camaçari”. Jucilene Oliveira, uma das facilitadoras da ação, conta que é importante transformar a opinião das pessoas, para que elas criem o hábito de ler: “Sabemos que esse é um trabalho de formiguinha, mas aos poucos vamos mudar a visão de muitos sobre a importância da leitura. Nesse primeiro momento, a aceitação do público foi bastante positiva”.

‘A Elite do Atraso’ e ‘Vá, Coloque um Vigia’ são os livros lidos por Lula na prisão
Fotos: Divulgação

Preso desde o dia 7 de abril na Superintendência Regional da Polícia Federal, em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem usado a literatura para passar o tempo. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o petista levou dois livros para o cárcere: “A Elite do Atraso”, de Jessé de Souza e “Vá, Coloque um Vigia”, de Harper Lee. “Numa época em que a questão das desigualdades racial e social estão, mais do que nunca, no centro de cena – dos grandes veículos de comunicação aos comentários nas redes sociais e até mesmo nas conversas das mesas de bar, onde todos parecem ter uma ideia muito bem definida do que é capaz de construir um país ideal –, o sociólogo Jessé Souza escancara o pacto dos donos do poder para perpetuar uma sociedade cruel forjada na escravidão”, diz parte da descrição da obra de Jessé, lançada em 2017. Já “Vá, Coloque um Vigia” é uma continuação do clássico “O sol é para todos”. O livro mostra o retorno da heroína para visitar o pai na pequena cidade natal de Maycomb, no Alabama, em meados de 1950. Neste contexto o autor aborda os debates sobre segregação racial nos Estados Unidos.

Icba recebe lançamento duplo de escritores baianos
Foto: Divulgação

A biblioteca do Goethe Institute / Icba, situado no Corredor da Vitória, em Salvador, receberá, no dia 5 de dezembro, a partir das 18h30, o lançamento de duas obras de autores baianos, publicadas pela editora Mondrogo: “Adote um maluco”, de Santiago Fontoura e “o espiritismo segundo o google street view”, de Nílson Galvão. A programação do lançamento prevê um breve bate-papo com os autores, seguido da sessão de autógrafos.


Em “Adote um maluco” Fontoura traz uma proposta ousada: de diálogos no Whatsapp, passando pelo roteiro de um documentário, até a forma mais convencional de contar uma estória. Já “o espiritismo segundo o google street view”, ao contrário do que pode parecer, não é uma obra de cunho religioso. O livro de poesia faz parte da Série Horizontes, que já reúne 13 livros de autores da chamada Geração Anos 2000. 

Sebo organiza Sarau com palco aberto para todas as artes
Foto: Divulgação

No próximo domingo (29), o sebo Porto dos Livros, localizado no Porto da Barra, recebe um Sarau. Organizado e apresentado por Lêda Chaves, Jorge Baptista Carrano e Daniel da Cruz, o evento terá microfone aberto para quem quiser se expressar artisticamente através de qualquer linguagem, como poesias, contos ou ainda músicas. O “Sarau do Porto” é gratuito e está marcado para às 17h. 

 

SERVIÇO
O QUÊ: Sarau do Porto dos Livros
QUANDO: Domingo, 29 de outubro, às 17h
ONDE: Porto dos Livros - Porto da Barra - Salvador
VALOR: Gratuito

'Crônicas do Coração': Cardiologista retrata amizade com Jorge Amado em obra literária
Foto: Virgínia Andrade / Bahia Notícias

Depois de publicar livros científicos, o médico cardiologista Jadelson Andrade se prepara para lançar sua primeira obra literária, "Crônicas do Coração". O lançamento oficial acontece no dia 25 de outubro, às 18h, no restaurante Amado, em Salvador. Em 127 páginas, este livro retrata a relação de amizade que o médico cultivou, ao longo dos anos, com o escritor Jorge Amado. Com tiragem inicial de 2000 exemplares, "Crônicas do Coração" é uma obra com forte apelo cultural. Ilustração e capa são assinadas pelo artista plástico Juarez Paraíso, a orelha é de autoria de Mãe Stella de Oxóssi e o prefácio, de Paloma Amado. A edição do livro ficou a cargo da editora baiana Caramurê Publicações.

Flip terá casa em homenagem a Jorge Amado e Saramago
Fotos: Divulgação

A 15ª edição da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), que acontece entre 26 e 30 de julho, contará com uma casa em homenagem ao baiano Jorge Amado e o amigo português José Saramago. A iniciativa, segundo a Folha de S. Paulo, é da Fundação José Saramago em parceria com a Fundação Casa de Jorge Amado, e conta com o apoio do Ministério da Cultura de Portugal. Ainda de acordo com a publicação, a Casa Amado e Saramago receberá autores brasileiros e de outros países lusófonos, além de exposição com fotos sobre os homenageados e o lançamento de um livro de cartas trocadas entre eles. Para jornalista Pilar del Río, diretora da Fundação José Saramago, a casa é uma lembrança da amizade que passava não só pela literatura, mas também pela política, e que foi mantida pela dupla ao longo de anos. 

Autores baianos lançam livros na Cantina da Lua neste sábado
Fotos: Divulgação

Os livros “Saramboke” e “Arresto”, dos poetas baianos Elizeu Moreira Paranaguá e Bernardo Almeida, respectivamente, serão lançados neste sábado (11), a partir das 15h30, na Cantina da Lua, no Pelourinho. As obras são publicadas pela editora paulista Penalux. “Saramboke” traz uma centena de poemas, dentre os quais se destaca o texto homônimo da obra, dividido em 22 cantos, inspirado na infância do poeta em Castro Alves, cidade onde ele nasceu. Já “Arresto”, segundo o escritor, professor e crítico pernambucano, “comunica do humano, demasiadamente humano, e, às vezes, rumora nas entrelinhas algo como: aqui estamos todos imersos em uma brevidade absurda, talvez, sem grandes explicações e saídas”.

Livraria baiana lança selo editorial junto com três obras inéditas
Foto: Divulgação

Com o objetivo de aproximar o público da literatura contemporânea, a livraria soteropolitana Boto-cor-de-rosa lança, neste sábado (11), das 11h às 18h, o selo editorial ParaLeLo13S. Na ocasião serão lançadas três obras: “Contos ordinários de melancolia”, de Luciany Aparecida/Ruth Ducaso; “Pensamentos supérfluos: coisas que desaprendi com o mundo”, de Evanilton Gonçalves; e “Tipografia oceânica”, de Sarah Rebecca Kersley. O evento contará com a presença dos autores, sessão de autógrafos e um bate-papo mediado pelo crítico e professor Antonio Marcos Pereira. O novo selo pretende editar projetos especiais, pontuais, vinculados a pessoas que pensam e atuam na cena literária, artística e intelectual em todo o mundo, embora o foco principal seja a cena brasileira. 

Serviço
O QUÊ: Lançamento do selo ParaLeLo13S com três livros
QUANDO: Sábado, 11 de março, das 11h às 18h
ONDE: Boto-cor-de-rosa livros, arte e café

Livros de Nietzsche, Dan Brown e Paulo Coelho são confiscados no leste da Líbia
Foto: Reprodução / Montagem BN
Oficiais do serviço de segurança do leste da Líbia confiscaram dezenas de livros considerados "eróticos" ou "contra o Islã". Entre os títulos apreendidos, há obras produzidas por Friedrich Nietzsche, Dan Brown, Naguib Mahfuz e do brasileiro Paulo Coelho. De acordo com informações do jornal Folha de São Paulo, escritores e intelectuais do país denunciaram o fato nesta segunda-feira (23). Eles publicaram um comunicado de protesto depois da difusão de um vídeo da direção de segurança da cidade de Al Marj mostrando os livros sendo colocados em um caminhão. No vídeo, um chefe de segurança e religiosos da cidade denunciam uma "invasão cultural" através de livros que também abordam temas como "xiismo, cristianismo e bruxaria". Através de seu perfil no Twitter, Coelho compartilhou o link para fotos dos livros confiscados e afirmou que entrou em contato com a embaixada brasileira no país. "O Islã é uma religião que merece o nosso respeito. Não podemos jugar o povo mulçumano com base nesses fanáticos", salientou.
Governo anuncia criação de 40 bibliotecas em presídios em todo país
Foto: Divulgação
Após reunião entre o ministro da Educação, Mendonça Filho, e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Cármen Lúcia, nesta quinta-feira (12), o governo federal anunciou a negociação para a doação de 40 bibliotecas, com 20 mil livros ao todo, para presídios em todo o País. De acordo com Mendonça Filho, as obras de literatura brasileira e estrangeira serão doadas pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), e, em uma segunda etapa, serão doados também livros didáticos. O cronograma de entrega e os presídios beneficiados serão definidos pela ministra Cármen Lúcia junto aos Tribunais de Justiça dos estados, mas uma nova reunião entre ela e o ministro da Educação foi marcada para a próxima terça-feira (17), para acertar os detalhes desta iniciativa. “À medida que humanizamos as penitenciárias, estamos trabalhando para que os apenados possam ser devolvidos à sociedade em um patamar de recuperação adequado. Ainda há o componente importante da remissão de pena com leitura, que ajuda a desafogar o sistema carcerário”, avaliou Mendonça Filho.
J.K. Rowling envia livros da série 'Harry Potter' para menina síria de sete anos
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A escritora britânica J.K. Rowling presenteou Bana Alabed, uma garota síria de sete anos, com um e-book contendo todos os livros da série Harry Potter. De acordo com informações divulgadas nesta quinta-feira (24) agência de notícias espanhola EFE, Rowling enviou o presente após a mãe de Alabed perguntar através do Twitter como ela poderia adquirir os livros para comprar. Elas vivem na cidade de Alepo, um dos locais mais afetados pela guerra civil que assola a Síria há mais de cinco anos, e se encantaram com o universo mágico da autora após assistirem a um dos filmes estrelados por Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint. Ao tomar conhecimento da história, um integrantes da equipe de Rowling propôs o envio de um aparelho com todos os livros da série no catálogo, ideia que acabou sendo acolhida pela britânica. Após receber o e-book, a mãe da garota publicou fotos na rede social nas quais Alabed agradece a autora e desfruta do presente junto aos irmãos.
Polícia prende ladrões especializados em furtar livros raros de bibliotecas em SP
Foto: Reprodução / Rede Globo
A Polícia Civil de São Paulo prendeu na manhã desta segunda-feira (31) dois ladrões procurados por furtar livros e gravuras de bibliotecas do estado. De acordo com informações do portal G1, a investigação teve início em agosto, após o furto de livros raros na biblioteca de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP). Os dois estiveram no local nos dias 3, 4 e 5 de agosto, e, depois disso, os funcionários da instituição notaram a ausência de cinco livros raros e algumas gravuras. Na ocasião da prisão, foram apreendidas diversas publicações, entre elas, um livro com cinco volumes publicado em 1731, em francês. Contudo, os investigadores ainda não sabem a origem da obra, uma vez que os ladrões arrancavam as etiquetas de identificação das obras. Ainda de acordo com a publicação, os policiais também apreenderam envelopes com endereços na Bélgica, para onde o material seria enviado. A polícia também investiga se os dois presos participaram do furto de seis obras da biblioteca de Direito do Largo São Francisco, da USP, em agosto.
Com programação de múltiplas linguagens, Fliquinha atrai excursões de estudantes
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias

Realizada há quatro edições dentro da Flica, a Fliquinha é considerada parte essencial da festa. A programação, que supera em tamanho a mesa principal, é centrada no Cine Theatro Cachoeirano e conta com mais de 20 atrações ao longo dos quatro dias. Nos dois primeiros, a Fliquinha recebeu nomes como Roseana Murray e Carlinhos Brown e, até domingo (16), mais representantes da literatura infantil devem participar. “A gente pensa em trazer uma programação sempre diversa, usando a literatura nas múltiplas linguagens. Nossa grade esse ano tem cinema, teatro, contação de histórias, tem vários autores, tanto locais quanto nacionais, porque a nossa intenção é que as crianças comecem a ler, mas de uma forma prazerosa”, explica Mira Silva, curadora do evento infantil.
 
Presença confirmada na festa, as crianças vão acompanhadas de pais ou professores. Diante do interesse das escolas em levar os alunos ao evento, neste ano, os organizadores promoveram uma sessão com os educadores para apresentar a programação previamente e atrair mais visitas. “A gente foi adquirindo esse hábito na cidade. No primeiro ano [2013], a gente não teve tantas escolas, mas o evento foi ganhando sucesso, proporção. As escolas foram abraçando o evento e, hoje, a gente tem grandes números. Então, nesse ano, a gente provocou isso com um encontro antecipado para apresentar a grade e convidá-los a participar do evento”, defende Mira. 
A proposta deu certo. Pela primeira vez, todos os alunos do Colégio Teresa de Lisieux, sediado na cidade de Cabaceiras do Paraguaçu, a uns 30 km de Cachoeira, puderam conferir a Festa Literária. De acordo com o professor de Matemática, Everaldo Brandão, que acompanhava os alunos do 6º e 7º anos, isso representa uma média de 700 alunos. “Significa poder trabalhar interdisciplinaridade. Não só pra sair dessa rotina de sala de aula, mas é uma viagem de campo que os meninos adoram, um momento de estar vivenciando a cultura regional com a riqueza cultural de Cachoeira e também um momento de descontração que eles participam”, afirma Brandão, que esteve no evento com alguns dos alunos nas edições anteriores.
 
Conhecedora antiga da Flica, a estudante Gabriela Santos, de 11 anos, define o evento como um "momento único" no ano para celebrar e difundir a leitura. “Essa é a primeira vez que a turma toda veio, aí a gente está aprendendo tanta coisa nova, conhecendo novos autores. Já comprei dois livros”, conta a estudante, animada ao mostrar seus novos títulos de Ana Maria Machado e Gilson Caetano de Sousa. Com os demais estudantes e outros públicos, o Cine Theatro Cachoeirano deverá receber cerca de cinco mil pessoas até o fim da festa.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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