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Para celebrar os oito anos de atuação no Centro Histórico de Salvador, o Mistura Contorno irá promover um jantar de aniversário com menu surpresa elaborado por quatro chefs. O evento acontecerá nesta quinta-feira (6), às 20h, no restaurante.
Segundo Andréa Ribeiro, chef do estabelecimento, a escolha dos profissionais para essa ocasião foi cuidadosamente feita, considerando não apenas suas habilidades culinárias, mas também a afinidade com a gastronomia do Mistura. “São pessoas muito especiais e que cozinham muito bem. Adoro o estilo de cada um e resolvemos fazer essa brincadeira gostosa de criar um menu a oito mãos, entre amigos, para comemorar nosso aniversário de oito anos", afirmou.
Entre os chefs convidados está Elismar Anselmo, do restaurante Pescatore, em Aracaju, com quem Andréa compartilha uma apreciação mútua pela tradição gastronômica brasileira e influências mediterrâneas. Compondo o quarteto estão Nivaldo Francisco Souza, do restaurante Fogo & Mar em Florianópolis, e Mell Cady, uma especialista em culinária natural e raw food. Os participantes expressaram sua animação com o convite, destacando a influência gastronômica que o restaurante tem na capital baiana.
“Quem vier vai se deliciar com várias iguarias, combinações únicas e participará de uma celebração gastronômica inesquecível, com a oportunidade de brindar aos oito anos do restaurante”, declarou Elismar.
O menu do evento ainda não foi revelado e só será desvendado durante a experiência gastronômica. Serão 10 etapas, além da degustação de sobremesas, com pratos harmonizados com vinhos, com reservas limitadas e preço fixo de R$ 550 por pessoa.
“Podemos adiantar que vem bastante novidade nesse menu comemorativo, com um cardápio bem variado, discutido e assinado a oito mãos. Teremos desde ostras e ovas de tainha até pato, bacalhau e uma verdadeira mistura de ingredientes, com muita delicadeza e sabores do mar e da terra”, garantiu a chef do Mistura.
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Quem circula pelos eventos de Salvador sabe que a mistura de ritmos é um elemento frequente na cena musical soteropolitana. É com essa proposta que o projeto "Torto: inusitado - eletrônico - experimental" será realizado neste sábado (26), gratuitamente. O evento começa a partir das 17h, no Palco Toca Raul, no Rio Vermelho.
A festa começa sob comando do produtor musical e guitarrista do grupo IFÁ, Átila Santana. No palco, ele recebe os cantores Lazzo Matumbi e Andrea Martins, da banda Canto dos Malditos na Terra do Nunca, para trocas e experimentações sonoras. A apresentação aposta na combinação de batidas eletrônicas e samples com guitarra e percussão executadas ao vivo num encontro entre a música eletrônica e ritualística para criar releituras de clássicos de Lazzo, a exemplo de "Do jeito que seu nego gosta", e faixas autorais do novo disco de Andrea, ainda em fase de produção.
Na sequência, é a vez do DJ Rafa Dias, do grupo Àttooxxá, apresentar seu projeto solo. “Eu vou montando as músicas ao vivo, dentro de um repertório que já tenho, com músicas do pagodão e todas as minhas produções que fiz com Larissa Luz e Hiran, por exemplo, aí dou um ‘up’ e vou arrumando na hora, sentindo o que vai dar e rolar”, explicou o artista.
Terceira atração da noite, DJ Belle, que é integrante do Coletivo Hip Hop Pernambués e Arminina Coletiva, assume a festa ao lado dos dançarinos Ian Petterson e Brisa Okun e do rapper Di Cerqueira. No setlist, afrobeat, reggaeton e pagode baiano.
O "Torto" é idealizado por Marinho Freire, que visa propor novas experimentações sonoras a partir do encontro de artistas baianos de diferentes estilos. O projeto é realizado pela Torto Produções com a Fundação Gregório de Mattos (FGM).
SERVIÇO
O QUÊ: Projeto ‘Torto: inusitado - eletrônico - experimental’
QUEM: Átila Santtana convida Lazzo e Andrea Martins; DJ Rafa Dias Days; e DJ Belle com participação de Di Cerqueira e dos dançarinos Ian Petterson e Brisa Okun
QUANDO: 26/10, a partir das 17h
ONDE: Palco Toca Raul, no Rio Vermelho
QUANTO: Gratuito
Se no “Vale Tudo” de Tim Maia na verdade era permitido quase tudo, menos homem com homem e mulher com mulher, o “Baile Tudo” de Vânia Abreu e Marcelo Quintanilha celebra, de fato, o encontro das diferenças para a totalidade das tribos, credos, cores, ouvidos e amores possíveis.
O projeto, que tem como proposta celebrar o carnaval através de diversos ritmos da música brasileira, estreia neste sábado (28), a partir das 20h, no Largo Quincas Berro D'água, Pelourinho, e não por acaso. “É uma aposta (risos). É um aposta de um lugar que já tem acolhido as festas e por ser também um lugar de mistura, de termos turistas, baianos, baianos descolados. É um lugar, vamos dizer, de encontro de classes sociais e talvez de tribos”, explica Vânia, que nesta primeira edição convidou Márcia Castro para uma participação especial.
A semente que fez germinar o “Baile Tudo” foi plantada em 2006, com o disco e show "Pierrot & Colombina", no qual ela e o marido Marcelo Quintanilha exploraram a festa momesca por meio de clássicos da MPB, evidenciando o amor de um casal heteronormativo. “O ‘Pierrot & Colombina’, pra mim, é um projeto atemporal. O próprio disco e o show podem voltar a qualquer momento. Eu só acho que só faz sentido apresentar algo de novo, igual, se você vai apresentar pra pessoas diferentes”, avalia a cantora, lembrando que a capital baiana já recebeu o show algumas vezes. “Não cabia voltar pra Salvador com o mesmo espetáculo. Então, quando Quinta, que é meu marido, falou que queria voltar com o projeto, eu na verdade falei que, pra mim, só interessava voltar se eu pudesse falar de algo diferente, exatamente porque acho que o contexto histórico, político e social é diferente”, diz a cantora e compositora baiana, destacando que “reafirmar a legitimidade de um amor hétero de carnaval não é necessário nesse momento” e que hoje o país precisa que “os artistas se coloquem em defesa de outros temas”.
"Baile Tudo" chega cerca de 15 anos depois do "Pierrot & Colombina" | Foto: Divulgação
É exatamente com esta proposta que a cantora sobe ao palco neste sábado, para exaltar a mistura – seja de público ou de estilos musicais –, e, sobretudo, destacar a riqueza das diferenças sem estabelecer enquadramentos. “Quase 15 anos depois, a ideia de voltar com o projeto pra Salvador e vir com o ‘Baile Tudo’ remete primeiro ao momento histórico, político, social e cultural que nós vivemos, em que várias coisas podem ser incluídas, e por isso ele me interessa”, diz Vânia Abreu, salientando que não perdeu o interesse pelo "Pierrot & Colombina", mas que o “Baile Tudo” neste momento “vem pra reafirmar toda forma de amor, toda forma de ser, e também a presença da música brasileira de não dividir as pessoas em tribos”.
Em uma análise do cenário nacional, Vânia diz que apesar de ver os artistas se manifestarem a favor da liberdade em um momento de conservadorismo, “a música, em si, está segmentando as pessoas”, que se restringem a consumir um único segmento. “Cada um segue a música que ouve e a gente não ouve a música do outros, e as músicas são quase que identitárias de quem você é”, avalia a artista, que, para entrar na contramão, faz uma aposta alta. “Eu me propus voltar ao palco com uma proposta absolutamente diferente do que eu sou e do que transito como artista, que é uma música com ritmos dançantes. E aí são todos eles [os ritmos] que a gente está tentando incluir, com seus andamentos e suas histórias estéticas diferentes, inclusive pra exatamente misturar o mundo, mostrando que a música é algo que nos une”, afirma.
Evento terá a participação de Márcia Castro | Foto: Divulgação / Nanda Lírios
Para alcançar o objetivo e reforçar a possibilidade de agregar e não dividir, a cantora encontrou uma solução: “Exatamente misturando os estilos todos da MPB que sempre estiveram no carnaval, mas como MPB”. Ela explica que apesar do espetáculo propor celebrar o carnaval, não é necessário manipular as canções para que possam se encaixar na festa. “Vamos supor, eu vou cantar uma música de Tim Maia, eu não preciso tornar ela carnavalesca. Ela já existe naquela forma, que é o ‘Vale Tudo’, que está dentro do contexto. Eu não preciso tornar ela carnavalesca, ela já é feita pra dançar”, avalia Vânia Abreu, destacando o intuito de evidenciar que todas estas nuances estão contidas na história da música brasileira, que tem ritmos e estilos diferentes. “A gente não vai mudar a música pra virar carnaval, a gente vai dançar daquele jeito”, explica a cantora. “Vamos dizer, mesmo eu tendo me descoberto hétero, como eu costumo dizer, tendo cabido em mim ser hétero (risos), eu não deixei de ouvir essas músicas que falavam em outra possibilidade de ser porque eu era hétero. Isso me ajudou, inclusive, a entender essa magnitude e essa diversidade do mundo”, exemplifica.
Inspirado na lógica do tropicalismo, o repertório do carnaval do “Baile Tudo” é uma espécie de mosaico, reunindo grandes clássicos de várias gerações da música brasileira, abrangendo estilos como axé, rock, pop, forró e MPB. “Hoje em dia é assim, funk só toca funk. Se ele inclui uma música, inclui como funk. Aí, o sertanejo, se inclui uma música, ele torna sertanejo. O tropicalismo fez exatamente o contrário. E ele me ensinou a ver o mundo muito melhor, exatamente porque ensinou o meu ouvido a entender outros ritmos, me fez entender o mundo dos outros, na verdade abraçando todos os mundos, e não modificando o mundo como se você fosse só uma coisa”, contextualiza a artista baiana. “Eu acho que esse lugar é aquele que talvez a gente precise revisitar de novo hoje. Talvez eu tenha a pretensão de, nesse pequeno espaço do mundo, no Largo Quincas Berro D’água, no sábado, provocar as pessoas a sentirem esses ritmos e essas letras desse jeito diferente de novo”, diz a cantora, que pretende colocar o público para dançar ao som de nomes como Lulu Santos, Tim Maia, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Erasmo Carlos, Roberto Carlos, Jane e Herondy, Fábio Júnior, Marina Lima, Rita Lee, Rosana, José Augusto e Fagner. “Vão ter performances, vamos ler poesia que tem a ver com o momento e com a letra... A brincadeira vai ser essa mesmo, e cada uma dentro do seu ritmo”, conta.
Além do "Baile Tudo", a artista tem diversos projetos engatilhados | Foto: Divulgação
NOVOS PROJETOS
Prestes a estrear com o “Baile Tudo”, Vânia Abreu guarda ainda diversas surpresas para um futuro bem próximo. “Tenho vários [projetos]! (risos). Tenho três livros prontos, que estão em fase de finalização para lançamento. Eu lanço em novembro um single, em dezembro eu lanço um álbum e um show novo em comemoração. E depois, no ano que vem, eu quero fazer o show desse disco novo”, conta a artista, que diz estar trabalhado “que nem uma louca”.
Destacando o contexto no Brasil e no mundo, no qual observa “uma crise histórica, política, social e muito sem esperança de como isso vai acabar”, ela encontra no trabalho uma espécie de remédio para os males da atualidade. “Eu acho que tem uma ideia de que hoje também, como artista, eu preciso mais do que nunca produzir e apresentar coisas que talvez ajudem o mundo a ser melhor. Então, eu tô com muito desejo de produzir mais!”, declara.
SERVIÇO
O QUÊ: Baile Tudo – com Vânia Abreu e Marcelo Quintanilha
QUANDO: Sábado, 28 de setembro, às 20h
ONDE: Largo Quincas Berro D'água – Pelourinho – Salvador (BA)
VALOR: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Serviço
Projeto ‘Sexta Giramente – Fluindo Diversidade’
Atrações: Banda Giramente
Data: 13 de Maio (sexta-feira)
Local: Casa da Mãe Cultura - Rio Vermelho
Horário: a partir das 22
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