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movimento black money
Os empresários e criadores do Movimento Black Money - MBM, Nina e Alan Soares, falaram, neste sábado (04), durante aparição no festival Liberatum, sobre a importância da movimentação de renda entre empreendedores e produtores culturais negros.
Na ocasião, Nina explica a importância de eventos que valorizem e impulsionem o mercado profissional negro. “A possibilidade e estratégia de investir em revoluções como essa. A possibilidade de investir em negócios como o meu, em imprensas pretas e principalmente em trazer a pauta do Black Money como uma pauta de inclusão produtiva e desenvolvimento econômico do país”, ressalta.
Fundado em 2017, o MBM é um projeto que busca impulsionar produtores e empresários negros em todo o Brasil. Como referência no empreendedorismo negro, Alan define a sua concepção de liderança preta como coragem e visão. “Hoje em dia a gente diluiu a ideia de liderança justamente por estar no spotlight, estar buscando atenção e ser popular, nunca seguindo o caminho que é o da coragem de dizer o que precisa ser dito”, e acrescenta: “A prefeitura de Salvador colocar um evento como esse, que é de pessoas negras, falando para pessoas negras, sobre pessoas negras é um evento de coragem, porque a gente sabe que a sociedade é xenofóbica, que a sociedade é racista e não integra dinheiro pra fazer um evento como esse. Mesmo assim eles tiveram coragem de fazer, isso tem haver com liderança. Um líder precisa ser um visionário”, declarou.
O empresário Alan Soares comentou, neste sábado (04), durante o festival Liberatum, sobre a prática de investimentos em negócios pretos no Brasil. Na ocasião, Alan se declarou como um “afro pessimista” e explica que “esse é um trabalho que a gente vai ter que fazer por nós mesmos”.
Ao Bahia Notícias, o criador do Movimento Black Money - MBM reitera que parte do problema também é geográfico, já que a concentração de renda no sudoeste dificulta a produção cultural fora deste eixo. “As dificuldades são cumulativas. Existe um problema geográfico, o acúmulo de capital em eventos, eles acabam sendo colocados no sudeste, ele vai ficar em Rio-São Paulo, a gente vai ter o Rock in Rio, vai ter o The Town, tem fila de patrocinadores querendo participar. Quando vão fazer alguma coisa em Salvador, sempre vai ser no carnaval e a gente sabe pra onde esse dinheiro vai. Então a gente tem aqui uma ideia de xenofobia e também de racismo”, declara.
Ainda nesta semana, o Secretário de Cultura de Salvador, Pedro Tourinho, expôs as dificuldades para finaciar eventos negros em Salvador. Sobre o assunto, Alan diz ainda que não enxerga uma mudança de cenário por parte dos investidores brancos. “Eu sou um indivíduo que é da linha do afro pessimismo. Eu acredito que esse dia não vai chegar. Porque não é interessante que um indivíduo que tem poder, ceder poder. Justamente porque o tema aqui não é para falar da dor do individou negro e sim da potencialiade desse indivíduo negro. Ele sempre vai nos oferecer migalhas, ele nunca vai dar pra gente oportunidade de crescimento, isso é um trabalho que a gente vai ter que fazer para nós mesmos”, afirma.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).