Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
o pai o
A atriz Tânia Toko comemorou que o papel em Ó Paí, Ó 2 tem impulsionado a sua carreira. Intérprete de Neuzão na trama, a baiana marcou presença no Camarote Expresso 2222 nesta sexta-feira (9), segundo dia do Carnaval de Salvador 2024.
"Para mim é só alegria. Imagine, já está abrindo um monte de portas, várias. Então, para mim, estar próxima do protagonista neste segundo filme como antagonista foi uma honra. É uma responsabilidade que jogaram na minha mão e desafio dado é desafio aceito. Para mim é só alegria, eu amo Ó Paí ó, amo o elenco, são meus amigos desde quando eu tinha 18 anos. Só que agradecer a Deus por esse trabalho ter projetado a minha imagem para o mundo", disse em entrevista ao Bahia Notícias.
A atriz baiana ainda revelou os planos para 2024.
"Em 2024, eu quero vir para um solo no teatro. Meu primeiro solo no teatro, que eu nunca fiz, e fazer muito cinema. É a minha meta e estou investimento muito nisso", completou.
Tânia Toko havia participado do primeiro Ó Paí, Ó, lançado em 2007, interpretando também Neuzão. Nascida na Comunidade da Vila Rui Barbosa, na Cidade Baixa, em Salvador, além de atriz, ela também é produtora, diretora, dramaturga, apresentadora e ativista social, presidente do instituto que leva o seu nome.
Imagine ter a oportunidade de voltar para onde tudo começou e viver novamente uma experiência como se fosse a primeira vez?
Sem spoiler de tudo que acontece em ‘Ó Paí, Ó 2’, longa que estreia nesta quinta-feira (23) em todos os cinemas do Brasil, mas para quem já pôde ter um gostinho do que o Bando de Teatro Olodum, junto a Lázaro Ramos, aprontou na continuação de um dos filmes mais amados pelo público baiano, tem ideia do que está sendo dito.
Foi essa sensação que Vinícius Nascimento, o intérprete de Cosme no primeiro ‘Ó Paí, Ó’ sentiu ao retornar ao set de gravação para participar da segunda parte do longa.
No filme de 2007, com direção de Viviane Ferreira, o personagem de Vinícius acaba sendo morto por policiais, encerrando a produção com uma grande tragédia, que não se distancia da realidade nas ruas do Pelourinho e de Salvador, como um todo.
De volta a produção, Vinicius conta que se surpreendeu ao receber o roteiro e descobrir qual seria o papel dele na produção, que tem ligação forte com Dona Joana (Luciana Gomes).
“Cara, para mim, Vinícius, pessoa, foi um suspense quando eu peguei o roteiro. Eu vi a capa e pensei ‘ué, que p*rra que é esse negócio?’. E realmente é um suspense né, o filme todo, a presença do meu personagem nesse filme. E o que é bacana é que desde o primeiro, as minhas aparições geram aquele frio na barriga, por conta daquele final. E dessa vez não foi diferente, quando ele tem aquele desfecho que todo mundo acha que vai acontecer algo e do nada ele faz outra parada que alivia.“
Para o artista, estar ao lado do Bando mais uma vez foi como um déjà vu, mesmo com o frio na barriga da novidade na parte 2. Vinícius não escondeu a admiração que tem pela equipe. “É um déjà vu. E quando eu paro para pensar, eu comecei a fazer cinema com essa galera, que eu sempre tive como referência, porque quando eu ligava a televisão no horário bacana eu via Lazinho na TV brilhando, via Stênio Garcia. Quando eu ia ao teatro eu vi a galera do Bando. E tá perto desse povo todo é algo que me remete a boas lembranças”.
Além da admiração pela equipe, o ator fala sobre a gratidão pela oportunidade que teve ao fazer "Ó Paí, Ó". Atualmente Vinícius, que é pai, e vive da arte com a atuação e produção, reconhece que a carreira decolou após o trabalho no filme.
“O Paí, Ó foi uma soma de muitas coisas em minha vida, sobretudo de conquistas pessoais. Eu conquistei, eu tenho hoje uma profissão por conta do filme. Eu sou ator de formação e produtor, e o filme, sem dúvidas, me gerou bons resultados e eu acredito que essa parte dois venha a acontecer da mesma forma.”
Voltar a pele do icônico Reginaldo em ‘Ó Paí, Ó 2’, não foi um trabalho difícil para Érico Brás, um dos destaques do longa que retrata a realidade soteropolitana e se tornou uma marca da Bahia no Brasil desde o primeiro filme em 2007.
Em entrevista ao Bahia Notícias, o ator falou sobre voltar a viver o personagem nos cinemas, momento que ele descreve como um reencontro.
“Cara, voltar a fazer Reginaldo, na verdade não foi difícil, não tive dificuldade, porque é um personagem que ficou vivo. Tá no imaginário do povo brasileiro, essa obra é uma obra internacional, né? Então, todo lugar que você vai, sempre vai dizer, ó Reginaldo, você sabe que o personagem tá vivo, então foi fácil chamá-lo de volta”, conta.
Para Érico, estar com o Bando novamente, após diversos trabalhos, é como estar em casa e trabalhar no longa é conseguir levar a história local para o país.
“A galera do Bando deixa a história viva, e quando a história tá viva, como é a história de ‘Ó Paí, Ó 2’ que é super atual, que fala de coisas que são necessárias se questionar, é muito fácil entrar no grupo, encarnar um dos personagens mais benquistos desse projeto, e ficar feliz.”
O artista reforça ainda a resistência do Bando de Teatro Olodum, que há 33 anos faz arte no estado sem apoio financeiro. Para o artista, o grupo de teatro tem um compromisso social, que vai além da arte.
“A gente tá vivendo um momento de retomada da cultura do Brasil, e o Bando volta com o Ó Paí, Ó 2, que traz uma coisa que é a necessidade de continuar falando das questões que o Bando sempre falou. Você olha para o Brasil, várias companhias de teatro que surgiram, falando de companhias de teatro negro, que surgiram e infelizmente pararam, mas essa é resistência. Tá no compromisso do Bando de fazer uma transformação social há 33 anos.”
O filme 'Ó Pai, Ó' se tornou um grande símbolo da população soteropolitana, sem a pretensão de ser. Apesar de retratar a realidade dos moradores do Pelourinho, um dos bairros mais importantes da capital baiana, Lázaro Ramos garante que a ideia inicial do filme nunca foi levar para o Brasil uma representação do estado.
Em meio à estreia de 'Ó Pai, Ó 2', que chega aos cinemas de todo o Brasil no dia 23 de novembro, o ator, que dá vida a Roque nas telonas, conta que foi difícil fazer com que as pessoas que não eram daqui entendessem a questão da sensibilidade e da estética do projeto do Bando de Teatro Olodum.
Questionado pelo Bahia Notícias sobre o medo de acabar levando para os cinemas uma representação caricata do ser soteropolitano para o país, Lázaro relembrou as críticas iniciais que o filme recebeu.
"Desde que 'Ó Paí, Ó' existe, tem uma questão de sensibilidade e estética que muita gente não nota. Aí eu vou fazer aquela trajetória porque nós somos um grupo ativista. Eu lembro que quando o filme estreou, a primeira crítica dizia assim 'Estreou hoje o filme com o pior título nacional, ninguém vai entender o que está sendo dito'. Algumas pessoas disseram, 'Mas isso não representa a Bahia', como se o 'Ó Paí, Ó' tivesse a pretensão de representar toda a Bahia, nunca teve. Tem uma terceira coisa que acontece, que dizia assim, 'Nossos personagens são caricatos', quando na verdade tinha um apuro estético na avaliação dessas atrizes e atores aqui ao construir esses personagens", pontua.
Foto: Bianca Andrade/ Bahia Notícias
Para Lázaro, não houve o medo de levar algo considerado caricato pela identificação do público, que se reconheceu em Roque, em Boca, Dona Joana, Cosme, Reginaldo, Yolanda e por aí vai.
"No primeiro filme os personagens começam na rua ou seja, é que nem várias pessoas que estão nas ruas da Bahia buscando sua sobrevivência, sua existência, que precisam ser showman para chamar a atenção. Aí as pessoas botam um nome de caricato, buscando uma estética que não é a nossa. A estética do 'Ó Paí, Ó' é essa porque a rua é assim. Porque as pessoas ao buscar a sua sobrevivência, elas estão precisando chamar a atenção falando alto, com um jeito grande, e na sua comunicação é assim. O primeiro filme tem uma outra sofisticação."
No retrospecto do primeiro filme, o artista relembra que apesar de todo humor e musicalidade, 'Ó Paí, Ó' conta uma história e chama atenção para temas importantes que acontecem todos os dias nas ruas da cidade. "O terceiro ato (do primeiro filme) termina com o assassinato das crianças dizendo, ó, a gente chamou a atenção que entreteve aqui, mas o assunto que a gente quer falar é esse. Por isso esse filme permaneceu, porque tem uma sofisticação e que não tá no livro de Robert McKee. Grande cara que mapeia arcos dramáticos e cinematográficos. E isso teve uma força, se estabeleceu e permaneceu".
Lázaro, que já estreou como diretor nas telonas, analisa o cenário completamente diferente do 1º filme e afirma que após a consolidação do longa, não há mais medo de parecer algo para o eixo. "O segundo filme, eu acho que esse grupo aqui não volta com medo disso não. Eu acho que esse grupo aqui volta com a certeza de que isso é valioso para o público e representa algumas pessoas e toca o coração de algumas pessoas".
Para o artista, o maior desafio de 'Ó Paí, Ó 2' foi justamente se reinventar e trazer algo diferente para continuar deixando a marca no coração do público.
"A maior preocupação que esse grupo teve foi como não ficar obsoleto nas pautas que o filme trata. Essa era a maior preocupação. Não parecer que os personagens ficaram no passado, não parecer que esse grupo de trabalho não pensou no que aconteceu no Brasil nos últimos 15 anos, por isso novas pautas entram como saúde mental, criação de filhos e adolescência, o uso da tecnologia para a sobrevivência. E acho que esse grupo conseguiu muito bem, pela recepção do filme ontem em Salvador e em São Paulo também. As pessoas se identificaram e se sentiram representadas."
Se ‘Ó Pai, Ó’ já tinha um lugar especial no coração da cantora Nêssa, a continuação do filme tomou um espaço ainda maior.
O longa, que teve pré-estreia em Salvador na quarta-feira (15), irá levar uma das músicas da artista para o Brasil. A canção ‘Aquele Swing’, em parceria com a banda ATTOOXXA e Yan Cloud, é uma das faixas cantadas por Lázaro Ramos no filme dirigido por Viviane Ferreira.
Em entrevista ao Bahia Notícias, Nêssa, que participou do evento de lançamento do filme, realizado no Cine Glauber Rocha, comemorou a estreia em grande estilo.
“Eu fico muito feliz, porque eu sou muito fã desse filme, fez parte da minha infância e eu assisti na época. Estar na trilha sonora agora é algo que eu não consigo nem dimensionar. Minha mãe veio assistir comigo, ficou emocionada, então é só alegria.”
Para Nêssa, o longa vem com um papel importante, além do debate social, o de exaltar os talentos da terra. Com elenco baiano e trilha sonora de artistas locais, a cantora não escondeu a emoção de ver outros colegas ganhando a oportunidade que ela teve com o convite para ter a música no filme.
“Eu gostei muito que o filme trouxe a cena nova que está acontecendo, não só a minha música, teve a Dama, a Nininha, ATTOOXXA, Baiana. O filme mostra a renovação que aconteceu na música baiana, e isso vai com certeza expandir nacionalmente, porque a Ó Pai Ó tem um alcance gigantesco.”
Ver a Bahia retratada no cinema já é uma grande emoção para quem é da terra, mas imagine ver a “sua cria” nas telonas? Foi essa a emoção que Carlinhos Brown viveu nesta quarta-feira (15), com a pré-estreia de ‘Ó Pai Ó, 2’.
O cantor e compositor esteve presente no evento de lançamento do longa e para prestigiar não só a herdeira, Clara Buarque, como também os amigos de longa data.
Acompanhando de Cecília Buarque, filha do artista e irmã de Clara, Brown falou sobre a estreia da filha nos cinemas.
“É uma emoção especial, um porque ela está do lado de meus irmãos, de meus amigos e contemporâneos. Isso é uma experiência única. Fico muito feliz de vê-la brilhar dessa forma”, afirma o Cacique.
Foto: André Carvalho/ BN Hall
No longa, Clara vive Flor, uma das adolescentes acolhidas por Dona Joana (Luciana Gomes). Além da atuação, a artista também canta no filme. A neta de Chico Buarque e Marieta Severo interpreta a canção ‘Maxixe Nagô’.
No bate-papo com o Bahia Notícias, Brown ainda reforçou a importância de ‘Ó Pai, Ó 2’ e de filmes que mostrem a realidade do estado.
“Ó Pai, Ó fala sobre pessoas de todas as classes, de todo mundo, de pessoas simples, de pessoas simples, mas de uma grandeza do mundo. É um projeto que tem muitos amigos meus, Lázaro, Érico e o pessoal do Bando. Mas é importante falar também sobre esse olhar precioso que o filme tem além da música, para esses artistas da nova geração.”
O filme ‘Ó Pai Ó, 2’ terá pré-estreia em Salvador na quarta-feira (15). O longa, esperado especialmente pelo público soteropolitano por retratar a realidade da capital baiana, contará com um evento no Cine Glauber Rocha, no Centro, e os ingressos para participar da festa já estão à venda.
Quem quiser assistir em primeira mão pode adquirir os ingressos no site Velox Tickets a partir de R$ 14. Ao todo, o Cine Glauber Rocha terá quatro salas para exibir o longa na pré-estreia, todas as sessões às 18h30, e duas delas já estão esgotadas.
SOBRE O FILME
Quinze anos após o sucesso do primeiro filme, o elenco de ‘Ó Pai, Ó’ se reúne para contar a história dos personagens que marcaram o Pelourinho e tudo que aconteceu com eles após tanto tempo, em meio à pandemia, perdas, conquistas e recomeços.
Ambientado em Salvador, “Ó paí, Ó 2” vai trazer de volta o personagem Roque, interpretado por Lázaro, que está vivendo no bairro do Pelourinho e ainda tenta conquistar sua fama como cantor.
A produção tem direção de Viviane Ferreira e roteiro assinado por Elísio Lopes Jr, Daniel Arcade, Igor Verde e Viviane Ferreira, que colaboraram também com Luciana Souza, Bando de Teatro Olodum, Rafael Primot e Dodô.
O teaser do filme mais aguardado pelos baianos, quiçá dos brasileiros, neste ano, Ó Paí Ó, acabou vazando na noite da última quarta-feira (8), alimentando a expectativa dos fãs para o longa. Após atrasos, a projeção é que o filme dirigido por Viviane Ferreira seja lançado ainda no primeiro semestre de 2023.
Confira o teaser:
Teaser de “Ó Paí Ó 2” tem vazamento e cria expectativa dos fãshttps://t.co/pO2aDtlJxv pic.twitter.com/er3x1qDdf7
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) March 9, 2023
Em outubro de 2022, Lázaro Ramos anunciou que as gravações para o tão aguardado filme haviam sido encerradas, mas também não deu um prazo para a estreia da obra nos cinemas.
Ao Bahia Notícias, intérprete da personagem Dona Joana, a atriz Luciana Souza confirmou que Ó Pai Ó 2 deverá estrear ainda no primeiro semestre deste ano. Durante o Carnaval de Salvador, a atriz Tânia Toko, que interpreta a eterna "Neuzão" tanto no primeiro quanto no segundo longa, também comentou sobre a estreia do filme ainda no primeiro semestre.
Ó Paí Ó 2 tem direção de Viviane Ferreira e roteiro assinado por Elísio Lopes Jr, Daniel Arcade, Igor Verde e Viviane Ferreira, que colaboraram também com Luciana Souza, Bando de Teatro Olodum, Rafael Primot e Dodô Azevedo.
O espetáculo "Ó Paí, Ó", do Bando de Teatro Olodum, volta a cartaz em apenas duas semanas no verão de Salvador. As apresentações acontecerão no Teatro Vila Velha, de quinta a domingo, a partir do dia 30 de janeiro até 09 de fevereiro. Os ingressos custam R$ 40 inteira e R$ 20 meia.
Com roteiro do Bando de Teatro Olodum, a direção é de Márcio Meirelles, coreografias de Zebrinha e música e direção musical de Jarbas Bittencourt. A nova montagem terá a participação de artistas que integraram o elenco original da peça, estreada em 1992, e que são responsáveis pela construção dos personagens que conquistaram o país graças ao humor ao narrar as dificuldades enfrentadas no dia-a-dia do Centro Histórico de Salvador. A temporada integra as celebrações pelos 30 anos do Bando de Teatro Olodum, que serão completados em outubro de 2020.
Entre os atores que retornam ao palco para esta montagem comemorativa está Nilton Rangel, que deu vida ao taxista Reginaldo, sempre envolvido em esquemas para tirar vantagens da movimentação turística do Pelourinho. Lázaro Machado, na pele da travesti Yolanda, Edvana Carvalho, que vive a baiana estilizada Lúcia e Luciana Souza que interpreta Dona Joana, proprietária do cortiço, também retornam aos palcos para reencontrar com seus personagens.
Outras figuras marcantes da peça também estarão presentes como a comerciante Neuzão da Rocha (Merry Batista), a Baiana de acarajé (Rejane Maia), a esotérica Raimunda (Cássia Valle), a esposa grávida de Reginaldo Dona Maria (Valdinéia Soriano), a aspirante à cantora Mary Star (Arlete Dias), entre outros representantes do cotidiano do Pelourinho abordado na montagem.
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo "Ó Paí, Ó"
QUANDO: Entre 30 de janeiro e 09 de fevereiro
ONDE: Teatro Vila Velha
VALOR: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
O Teatro Vila Velha irá receber em maio o espetáculo Ó Paí ó. A montagem no Bando de Teatro Olodum, que ocorre entre 4 a 13 de maio, mantém uma história atual durante a apresentação, e irá tratar sobre a expulsão de músicos, travestis, baianas de acarajé, blocos afros, entre outros moradores e frequentadores do Pelourinho, para dar espaço a um fictício shopping turístico a céu aberto. Além disso irá mostrar o momento em que esses personagens se preparam para curtir a Terça da Benção, e precisam enfrentar a falta de água no prédio (ação proposital da proprietária) e o extermínio de crianças da área a mando de comerciantes interessados na "limpeza étnica" do local para aumentar a atração de turistas. Durante o espetáculo tudo será discutido com criatividade, consciência racial e humor. A direção é de Márcio Meirelles, co-direção de Chica Carelli as músicas originais e a direção musical de Jarbas Bittencourt, coreografia de Zebrinha, Iluminação de Rivaldo Rio. Os ingressos custam R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia e podem ser comprados no site do Ingresso Rápido (acesse aqui).
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo Ó Paí ó
QUANDO: 04,05,06/05 e 11,12,13 (Sexta e Sábado às 20h, Domingo às 19h)
ONDE: Teatro Vila Velha, Av. Sete de Setembro, Salvador-BA
VALOR: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia)
Érico Brás e sua esposa, Kenia Maria, estreiam neste sábado (3), em Salvador, o "Stand Up Double Black". A montagem estará em cartaz neste final de semana, no Teatro Jorge Amado. Com humor, o casal irá abordar situações do cotidiano inerentes a ambos os gêneros, trazendo questionamentos sobre o que é politicamente correto. “É algo muito novo o que a gente está fazendo. O nome é de propósito, a gente faz alusão ao stand up norte-americano, só que lá é apenas com um ator e estamos criando uma linguagem com dois atores, um casal de negros”.
Preocupados em trazer representatividade aos palcos, os atores dizem que a proposta é pioneira no Brasil. “A gente acha correto que 'negão' fale 'negão', que mulher fale de mulher. Não é legal no stand up ver um branco esculachando o 'negão', que caracterizaria racismo. Deus na nossa peça não é Deus, é Deusa, tem todo um questionamento sobre a criação do mundo e a demonização da imagem do negro”, explica Brás. Em março, Kenia foi nomeada defensora dos Direitos das Mulheres Negras na ONU Mulheres, fato que deve somar mais conteúdo à montagem. “Sem dúvida ela vai estar com um viés político, mas esse cargo não vai impedi-la de falar de questões raciais e de gênero”, garante o ator. Érico ganhou visibilidade nacional em 2007, com o filme “Ó Paí Ó”, e confessa que o trabalho catapultou sua carreira. “Os frutos foram os melhores possíveis, haja vista os trabalhos que eu tenho feito. Foi um divisor de águas da minha carreira e o 'Tapas e Beijos' [2011-2015] também foi outra virada na minha”.
Contratado da TV Globo, o artista que concluiu recentemente o trabalho na novela "A Lei do Amor" e está no ar no programa "Zorra Total", mas adianta futuros projetos. "Vou participar do reality show 'Pop Star'. Vai ser tipo um 'The Voice' que só irão participar atores da casa. Estreia em julho. A Bahia vai estar bem representada, mandem axé", pediu. Quando o assunto é uma eventual produção de "Ó Paí, Ó 2", contudo, o ator tergiversa. Durante o Carnaval, a atriz Tânia Tôko - que viveu o personagem Neusão no primeiro longa - sugeriu que a continuação estava sendo planejada. Em maio, Jorge Washington, interprete de Matias, garantiu que as gravações começariam ainda este ano (lembre aqui). Apesar das informações, Érico foi esguio sobre a produção: “Eu não sei. Soube do desejo de acontecer, mas realmente não tenho mais informações”.
Depois da comédia baiana, outros atores do elenco ganharam oportunidades na TV e no cinema, como Tânia Toko e Valdinéia Soriano. Mesmo sem nenhum projeto em vista, Brás falou sobre o desejo de voltar a atuar com os colegas e conterrâneos. “É sempre um prazer contracenar com aquele pessoal todo. Todos os atores que fizeram ‘Ó Paí Ó’ são de certa forma criadores daquela linguagem teatral, deram sua contribuição, interpretaram com responsabilidade e consciência, são proprietários daquele jeito de fazer aquele projeto”. Morando há 7 anos no Rio de Janeiro, e casado com uma carioca, o baiano escolheu sua terra natal para estrear seu novo projeto. “Salvador é muito especial, é um estado nosso [referindo-se a esposa]. Kenia é neta de baiano, ela também renasceu no candomblé na Bahia”. O ator ainda confessa: “Quando eu tenho saudade de Salvador é no Vila Velha que eu passo”, concluiu.
SERVIÇO
O QUÊ: Espetáculo ‘Double Black’
QUANDO: 3 e 4 de junho, às 21h e 19h
ONDE: Teatro Jorge Amado
VALOR: R$ 76 (inteira) /38 (meia)
Tânia Toko fala sobre peça 'Nú Buzú' e diz desconhecer continuação de 'Ó Paí, Ó'
![](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/tania2.jpg)
Além de atuar, Tânia escreve e dirige a peça 'Nú Buzú. Foto: Divulgação.
![](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/tania3.jpg)
A atriz ganhou fama com a personagem Neuzão, no filme e série "Ó paí, Ó". Foto: Divulgação
7ª temporada da peça "Nú Buzú", dirigida, escrita e atuada pela artista Tânia Toko
Quando: Quintas, sextas e sábados (até o dia 7 de fevereiro).
Onde: Espaço Xisto Bahia, Barris (biblioteca central)
Horário: 20h
Valor: R$30 (inteira) e R$15 (meia)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.