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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

preconceito

Estudantes que hostilizaram universitária de 40 anos desistem de graduação após abertura de processo disciplinar
Foto: Reprodução

As três estudantes que hostilizaram uma universitária de 45 anos por conta de sua idade abandonaram o curso de Biomedicina em uma universidade particular de São Paulo. A informação foi confirmada na manhã desta quinta-feira (16) pela própria instituição Unisagrado, após a instituição abrir um processo disciplinar para apurar a conduta das três jovens.

 

De acordo com o G1, por conta do abandono de Giovana Cassalatti, Beatriz Pontes e Bárbara Calixto no curso, a investigação e tomada de providências da universidade sobre a hostilização “perdeu o objeto e por isso foi finalizado".

 

O CASO
Na terça-feira (14), um vídeo de um grupo de jovens zombando da idade de sua colega repercutiu nas redes sociais. Na publicação, elas afirmam que ela deveria estar “aposentada” (relembre aqui).

 

Veja o vídeo:

 

Universitária de 45 anos é hostilizada por conta de sua idade e rebate: "Não vou desistir"
Foto: Divulgação

Um vídeo de um grupo de jovens hostilizando uma universitária de 45 anos repercutiu nas redes sociais. Na publicação, as estudantes de Biomedicina de uma faculdade particular em São Paulo zombam da idade de sua colega e afirmam que ela deveria estar “aposentada”.

 

Em resposta, a aluna hostilizada, Patrícia Linhares, disse que começou a cursar Biomedicina este ano, e que era uma vontade que ela tinha há muito tempo, mas que só pôde ser concretizada agora.

 

“É um sonho de adolescência que nunca pude realizar porque tive várias interrupções de estudo. E agora também não vou desistir, o sonho não morreu dentro de mim”, afirmou para o portal G1.

 

Linhares assistiu à publicação pouco antes de uma apresentação na sala de aula e ficou abalada. "Como eu estava com muito medo do trabalho, até porque é algo novo para mim, comecei a chorar”, contou.

 

No mesmo dia, um outro grupo de colegas de Linhares percebeu a tristeza da estudante e resolveu presenteá-la com cartas e um buquê de flores.

 

Veja o vídeo que repercutiu nas redes sociais:

 

Vereador gaúcho é expulso do Patriota após declarações preconceituosas sobre baianos
Foto: Reprodução

O vereador Sandro Fantinel, de Caxias do Sul-RS, foi expulso do Patriota, partido que o abrigava até esta quarta-feira (1º). A decisão foi anunciada pela legenda em nota à imprensa nesta tarde, após forte repercussão da fala do parlamentar, destilando preconceitos contra os baianos.

 

De acordo com o Patriota, o pronunciamento de Fantinel na Câmara Municipal de Caxias do Sul foi “está maculado por grave desrespeito a princípios e direitos constitucionalmente assegurados, à dignidade humana, à igualdade, ao decoro, à ordem, ao trabalho, já que se refere de forma vil a seres humanos tristemente encontrados em  situação degradante”.

 

Ainda segundo a legenda, a fala de Fantinel durante sessão na Câmara de Caxias "torna inconciliável sua permanência nas fileiras do Patriota, partido que prima pelo respeito às leis, à vida e à equidade".

VÍDEO: “Única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor”, diz vereador gaúcho sobre a Bahia
Foto: Reprodução

Mais um caso de xenofobia contra os baianos está chamando bastante atenção nas redes sociais. Desta vez, foi o vereador de Caxias do Sul, Sandro Fantinel (Patriotas), que destilou diversos preconceitos contra o povo da Bahia, ao comentar nesta terça-feira (28) a descoberta da exploração de trabalho análogo à escravidão em vinícolas do Rio Grande do Sul.

 

A situação ocorreu na última sexta (24), quando uma operação da Polícia Rodoviária Federal resgatou centenas de trabalhadores que estavam sendo explorados em vinícolas do município de Bento Gonçalves, no interior do Rio Grande do Sul. A imensa maioria das vítimas era oriunda da Bahia.

 

Entretanto, segundo o vereador de Caxias, a atuação do poder público nesse caso foi excessiva e favoreceu os baianos, frente aos produtores de vinho gaúchos.

 

“Agora o patrão vai ter que pagar empregada para fazer a limpeza todo dia para os bonitos também? É isso que tem que acontecer? Temos que botar eles num hotel cinco estrelas para não ter problema com o Ministério do Trabalho? É isso que nós temos que fazer?”, questionou Fantinel.

 

Para o vereador, os trabalhadores seriam os responsáveis pela confusão e de não deveriam mais ser contratados para atuar em propriedades no Rio Grande do Sul. Fantinel chega a sugerir a contratação de argentinos, que seriam “mais limpos” em relação aos baianos.

 

“Agricultores, produtores, empresas agrícolas que estão neste momento me acompanhando, eu vou dar um conselho para vocês: não contratem mais aquela gente lá de cima. Conversem comigo, vamos criar uma linha e vamos contratar os argentinos. Porque todos os agricultores que têm argentinos trabalhando hoje só batem palmas. São limpos, trabalhadores, corretos, cumprem o horário, mantêm a cara limpa e, no dia de ir embora, ainda agradecem ao patrão pelo serviço prestado e pelo dinheiro que receberam” afirmou.

 

O vereador ainda sugeriu que os baianos seriam acostumados apenas a carnaval, festa, tambor e praia, ignorando que a maior parte do território da Bahia é sertanejo, bem distante da folia e da umidade soteropolitana.

 

“Agora, com os baianos – que a única cultura que eles têm é viver na praia tocando tambor –, era normal que se fosse ter esse tipo de problema. Que isso sirva de lição: deixem de lado aquele povo que é acostumado com carnaval e festa, para vocês não se incomodarem novamente”, continuou Fantinel.

 

A fala do político gaúcho remete à reta final do período escravista no Brasil, quando diversos produtores rurais, com o apoio do estado brasileiro, importaram trabalhadores europeus, descartando a massa de brasileiros e africanos que tinham deixado a escravidão e buscavam trabalho digno no país.

 

“Então vamos abrir o olho, povo que me assiste, quando falam em análogo à escravidão, porque eu conheço bem como é que funciona essa situação. A intenção é trabalhar 10, 15, 20 dias e receber 60, mais os direitos”, concluiu o vereador.

 

Confira abaixo o vídeo completo da fala xenofóbica de Sandro Fantinel.

 

 

 

Léo Kret espera não ver casos de preconceito no carnaval: “se travestir de mulher não é fantasia”
Foto: Fhelipe dos Anjos / Bahia Notícias

Ouvidora da Secretaria Municipal de Reparação [Semur] Leo Kret disse que a pasta var marcar de forma cerrada o preconceito na folia. Segundo ela, travestis e pessoas trans não se fantasiam para curtir a festa.

 

“Na verdade, a gente sabe que se travestir de mulher não é fantasia. Você chegar e botar fantasia, aí você vai estar o quê? Querendo se se passar por uma mulher trans, querendo depreciar a imagem de mulheres travestis. Então, se você puder fazer uma coisa que não vai constranger nós mulheres trans e travestis, assim como também índios, pessoas pretas, negras, que já passam por tanta dificuldade, então, por favor, vamos evitar esse constrangimento. E quem proibiu, por favor, fiscalize, viu? Porque não adianta chegar na TV e falar que é proibido e não fiscalizar. Então, carnaval está aqui e se vestir de mulher não é fantasia", afirmou.

 

Léo Kret participou do final dos festejos pré-carnavalescos, ocorrido na noite desta quarta-feira (15) no bairro da Barra. kret informou que a Semur vai contar com 80 pessoas para fiscalizar possíveis práticas de intolerância e preconceito contra pessoas LGBTQIA+, negras, indígenas, entre outras minorias sociais.

 

A ouvidora informou que vai estar na folia na sexta-feira (17) no trio de Anitta, na sexta, com Oh Polêmico no sábado, mesmo dia que trará uma novidade para a festa, a Pipoca do Todes.

 

MÚSICA DA FOLIA

Em relação à música do carnaval, Léo Kret espera que Oh Polêmico fature a disputa."Tô apostando nOh Polêmico. Léo Santana é muito meu amigo, mas eu gosto de dar oportunidades a novas pessoas. Léo já está grandão, o gigante, a música dele é maravilhosa, o compositor é meu amigo, Adriel,  mas eu queria muito que Oh Polêmico ganhasse”, soltou.

Ator Sulivã Bispo relata 'abordagem constrangedora' e racismo em aeroporto de PE
Ator retornava das férias em Pernambuco | Foto: Reprodução / Instagram

Conhecido por interpretar “Mainha” no espetáculo “Na Rédea Curta”, o ator baiano Sulivã Bispo denunciou um episódio de racismo cometido por agente de segurança no aeroporto de Recife, em Pernambuco, quando ele retornava de suas férias em Porto de Galinhas para Salvador, na quarta-feira (8).

 

“Pra quem é negro o raio-x do aeroporto sempre trará uma abordagem constrangedora. Mas nunca tinha sido desrespeitado de forma tão agressiva como no aeroporto de Recife”, desabafou o artista, em sua conta oficial no Twitter. 

 

“O agente não se contentou em pedir para que eu tirasse o sapato e em me revistar três vezes. Solicitou que eu soltasse os cabelos passando o detector de metais e coçou o meu couro cabeludo como se fosse encontrar algo ilícito na minha cabeça”, relatou o ator, indignado.

 

O baiano disse ainda que ao questionar o segurança sobre “o modo exagerado da abordagem”, o homem afirmou que era um “protocolo de segurança”. Insatisfeito com a resposta, Sulivã Bispo conta que decidiu reagir. “Foi aí que Koanza me irradiou! Gritei bem alto que eles eram racistas e que a abordagem foi preconceituosa, fiz um ESC NDALO no aeroporto e constrangi quem queria me humilhar”, concluiu.

Ana Paula Padrão se desculpa após dizer que bode é 'prato de fome' no Masterchef
Foto:

Apresentadora do Masterchef Brasil, Ana Paula Padrão foi alvo de críticas do público nordestino após uma fala a respeito da carne de bode na última edição do reality show gastronômico, exibido nesta terça-feira (7), na Band.

 

Em uma prova na qual os competidores tinham que preparar pratos com carnes exóticas, o convidado especial da noite, Rafael Cortez, disse aos jurados que de todas as proteínas à disposição - dentre as quais rã, escargot, jacaré, galinha d’angola e marreco -, a que jamais comeria seria o bode, classificando-a como “incomível”. 

 

Ana Paula então, comentou sobre o tema, dizendo que o alimento típico da cultura gastronômica do Nordeste "é um prato muito comum, é um prato de fome, é um prato de quem tem muito pouca coisa".

 

Veja parte do episódio do Masterchef Brasil:

 

Após a exibição do episódio e as críticas geradas pela fala, a apresentadora usou as redes sociais para pedir desculpas e alegou que a edição do programa não exibiu todo seu discurso e comprometeu o sentido. 

 

Citando um amigo de Cabrobró, em Pernambuco, que teria lhe detalhado o contexto histórico do bode para a região e destacando o fato da cultura gastronômica em torno do alimento ter se desenvolvido muito nos últimos anos, Ana disse que chegou a falar sobre isso em cenas que não foram exibidas. 

 

“Quando o nosso convidado Rafael Cortez disse para a chef Helena Rizzo que daquelas carnes ele não comeria jamais seria o bode, que seria um bicho ‘incomível’, eu falei pra ele: ‘você não sabe o que está perdendo’ e contei um pouco dessa história para ele. Mas nem tudo que a gente grava vai ao ar”, se justificou. “E estou aqui pra, humildemente, pedir desculpas! A frase que foi ao ar não reflete o que eu penso, nem o que já estudei da região! Não reflete nem a minha história pessoal e nem a história do Masterchef que tenta sempre trazer ingredientes diferentes e jeitos de cozinhar diferentes de todas as regiões do Brasil pra que se tornem mais conhecidos e sejam motivo de orgulho pra todo Brasil”, acrescentou.

 


Confira o vídeo do pedido de desculpas:

'Foi pelo conjunto da obra', diz criador do Rec-Beat sobre suspensão do show de Karol Conká
Foto: Reprodução / G1 Pop Arte

A cantora e apresentadora Karol Conká teve sua participação no Rec-Beat retirada da programação da edição virtual do evento (veja aqui). A suspensão da apresentação do registro audiovisual da artista aconteceu após repetidas declarações e atitudes problemáticas dentro do confinamento do Big Brother Brasil. Segundo o criador do festival, Antônio Gutierrez (Gutie), a decisão foi "pelo conjunto da obra".

 

"[Ela] começou com declarações xenofóbicas (entenda aqui) logo no início que já foi o suficiente para a gente entender que ela estava totalmente desintonizada com o conceito e os princípios do festival, principalmente por ser um festival nordestino na sua gênese, apesar de ser reconhecido nacionalmente", disse Gutierrez ao Bahia Notícias.

 

Para o produtor, a partir das primeiras demonstrações da cantora no BBB, já foi possível perceber um desalinhamento com a "linguagem do festival". "A cada momento foi uma nova faceta e todas que confrontam com os princípios do festival", argumentou. 

 

 

Ao longo dos 25 anos do Rec-Beat, que nas edições anteriores aconteceu no Cais da Alfândega de maneira paralela ao Carnaval de Recife, passaram pela festa grandes nomes da cena musical brasileira, dentre eles Luiz Melodia, Gaby Amarantos, Jards Macalé e o grupo Nação Zumbi. 

 

De acordo com Gutie, essa história é marcada pela livre expressão e a quebra de preconceitos. "A gente trata de questões de gênero e inclusão desde o início, quando esse temas nem eram debatidos na sociedade", justificou. "Não é um cancelamento contra a pessoa, isso é uma questão dela com ela mesma. A Karol Conká é problema dela. Ela, como artista, como uma pessoa que vai subir no palco e colocar suas verdades para aquele público, e que a gente espera que tenha um discurso e proposições transformadoras, interrompeu isso".

 

Ele revela que houve uma decepção, tanto do público quanto da organização, em relação ao que a cantora curitibana propunha em sua obra e no discurso que sustentava nos palcos e na mídia se comparado ao que ela vem demonstrando dentro do reality show.

 

"Se eu estivesse vendo o BBB hoje, na primeira declaração dela com a menina da Paraíba [Juliette] seria suficiente para entender que aquela artista não tinha salvaguarda para subir no palco do Rec-Beat, nem seria convidada. Nunca cometi o equívoco de trazer um artista contraditório para o meu palco", alertou, salientando que não se tratou de um erro de curadoria. "Estávamos pautados por um trabalho artístico que ela vinha desenvolvendo até então, que todo mundo estava acessando".

 

O idealizador do Rec-Beat ainda conta que a organização só soube da ida de Conká para o BBB "depois de tudo pronto, contrato assinado, material gravado". "A princípio ficamos reticentes porque a gente sabe que aquele lugar ali é uma ratoeira. Aquele lugar não é fácil, ali não é para fracos, não é para quem não tem verdade porque as máscaras caem", completou.

 


Rec-Beat no Cais da Alfândega | Foto: Ariel Martini/Divulgação

 

COMO VAI FICAR A PROGRAMAÇÃO?
A exibição da gravação de Karol Conká estava marcada para o próximo dia 14 de fevereiro, junto com a de outros nomes como Mateus Aleluia, Céu, MC Troia, Getúlio Abelha e O Terno. O espaço de Conká não será substituído por outro artista por falta de tempo hábil.

 

"Nosso conteúdo está bem próximo de um conteúdo cinematográfico, de produção de videoclipes. Não temos tempo de substituir Karol com o mesmo padrão de qualidade e [não dispomos] de recursos para produzir um novo investimento em um prazo tão curto. Para você ter uma ideia, todo o material já está praticamente pronto, sendo finalizado", explicou Gutie.

 

As declarações xenofóbicas da artista na casa do BBB 21 fizeram com que o Rec-Beat contasse com uma atividade que debatesse o assunto. O anúncio foi feito no comunicado que confirmou o cancelamento do show. O bate-papo deve contar com especialistas que estudam o tema.

'Não sou afro-brasileiro', dispara presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo
Foto: Sérgio Lima / Poder360

O presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo, rejeitou a identificação como afro-brasileiro. O jornalista utilizou sua conta no Twitter nesta quinta-feira (6) para comentar sobre o assunto.

 

"Não sou um afro-brasileiro! Nenhum cidadão preto nascido no Brasil é! A esquerda tenta nos prender ao passado e usa o prefixo 'afro' para fomentar o rancor e dividir o povo", disse o jornalista.

 

"Pretos são 100% brasileiros e ajudarão a fazer do Brasil um país melhor, livre da esquerda escravocrata", concluiu. Camargo está desde fevereiro do ano passado à frente do órgão que visa promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.

 

 

Conhecido por posições contrárias ao movimeento negro e ações afirmativas, ele foi reconduzido ao cargo após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatar um recurso da Advocacia Geral da União (AGU) que pedia que sua nomeação fosse reconsiderada (clique aqui).

 

Dentre os episódios que marcam a sua gestão na Fundação Palmares estão a exclusão de pessoas negras importantes da lista de homenageados (veja aqui) e a interrupção nas comemorações do Mês da Consciência Negra pelo órgão (relembre aqui). 

Montado por videoconferência na pandemia, espetáculo 'Jennifer' estreia na próxima quinta
Foto: Diney Araújo

Driblando as dificuldades do isolamento, o espetáculo “Jennifer”, montado durante a pandemia, estreia na próxima quinta-feira (17) e segue em cartaz até o dia 20 de dezembro, sempre às 20h, através do aplicativo Zoom. Após a apresentação, o público poderá participar de um bate-papo com a equipe.

 

Protagonizado pela atriz Matheuzza Xavier e com Zeca de Abreu no elenco, a montagem tem como proposta de ressignificar estigmas através de um maior contato com a comunidade Lgbtq+, sobretudo a trans, que geralmente é a mais marginalizada. 

 

O enredo gira em torno da relação conflituosa de Jeniffer com sua mãe Nazaré (Zeca de Abreu), que não aceita a orientação e condição sexual da filha, e o namorado Gustavo (Sidnaldo Lopes). "A história surgiu de uma inquietação: ‘Quem somos nós para julgarmos os outros?’ Já vinha pensando muito sobre o universo T dentro da comunidade Lgbtqia+. Então, resolvi escrever o espetáculo após ver uma foto de Zeca e Matheuzza em uma aula. Naquele momento, percebi que elas seriam as personagens que norteariam o enredo. Em seguida, deixei as informações, os dados e as vivências me conduzirem na escrita e hoje temos mais que uma obra artística que agregou pessoas, deu voz aos que antes não tinham e que vai ser objeto de representatividade para tantos e tantas pessoas lgbtqia+ em especial o universo T, que merece todo nosso respeito e reparação por tantas atrocidades feitas contra estas pessoas”, explica Oliveira Pedreira, autor e diretor da peça.

 

“Pra mim, fazer esse espetáculo foi a abertura de uma porta. Faço teatro há muitos anos e com a pandemia questionei o lugar da arte nesse momento. Foi aí que apareceu Oliveira Pedreira com o convite para esse processo todo online. Topei e logo de cara tive contato com um universo cheio de possibilidades e belezas em que nós, enquanto sociedade, precisamos conhecer e preservar. Fiquei apaixonada pelo texto e pela minha personagem ‘Nazaré’, que é uma mãe vítima de um sistema de opressão social e psicológica que torna pessoas boas em vilões trágicos. Jennifer é um daqueles espetáculos para tocar uma geração”, definiu Zeca.

 

Matheuzza, por sua vez, destacou o quanto a sociedade impõe uma marginalização das pessoas trans e comemorou o fato de poder levar ao palco esta discussão. "Poder estar em um espetáculo que nos traz visibilidade, em que temos a possibilidade de vivenciar as nossas identidades de travesti, de pessoa trans, é muito gratificante. A sociedade nos coloca uma carga histórica de fetichizar, de estereotipar, de patologizar. É como se a gente pertencesse ao submundo, num universo de segregação que só nós convivemos e entendemos, porque todas as possibilidades de trabalho, de auxílio à saúde, à educação, de bem estar, são negadas. O Brasil infelizmente ‘ostenta’ o pior lugar do mundo para uma pessoa travesti e trans viver. Nossa expectativa de vida é de 35 anos, contra 74 da expectativa do país”, comentou.  

 

O elenco conta ainda com Zé Carlos de Deus, Lene Nascimento, Enzo Iroko, Nana Dió, Lavigne Rosa e Morgana Lobo. 

 
SERVIÇO
O QUÊ:
Espetáculo “Jennifer”
QUANDO: 17 a 20 de dezembro, às 20h
ONDE: Aplicativo Zoom
VALOR: Valores variam entre ingressos gratuitos, passando por R$ 5, até R$ 40 de contribuição (clique aqui)

Com lançamento sobre racismo, artistas aderem ao movimento 'Em Desconstrução'
Foto: Divulgação

Nomes como Fabio Porchat, Nany People, Bruno Motta, Facundo Guerra e Jefferson Schroeder aderiram ao movimento nacional “Em Desconstrução”. Lançada neste sábado (8), tendo como primeiro tema o racismo, a iniciativa traz as personalidades “assumindo” seus preconceitos e incentivando a sociedade a discutir e se conscientizar para a necessidade de se “desconstruir”.

 

“A ideia é expor preconceitos estruturais, que residem em cada um de nós, pois todos temos em maior ou menor grau, conceitos pré-concebidos na construção do nosso caráter, isso, em função do meio em que fomos criados”, explica o idealizador da campanha, Marcos Guimarães.

 

Composto por podcasts, lives, vídeos e posts para mídias sociais, o movimento traz as personalidades falando em um tom confessional, um desabafo num grupo de apoio. “O diferencial é não apontar o dedo para ninguém, senão para nós mesmos. Nosso objetivo é transpor a atitude defensiva que as pessoas têm diante do tema. Desde as que tem 1% de preconceito até as que tem 99%, ainda por dissipar”, completa Guimarães.

 

Outros nomes que aderiram à a causa contra o racismo são André Arteche, André Neto, André Vasco, Gabriel Barreto, Gustavo Mendes, Julyana Lee, Junior Chicó, Rafael Infante e Regina Volpato, Robson Nunes e Micheli Machado.

Gilberto Gil fala sobre preconceito na adolescência: 'Ali comecei a notar o racismo'
Foto: Reprodução / Globoplay

O músico Gilberto Gil foi o entrevistado do programa Conversa com Bial desta quarta-feira (5). Na atração, o baiano falou sobre a percepção do racismo desde a adolescência. Segundo ele, o processo para notar o preconceito foi tardio e músicas do cantor Jorge Ben Jor o influenciaram.

 

"Só fui perceber essas questões graves da vida no mundo muito mais tarde. Já no colégio, no ginásio", comentou. Conforme publicou o Estadão, ele comentou que por ter pais importantes na cidade - um médico e uma professora - não sentia que era vítima de racismo quando morava em Ituaçu, no interior da Bahia, na década de 1950.

 

Os pais de Gil o enviaram para um colégio de elite e lá ele viu que a grande maioria das centenas de alunos eram brancos, com apenas "10 negros na melhor das hipóteses". Nesse espaço que ele começou a notar "o racismo, discriminação, o deslocamento social que aquele grupo étnico sofria".

 

Segundo o músico, Jorge Ben teve uma participação importante em seu processo para ter uma "conscientização, compreensão das dificuldades de ser negro no mundo de hoje". Ele citou durante a entrevista uma "força expressiva" do colega na "manifestação clara da afirmação da grandeza negra".

'Mostrou ser um nanico, um bostinha sem senso de humor', diz Barbara Gancia sobre Emicida
Fotos: Divulgação

Depois de ser mencionada por Emicida, durante o programa Roda Viva exibido nesta segunda-feira (27), na TV Cultura, Barbara Gancia fez duras críticas ao rapper. “Esse rapazinho deveria parar de ouvir apenas o som da própria voz. Essa viagem de achar que por ser defensor dos pobres e oprimidos ele tem o direito de sair por aí espinafrando os outros sem procurar se informar provavelmente vai lhe custar alguns dias no purgatório antes de sentar-se à direita de Deus Pai, como ele parece almejar”, escreveu a jornalista e apresentadora em sua conta no Twitter, nesta terça (28).

 

O atrito acontece, porque o artista lembrou de um texto publicado por Barbara em 2007, no qual ela  sugeria que o hip hop estava vinculado ao tráfico de drogas (clique aqui e saiba mais). “De minha parte, eu já expliquei um milhão de vezes, inclusive para ele pessoalmente, que fui uma das tantas pessoas da minha geração que não conseguiam achar graça em ver alguém pegar uma música de sucesso, gravar a própria voz em cima e sair dizendo que se tratava de uma composição sua. Pois é, era assim que a topeira aqui via o rap. Tirei um sarro disso na minha coluna da Folha algumas vezes. Daí tomei tanta porrada que resolvi tomar vergonha na cara e ir estudar a história do rap e do hip-hop pra entender do que se tratava”, alegou a apresentadora, afirmando que depois de “passar dia e noite ouvindo pra aprender” teve como resultado “uma completa conversão”.

 

“Gostaria de convidar a todos para visitar agora mesmo o meu perfil no Spotify (@bgancia ) e conferir as minhas playlists para verificar se há hip-hop, se eu sou essa pessoa escrota que esse moleque está dizendo que sou. Eu era idiota, tomei na cabeça, fui lá, ralei e aprendi”, disse a jornalista, destacando que Emicida não procurou saber quem ela é antes de “esculhambar publicamente”, mesmo sabendo “o custo que um ataque desse tipo pode ter nas redes sociais justiceiras e magnânimas dos dias de hoje”. Segundo Barbara Gancia, Emicida “mostrou ser um nanico, um bostinha sem senso de humor, o mesmo que reagiu feito moleque chorão quando eu tirei sarro dele no Twitter”.

 

A jornalista lamentou o comportamento do músico e defendeu que ele deveria ter aprendido a respeitá-la, já que ambos trabalham no GNT. “Somos colegas de elenco, eu tenho idade pra ser mãe dele, a nossa chefe já falou pra ele que ele estava errado em me julgar tão mal e, na real, eu acho o trabalho social que ele faz admirável. Mas essa parada aqui comigo passou dos limites, melancólica mesmo. Ele continua sendo o mesmo que se recusou a trabalhar comigo na Copa da Rússia, o mesmo que me julga sem nem sequer se questionar porque alguém que ele considera tão desprezível ocuparia espaços em lugares tão próximos aqueles em que ele também está presente. Seriam todos idiotas e só ele enxerga a verdade? Olha só, Emicida: humildade é boa e mandou lembranças, sabichão”, concluiu.

Emicida rechaça preconceito e defende rap: 'Apologia do crime é forma como brasileiro vive'
Foto: Reprodução / TV Cultura

Convidado do programa Roda Viva, exibido na TV Cultura, nesta segunda-feira (27), o rapper Emicida foi em defesa do movimento musical, ao ser questionado por Vera Magalhães. "Vou fazer uma pergunta que aparece muito aqui no Twitter, que é se o rap é condescendente com o crime organizado ou deixa de fazer uma crítica mais dura ao crime organizado, que ele faz, por exemplo, às forças policiais e ao Estado", perguntou a jornalista, mediadora do debate.

 

“A condescendência com o crime organizado, isso é uma análise que eu acho bastante preconceituosa, entende? Desde quando narrar uma determinada situação que está vinculada ao crime faz de você um apologista dessa situação? E se isso faz de você um apologista daquela situação, então você tem que começar a pegar o Datena, que faz isso todo dia na televisão, ilustrando um monte de crime, empurrando isso aí goela abaixo da sociedade brasileira e aquilo é entendido como jornalismo, por mais nojento que seja", rebateu o músico, destacando que “a música faz um retrato de onde as pessoas vivem".

 

Ao final da resposta, Emicida foi ainda mais enfático: “Apologia ao crime é a forma como o brasileiro vive, qualquer outra coisa que tente associar ao movimento cultural, isso aí é tirar o foco de onde ele deve estar”, afirmou.

 

Durante a entrevista, Emicida fez uma crítica ainda a um texto da jornalista e apresentadora Barbara Gancia, intitulado “Cultura de Bacilos” (clique aqui), no qual ela sugeria que o hip hop estava vinculado ao tráfico de drogas. “Se usamos verbas públicas para ensinar hip-hop, rap e funk, por que não incluir na lista axé ou dança da garrafa?”, questionava ela, sobre financiamento público para a cultura no governo Lula.

 

Confira o programa completo:

Com desfile em atraso, Mudança do Garcia segue seu rito de protesto e tradição
Foto: Enaldo Pinto / Ag Haack / Bahia Notícias

Somando mais de 50 anos de tradição, a Mudança do Garcia segue concentrada no fim de linha do bairro, nesta segunda-feira (24), com seus blocos de protesto, personagens fantasiados e o folião assíduo, que não deixa nenhuma edição passar em branco. A saída dos trios estava marcada para as 11h, mas houve um atraso no Circuito Riachão.


Dentre as figuras tarimbadas na folia engajada da Mudança, que este ano tem “Intolerância Zero” como tema, estão Divina Valéria (clique aqui) e o ator George Washington (clique aqui), que nasceu na liberdade, mas sempre vai ao bairro do Centro de Salvador.


Até as 12h, o movimento de blocos de protesto foi menor em relação ao carnaval passado, mas o movimento na via principal do Garcia é intenso. 

Com mais de 40 carnavais, Divina Valéria aprecia folia histórica da Mudança do Garcia
Foto: Enaldo Pinto / Ag Haack / Bahia Notícias

Figurinha tarimbada no carnaval de Salvador, a atriz e cantora transformista carioca Divina Valéria acompanhou mais uma Mudança do Garcia, nesta segunda-feira (24), e comparou a festa no passado e atualmente. 


“Participei tanto do carnaval da Bahia, que hoje eu sinto um carnaval diferente. Houve uma mudança, não tem mais aquela coisa tradicional do carnaval, da Mudança. É porque entrou muita gente que nem sabe o que é a Mudança do Garcia e eu que frequento há muitos anos, lógico que encontro uma diferença muito grande. Mas não deixa de ser uma coisa animada, ainda é uma coisa que resta do carnaval antigo e é isso aí”, avaliou a artista, lembrando que está presente na folia há mais de quatro décadas. “São 46 anos [de carnaval], eu fui homenageada pelo prêmio Dodô e Osmar há seis anos, pelos meus 40 anos de carnaval e são 12 anos de Bloco do Jacu. Hoje em dia eu venho pra Bahia mais pra olhar de fora, não participo muito como antes”, contou.


Divina Valéria destacou ainda a importância do “Intolerância Zero”, tema da Mudança do Garcia este ano. “É sempre importante alertar as pessoas porque essas coisas não tem que existir. Preconceito contra cor, contra pobreza, LGBT, contra todas as minorias”, disse a atriz, destacando que é inadmissível a violência, sobretudo no carnaval,  “um momento de alegria, que as pessoas saem para se divertir”. 

Com debate sobre 'surdos que ouvem', projeto baiano rompe paradigmas no ambiente escolar
Foto: Divulgação

Único representante baiano entre 15 ideias de todo país selecionadas pelo desafio “Inovadores Surdos Que Ouvem” - lançado pela comunidade de mesmo nome no Facebook -, o projeto “Surdos que Ouvem e Tecnologias Auditivas” tem movimentado o Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC), escola da rede estadual situada no Colégio Central, em Salvador. Realizado com o objetivo de dar visibilidade e conscientizar a sociedade a respeito dos diferentes níveis da surdez e suas implicações, o projeto foi idealizado pela professora e mestre em Educação Vânia Barros e culmina em um evento que inclui roda de conversa, experiências sensoriais e exposições artísticas, no dia 6 de dezembro, das 10h às 12h, com participação de professores, alunos, familiares, além de profissionais de saúde e educação. 


“Essa comunidade ‘Surdos Que Ouvem’, na verdade, nasceu de um grupo chamado ‘Crônicas da Surdez’, que é liderado por uma pessoa chamada Paula Pfeifer. Ela participou do Community Leadership Program, do Facebook, ganhou como residente pela América Latina e através disso teve acesso a um fundo financeiro para ter oportunidade de criar projetos que pudessem beneficiar a comunidade surda, dos surdos que ouvem, e essa causa. Isso foi no ano passado, e desde então ela vem fazendo algumas ações”, conta a professora, que atualmente tem 43 anos, mas desde criança sofre com problemas auditivos e hoje se reconhece como “surda que ouve”, grupo formado por pessoas com alguma perda auditiva, mas usa dispositivos eletrônicos para ouvir melhor. 


Uma das ações encabeçadas por Pfeifer é o projeto “Engajamento da comunidade e treinamento de liderança”, que incluiu a ideia de Vânia Barros entre as iniciativas apoiadas. “Dentro disso ela lançou o ‘Desafio Surdos Que Ouvem’, no qual provocou os membros, as pessoas que se declaram como surdos que ouvem lá, ou pais, famílias, para resolver um problema real da comunidade. E aí eu tive essa ideia de fazer alguma coisa aqui na Bahia. Quando a gente fala em surdez, associa logo ao surdo não oralizado, a libras, só que existe uma gama muito extensa aí, existem níveis de surdez, ela tem graus, e nem todo mundo precisa de libras. Às vezes a gente precisa de um outro tipo de acessibilidade, como aparelho auditivo e legenda. Então, eu me senti provocada e aí que eu chego no 'Inovadores Surdos Que Ouvem'”, conta a professora.

 


Projeto levou para o ambiente escolar a discussão sobre "surdos que ouvem" | Foto: Divulgação / CJCC


O apoio dado a quem participa do desafio, no entanto, não aporta qualquer ajuda financeira. “Eles enviam apenas um kit com uma blusa, dois livros, boneco da campanha e folders”, destaca Vânia, explicando que o intuito do projeto é identificar novas lideranças e, consequentemente, treiná-las para que tenham ferramentas necessárias para engajarem outras pessoas na causa. “Os proponentes dos projetos melhor executados, que gerarem mais engajamento, vão ser apenas premiados com um curso de liderança no Facebook aqui mesmo no Brasil. Fora isso não ganhamos nenhum tostão. Estou fazendo o evento com custos mínimos, com apoio da gestão da escola”, revela a educadora.


Este engajamento pôde ser percebido pouco a pouco, desde novembro, a partir das provocações suscitadas por ela, a exemplo de uma experiência sensorial que simulava, no ambiente escolar, a realidade e as dificuldades enfrentadas por pessoas com deficiência, a partir da redução de 30 decibéis da audição de pessoas não surdas. “Eu trabalho em uma escola que tem uma metodologia de oficinas, aí tentei engajar outros professores e alunos dentro desse projeto, que termina com exposição de tudo que foi produzido e uma grande roda de conversa aberta à comunidade”, conta. “A gente vai ter uma exposição de poesia, os alunos de uma determinada oficina se inspiraram nas histórias da iniciativa 1, que é a campanha dos Surdos Que Ouvem. Eles foram lá, ouviram as histórias de 12 pessoas e estão criando poemas para dedicar a essas pessoas. Uma oficina que é mais voltada para papietagem está criando produtos artesanais, aparelhos auditivos artesanais, para serem distribuídos no dia do evento; a gente tem envolvido a oficina de fotografia para cobrir tudo que vem acontecendo”, detalha a educadora, destacando que a ideia é, além de motivar o debate na escola, também engajá-la na tomada de decisões e na percepção sobre quem é o surdo que ouve. “Muitas vezes um surdo que ouve precisa que alguém fale mais alto com ele, fale de frente pra ele, às vezes é alguém que lê lábios também. Eu escolhi o desafio de dar visibilidade a quem são esses sujeitos, os surdos que ouvem, e falar um pouquinho de tecnologias auditivas”, diz Barros. 

 


Alunos participaram de oficinas interdisciplinares e desenvolveram trabalhos voltados para o projeto “Surdos que Ouvem e Tecnologias Auditivas” | Foto: Divulgação / CJCC


Convivendo por quase toda a vida com problemas auditivos e com experiência de décadas no ambiente escolar, Vânia avalia que a escola ainda se dedica pouco a tais questões. “Não só discute pouco, mas vivencia pouco. A gente fala muito em acessibilidade, mas uma vez tendo um aluno surdo na escola, ela precisa garantir essas formas de acessibilidade. Para além dos alunos surdos que existem na escola, existem os não surdos que precisam lidar com isso, que às vezes estão imbuídos de preconceitos, que às vezes cometem bullying com seus colegas. Então, a minha ideia em fazer o evento na escola é dar visibilidade a esse tema na comunidade escolar pra que a gente engaje outras pessoas e crie empatia com esses sujeitos”, explica a educadora, que nem sempre conviveu bem com sua surdez e diz ter relutado muito antes de aceitá-la.


“Eu fui uma criança que cresceu com problemas auditivos, mas eles não eram tão graves. Muito criança eu tive os dois tímpanos perfurados”, lembra a professora, contando que até a adolescência pôde conviver com o problema físico, mas aos poucos viu o quadro se agravar. “À medida que o tempo foi passando eu fui perdendo um pouco da audição, até que quando eu tinha 21 anos eu precisei me submeter a uma cirurgia, uma timpanoplastia, reconstituição de tímpano, e depois disso eu perdi muita audição, ao ponto de ficar com uma perda severa em um dos ouvidos. Eu tenho uma perda de moderada a severa em um dos ouvidos e uma severa no outro”, revela Vânia, que notou aos poucos a deficiência e por um largo período tentou esconder esta realidade. “Eu percebia que eu não conseguia escutar a TV no mesmo tom que as pessoas que estavam no meu lado. Eu percebi que se as pessoas falassem mais de um lado, no meu ouvindo esquerdo, por exemplo, eu escutava. No direito, menos. Porque eu não sabia que eu já tinha uma perda severa naquele ouvido. E quando você começa a se deparar com isso, acho que é um movimento natural de quem sempre ouviu ter medo e negar isso. Então eu acho que inicialmente eu neguei. E quando a gente nega a gente acaba se colocando ‘no armário’ mesmo”, diz a professora.

 


A iniciativa da professora Vânia Barros foi selecionada entre 15 projetos de todo país | Foto: Divulgação / CJCC


Ainda nesse “armário”, ela usou de estratégias para disfarçar a surdez. “Você fica se esforçando pra ouvir e acaba ouvindo. Você se coloca mais perto das pessoas, se você vai a um evento, você senta lá na frente, então você vai ouvir e acaba escondido em seu próprio mundo e não revelando aquilo para as pessoas que estão ao seu redor”, explica Vânia, ressaltando, no entanto, que apesar dos esforços é impossível esconder, pois todos ao redor percebem. “Não tem como você esconder algo que já está visível. Pra mim isso é uma coisa bem básica. Se você não escuta, não consegue se comunicar, as pessoas percebem naturalmente”, avalia.


Junto com a negação veio a angústia, agravada ainda mais quando há cerca de oito anos a médica que a acompanha indicou o uso dos aparelhos auditivos. “Eles funcionariam como remédio, e pra mim foi muito difícil. Eu saí do consultório arrasada, porque, pra mim, querendo ou não, com todo conhecimento que eu tinha, aparelho auditivo estava associado a alguns estereótipos. Eu sabia que eu ia sofrer preconceito e usar o aparelho era justamente dar visibilidade ao que eu nunca quis dar”, conta Barros. Mesmo diante da necessidade, ela resistiu por quase cinco anos, até que a situação ficou insustentável, pois já prejudicava o exercício de sua profissão. Junto a isso, um incidente foi marcante na decisão de aceitar sua condição e o tratamento. “Nesse período teve uma situação que foi meio gota d’água. Eu fui ao teatro, sentei no meio e não consegui ouvir nada da peça. Eu lembro que eu chorei muito e aquela foi a gota d’água pra eu me dizer naquele dia que eu não precisava passar por isso. Eu saí do teatro determinada a usar aparelhos e comecei a pesquisar. Foi nesse período que eu encontrei o site Crônicas da Surdez”, lembra Vânia Barros, que após estudar as várias possibilidades encontrou o dispositivo ideal. “Eu decidi comprar um aparelho que não escondesse a minha surdez, um pouco maior, mas com um pouco mais tecnologia, com bluetooth, que atendesse à minha necessidade nesse mundo de hoje, contemporâneo”, conta a educadora.


A partir da própria experiência, Vânia dedica parte de sua vida e seu ofício para desmistificar alguns preconceitos e desnudar uma realidade ainda pouco discutida no país. “Eu passei por essa fase da revolta, da negação, da aceitação, e eu acho que hoje eu tenho uma obrigação social de falar para outras pessoas que usar um aparelho auditivo não é nenhum bicho de sete cabeças, de dizer que a surdez tem graus, de falar para as pessoas que elas precisam ter uma atitude preventiva em relação a sua audição. Muitas vezes a gente elege o sentido da audição como algo que não é tão importante, nunca faz uma audiometria, nunca vai a um otorrino, só faz isso quando sente alguma dor de ouvido ou garganta. E eu acho que hoje é muito bom dizer que eu uso aparelho auditivo e que ele ajuda a minha vida. Se eu não usasse talvez eu não desse mais aula”, diz a professora, que chegou a perder a capacidade de desfrutar de pequenos prazeres, mas voltou a contemplá-los. “Eu não escutava mais o som de pássaros, e hoje eu escuto. Eu moro do lado de uma reserva, e a primeira coisa que eu faço quando eu acordo é colocar os meus aparelhos. E eles são como óculos, por exemplo. Se você é míope você só enxerga de óculos, então a gente tem que começar a ver o aparelho como essa peça”, defende a professora, que sonha que em um futuro próximo os dispositivos auditivos percam a marca negativa e passem a ser incorporados até como assessórios, como hoje são os óculos.

Racismo e bullying são temas de espetáculo produzido pela Polícia Militar da Bahia
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A Polícia Militar da Bahia, por meio do Grupo de Teatro da PM, estará em cartaz no Teatro Gregório de Mattos com a peça “Tati Búfala”. O espetáculo, que integra a 4ª edição do Festival Estudantil de Artes Cênicas da Bahia, será realizado nos dias 13,14, 20 e 21 novembro, a partir das 15 horas e discutirá temas como bullying, racismo, preconceito e depressão.

 

De autoria do soldado Gabriel Matos e com direção do soldado Luide Prins, “Tati Búfala” terá como protagonista uma adolescente negra da periferia de Alagoinhas. No elenco, além dos atores e atrizes policiais militares, o público poderá conferir a atuação de 10 adolescentes do bairro de Itinga. 

 

Os ingressos da peça “Tati Búfala” estão custando R$ 4,00 (inteira) e R$ 2,00 (meia). As entradas poderão ser adquiridas na bilheteria no Teatro Gregório de Mattos. Todo o dinheiro arrecadado no espetáculo será destinado ao pagamento dos atores civis que integram a peça. 

 

SERVIÇO:
O QUE: Espetáculo “Tati Búfala”
QUANDO: 13,14, 20 e 21 novembro, a partir das 15 horas
ONDE: Teatro Gregório de Mattos, Praça Castro Alves, s/n°, Centro.
VALORES: 
- R$ 2 (meia)
- R$ 4 (inteira)
VENDAS: Bilheteria do Teatro Gregório de Mattos

'Tenho a maior honra de ser chamada de 'paraíba'', diz Bethânia sobre fala de Bolsonaro
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Baiana de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, Maria Bethânia, assim como o irmão Caetano Veloso, não escondem suas origens e, mais do que isso, costumam exaltar sua terra por meio de canções.


Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bethânia, que pouco se manifesta publicamente sobre política, comentou a conversa vazada do presidente Jair Bolsonaro (PSL), na qual ele se referia aos nordestinos como “paraíba” e dizia que o pior era o governador do Maranhão, Flavio Dino (PCdoB), a quem deveria vetar recursos (clique aqui e saiba mais).


“Como nordestina, me dói, não gosto que falem mal de minha terra e das minhas pessoas. Um austríaco não vai gostar se falarem que o Tirol é uma merda”, disse a cantora baiana. “O Brasil é um país. Se você o preside, preside o país inteiro. Mas eu tenho a maior honra de ser chamada de ‘paraíba’”, destacou.


Maria Bethânia criticou ainda a declaração dada por Bolsonaro ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz (clique aqui e entenda). “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele. Ele não vai querer ouvir a verdade. Conto pra ele”, atacou o presidente, gerando reações contrárias até de aliados como o governador de São Paulo, João Dória (clique aqui). 


“Eu tive irmão exilado [Caetano Veloso], amigos meus foram embora, alguns desapareceram. É difícil ouvir isso como uma coisa simples, como se não fosse nada. Muito duro. Fico preocupada. Estou preocupada”, comentou Bethânia, cuja preocupação se estende também aos conflitos recentes como a morte de um cacique waiãpi, no Amapá — cujo assassinato foi desacreditado por Bolsonaro —, e a rebelião em penitenciária no Pará, que resultou em ao menos 58 detentos mortos. “A crueldade está muito grande. É preciso jogar água fria. Não sei como fazer isso. Vou cantando, me expressando, reagindo. As coisas têm que acontecer. É isso ou morrer”, declarou a cantora. “A vida exige coragem sempre. É preciso coragem para chegar a uma situação que traga alegria”, acrescentou.

Vítima de ataques de bolsonaristas, Alcione ganha seguidores após pedir respeito
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Depois de publicar um vídeo no qual pede respeito a Jair Bolsonaro (confira), que na última semana, em tom pejorativo, chamou o povo nordestino de “Paraíba” (clique aqui), Alcione virou alvo de ataques dos simpatizantes do presidente. 


De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, no entanto, apesar da hostilidade de alguns, muitas outras pessoas decidiram manifestar apoio e a artista maranhense acabou ganhando milhares de novos seguidores nas redes sociais. Segundo a publicação, a Marrom recebeu pelo menos 40 mil no Instagram, 13 mil no Facebook e 4500 no Twitter. 

Linn da Quebrada relata episódio de transfobia no Uber e pede posicionamento da empresa
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A cantora transgênero Mc Linn da Quebrada foi a público, nesta segunda-feira (20), para relatar um episódio de transfobia em uma corrida de Uber. “Acabei de passar uma puta situação de constrangimento com a Uber e não é a primeira vez, lógico. Onde o motorista chega no local de embarque e se recusa a me deixar entrar no carro porque eu sou travesti. E aí Uber, já reclamei de problemas assim, de assédio e nada aconteceu. Eu que sou constrangida constantemente e seus motoristas continuam impunes e sendo beneficiados”, escreveu a artista no Twitter, destacando que incidentes do tipo já foram denunciados à empresa, mas que seguem ocorrendo. “Essa não é uma situação pontual e ocasional, é estrutural dentro de sua empresa. E não só comigo. Motoristas racistas, homolesbotransfóbicos, elitistas e invasivos. Isso não é por mim, é pra que outras como eu possam se sentir seguras e confortáveis na sua caminhada Uber”, acrescentou.


“O mínimo que você Uber deveria fazer é fornecer algum tipo de treinamento no que diz respeito não só à diversidade e respeito, [mas] à relações humanas”, pontuou ainda a artista, cobrando um posicionamento da empresa com relação a “esse tipo de motorista que nos violenta constantemente” e destacando que “se você não se posiciona e permite violência, você apoia”. A cantora aproveitou também para criticar o uso do apoio aos LGBTs como ferramenta de marketing. “A diversidade só te interessa enquanto palanque e captação monetária?”, questionou Linn da Quebrada. 

Pabllo Vittar lança o clipe da música 'Indestrutível' nesta terça-feira
Foto: Reprodução / Youtube

Pabllo Vittar lançou nesta terça-feira (10) o clipe da música “Indestrutível”.  Com imagens em preto e branco, o vídeo traz cenas que abordam homofobia e preconceito que pessoas da comunidade LGBTQ. Logo nas primeiras imagens, o vídeo traz uma informação: “73% dos jovens LGBTQ+ no Brasil são vítimas de bullying e violência nas escolas”. Uma mensagem de superação é mostrada no final do clipe, quando o personagem principal consegue se tornar mais forte do que as críticas que recebe. “Indestrutível” tem direção e produção de Bruno Ilogti, responsável por “Sua Cara”, música feita por Anitta e a drag queen. 

 

 

 

 

'Ainda falta espaço para cantoras negras', afirma IZA durante entrevista a revista
Foto: Camila Basílio

A cantora IZA vem se destacando no cenário musical do país, apresentando um discurso de empoderamento da mulher negra. Ao estampar o editorial de moda da revista Glamour do mês de agosto, a carioca falou que “ainda falta espaço para cantoras negras na música”. A artista citou Ludmilla, Karol Conka, e Elza Soares, como cantoras negras com visibilidade no mercado, mas que, nem por isso, o preconceito deixou de existir. Apesar da queixa, IZA afirmou não sofrer discriminação racial ao exercer sua profissão. “Sofri muito durante a vida, mas no palco não”, apontou. IZA ganhou visibilidade no meio artístico há três anos, ao publicar covers no Youtube de Beyoncé, Rihanna, entre outras artitas internacionais. 

Mulher fala sobre racismo e emociona Lázaro Ramos e participantes da Flip, em Paraty
Foto: Reprodução/ Facebook

O relato de uma professora, durante uma palestra do ator Lázaro Ramos, na Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), tem emocionado diversas pessoas nas redes sociais. A fala de Diva Guimarães, mulher negra e pobre, ocorreu nesta sexta-feira (28), se tornou um dos momentos mais emocionantes do festival. "Eu fiquei muito emocionada que você chamou atenção de que estamos em uma plateia de maioria branca. Sou do sul do Paraná, você já pode imaginar... Só sobrevivi porque tive uma mãe que passou por toda humilhação para que os filhos pudessem estudar. Fui para um colégio interno aos cinco anos. Passavam as freiras, as missões pelas cidades recolhendo as crianças como se fosse assim... Em troca de você ir para essa escola estudar, na verdade você ia para trabalhar. Eu trabalhei duro desde os cinco anos. Sou neta de escravos. Aparentemente a gente teve uma libertação que não existe até hoje”, desabafou. Diva ainda falou sobre os preconceitos que sofreu ao longo da vida por ser pobre e negra. Ainda relatou que, aos seis anos, escutou uma história das freias que a marcou por toda a vida. "As freiras contavam que Jesus - eu demorei muito para aceitar o tal de Jesus -, Deus, criou um rio e mandou todos tomar banho na água abençoada daquele maldito rio. Ai, as pessoas que são brancas porque eram trabalhadoras e inteligentes. Nós, como negros, somos preguiçosos. E não é verdade. Esse país só vive hoje porque meus antepassadas deram toda a condição. Então, nós, como negros preguiçosos, chegamos no final dos banhos e no rio só tinha lama. E é por isso que só nossas palmas da mãos e pés são claras. Nós só conseguimos tocar isso”, contou. "Ela contava essa história para mostrar aos brancos como nós éramos preguiçosos. E não é verdade. Porque senão nós não tínhamos sobrevivido”, refletiu. Ela ainda lembrou sobre a importância do estudo na sua vida, e sobre sua mãe. "Eu sou uma sobrevivente pela educação. E pela minha mãe. Ela me pedia: 'Olha bem pra mãe. Se você quiser ser como a mãe, não vá para a escola'. E eu dizia: Não vou ser igual a senhora. Então ela me mandava ir estudar. Eu ia correndo para a aula”. O ator Lázaro Ramos não conteve a emoção e defendeu a valorização da educação pública e de todos os professores no país. O evento termina neste domingo (30) e acontece cidade histórica de Paraty, no litoral sul do Rio de Janeiro. 

Pearl Jam é mais uma atração a cancelar shows nos EUA em protesto à lei antigay
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Mais um! Depois de Bruce Sprigsteen e Bryan Adams foi a vez da banda Pearl Jam cancelar um show nos Estados Unidos como forma de protesto a leis antigays. A legislação em questão é a “HB2”, conhecida no país como a "lei do banheiro", que restringe o acesso de pessoas transexuais a banheiros públicos. "É com grande ponderação e muito lamento que devemos cancelar o show em Raleigh, na Carolina do Norte, no dia 20 de abril. Isto será decepcionante para aquelas pessoas que têm ingressos e você pode ter certeza de que estamos igualmente frustrados pela situação", declarou a banda, em comunicado divulgado nessa segunda-feira (18) para os fãs, segundo tradução da Rolling Stone Brasil.

Foi esta mesma lei que fez Bruce Springsteen cancelar a apresentação que faria no último dia 8, na cidade de Greensboro (lembre aqui). Já Bryan Adams cancelou o show que faria na última quinta (14), em Mississipi, por conta da lei que permitirá que empresas, organizações religiosas e funcionários neguem serviços a homossexuais que pretendam se casar (entenda aqui). "A lei HB2, que recentemente foi aprovada, é um desprezível pedaço de legislação que estimula a discriminação contra um grupo inteiro de cidadãos norte-americanos", avaliou Pearl Jam. "As implicações práticas são elevadas e o impacto negativo nos direitos humanos básicos é profundo", acrescenta a banda.

Essas leis visam burlar a decisão tomada pela Suprema Corte americana, em 2015, que legalizou casamento homossexual em todo o país. "Queremos que os Estados Unidos sejam um lugar onde nenhuma pessoa possa ser rejeitada por causa de quem ela ama e nem possa ser demitida de um emprego por causa de quem ela é", defende a banda de rock. Além de cancelar o show, o Pearl Jam vai "se comunicar com grupos locais e provê-los com fundos para ajudá-los a ter progresso no assunto". Os roqueiros ressaltam que "a lei HB2 interfere nos direitos básicos de pessoas transexuais e acaba com muitas proteções de não discriminação à comunidade de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais (LGBT)", concluem.

De acordo com a Rolling Stone Brasil, durante um show feito em Virgínea, horas antes de divulgar o comunicado, a banda comentou sobre a decisão. "Pensamos em pegar o dinheiro e dar a eles e mesmo assim fazer o show, mas a realidade é que não há nada como o imenso poder de fazer um boicote e colocar alguma pressão", afirmou Eddie Vedder, vocalista do grupo. "É uma pena porque algumas pessoas que serão afetadas não merecem isso, mas esta pode ser a maneira que definitivamente vai provocar alguma mudança".
Filme baiano ‘Órun Àiyé’ emite nota de repúdio após sofrer preconceito religioso
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A produção da animação baiana “Órun Àiyé” emitiu uma nota de repúdio por sofrer preconceito, após a publicação de uma nota no Bahia Notícias (clique aqui), sobre a participação do cantor Carlinhos Brown como dublador do personagem Oxalá no filme. Seguidores de outras crenças não pouparam comentários depreciando o Candomblé. “Meu Deus tem dê muita misericórdia dessa vida que ja foi vendido au satanaais! um dia ele vai tê muito arrependimento de tê juntando muito tizoro aqui ta terra e nada nu seu Jesus ele liberta!” (sic), escreveu um internauta.
 
Em resposta aos ataques, a produção se manifestou. “É com imenso pesar que informamos que o filme Òrun Àiyé se tornou mais uma vítima da intolerância religiosa. Estamos sendo alvos de comentários preconceituoso em um post (clique aqui) sobre a dublagem feita por Carlinhos Brown na página do Bahia Notícias. Algumas pessoas têm se achado no direito de deslegitimar a criação do mundo através dos Orixás. Por isso, ressaltamos o Artigo 18 da Declaração Universal de Direitos Humanos que fala sobre liberdade religiosa e avisamos que denunciaremos todas as pessoas que violarem os nossos direitos”, diz a nota, falando ainda da perseguição histórica às religiões de matrizes africanas, que não será mais tolerada. 
 
“Escolhemos a ludicidade da animação para tratar do racismo e intolerância religiosa, porque acreditamos que um projeto como Òrun Àiyé, pode influenciar na mudança de atitude com relação a discriminação religiosa ao alcançar diferentes espaços e ambientes do universo infantil. É triste ver crianças candomblecistas - que para evitar o racismo na escola - nega suas suas tradições, identidade e costumes”, explica a nota, acrescentando que independente do preconceito “haverá filme mostrando a trajetória da criação do mundo contada pelos Orixás”.
Primeira melhor atriz do Emmy negra, Viola Davis faz discurso emocionado
Foto: Reprodução / Instagram
Após conquista histórica, como primeira negra vencedora do prêmio de melhor atriz no Emmy, neste domingo (20), a atriz Viola Davis fez um discurso emocionante. A artista, que levou a estatueta pelo papel de protagonista na série ”How To Get Away With Murder”, subiu ao palco e falou sobre o racismo. “Em meus sonhos e visões, eu via uma linha, e do outro lado da linha estavam campos verdes e floridos e lindas e belas mulheres brancas, que estendiam os braços para mim ao longo da linha, mas eu não poderia alcançá-las”, disse Viola Davis, citando Harriet Tubman. “Deixem-me dizer uma coisa: a única coisa que separa as mulheres de cor de qualquer outra pessoa é a oportunidade. Você não pode ganhar um Emmy por papéis que simplesmente não existem”, concluiu Viola, lembrando também de citar outras atrizes negras, como Taraji P. Henson, Kerry Washington, e Halle Berry.

Confira o discurso:
Marca lança campanha contra o preconceito: 'Faça como os animais, não julgue'
Fotos: Reserva/Reprodução
O artista plástico Felipe Morozini criou para a marca de moda masculina Reserva uma campanha que propõe discutir o preconceito estético, étnico, de gênero e orientação sexual. Com o lema "Faça como os animais, não julge", as peças publicitárias questionam o uso de características de animais como ofensa. "Macacos, vacas, galinhas, veados, baleias são animais. Faça como eles e não julgue. Use sua intuição. Liberte-se", escreveu Felipe, no Facebook.
Na publicação, o artista ainda revela os motivos que inspiraram a criação da campanha. "Eu sempre fui amigo das meninas moderninhas (que beijavam os meninos) do colégio, e que inevitavelmente eram chamadas de galinha, ou piranha. Tinha o Roberto, garoto obeso que todos chamavam de baleia ou orca. Eu e mais vários amigos foram chamados de veado. Desde pequeno ouvindo essas palavras. Seja entre amigos, na rua ou no trabalho. De maneira ofensiva. [...] A vida do outro não é da sua conta. Não concorde mas respeite. E é sobre isso que vamos falar nas revistas, em outdoors, sacolas, vitrines, filmes, nas ruas. Porque eu respeito muito o ser humano. Mas principalmente os animais, que não tem nada a ver com isso. Avante mamiferos. E todos os outros".
Em entrevista ao Estadão, o artista comentou que a ideia da campanha é impactar e provocar reflexão. "Valorizamos a irracionalidade, a inocência e a incapacidade de julgar. Animal é irracional, age por instinto, portanto não faz julgamento", disse.
Cinema alerta clientes sobre cenas de sexo entre homens em filme com Wagner Moura
Foto: Reprodução | Instagram
As cenas de sexo do filme "Praia do Futuro", dirigido por Karim Aïnouz e que traz Wagner Moura como um dos protagonistas, têm despertado muitas polêmicas. Em João Pessoa, o professor de turismo e administrador de empresas Iarlley Araújo, ao tentar comprar ingressos para assistir o longa-metragem, teria sido surpreendido com a pergunta: “Senhor, tem certeza de que deseja ver esse filme? Pois ele contém cenas de sexo homossexual”. Após confirmar o interesse em entrar na sessão, o seu ingresso recebeu um carimbo de “avisado”. Segundo a postagem de Iarlley Araújo no Instagram, ele questionou ao atendente: “Isso é para os desavisados e preconceituosos, não pedir (sic) o dinheiro de volta?”. Wagner Moura, em entrevista ao Bahia Notícias, afirmou que “o mito de que o Brasil é um pais liberal não é verdade”
Tony Ramos diz que preconceito do cinema com o que vem da TV é 'burro'
De volta às telonas como Getúlio Vargas no longa "Getúlio", que estreia nesta quinta-feira (1º), o ator Tony Ramos criticou a má vontade que a crítica cinematográfica e também os espectadores de filmes têm com atores e diretores de TV. "Em geral, a crítica diz que o 'tratamento ficou muito televisão'. No Brasil, não se pode dizer que o Daniel Filho fez um bom filme. Acho isso um papo furado, uma coisa burra e até meio blasé", afirmou o ator, em entrevista ao UOL. O ator, que  revida a crença injustificada ao dizer que já viu muito filme chato feito por gente de cinema, também critica a subserviência embutida em patrocínio por meio de leis de incentivo. "Falta consciência aos empresários que financiam a cultura. Tem cineastas maravilhosos mendigando verba para fazerem seus filmes, isso é sacanagem", comentou.
 
Depois do enorme sucesso de bilheteria dos dois filmes da franquia "Se Eu Fosse Você", Tony acredita no bom resultado de "Getúlio". A seu favor, o filme conta com a poderosa máquina de divulgação das organizações Globo, mas o ator defende que isso não é o mais relevante: "O boca a boca é a grande propaganda". "Getúlio" acompanha os últimos dias do ex-presidente antes de seu suicídio, em meio à crise que se instala após o atentado frustrado contra Carlos Lacerda (Alexandre Borges), seu maior opositor.

Um anúncio de uma famosa marca de batata frita californiana, estrelado pelo ator Ashton Kutcher,  foi considerado preconceituoso pelos internautas. No vídeo, lançado nesta quarta-feira (2), no YouTube, Kutcher parodia tipos de homens que supostamente frequentam sites de encontro, o "World Wide Lovers Dating Service", que também dá nome à campanha. Entre os personagens esquisitões que o ator interpreta, há um "rastafári", um estilista caricato - inspirado no estilista Karl Lagerfeld -, um motoqueiro e um indiano. Este último personagem causou polêmica pelo fato de Kutcher ter pintado o rosto de marrom para viver o personagem. A principal reclamação dos usuários é que a PopChips e o ator retrataram os indianos de forma preconceituosa. 
 
A PopChips, que apenas tinha retuitado elogios à campanha e não havia se manifestado a respeito das críticas, se pronunciou nesta quinta (3) sobre o assunto. "Recebemos um grande retorno sobre a campanha que parodia serviços de encontros e apreciamos todos que usaram um pouco de seu tempo para compartilhar seu ponto de vista", escreveu Keith Belling, da PopChips."Nossa equipe trabalhou duro para criar uma paródia alegre apresentando uma variedade de personagens que se destinava a causar risadas. Não tínhamos a intenção de ofender ninguém. Eu assumo total responsabilidade e peço desculpas a qualquer pessoa que tenha se ofendido". Além das desculpas, a empresa retirou o filme, no qual só aparecia o personagem indiano, mas manteve o comercial em que ele aparece com os outros quatro personagens. Confira o vídeo que ainda está no ar:
 

 
'Entre Nós - Uma comédia sobre a diversidade' pede ajuda ao público para finalizar a peça
A peça 'Entre Nós - Uma comédia sobre a diversidade' chega com uma proposta diferente. Nela, quem decide o desfecho é a plateia! O espetáculo estreia no dia 6 de janeiro, no Teatro Gamboa Nova (Largo dos Aflitos), onde ficará em cartaz do dia 6 ao dia 29 de janeiro, de quinta a domingo, às 20h. Antes de entrar em cartaz, a produção fará o último ensaio aberto, no dia 5 de janeiro.
 
'Entre Nós’ conta a história de dois atores que tentam criar um conto de amor entre dois jovens gays, personagens batizados por eles de Fabinho e Rodrigo. Por conta dos próprios preconceitos, os atores acabam se embaraçando na concepção da história. Eles resolvem então pedir a ajudo do público para finalizar a peça: o casal de personagens deve ficar junto? Caso sim, a peça deve terminar com um beijo entre eles ou não?

Escrito e dirigido por João Sanches, a montagem conta artistas como Igor Epifânio (Mestre Haroldo e os Meninos/ A Bofetada) e Anderson Dy Souza (As Velhas/ Policarpo Quaresma), e ainda a participação do músico Leonardo Bittencourt, que faz a trilha sonora ao vivo.
 
A entrada inteira custa R$10. Para professores e alunos da rede pública (escolas e universidades) que comprovarem o vínculo, a entrada é franca.
Rihanna é novamente vítima de preconceito e xinga revista no twitter
A cantora Rihanna usou o seu perfil na rede de relacionamentos Twitter para comentar as palavras utilizadas por uma revista holandesa para descrevê-la. Em uma sessão supostamente humorística, a publicação classificou a artista como “niggabitch”, sendo o termo nigga visto como um adjetivo preconceituoso contra os negros. “Você colocou duas palavras juntas, com a intenção de humilhação, que não fizeram sentido... Bom, com todo o respeito, em nome da minha raça, aqui estão minhas duas palavras para você: Fuck You (Foda-se)!", disse Rihanna, que ainda classificou a revista como “uma representação pobre dos direitos humanos”. A editora-chefe da publicação, Eva Hoeke, pediu demissão e ainda postou um pedido de desculpa na página do Facebook da revista. “Foi estúpido, foi ingênuo pensar que isso era uma gíria aceitável... Nunca quisemos ofender ninguém”, disse Eva.

Rihanna é vítima de preconceito racial em hotel

Rihanna é vítima de preconceito racial em hotel

A cantora Rihanna usou seu Twitter para denunciar um ato de preconceito racial. Segundo a artista, ela foi vítima das palavras de um racista em um hotel em Lisboa, Portugal. "Acabei de conhecer o cara mais racista de todos os tempos!!!", escreveu. "Esse homem disse as piores coisas sobre mulheres negras, nos chamou de cadelas, m*rdas, que nós não pertencemos aos mesmos hotéis", disse ela indignada.

Rihanna conta que começou uma discussão com o tal homem, mas não deu mais detalhes sobre a tal briga.

A cantora revelou ainda que passou mal durante seu show em Portugal. No meio da música ‘What's My Name’, ela saiu discretamente do palco para ir ao backstage vomitar. Riri revelou sobre o mal estar também pelo Twitter, após um fã perguntar qual foi o momento que mais lembra da apresentação. "Quando eu sai do palco para vomitar. Foi no meio de What's My Name… consegui voltar a tempo de começar Rude Boy, entregou a cantora. Veja no vídeo abaixo a discreta saída de Rihanna:

Donatella Versace se recusa a usar modelos gordinhas
Donatella Versace se recusou a contratar modelos gordinhas para representar a coleção Versace para a H&M. A ideia foi do “New York Daily News”, que propôs fotografar “mulheres reais” para a nova publicidade do fast fashion.
 
Segundo o site Daily Mail, os representantes da marca alegaram que moças com corpos reais não se encaixavam no branding da marca. Os assessores da H&M, no entanto, defenderam a empresária dizendo que a história toda foi uma falha de comunicação.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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