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Uma loja foi assaltada nesta segunda-feira (6) em Queimadas, na região sisaleira. Câmeras de segurança registraram a ação. Segundo o G1, dois homens armados chegaram ao local, que funciona como bazar e papelaria, e anunciaram o assalto. O prejuízo causado com o roubo foi de quase R$ 6 mil.
Durante a ação, duas atendentes foram obrigadas a entregar sacos plásticos e o dinheiro que estava no caixa. Ao deixar o estabelecimento, a dupla ainda atirou para cima antes de fugir de motocicleta.
Até o início da manhã desta segunda-feira (7) não havia informações da prisão dos acusados. O crime é investigado pela delegacia de Queimadas.
Diretor na Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Lázaro José dos Santos Silva foi acusado de assédio contra uma ex-colaboradora da Secretaria de Infraestrutura de Queimadas, onde era gestor no ano de 2017. Vereador licenciado do município, Lázaro José nega as acusações e aponta “perseguição política”.
Em processo no TJ-BA, a vítima alega ter sido assediada pelo então superior e, nas provas, são apresentadas imagens de uma das conversas protagonizadas pelo acusado. Segundo a mulher, as imagens foram coletadas no dia em que o companheiro dela descobriu sobre os assédios sofridos e teria se passado por ela, trocando mensagens com o então secretário. Nos registros, o gestor aparece convidando a colaboradora para “dar uns amassos”. Após o ocorrido, a vítima teria sido transferida da pasta.
Em um vídeo divulgado nesta quarta-feira (17), o gestor definiu as acusações como “levianas” e nega que tenha ocorrido qualquer tipo de constrangimento ou assédio com relação à vítima. Ele afirma que a vítima foi transferida de forma pacífica e que a acusação surgiu sete meses depois. Quando procurado pelo Bahia Notícias, o diretor da SDE reforça que as acusações possuem fundamentação política, já que seu retorno à Câmara de Vereadores, após licença para atuar na Secretaria do Estado, já foi anunciado.
“É uma movimentação política por ser um ano eleitoral, e eu ser da oposição. Então, a inquietação é para que eu não retorne a Câmara, mas esse retorno já está previsto e vai acontecer”, afirmou o edil.
Em posicionamento no vídeo, o vereador alega ainda que a autora da denúncia tem planos de se candidatar como vereadora de Queimadas na eleição de outubro.
Os habitantes de Miguel Calmon, Queimadas, Jacobina e Riachão do Jacuípe vão contar, a partir desta sexta-feira (22) e sábado (23), com novos Pontos de Inclusão Digital (PID).
Os PIDs são parcerias da Justiça Federal com outros órgãos do Estado com o objetivo de garantir acesso à Justiça para cidadãos em regiões afastadas e, em geral, em situação de vulnerabilidade.
Em Miguel Calmon o ponto foi inaugurado nesta sexta na Avenida José Otávio de Sena, no Centro. Assim como em Jacobina, onde o equipamento está localizado na Rua da Conceição, também no Centro.
Neste sábado, os PIDs serão entregues em Queimadas, na Rua Marechal Castelo Branco, às 11h, e em Riachão do Jacuípe, na Praça Joaquim Carneiro da Silva, no Centro da cidade, às 17h.
As ações estão em harmonia com a Resolução n. 508/2023 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que dispõe sobre a instalação de Pontos de Inclusão Digital pelo Poder Judiciário.
Conforme a Resolução, é um PID toda e qualquer sala ou espaço que permita, de forma adequada e simultaneamente para mais de um ramo do Poder Judiciário, a realização de atos processuais, como depoimentos de partes, de testemunhas e de outros colaboradores da Justiça, por sistema de videoconferência, bem como o atendimento por meio do Balcão Virtual, com possibilidade de agregação de outros serviços públicos voltados à cidadania.
O coordenador dos Juizados Especiais Federais da 1ª Região (Cojef), Carlos Augusto Pires Brandão, e o desembargador federal Wilson Alves de Souza devem presenciar a instalação dos PIDs.
O município de Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina, é mais um que tem sofrido com incêndios. Em comunicado desta segunda-feira (4), a prefeitura do município informou que dois focos ainda não foram debelados. Os casos ocorrem nas localidades de Caixa D’Água e Pastagem Velha. O fogo teria sido causado por bitucas de cigarros e por uma queimada para abertura de pastagens.
Incêndios seguem ativos em Morro do Chapéu; situação se agravou nas duas últimas semanas pic.twitter.com/RIhVyMuQy7
— BN Municípios (@BNMunicipios) December 5, 2023
Em Morro do Chapéu, os incêndios ocorrem há quatro meses, mas aumentaram nas duas últimas semanas. A prefeita Juliana Araújo (PL) declarou que a situação tem preocupado, uma vez que o fogo se aproxima de alguns povoados. “Além de atingir a vegetação, os incêndios estão levando à morte de animais e afetando a saúde das pessoas, causando problemas respiratórios. Em alguns casos, pessoas estão saindo de suas casas devido à proximidade das chamas", relatou a prefeita.
Foto: Divulgação / Prefeitura de Morro do Chapéu
Além do Corpo de Bombeiros estadual, atuam no combate aos incêndios no município brigadistas, bombeiros civis e a Defesa Civil. Aeronaves e drones também auxiliam no combate aos focos de chamas. O estado de seca que afeta a cidade também influencia no fogo, assim como as queimadas. No último caso, a gestora fez um apelo à população.
“Faço um apelo às pessoas para que não coloquem fogo no quintal de casa para abrir pastagem. Isso é uma irresponsabilidade e pode causar uma grande tragédia ambiental. É preciso ter uma conscientização. As barragens estão secando, muita gente está sem água em casa. Nós temos sete carros-pipas, que neste momento estão dando apoio no combate aos incêndios”, afirmou Araújo.
O incêndio em uma pastagem acabou interferindo na saúde de diversos trabalhadores de uma fábrica de Itapetinga, no centro-sul baiano. A queimada em uma propriedade rural próxima à indústria de calçados Vulcabras/Azaleia, levou fumaça à estrutura.
Tudo aconteceu nesta noite de terça-feira (21). Segundo o Sudoeste Hoje, toda a linha de produção foi parada para o bem estar dos funcionarios.
Conforme o relato, muitos trabalhadores passaram mal, devido à fumaça. Antes da liberação da linha de produção, algumas das funcionárias que estavam grávidas começaram a não se sentir bem e algumas tentaram se esconder no banheiro, em busca de ar fresco.
O corpo de bombeiros já está no local tentando apagar as chamas. Outros locais da cidade também foram afetados pela fumaça da queimada que, segundo o portal local, se alastra nas fazendas próximas.
Um homem foi morto a tiros no distrito de Queimadas. De acordo com a a Guarda Civil Municipal (GCM), a vítima foi identificada como Adernoel Pessoa da Silva Filho, conhecido como Diego, de 29 anos.
Ainda segundo a GCM, pessoas contaram que o homem caminhava no meio da rua perto da sua casa, quando foi interceptado por um carro e atingido pelos disparos. As informações são do site Calila Notícias, parceiro do Bahia Notícias.
Ele não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A motivação do crime ainda deve ser investigada pela Polícia Civil. A Guarda Municipal foi acionada e isolou a área. A Polícia Militar também atendeu a ocorrência. O corpo será encaminhado para necropsia no Departamento de Polícia Técnica (DPT) na cidade de Senhor do Bonfim.
O Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que o governo do Amazonas detalhe as ações tomadas, desde 2019, para combater as queimadas e os incêndios florestais. A iniciativa ocorre após a capital Manaus sofrer com a nuvem de fumaça que cobriu a cidade, em outubro, e deteriorou a qualidade do ar.
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Na ação, a instituição pede que o governo apresente documentos e provas demonstrando que não houve omissão e que as medidas adotadas foram suficientes para enfrentar os fenômenos climáticos.
“No presente caso, o MPF busca a obtenção de documentos que estão em poder do ente público, cujo conhecimento é necessário para o exercício de suas funções institucionais, especificamente na defesa do meio ambiente, a revelar a finalidade da prova, imprescindível para justificar ou evitar o ajuizamento de futura ação”, diz o pedido, apresentado na terça-feira (7), e que dá o prazo de cinco dias úteis, após a citação, para o governo estadual apresentar os documentos ou contestação.
O MPF informou que acompanha, há dois anos, as políticas estaduais relacionadas ao desmatamento e às queimadas no Amazonas. Segundo o órgão, cabe ao governo demonstrar que essas políticas não devem levar à responsabilização do Estado “pelos danos ambientais e climáticos derivados da poluição atmosférica que atingiu níveis alarmantes a partir do mês de outubro de 2023.” Isso inclui o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Queimadas do Amazonas.
No pedido, o MPF afirma que o governo estadual reconhece que a média de execução do Plano de PPCDQ 2020-2022 foi de apenas 43% e que menos da metade das ações planejadas foram devidamente executadas e que não há evidências de que as medidas adotadas para a prevenção, controle e combate às queimadas no estado foram suficientes e adequadas.
CONSEQUÊNCIAS
O MPF diz ainda que um estudo da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) demonstrou que, nas áreas mais afetadas pelo fogo na Amazônia, o número de crianças internadas com problemas respiratórios dobrou e que o número de mortes infantis por essas doenças cresceu em cinco dos nove estados da Amazônia Legal.
O MPF afirmou ainda que a população de Manaus também sofre com sintomas causados pela fumaça como ardência nos olhos, falta de ar e cansaço.
“Esse cenário sinaliza que há uma execução deficiente do plano, ocasionando danos ambientais decorrentes da poluição causada pelo fogo, com efeitos nocivos à saúde da população, em especial o aumento de doenças respiratórias relacionadas à fumaça”, diz o MPF.
No pedido, o MPF reconhece que o cenário de mudança climática foi agravado com o fenômeno do El Niño, que têm potencializado seus efeitos com a ocorrência de eventos climáticos extremos e também citou uma fala do governador atribuindo a causa da nuvem de fumaça à queimadas em outros estados, especialmente no Pará.
“Apesar do fenômeno natural, segundo os especialistas, por ser uma floresta tropical úmida, não existe fogo natural na Amazônia. Ou seja, o principal vetor dos incêndios na região é o desmatamento”, finaliza o MPF.
A reportagem da Agência Brasil entrou em contato com a Secretaria Estadual de Comunicação do Amazonas, mas, até o momento, não obteve retorno.
Dois suspeitos de invadir e roubar domicílios foram mortos em confronto com policiais militares, neste sábado (04), em Queimadas. Com eles, a polícia apreendeu armas e drogas.
Segundo as equipes da Companhia Independente de Policiamento Especializado (CIPE-Caatinga), os policiais realizavam rondas no bairro quando receberam a denúncia de invasões residenciais na região. Ao localizarem os suspeitos, os agentes foram recebidos a tiros.
Durante o confronto, os suspeitos foram atingidos e socorridos ao Hospital Municipal de Queimadas, mas não resistiram aos ferimentos. Em sua posse, os militares encontraram um revólver cal. 32 com quatro munições deflagradas e duas intactas, uma garrucha cal. 22, uma réplica de arma de fogo, duas máscaras com peruca, 68 papelotes de cocaína, nove porções de maconha, uma balaclava e uma balança.
Todo o material apreendido foi encaminhado à Delegacia de Polícia de Senhor do Bonfim, onde a ocorrência foi registrada.
O ex-prefeito de Queimadas, na região sisaleira, José Mauro Oliveira Filho, teve a casa arrombada na noite desta terça-feira (31). O próprio ex-gestor, conhecido como Maurinho, foi quem percebeu o crime ao chegar no imóvel e se deparar com o cadeado do portão quebrado. A casa fica na localidade de Rio d’Água, na zona rural de Queimadas.
Segundo o Notícias de Santaluz, os assaltantes arrombaram o cofre, levando uma quantia em dinheiro, que não foi informada, além de joias.
Até o início da tarde desta quarta-feira (1°) não havia informações sobre localização dos acusados. O caso deve ser apurado pela delegacia do município.
Uma operação da Polícia Federal (PF) cumpre mandados seis mandados de busca e apreensão na cidade de Queimadas, na região sisaleira. A ação apura irregularidades na contratação pela prefeitura de uma empresa responsável por exames de laboratório, com recursos do Sistema Único de Saúde (SUS).
Denominada de São José, a operação apurou que a prefeitura de Queimadas fez um contrato com dispensa de licitação, em 2018, com a empresa pertencente a uma pessoa ligada ao prefeito, Doutor André (PT). Ainda segundo a PF, a suspeita é que o prefeito já era proprietário de um laboratório de análise clínica na cidade, e durante o mandato, contratou empresa de fachada em nome de interposta pessoa.
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No entanto, os serviços laboratoriais eram aparentemente prestados pela própria empresa do prefeito, pelo menos desde 2018. No Inquérito Civil instaurado pelo MPF para apurar as irregularidades, os gestores municipais teriam se recusado a fornecer cópia das licitações investigadas, apesar de notificados para apresentar a documentação requisitada.
Os mandados judiciais foram expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, todos na cidade de Queimadas. Os investigados vão responder pelos crimes de responsabilidade de prefeito, fraude a licitação, além de desobediência e corrupção passiva.
A Polícia Civil da Bahia realizou, nesta quarta-feira (6), uma ação para a prisão de um policial militar acusado da morte de Alberto dos Santos Pereira, de 20 anos, ocorrida no dia 20 de julho, no município de Queimadas.
A vítima foi morta a tiros na zona rural do município. Equipes do Depin, com o apoio do Gaeco/Norte e da Polícia Militar, realizaram as ações de cumprimentos de mandados de busca e apreensão. O policial investigado se apresentou na Companhia de Polícia Militar do município de Itiúba, no final da manhã. Em seguida, teve o mandado de prisão cumprido na sede da 19ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin/Senhor do Bonfim).
Segundo o delegado Atílio Tércio,coordenador da 19ª Coorpin/Senhor do Bonfim, as investigações do caso devem continuar. “Seguiremos com diversas diligências investigativas para esclarecer as circunstâncias e a motivação do crime, bem como a possível participação de outros envolvidos”, comentou.
As ações foram realizadas numa parceria com a 4ª Coorpin de Santo Antônio de Jesus, da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati/Depin), do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/Norte), do Ministério Público da Bahia, da Corregedoria e do 6° Batalhão de Polícia Militar (BPM), da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe-Caatinga).
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) publicou recomendação nesta quinta-feira (10), assinada pela promotora Núbia Rolim dos Santos, solicitando ao prefeito de Queimadas, Dr. André (PT), na região sisaleira do estado, que demita todos os servidores públicos contratados com vínculo de parentesco.
A recomendação foi expedida considerando também a existência de um procedimento administrativo preliminar que apura suposto ato de improbidade administrativa praticada pelo prefeito, em razão da possível prática de nepotismo com a nomeação de quatro servidores contratados com vínculo de parentesco.
No prazo de 20 dias, Dr. André terá que anular as contratações temporárias de pessoas ligadas não só a ele, mas também ao vice-prefeito Cloudes Rios (PP), a vereadores, secretários e agentes públicos municipais, por casamento ou parentesco até o 3º grau. Neste mesmo período deverão ser anuladas as nomeações referentes aos cargos comissionados e funções de confiança.
Ainda neste prazo, o prefeito de Queimadas terá que encaminhar ao MP-BA cópia de todos os atos de exoneração, rescisão contratual ou descredenciamento dos servidores relacionados às hipóteses de nepotismo; e a relação completa de todos os servidores públicos do poder executivo municipal, com a indicação individualizada da forma de provimento de cada um deles, se comissionado ou concursado.
O MP-BA quer que o prefeito deixe de admitir, contratar ou credenciar servidores para exercício de cargo em comissão, temporário ou contratações esporádicas para os cargos disponíveis em toda a estrutura do Poder Legislativo por pessoas que ostentem a condição de cônjuge, companheiro e parentesco (consanguinidade, afinidade ou civil), até terceiro grau, com vereadores, prefeito, vice-prefeito, secretários municipais, os presidentes ou dirigentes de autarquias, institutos, agências empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas e outros detentores de cargos em comissão.
“Fazendo recair suas escolhas em pessoas profissionalmente capacitadas ao exercício da função e que não ostentem qualquer tipo de parentesco com qualquer servidor, integrante não efetivo ou detentor de cargo eletivo de pessoa jurídica municipal local”, indica a promotora.
A partir do recebimento da recomendação, o MP-BA indica que ao prefeito exigir que o nomeado para o cargo comissionado ou designado para função gratificada, contratação temporária ou credenciamento, antes da posse declare, por escrito, não ter relação familiar ou de parentesco consanguíneo com as autoridades da administração pública municipal. A cópia do documento deverá ser enviada à promotoria dentro de 30 dias.
Além disso, a recomendação requer que não seja permitida a realização, manutenção, aditamento ou prorrogação dos contratos, devendo haver a rescisão unilateral dos contratos acaso existentes com esse vício dentro do prazo máximo de 90 (noventa) dias, sob pena de adoção das medidas extrajudiciais e judiciais cabíveis de parte do Ministério Público.
O não acolhimento da recomendação, conforme o MP-BA, poderá acarretar na adoção de medidas legais cabíveis, principalmente com a proposição de ação civil pública por ato de improbidade administrativa.
Alertas sobre a qualidade do ar tornaram-se rotineiros nas temporadas de incêndio no Brasil. Em setembro de 2022, a Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou novas diretrizes globais sobre a qualidade do ar no mundo, indicando os principais danos à saúde. Dados do Monitor de Fogo do MapBiomas mostram que 13,3 milhões de hectares foram queimados entre janeiro e dezembro de 2022 no Brasil, uma área equivalente ao estado do Acre. O número representa um crescimento de 14% em relação a 2021.
Na Bahia, o movimento foi contrário. Enquanto 1.014,430 hectares foram queimados em 2021, em 2022, o número foi reduzido para 492.229 hectares. O ranking dos territórios mais afetados é liderado pelo município de Formosa do Rio Preto, com 78.362 hectares afetados pelas queimadas. O top 10 inclui: São Desidério, Cocos, Barra, Pilão Arcado, Barreiras, Santa Rita de Cássia, Riachão das Neves, Correntina e Jaborandi.
Ranking dos territórios mais afetados na Bahia
No cenário nacional, as regiões atingidas abrangem florestas e cerrados. Em 2022, a área de florestas queimadas foi cerca de 2,8 milhões de hectares, um crescimento de 93% em relação ao ano anterior, 85% na Amazônia. Da área total, 70% ocorreram nos meses de agosto, setembro e outubro. Ainda em dezembro, a Amazônia queimou 50% a mais do que em 2021. Já o Cerrado, queimou 7,4 milhões de hectares em 2022, um total de 45% da região. Apesar disso, o Cerrado continua como o bioma mais afetado pelo fogo, já que sua área total equivale a metade da extensão da Amazônia brasileira.
Imagem: MapBiomas/Monitor do Fogo
Os dados também mostram que as Unidades de Conservação que lideram o ranking de área queimada no Brasil em 2022 são: Parque Nacional do Araguaia, Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. Somente em dezembro de 2022 o ranking é liderado pela Estação Ecológica do Taim, Parque Nacional do Pantanal Mato-Grossense e APA Serra da Ibiapaba. Terras indígenas também compõem a lista, com o Parque Indígena do Araguaia, TI Raposa Serra do Sol e Parque Indígena do Xingu.
Inimigo público do governo Bolsonaro de longas datas por críticas à gestão ambiental brasileira (clique aqui e aqui), Leonardo DiCaprio mais uma vez se posicionou, desta vez endossando a campanha “Defund Bolsonaro” [desfinancie Bolsonaro].
O ator e ativista ambiental compartilhou, nesta quarta-feira (9), um vídeo publicado pela Associação dos Povos Indígenas do Brasil no Twitter, pregando um boicote a setores do agronegócio que segundo a instituição, estariam ligados às queimadas na Amazônia, juntamente com o governo federal.
"A Associação dos Povos Indígenas do Brasil pergunta a todos os cidadãos, governos e empresas em todo o mundo 'De qual lado você está: Amazônia ou Bolsonaro?'”, questiona a organização, em texto compartilhado por DiCaprio.
Em inglês, o vídeo da campanha iniciada por ativistas brasileiros e voltado ao público internacional mostra como o consumo na Europa pode ter relação com as queimadas.
#DefundBolsonaro #AmazonOrBolsonaro #WhichSideAreYouOn https://t.co/Q1DtSSrhzg
— Leonardo DiCaprio (@LeoDiCaprio) September 9, 2020
Figura non grata para Jair Bolsonaro pelo ativismo ecológico que confrontou a gestão do país em 2019, o ator Leonardo DiCaprio voltou a criticar o presidente brasileiro por causa do desmatamento na Amazônia e pelo negacionismo.
“Dados preliminares indicam aumento de 7% em agosto. O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está sob pressão internacional para conter os incêndios, mas ele duvidou publicamente da gravidade deles no passado, alegando que oponentes e comunidades indígenas foram os responsáveis", escreveu o artista no Instagram, junto com uma notícia do jornal britânico The Guardian.
“Os incêndios florestais na Amazônia no ano passado foram devastadores o suficiente, mas com o clima mais seco este ano até agora, assim como a pandemia do coronavirus que matou mais de 99 mil brasileiros, há uma preocupação crescente de que o desmatamento em andamento não esteja recebendo atenção suficiente”, acrescentou DiCaprio, que ano passado foi acusado, sem provas, por Bolsonaro de fazer campanha contra o Brasil e “colaborar com as queimadas”.
Após ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) de apoiar as queimadas na Amazônia, o ator Leonardo DiCaprio negou que tenha feito qualquer doação a Organizações Não-governamentais (ONGs) apontadas por investigadores brasileiros.
"Embora mereçam apoio, nós não financiamos as organizações citadas", disse o astro de Hollywood em nota publicada pelas agências AP e Reuters.
Segundo informações do G1, no texto, o ator ressalta que sente orgulho de grupos que protegem ecossistemas. DiCaprio é engajado na causa ambiental. "O povo brasileiro está trabalhando para salvar seu patrimônio natural e cultural", declarou.
O presidente do Brasil fez duas declarações sobre o ator. Primeiro em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, quando disse que "DiCaprio está colaborando aí com a queimada na Amazônia". Depois, ao se encontrar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nessa sexta-feira (29), ele repetiu as críticas.
"Quando eu falei que há suspeitas de ONGs, o que a imprensa fez comigo? Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia", acusou (saiba mais aqui). Até o momento, Bolsonaro não apresentou provas de que o ator possa estar envolvido no aumento das queimadas que atingiram a região no último mês de julho.
Em um vídeo publicado em suas redes sociais, nesta quinta-feira (28), o presidente Jair Bolsonaro acusou o ator Leonardo DiCaprio de contribuir para os incêndios ocorridos na Amazônia. “Primeiro me atacaram na questão de derrubada na Amazônia. Depois vieram as queimadas, me acusaram de ser conivente. Falei que suspeitava de ONG's, pronto. A imprensa comendo meu fígado pelo Brasil, disseram que era irresponsabilidade... Bem, a casa caiu”, declarou o chefe do executivo.
Sem apresentar provas, o presidente ironizou supostas doações realizadas pelo artista para a ONG WWF-Brasil, que segundo ele seria responsável por incêndios criminosos na região. “Uma ONG contratou 70 mil por uma foto de queimadas. Então o que o pessoal da ONG fez? O que é mais fácil? Tocar fogo no mato, tira foto, filma, a ONG divulga, faz campanha contra o Brasil, entra em contato com Leonardo DiCaprio e ele doa 500 mil dólares para essa ONG. Uma parte foi para o pessoal que estava tacando fogo. Ô Leonardo DiCaprioa, você está colaborando com a queimada na Amazônia, assim não dá!”, disse Bolsonaro, sugerindo que as pessoas deixem de fazer doações para ONGs.
Para sustentar as acusações, o presidente citou ainda a prisão preventiva de quatro brigadistas da organização Brigadas de Alter do Chão do Pará, acusados de terem iniciado incêndios florestais na região. Eles, no entanto, foram postos em liberdade provisória, nesta quinta-feira (28), após o Ministério Público Federal apontar que no inquérito que investiga o caso não havia qualquer elemento que apontasse a participação deles ou de ONGs nas queimadas (clique aqui).
O ator Arnold Schwarzenegger precisou abandonar sua casa na Califórnia, nos Estados Unidos, em decorrência dos incêndios no região. O ator está entre as cerca de 180 mil pessoas que evacuaram a área.
We evacuated safely at 3:30 this morning. If you are in an evacuation zone, don’t screw around. Get out. Right now I am grateful for the best firefighters in the world, the true action heroes who charge into the danger to protect their fellow Californians. #GettyFire
— Arnold (@Schwarzenegger) 28 de outubro de 2019
No Twitter, ele explicou a situação. “Nós evacuamos em segurança às 3h30 da manhã. Se você estiver em uma zona de evacuação, não estrague tudo. Saia”, compartilhou Schwarzenegger, que é também ex-governador da Califórnia. Na mesma mensagem, o ator elogiou o trabalho dos bombeiros.
Segundo o portal F5, da Folha de S. Paulo, as queimadas atingem cerca de 12 mil hectares da região.
Durante participação no Festival de Veneza como ator de “Wasp Network”, filme dirigido pelo francês Oliver Assayas, o baiano Wagner Moura falou sobre a obra, que conta a história real de um grupo de cubanos que fugiu da ilha para resistir ao governo de Fidel Castro, e também comentou o quadro político e social do Brasil.
"Este filme, por exemplo, eu fiz porque queria trabalhar com o Olivier Assayas e também porque acho fascinante a história. É um filme em que você olha e há um equilíbrio. Você vê, por exemplo, cubanos derrubando aviões americanos que entraram no território de Cuba", disse o ator, em entrevista ao Uol. "Houve uma injustiça no julgamento desses cubanos [espiões]. Foi tudo movido por ódio, porque a comunidade cubana de Miami é pior do que os bolsonaristas. É um ódio gigante", afirmou Wagner Moura, que na obra interpreta um dos exilados cubanos.
O artista destacou ainda não ter medo de ficar associado excessivamente a filmes com temática política e revelou que suas críticas sobre Jair Bolsonaro têm lhe rendido hostilidades e até ameaças de morte de apoiadores do presidente brasileiro. "Dizem que vão me matar o tempo todo. Eu dei uma entrevista na Austrália e falei que estava com medo de voltar ao Brasil, mas fui mal interpretado. É que é o seguinte: o Brasil é um país em que você tem um presidente que autoriza a barbárie. A existência dele é uma autorização tácita a tudo o que existe de ruim", avalia o baiano. "Quando alguém me ameaça é porque se sente autorizado, mesmo que não por uma lei, mas pela postura do líder da nação. Ele empodera as pessoas na sua mediocridade, na sua desnutrição intelectual e humana", afirma.
Para Wagner Moura a recente tragédia do desmatamento na Amazônia, que atraiu protestos e os olhos de todo o mundo para o Brasil, é consequência do comportamento e das ideias propagadas por Bolsonaro. "Por que estão queimando a Amazônia agora? Porque tem um presidente que é um imbecil que dá autorização tácita para o desmatamento, para o assassinato de indígenas, para a chacina nas favelas, para a destruição da cultura. Eu nunca vi na minha vida, nem na época dos militares, houve um projeto de destruição como agora”, disse o artista, que criticou também a tentativa de censura e enquadramento da produção cultural no país, para alinhar aos valores do presidente. "Mas a gente [os artistas e a arte] não vai acabar nunca. Ele pode dar um golpe forte, não só no cinema, mas na cultura em geral, mas não vai acabar com ela. Eu vejo que, em momentos de distopia, a cultura reage. Por isso mesmo que ele quer acabar com a cultura: ela é a primeira manifestação de reação à brutalidade e ao autoritarismo".
A atriz Sonia Braga, que junto com a equipe protestou contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff no lançamento do filme “Aquarius” em Cannes, no ano de 2016 (clique aqui), criticou recentemente os rumos do Brasil
Em entrevista à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ela disse que o país já passou por “tanta coisa que o meu cabelo ficou branco”. Segundo Sonia Braga, que está no elenco de “Bacurau”, um dos filmes inscritos para tentar representar o Brasil no Oscar (clique aqui), “esse retrocesso é inaceitável". "Essas florestas queimadas não podem acontecer. Nem os indígenas serem massacrados”.
A artista lembrou ainda que na época do lançamento de “Aquarius”, a equipe “sentiu a necessidade de falar o que estava acontecendo no Brasil porque o mundo não estava sabendo”. “Não foi um protesto. Foi um alerta. Nós avisamos”, destacou.
As cidades de Caetité e Guanambi, no Centro-Sul baiano, receberão em abril o espetáculo infantil “A Descoberta de Quim Labareda”, que aborda, de forma lúdica, o perigo e as consequências das queimadas. As apresentações são gratuitas e abertas ao público.
No dia 9 de abril, a peça fica em cartaz no Centro de Formação Pedagógica, em Guanambi, às 9h e às 14h. No dia 10, a montagem tem única apresentação no Grupo Escolar Maurício Gumes, em Caetité, às 10h e às 14h.
A peça conta a história de Quim Labareda, uma pequena fagulha, que estava triste após saber que o fogo fazia mal ao homem, queimava suas matas, seus lixos e destruía quase tudo. O protagonista, então, mostra os perigos das queimadas e como o homem pode fazer o uso do fogo com equilíbrio.
GUANAMBI
QUANDO: Terça-feira, 9 de abril, às 9h e 14h
ONDE: Centro de formação Pedagógica
CAETITÉ
QUANDO: Quarta-feira, 10 de abril, às 10h e 14h
ONDE: Grupo Escolar Mauricio Gumes
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.