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O prefeito da cidade de Itabuna, no sul da Bahia, Augusto Castro (PSD) assinou na noite de sexta-feira (23) a ordem de serviço para as obras de requalificação do Estádio Fernando Gomes Oliveira, o Itabunão, e do Grapiúna Atlético Clube na área de estacionamento da praça esportiva.
O projeto, que teve como orçamento inicial R$ 5 milhões e deve custar aos cofres R$ 13 milhões, começa a ser executado a partir de segunda (26) pela construtora ORDF Construções e Edificações.
“Começamos lá atrás com projetos e recursos. O estádio foi inaugurado em 1973 pelo ex-governador Luiz Viana Filho. E de lá para cá, não passou por qualquer modernização. Hoje se inicia uma nova etapa deste equipamento esportivo que vai marcar a nossa administração. É um equipamento de convivência das pessoas que vai ter a administração direta da Secretaria de Esportes e Lazer”, relatou o gestor municipal.
Segundo o titular da Secretaria de Esportes e Lazer, secretário José Alcântara Pellegrini, foram necessários quatro meses de trabalho da equipe de engenheiros e arquitetos na elaboração de um projeto para a reforma no estádio.
A ideia é que com as mudanças, o espaço ofereça mais conforto aos cidadãos, em especial às pessoas com deficiências, com uma área exclusiva e de fácil acesso.
O equipamento contará com catracas eletrônicas de acesso e a arquibancada vai receber reparos em toda sua estrutura, com a demarcação de assentos com aproximadamente 10.500 lugares, além de barras de apoio, troca de alambrados danificados e pintura especial.
Foi informado ainda que serão construídos seis novos banheiros, sendo quatro grandes e dois para pessoas com deficiência, com novo desenho e todo conforto necessário para quem for assistir aos jogos.
Já a nova área destinada aos jogadores será construída e contará com todos os compartimentos determinados pela Confederação Brasileira (CBF) e Federação Baiana de Futebol (FBF), como vestiários espaçosos com área de massagem, armários, banheiros, chuveiros, sala de exame antidoping, enfermaria, vestiário dos árbitros e dos técnicos. E o gramado terá seu sistema de drenagem requalificado e a sua irrigação será toda automatizada.
No estádio Fernando Gomes Oliveira todo sistema elétrico será refeito, e a segurança também será prioridade no projeto.
O Estádio Waldomiro Borges está pronto para ser utilizado no Campeonato Baiano de 2024. A declaração foi dada pelo secretário de Esporte e Lazer de Jequié, Matheus Budega, nesta quarta-feira (16) em entrevista ao podcast ADJ Ponto a Ponto. A praça esportiva serve de casa do time da cidade Jequié, que está de volta à Série A estadual deste ano.
"Eu tive estrutura no governo de Zé Cocá para poder fazer melhorias não só estádio, mas como na cidade. Temos feito grandes melhorias no Waldomirão. Finalizamos a ampliação das arquibancadas que foi uma emenda parlamentar do deputado Leur Lomanto Jr [também presidente do clube]", afirmou. "Nossa equipe tem se dedicado os 90 dias direto, de domingo a domingo, ao Waldomiro Borges para dar o melhor. Graças a Deus, conseguimos todos os laudos. Cada instituição tem as suas exigências dentro de cada segmento e conseguimos nos adequar a todas deixando o Waldomirão apto a receber os jogos do Campeonato Baiano com toda segurança e comodidade para o torcedor. Estamos preparando nos mínimos detalhes para no próximo dia 20 a gente dar um grande espetáculo e receber o torcedor com o melhor conforto", completou.
Ainda segundo Budega, após a reforma, o Waldomirão tem, neste momento, capacidade para receber 4.035 pessoas. As melhorias visaram atender aos laudos técnicos para que a praça esportiva pudesse receber as partidas da primeira divisão estadual. Além disso, as arquibancadas ficaram mais próximas do campo de jogo.
"O diferencial é deixar o torcedor mais próximo do campo e dos jogadores. A gente tinha um distanciamento muito grande até para uma comemoração. Na comemoração do título a gente ficou afastado dos jogadores, ficou algo muito distante. Mas hoje temos uma realidade completamente diferente", comentou. "Tem mais melhorias para serem feitas no estádio. Mas nós priorizamos a melhorias que eram necessárias para a liberação dos laudos. Já temos licitado e próximo de começar a pintura de toda a fachada. Só que tínhamos como prioridade os bancos de reservas, melhorias nas arquibancadas e nos banheiros. Criamos mais uma portaria para minimizar as filas que estavam tendo nos jogos. Então, priorizamos algo que era mais de emergência. E seguindo os jogos creio que a gente leve mais cinco ou seis meses de obras lá dentro", continuou.
Campeão da Série B do Baiano no ano passado, o Jequié estreia na elite nesta quarta (17) contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, pela primeira rodada. O Jipão joga a primeira partida no Waldomirão no próximo sábado (20), às 18h30, recebendo a visita do Barcelona de Ilhéus, pela segunda jornada.
O governador Jerônimo Rodrigues, assinou, neste domingo (5), a licitação das obras de requalificação do prédio principal do Teatro Castro Alves (TCA). Essa será a terceira etapa do projeto, que vai envolver um investimento de R$ 151 milhões para a reforma das estruturas da sala principal, do foyer, restauração das fachadas, substituição total da cobertura e melhorias nas áreas centrais do equipamento cultural.
A medida acontece nove meses após o incêndio que culminou com o comprometimento da cobertura da sala principal do TCA. O projeto que detalha todo plano de melhoria do espaço, com o cronograma e dotação orçamentária para o cumprimento das intervenções foi obtido com exclusividade pelo Bahia Notícias.
Durante o ato de assinatura, o governador destacou a importância do TCA para a cultura brasileira. "É um espaço que fortalece a cultura e a economia de Salvador, da Bahia e do Brasil. Aqui tem equipamentos dentro do teatro que funcionam permanentemente na formação, por exemplo, de profissionais na área de roupa, calçados, arte, pintura, encenação e iluminação. Portanto, é uma devolução daquilo que a Bahia merece", ressaltou Jerônimo Rodrigues.
A requalificação também tem o objetivo de adequar o teatro às normas técnicas e acústicas mais atuais, investindo também em tecnologia para a cultura. O terraço também vai ganhar investimentos para que eventos sejam realizados no local. Para isso, também vão acontecer intervenções no sistema de drenagem e impermeabilização do terraço.
Entre os trabalhos de melhoria na sala principal, está a qualidade do espaço. O diretor-geral do TCA Moacyr Gramacho explica que atualmente os ruídos externos são um problema para as apresentações. “Um dos focos será a performance acústica [do teatro] para escuta de sala sinfônica. Nos últimos anos, o público aprimorou sua audição e isso exige que os espaços tenham uma grande requalificação. Então, a gente vai mexer na acústica, fazendo uma blindagem para reduzir os ruídos externos”, completou.
Para o secretário de Cultura, Bruno Monteiro, é muito importante para o desenvolvimento social dispor desses equipamentos culturais. "Teremos o Teatro Castro Alves, que já é o maior complexo cultural do Norte-Nordeste, cada vez mais moderno, mas sem perder nada das suas características. Será um equipamento mais democrático, mais acessível para o conjunto do povo baiano, que deve cada vez mais se apropriar desse espaço como seu".
A obra será executada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano da Bahia (Conder) e terá intervenções também no jardim suspenso, no restaurante, na bilheteria, na sala de ensaio da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) e do Balé do Teatro Castro Alves (BTCA), dos espaços administrativos dos Corpos Artísticos (OSBA e BTCA) — projetos culturais que contam com ações continuadas do estado. As salas de ensaio polivalentes, os espaços administrativos, o centro técnico, rota de acessibilidade e outras instalações também serão contemplados. A área total reformada chegará a 17.934,70m².
Presente no evento, o cantor baiano Gerônimo comenta que o equipamento é o palácio de todas as artes do Brasil. “O Teatro Castro Alves é uma referência para a Bahia e para a nossa cidade, o palácio de todas as artes. Artistas do Brasil e do mundo ficam impressionados com essa estrutura. Temos o maior orgulho de ter uma peça dessa, viva, permanente, para sempre”, endossou o artista.
Na primeira e segunda etapas do projeto de modernização e ampliação do Complexo do TCA, passaram por intervenções a Concha Acústica, entregue em 2016, e a Sala do Coro, entregue em 2018. Para a reforma, já foram investidos R$ 119 milhões pelo governo estadual. A última etapa deve ser entregue até o final de 2026.
A cerimônia de lançamento do edital de licitação da reforma contou com a presença de autoridades, acadêmicos e artistas da Bahia. Além de apresentações da dançarina Nildinha Fonseca, da orquestra Mangangá, da Associação Cultural de Capoeira Mangangá, e do Cortejo Afro.
SOBRE O TCA
O equipamento cultural é dividido em Sala Principal com 1.554 lugares, Foyer, Sala do Coro, Concha Acústica, Centro Técnico, Esplanada, Vão Livre, Jardim Suspenso e Café Teatro, salas administrativas e salas de ensaio.
A empresa responsável pela elaboração do projeto de requalificação do Teatro Vila Velha já foi definida. Segundo a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), a A+P Arquitetura e Urbanismo foi a contratada por meio de inexigibilidade de licitação. Importante equipamento cultura de Salvador, o teatro deve ter as intervenções concluídas em 2024, ano em que completa 60 anos. Ainda conforme a FMLF, o valor para a execução do projeto é de R$ 793,6 mil.
No final do mês de julho, a prefeitura de Salvador anunciou uma parceria para requalificar e modernizar o equipamento. A obra terá como base o projeto original, elaborado pelo arquiteto alemão Carl Von Hauenschild. Foi ele quem desenhou a planta atual do teatro, que passou por uma refundação em 1998. Agora, a Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) vai atualizar o projeto, com a promessa de fazer adequações para a modernidade, como maior acessibilidade, maior número de banheiros e de áreas de segurança, e com climatização mais silenciosa.
Tânia Scofield, presidente da FMLF, também explicou as intervenções no local. "Na época em que o projeto foi feito, não se exigia acessibilidade. Tem rampas aqui com 13% de declividade, sendo que hoje a gente usa no máximo 8%. Outro ponto é ampliar a área de banheiros, porque hoje são poucos. Temos também que rever toda a parte elétrica do prédio, para evitar problemas, e instalar climatização sem ruído algum, para que não atrapalhe os espetáculos. São muitos os pré-requisitos, que hoje têm uma exigência maior do que na época em que ele foi criado”.
Além do Vila Velha, a gestão municipal também vai realizar uma reforma no Passeio Público, área histórica de lazer onde o teatro está abrigado. A expectativa é que as intervenções refaçam algumas áreas de pedra portuguesa que estão desgastadas por conta do tempo e que deixam a caminhada difícil no local, e também apliquem novas normas de acessibilidade.
Dois importantes espaços de Salvador, o Teatro Vila Velha e o Passeio Público passarão por reformas estruturais realizadas pela prefeitura da capital baiana. A informação foi confirmada ao Bahia Notícias pelo secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, nesta sexta-feira (14).
O Passeio Público de Salvador é formado por um conjunto de monumentos e patrimônios materiais e culturais, como o Palácio da Aclamação e o próprio Vila Velha. Nos últimos anos, as condições de manutenção do local foram questionadas pela comunidade do entorno (leia mais aqui).
Inaugurado em 1810, o Passeio Público é gerido pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
O secretário estadual de Cultura (Secult), Bruno Monteiro, viveu um dia tenso logo no início da sua gestão, quando o Teatro Castro Alves (TCA) sofreu com um incêndio. Em entrevista ao podcast Projeto Prisma, o titular da pasta contou uma grande coincidência e afirmou que, no mesmo dia das chamas, havia apresentado uma proposta de reforma do TCA para o governador Jerônimo Rodrigues (PT).
“Eu estava em um despacho com o governador, nós conversamos sobre vários assuntos. Quando estava acabando o despacho eu falei com Jerônimo que nós precisávamos fazer uma reforma no TCA, tenho um projeto de reforma. Quando saio da sala, pego meu telefone e tinha uma ligação da diretora da Funceb, mas fui falar com meu chefe de gabinete. Quando eu estava saindo para almoçar, peguei meu WhatsApp e vi a mensagem: ‘Incêndio no TCA’”, contou Bruno Monteiro.
O secretário afirmou que, apesar das fortes chamas, o que causou o maior dano ao TCA foi a água. Monteiro explicou que o sistema de combate a incêndio interno foi acionado no momento do início das chamas, "enxaguando” parte do teatro por mais de seis horas seguidas.
“Quando a gente tem um incêndio como esse, a gente fica pensando na destruição pelo fogo. E o dono maior no TCA não foi o fogo, foi a água. Quando começou o incêndio o sistema anti-incêndio do teatro foi prontamente acionado e ficou jogando água por seis horas. Desceu uma porta metálica que preservou a parte da plateia, o palco e a plateia não foram afetados, mas a parte de trás da coxia, toda a parte superior foi afetada. Enxarcou o forro acústico, ele ficou muito grosso, inchou e começou a esfarelar”, afirmou Bruno Monteiro.
A prefeitura de Salvador prevê entregar o Memorial das Baianas reformado ainda neste ano. Nesta quarta-feira (20) completaram dois meses da assinatura da ordem de serviço para a recuperação do equipamento cultural, localizado na Praça da Sé, no Centro Histórico de Salvador. O documento assinado pelo prefeito Bruno Reis finalmente marcou o fim do imbróglio burocrático envolvendo a liberação da verba federal que atrasou o início da reforma (relembre) e agora os trabalhos estão em andamento.
“A obra de recuperação do Memorial das Baianas, executada pela Superintendência de Obras Públicas – Sucop –, está prevista para ser concluída no mês de dezembro”, informou a autarquia, segundo a qual “a obra está avançada, faltando ser realizado apenas as instalações de revestimento, como pintura”. Segundo a Sucop, até o momento o memorial já passou por “alteração de layout e paisagismo”, além de “serviços estruturais como impermeabilização, revestimento e instalações elétricas, hidráulicas e hidrossanitárias”.
Com o orçamento de R$ 384 mil da União, via emenda parlamentar do deputado Márcio Marinho, o projeto de recuperação desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) prevê intervenções da cobertura, complementação em laje pré-moldada, melhorias no revestimento das paredes, no piso e nos forros, além de pintura, instalação de esquadrias de madeira, metálica e vidro.
EXPECTATIVA PARA RETOMADA
Imagem do memorial em 2019 | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
O Memorial das Baianas foi inaugurado em 2009, com o objetivo de preservar a tradição e a história das baianas do acarajé, ofício registrado como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Fechado desde 2020, em virtude da pandemia da Covid-19, o museu viu acelerar o processo de degradação que já vinha ocorrendo ao longo dos anos, após uma série de arrombamentos e roubos, além de danos causados por agentes naturais (saiba mais).
Com o início da revitalização, a esperança para voltar a abrir as portas e receber os visitantes se renovou, apesar de ainda não ser possível visualizar em primeira pessoa o avanço da reforma. “A obra está lá, como eles botaram tapumes e fecharam tudo, a gente não sabe como está acontecendo”, comentou Rita Santos, coordenadora da Associação das Baianas de Acarajé e de Mingau (Abam).
“Verão chegando, a praça fica lotada o dia inteiro, mas com os tapumes fica bem apertadinho. E outra, a gente está no aguardo desde março de 2020 sem trabalhar. Está difícil, então a gente está na expectativa”, pontuou a líder da categoria, revelando que após o início das obras precisou mudar de endereço, mas segue de perto, observando tudo. “Saímos de lá no finalzinho de agosto, estou funcionando inclusive em uma sala alugada no Edifício Themis, em frente ao memorial, para estar atendendo às baianas”, explicou.
O fato é que Rita, as demais baianas de acarajé e os turistas vão precisar conter a ansiedade e esperar até dezembro. Isto porque, segundo a Sucop, “apesar da proximidade da entrega, a abertura antes da finalização da intervenção não será possível”.
Depois de destravado o processo burocrático junto ao governo federal para liberação dos recursos (saiba mais), o prefeito Bruno Reis assinou, nesta sexta-feira (20), a ordem de serviço para a recuperação do Memorial das Baianas, situado na Praça da Sé, em Salvador. "Esse memorial representa a história, os valores, e, principalmente, a tradição de um dos principais símbolos do nosso estado, da nossa cidade: as nossas quituteiras, as nossas baianas de acarajé", comemorou o gestor municipal.
Em sua fala, Bruno agradeceu ao deputado Márcio Marinho por destinar cerca de R$ 450 mil de suas emendas parlamentares ao projeto e ressaltou a importância da preservação do patrimônio. “Todo homem público, todo gestor que quer deixar uma marca na sua gestão tem que ter a capacidade de reconhecer os símbolos da nossa história. E as baianas representam a história da nossa cidade, do nosso estado”, assinalou.
Além de destacar o potencial do museu como guardião da memória e da cultura local, o prefeito reafirmou a importância do equipamento como um dos esforços de sua gestão voltados para dinamizar o turismo da capital baiana, sobretudo o etnico. "Quando você faz um investimento como esse, você resgata o passado, mas você também aponta para o futuro. Porque esse equipamento aqui das baianas será visitado por nós soteropolitanos, mas também por milhares de turistas que vêm ao Centro Histórico, que vão aqui comprar o acarajé da baiana, a água de coco, a fitinha do Senhor do Bonfim. Vão andar no Uber, no táxi, vão frequentar os bares e restaurantes de nossa cidade, dormir nos hotéis, vão deixar dinheiro na cidade, e com isso vão melhorar a vida incrementando a renda de milhares de pessoas que dependem do setor de serviços, tão fundamental para a economia da nossa cidade”, declarou Bruno Reis.
RECUPERAÇÃO
Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto visa melhorar e valorizar toda a estrutura do espaço, que se encontra degradado. Estão previstas intervenções da cobertura, complementação em laje pré-moldada, assim como melhorias no revestimento das paredes, no piso e nos forros, além de pintura, instalação de esquadrias de madeira, metálica e vidro.
SOBRE O MEMORIAL
O espaço foi inaugurado em 2009, com o objetivo de preservar a tradição e a história das baianas do acarajé, ofício registrado em 2005 como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Fechado desde março de 2020, por conta da pandemia, o equipamento cultural viu acelerar o processo de degradação que vinha ocorrendo ao longo dos anos, tendo passado por uma série de invasões e sofrido danos causados por agentes naturais.
Na última quarta-feira (21), durante o lançamento dos projetos AfroBiz e AfroEstima, o prefeito Bruno Reis anunciou uma série de ações que têm sido implementadas pela prefeitura de Salvador com o objetivo de dinamizar o turismo na cidade, sobretudo o étnico (saiba mais).
Dentre os projetos apontados pelo gestor municipal, estava a recuperação do Memorial das Baianas, situado na Praça da Sé, próximo ao monumento da Cruz Caída, de autoria de Mário Cravo Jr.. O espaço foi inaugurado em 2009, com o objetivo de preservar a tradição e a história das baianas do acarajé, ofício registrado em 2005 como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Inaugurado em 2009, o Memorial tem como objetivo preservar a tradição e a história das baianas do acarajé | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
Fechado desde março de 2020, por conta da pandemia, o equipamento cultural viu acelerar o processo de degradação que vinha ocorrendo ao longo dos anos, tendo passado por uma série de invasões e sofrido danos causados por agentes naturais. Há dois anos, por exemplo, Rita Santos, coordenadora da Associação das Baianas de Acarajé e de Mingau (Abam), entidade que gerencia o memorial, havia registrado cerca de 40 boletins de ocorrência para denunciar arrombamentos e roubos no local (relembre).
“De lá pra cá piorou mais ainda, o cupim detonou tudo. Agora, então, está pior do que naquela época. Não há possibilidade de abrir para o público, as pessoas chegam lá, batem na porta e a gente fala que infelizmente não dá pra abrir porque não tem condição nenhuma mesmo”, conta Rita. “Não há possibilidade nenhuma de abrir, por conta da deterioração. Ficou fechado esse tempo todo, chuva molhando lá dentro, infelizmente é isso”, reforça.
Ao Bahia Notícias, a coordenadora da Abam revelou ainda que em 2020, mesmo durante a pandemia, o local teve mais dois arrombamentos. “Levaram muita coisa”, lembra a baiana, que aposta na reforma como forma de reverter a maioria dos problemas enfrentados no memorial. “A ideia dessa obra, justamente, vem reforçar essa questão de arrombamento. Porque temos locais que não têm telhado, é policarbonato, e é por lá que eles entram. E nessa reforma, tudo indica que vá ser colocada laje. Então, a gente acredita que vai ter um pouco mais de segurança”, prevê.
Hoje o local apresenta problemas estruturais e ainda mais infiltrações | Foto: Rita Santos
A esperança não é em vão, mas o anúncio feito por Bruno Reis não está tão próximo de ser concretizado como Rita e a própria gestão municipal gostariam. Em janeiro de 2019, o Ministério do Turismo liberou R$ 460.952,38 em recursos da União, por meio do Programa de Desenvolvimento e Promoção do Turismo (Prodetur), para a realização da requalificação do espaço. Em junho daquele ano, a prefeitura chegou a lançar uma licitação que contratou empresa especializada para a elaboração do projeto da reforma. As obras, no entanto, ainda não saíram do papel e dependem do governo federal para desenrolar.
“A prefeitura de Salvador recebeu, através de uma emenda parlamentar, o valor de R$ 384 mil para fazer a reforma e a revitalização do Memorial das Baianas (sabia mais). A gente já fez o processo licitatório, já contratou a empresa que vai fazer a obra [G3 Polari Serviços], já celebrou o contrato, porém, nós não podemos dar a ordem de serviço para começar a obra porque os recursos da emenda parlamentar ainda não entraram no cofre da prefeitura”, explica Fábio Mota, titular da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult). “A Caixa Econômica, que é por onde vem o convênio, só pode autorizar a gente a começar a obra quando receber do governo federal os R$ 384 mil de emenda parlamentar”, detalha o secretário, segundo o qual o número diferente dos R$ 460 mil liberados no convênio se dá porque o vencedor da licitação ganhou o contrato oferecendo o serviço por um valor inferior.
“A gente celebrou o convênio, fez esse ano o processo licitatório, homologou a licitação, tá tudo pronto, lindo, maravilhoso, porém, o recurso especificamente desse convênio não chegou na Caixa. Então, a gente está aguardando que o dinheiro desse convênio chegue na Caixa, pra que ela informe e a gente possa dar, assim, a ordem de serviço para começar a obra”, reforça Mota, que diz não ter como dar previsão de data para o início da requalificação. “Não sou dono no cofre do governo federal. A gente já mandou ofício para o Ministério do Turismo, já mandou ofício para o próprio parlamentar [deputado Márcio Marinho] que apresentou a emenda, pra tentar agilizar, mas a gente tem que esperar”, reafirmou.
Em 2019, Rita Santos relatou uma série de problemas, desde infiltrações a roubos, no Memorial das Baianas | Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias
Enquanto o imbróglio burocrático não é solucionado, o Memorial das Baianas segue fechado ao público e as infiltrações, mofo e vazamentos vão tomando conta do espaço, que há um ano e meio é mantido por meio de apoios pontuais. “Não temos mais nada, no período da pandemia não fizemos nenhuma atividade. Consegui, no ano passado, entrar no projeto da Lei Aldir Blanc do município, e com esse dinheiro paguei contador, água, luz, telefone… Pagamos as contas do ano passado, mas esse ano não teve nenhuma atividade, não pudemos fazer nada. Eu tive ajuda agora da Coca-Cola nacional, que me repassou um valor pra segurar as pontas para pagar as contas”, conta Rita Santos, que segue na espera por dias melhores.
Vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) abriu licitação para contratar uma empresa especializada em obra civil para reformar um prédio que poderá abrigar o Centro Cultural - Memorial do Petróleo, no Subúrbio de Salvador. O imóvel está localizado na rua Amparo, no bairro do Lobato, região onde, em 1939, foi descoberta a primeira jazida de petróleo do país.
O aviso de licitação, na modalidade de menor preço, foi publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (21) (clique aqui), e, segundo nota do diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, o serviço prevê “obra de melhorias da edificação, a exemplos de revisão geral das instalações elétricas, a revisão geral das instalações hidrossanitárias, a revisão das coberturas, a restauração das estruturas metálicas, a recuperação e a substituição dos pisos e dos revestimentos, a requalificação dos sanitários, a confecção e a instalação de guarda-corpos e corrimãos, a substituição de esquadrias (portas e janelas), impermeabilização de estruturas, a substituição de forros, a execução de serviços de pinturas dos pisos, dos gradis, das paredes internas e das fachadas de toda a edificação”.
Local onde foi descoberta a primeira jazida de petróleo no Brasil, em 1939 | Foto: Arquivo/ Petrobras
Segundo o Ipac, a medida se dá por entender ser fundamental a preservação da memória do petróleo no Brasil, “sobretudo com o risco que corremos da desativação de diversas atividades que geraram impulso econômico na Bahia da década de 50 até o final do último século”. Segundo o gestor, tal memória é essencial “porque conta a história da implementação e do processo da descoberta do petróleo, que gerou um modelo de desenvolvimento para a sociedade e economia brasileiras, e todos seus impactos sócio-culturais”.
“Dentro dessa política de valorização e conservação de bens patrimoniais para a região, sobretudo junto a implantação do VLT (Veículo Leve de Transporte), no Subúrbio de Salvador (GovBA), o Ipac tem trabalhado em parceria com diversas contrapartidas ao patrimônio cultural, dentre estas a reforma do Marco Zero do Petróleo, do Centro Cultural, área com processo de tombamento aberto desde 2019 (veja publicação no DOE)”, explicou Oliveira.
De acordo com o diretor do Ipac, a ideia é, alinhado ao projeto social iniciado com o decreto de tombamento, preservar o patrimônio e também garantir “ações de formação e a qualificação da educação patrimonial”, que, em sua avaliação, junto com o modal do VLT, será um “marco sócio-cultural” para a cidade, o estado e o país.
Em meio a uma grande reforma, durante escavações da área externa do Museu do Ipiranga, em São Paulo, foram reveladas descobertas arqueológicas. De acordo com informações da Agência Brasil, uma equipe de arqueólogos encontrou no local materiais como ossos, fragmentos de porcelana e objetos de uso pessoal antigos.
Após serem analisados, os ítens de outras épocas têm sido divulgados em uma série de publicações nas redes sociais do museu, por meio de uma parceria com a Scientia Consultoria Científica. Abrindo a iniciativa, o público pôde ver uma dentadura datada da metade do século 20, que incluía um dente com restauração em ouro, para disfarçar o uso da prótese. Segundo a publicação, a peça foi encontrada ao remover árvores do jardim para replantio.
As escavações revelaram ainda pedaços de crânio, pélvis e pés de rês (vaca ou boi) com marcas de cortes retos, realizados com instrumentos de metal; um fragmento de mandíbula que pode ter pertencido a um gato e dentes de porco doméstico.
Os achados incluem ainda fragmentos de pratos, xícaras e potes de porcelana, do fim do século 19 e início do 20. Um dos ítens parece ser o fundo de um prato raso, com o registro Société Céramique Maestrich, marca holandesa de 1859. Também foi identificado um pedaço de prato produzido na Fábrica de Louças Santa Catharina (FSC), uma das primeiras do país.
Os arqueólogos encontraram também duas moedas de 200 réis que, dependendo da época, equivaleriam de R$ 2,50 até R$ 10. A mais antiga, cunhada na Europa, chegou às ruas no fim de 1901. A outra, comemorativa, é da segunda metade da década de 1930.
As escavações revelaram ainda vários fragmentos de vidros, possivelmente do período entre o final do século 19 e o início do século 20. Um deles é um fragmento de uma garrafa de vidro com a inscrição “Labor omnia V”, que a consultoria acredita se tratar de um frasco de medicamento importado. O produto da empresa Caswell Mack & Co., Chemists New York & Newport, utilizava em algumas de suas embalagens a frase latina que significa “O trabalho vence tudo”.
Fechado desde 2013, o Museu do Ipiranga tem previsão de reabertura para setembro de 2022.
Com a terceira etapa das obras iniciada em janeiro de 2019 (relembre aqui e aqui) e alguns atrasos pelo caminho, a reforma do Arquivo Público da Bahia (Apeb), localizado na Baixa de Quintas, em Salvador, finalmente chegou ao fim.
A primeira etapa aconteceu em 2012 para requalificação do sistema elétrico, lógico e telefônico, com um investimento de aproximadamente R$ 650 mil. Em 2014, o Apeb recebeu mais de R$ 2 milhões para restauro do telhado e do forro, e no ano passado, a Fundação Pedro Calmon (FPC), responsável por administrar o equipamento, obteve investimentos de R$ 3 milhões para serviços no Solar da Quinta do Tanque. A execução da obra foi de responsabilidade da FPC, com a interveniência do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (Ipac) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) como financiador.
Ainda que não da forma festiva como no planejamento original, a reabertura acontece nesta quinta-feira (5), no Dia Nacional da Cultura. “É simbólico isso, porque para a gente é muito mais que uma obra. Nós na verdade estamos reabrindo um patrimônio nacional da cultura”, classifica Zulu Araújo, diretor da FPC.
“Estava prevista para ser entregue no final do ano [de 2019], mas houve um achado que interrompeu a velocidade das obras, tendo em vista que nós encontramos quase 2 mil artefatos arqueológicos (clique aqui e saiba mais), sendo que alguns deles datados de 300 anos, 250 anos, como azulejos, cerâmicas, artefatos de escravidão... E aí, quando você acha esse tipo de artefato, tem que entrar em contato com o Iphan e ele é quem determina qual o rumo que será dado. Então, por conta disso, atrasou entre 60 e 90 dias a obra. E aí caímos na pandemia”, conta Zulu, explicando que a fundação contratou uma empresa de arqueologia para realizar a listagem, classificação e higienização das peças.
Achados arqueológicos farão parte de exposição | Foto: Italo Pacheco
Alguns materiais encontrados, como cachimbos, moedas, canecas, talheres, peças de jogos e castiçais, inclusive estarão disponíveis para visitação com a reabertura do espaço. “Nós vamos ter uma sala de exposições, a chamada Sala dos Azulejos, onde vamos expor um quantitativo, se não me engano, de 150 destes artefatos para que o público não só tenha conhecimento, como perceba a importância que esses artefatos arqueológicos possuem para a história da Bahia e para a história daquele sítio, que na verdade é de 1551. Ou seja, dois anos após a fundação da cidade de Salvador aquele sítio estava sendo erguido”, conta o diretor.
Comemorando a reabertura, Zulu destaca a importância cultural do Apeb. “A gente está devolvendo ao público um patrimônio material e, junto com ele, os serviços que estão lá alocados. Ou seja, estamos disponibilizando o acesso para a produção de conhecimento importantíssimo sobre a história do Brasil, da Bahia, do nosso povo. Porque ali no Arquivo Público nós temos o segundo arquivo mais importante sobre o período colonial na América Latina”, avalia, listando parte do acervo que ele abriga. “Nós temos Registro Nacional do Programa Memória do Mundo da UNESCO de quatro conjuntos de documentos, temos passaportes de escravos do século XVI, temos o conjunto de obras sobre as empresas de artefatos na Bahia, temos obras raras que inclusive compartilhamos agora com a biblioteca de Londres... Ali no Arquivo Público está arquivada uma parte importantíssima da história da Bahia. Está, por exemplo, a primeira ata do Tribunal de Relação da Bahia, que é aquele que dá origem ao Tribunal de Justiça do Estado da Bahia. Foi o Tribunal de Relação que julgou, por exemplo, os condenados da Revolta dos Búzios”, pontua.
Mas, para voltar a abrir as portas ao público, alguns protocolos serão implementados, como o distanciamento de mesas e cadeiras, higienização dos equipamentos e também de livros, além do uso de luvas e máscaras. “Não haverá possibilidade nenhuma de aglomeração, inclusive vamos agendar previamente a visitação para pesquisa, ou via e-mail ou via digital. Não será mais chegou e entrou. Enquanto não houver a vacinação, que é o mecanismo mais seguro de proteção, nós vamos seguir os protocolos”, garante Zulu.
Além do ponto de vista sanitário que deve ser observado com rigor, ele afirma que a reforma garante uma maior segurança em outros níveis, podendo evitar incêndios como o ocorrido na Biblioteca Nacional, ocorrido em 2018 (relembre aqui), destruindo grande parte de um acervo histórico precioso para o Brasil e para o mundo. “Primeiro, a gente teve que fazer toda essa obra de restauro e agora entra a segunda etapa. Já temos lá um serviço de proteção a incêndios eficiente, com a disposição de hidrantes, extintores, ou seja, tem todo um protocolo devidamente instalado, mas agora nós estamos indo para o projeto de modernização de proteção a incêndio, que já está praticamente pronto. Pra ele ficar pronto definitivamente teria que fazer o restauro primeiro, porque ele implicava também na modernização do sistema elétrico e do telhado, por conta das das tesouras, que também já foram feitos. Então, uma coisa é sequenciada com a outra”, explica.
A requalificação dos arcos da Ladeira da Montanha, no Centro Histórico de Salvador, vai ser entregue pela prefeitura em outubro. Orçada em aproximadamente R$ 3,4 milhões, a obra faz parte de um conjunto de 35 iniciativas para a revitalização da região.
As intervenções incluem a melhoria da iluminação pública e inserção de luminárias cênicas voltadas para os arcos, pintura, recuperação da estrutura e a reforma da área interna dos arcos, com a construção de mezaninos para melhor aproveitamento.
As obras já melhoraram também as condições de habitabilidade e salubridade dos arcos para os ferreiros, serralheiros e marmoreiros que desenvolvem suas atividades há muitos anos ali.
Os arcos estão sendo requalificados pela RC Restaurações e Construções Eireli, vencedora da licitação, sob a supervisão da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras Públicas (Seinfra). "As obras nos arcos da Montanha e nas Muralhas do Frontispício serão concluídas em outubro e integram o conjunto de iniciativas de recuperação do Centro Histórico, junto com a requalificação da Av. Sete de Setembro, a nova Rua Miguel Calmon, o Elevador do Taboão, as praças Castro Alves, Cairu, Marechal Deodoro, dentre outras. Essas intervenções estão devolvendo ao cidadão e aos turistas cartões postais importantes na história da cidade", conta Luciano Sandes, titular da Seinfra.
A previsão de entrega e o resultado que já pode ser observado do visual têm deixado os artífices que ali trabalham animados e esperançosos. É o caso de Teomiro Rocha, de 33 anos, que começou a trabalhar como marmoeiro no local ainda criança, aos 9 anos de idade. “A obra tem evoluído de maneira impressionante, pois está ficando pronta praticamente em um ano. Graças a Deus está ficando ótimo. Fazia mais ou menos 35 anos que esses arcos não passavam por uma reforma, agora eu só tenho a agradecer”, conta. Segundo Teomiro, a profissão dele foi passada do avô para o pai, do pai para a mãe e da mãe para ele. Ele espera que, com a obra, o movimento no local aumente tanto por turistas como por soteropolitanos.
A Ladeira da Montanha é sustentada pelos arcos, que foram erguidos como pilares de apoio e hoje funcionam como galeria para os artífices. Esse conjunto composto por 17 arcos, com acesso pela Ladeira da Conceição da Praia, foi edificado no final do século XIX. Alguns dos serralheiros e ferreiros que lá trabalham, como José Adário, ficaram conhecidos por produzir peças para museus brasileiros e artistas de vários países.
Erguido no século XVI, à margem da Baía de Todos os Santos, em Caboto, no distrito de Candeias, o Museu do Recôncavo Wanderley Pinho passará por obras de restauração e recuperação.
Contemplado pelo Programa Nacional de Desenvolvimento do Turismo (Prodetur), por meio da Secretaria de Turismo da Bahia (Setur), o projeto contará com investimento de cerca de R$ 26 milhões. O anúncio do edital de licitação para a realização das obras foi feito pelo governador Rui Costa, nesta terça-feira (27), durante a entrega do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) de Candeias.
Perspectiva do Museu do Recôncavo Wanderley Pinho
Administrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), no local onde funcionava o Engenho Freguesia, o espaço receberá intervenções com o objetivo de incorporá-lo ao roteiro turístico da região, focado nos segmentos cultural, histórico e náutico.
A reforma prevê o restauro da casa grande, capela e da antiga fábrica; serviços de paisagismo e a construção de um complexo museológico com integração entre ecologia, etnografia, arqueologia, história e arte.
Inaugurado no ano de 2009, nas imediações da Cruz Caída, no Centro Histórico de Salvador, o Memorial das Baianas míngua por falta de manutenção e em decorrência dos constantes furtos. Segundo Rita Santos, coordenadora da Associação das Baianas de Acarajé e de Mingau (Abam), entidade que gerencia o espaço, já foram registrados 37 boletins de ocorrência para denunciar os arrombamentos no local. “Cada vez que eles arrombam, quebram alguma coisa. Agora mesmo eu cheguei aqui e está tudo cheio de água, porque subiram no telhado, arrebentaram o telhado, choveu hoje e a água está descendo escada abaixo”, conta Rita. “Também temos problema de cupim, nós tivemos muito cupim, então o que é de madeira aqui dentro está tudo acabado. Está bem comprometido, apesar de a gente tentar manter o melhor possível”, relata.
Em janeiro deste ano, no entanto, um contrato firmado entre o Ministério do Turismo e a prefeitura de Salvador (clique aqui) devolveu um pouco de esperança àqueles que defendem o patrimônio cultural. Por meio do Programa de Desenvolvimento e Promoção do Turismo (Prodetur), o governo federal liberou recursos na ordem de R$ 460.952,38, para a revitalização do Memorial das Baianas.
Instalações do Memorial das Baianas são afetadas por constantes furtos | Fotos: Reprodução / Facebook
Em consonância com o processo burocrático usual de toda obra realizada pelo poder público, no final de junho foi publicado no Diário Oficial do Município o resultado de uma licitação, para a contratação da LNJ Engenharia, “empresa especializada em prestação de serviços técnicos de engenharia para elaboração dos Projetos Complementares de Reforma do Memorial das Baianas”. O contrato, no valor de R$ 33.390,13, foi firmado pela Fundação Mario Leal Ferreira (FMLF), entidade vinculada à prefeitura, responsável pelo planejamento urbano do município de Salvador.
Segundo Tânia Scofield, presidente da FMLF, o projeto em questão abrange uma poligonal de intervenção com uma área de aproximadamente 327,50 m², inserida na poligonal do Centro Histórico. “As soluções adotadas pela FMLF na elaboração do Projeto de Reforma do Memorial das Baianas visam requalificar o espaço, atualmente degradado, resgatar a função inicialmente prevista quando da concepção do projeto (espaço de exposição permanente da história das baianas, realização de eventos e divulgação da gastronomia baiana, especialmente do acarajé) e adequá-lo às exigências de acessibilidade, segurança e conforto”, explica Scofield.
A obra em si, que será realizada com o aporte de cerca de R$ 461 mil do Ministério do Turismo, ainda não tem data de início confirmada. “Como especifica o edital, o Projeto de Reforma do Memorial das Baianas ainda está em fase de elaboração de projetos”, situa a presidente da FMLF.
Coordenadora da Abam, Rita Santos destaca as dificuldades enfrentadas no Memorial das Baianas | Foto: Cláudia Cardozo / Bahia Notícias
Enquanto isso, a Associação das Baianas de Acarajé e de Mingau conta com a solidariedade e ideias criativas para manter o Memorial. “Não temos previsão nenhuma [do início da revitalização]. Eu também estou com essa preocupação, porque obra demora, nós temos o Dia da Baiana já em novembro, então não sei se até lá essa obra já vai estar pronta ou não”, diz a coordenadora da associação. “A gente vive no tapa buraco. Conserta aqui, troca uma lâmpada ali, queimou aqui...”, revela Rita Santos. “O Palácio aqui do lado, onde vai ser o museu da Igreja Católica, me doou umas telhas, aí eu fui e botei as telhas no lugar. Mas por conta do pé da cajazeira, que quando dá frutos as pessoas sobem nas telhas [e estragam o telhado], aí eu peço a um, peço a outro e a gente vai tapando buraco pra tentar melhorar”, conta.
Primeira mulher a assumir a reitoria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Denise Pires de Carvalho disse que pretende reabrir pelo menos uma ala do Palácio São Cristóvão, do Museu Nacional.
Segundo informações da Agência Brasil, a reitora pretende reabrir até o Bicentenário da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 2022. O Museu Nacional foi destruído por um incêndio no dia 2 setembro de 2018, perdendo grande parte do seu acervo e das pesquisas brasileiras.
"Estamos trabalhando para que pelo menos uma parte do palácio possa ser inaugurada no bicentenário da Independência. Vamos trabalhar para isso e espero que possamos ter o apoio não só da comunidade nacional, da nossa sociedade, mas da sociedade internacional", destacou Denise.
A reitora informou que é preciso recuperar também as salas de aula e laborartórios destruídos pelo incêndio e disse que a reconstrução do museu acontecerá em três frentes: o palácio; as áreas acadêmicas, que ficarão em um novo prédio; e a reforma do Horto Botânico do Museu Nacional, área que passou a concentrar todas as atividades desde o incêndio.
"Esperamos que as obras para os laboratórios e salas de aula comecem e se concluam antes disso [reinauguração do Palácio]. Esperamos que elas comecem ainda este ano".
Após a desistência de empresa vencedora de licitação, a Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à Secretaria de Cultura da Bahia, fechou um contrato de R$ 2.301.585,96 com a Marsou Engenharia Eireli – única a permanecer na disputa – para a execução de obras de restauração do imóvel que abriga o Arquivo Público da Bahia, em Salvador. O recurso é proveniente de convênio firmado com o Ministério da Cultura (clique aqui e saiba mais) e, segundo a assessoria de comunicação da FPC, as obras, que incluem reforma do piso, forro, impermeabilização, restauração de móveis coloniais, pintura, instalações elétricas, escadarias e iluminação externa, devem ter início ainda este ano.
Com investimento de R$ 30 mil e dispensa de licitação, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), autarquia vinculada à Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), contratou uma empresa para a realizar a remoção e troca de piso do salão e espaços destinados às exposições temporárias do Museu de Arte da Bahia (MAB). O resumo do contrato firmado com Nivea Maria Correia dos Santos - nome fantasia Ntech Servicos Gerais - foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta terça-feira (20).
Fundado em 1918, o Museu de Arte da Bahia é o mais antigo museu do estado e este ano celebra seu centenário com uma programação especial (clique aqui).
A Secretaria de Cultura do Estado (Secult) anunciou para o fim deste mês a conclusão da reforma no Centro de Cultura Camillo de Jesus Lima, situado em Vitória da Conquista, no Centro-Sul baiano. Com um investimento de cerca de R$ 1,5 milhão, a revitalização do espaço inclui a aquisição de novas poltronas para a sala principal e equipamentos de iluminação cênica, melhorias no anfiteatro e nas salas de ensaio, além da adequação do centro cultural às normas de acessibilidade, segurança e combate a incêndio. A reforma contempla também melhorias como pintura, recuperação de piso, cobertura, forro, sinalização e paisagismo.
O Espaço Xisto Bahia, equipamento administrado pela Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult), remanejou todas as pautas programadas para o mês de maio em sua sala principal. Em nota, a Secult informou que o cancelamento se dá pelo fato de que o “Espaço Xisto Bahia está localizado no prédio da Biblioteca Central do Estado da Bahia, inaugurado em 1970 e compartilha o sistema de ar condicionado central, que no momento está sendo requalificado”. A pasta informou ainda já ter notificado o fato e debatido com os realizadores que tinham pautas programas, comprometendo-se a remanejar as atividades artísticas para outros cinco espaços culturais administrados pela Secult em Lauro de Freitas, Salvador e Região Metropolitana.
A obra em questão faz parte do projeto de requalificação da biblioteca, que abrange a reforma dos banheiros, manutenção elétrica, restauração das esquadrias internas e externas, reforma do quadrilátero, limpeza da cobertura e troca de cabos tensionados e, por fim, climatização. “O sistema de ar condicionado da Biblioteca Central possui mais de 20 anos de existência, ou seja, é na verdade um equipamento obsoleto, do ponto de vista técnico”, explicou, em março deste ano, Zulú Araújo, diretor da Fundação Pedro Calmon (FPC), entidade vinculada à Secult, responsável por administrar o sistema de arquivos e bibliotecas públicas da Bahia (clique aqui e saiba mais). “Agora estamos fazendo o conserto das [três] turbinas, que não são mais fabricadas, por isso a demora. Estamos levando quatro meses para poder consertar porque mandamos fazer essas turbinas em São Paulo, numa determinada empresa. Além do que, tem uma determinada empresa em Salvador que faz esse tipo de serviço”, detalhou o gestor, à época, destacando a complexidade da manutenção do equipamento. “Consertar o ar condicionado da Biblioteca Central não é o mesmo que consertar o ar condicionado da nossa casa. Porque às vezes o leitor imagina isso, que basta chamar o técnico que conserta, mas não, é muito mais complexo”, disse.
Saiu no Diário Oficial da Bahia, nesta quarta-feira (13), a convocação do consórcio vencedor da licitação para a reforma da Sala do Coro do Teatro Castro Alves, referente à segunda etapa do Novo TCA. A publicação compreende a homologação, adjudicação e convocação do Consórcio TCA (Metro Engenharia e Consultoria Ltda / Controltec Engenharia Ltda) para assinar o contrato concorrência de número 021/17, no valor de R$ 6.918.346,69. O projeto para a reforma da Sala do Coro prevê uma nova configuração para o palco e a plateia, com flexibilidade de formatos. Também serão realizadas intervenções na sala cênica e no foyer, além da modernização dos equipamentos de sonorização, qualificação de acústica e cenotecnia, renovação do sistema de ar-condicionado e reforma dos sanitários e camarins (clique aqui e saiba mais). O andamento das obras será acompanhado através de uma consultoria do arquiteto cubano Yoanny Rodriguez Calvo, contratada sem licitação, no valor de R$ 90 mil (clique aqui e saiba mais).
Confira o texto publicado no Diário Oficial (clique na imagem para ampliar):
Presente na última noite do Festival Combina MPB, neste domingo (3), em Salvador, a secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, falou sobre os desafios e as realizações de sua gestão, que teve início há pouco mais de dois meses. “Eu vou dar continuidade no que eu encontrei. Vou fortalecer, ajustar algumas questões que não estavam ajustadas, ouvir a classe artística e a comunidade cultural”, explica a sucessora de Jorge Portugal. Ela atribui como “grande notícia” do momento, a retomada das obras no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), que ficou suspensa por cerca de 10 meses. “Desde o dia 1º que a obra já foi iniciada. Daqui para maio nós entregamos o MAM todo reformado”, garantiu Arany, anunciando ainda que as obras e a restauração do Arquivo Público vão acontecer “logo, logo”. “O recurso já rolava há algum tempo. Com essa interrupção retardou um pouco, mas, graças a Deus, nós já conseguimos regularizar e o Arquivo Público será reformado, porque, afinal de contas, ali salvaguarda a história do Brasil, não somente da Bahia”, disse a secretária, em referência ao convênio firmado entre a Secretaria de Cultura (Secult), a Fundação Pedro Calmon e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que garantiu R$ 3 milhões para a reforma do Arquivo Público (clique aqui e saiba mais).
A poucas semanas da conclusão das obras para a reforma dos largos Pedro Archanjo, Tereza Batista e Quincas Berro D’Água, o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), responsável pela programação artística dos espaços, voltou a aceitar solicitações de pauta para eventos. Qualquer pessoa física ou jurídica interessada em promover eventos culturais pode realizar o pedido, mediante o preenchimento do formulário e de termo de compomisso, disponíveis nos sites do CCPI e da SecultBA. Preenchida a documentação, ela deverá ser entregue na sede do CCPI, localizada na Casa 12, no Largo do Pelourinho. Não são cobradas taxas para a cessão dos largos.
Depois de cerca de 10 meses em reforma, a Biblioteca Edgard Santos, na Ribeira, será reinaugurada nesta quinta-feira (26), às 9h. Promovida pela Fundação Gregório de Mattos, a obra teve o propósito de garantir modernidade e acessibilidade para os visitantes. Agora, o espaço conta com mesa de consulta para cadeirantes e banheiro adaptado, mobiliário sustentável, acessibilidade digital e sistema wi-fi. Além disso, foi feito paisagismo no jardim de entrada, que ganhou também um painel doado pela artista plástica Luiza Olivetto.
Com um acervo de mais de 26 mil títulos, a biblioteca tem a proposta de funcionar como centro de conhecimento para bairros e praças da Península de Itapagipe, a partir da promoção de eventos externos como exposições, contos cantados e oficinas. Em homenagem ao Mês das Crianças, nesta semana de reabertura serão desenvolvidas atividades para o público infanto-juvenil, com foco na inclusão social, sustentabilidade, acessibilidade nos espaços culturais e trabalho em equipe. De segunda a sexta, o funcionamento da biblioteca é das 8h30 às 17h30.
Confira a programação da manhã reabertura:
09h00 - Apresentação do Grupo de Dança da Fundação Cidade Mãe, no espaço jardim, com coreografia “Brincadeiras”.
09h15 - Pronunciamento das autoridades presentes
09h30 - Apresentação do Programa Caminhos da Leitura
09h45 - Visita às instalações da Biblioteca.
10h00 - Apresentação da Leiturinha Cantada, com a história da literatura Infantil.
10h30 - Encerramento do evento e início do funcionamento normal da biblioteca.
Um grupo de apoiadores segue empenhado em revitalizar o Cine Teatro Éden, no município de Ipiaú, no sul baiano. Após divulgar carta aberta ao governador Rui Costa, solicitando uma reunião com o gestor estadual para discutir a inclusão do projeto na Chamada Pública da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Cinema da Cidade (clique aqui e saiba mais), a organização “Por Um Novo Cine Éden” diz estar redobrando os esforços para tal propósito. “O edital é até dia 5 de julho, mas estamos intensificando essa semana. Soube que Rui Costa já sabe do edital e deve inscrever, mas talvez não coloque Ipiaú como possibilidade, pois querem cidades acima de 100 mil habitantes”, revelou o cineasta ipiauense Edson Bastos, idealizador do movimento. Na última semana, o Bahia Notícias entrou em contato com a assessoria de comunicação do Governo da Bahia, mas não teve a confirmação de que Rui, de fato, tomou conhecimento da mobilização. Por outro lado, em mensagem direta enviada ao organizador da campanha, a equipe do Governo sugere que a proposta não será acolhida. “Aqui no Governo, por termos inúmeros municípios solicitantes, decidimos contemplar aqueles com, pelo menos, 100 mil habitantes, mas estamos de olho em Ipiaú!”, escreveu a assessoria.
Apesar disto, ao saber da suposta visita de Rui Costa ao município, nesta sexta-feira (30), o movimento “Por Um Novo Cine Éden” espalhou faixas pela cidade, com o objetivo de sensibilizar o governador.
Mobilização segue intensa para revitalizar o Cine Teatro Éden | Foto: Arquivo Pessoal
Fundado em 1927 e com a fachada tombada como Patrimônio Histórico Cultural da cidade desde 1991, o Cine Teatro Éden hoje encontra-se desativado. O equipamento cultural fechou as portas no início dos anos 1980, dando lugar a uma loja de móveis e eletrodomésticos, que também veio a encerrar suas atividades. Outrora com capacidade de público de 500 pessoas, Cine Éden recebeu festivais de música, apresentações teatrais e grandes eventos, com a presença de artistas relevantes, como Raul Seixas, Dominguinhos, Wanderley Cardoso e Jerry Adriani. Após a mobilização dos artistas e sociedade civil, a prefeitura de Ipiaú foi sensibilizada e assinou uma carta de intenções para desapropriar e revitalizar o imóvel (clique aqui).
As reformas feitas para a nova Concha Acústica do Teatro Castro Alves permitiram avanços na questão técnica sem perder o lado mais "humano" do espaço. Essa é a visão do diretor geral do TCA, Moacyr Gramacho, e da diretora artística, Rose Lima. Em entrevista ao Bahia Notícias, Moacyr explicou que a reforma permitiu não só mais conforto e qualidade como também a ampliação do número de espetáculos, o que fez aumentar a média de público. "O fato de você ter essa passarela e ter a conexão direta do palco possibilita uma montagem mais rápida e funcional do que antes. Então a velocidade de montagem e desmontagem aumentou, o que permite que você tenha mais espetáculos durante o mês. [...] Há uma resposta [positiva] por parte dos músicos da sonoridade dessa nova Concha. Há uma unanimidade de que a acústica é outra", avaliou o diretor. "Nos últimos dez anos a gente tem tido uma ocupação média da Concha de 130 mil pessoas por ano. Esse ano, e eu creio que por vários motivos, entre eles o funcionamento, a gente teve 240 mil pessoas com a grade de cerca de 70 espetáculos no ano", completou. Mesmo com diversas mudanças implementadas, Rose Lima fez questão de frisar que uma coisa não foi alterada: o "muro humano" formado pela plateia, que aproxima os cantores do público. "Uma coisa que não mudou: a relação entre a plateia e o palco. Você continua com essa mesma possibilidade de interação, de aconchego. Esse muro de gente, com uma proximidade muito grande do artista. Isso já dava certo e conta muito para os artistas. Eles relatam o prazer que é", lembrou a diretora. Para Moacir, o marco deste ano foi a comemoração dos 50 anos do TCA, com Gilberto Gil, Saulo, Baby do Brasil e a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba). "Todas as pessoas que estiveram aqui viram uma energia muito legal nesse show". Rose destacou, ainda, a versatilidade do espaço. "Você tem Patati e Patata, depois um público mais jovem no show de Criolo e Emicida, aí vem Gal e [Maria] Bethânia. Eu acho que essa democracia cultural que a gente tem é importante". Desde a reinauguração, além de shows, a Concha também recebeu apresentações de musicais, peças de teatro, exposições e até um evento espiritual. Neste sábado (13), Gal Costa marca a comemoração de um ano da reinauguração do espaço.
O ator baiano Lázaro Ramos se juntou ao grupo de artistas e intelectuais que encampa uma mobilização para revitalizar o Cine Teatro Éden, em Ipiaú (clique aqui e saiba mais). Em uma foto enviada aos manifestantes, ele aparece segurando um celular com a foto do espaço cultural e a hashtag da campanha #PorUmNovoCineEden. Após o grupo se reunir com a prefeita Maria das Graças Mendonça e entregar uma carta de compromisso para garantir a desapropriação do prédio, o caso vem sendo analisado pelo setor jurídico da prefeitura municipal (clique aqui e entenda).
Após a mobilização de artistas locais para a revitalização do Cine Teatro Éden, em Ipiaú, a prefeitura acenou positivamente sobre o apoio governamental à causa (clique aqui e saiba mais detalhes). Na última sexta-feira (7), o cineasta Edson Bastos, representante do movimento “Por Um Novo Cine Éden”, reuniu-se com a prefeita Maria das Graças Mendonça para tratar do tema. Na ocasião, o artista entregou um documento com o objetivo de assegurar a desapropriação do imóvel (clique aqui para ler a carta). “Entreguei uma carta de compromisso na qual há a garantia inicial de tornar o terreno de utilidade pública, para garantir que, pelo menos, o dono não venda para a Igreja Universal ou Supermercado, como o mesmo estava informando que havia interesse”, revelou Edson Bastos ao Bahia Notícias. Ele explicou ainda que conversou com o proprietário, que teria demonstrado interesse em vender o prédio para a prefeitura. “O próximo passo, após a utilidade pública, é colocar prefeitura e proprietário para dialogarem e definirem um valor. Vamos realizar esse encontro. Mas antes, aguardo a carta de compromisso dela”, disse o cineasta.
Parte interna do imóvel | Foto: Reprodução / Facebook
Vanda Andrade Pinheiro, chefe de gabinete da prefeita de Ipiaú, por sua vez, afirmou que a gestora municipal recebeu um documento do grupo da cultura, pedindo apoio da prefeitura para esse movimento, e que o material “está sendo analisado pelo jurídico”. Ela reafirmou ainda que “a prefeitura tem interesse em apoiar esta revitalização” e que aguarda o parecer técnico para se posicionar. Além de buscar apoio junto ao Executivo municipal, Bastos informou que agendará, na Câmara de Vereadores, a utilização do plenário no dia 25 de abril para falar sobre o procedimento da revitalização do espaço cultural e o papel dos legisladores neste processo.
Artistas de Ipiaú, no sul da Bahia, organizam uma campanha com o objetivo de revitalizar o Cine Teatro Éden, cuja fachada é tombada como Patrimônio Histórico Cultural da cidade desde 1991. O espaço, que foi aberto em 1927 e abrigou apresentações de nomes como Orlando Silva, Nelson Gonçalves, Ângela Maria, Wanderley Cardoso, Jerry Adriane e Raulzito e seus Panteras, fechou as portas no início dos anos 1980, dando lugar a uma loja de móveis e eletrodomésticos. Segundo os organizadores da campanha “#PorUmNovoCineEden”, na década de 80 houve esforços da prefeitura para comprar o espaço, mas “o proprietário pediu pelo prédio a exorbitante quantia de R$ 300 milhões”. Hoje, com o imóvel vazio, artistas e sociedade civil pleiteiam a reestruturação do espaço cultural.
Dentre os caminhos para garantir a revitalização, o movimento aponta duas possibilidades: através de parceria entre a Ancine e a prefeitura ou governo estadual, ou por meio de emenda parlamentar de algum deputado federal. À frente da mobilização, o cineasta ipiauense Edson Bastos conta que já conseguiu a adesão de Jean Wyllys (PSOL). “Entrei em contato com ele pelo Facebook. Expliquei o movimento e a intenção. E de imediato ele respondeu. Na sequência a assessoria jurídica entrou em contato para mostra como pode ser feita a revitalização através de apoio dos parlamentares”, conta. A adesão do deputado, no entanto, não garante sozinha a reforma do espaço, por isto a mobilização pretende sensibilizar o poder público. “Esse movimento existe há anos, desde que o cinema foi fechado. Mas agora, assim que eu liguei para a prefeitura e falei da possibilidade da reestruturação, eles agendaram a reunião. Vou dialogar com a prefeitura na sexta-feira (7). Com o governo do Estado ainda não conseguimos agendar. O imóvel é tombado, o primeiro passo é desapropriá-lo. A conversa com a prefeitura vai ser nesse sentido”, explica Bastos, que é idealizador do Festival de Cinema Baiano (Feciba). Os interessados podem acompanhar o movimento por meio da página no Facebook (acesse aqui).
Durante a última edição do programa Saia Justa, exibido na última quarta-feira (15), na GNT, a apresentadora Astrid Fontenele cometeu um equívoco ao mencionar a reforma da previdência proposta pelo governo Temer. “Tem um assunto que a gente não podia deixar de tocar. Eu queria dizer que, acho que quem viu o noticiário já sabe, quem acompanhou nas redes sociais e sites de notícia também já viu. Milhares de pessoas protestaram pelo Brasil, querendo debater mais a reforma da presidência”, disse ela, confundindo a palavra “previdência” com “presidência”, ao mencionar os protestos em diversas cidades do Brasil na semana passada. Depois de destacar a importância de falar do tema, considerado por ela “uma reforma bastante polêmica”, ela indaga: “Eu falei previdência certinho?”. “Acho que você falou presidência”, alerta Thais Araújo. “Podia ser também”, diz Astrid, aos risos. “Foi um ato falho. Desculpa! Brincadeirinha, brincadeirinha”, completa. Enquanto sobem os créditos e as luzes do estúdio começam a se apagar, Pitty engata: “Eu topo uma reforma da presidência!”.
Confira o vídeo:
Astrid falou que é preciso uma reforma na presidência e Pitty reforçou. Saia justa pra Temer... pic.twitter.com/xpMwlzFRPx
— Fernando Duarte (@duartefernando) 20 de março de 2017
O ator baiano Wagner Moura se manifestou, após ser acusado pelo governo federal de ter sido contratado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para gravar um vídeo no qual critica reforma da previdência proposta por Michel Temer. Em nota, a assessoria do artista afirma que “diferentemente do que foi dito no vídeo publicado pelo governo federal em suas redes sociais no dia 14 de março, ele não foi contratado pelo MTST para vídeo contra a proposta”. O comunicado informa ainda que Wagner participou voluntariamente da mobilização. “Ao contrario do que diz o vídeo do governo, [Wagner Moura] acredita que essa reforma representa mais um enorme prejuízo aos direitos dos trabalhadores brasileiros”, conclui a nota.
Confira o vídeo gravado por Wagner Moura:
Veja o vídeo com a acusação do governo Temer:
Para o diretor-geral do Teatro, Moacyr Gramacho, a requalificação do espaço valoriza as produções, além de dar mais conforto ao público e melhorar o trabalho de assistência técnica. "Preservamos a alma e o espírito da Concha. A arquibancada e o 'diamante', como é chamada a estrutura do palco, são estruturas da década de 50 – tombadas nacionalmente como arquitetura moderna – e foram preservadas, mas o entorno mudou muito e um dos maiores investimentos foi em tecnologia", ressalta o diretor.
A reinauguração da Concha está porevista para maio | Foto: Amanda Oliveira / Divulgação
Entre os destaques da reforma, está a cobertura do palco, antes feita de lona, que foi substituída por uma passarela técnica. "A passarela cumpre um papel importante do complexo, que é a formação e qualificação profissional. Isso porque, além de controlar a mecânica do espetáculo, o espaço também funcionará como salas de aula durante o dia e também nos shows. Será possível ver os profissionais trabalhando e estudantes assistindo aulas ao mesmo tempo", revela o diretor. Com a expectativa de reduzir os custos da estrutura para o Estado, o estacionamento terá 320 vagas.
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"Foi um período dourado aqui dos cassinos, dos dancings. O Tabaris é muito famoso até hoje, e a gente retoma um equipamento num momento que está vivendo em Salvador uma crise terrível de espaços. A gente está ai com o Jorge Amado nessa pendência, o Acbeu não sabe o que vai acontecer, sem espaço pra show, Arena Fonte Nova nessa pendência danada, Bahia Café Hall fechado", diz o gestor cultural, sem deixar de destacar também a importância de "voltar à normalidade" e manter o equipamento aberto. "O Gregório fechou várias vezes, ele já teve várias soluções de descontinuidade", diz Guerreiro, que atribui as dificuldades à complexidade na manutenção. "Enquanto eu estiver aqui, está garantido [a permanencia do Gregorio de Mattos], mas quando eu voltar para minha vida artística, aí a classe tem que se mobilizar. Um teatro é um dos equipamentos mais complicados, você tem que ter uma manutenção constante. Porque ele tem mil questões, envolvendo iluminação, som, inclusive a própria estrutura mesmo, é preciso estar sempre atento, porque senão sucateia rapidamente", explica.
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Galeria da Cidade será reaberta com exposição sobre Lina Bo Bardi | Foto: Divulgação
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Com a reinauguração, Salvador ganha um novo corredor cultural, com as quatro salas do Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, além do Espaço Cultural da Barroquinha e o Teatro Gregório de Matos. De acordo com o gestor cultural, tais ações revitalizaram a área da Praça Castro Alves, somando-se às obras feitas no entorno, como a nova escadaria na lateral da Igreja da Barroquinha e o novo estacionamento em frente ao cinema. Como a questão das vagas para os carros é um ponto problemático na cidade, ele conta ainda que já existe uma movimentação para que a parte de trás da igreja seja transformada em estacionamento. "Com essa ocupação, as pessoas acabam perdendo um pouco o medo, e é esse o objetivo principal, trazer as pessoas de volta para o Centro Histórico. Eu estou adorando essa coisa de cobrança em estacionamento de shopping, porque o povo deixa de ir pro cinema do shopping e vai pro cinema lá", brinca.
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Espaço interno da Casa do Benin / Foto: Divulgação
A inauguração terá as presenças do prefeito ACM Neto; o secretário de Desenvolvimento, Turismo e Cultura, Guilherme Bellintani; o presidente da FGM, Fernando Guerreiro; além do embaixador e do cônsul do Benin, Izidore Monsi e Marcelo Sacramento, respectivamente. O evento contará ainda com apresentações doe grupos Coletivo de Tambores e Aspiral do Reggae, assim como Dão Anderson, que encerra a programação de reinauguração. O térreo da Casa do Benin contará com uma exposição permanente com obras catalogadas pelo antropólogo e fotografo francês Pierre Verger. Os outros dois andares do prédio serão dedicados a exposições itinerantes, a primeira delas é a mostra "A Casa do Benin no Olhar do Artista do Pelourinho", que fica em cartaz até o dia 3 de fevereiro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.