Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
relatorio
A candidatura do Brasil largou na frente da única concorrente, a união entre Alemanha, Holanda e Bélgica, na disputa para sediar a Copa do Mundo Feminina de 2027. De acordo com o relatório técnico da Fifa, publicado na noite desta terça-feira (7), a proposta brasileira obteve nota 4, numa escala de 1 a 5, enquanto a europeia ficou com 3,7.
"A candidatura do Brasil oferece bons estádios, construídos especificamente e geralmente configurados para os maiores eventos internacionais, tendo recebido a Copa do Mundo de 2021. Apresenta também uma forte posição comercial, com uma combinação de potencial de arrecadação e de eficiência nos custos. A CBF e o governo brasileiro demonstraram apoio à candidatura e compromisso em sediar o evento, o que é particularmente importante, já que seriam necessários certos investimentos em infraestrutura e serviços para garantir o sucesso do torneio. Por último, vale a pena notar que, se a candidatura for bem sucedida, a América do Sul seria a anfitriã da competição pela primeira vez, o que teria impacto tremendo da vida do futebol feminino da região", diz o documento de 92 páginas da entidade.
A proposta do Brasil oferece estádios de 10 cidades, como Salvador, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Manaus, Cuiabá, Brasília e Fortaleza. Todas receberam jogos da Copa do Mundo masculina realizada em 2014. A abertura e a final da edição de 2027 do Mundial Feminina seriam no Maracanã.
A eleição para escolher a sede da próxima edição do Mundial feminino está programada para acontecer em 10 dias. A votação será feita por representantes das 211 associações nacionais de futebol, durante o Congresso da Fifa, que acontecerá em Bangkok, na Tailândia. Antes do início do pleito, as duas candidatas terão 15 minutos para apresentar suas propostas aos eleitores. O comitê do Brasil contará com 20 integrantes, dentre eles, as ex-jogadoras da seleção Formiga e Aline Pellegrino.
A Copa do Mundo Feminina de 2027 está prevista para ser realizada entre os dias 24 de junho e 25 de julho.
Transformar. Ressocializar. Cultivar. Aperfeiçoar. Esses foram os pilares da Corregedoria Geral do Tribunal de Justiça da Bahia (CGJ/TJ-BA) na gestão 2022-2024. Os trabalhos da unidade foram apresentados pelo corregedor-geral, desembargador José Edivaldo Rocha Rotondano, através de um relatório, que de forma inédita, foi produzido em uma plataforma digital interativa e dinâmica.
A apresentação aconteceu na sessão do Tribunal Pleno de quarta-feira (24), presidida pelo presidente da Corte, desembargador Nilson Soares Castelo Branco. Dentre os destaques do material, estão os mais de 12 mil títulos de regularização fundiária entregues pela Corregedoria e os 7 livros lançados em penitenciárias do estado, obras escritas pelos próprios internos.
Os lançamentos são uma etapa do projeto Virando a Página que consiste em rodas de leituras para debates de obras e culmina em oficinas literárias para produção dos livros. A iniciativa obteve traços nacionais ao ser assistida pela ministra Rosa Weber, então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), no Conjunto Penal de Salvador, e apresentada na 92ª edição do Encontro do Colégio de Corregedores-Gerais dos Tribunais de Justiça do Brasil (CCOGE/ENCOGE).
“Mostrar que o Poder Judiciário está perto da população. Esse é o nosso propósito com a entrega desse relatório”, frisa Rotondano. “À frente da Corregedoria, encabeçamos projetos que buscaram servir a sociedade e transformar àqueles que fizeram escolhas erradas e hoje estão no sistema prisional”, acrescenta.
Cabe salientar, ainda, a menção honrosa que a regularização fundiária incentivada pela CGJ recebeu no prêmio nacional Solo Seguro, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A realização de força-tarefa em diversas comarcas, a exemplo de Bom Jesus da Lapa, contribuiu para o aperfeiçoamento do Judiciário e resultou em aproximadamente 350.000 processos recolhidos. Além disso, a inativação do antigo depósito público do TJ-BA, que consumia em torno de R$ 600.000,00 anuais apenas com locação, produziu economia para os cofres públicos.
“Penso que a atual mesa diretora, pautada em uma forte união e compromisso com o serviço público, deixa o Tribunal de Justiça da Bahia em um novo patamar, com uma imagem reconstruída e com projeção a nível nacional por suas virtudes”, pontuou o desembargador.
O relatório da CPI das Pirâmides Financeiras, realizada na Câmara dos Deputados, foi entregue ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino (PSB/MA), nesta terça-feira (17). O documento pede o indiciamento dos ex-jogadores Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Assis. A conclusão é que a dupla cometeu estelionato através de uma empresa de comercialização de criptomoedas e que deixou investidores no prejuízo.
"Não é nada fácil para nós, deputados, fazer o indiciamento de uma pessoa tão querida e famosa em campo como o Ronaldinho Gaúcho. Mas nós nos deparamos com uma situação de milhares de pessoas lesadas por um esquema criminoso que ele fez propaganda. Mais do que isso, além de fazer propaganda, o Ronaldinho Gaúcho era anunciado pela 18K Ronaldinho como sócio-fundador dessa empresa toda", lamentou o deputado Ricardo Silva (PSD/SP), relator da CPI.
Após não atender às primeiras convocações e se tornar alvo de condução coercitiva, Ronaldinho Gaúcho prestou depoimento à comissão no final de agosto e negou ser sócio da empresa, além de se manter em silêncio em boa parte dos questionamentos dos deputados. O ex-craque do Barcelona e da Seleção Brasileira ainda afirmou que teve a imagem usada indevidamente e que o contrato assinado previa apenas cessão de direitos de imagens para venda de relógios. Segundo as investigações da CPI, a empresa prometia rendimentos diários de 2% com ganhos que poderiam chegar a 400% por mês. No entanto, as contas dos investidores foram encerradas sem que os valores fossem pagos gerando o prejuízo.
Dino não deu prazos para adotar as medidas propostas no relatório. Porém, prometeu que os 45 pedidos de indiciamento serão entregues à Polícia Federal e Ministério Público Federal para análise.
"A partir dessa velocidade que o relatório da CPI propicia, nós vamos ter uma questão de meses à conclusão de alguns desses procedimentos. É claro que serão muitos, porque são 45 indiciamentos feitos pela CPI e isso terá desdobramentos. Afirmo que os primeiros resultados serão em meses. Claro que casos mais complexos demandarão investigações complementares mais longas da Polícia Federal para envio ao Ministério Público (Federal)", afirmou o ministro.
O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, anunciou que todas as obras sobre o político, escritor e guerrilheiro comunista baiano Carlos Marighella (1911-1969) serão excluídos do acervo da instituição.
“Além do imprestável Marighella, livros que promovem pedofilia, sexo grupal, pornografia juvenil, sodomia e necrofilia também estão com os dias contados na Palmares. Serão EXCLUÍDOS do acervo!”, anunciou Camargo, insinuando que o órgão tenha abrigado materiais desta natureza em outras gestões.
Segundo Camargo, serão excluídos ainda materiais a respeito do revolucionário marxista Che Guevara, classificado por ele como “racista”, além de “inúmeros livros comunistas que contrariam a missão institucional da Fundação Palmares”.
O presidente da instituição disse que a revisão do acervo tem sido realizada por Marco Frenette, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Palmares, (CNIRC), e informou que o resultado da análise de mais de 200 caixas de livros e documentos será exposto em um relatório público.
Exonerado da presidência da Fundação Nacional das Artes (Funarte), no dia 31 de março (relembre), o coronel da reserva do Exército Lamartine Barbosa Holanda afirmou que antes de deixar a função enviou à Casa Civil e ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI) um relatório no qual aponta equívocos na gestão de Mario Frias na Secretaria Especial da Cultura.
À coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o GSI alegou que “o tema não está relacionado com as atividades” do gabinete, enquanto a Casa Civil disse que “não recebeu qualquer relatório do senhor Lamartine Barbosa Holanda pelos canais oficiais”.
Em uma carta de despedida divulgada nesta segunda-feira (5) pela coluna Painel, Lamartine expressou sua insatisfação com o que chamou de “imposições equivocadas” de Frias, destacando sua oposição à “nomeação de pessoal sem correta análise do perfil profissiográfico” (saiba mais).
Segundo apuração de Mônica Bergamo, uma destas contratações contestadas pelo coronel seria a de
Renata Borges, diretora-executiva da produtora de musicais Touché Entretenimento. Lamartine disse que no relatório relatou essa nomeação, que, ao seu ver, configuraria conflito de interesses e por isso não deu prosseguimento. Ele afirmou ainda ter sido pressionado pelo próprio Mario Frias e também pela adjunta da Secult, Andréa Paes Leme.
Renata Borges, por sua vez, disse ter recebido um convite para cargo na Funarte, mas que ela recusou. “Recusei porque tenho projetos em andamento e poderia configurar conflito de interesses. Não foi imposição de ninguém. Que ele [Lamartine] não me bote nessa Guerra Fria dele com qualquer parte do governo”, declarou, à coluna. “A cultura não tem partido. Para mim, quando ela começa a ser politizada, todo mundo perde. Ela é do brasil, é do povo. Continuarei em constante diálogo com o governo em prol do meu setor”, acrescentou.
Procurada pelo jornal, a Secretaria Especial da Cultura não se manifestou.
Um relatório da Art Basel divulgado nesta terça-feira (16) avaliou o impacto da pandemia no circuito mundial de arte. Segundo o O Globo, a pesquisa elaborada por Clare McAndrew, especialista em economia da cultura e fundadora da consultoria Arts Economics, apontou uma queda de 22% nas vendas globais de arte em 2020, com relação ao ano anterior. No ano passado, foram movimentados US$ 50,1 bilhões em obras de arte e antiguidades, enquanto em 2019 o total foi de US$ 64,1 bilhões.
Por outro lado, o relatório registrou o crescimento das vendas online, em face do fechamento das galerias e cancelamento das feiras presenciais. De acordo com a publicação, os negócios fechados pela internet geraram US$ 12,4 bilhões, o dobro do registrado no ano anterior. Com a mudança, a modalidade respondeu por uma participação de 25% do valor de mercado.
Para marcar o Dia da Mulher, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) lançou um relatório inédito (clique aqui e confira o documento) com o retrato da participação das mulheres na música em todo o Brasil. De acordo com o levantamento, a participação feminina é ainda pequena. O material tem como base dados de 2020 e informações comparativas do início da década.
Segundo o estudo do Ecad, de todos os valores distribuídos no ano passado para compositores, intérpretes, músicos e produtores fonográficos, somente 7% foram destinados às mulheres. Embora os números tenham crescido 1.200% nos últimos dez anos, a análise revela a discrepância abissal do mercado, já que 85% das pessoas cadastradas são homens e no ranking dos “100 autores com maior rendimento” a presença feminina se resume a 5%.
Ranking das 10 músicas mais tocadas no Brasil com mulheres entre os autores:
Após a polêmica devido às insatisfações da classe artística por uma emenda do deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE) na Medida Provisória (MP) de número 948, que prejudicava os autores (clique aqui e saiba mais), o Escritório Central de Distribuição e Arrecadação (Ecad) divulgou um relatório detalhado do sistema de arrecadação de direitos autorais no ano de 2019.
Mercado que seria diretamente impactado com a emenda, o segmento de Clientes Gerais, que abrange lojas comerciais, hotéis, academias e restaurantes, representou 23% de toda a arrecadação de 2019.
O valor arrecadado em 2019 pelo Ecad, que reúne todas as áreas, foi de 1.121.082.428. A quantia representa um crescimento de 1,4% comparado a 2018, quando o órgão obteve R$ 1.105.892.744. A maior fonte de arrecadação se deu pela televisão, com 37%, seguida dos clientes gerais (23%), shows e eventos (16%), serviços digitais (12%), rádio (9%) e cinema (3%).
Já a distribuição para compositores, músicos, intérpretes, editoras, gravadoras e associações de música, em 2019, foi na ordem de R$ 986,5 milhões. O valor representa um crescimento de 1,5 % em relação a 2018.
Os segmentos mais beneficiados na distribuição dos direitos autorais foram da TV Fechada, com 23%, seguido de televisão (R$ 20,14), rádios (20%), shows (10%).
No ano passado, 65% dos valores distribuídos remuneraram o repertório nacional. O número nominal de artistas brasileiros beneficiados, entretanto, foi menor que o de estrangeiros: 83.103 do Brasil contra 300.357 internacionais.
O documento completo, que pode ser acessado online (clique aqui) mostra os resultados do último ano e faz um balanço geral do mercado de execução pública musical no país. O relatório exibe ainda, por meio de gráficos, o funcionamento do sistema de arrecadação e distribuição em cada um dos segmentos de utilização musical, além de informações financeiras e dados como investimento tecnológico, gestão de pessoas e conquistas judiciais.
A empresa destacou que já é hábito a divulgação regular dos “balanços patrimonial e social, assim como todas as regras de arrecadação e distribuição” em seu site oficial e que este ano a direção decidiu por uma publicização ainda mais ampla “reforçar o compromisso do Ecad com a transparência e o respeito aos compositores, artistas e demais titulares e com a sociedade brasileira”.
Um relatório da União Brasileira de Compositores (UBC) apontou que as mulheres receberam 28% a menos que os homens em direitos autorais por execução pública de músicas em 2017. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o levantamento considerou sua base de dados de 25 mil músicos, dos quais 14% são mulheres, dentre elas a baiana Maria Bethânia. Segundo os dados do relatório, dos cem maiores arrecadadores, apenas dez são do sexo feminino. “O que acontece no mundo é a mesma coisa que acontece na música”, avalia Sandra de Sá, que é uma das diretoras da UBC. “[O relatório] mostra que alguma coisa tem que ser feita para promover mais inclusão da mulher no mercado da música”, avalia a artista, destacando que “talento não falta”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.