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rodrigo maia
Assim como o ministro da Economia, Paulo Guedes, que apontou a leitura como um hábito das elites, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), mostrou ter uma visão parecida sobre o tema.
De acordo com informações da Agência Câmara de Notícias, durante um evento online promovido pela plataforma de investimentos Apex Partners, Maia defendeu que os deputados aprovem a reforma tributária proposta pelo governo, que passa a onerar o setor editorial. “A maioria das pessoas que consome livro tem renda alta. Como incentivar as pessoas pobres a lerem? Não seria melhor pegar esse dinheiro e colocar em programa como o renda mínima?”, defendeu Maia.
A tributação dos livros, no entanto, tem sido contestada pelo setor editorial e especialistas, já que tais mercados passariam de alíquota zero para o pagamento de 12% com a nova Contribuição Social sobre Operações com Bens e Serviços (CBS), que substituiria PIS e Cofins (clique aqui e saiba mais sobre o impacto da reforma tributária no setor editorial).
Em nota oficial, a União Brasileira de Escritores (UBE) fez duras críticas à reforma e ao discurso de Paulo Guedes, agora referendado por Rodrigo Maia. “Mais grave do que a própria proposição é a justificativa do ministro, de que ‘livros são artigos para a elite’ e que o governo os dará de graça aos pobres. Repudiamos esse pensamento retrógrado, alinhado a práticas dos regimes mais nocivos da humanidade, incluindo a queima de milhares de volumes. A triste chama não pode incinerar a memória dos povos. É preciso aprender com a história”, diz a instituição.
Artistas como Caetano Veloso, Alcione e Marisa Monte, enviaram ao presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, um pedido para que o deputado Felipe Carreras (PSB-PE), não seja o relator da Medida Provisória 948/20. A MP foi criada em meio aos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus sobre o setor cultural.
O parlamentar vem sendo alvo de críticas por propor uma emenda à MP que isenta realizadores de eventos no pagamento de direitos autorais. De acordo com o colunista Guilherme Amado, da Época, o político que é dono de casa de shows, defende que somente o intérprete arque com os custos.
"Venho em nome da classe fazer um apelo para que ele não seja escolhido como relator. Ele é uma pessoa que tem interesses relativos a direitos autorais conflitantes com os nossos. Nesse momento, qualquer mudança em direitos autorais, seria muito mal recebido por todos", disse Marisa Monte, por meio de um áudio enviado a Maia.
Alcione seguiu com os mesmos argumentos que a colega e afirmou que Carreras “tem interesses pessoais, como organizador de eventos e show” e que o parlamentar tenta “prejudicar a classe, isentando vários setores do pagamento dos direitos autorais”.
Caetano Veloso classificou a possibilidade de relatoria de Felipe como “inadequada e prejudicial”. A esposa do artista baiano e presidente da Associação Procure Saber, Paula Lavigne, assinou um documento em nome da entidade afirmando que “os direitos autorais dos autores e compositores brasileiros e de seus colegas do mundo inteiro estão ameaçados pelos violentos ataques promovidos pelo deputado”.
Outros artistas dos mais diversos gêneros musicais também pressionam Rodrigo Maia sobre o futuro da relatoria, entre eles, Lenine, Xande de Pilares, Rogério Flausino, Erasmo Carlos, Djavan, Otto, Milton Nascimento, Marcos Valle, Dori Caymmi, Alceu Valença, Ivan Lins, Rosemary, Roberto Frejat e Nando Reis.
Em uma live com o político, nesta terça-feira (5), a cantora Anitta chegou a “bater boca” com Felipe Carrera por não achar correto o oportunismo do parlamentar com a proposta. "Você colocar essa emenda na MP, que era de urgência por uma fatalidade que está acontecendo no país, eu não encaro como alguém que está agindo a favor da gente. Eu encaro como alguém que está tirando proveito dessa situação”, criticou (relembre aqui).
Ciente das manifestações dos artistas, o político mandou uma nota ao colunista Guilherme Amado afirmando que está disposto a conversar com diversos integrantes do setor e repudiou o que ele classificou como “ataques inverídicos”. "Já recebi o Ecad, artistas e diretores de suas associações em meu gabinete, em Brasília, disse. Para ele, a emenda à proposta “pode ser melhorada” e finalizou declarando que sempre lutou “por mais transparência, justiça e eficiência na distribuição dos recursos”.
Após o secretário Roberto Alvim fazer um pronunciamento no qual utiliza estética e discurso nazista (clique aqui e saiba mais), o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) pediu o afastamento do titular da Secretaria Especial da Cultura do governo federal.
“O secretário da Cultura passou de todos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo”, escreveu Maia em suas redes sociais, junto a uma matéria sobre o discurso de Alvim.
O presidente da Câmara não foi o único a expressar repúdio pelas declarações do secretário. No meio político, as críticas vieram de vários espectros, de esquerda à direita liberal, com manifestações de siglas como Psol, movimento Livres, Novo e PSDB, além de Lula (PT).
Na Alemanha, Roberto Alvim estaria preso. Aqui, é secretário da cultura de Bolsonaro.
— PSOL 50 (@psol50) January 17, 2020
Usar retórica nazista e discurso de Goebbels pode parecer patético, mas na verdade é perigoso e violento. Não normalizemos os absurdos dessa escória que hoje governa o Brasil.
Roberto Alvim precisa ser demitido hoje.
— LIVRES (@EuSouLivres) January 17, 2020
Parafrasear ministro nazista em ato oficial de governo é abominável, ultrajante e envergonha a todos os brasileiros.
Não há outra possibilidade. #ForaAlvim
Como brasileiro, fruto de um dos povos mais miscigenados do mundo, pode pagar de nazista?
— PSDB (@PSDBoficial) January 17, 2020
O governo Bolsonaro tem duas opções:
1) Demitir o secretário Alvim
2) Ficar com o rótulo de nazista.https://t.co/BVcRYDrXY7
O presidente da Câmara não foi o único a expressar repúdio pelas declarações do secretário. No meio político, as críticas vieram de vários espectros, de esquerda à direita liberal.
Cultura é vida, não morte. Veja a diferença do discurso de Lula sobre cultura, feito no Rio de Janeiro em dezembro. #equipeLula https://t.co/1UAM15ahfJ
— Lula (@LulaOficial) January 17, 2020
Fala de Roberto Alvim é absurda, nauseante: o Estado não define o que é e o que não é cultura! Já um governo define quem dele faz e quem dele não faz parte. Quem recita Goebbels e faz pronunciamento totalitário não pode servir a governo nenhum no Brasil e deve ser demitido. Já!
— Marcel van Hattem (@marcelvanhattem) January 17, 2020
O prefeito ACM Neto (DEM) convidou um time de peso da política nacional para participar da abertura do novo Centro de Convenções de Salvador, no dia 23 de janeiro.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, Neto chamou para o evento - que contará com um show de Maria Bethânia (clique aqui e saiba mais) - os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Davi Alcolumbre (DEM-AP), além dos governadores de São Paulo e Amapá, João Doria (PSDB-SP) e Ronaldo Caiado (DEM-GO).
O evento em questão é fechado, apenas para convidados, e segundo o secretário de Cultura e Turismo, Claudio Tinoco, é promovido pela Concessionária GL Events. A inauguração oficial do novo Centro de Convenções acontecerá em um segundo momento, no dia 26 de janeiro, desta vez aberta ao público.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
João Leão
"Em 2026 vamos marchar com o bloco de oposição".
Disse o deputado federal, João Leão (PP), ao garantir que o seu partido, o Progressistas não retornará para a base do petista na Bahia.