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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

vlt de salvador

VLT do Subúrbio: Compra e venda de trens será oficializada hoje, com mediação do TCU
VLT de Cuiabá - Foto: Mayke Toscano / GCom-MT

Os governadores da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e Mauro Mendes, do Mato Grosso, se reúnem nesta quarta-feira (3), no Tribunal de Contas da União (TCU), em Brasília, para oficializar as negociações para compra e venda dos trens que serão utilizados na implantação do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), no Subúrbio Ferroviário de Salvador. 

 

Após negociação com o governo do Mato Grosso, o Governo da Bahia manifestou interesse em comprar 40 composições de trens, com sete vagões cada, além de equipamentos para a instalação do modal, num acordo que envolveu valores da ordem de R$ 1 bilhão, com previsão de pagamento em quatro prestações anuais. Os trens estão parados há mais de dez anos na capital do Mato Grosso, Cuiabá.  

 

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A assinatura da primeira mediação técnica interfederativa realizada pela Secretaria de Controle Externo de Solução Consensual e Prevenção de Conflitos (SecexConsenso) do TCU será conduzida pelo ministro Bruno Dantas e contará com a presença dos presidentes dos Tribunais de Contas e dos Ministérios Públicos dos dois estados.  

TCE-BA autoriza governo a comprar trens do Mato Grosso para VLT do Subúrbio de Salvador
Foto: Vagão do VLT de Cuiabá. Ascom / Prefeitura de Cuiabá

O plenário do Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) autorizou o Governo da Bahia a comprar com o Governo do Mato Grosso e o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande os trens e equipamentos destinados à implantação do VLT para o Subúrbio de Salvador. 

 

O órgão julgou e decidiu pela regularidade dos procedimentos realizados no âmbito da solução consensual promovida entre os Estados da Bahia e do Mato Grosso em conjunto com o consórcio e a empresa CAF Brasil. O processo foi apreciado durante a sessão plenária da última quinta-feira (27) e o voto do relator, conselheiro João Evilásio Bonfim, foi seguido à unanimidade pelos demais conselheiros.

 

Além de considerar como regular a aquisição dos bens, os conselheiros firmaram o entendimento de que o TCE-BA deverá seguir acompanhando com suas auditorias as próximas fases da execução do contrato que será celebrado, assim como auditará todas as fases de aquisição e implantação do VLT em Salvador e Região Metropolitana. A procuradora-geral do Estado, Bárbara Camardelli Loi, esteve presente durante a sessão de julgamento.

 

Após a finalização dos últimos ajustes, assinatura do contrato deverá ocorrer na próxima semana, com a presença do presidente do TCE-BA Marcus Presídio, da procuradora-geral do Ministério Público de Contas Camila Luz e do Secretário de Controle Externo José Raimundo Aguiar, na sede do Tribunal de Contas da União, que atuou como mediador da solução consensual.

Jerônimo valoriza início de obras do VLT, enaltece parceria com Governo Federal e diz: "Tive a sorte que Rui não teve"
Foto: Sérgio Di Salles / Bahia Notícias

Dando o pontapé inicial para as obras do VLT de Salvador, o governador da Bahia Jerônimo Rodrigues (PT) listou projetos importantes para o Estado que estão sendo destravados. Durante seu pronunciamento, o gestor estadual afirmou que tem a oportunidade de governar "lado a lado" com o Governo Federal, algo que segundo ele o ex-governador Rui Costa (PT) não teve quando comandou a Bahia por oito anos.

 

"Aqui hoje é isso, bastão passado por Jaques Wagner que representa um projeto nosso, depois Rui pega esse bastão como numa maratona corre oito anos suados. Rui não teve a chance que eu estou tendo, de governar com o governo federal. As vezes eu fico com o coração magoado porque tenho agendas importantes em Brasília, tenho chamado de ministro e às vezes a gente não tem condições de ficar praticamente como os deputados ficam dois, três, quatro dias lá, mas a vontade era essa, de ficar de porta nos ministérios, dialogando do potencial que nós temos", disse no início da tarde desta sexta-feira (14), durante o evento realizado na Calçada.

 

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"Para nós era suficiente o Lula dizer 'estou aqui', que o Rui governou sem isso, o Rui governou sem conseguir ao menos bater na porta de um presidente ou ou ser recebido por um ministro", acrescentou.

 

Segundo Jerônimo, as intervenções do VLT vão além de um "movimento de mobilidade" no Subúrbio e em Salvador como um todo. Para o governador, esse é um projeto macro de Região Metropolitana.

 

"Não é apenas um movimento de mobilidade. É um movimento de ligação e não é só ligar o Subúrbio, não é só ligar a Cidade Baixa e Cidade Alta, nós estamos com um projeto de Região Metropolitana. O metrô que chega a Lauro a gente já sente necessidade de puxar um pouco mais. Chega em Águas Claras, a gente quer chegar a Camaçari para poder viabilizar os projetos de indústria", disse.

 

Para a instalação do VLT, os trens do Subúrbio foram desativados em fevereiro de 2021, durante a gestão de Rui Costa. Os moradores da região gastavam R$ 0,50 pelo serviço nos trens e agora vivem expectativa para a entrega do novo modal.

 

A assinatura da ordem de serviço foi feita pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em evento na Estação da Calçada. O novo edital da obra do VLT, lançando em dezembro de 2023 pela Companhia de Transportes do estado da Bahia (CTB), por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), abrange três trechos, sendo Ilha de São João a Calçada, Paripe a Águas Claras, e Águas Claras a Piatã.

 

No total, o percurso será de 36,4 quilômetros, com 34 paradas e inclui, entre outras intervenções, a revitalização da Estação Ferroviária da Calçada.

 

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Em Salvador para ordem de serviço do VLT, Rui projeta que capital terá uma das melhores estruturas de mobilidade
Foto: Sérgio Di Salles / Bahia Notícias

Pai da ideia que projeta a construção de um novo modal no Subúrbio Ferroviário de Salvador, com a instalação de um VLT (veículo leve de transporte), o ex-governador e ministro da Casa Civil Rui Costa (PT) participa da assinatura da ordem de serviço que marca o início das obras. Ele projeta que Salvador e Região Metropolitana terão uma das melhores estruturas de mobilidade com a concretização do novo transporte.

 

"Uma obra estruturante, sei que não só Salvador, mas Simões Filho e toda a Região Metropolitana aguardam ansiosa essa obra. E a obra agora é ampliada do projeto original, além do Subúrbio, chegando a Águas Claras e chegando à Orla. Ou seja, isso fará com que Salvador e a região metropolitana tenha uma das melhores estruturas de mobilidade urbana, eu diria da eletromobilidade, garantindo, portanto, o metrô, o VLT, o modal moderno, completo, seguro, rápido para a população. O Governo do Estado dá as condições de destaque para a região metropolitana ser referência no Brasil", disse na manhã desta sexta-feira (14).

 

Para a instalação do VLT, os trens do Subúrbio foram desativados em fevereiro de 2021, durante a gestão de Rui Costa. Os moradores da região gastavam R$ 0,50 pelo serviço nos trens e agora vivem expectativa para a entrega do novo modal.

 

A assinatura da ordem de serviço é feita pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em evento na Estação da Calçada. O novo edital da obra do VLT, lançando em dezembro de 2023 pela Companhia de Transportes do estado da Bahia (CTB), por meio da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur), abrange três trechos, sendo Ilha de São João a Calçada, Paripe a Águas Claras, e Águas Claras a Piatã.

 

No total, o percurso será de 36,4 quilômetros, com 34 paradas e inclui, entre outras intervenções, a revitalização da Estação Ferroviária da Calçada.

Governo confirma empresa para realizar intervenções estruturantes em obra do VLT; Estrada do Derba é incluída
Foto: Divulgação / Skyrail Bahia

Através da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), o governo de Jerônimo Rodrigues (PT) divulgou as empresas vencedoras da licitação que tem o objetivo de tirar do papel o VLT (veículo leve sobre trilhos) de Salvador. A oficialização ocorreu no início da semana após um período de recursos dos concorrentes do certame.

 

E nesta sexta-feira (7) o governo detalhou as intervenções que serão feitas no segundo lote da implantação do modal no trecho Paripe - Águas Claras. Vencedor do lote, o  Consórcio Cetenco - Agis - Consbem será responsável pela elaboração e desenvolvimento dos projetos básico e executivo, além da execução das obras civis e de urbanização, fornecimento e implantação dos sistemas de energia.

 

No documento, a Companhia de Transportes da Bahia também aponta que a contratada deverá realizar trabalho técnico social para fins de desapropriação, com o objetivo de implantação do VLT no trecho de 9,2 km de extensão, com integração ao Sistema Metroviário de Salvador em Águas Claras.

 

Outras obras estruturantes devem ser feitas, a exemplo da duplicação de pelo menos 7,5 km da BA-528, conhecida popularmente como Estrada do Derba, e implantação de uma via alimentadora de 7,1 km do Parque de São Bartolomeu. O prazo de vigência do contrato é de 50 meses, pouco mais de quatro anos. O valor do contrato para este lote é de R$ 1,084 bilhão.

 

Em relação ao custeio da duplicação na Estrada do Derba, no final do mês de maio o BN mostrou que o Comitê Gestor do Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC) aprovou mudanças na execução de obras em todo país que vão receber verbas do governo federal. E na Bahia, chamou atenção a retirada da duplicação da Estrada do Derba (BA-528).

 

LOTES E TRECHOS

O vencedor do primeiro lote, que corresponde ao trecho entre o bairro da Calçada, em Salvador e da Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana foi o consórcio "Expresso Mobilidade Salvador". Ele é formado pelas empresas Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), Metro Engenharia e Consultoria e MPE Engenharia e Serviços S.A. O trecho terá custo de R$ 1,41 bilhões.

 

Já no terceiro e o último lote, que compreende o trecho entre Águas Claras e a orla de Piatã, o vencedor foi o consórcio formado pela Mota Engil Engenharia e Construção S.A., pela OBRASCON Huarte Lain S.A. e pela MEIR Serviços e Construções Ltda, com custo de orbas de R$ 791,4 milhões.

TCE-BA confirma ilegalidade de contrato e licitação já encerrada do VLT de Salvador; entenda
Foto: Reprodução Redes Sociais

O Tribunal de Contas do Estado da Bahia (TCE-BA) declarou a ilegalidade da licitação do Edital e do contrato do  do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) do Subúrbio Ferroviário de Salvador. O anúncio foi feito durante sessão plenária do órgão nesta quinta-feira (16). 

 

A licitação faz referência ao Edital Sedur 01/2017, que tem como a Parceria Público Privada (PPP), na modalidade de Concessão Patrocinada para implantação das obras civis e sistemas, fornecimento do material rodante, operação e manutenção do modal. 

 

Também foi declarada a ilegalidade do Contrato de Concessão Patrocinada sob a modalidade de Parceria Público-Privada, resultante do mesmo processo licitatório. Foi declarada a ilegalidade do Contrato de Concessão Patrocinada sob a modalidade de Parceria Público-Privada, resultante do mesmo processo licitatório.

 

Em 2018, o TCE-BA havia aprovado uma medida cautelar que determinava a suspensão imediata dos efeitos da concorrência pública, realizada pelo Governo do Estado. Em razão de uma liminar concedida à época pelo Tribunal de Justiça da Bahia, a administração estadual seguiu com os procedimentos e assinou, em 2019, o contrato com a Concessionária Metrogreen Skyrail Concessionária da Bahia S/A para a implantação do modal, que terminou sendo rompido em 2023, com a promoção do distrato entre as partes.

 

Ainda no julgamento do processo de auditoria, na quinta-feira, o TCE aprovou o encaminhamento de cópia dos autos ao Ministério Público Estadual (MPE), para que adote as medidas legais que entender cabíveis, “ante o conjunto de irregularidades que têm vínculo direto ou indireto com as deliberações do Conselho Gestor do Programa de PPP”. 

 

Ainda foi aprovado o encaminhamento de cópias dos autos à Assembleia Legislativa do Estado da Bahia. E foram expedidas determinações e recomendações aos atuais gestores da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra) e da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Urbano (Sedur). 

Empresas que vão fiscalizar obras do VLT de Salvador são definidas pela CTB; canteiros devem ser instalados em julho
Foto: Divulgação / Skyrail

A Companhia de Transportes da Bahia (CTB) definiu as empresas responsáveis pelo acompanhamento, gerenciamento, supervisão, fiscalização e certificação das obras do lote 01 do VLT de Salvador, que compreende o trecho entre os bairros da Calçada, na capital baiana, e de Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A informação consta no Diário Oficial do Estado (DOE), publicado nesta sexta-feira (10).

 

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As empresas Engevix Engenharia e Projetos S.A. e RK Engenharia e Consultoria Ltda vão fiscalizar o consórcio "Expresso Mobilidade Salvador", formado pelas empresas Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), Metro Engenharia e Consultoria e MPE Engenharia e Serviços S.A. que venceu a licitação do primeiro lote do VLT.

 

Como já divulgado pelo Bahia Notícias, a CTB também já habilitou, para o segundo lote, o consórcio CETENCO Engenharia S.A., pela AGIS Construção S.A. e pela CONSBEM Construções e Comércio Ltda. Por fim, para o terceiro lote foi classificado o consórcio formado pela Mota Engil Engenharia e Construção S.A., pela OBRASCON Huarte Lain S.A. e pela MEIR Serviços e Construções Ltda. Porém a companhia ainda não definiu quais empresas vão fiscalizar as obras destes trechos.

 

De acordo com nota da CTB enviada ao Bahia Notícias, a licitação ocorre dentro dos prazos previstos e a expectativa é que a assinatura do contrato seja feita até o mês de junho. Já o início dos projetos e instalação dos canteiros de obras pelas contratadas deve acontecer em julho.

 

‘TRILHO’ DO TEMPO

O VLT de Salvador, que surgiu como alternativa ao extinto Trem do Subúrbio - sistema que atendia 10 estações e ligava os bairros da Calçada a Paripe, na capital baiana -, se arrasta há muito mais tempo do que o Governo da Bahia previa inicialmente. No momento em que a gestão estadual fechou o acordo, em fevereiro de 2019, com o consórcio Skyrail Bahia - composto pelas empresas Build Your Dreams (BYD Brasil) e Metrogreen - a previsão era que o projeto estaria 100% concluído no segundo semestre deste ano.

 

Na época, o valor estimado do investimento era de R$ 1,5 bilhão, cifras que saltaram para R$ 5,2 bilhões no contrato antigo, um aumento de 246%. Um relatório de análise feito pelo próprio Governo do Estado, e concluído em janeiro de 2020, já apontava causas do desequilíbrio financeiro do projeto. Algumas justificativas elencadas no documento foram “atrasos nos processos de licenciamento do projeto e necessidade de ritos de licenciamentos não previstos; alterações no traçado original com supressão de investimentos; e custos operacionais pela redução da extensão originalmente prevista”.

 

Caso essa nova licitação ande, a previsão do governo da Bahia é que a construção do novo modal tenha um custo de R$ 3,6 bilhões e seja finalizada em 2028. De qualquer forma, o fato é que cinco anos se passaram, 2024 bateu na porta e, após o rompimento do contrato ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 11 de outubro de 2023, uma nova licitação foi publicada em dezembro do ano passado.

 

Em agosto, a gestão estadual já havia anunciado a decisão pelo distrato após avaliação de propostas de reequilíbrio contratual apresentadas pela Skyrail, e aguardava um posicionamento do consórcio. No final de novembro, em entrevista ao Bahia Notícias, o secretário da Casa Civil, Afonso Florence (PT), havia confirmado que a licitação já estava pronta e estava à espera de liberação do governador para ser publicada.

 

A escolha pela rescisão contratual também ocorreu após a Procuradoria-Geral do Estado da Bahia (PGE-BA) apontar que esta seria a melhor saída diante da urgência para a continuidade da implantação do sistema de transporte. Além disso, o Tribunal de Contas da União (TCU) criou um Grupo de Trabalho (GT) para atuar e analisar a compra de vagões e locomotivas do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) do Mato Grosso pelo governo da Bahia. A intenção é utilizar os equipamentos no VLT do Subúrbio Ferroviário de Salvador. 

 

Na época, em nota enviada ao Bahia Notícias, o órgão informou que os Tribunais de Contas dos Estados (TCEs) também participam do grupo na qualidade de mediadores técnicos. Ainda segundo o TCU, o possível acordo depende de ato de vontade das partes: governos e respectivos tribunais.

 VLT de Salvador recebe licença do Inema para alterar localização do projeto inicial
Foto: Divulgação / Skyrail

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) atendeu pedido da Companhia de Transportes da Bahia (CTB) e concedeu licença para alterar a localização e concomitantemente a implantação do Sistema de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador


Conforme o texto publicado na edição desta terça-feira (30) do Diário Oficial do Estado, a autorização vale também para “adequações de projeto, em uma extensão de aproximadamente 16,6 Km, que o sustente, estabilize e guie alimentado por uma fonte de energia elétrica e com capacidade de transporte de até 400 passageiros por composição, numa primeira fase, saindo do bairro de Ilha de São João, localizado no município de Simões Filho, até o bairro da Calçada, localizado na capital baiana”.


“Esta Licença refere-se a análise de viabilidade ambiental de competência do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, cabendo ao interessado obter a anuência e/ou autorização das outras instâncias no âmbito Federal, Estadual ou Municipal, quando couber, para que a mesma alcance seus efeitos legais”, diz um trecho da publicação. 


Procurada para dar mais detalhes sobre a alteração, a CTB não respondeu aos questionamentos da reportagem. 


EMPRESAS HABILITADAS

Na última sexta-feira (26), o governo da Bahia, através da Companhia de Transportes do Estado (CTB), divulgou a relação de empresas e consórcios habilitados no processo licitatório que vai contratar os responsáveis pelas obras do VLT de Salvador.


Para o primeiro lote, a CTB classificou o consórcio "Expresso Mobilidade Salvador", formado pelas empresas Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), Metro Engenharia e Consultoria e MPE Engenharia e Serviços S.A.


Já no segundo lote, foi habilitado o consórcio CETENCO Engenharia S.A., pela AGIS Construção S.A. e pela CONSBEM Construções e Comércio Ltda. Por fim, para o terceiro lote foi classificado o consórcio formado pela Mota Engil Engenharia e Construção S.A., pela OBRASCON Huarte Lain S.A. e pela MEIR Serviços e Construções Ltda.


Ao todo foram sete propostas de preço enviadas pelas empresas na licitação. De acordo com a ata de uma reunião realizada pela CTB na semana passada, o consórcio “Expresso Mobilidade Salvador” ofereceu mais de R$ 1,41 bilhão para gerir as obras do Lote 1 do VLT, que compreende o trecho do VLT entre os bairros da Calçada, na capital baiana, e de Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).


Já a Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. - empresa que se encontra em recuperação judicial - ofereceu valores levemente superiores, em torno de R$ 1,43 bilhão. Para este trecho, o Governo do Estado tinha estipulado um gasto de acima dos R$ 1,5 bilhão para tirar as obras do papel.


Assim como no primeiro trecho, a Mendes Júnior voltou a oferecer o maior valor entre as três propostas recebidas pelo Lote 2, referente ao traçado entre os bairros de Paripe e Águas Claras, através da Estrada do Derba. A oferta da empresa foi de R$ 1,91 bilhão contra R$ 1,31 bilhão oferecido pelo consórcio formado pela OECI S.A., empresa subsidiária da Novonor (ex-Odebrecht), pela FBS Construção Civil e Pavimentação S.A. e pela SMF Serviços Metroferroviários Ltda.


O consórcio formado pela CETENCO Engenharia S.A., pela AGIS Construção S.A. e pela CONSBEM Construções e Comércio estipulou pouco mais de R$ 1,08 bilhão para executar as obras. Mais uma vez, os valores levantados pelas empresas ficaram abaixo da previsão do governo, que especulou que seriam necessários aproximadamente R$ 1,25 bilhão para a implantação do projeto.


Já o Lote 3 do VLT de Salvador, que ligará o bairro de Águas Claras à orla de Piatã, recebeu duas propostas. A AG Construções e Serviços S.A, subsidiária da Andrade Gutierrez, ofereceu pouco mais de R$ 879 milhões para gerir as obras do trecho, valor que se aproximou dos cerca de R$ 880 milhões sugeridos pelo governo.


A licitação do VLT ocorre na modalidade “técnico e preço”, que é um tipo de licitação onde a proposta vencedora consiste "na maior média ponderada, considerando as notas obtidas nas propostas de preço e de técnica, conforme parâmetros estabelecidos no edital”.  De acordo com nota da CTB enviada ao Bahia Notícias, a licitação ocorre dentro dos prazos previstos e a expectativa é que a assinatura do contrato seja feita até o mês de junho. Já o início dos projetos e instalação dos canteiros de obras pelas contratadas deve acontecer em julho.

Governo divulga empresas habilitadas em licitação para obras do VLT de Salvador; confira detalhes
Foto: Divulgação / Skyrail Bahia

O governo da Bahia divulgou nesta sexta-feira (26), através da Companhia de Transportes do Estado (CTB), a relação de empresas e consórcios habilitados no processo licitatório que vai contratar os responsáveis pelas obras do VLT de Salvador.

 

Para o primeiro lote, a CTB classificou o consórcio "Expresso Mobilidade Salvador", formado pelas empresas Álya Construtora (antiga Queiroz Galvão), Metro Engenharia e Consultoria e MPE Engenharia e Serviços S.A.

 

Já no segundo lote, foi habilitado o consórcio CETENCO Engenharia S.A., pela AGIS Construção S.A. e pela CONSBEM Construções e Comércio Ltda. Por fim, para o terceiro lote foi classificado o consórcio formado pela Mota Engil Engenharia e Construção S.A., pela OBRASCON Huarte Lain S.A. e pela MEIR Serviços e Construções Ltda.

 

Na última terça-feira (23), o Bahia Notícias já havia publicado que após idas e vindas desde o rompimento do contrato entre o Governo da Bahia e o consórcio Skyrail Bahia em outubro do ano passado, o martelo sobre quais empresas ficarão responsáveis pelas obras estava perto de ser batido.

 

Ao todo foram sete propostas de preço enviadas pelas empresas na licitação. De acordo com a ata de uma reunião realizada pela CTB na semana passada, o consórcio “Expresso Mobilidade Salvador” ofereceu mais de R$ 1,41 bilhão para gerir as obras do Lote 1 do VLT, que compreende o trecho do VLT entre os bairros da Calçada, na capital baiana, e de Ilha de São João, em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador (RMS).

 

Já a Mendes Júnior Trading e Engenharia S.A. - empresa que se encontra em recuperação judicial - ofereceu valores levemente superiores, em torno de R$ 1,43 bilhão. Para este trecho, o Governo do Estado tinha estipulado um gasto de acima dos R$ 1,5 bilhão para tirar as obras do papel.

 

Assim como no primeiro trecho, a Mendes Júnior voltou a oferecer o maior valor entre as três propostas recebidas pelo Lote 2, referente ao traçado entre os bairros de Paripe e Águas Claras, através da Estrada do Derba. A oferta da empresa foi de R$ 1,91 bilhão contra R$ 1,31 bilhão oferecido pelo consórcio formado pela OECI S.A., empresa subsidiária da Novonor (ex-Odebrecht), pela FBS Construção Civil e Pavimentação S.A. e pela SMF Serviços Metroferroviários Ltda.

 

O consórcio formado pela CETENCO Engenharia S.A., pela AGIS Construção S.A. e pela CONSBEM Construções e Comércio estipulou pouco mais de R$ 1,08 bilhão para executar as obras. Mais uma vez, os valores levantados pelas empresas ficaram abaixo da previsão do governo, que especulou que seriam necessários aproximadamente R$ 1,25 bilhão para a implantação do projeto.

 

Já o Lote 3 do VLT de Salvador, que ligará o bairro de Águas Claras à orla de Piatã, recebeu duas propostas. A AG Construções e Serviços S.A, subsidiária da Andrade Gutierrez, ofereceu pouco mais de R$ 879 milhões para gerir as obras do trecho, valor que se aproximou dos cerca de R$ 880 milhões sugeridos pelo governo.

 

A licitação do VLT ocorre na modalidade “técnico e preço”, que é um tipo de licitação onde a proposta vencedora consiste "na maior média ponderada, considerando as notas obtidas nas propostas de preço e de técnica, conforme parâmetros estabelecidos no edital”.  De acordo com nota da CTB enviada ao Bahia Notícias, a licitação ocorre dentro dos prazos previstos e a expectativa é que a assinatura do contrato seja feita até o mês de junho. Já o início dos projetos e instalação dos canteiros de obras pelas contratadas deve acontecer em julho.

 

'TRILHO' DO TEMPO
O VLT de Salvador, que surgiu como alternativa ao extinto Trem do Subúrbio - sistema que atendia 10 estações e ligava os bairros da Calçada a Paripe, na capital baiana -, se arrasta há muito mais tempo do que o Governo da Bahia previa inicialmente. No momento em que a gestão estadual fechou o acordo, em fevereiro de 2019, com o consórcio Skyrail Bahia - composto pelas empresas Build Your Dreams (BYD Brasil) e Metrogreen - a previsão era que o projeto estaria 100% concluído no segundo semestre deste ano.

 

Na época, o valor estimado do investimento era de R$ 1,5 bilhão, cifras que saltaram para R$ 5,2 bilhões no contrato antigo, um aumento de 246%. Um relatório de análise feito pelo próprio Governo do Estado, e concluído em janeiro de 2020, já apontava causas do desequilíbrio financeiro do projeto. Algumas justificativas elencadas no documento foram “atrasos nos processos de licenciamento do projeto e necessidade de ritos de licenciamentos não previstos; alterações no traçado original com supressão de investimentos; e custos operacionais pela redução da extensão originalmente prevista”.

 

Caso essa nova licitação ande, a previsão do governo da Bahia é que a construção do novo modal tenha um custo de R$ 3,6 bilhões e seja finalizada em 2028. De qualquer forma, o fato é que cinco anos se passaram, 2024 bateu na porta e, após o rompimento do contrato ser publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do dia 11 de outubro de 2023, uma nova licitação foi publicada em dezembro do ano passado.

Após pedido de vereador, TJ-BA concede liminar e suspende licitação do VLT de Salvador; saiba detalhes
Foto: Divulgação / Skyrail Bahia

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) concedeu liminar e determinou a suspensão da licitação  do VLT de Salvador. A decisão foi assinada pelo juiz de direito Ruy Eduardo Almeida Britto nesta segunda-feira (25).

 

A liminar foi deferida após uma ação popular do vereador soteropolitano Sidninho (Podemos). O edil alega que, apesar de a licitação do modal ter ocorrido na na modalidade concorrência pública, pelo critério de julgamento o menor valor de contraprestação anual de operação, "os documentos que compõe o aludido procedimento administrativo possuem graves ilegalidades, inclusive, o futuro contrato administrativo da concessão, mais o termo de referência".

 

Ainda segundo o documento, isso se deve porque "houve uma restrição ao número de empresas participantes do consórcio, pois inexistiu justificativa prévia para a restrição dos participantes, ao número de três (3), como determinado pelo Tribunal de Contas da União (TCU)".

 

A ação ainda argumenta que a "limitação de comprovação, por atestado único de capacidade, para cada subitem do edital, compromete, de igual modo, a competitividade, porque, na prática, a aludida exigência limita, em demasia, o número de possíveis participantes".

 

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No relatório, o juiz aponta que o perigo da demora encontra-se materializado nos autos, já que é de conhecimento público e notório da contratação nos próximos dias da empresa vencedora do modal, "o que ocasionará, em princípio, grave dano ao erário e a comunidade da cidade".

 

"Ainda que seja sensível a necessidade da rápida implantação do aludido modal de transporte, sobretudo, para a população do subúrbio, que enfrenta a falta de transporte adequado para atender a sua demanda, este subscritor não pode deixar de deferir o pedido formulado nos autos, face a existência de indícios graves de irregularidade na contratação do serviço público, ressaltando, a limitação da competitividade e a subjetividade no julgamento das propostas, em razão da necessidade de se preservar o interesse público do erário", diz trecho da decisão.

 

O juiz ainda aponta que foi considerada a existência de indícios que comprometem a competivividade, bem como corroboram para a existência de critérios subjetivos, que afetam o princípio constitucional da moralidade e da impessoalidade e determina a suspensão do procedimento licitatório.

 Câmara: Audiência pública sobre o VLT do Subúrbio deverá contar com secretários estaduais
Foto: Flávia Requião / BN

As irregularidades na obra do VLT do Subúrbio de Salvador, cujo contrato foi firmado entre o Governo do Estado e a concessionária Skyrail, serão debatidas em audiência pública na Câmara de Vereadores, no próximo dia 17 de agosto.  

 

A informação foi confirmada pelo vereador Tiago Ferreira (PT) que, em entrevista ao Bahia Notícias, nesta terça-feira (8), falou sobre sua expectativa quanto a presença dos secretários estaduais Afonso Florence (Casa Civil), Jusmari Oliveira (Desenvolvimento Urbano) e Luiz Caetano (Relações Institucionais).

 

“Eu espero que essa audiência seja para trazer solução, não para fazer críticas por críticas porque quando a gente aponta um dedo tem quatro apontando para gente”, ponderou o edil.

 

Tiago Ferreira também afirmou que, em comparação com o metrô de Salvador, “que levou seis anos para construir seis quilômetros, a base do prefeito aqui da Câmara não tem moral alguma para poder fazer essas cobranças e as críticas tão ásperas com relação ao governo. Obviamente, tem um atraso e precisa ser corrigido. E eu não tenho dúvida que será”, afirmou.  

Bruno Reis comenta sobre impasse na obra do VLT de Salvador: “Espero desfecho mais rápido possível”
Foto: Reprodução Redes Sociais

O prefeito Bruno Reis, comentou nesta quinta-feira (27), sobre o impasse no contrato da obra que envolve a implantação do VLT do Subúrbio. O depoimento do prefeito aconteceu durante entrevista coletiva, no evento de inauguração do Monumento em homenagem a Maria Felipa, heroína da Independência do Brasil na Bahia

 

Bruno lamentou o distanciamento no acordo entre o Governo do Estado e a Skyrail, responsável pela implantação do VLT do Subúrbio e apontou que aguarda um “desfecho mais rápido possível”. 

 

“A gente lamenta até porque já são dois anos que os trilhos do Subúrbio foram retirados penalizando a população. A gente espera que tenha um desfecho mais rápido possível. É uma obra importante para a cidade”, disse. 

 

O gestor da capital baiana afirmou ainda que espera a resolução do VLT para garantir mais transporte público de qualidade em Salvador. 

 

“[O VLT é uma obra] para ajudar no enfrentamento da questão da mobilidade, que sem sombra de dúvidas é o maior problema das grandes cidades brasileiras.  Espero que o Governo tenha capacidade de seja, qual for o desfecho do TSE de trazer uma solução que possa garantir o mais rápido possível um transporte público de qualidade para uma área importante de nossa cidade que é o subúrbio ferroviário”, relatou Reis. 

 

A declaração de Bruno Reis acontece após o Governo do Estado discordar da proposta de reequilíbrio do VLT e abrir possibilidade para rescindir contrato da obra 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

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O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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