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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

embratur

Brasil registra entrada de quase 1 milhão de turistas internacionais em janeiro de 2024
Foto: Tânia Rêgo / Agência Brasil

O verão brasileiro continua a ser a apoteose do nosso turismo e, em janeiro, a entrada de visitantes internacionais voltou a demonstrar o interesse mundial por nossos destinos, especialmente os de sol e praia. Ao todo, 956.737 turistas do exterior vieram ao Brasil, com aumento do fluxo de todos os principais emissores, com exceção da Argentina, que vive um agravamento da sua crise econômica.

 

Os dados da Embratur, Ministério do Turismo (MTur) e Polícia Federal demonstram a manutenção do patamar do verão anterior, com ligeiro recuo de -1,4%, puxado justamente pela menor frequência dos argentinos. No total, foram 14.538 turistas internacionais a menos, já que nos primeiros 31 dias de 2023 o país recebeu 971.275 visitantes de fora.

 

O ministro do Turismo, Celso Sabino, aposta no reforço das chegadas de estrangeiros a partir do trabalho conjunto com a Embratur. “Temos excelentes perspectivas para alavancar o número de estrangeiros no Brasil neste ano. Sediaremos a reunião de líderes do G20, começamos os preparativos para COP30, temos a atuação do escritório da OMT no Rio de Janeiro. Vamos seguir trabalhando para melhorar a imagem do Brasil em grandes eventos internacionais. Com essa ação conjunta, seguiremos firmes para alcançarmos a meta de 10 milhões de estrangeiros em quatro anos", ressaltou.

 

Quanto aos turistas da Argentina, principal emissor do Brasil, a queda chegou a 19%, ou -110.310 turistas na comparação com janeiro de 2023, quando 562.446 hermanos vieram curtir o verão e as festas pré-carnavalescas. Este ano, foram 452.136 argentinos. O resultado negativo foi atenuado devido às ações da Embratur, que estabeleceu um plano de contingência à crise econômica que atravessa o país vizinho.

 

Temos excelentes perspectivas para alavancar o número de estrangeiros no Brasil neste ano. Sediaremos a reunião de líderes do G20, começamos os preparativos pra COP 30, temos a atuação do escritório da OMT no Rio de Janeiro. Com essa ação conjunta, seguiremos firmes para alcançarmos a meta de 10 milhões de estrangeiros em quatro anos”


 

CHILE SE DESTACA 

O terceiro lugar em emissões, no mês de janeiro, ficou com o Chile, que apresentou, também, o maior crescimento percentual: 47,8%. O país foi de 52.217 turistas no Brasil no primeiro mês de 2023 para 77.221 em janeiro último, um acréscimo de 25.004 visitantes. Além disso, no acumulado de 2023, o Chile retornou ao patamar pré-pandemia registrado em 2018 e retomou a posição de terceiro maior mercado emissor de turistas para o Brasil, com um total de 458.576 chegadas.

 

Em quarto lugar, no mês de janeiro, o Uruguai passou de 56.438 turistas enviados ao Brasil para 62.848 no mesmo período deste ano - um aumento de 6.410, ou 11,3%. Na sequência, em quinto, vem os Estados Unidos, com alta no número de turistas em janeiro que chegou a 8,9%. O país foi de 47.651 em janeiro do ano passado para 51.919 este ano, 4.268 a mais.

 

Já a Bolívia enviou 17.686 turistas para o Brasil em janeiro último, um crescimento de 4.396, e ficou em sexto. O Peru, em sétimo, teve aumento de 2.194 visitantes, com 9.214 entradas registradas. O Equador vem em seguida, com 1.690 entradas e aumento de 78 turistas, e a Venezuela registrou 1.184 turistas nos primeiros 31 dias deste ano, um crescimento de 158 visitantes em relação a janeiro do ano anterior. Os demais países emissores cresceram, juntos, 40.636, passando de 167.639 para 208.275 no comparativo entre os períodos.

Afroturismo: Para Freixo, Bahia é estratégica para atrair turistas dos EUA, mas precisa "conectar com a questão aérea"

O presidente da Embratur, Marcelo Freixo, aposta na Bahia como um destino-chave na atração de um mercado importante para o turismo: os EUA. Eles representam o segundo país na liderança de chegada de voos e hospedagens em território brasileiro, e um ponto importante tem atraído olhares para os baianos.

 

"Os Estados Unidos têm o segundo maior mercado de turismo internacional, só perdem pra Argentina, e há um interesse muito grande, segundo o estudo de dados que nós fizemos, do afroturismo nos Estados Unidos", explicou Freixo, alertando, contudo, para um ponto essencial nesta estratégia: "Já é um mercado que pode se abrir e é importante conectar com a questão aérea". 

 

Presente na Lavagem do Bonfim nesta quinta-feira (11), o presidente da Embratur ainda disse que o estado possui o perfil ideal para a divulgação do Brasil no exterior. "Quando a gente fala é que o Brasil não é só sol e praia, o Brasil é cultura, gastronomia, religiosidade... A Bahia tem tudo que eu tô dizendo. Então se tem um lugar que exemplifique que eu tô falando do Brasil é a Bahia. Por isso que é tão estratégico pra gente", detalhou.

 

ELEIÇÕES NO RIO 
Durante a entrevista, Marcelo Freixo, que já disputou a prefeitura do Rio de Janeiro, disse ainda que não tem interesse em participar do pleito em 2024: "O meu nome está disponível para o presidente Lula, o que ele determinar eu faço. Mas eu eu quero continuar na Embratur até 2026, consolidar esse trabalho, e em 2026 eu volto".

 

Ainda assim, ele crê que é importante ter um trabalho de unificação na capital fluminense para "derrotar o bolsonarismo, isso é a coisa mais importante para a Democracia e para a vida".

 

"Nós temos que ter consciência de que nós ganhamos uma eleição com muita dificuldade, ganhamos por causa da presença do presidente Lula, e o Rio de Janeiro é um lugar muito central pra essa experiência política tão nefasta que a gente teve de uma extrema direita, antidemocrática e violenta. Eu acho que o Rio de Janeiro tem que ter responsabilidade. Acho que tem que ter uma grande aliança do campo democrático para ir derrotando a cada eleição, a cada momento, essa experiência fascista que nasceu no Brasil. E o Rio, infelizmente, foi um lugar de muita força política para esse grupo. Então o meu desejo em 2024 é derrotar o extremismo, é derrotar a extrema direita, e ter responsabilidade de uma aliança com muito diálogo".

Presidente da Embratur, Marcelo Freixo, participa na quinta-feira da Lavagem do Bonfim
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo (PT), desembarca na capital baiana nesta terça-feira (9) onde irá cumprir uma extensa agenda junto à cúpula do governo do Estado, que inclui uma reunião com o governador Jerônimo Rodrigues (PT), nesta quarta (10). 

 

Na quinta (11), o ex-deputado federal participa da tradicional Lavagem do Bonfim e, de lá, segue para o Quilombo Kaonge, em Cachoeira, a aproximadamente 110 km de Salvador. O Quilombo é considerado o paraíso das ostras do Recôncavo baiano e recebeu, no último mês de dezembro, o Prêmio Inspiração do Melhores do Ano, da Rede Globo. 

Ex-deputada bolsonarista vai atuar em cargo de turismo no governo Lula
Foto: Reprodução / Políticos do Sul da Bahia

A ex-deputada federal Dayane Pimentel assumiu um cargo no governo federal. Ex-apoiadora do ex-presidente Bolsonaro, Pimentel vai atuar como coordenador do Nordeste da Embratur, agência de fomento ao turismo que é ligada à União.

 

Segundo o Políticos do Sul da Bahia, parceiro do Bahia Notícias, a ex-deputada tem estreita ligação com o deputado federal pernambucano Luciano Bivar (União).

 

A nomeação da feirense não passou despercebida, uma vez que deve receber um salário superior a R$ 20 mil.

Ex-presidente da Embratur e da Abear, Eduardo Sanovicz, morre aos 63 anos
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Morreu neste sábado (2) o ex-presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur) e da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) Eduardo Sanovicz. O executivo faleceu aos 63 anos em Santos, sua cidade natal. Ele exercia atualmente o cargo de presidente-executivo do Conselho Deliberativo da Abear, e passava por um tratamento contra câncer de pâncreas.

 

O falecimento de Sanovicz foi comentado nas redes sociais pelo presidente Lula e por vários colegas e entidades nas quais trabalhou.

 

Em sua conta no Linkedin, Eduardo Sanovicz apresenta-se como graduado em história, mestre e doutor em Ciências da Comunicação e professor doutor do curso de turismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (USP).

 

Ocupou a presidência da Embratur entre 2003 e 2006, durante o primeiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na época, foi responsável pela implantação do Plano Aquarela e pela criação da Marca Brasil.

 

O falecimento do executivo também foi comentado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, pelas redes sociais. 

 

 

A Embratur e a Abear também publicaram notas de pesar sobre o falecimento de Sanovicz.

 

Potencial do afroturismo é tema de debate com Freixo e especialistas na Câmara dos Deputados
Foto: Billy Boss/Agência Câmara

A pedido do deputado Bacelar (PV-BA), a Comissão de Turismo da Câmara realizou audiência para debater a importância de alavancar o turismo no País a partir de ativos da cultura negra, o chamado “afroturismo”. Participaram da audiência representantes do governo, como o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, a coordenadora de Afroturismo do órgão, Tânia Neres, a coordenadora de articulação interfederativa do Ministério da Igualdade Racial, Melina de Lima, entre outros especialistas do setor.

 

Organizador do debate, o deputado Bacelar destacou que o turismo brasileiro pode crescer ainda mais com a aposta no afroturismo.  

 

"As nossas heranças negras e diversidade cultural podem contribuir bastante para o nosso turismo. Devemos explorar nossas maiores riquezas que são: samba, maracatu, congadas, carimbó, capoeira, moda afro-brasileira, feijoada, moqueca, acarajé, blocos afros, festas populares, terreiros e muitos outros patrimônios materiais e imateriais", disse o deputado.

 

Bacelar disse que solicitou a realização do debate por acreditar que o maior investimento no afroturismo vai levar o País a receber mais visitantes que outros países. Para ele, os turistas que escolhem visitar o Brasil já buscam naturalmente conhecer nossa cultura, história e gastronomia, além das belezas naturais.

 

“As pessoas querem ter contato com a cultura local. O turismo de sol e sal, eu gosto, mas tem no mundo todo. Agora, você chegar, por exemplo, à cidade de Salvador, ir a um templo religioso - como o Ilê Axé Opô Afonjá - que é uma pequena aldeia africana com museu, culinária, artesanato, vestuário, oficina, música, dança, religião... Não tem parque, no mundo, que consiga superar isso”, afirmou o deputado baiano.

 

"As viagens também estão entre as prioridades das pessoas negras no Brasil e a preferência dos afroviajantes é por capitais da região Nordeste e com forte presença da história negra", acrescentou.

 

Durante a audiência, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, lembrou que o setor turístico corresponde hoje a 7,8% do PIB brasileiro, e além de contribuir para aumentar esse percentual, o desenvolvimento do afroturismo, para ele, ajudará no combate ao racismo estrutural que existe no país.

 

“Mais do que não tolerar o racismo, a gente tem que fazer da igualdade racial um produto, uma identidade e uma visão que nos traga emprego, crescimento e desenvolvimento. Nenhum país pode buscar desenvolvimento convivendo com o racismo. E é muito potente o que a gente pode fazer no afroturismo: é mais do que lazer, é mais do que uma viagem. O turismo é um modelo de desenvolvimento econômico e social, gerador de emprego e renda e compatível com aquilo que a gente quer ver no século 21”, afirmou Freixo.

 

Na mesma linha do presidente da Embratur, a coordenadora de articulação interfederativa do Ministério da Igualdade Racial, Melina de Lima, o desenvolvimento do afroturismo é um importante fator de preservação da história do povo negro. Melina falou na audiência sobre o programa Rotas Negras, do ministério, que busca desenvolver “circuitos afrocentrados” em 188 municípios.

 

“É importante entender que o afroturismo é feito por nós, pessoas pretas. Ter essa história recontada por nós e ressaltando a beleza, a realeza e a potência do povo negro é o melhor caminho para preservar a nossa própria história”, disse Melina de Lima.

 

Já a coordenadora de Afroturismo, diversidade e povos indígenas da Embratur, a baiana Tânia Neres, destacou na audiência que ampliar a compreensão sobre o afroturismo é vital para que sua prática se torne uma opção viável para quem planeja suas viagens ou passeios.

 

“Já existem muitas empresas de turismo especializadas em passeios e experiências em Comunidades Quilombolas, visitas Terreiros de Candomblé, Caminhada Negra, revisitando pontos turísticos das cidades com intuito de apresentar lugares, estátuas e histórias que foram apagadas”, salientou Tânia.

 

A Coordenação de Diversidade, Afroturismo e Povos Indígenas foi criada no mês de maio pela Embratur, e, para assumir o cargo, foi chamada a baiana Tânia Neres, uma das pessoas que mais vem se destacando no desenvolvimento do afroturismo nacional, segundo Marcelo Freixo. Tânia, que já ocupou o cargo de Gerente Comercial da Bahiatravel, foi duas vezes eleita entre as 100 pessoas mais poderosas do setor pela Revista Panrotas, além de ter feito parte do Comitê de Afroturismo de Salvador e participado do projeto Destinos Turísticos Inteligentes (DTIs).

 

A coordenadora da Embratur defende que o afroturismo está se desenvolvendo como um dos maiores movimentos no mercado mundial contra o racismo.

 

“Afroturismo é a história que a história não conta. O afroturismo é movimento, é comportamento. Estamos pensando seriamente num turismo mais inclusivo, antirracista, onde todos os equipamentos do setor possam nos enxergar e deixar que ocupemos todos os espaços. Quando você conhece, viaja ou se movimenta dentro de espaços onde existe um protagonismo negro, você está fazendo afroturismo. Quando você come acarajé, você está fazendo afroturismo. Afroturismo é gastronomia, música, dança, cultura”, afirmou Tânia.

Após almoço entre Rui Costa e Elmar Nascimento, União Brasil acha que leva Embratur
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), e o líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento, colocaram as diferenças de lado e almoçaram no apartamento funcional do deputado na quarta-feira (14).

 

No cardápio principal estava a entrega do comando da Embratur ao União junto com a troca na chefia do Ministério do Turismo. Ao Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, parlamentares da legenda demonstraram otimismo com o encontro.

 

O almoço foi uma tentativa do ministro de melhorar a relação com líderes do Congresso, que já pediram sua cabeça a Lula. Segundo fontes do partido, Elmar cobrou de Rui que o Palácio do Planalto dê ao partido o comando dos principais órgãos vinculados aos ministérios que a legenda comanda.

 

Hoje, o União Brasil comanda três pastas (Comunicações, Turismo e Integração Nacional), mas não tem o controle de órgãos como os Correios e a Embratur.

 

Após o almoço com Rui, o próprio Elmar relatou a aliados estar confiante de que a sigla deve levar ao menos a Embratur no mesmo pacote da nomeação do deputado Celso Sabino (PA) para o Ministério do Turismo.

 

Atualmente, a Embratur é chefiada pelo ex-deputado Marcelo Freixo, que era do PSB, mas se filiou recentemente ao PT. Ciente do movimento, Freixo procurou Elmar nessa quarta para tentar brecar o movimento.

Senado avalia repasse de recursos do Sesc e Senac para a Embratur nesta quarta-feira
Foto: Reprodução / Sesc

O Senado Federal pode votar, nesta quarta-feira (24), a medida provisória (MP) 1147, que alterou o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) ainda durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL). Além do texto principal da matéria, também está em jogo o orçamento do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e do Serviço Social do Comércio (Sesc).

 

Isso acontece porque um destaque apensado à MP permite a transferência de 5% dos valores das duas organizações para a Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur).

 

A inserção do trecho à matéria da MP foi articulada por Marcelo Freixo, presidente da Embratur. Em entrevistas à imprensa ao longo da semana, ele afirmou que a Embratur pode fechar as portas por falta de verba caso o repasse não seja aprovado pelo Congresso Nacional.

 

A destinação dos 5% à Embratur já foi aprovada pela Câmara dos Deputados, em votação no final de abril. Agora, o texto vai ao plenário do Senado, conforme consta na pauta desta quarta-feira.

 

Desde 2019, após aprovação de medida provisória pelo Congresso Nacional, a Embratur deixou de ser uma autarquia federal e foi retirada do orçamento da União.

 

O objetivo do órgão é planejar, formular e implementar ações de promoção comercial de produtos, serviços e destinos turísticos brasileiros no exterior.

 

Em nota divulgada na última semana, a Embratur pontuou que a escolha do Sesc e do Senac como fonte de recursos foi elaborada em conjunto com a Fundação Getúlio Vargas (FGV).

 

“O recurso vem do setor que se beneficia com a atuação da Embratur. Ao todo, são 359 atividades de serviço e comércio que lucram com o turismo”, informou a agência.

 

Segundo o órgão, com o repasse de verbas, a Embratur deve receber R$ 440 milhões a cada ano. Em nota, a agência afirmou que sobram, em média, R$ 2 milhões no orçamento do Sesc e do Senac a cada ano, e que os sistemas têm R$ 15 bilhões acumulados em caixa.

 

“O valor destinado à Embratur é muito menor até mesmo que o lucro dessas entidades com cobrança de alugueis e aplicações financeiras sobre os R$ 15 bilhões que estão acumulados em caixa. Não é verdade que a iniciativa prejudicará a distribuição de alimentos e provocará desemprego. Esse debate precisa ser feito com base em fatos, não em desinformação e sensacionalismo”, pontuou, em nota, a Embratur.

 

Apesar de ser defendida por Freixo, a inserção do trecho à matéria tem sido alvo de críticas de parlamentares do Senado, que se posicionam contra o uso de recursos do Sesc e do Senado pela Embratur.

 

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) afirmou ao Metrópoles, na terça-feira (23), que apresentará um pedido de retirada do item da matéria final.

 

O parlamentar alega que o repasse de valores é inconstitucional, pois o Sesc e o Senac, que compõem o chamado Sistema S, não são ligadas a esferas do governo, apesar de prestarem serviços de interesse público.

 

“É inconstitucional pegar recursos privados e colocar na área pública. Provavelmente será votado um destaque para retirar isso do texto. Tem que buscar uma fonte para eles [Embratur]. Uma fonte que foi sugerida é a Apex [Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos], que acabou pegando uma das atribuições da Embratur”, alegou Izalci. O senador está confiante de que o trecho será derrubado na Casa Alta.

 

Chico Rodrigues (PSB-RR) também se pronunciou contra a medida. Em fala na tribuna na segunda-feira (22), o senador afirmou que o desvio de verbas trará prejuízos na formação e qualificação técnica de trabalhadores e perdas no turismo doméstico.

 

“O turismo social do Sesc favorece novas oportunidades de lazer, com baixo custo, especialmente em transporte, hospedagem, integração interpessoal, enriquecimento cultural, educacional, histórico, desenvolvimento integral da saúde. Ao contrário dos programas convencionais, as excursões do Sesc vão além de promover pontos turísticos famosos. Promovem diferentes visões do Brasil, relacionadas especialmente com a cultura e a história de cada região, com roteiros de praias, estâncias ecológicas, cidades históricas e festas populares”, defendeu.

 

Na terça, funcionários do Sesc e do Senado relizaram uma manifestação em frente ao Congresso Nacional contra a aprovação da medida.

 

O grupo promove um abaixo-assinado contra a medida. De acordo com os organizadores do protesto, cerca de 950 mil assinaturas foram colhidas.

 

“Milhares de trabalhadores podem ficar sem as ações voltadas para a saúde, a educação, a cultura e, principalmente, a cidadania conquistada pelos braços sociais da CNC – Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo”, consta na nota divulgada pela organização.

Disputa entre Embratur e entidades do comércio atrasa e dificulta votação da MP do Perse
Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), tirou da pauta de votações nesta semana a medida provisória 1147/2022, que que altera pontos da lei que instituiu o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse). A medida está provocando um verdadeiro cabo-de-guerra entre o setor do comércio e a Embratur, por conta dos artigos 11 e 12 da MP, que repassam 5% dos recursos destinados ao Sesc e ao Senac para a estatal do turismo.

 

As entidades nacionais do comércio criaram uma petição pública na internet para pressionar os senadores a exigirem a retirada desses dois artigos do texto da medida provisória. Segundo a Confederação Nacional do Comércio, se os dispositivos forem aprovados e entrarem em vigor, as atividades do Sesc e do Senac podem ser encerradas em mais de 100 cidades brasileiras, e mais de R$ 260 milhões deixarão de ser investidos em atendimentos gratuitos, como exames clínicos e odontológicos, por exemplo. A petição já conta com cerca de 815 mil assinaturas.

 

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Já o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, esteve no Senado tentando convencer o presidente Rodrigo Pacheco e os senadores sobre a importância da medida para o setor turístico. Freixo chegou a dizer, nesta semana, que o valor que viria a ser destinado para a Embratur "não é nada para promover o Brasil inteiro". Se a medida for aprovada com os dois atigos, cerca de R$ 445 milhões passarão a ser destinados à Embratur anualmente. O valor corresponde a 5% do orçamento do Sesc e do Senac de 2021: aproximadamente R$ 8,9 bilhões, sendo R$ 5,7 bilhões do Sesc e R$ 3,2 bilhões do Senac. 

 

Na reunião de líderes realizada nesta quinta (18), Rodrigo Pacheco informou que colocará a MP 1147/2022 em votação na próxima semana, até porque ela vence no dia 30 de maio, e caso sejam feitas alterações no texto, a medida teria que voltar para a Câmara para ser votada pelos deputados. Mais de 30 senadores já apresentaram requerimentos pedindo a retirada dos artigos 11 e 12 da medida provisória, e a relatora da MP, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB) ainda terá que avaliar diversos pedidos de destaques e emendas ao texto. 

 

Rodrigo Pacheco, que chegou a receber também nesta semana o presidente da Confederação Nacional do Comércio (CNC), José Roberto Tadros, disse a senadores que é preciso buscar uma alternativa para aumentar o repasse de recursos à Embratur, já que o impasse na votação da MP acaba por prejudicar os setores de eventos e turismo.

Embratur planeja forte atuação para ampliar número de turistas estrangeiros em Itacaré
Foto: Divulgação

O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), o ex-deputado federal Marcelo Freixo (PT), comprometeu-se com o prefeito de Itacaré, Antônio de Anízio (PT), a atuar para ampliar o número de turistas estrangeiros que visitam o município, realizando a promoção no exterior, com foco nos mercados que buscam destinos de sol e praia, e de ecoturismo.

 

“Eu conheço Itacaré, é um paraíso que nós temos no Brasil, que vamos promover porque tem um grande potencial de crescimento do turismo internacional. O turista vai encontrar praias incríveis, mas também tem ecoturismo, cachoeira, trilha, esportes radicais. Vamos articular com as agências de turismo e mesmo estudar a viabilidade de Itacaré ser destino para os nômades digitais”, pontuou Freixo.

 

Na reunião, articulada pelo deputado federal Jorge Solla (PT) e realizada nesta segunda-feira (27), em Brasília, o prefeito Anízio, que também é presidente do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável do Território Litoral Sul (CDS-LS), destacou que Itacaré tem investido em sustentabilidade no turismo.

 

“Nossa campanha é Itacaré Cidade Verde. Entre os avanços que conseguimos construir está o fim do lixão do município. Temos atividades turísticas voltadas para a sustentabilidade, completo de riquezas naturais e com foco em atender, simultaneamente, às necessidades dos turistas e das comunidades receptoras, protegendo e ampliando as oportunidades para o futuro”, disse.

 

Foto: Divulgação

 

SÃO JOÃO

Os prefeitos de Amargosa, Júlio Pinheiro, e de Brejões, Sandro Correia, também participaram da reunião e pautaram a necessidade de promoção internacional do São João da Bahia. Atualmente os dois municípios não recebem turistas estrangeiros, mas entraram no radar da Embratur para que possam constituir novos destinos a serem promovidos pela agência.

 

“Hoje o mercado de luxo no turismo internacional é o da experiência autêntica, singular, que o turista só vai encontrar naquele lugar. O São João é uma festa com essa característica, e nosso interior tem potencialidades ao longo do ano ainda não exploradas de turismo rural, com muita natureza, tranquilidade e excelente culinária. Nós criamos uma gerência na Embratur para olhar para esses potenciais destinos”, destacou Freixo.

 

O prefeito Júlio Pinheiro concordou. “Nós sabemos que precisamos avançar algumas etapas para receber turistas estrangeiros, mas queremos entender quais são os primeiros passos que precisamos dar. Quem vai conhecer Amargosa sabe que é uma cidade aconchegante, que trata bem o visitante, e nosso São João é nosso maior cartão postal”, disse.

Marcelo Freixo vê Bahia como possibilidade de expansão do “afroturismo” brasileiro
Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias

O presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo (PT), defende que a Bahia e o Rio de Janeiro sejam espaços de fomento de um “afroturismo”, voltado para a valorização da parte da cultura brasileira com origens no continente africano. De acordo com ele, a grande comunidade negra dos Estados Unidos - interessada cada vez mais em sua herança cultural - seria um potencial consumidor para o mercado nacional.

 

“A gente hoje tem um investimento muito pequeno no Turismo. A reconstrução do Brasil tem uma potência enorme. A Bahia e o Rio de Janeiro, de onde eu venho, são lugares onde o afroturismo pode ser um grande instrumento de valorização da cultura, da música e dos espaços religiosos. A gente tem todo um mercado norte-americano, por exemplo, que pode visitar o Brasil e gerar aqui emprego, renda e desenvolvimento”, declarou Freixo, em entrevista ao Bahia Notícias.

 

Ainda segundo o presidente da Embratur, o Brasil também tem grande dificuldade de explorar turisticamente toda a sua variedade ambiental, que é muito abordada no exterior devido ao Pantanal e sobretudo à Amazônia.

 

“A gente tem na cultura do meio-ambiente possibilidades muito grandes de geração de emprego e de crescimento. Mas o turismo hoje no Brasil é muito menor do que na Colômbia, menor do que no Peru, na Argentina, mercados comparáveis ao do Brasil. E isso não tem cabimento pelo potencial que a gente tem. Você vai na Floresta Amazônica, você vai em Gramado, Pantanal, Bonito, Rio de Janeiro, Pelourinho… Em qualquer lugar que você vá, o Brasil, para todos os lados, é uma potência gigante, tanto na questão ambiental e climática quanto na questão da cultura e da gastronomia”, avaliou o presidente da Embratur.

 

Para Freixo, o papel da Embratur passa por atuar junto aos estados e aos municípios e sobretudo promover o Brasil no exterior, criando facilidades para a visita de estrangeiros ao país. Nesse sentido, no dia 14 de fevereiro, ele realizou o relançamento da marca “Brasil”, retomando a escrita em português, com a letra “S”, encerrando o uso da marca lançada durante o governo de Jair Bolsonaro (PL): “Brazil: visit and love us" (Brasil: visite e nos ame, em tradução livre do inglês).

 

“Existe uma marca no Brasil, feita em 2005 através do Projeto Aquarela, que foi feita em cima de um estudo muito profundo. Lamentavelmente, o governo Bolsonaro trocou essa marca para um Brasil com Z, ‘visite e nos ame’, que é uma sugestão inclusive de um turismo que a gente não quer no Brasil. A gente anulou essa marca, relançou o projeto, recuperou a marca Brasil, projetamos em vários lugares do país, com uma linguagem que ajuda o Brasil a se desenvolver no mundo inteiro”, concluiu Freixo.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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