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Depois de 12, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, deixou a prisão no Reino Unido nesta segunda-feira (24). A liberdade foi concedida ao ativista australiano após um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado em acusações de espionagem.
!!! DIA HISTÓRICO !!!
— Leandro Demori (@demori) June 25, 2024
Julian Assange está livre!
Este vídeo acaba de ser publicado pelo @wikileaks. Estou em Londres neste momento, e pelo que se vê na TV por aqui, Assange concordou em se declarar culpado de uma acusação que os EUA faziam contra ele.
Em troca, os EUA… pic.twitter.com/u3FM4y2B4z
A decisão de Assange faz parte de um acordo negociado com o Departamento de Justiça dos EUA. Em contrapartida, o fundador do Wikileaks evitaria ficar preso dentro de uma prisão americana, de acordo com documentos judiciais federais apresentados recentemente.
Com o acordo, Assange deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
Segundo a Justiça americana, a audiência será feita nas Ilhas Marianas do Norte e não nos Estados Unidos por conta da proximidade das ilhas com a Austrália.
Os EUA queriam julgar Assange por vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre as atividades militares e diplomáticas americanas, principalmente no Iraque e Afeganistão. Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
O promotor Antônio Eduardo Cunha Setubal, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal, afirma que não teve conhecimento de que Mário Oliveira Gomes atropelou policiais militares na tentativa de fugir de uma abordagem na Avenida Joana Angélica, no Centro de Salvador, na última segunda-feira (6). O acusado foi liberado após audiência de custódia.
ATROPELOU E FUGIU ???? Motorista em fuga atropela PMs na Joana Angélica após ser abordado por guarnição
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) May 6, 2024
Saiba mais ?? https://t.co/of6gutyQQp pic.twitter.com/xjAFcAG3a7
O promotor emitiu um parecer contrário à prisão preventiva de Marcos que embasou a decisão da juíza para conceder a sua liberdade provisória. A soltura passou a ser alvo de críticas da corporação e também da sociedade civil.
Em nota, a Associação do Ministério Público do Estado da Bahia (Ampeb) defende o promotor e afirma que a audiência de custódia se deu em decorrência, apenas, da possível prática de crime de tráfico de drogas, não sendo objeto a suposta “tentativa de homicídio” contra os militares, e ainda alega que o promotor sequer teve acesso às imagens que viralizaram nas redes sociais mostrando o atropelamento.
O pedido de conversão de prisão em flagrante para preventiva foi assinado pelo delegado Odair Carneiro dos Santos, da Delegacia Especializada de Investigação e Repressão ao Narcotráfico (Denarc).
“O Promotor de Justiça examinou este único fato delituoso submetido à audiência de custódia e apresentou seu parecer com rigor técnico-jurídico, cuja conclusão está amparada na lei e em sua independência funcional”, diz a nota.
Mário foi localizado pelo Batalhão Apolo da PM, horas depois da tentativa de homicídio. De acordo com a PM, com ele foram apreendidos o carro usado para atropelar os policiais, 400 pedras de crack, 98 pinos de cocaína, 3.800 reais em espécie e três celulares.
O parecer do promotor Antônio Eduardo Cunha Setubal, da 26ª Promotoria de Justiça Criminal, que sugeriu a liberdade provisória para Mário Oliveira Gomes, não citou que o homem atropelou policiais militares na tentativa de fugir de uma abordagem na Avenida Joana Angélica, no Centro de Salvador, na última segunda-feira (6). O acusado foi colocado em liberdade após audiência de custódia. Câmeras de segurança flagraram o momento.
ATROPELOU E FUGIU ???? Motorista em fuga atropela PMs na Joana Angélica após ser abordado por guarnição
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) May 6, 2024
Saiba mais ?? https://t.co/of6gutyQQp pic.twitter.com/xjAFcAG3a7
No documento, ao qual o Bahia Notícias teve acesso, foi relatado que o preso teve lesões corporais causadas pela resistência à ruptura, “de modo que foi necessário valer-se de ação mais enérgica em seu desfavor”, sem mencionar o atropelamento dos agentes.
No parecer, o Ministério Público da Bahia (MP-BA) indicou que não havia elementos concretos o suficiente para uma prisão em flagrante e encaminhou sua conclusão pela concessão de liberdade provisória e medidas cautelares como: comparecimento periódico em juízo para informar e justificar atividades; proibição de acesso ou frequência a bares; proibição de se ausentar da comarca; recolhimento domiciliar noturno e monitoração com tornozeleira eletrônica.
O documento emitido pelo representante do MP-BA embasou a decisão da juíza, que passou a ser alvo de críticas da corporação e também da sociedade civil.
Mário foi localizado pelo Batalhão Apolo da PM, horas depois da tentativa de homicídio. De acordo com a PM, com ele foram apreendidos o carro usado para atropelar os policiais, 400 pedras de crack, 98 pinos de cocaína, 3.800 reais em espécie e três celulares.
O Plano Inclinado Liberdade-Calçada (PILC) voltou a operar nesta terça-feira (26), após o término do serviço de manutenção no controlador de velocidade. Atualmente, mais de 150 mil usuários utilizam o modal por mês.
O PILC funciona de segunda a sexta, das 6h às 18h30 e aos sábados, das 7h às 13h. A entrada é gratuita. O modal teve o funcionamento interrompido no último dia 16, para a realização da manutenção. Na ocasião, moradores do bairro da Liberdade realizaram um protesto por conta do não funcionamento do meio de locomoção. Linhas de ônibus foram disponibilizadas para atender os moradores que precisam transitar entre o bairro da Calçada e Liberdade.
A mãe do ex-jogador Daniel Alves, condenado pelo crime de estupro com pena de 4 anos, comemorou a soltura do filho após o pagamento da fiança no valor de um milhão de euros ( aproximadamente R$ 5,4 milhões), através das redes sociais, na tarde desta segunda-feira (25).
Maria Lúcia Alves publicou uma foto em que aparece abraçada com o filho e ex-lateral direito da Seleção com a frase “Deus no comando sempre”. Maria também recompartilhou fotos de outras pessoas que apoiaram a saída de Daniel.
Foto: Reprodução / Instagram
Alvo de um processo na Justiça Espanhola, Maria Lúcia é acusada por ter divulgado supostas imagens íntimas da vítima. Após a Justiça de Barcelona aceitar o pedido de liberdade provisória do ex-atleta, a mãe também utilizou as suas redes para comemorar,, "A vitória chegou para honra e glória do senhor. Obrigada, meu Deus", digitou.
COMO FOI A SAÍDA DE DANIEL ALVES?
Condenado por agressão sexual, Daniel Alves deixou o Centro Penitenciário Brians 2, em Barcelona, no final da manhã desta segunda-feira (25). O jogador aguardará o processo em liberdade provisória após pagar a fiança de 1 milhão de euros, o equivalente a R$ 5,4 milhões. Ele estava preso há 14 meses.
Daniel deixou a cadeia por volta das 12h25 no horário de Brasília desta segunda. Ele saiu acompanhado da advogada Inés Guardiola e do amigo Bruno Brasil, com quem também estava na noite do estupro.
Além do pagamento da fiança, Daniel Alves deverá cumprir algumas determinações da Justiça Espanhola. Ele entregou os passaportes brasileiro e espanhol para que evitar uma possível fuga do país. O jogador também terá de cumprir um afastamento de 1 km e incomunicabilidade com a vítima. Por fim, precisará se apresentar ao tribunal semanalmente.
O Plano Inclinado Liberdade-Calçada (PILC) terá o funcionamento interrompido neste sábado (16), para a realização de um serviço de manutenção corretiva no controlador de velocidade, equipamento de fundamental importância para a segurança do ascensor. A previsão é de que o serviço seja retomado até o final do mês de março.
Como substituição, os passageiros podem utilizar a frota convencional de ônibus, saindo da Liberdade sentido Calçada. A integração pode ser feita no Largo do Tanque com as seguintes linhas:
0321 – Marechal Rondon x Barra
0321-02 – Marechal Rondon x Campo Grande
0313 – Fazenda Grande do Retiro x Barra
0313-02 – Fazenda Grande do Retiro x Campo Grande
1505 – Pirajá/RV x Barra
Já quem vem da Calçada, pode seguir até o Largo do Tanque e retornar para a Liberdade utilizando as linhas:
0310 – Barroquinha x Aeroporto
1327 – Estação Pirajá x Baixa dos Sapateiros/Barroquinha
1511 – Conjunto Pirajá x Engenho Velho da Federação
1606 – Paripe x Baixa do Sapateiros/Barroquinha
Em trabalho na cidade de Paripiranga, a cerca de 350 km de Salvador, a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) garantiu a liberação para pessoas acusadas indevidamente em três decisões proferidas no último semestre.
A mais recente, em 16 de janeiro de 2024, garantiu a absolvição de um homem, após a DP-BA indicar que não houve fundada razão para que a polícia ingressasse no seu domicílio. Conforme a entidade, após abordagem policial, onde encontrou-se pequena quantidade de maconha e R$ 100, policiais adentraram a casa ilegalmente e apreenderam mais alguns gramas usados para consumo próprio.
A Defensoria pediu não apenas que fosse reconhecida a condição de usuário do acusado, como questionou a legitimidade do procedimento policial, feito sem autorização judicial, e solicitou a nulidade das provas obtidas ilegalmente. Ao avaliar o caso e os depoimentos colhidos, a juíza o absolveu, considerando ilícitas as provas e improcedente a denúncia.
A decisão considerou a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça (STJ), “que tem reiteradamente decidido que a mera denúncia anônima, desacompanhada de outros elementos preliminares indicativos de crime, não legitima o ingresso de policiais no domicílio indicado”.
“Sendo assim, uma vez que, no caso dos autos, não há nem sequer como inferir que o réu estivesse praticando o delito de tráfico de drogas, ou mesmo outro ato de caráter permanente, no interior da casa, entendo não haver razão séria para a mitigação da inviolabilidade do domicílio”, argumenta a sentença.
De acordo com o defensor Jaime Neto, que atua na área criminal em Paripiranga, a decisão é importante por considerar a jurisprudência do STJ, e isso representa um avanço na proteção aos direitos de usuários(as) dos serviços da DP-BA. Para ele, atuações como essa ajudam a minimizar a prática de abuso de poder e ilegalidade na atividade investigativa do estado.
“É fundamental ver o entendimento do STJ sendo aplicado em comarcas menores na Bahia, garantindo defesa técnica e qualificada aos usuários dos serviços da Defensoria Pública. Essa atuação serve de inspiração para conseguirmos mais decisões no mesmo sentido e para acender o debate sobre a necessidade de o procedimento penal ser feito dentro da legalidade”, destacou o defensor Sócrates Costa Neto, coordenador da 10º Regional da DP-BA, sediada em Paulo Afonso.
SEGUNDA INSTÂNCIA
Em setembro de 2023, a DP-BA obteve sucesso em conseguir, no STJ, o alvará de soltura para outra pessoa também acusada de tráfico de drogas, com base em denúncia anônima. No caso, também houve invasão da polícia não justificada no domicílio, sem autorização judicial.
“A mera denúncia anônima, aliada à mera apreensão de ‘uma bucha de maconha e R$ 17,00 (dezessete) reais’ na porta da residência, não autorizam presumir armazenamento de substância ilícita no domicílio e assim legitimar o ingresso de policiais”, destaca o ministro relator no processo.
A decisão alega que não é razoável um servidor da segurança pública ter total liberdade para, a partir de mera intuição, entrar de maneira forçada na residência de alguém e verificar se há ou não substância entorpecente.
Já em julho de 2023, também no STJ, a DP-BA recorreu em um habeas corpus e conseguiu que fosse substituída a prisão preventiva do seu assistido por medidas alternativas. Na ocasião da prisão, foram encontradas alguns gramas de cocaína e maconha. No entanto, o histórico do acusado não indicava evidências de violência ou ameaça, as condições pessoais não eram desfavoráveis e não haviam elementos que indicassem medidas graves como a prisão.
Para a coordenadora da área penal da Instância Superior da DP-BA, Rita Orge, o sucesso no trabalho feito no segundo grau de jurisdição é essencial para construir jurisprudências sólidas que garantam os direitos de usuários da Defensoria ainda no primeiro grau.
De acordo com Rita Orge, as decisões devem estimular colegas da própria Instância e de outras comarcas – tanto pequenas quanto maiores, como Salvador e Feira de Santana – para que possam fundamentar ações em casos semelhantes e aumentar as chances de sucesso no acolhimento pelo Poder Judiciário.
O defensor Astolfo Santos Simões de Carvalho e a defensora Maria Betânia Ribeiro Ferreira foram os responsáveis pelos recursos no STJ, nestas duas ações advindas da comarca de Paripiranga no ano passado.
O Carnaval de Salvador em 2024 não irá se restringir a programação nos principais circuitos da folia. Em mais um ano, a Prefeitura de Salvador irá investir na festa em alguns pontos da cidade. Os bairros de Periperi, Liberdade, Boca do Rio, Itapuã e Cajazeiras contarão com shows de nomes locais e nacionais para agitar a festa.
A grade foi anunciada pela Prefeitura durante o evento de lançamento do Carnaval de Salvador. Entre os artistas escalados para comandar a festa nos bairros estão Isaque Gomes, O Poeta, Lincoln, U Tal do Xote, Beto Barbosa, Lá Fúria, 7Kssio, Viola de Doze, Motumbá, Guig Ghetto e mais. Confira a programação completa:
LIBERDADE
- D'Resenha
- O Poeta
- Isaque Gomes
- Buck Jones
- 7KSSIO
- La Fúria
- Viola de 12
- Juanzinho
- Raga Lesmo
- Cátia Guima
- Elaine Fernanes
- Wilsinho
- BlackStyle
- Marron Society
- Lukas Barreto
- Zé Paulo
- Lincoln
- Carlos Pitta
PERIPERI
- O Poeta
- Elaine Fernandes
- Larissa Gomez
- Pegadeira
- D'Resenha
- O Erótico
- Banda Pra Casar
- U Tal Do Xote
- Selaquatro
- Melaço de Cana
- Cris Lima
- Bandana
- Rock Salles
- Flor de Maracujá
- Madina
- Fenomenal
- Adão Negro
- Marron Society
- Legião do Samba
- Eletricaz
- Lucas Matos
- Robson Morais
- Carla Cristina
- Mambolada
BOCA DO RIO
- CBS Samba Clube
- Motumbá
- Banda TH
- Márcia Short
- Dan Ventura
- Lincoln
- Rafinha Asas
- Rock Salles
- Isaque Gomes
- Carla Cristina
- Diego Moraes
- Danniel Vieira
- Guig Ghetto
- Ganhadeiras
- De Itapuã
- Quabales
- Ed City
- La Fúria
- Legião do Samba
- Vixe Mainha
- João Vaqueiro
ITAPUÃ
- Kart Love
- Rafa Lemos
- Tati Qubra Barraco
- Cátia Gua
- Larrisa Gomez
- Bailinho de Quinta
- Forró do Tico
- Ganhadeiras
- De Itapuã
- Nando Borges
- Guig Guetto
- Márcia Freire
- Lukas Barreto
- Ed City
- Márcia Short
- Carlos Pitta
- La Fúria
- Guga Meira
- Sarajane
- Zé Paulo
- Jammil
CAJAZEIRAS
- Will Carvalho
- Danniel Vieira
- O Erótico
- A Dama
- Kart Love
- CBX Samba Club
- Timbalada
- Pegadeira
- Larissa Gomez
- Wilson Café
- Wilsinho
- Zefa Di Zeca
- Beto Barbosa
- Diego Moraes
- Banda TH
- Pagodart
- Escandurras
- Afrodisiaco
- Fantasmão
Devido a Festa dos Santos Cosme e Damião, celebrada nesta quarta-feira (27), o trânsito no bairro da Liberdade, em Salvador, vai sofrer algumas alterações.
Das 15h às 19h, o tráfego de veículos será interditado nas seguintes vias: Corredor da Lapinha (a partir do Largo da Soledade), Estrada da Liberdade (trecho compreendido entre o Largo da Lapinha e a Rua Pero Vaz).
Por conta do bloqueio, haverá instalação de Barreiras Fixas (BF), a partir das 15h, nos seguintes pontos:
BF 01 – Rua Dr° Raimundo Mesquita / Estrada da Liberdade;
BF 02 – Rua Eusébio de Queiróz / Estrada da Liberdade;
BF 03 – Rua Francisco Bianco / Estrada da Liberdade.
Haverá também instalação de Barreiras Móveis (BM), das 15h às 19h, da seguinte forma:
BM 01 – Estrada da Liberdade / Rua Pero Vaz;
BM 02 – Estrada da Liberdade / Largo da Soledade;
BM 03 – Largo do Tmarineiro
Agentes da Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) vão estar no local auxiliar a travessia de pedestres e promover o ordenamento do tráfego de veículos.
Os condutores que geralmente circulam pelo trecho que será interditado, terão como opção de tráfego:
Sentido Bairro / Centro: Estrada da Liberdade, Rua Pero Vaz, Rua Conde de Porto Alegre, Largo do Tamarineiro, Rua Saldanha Marinho, Largo do Queimado, Largo da Soledade.
Sentido Centro / Bairro: Largo da Soledade, Largo do Queimado, Rua Saldanha Marinho, Largo do Tamarineiro, Rua Conde de Porto Alegre, Rua Pero Vaz, Estrada da Liberdade.
Um grupo de 15 internos do sistema carcerário do presídio Lemos de Brito, em Salvador, lançou um livro sobre os encontros e desencontros de cada custodiado. O livro denominado de “Porque quem lê escreve”, faz parte das ações de que preparam os internos do sistema carcerário para a sua reinserção na vida em sociedade, após o cumprimento da pena.
A iniciativa acontece através do acesso à modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA), ofertado pela Secretaria Estadual da Educação (SEC), no Colégio Estadual Professor George Fragoso Modesto, que funciona dentro da Penitenciária Lemos Brito (PLB).
A obra foi produzida nas Oficinas de Escrita Literária ministradas pelo editor Alex Giostri na (PLB) e fazem parte do Projeto Virando a Página – Remição de Pena pela Leitura, da Corregedoria do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) em parceria com a Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP) e a SEC.
O incentivo ao hábito de ler tem sido considerado pelo poder público como um dos meios alternativos para a ressocialização.
“O processo educacional é um dos pilares que possibilitam a reintegração social para os custodiados. A produção deste livro, por exemplo, é o resultado do trabalho desenvolvido em sala de aula, durante todo o ano letivo”, disse o vice-diretor do Colégio Estadual Professor George Fragoso Modesto, José Antônio Souza Matos.
Além de possibilitar o aprendizado, para muitos internos, a iniciativa ainda reforça o conhecimento para os que já iniciaram ou estão concluindo o ciclo de estudos e permite ainda a remissão da pena. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), cada obra lida corresponde à remição de quatro dias de pena, limitando-se, no prazo de 12 meses, a até 12 obras efetivamente lidas e avaliadas, com a possibilidade de remir até 48 dias, que é o teto anual.
O detento C.M.S, 55 anos, é um dos autores da produção. Ele falou do impacto da escrita e da leitura em sua vida.
“Nunca imaginei que logo dentro do presídio fosse participar de algo tão importante para a minha vida. Estou aprendendo coisas que não sabia antes. Me sinto outra pessoa. Mudei completamente e pretendo, quando estiver lá fora, fazer uma faculdade. Com o estudo, a pessoa para de pensar em coisa ruim”, explicou.
Para seu colega, L.A.S.F, 39 anos, o livro foi uma oportunidade de contar a sua história e expressar o que está dentro de cada um, neste momento da vida. “A divulgação será uma oportunidade de as pessoas conhecerem melhor tudo que se passa na vida de um detento. Com a escola, temos a chance de sair daqui diferentes, aprendendo o que é a humanidade”, declara.
MAIS BENEFÍCIOS
Dentre os benefícios proporcionados pela prática da leitura no ambiente prisional, está ainda o resgate da autoestima dos apenados, como destaca a professora Kátia Mathéo, do Tempo Formativo 1.
“É importante frisar que o contato com a leitura e a escrita para esses alunos proporciona uma transformação, inclusive na autoestima deles, que se enchem de esperança para se reintegrarem na sociedade. É preciso entender a realidade dessas pessoas e seus esforços para alcançarem a liberdade e não serem reincidentes. A sociedade precisa compreender também o seu papel e dar novas oportunidades aos egressos”, destaca Kátia Mathéo.
A Operação Dia dos Pais, realizada pela Diretoria de Ações de Proteção e Defesa do Consumidor (Codecon), contabilizou 39 estabelecimentos comerciais vistoriados até a última sexta-feira (4), em Salvador. Segundo a entidade, cinco estabelecimentos estavam irregulares por ausência de preços nos produtos.
A ação tem o objetivo de garantir e proteger os direitos dos consumidores durante a compra de um determinado produto ou serviço e coibir qualquer prática abusiva.
Dentre o foco da iniciativa estão as lojas de relojoaria, perfumaria, celulares, roupas masculinas e calçados, segmentos que são bastante procurados nesta época do ano.
Um dos locais já vistoriados foi o bairro da Liberdade, marcado pela forte presença do comércio de rua. Vendedora em uma ótica na localidade, Márcia Valéria Souza ressaltou a importância da operação.
“Essa ação de fiscalização nos ajuda a estabelecer uma política interna da loja de oferecer conforto, qualidade e promoção aos nossos clientes, com respeito às normas”, disse.
Segundo o diretor geral da Codecon, Zilton Netto, ao comprar algum presente, o consumidor deve se atentar ao prazo de validade dos produtos para evitar problemas de saúde, além das informações sobre preços, condições de pagamento e a política interna de troca da loja.
“É comum a política de troca nesse período do Dia dos Pais. Então, a gente pede que o consumidor tenha atenção no momento da compra e pergunte ao lojista qual é a política de troca que a loja estabelece, em caso de necessidade”.
LEGISLAÇÃO
Os fiscais verificam também se os estabelecimentos comerciais mantêm o livro do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em local com fácil acesso ao público. Em caso de descumprimento às normas do CDC, as lojas são notificadas e têm um prazo de dez dias para se adequar às normas, previstas na Lei Federal 8.078/90. Caso não haja regularização, a multa varia de R$300 a R$6 milhões.
CANAIS DE DENÚNCIA
Para denunciar possíveis irregularidades, o consumidor pode entrar em contato com a Codecon através do Fala Salvador, no número 156 ou portal do Fala Salvador ou diretamente com o órgão através do site da Codecon e também pelo número (71) 3202-6270 ou aplicativo Codecon Mobile.
O autor do feminicídio de Natalina dos Santos, de 37 anos, se entregou, na noite de quinta-feira (25), no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
De acordo com o coordenador da 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS), delegado Ademar Tanner, o feminicida, de 29 anos, confessou a autoria do crime e não demonstrou arrependimento. O homem não aceitava o fim do relacionamento. “Além de atacar a vítima com golpes de faca, ele ainda atingiu o genro dela”, disse.
O caso aconteceu na manhã desta quinta-feira (25), no bairro da Liberdade, em Salvador, onde a vítima morava. Segundo familiares da vítima, o homem invadiu a casa da ex-companheira e a golpeou. Natalina estava separada do suspeito de prenome Anderson há dois meses. A família de Natalina apontou ainda que o assassino iniciou uma discussão com a vítima, antes de golpeá-la.
REINCIDENTE
Para os policiais, o criminoso ainda declarou que ficou preso por oito anos, após matar a mãe do filho dele e o companheiro dela, na cidade de Piraí do Norte, em 2014. “Ele foi solto em 2022 e o relacionamento com Natalina tinha menos de um ano”, acrescentou o delegado.
O feminicida passou pelos exames de lesões corporais e será encaminhado à audiência de custódia do Poder Judiciário.
O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu liberdade provisória a mais de 130 homens denunciados pelos atos terroristas e antidemocráticos de 8 de janeiro, em Brasília. A decisão foi proferida pelo ministro Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (13).
Com parecer favorável da Procuradoria-Geral da República (PGR), foram aplicadas medidas cautelares a acusados por crimes como incitação ao crime e associação criminosa, como proibição de ausentar-se da comarca e recolhimento domiciliar no período noturno e nos finais de semana mediante tornozeleira eletrônica; obrigação de apresentar-se perante ao juízo da Execução da comarca de origem, no prazo de 24 horas e comparecimento semanal, todas as segundas-feiras; proibição de ausentar-se do país, com obrigação de realizar a entrega de seus passaportes no prazo de cinco dias; cancelamento de todos os passaportes emitidos pela República Federativa do Brasil; suspensão imediata de quaisquer documentos de porte de arma de fogo em nome da investigada, bem como certificados CAC; proibição de utilização de redes sociais; e proibição de comunicar-se com os demais envolvidos, por qualquer meio.
Alexandre de Moraes considerou que os acusados já foram denunciados e não representam mais risco processual ou à sociedade neste momento, podendo responder ao processo em liberdade.
Até o momento, a PGR denunciou 919 pessoas por incitação pública ao crime e associação criminosa. Dessas, 219 responderão também por crimes mais graves – dano qualificado, abolição violenta do estado de direito e golpe de estado.
O ministro do STF destacou que a PGR deixou de oferecer acordo de não persecução penal, por entender que a tentativa de abolição violenta do estado democrático de direito é incompatível com a medida de despenalização. Todos foram notificados para apresentar defesa prévia.
Em 9 de janeiro, a Polícia Federal prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos atos e estavam acampadas diante dos quartéis. Destas, 745 foram liberadas imediatamente após a identificação, entre elas as maiores de 70 anos, as com idade entre 60 e 70 anos com comorbidades e cerca de 50 mulheres que estavam com filhos menores de 12 anos nos atos.
Dos 1.406 que seguiram presos, permanecem na prisão 310 homens e 82 mulheres, totalizando 392 pessoas.
O Plano Inclinado Liberdade/Calçada (PILC), que faz a ligação entre as duas regiões da cidade, está com atendimento suspenso nesta quinta-feira (2), para que seja feita uma manutenção emergencial no equipamento. Uma das portas apresentou defeito e precisará passar por reparos.
A falha não põe em risco os usuários, no entanto a prefeitura informa que a manutenção emergencial tem o objetivo de evitar maiores transtornos futuros. A previsão é que a operação seja normalizada na sexta-feira (3). O equipamento funciona gratuitamente de segunda a sexta, das 6h às 18h, e aos sábados, das 7h às 13h.
Uma abordagem policial foi considerada “abusiva” por moradores da Avenida Peixe, no bairro da Liberdade, em Salvador, após uma final de um campeonato amador de futebol que ocorreu na localidade.
Ao G1 Bahia, moradores disseram que os agentes chegaram a empurraram uma mulher.
Testemunhas gravaram um vídeo que mostra o momento da abordagem. No registro, é possível ouvir os tiros.
A Companhia Independente de Policiamento Tático (CIPT) Rondesp BTS, da Polícia Militar, informou que os policiais da unidade foram acionados após denúncias de tiros em um evento conhecido como "paredão" na Avenida Peixe e ao chegarem ao local os agentes encontraram um grupo de pessoas que, ao ver os agentes, tentou fugir.
Ainda segundo a PM, as buscas foram feitas em todas as imediações e o evento foi encerrado. Não houve detenções.
A Polícia Militar afirmou que a unidade vai apurar a conduta dos policiais para esclarecer os fatos.
Moradores do bairro Liberdade dizem que PMs agiram de forma abusiva durante abordagem
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) February 6, 2023
Veja ? pic.twitter.com/GpuGbpLLVa
O Festival de Música Negra (FMN) do Ilê Aiyê chega a sua 47ª edição de maneira virtual e abriu as inscrições para que artistas de todo o Brasil possam participar. Os interessados poderão se candidatar, até o dia 19 de fevereiro, nas categorias Tema ou Poesia. O tema deste ano é “Meu Coração é a Linha 8 - Liberdade”, propondo um mergulho nas raízes do Ilê.
A submissão deverá ser feita pelo site do FMN (clique aqui e confira), onde está disponível uma apostila sobre o tema do festival. No momento da inscrição, um áudio deverá ser anexado ao final do processo.
Segundo a organização do concurso, as canções serão avaliadas por uma comissão julgadora, que pode escolher até oito canções de cada categoria para a final. As 16 músicas finalistas terão divulgação prévia em áudio e apresentadas ao público por seus intérpretes em Live do FMN no dia 14 de março (domingo), diretamente da Senzala do Barro Preto. A ideia é que as canções vencedoras possam vir a integrar o repertório da Band’Aiyê, seja no Carnaval como em outros eventos.
“O Festival se constitui numa importante atividade artístico-cultural no processo de contar e cantar a história de reinos, países, personalidades, fatos, cultura e religiosidade africana e afro-brasileira, quase sempre invisibilizadas nas nossas escolas e em nossa memória. A mesma apostila que produzimos com o tema de cada Carnaval é utilizada nas escolas Mãe Hilda e Band’erê durante o ano letivo”, realça um dos coordenadores do festival de música, Sandro Teles.
Nesta edição, o FMN irá premiar com os valores de R$ 5 mil, R$ 4.500 e R$ 4 mil os três vencedores, respectivamente, da categoria Tema; e com R$ 4.500, R$ 4 mil e R$ 3.500 os três vencedores, respectivamente, da categoria Poesia. Os vencedores também receberão o Troféu Pássaro Preto, com tamanhos diferentes, a depender da posição de cada música.
Em processo de requalificação, a Rua do Curuzu, na Liberdade, será liberada durante o período do Carnaval. As obras vão ser paralisadas durante essa época e serão retomadas após a Quarta-feira de Cinzas (26). O logradouro sedia, no sábado da folia (22), a saída do bloco Ilê Aiyê.
As obras estão com 40% concluídas e, de acordo com a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), a obra tem caminhado dentro do cronograma. Até agora, 30% dos serviços de pavimentação foram realizados e 40 % de ações envolvendo drenagem, implantação de vala técnica, passeio em concreto lavado e meio fio já foram concluídas. O trecho a ser requalificado mede 1,1 km, e receberá investimentos de R$6,8 milhões.
O objetivo intervenção, de acordo com a prefeitura, é promover melhorias urbanísticas e de mobilidade, além de valorizar a história e a cultura do Curuzu e de seus mais de 20 mil habitantes.
O projeto envolve a colocação de piso intertravado, ordenamento do estacionamento, implantação de novo mobiliário urbano, nova iluminação em LED, fiação subterrânea e colocação de pórticos de acesso e identificação do Curuzu. Também faz parte da requalificação a instalação de um busto em homenagem a Apolônio de Jesus, próximo à Unidade de Emergência Mãe Hilda.
Um dos fundadores do Ilê Aiyê, Apolônio era um entusiasta da cultura e do turismo – fundou duas outras agremiações afro, foi dono de um bar e promotor de excursões para as praias de Salvador. A homenagem foi uma das demandas da população abraçada pela gestão municipal, após reuniões com os moradores e entidades para debater o projeto.
A classe artística está com o pé atrás sobre a liberdade que Regina Duarte terá, caso assuma, de fato, a Secretaria Especial da Cultura. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, apesar do presidente Jair Bolsonaro sinalizar que daria “carta branca” à atriz, para que ela forme sua equipe, o setor questiona se realmente isso será garantido.
Bolsonaro anunciou que a nomeação de Regina sai nesta quarta (29) ou quinta-feira (30) (clique aqui). Mesmo que assuma a pasta, a artista não pretende ir viver em Brasília (clique aqui).
Já contada através de livro e game (clique aqui e saiba mais), a Revolta dos Malês ganhou uma minissérie de ficção dividida em cinco capítulos de 25 minutos, disponível no serviço on demand da Sesc TV (clique aqui), gratuitamente, a partir desta terça-feira (19), véspera do Dia da Consciência Negra. O levante será retratado ainda em um produto derivado da série, um longa-metragem de 90 minutos, com pré-estreia prevista para o dia 5 de dezembro, no Espaço Itaú de Cinema Glauber Rocha, na capital baiana, com a presença dos diretores Belisário Franca e Jeferson De, além dos atores Shirley Cruz e Rodrigo dos Santos, e de personalidades da cultura e de movimentos sociais. O filme contou com o patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, no valor de R$ 400 mil, iniciativa que prevê também ações voltadas para a educação na cidade.
Tanto a série quanto o filme têm como proposta remontar um episódio da história brasileira conhecido por parte dos baianos, mas ainda não tão difundido ao grande público no país: o levante ocorrido em Salvador, no ano de 1835, liderado por negros escravizados muçulmanos, conhecidos como Malês, que tinham como objetivo libertar os escravos islâmicos e tomar poder, eliminando os traidores. “Revolta dos Malês é um resgate histórico fundamental para elaborarmos com consciência sobre o presente, já que nossa historiografia jamais destaca heróis afrodescendentes, minimizando suas conquistas. Ao sublinhar seu protagonismo na obra e na história, 'Revolta dos Malês' fortalece a autoestima da população afrodescendente tradicionalmente excluída da produção audiovisual. Assim, além de entreter e informar, nosso filme pretende também ser um elemento de valorização dos feitos da população negra brasileira e principalmente baiana”, diz a justificativa do projeto realizado pela Giros Projetos Audiovisuais e apoiado pela Secult.
As duas produções colocaram em prática a ideia de reafirmar o protagonismo negro, inclusive no processo de produção, desde roteiro, passando pela direção, até o elenco, que inclui atores consagrados em sua equipe, a exemplo de Zezé Barbosa, André Ramiro, Shirley Cruz e Rodrigo dos Santos.
Ambas se passam em Salvador no ano de 1835, quando, após mais de uma década de trabalho árduo, a escrava de origem muçulmana Guilhermina (27) consegue recursos suficientes para comprar sua própria alforria e a de sua filha Teresa (11). Apesar da conquista, seu “senhor”, o fazendeiro Souza Velho, contraria a promessa feita à ex-escrava e se recusa a vender a liberdade da garota.
Guilhermina encontra na Revolta dos Malês a esperança pela liberdade da filha Teresa | Foto: Reprodução / Sesc TV
Em meio a este impasse, o maior líder religioso islâmico na capital baiana, Pacífico Licutan, é preso pela polícia. O caso provoca então a ira dos Malês, que convocam os homens muçulmanos para uma jihad (guerra santa) no último dia do Ramadã (nono mês no calendário islâmico, durante o qual os devotos praticam o jejum). Para realizar o levante, eles compram armas e seguem o objetivo de libertar seus irmãos de fé. Diante do ambiente tensionado, Guilhermina vê no motim a única oportunidade para libertar Teresa.
Reivindicação de quase uma década na comunidade, o percurso do carnaval da Liberdade e adjacências foi oficialmente reconhecido como Circuito Mãe Hilda de Jitolu, em homenagem a uma das figuras mais célebres do bairro de Salvador, a ialorixá fundadora do terreiro Ilê Axê Jitolu, que morreu aos 86 anos, em 2009.
Em 2011, o prefeito João Henrique Carneiro (PP) sancionou o Projeto de Lei nº 406/09, da vereadora Léo Kret do Brasil (PR), mas a consolidação do tributo, no entanto, só acontecerá no ano de 2021, porque, segundo o Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar), é preciso adequar a logística e o funcionamento do novo circuito. “Eu fico feliz. É bom, porque a Liberdade sempre teve um carnaval forte, desde antes da fundação do Ilê Aiyê. A gente vem de 2011, da época do prefeito João Henrique, mas não foi reconhecido oficialmente. E agora foi e isso é muito bom pro carnaval da cidade, pro carnaval da Liberdade. Vai ajudar a desafogar mais o centro, trazer mais atrações da Liberdade, que já é consolidado com a saída do Ilê aqui no sábado”, comemorou Vovô do Ilê, presidente fundador do bloco Ilê Aiyê e filho de Mãe Hilda.
Para celebrar a oficialização do novo circuito da festa, o bloco já se mobiliza. “Vamos nos reunir pra ver o que nós vamos fazer. Uma das propostas que nós vamos trazer é que, além do desfile, a Band'Aiyê também se apresente no palco da Liberdade a partir de 2021”, revela Vovô, destacando que a iniciativa tende a fortalecer a folia que já existe na comunidade, além de atrair outros artistas. “Já tem o desfile do bloco Erê do Ilê, tem o bloco Mangueirinha, tem Alabê com um blocão, Amigos de Dadá... Tem vários blocos aqui na Liberdade, tem As Nigrinhas, aqui do Curuzu, tem muitos blocos aqui no redor e os outros também. A oficialização do circuito pode trazer outras atrações”, projeta o presidente do Ilê, defendendo que o Circuito Mãe Hilda de Jitolu será positivo para o comércio e a população local, que poderá curtir o carnaval sem se deslocar do bairro.
MÃE HILDA DE JITOLU
Nascida no dia 6 de janeiro de 1923 em Salvador, Hilda Dias dos Santos faleceu aos 86 anos em 19 de setembro de 2009, em um hospital de Lauro de Freitas, por problemas cardíacos (clique aqui).
Mãe de santo que fundou e comandou por mais de 50 anos o terreiro Ilê Axê Jitolu, na Liberdade, ela, que era orientadora espiritual do Ilê Ayiê, é mãe de Antônio Carlos dos Santos, Vovô, presidente fundador do bloco.
BOM SENSO E BOA VONTADE
Segundo o presidente do Comcar, Jairo da Mata, antes de oficializar o novo circuito será necessária a adequação a questões fundamentais já trabalhadas em todos os pontos oficiais da festa, como segurança, limpeza e adequação de equipamentos utilizados nos eventos. “Falta ainda a logística da Polícia Militar, a logística da Semop [Secretaria de Ordem Pública], que engloba a Limpurb, vigilância sanitária, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), além da vistoria de equipamentos. Esse é todo um procedimento que é feito nos circuitos oficiais e que deverão se adequar lá no novo circuito”, disse Jairo.
A escolha de 2021 como ano de consolidação do circuito, de acordo com Jairo, baseou-se no “bom senso”, levando em conta a questão orçamentária relativa a disponibilização de recursos liberados pela administração municipal e estadual. Sobre a verba que deverá ser investida no novo circuito, Mata chama atenção para a necessidade de um “estudo acerca de quantas entidades vão desfilar em todo o seu trajeto”. Ele, no entanto, acredita que o Circuito Mãe Hilda de Jitolu não venha trazer aumento de gastos significativos.
“Creio que não impactará muito, haja vista que os órgãos de administração já se preparam para o Carnaval na Liberdade. Lá já ocorre desfile com o trio, tem um palco oficial, então toda essa logística do ponto de vista dos órgãos da administração já está lá. O custo poderá aumentar em face do volume de entidades que poderão desfilar lá, mas já existe um Carnaval com o desfile de algumas entidades como blocos infantis e o Ilê, que possuem apoio dos órgãos da administração”, afirma.
A demora de cerca de 10 anos para a oficialização do circuito é tratada pelo presidente do Comcar como uma questão de “vontade política”. Mas a proposta de efetivação do projeto para 2021, as ponderações de órgãos como a Polícia Militar, além dos argumentos favoráveis do colegiado contribuíram para a decisão favorável à concretização da proposta.
Por fim, Jairo acredita que a consolidação de circuitos oficiais como o de Mãe Hilda de Jitolu, na Liberdade, soma-se a uma iniciativa importante para a retomada das raízes carnavalescas característica da festa soteropolitana. “É preciso fomentar essa cadeia produtiva da comunidade, para que nós possamos retornar de fato aquele grande Carnaval que é feito da comunidade para o Centro e para o mundo. Entendemos que a comunidade volte a ser o centro das atenções e que possa revelar grandes músicos e grandes compositores para alimentar essa grande festa", concluiu.
Com dramaturgia e direção assinadas por Djalma Thürler, o espetáculo “Cabaré Vibrátil”, da ATeliê voadOR Companhia de Teatro, faz temporada às sextas-feiras durante os meses de julho e agosto, sempre às 22h, no Cabaré dos Novos, Teatro Vila Velha, em Salvador.
“A peça foi motivada pelo contexto geral, da macropolítica, das macrodecisões, uma tristeza, uma decepção atrás da outra. O cabaré é um espaço festivo de encontros, de resistência através da arte. O encontro é o começo de tudo”, contextualiza o diretor, que teve inspiração na estética dos cabarés alemães para desenhar a montagem. Segundo ele, “o cabaré é um espaço de subversão da economia do desejo, por isso ele amplifica o que Nietzsche chamava de Vontade de Potência. Dentro dele não há vigília, sequer disciplina e quando isso acontece não há anestesia ou paralisia, há a multiplicação”.
Neste universo em movimento, que simula uma espécie de teatro de variedades aberto para a participação de todos, os atores-cantores Duda Woyda, Leandro Villa e Talis Castro performam ao som de obras do cancioneiro queer, “músicas que de algum modo desafiam o bom senso, o bom gosto, fazem estranhar a ideia de normalidade e dão vozes a tipos marginais”, explica o diretor. Djalma pontua ainda que o ator normalmente costuma ser “queer” por “deslizar” pelas personagens que defende, mas destaca que na montagem o elenco vai mais além, por entender “o papel político de um corpo livre” e demonstrar de forma aberta e sem pudor para a plateia.
Segundo o diretor, a ideia da montagem é promover “uma festa coletiva”, estimulando o público a se comover e se divertir. “A plateia interage todo o tempo, mas planejamos algumas participações especiais para garantir a variedade da noite, mas temos um momento que a plateia pode participar de forma livre e espontânea”, explica. “Cabaré Vibrátil será um ponto de encontro para cantar, dançar e pensar. Para quem gosta, teremos bebidas no bar. Tudo isso, regado a um pouco de erotismo. Algumas músicas e textos são extraídos do Almanak Caralhal, de 1881, com arranjos de Roberta Dantas", acrescenta.
A trilha sonora do espetáculo será sempre executada ao vivo por uma banda feminina composta por Poliana Coelho, Luísa Santos, Ingrid Steinhagen, Maira Lins e Roberta Dantas, que também assina a direção musical e arranjos. A iluminação e cenografia é assinada por Marcus Lobo; os arranjos e preparação vocal, por Neto Costa; figurinos e caracterização são de Rainha Loulou e a direção de movimentos de Adriana Bamberg.
SERVIÇO
O QUÊ: Cabaré Vibrátil
QUANDO: Sextas-feiras de julho e agosto, às 22h
ONDE: Cabaré dos Novos - Teatro Vila Velha – Salvador (BA)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Um grupo de mais de 500 artistas, produtores culturais e intelectuais assina um manifesto pela liberdade da cantora Preta Ferreira e o irmão dela, Sidney.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, dentre os nomes que aderiram ao documento estão os cantores Chico Buarque, Caetano Veloso, Maria Gadu, Arnaldo Antunes, o cineasta Walter Salles, o produtor Nelson Motta, o artista plástico Vik Muniz e os atores Wagner Moura, Aline Moraes, Mariana Ximenes, Camila Pitanga, Renata Sorrah e Leandra Leal.
Preta e Sidney são integrantes do Movimento Sem Teto do Centro (MSTC), em São Paulo, e foram presos em junho, acusados de cobrar aluguel de participantes do movimento, instalados em prédios da cidade.
Segundo a coluna, os advogados dos irmãos, que são filhos de Carmen Silva, uma das mais conhecidas lideranças de sem teto do país, estão recorrendo ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar libertá-los e apresentaram um habeas corpus pedindo que eles deixem imediatamente a prisão.
A defesa argumenta que Carmen já havia respondido a um processo sob acusação de cobrar aluguel e foi absolvida. O Ministério Público de São Paulo admite cobranças de taxas, desde que os movimentos criem cooperativas e aprovem a medida em assembleias.
Tendo como proposta a quebra de paradigmas na dança de salão, sobretudo os relacionados à heteronormatividade, o espetáculo “Me Brega, Baile!” faz curta temporada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, desta sexta-feira (28) a domingo (30), sempre às 20h.
Com direção e provocação coreográfica de Leandro Oliveira - ex-bailarino do Balé do TCA -, a montagem foi concebida coletivamente, carregada de vivências dos integrantes do grupo Casa 4. “O ‘Me Brega, Baile!’ surge a partir de uma intensa turnê com um espetáculo antigo, ‘Salão’. "A partir dessas experiências de viagens a gente foi concebendo”, conta Leandro. “A gente participou de muitos festivais que tinham bailes de dança de salão e eram bailes contemporâneos, então vislumbrou a possibilidade de formatar um espetáculo que tivesse as características dessas festas contemporâneas e que trouxessem algumas reflexões sobre o universo LGBT, colocando um contraponto entre os tradicionais e contemporâneos”, salienta.
Em uma dessas viagens, um acontecimento em especial chamou a atenção do grupo, e gerou inclusive material que viria a ser inspiração para a nova montagem. “Teve esse episódio que colocavam algumas cenas de ‘Salão’ como inadequadas para uma classificação livre. E aí durante o processo de montagem de ‘Me Brega, Baile!’ a gente trouxe algumas cenas similares do universo de dança e que nunca foram questionadas com relação à classificação. Porque entendemos que existe um olhar preconceituoso em relação a ‘Salão’ que não existiria se não fosse um espetáculo LGBTQI+”, avalia Leandro, lembrando ainda que foi atribuído teor sexual no espetáculo. “Quem assistiu ‘Salão’ sabe que a gente não aborda sexualidade em momento algum. E sim o gênero na dança de salão, expressão de gênero, e coloca questões reais de violência, situações que aconteceram conosco. Só que no processo eles falam que a gente tem movimentações similares às do funk e que, por isso, deveria ter uma classificação de, no mínimo, 14 anos”, conta o diretor. “Além disso, dizem que tem toque proposital na genitália, coisas que na dança acontecem de forma geral e nunca foi um problema pra nenhum espetáculo...”, compara.
A partir de episódios como este e de muito debate, o grupo construiu a nova montagem coletivamente. “A gente já estava pensando em fazer um próximo espetáculo, não sabia o que era, mas durante as viagens gravava nossas conversas no aeroporto, no hotel, nas reuniões que fazia, já ia pensando no que gostaria de falar sobre, quais as questões que gostaria de tocar para o próximo espetáculo”, lembra Leandro Oliveira, explicando que a ideia de mergulhar no universo dos bailes foi inspirada no que encontraram durante os festivais aos quais o grupo participou. O tipo de baile escolhido para o novo trabalho, no entanto, foi o contemporâneo, que, diferente do tradicional, possibilita uma infinidade de caminhos, sem tantos dogmas. “Nos bailes tradicionais existe uma série de regras, inclusive de vestimenta, comportamento. Nos contemporâneos existe uma liberdade muito maior, tanto na expressividade de gênero, quanto no tipo de dança, no modo de dançar, na liberdade de você inverter os papeis de condutor e conduzido, de ativo e passivo dentro da dança de salão, de quem comanda, enfim, todas essas coisas que são bem limitadas dentro da dança de salão tradicional a gente descontrói, abre outras possibilidades de vestimenta, de expressão”, explica o bailarino.
A imersão no “brega”, por sua vez, se deu por acreditarem que esta é uma linguagem “de libertação, de poder ser o que quiser, exagerar onde quiser, trazer essa identidade mais forte e mais marcante”. Segundo o diretor, a montagem busca se conectar com a liberdade inerente ao “brega”, na qual é permitido ser exagerado, não esconder e extravasar. “Se está apaixonado é apaixonado mesmo, se está triste é triste mesmo, se está feliz é feliz mesmo! Mostrar o que é que dói, que alegra, de forma intensa mesmo e clara, sem camuflar muito. Então, o ‘Me Brega’ é esse lugar, é o nosso baile, onde a gente é, de fato, sem muitas máscaras. É um baile sem máscaras, literalmente”, define Leandro. Tendo como foco a liberdade e transgressão, o espetáculo une, então, o baile (contemporâneo) e o brega: “A gente trabalha também com a questão da espetacularidade dentro do salão. Porque assim, na dança de salão contemporânea, existe a possibilidade de abrir espaço para performances, para uma apresentação de uma forma mais flexível”, informa o diretor.
A montagem propõe ainda uma forte interação com o público. “A ideia é que seja um baile e que as pessoas possam estar dançando o tempo todo, e que durante esse baile as cenas vão se estabelecendo e transitando entre uma e outra”, revela Leandro Oliveira, destacando que a ideia é criar uma “ambiência de baile”, com o objetivo de inserir a plateia neste universo, por vezes como parte dele e, em outros momentos, apenas como espectadores. “As percepções que a gente pretende trazer são costuradas pra levar o público a mergulhar dentro dela. Então, tem uma linha condutora que tem um final, mas não existe uma história muito clara. Existe um fio condutor que vai levando os espectadores para dentro das reflexões que a gente traz, dentro da dança contemporânea”, detalha o diretor, que diz não ter medo de possíveis críticas ou hostilidade. “A gente sabe da possibilidade de vir uma censura, críticas, preconceito, mas isso a gente já vive cotidianamente. No nosso espetáculo vai ter justamente um convite pra reflexão acerca disso”, afirma Leandro. “Pra mim, e acho que pro grupo todo, se esconder, não dizer o que pensa e se calar é muito mais grave do que você se expressar”, acrescenta, lembrando que o país “endureceu” mais, mas que as dificuldades já fazem parte do cotidiano da comunidade LGBT. “A gente já é forjado nessa luta. E como somos artistas, a gente não tem como calar nesse momento, ao contrário”, declara.
SERVIÇO
O QUÊ: “Me Brega, Baile!”
QUANDO: Sexta-feira a domingo, 28, 29 e 30 de junho, às 20h
ONDE: Sala do Coro do Teatro Castro Alves - Salvador (BA)
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Durante uma missa realizada na Paróquia Militar de São Miguel Arcanjo, em Brasília, no dia 31 de março, data do golpe militar de 1964, o bispo José Francisco Falcão fez duras críticas a Caetano Veloso.
De acordo com informações da revista Veja, ao falar da disciplina e hierarquia para uma plateia que incluía três generais e a viúva do coronel Brilhantes Ustra – torturador do regime militar -, o religioso recriminou a canção “É proibido proibir”, do músico baiano. “E tem um imbecil que nos anos 70 cantou que é proibido proibir. Gostaria de dar veneno de rato para ele”, disse o bispo.
Em resposta à repercussão negativa da celebração, vista como uma homenagem à ditadura, a Arquidiocese Militar do Brasil emitiu nota para negar tal afirmação e explicar que a missa ocorreu “em ação de graças pela promoção de oficiais generais do Exército brasileiro”.
A igreja afirmou ainda que “em nenhum momento do transcurso da missa fez-se alusão ao nome de qualquer cantor ou compositor” e que tampouco “ falou-se de ‘ditadura’ ou de ‘golpe’ ou se agradeceu a Deus por outro motivo senão pelos novos promovidos”. Para contextualizar, a arquidiocese explicou que durante a homilia foram comentadas “exclusivamente as leituras litúrgicas”, ao se falar do filho pródigo ao abandonar a casa do Pai, em busca da liberdade sem proibição. “Aludiu-se ao correto significado de ‘liberdade’, que comporta um conjunto de restrições, portanto de proibições; de fato, dos dez mandamentos da Lei de Deus, seis são proibições. Daí que, na visão cristã, não se pode falar de ‘liberdade’ e, ao mesmo tempo, de ‘proibição à proibição’”, diz a nota, encerrada com a afirmação de que os cristãos procuram pautar sua conduta pela “obediência à Verdade”.
Provocativa e sempre atual, Marina Lima traz a Salvador a turnê de seu mais novo disco, “Novas Famílias”, em única apresentação na sala principal do Teatro Castro Alves, neste domingo (27), às 20h. Lançado em março de 2018 – antes da “nova era” da ministra Damares Alves, em que meninos vestem azul e meninas vestem rosa –, o álbum de inéditas traz um apelo por respeito às diferenças, um grito de liberdade e uma lupa na hipocrisia. “Meu trabalho esse tempo todo é permeado por comportamento e posicionamento. Fora o fato de ser uma mulher, compositora e instrumentista”, diz a artista carioca, citando novas e antigas canções que comprovam seu engajamento em pautas como direitos humanos, feminismo, liberdade sexual e combate à homofobia. “Isso tudo foi e é tão importante que esses temas permeiam o álbum; ‘Árvores alheias’, ‘Só Os Coxinhas’, ‘Mãe Gentil’, ‘Novas Famílias’ são canções que falam do Brasil, de democracia, de direitos. Mas podemos ir mais longe, não? ‘Fullgas’ é política, ‘Pra Começar’ é política”, afirma.
O primeiro single deste novo trabalho foi o funk “Só Os Coxinhas”, parceria com o irmão Antônio Cícero. A música, que tem versos como "Agora faz um passinho/ Feito um pica-pauzinho/ Curtindo o seu inferninho/ Só os coxinhas, vai!/ Agora faz um sonzinho/ Com aquele seu apitinho/ Tirando aquele sarrinho/ Só os coxinhas, vai!”, rendeu muita polêmica na época, e como quase tudo tem acontecido no Brasil polarizado, teve quem amasse e quem odiasse. “Eu quis fazer um funk porque gosto do ritmo, algumas são realmente boas e engraçadas e foi uma forma de homenagear minha cidade natal, o Rio de Janeiro. O funk é mais uma bossa musical vinda do Rio”, pondera a cantora, que há cerca de 10 anos mudou-se para São Paulo. “Confesso que tomei um susto com a repercussão... Como tanta gente se sentiu ofendida! Ora bolas, eu fiz essa música para as pessoas mais caretas que eu podia imaginar e que só sonham com coisas materiais. Eu lá podia imaginar que tanta gente se vê assim?”, questiona a artista.
Faixa-título, "Novas Famílias" preserva otimismo e ressalta resistência:
Abrindo o disco, a faixa-título também tem forte apelo político. “Mesmo que falte água no Estado/ Eu vou achar de beber/ Grãos, shots, ervas, o diabo/ E nós vamos sobreviver (...)/ Oh céus! E essas novas famílias/ Com terras molhadas de amor/ Minando qualquer ditador", dizem alguns dos versos da canção, dando pistas de que, apesar das adversidades, a cantora ainda consegue mirar o horizonte com otimismo. “Eu sou uma virginiana com ascendente em virgem, ou seja, mais realista e ‘árida’, impossível. Mas se há algo que aprendi em minha vida é não se deixar banhar pela tristeza. Algo que nunca devemos perder é o nosso entusiasmo. Nisso reside a minha força. Se depender de mim, eu vou resistir e tomar o poder”, diz Marina, para quem algumas conquistas do campo progressista não podem ser apagadas. Seguindo este raciocínio, nada mais justo que a regravação da faixa “Pra Começar” tenha entrado no novo disco. “É uma música dos anos 1980 que cabe perfeitamente no Brasil ou no mundo de hoje. Toda uma onda repressora, branca, direitista, religiosa, querendo dominar. E eu acho que, como diz a música, pátrias, famílias e religião, nesse sentido militar da coisa, quebrou mesmo, não tem mais jeito. Então ‘Pra Começar’ serve de emblema para hoje também”, avalia.
Segundo a cantora, a única outra canção não inédita, “Climática”, também dialoga perfeitamente com as demais autorais do álbum. “Eu já tinha ouvido há uns quatro anos num disco da própria Klébi Nori. Achei uma pequena obra prima, então guardei a minha ‘descoberta’ para gravá-la na hora certa”, conta. Além da regravação da obra da compositora paulista, o “Novas Famílias” conta também com contribuições de novos e antigos parceiros de Marina, além de Cícero. “Eu já vinha próxima a Letrux, Jeneci, Silva. Meu núcleo de trabalho em São Paulo tem sido com o Dustan Gallas, Arthur Kunz e Léo Chermont, que estão na minha banda e estarão comigo em Salvador. O Dustan produziu esse trabalho comigo. E o Leo Gandelman, que toca como convidado nesse disco, é um grande amigo de longa data. Tudo isso para te falar que as coisas foram acontecendo, naturalmente planejadas”, explica. Estas parcerias e antigos sucessos estarão no repertório apresentado por Marina Lima ao público baiano, neste fim de semana.
SERVIÇO
O QUÊ: Marina Lima – “Novas Famílias”
QUANDO: Domingo, 27 de janeiro de 2019, às 20h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: A a W - R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia) | X a Z6 - R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia)| Z7 a Z11 - R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)
Com a aproximação do segundo turno das eleições presidenciais, que acontece neste domingo (28), um grupo de mais de 50 músicos de diversas regiões do Brasil aderiu a um manifesto pela democracia. "A música popular brasileira sempre esteve associada aos movimentos de luta pela liberdade. Desde o início ela sofreu com a repressão, com o autoritarismo, durante muito tempo, em vários períodos diferentes da história do país, nossa música foi considerada uma atividade subversiva. Muitos artistas foram perseguidos, presos, torturados, em períodos de repressão alguns se exilaram fora do país para não serem mortos. Ainda assim, nunca se calaram”, diz parte do texto do protesto, que conta com a adesão de nomes como Jussara Silveira, Beth Carvalho, Fernanda Takai, João Donato, Zélia Duncan, Leoni, Frejat, Paulo Miklos, Zé Miguel Wisnik, Liniker, Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Jaques Morelembau e Tico Santa Cruz.
“A música brasileira é uma das celebrações mais potentes da diversidade cultural humana. Através da música popular podemos acompanhar o desenvolvimento da sociedade brasileira no decorrer do século, ela esteve sempre presente nos momentos mais decisivos do país, desde as revoltas populares aos movimentos reivindicando direitos e exigindo democracia”, diz outro trecho do protesto, que tem como trilha sonora a música "Divino, maravilhoso", de Gilberto Gil e Caetano Veloso, interpretada pela Gal Costa. “Estamos aqui para manifestar nosso repúdio ao autoritarismo, à tortura, à censura, ao obscurantismo, ao uso da força e da truculência. Lutamos contra a homofobia, a violência contra as mulheres, o preconceito racial, a intolerância religiosa e todas as manifestações de ódio. Nós defendemos a liberdade, a democracia, o respeito às diferenças e o convívio pacífico entre as pessoas. Nós, artistas brasileiros, cantamos em coro a muitas vozes: não vamos nos calar!", concluem os artistas.
Segundo a descrição do protesto, ele é apartidário e uma resposta ao momento de tensão visto nas redes sociais e nas ruas do país. Nestas eleições, a polarização entre eleitores Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) tem rendido episódios de violência em todo país, como o caso do artista baiano Mestre Moa do Katendê, morto com 12 facadas, após uma discussão política (clique aqui).
Confira o vídeo do manifesto dos artistas da MPB:
A Netflix anunciou nesta quinta-feira (20) a nova série original brasileira, chamada “Spectros”.
De acordo com informações do site Omelete, a série será ambientada no bairro da Liberdade, em São Paulo e contará a história de adolescentes que se envolvem com fatos misteriosos.
Na série de oito episódios, Douglas Petrie, showrunner de “Demolidor” e “Os Defensores”, da Marvel, trabalhará em colaboração com a produtora brasileira Moonshot Pictures.
"Spectros é uma mistura incrível do folclore brasileiro e a História, com elementos dos contos de fantasmas japoneses mais assustadores que encontramos, representada pelas ruas coloridas da Liberdade e vista pelos olhos de adolescentes", disse o diretor e roteirista Doug Petrie.
A produção começa em novembro deste ano e a estreia está marcada para 2019, na Netflix.
Engajada em causas como a luta contra o racismo e o machismo, Elza Soares fez um desabafo sobre o clima político no Brasil, durante um show realizado na noite do último domingo (8), em Buenos Aires, capital argentina. "O meu país enfrenta um triste momento político e social. Querem matar nossos sonhos, prender nossas liberdades. Não irão conseguir!”, disse a artista, um dia após a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Viva a democracia!”, puxou a cantora. A resposta da plateia veio em coro: “Lula livre!”.
Confira vídeo do show de Elza em Buenos Aires:
Aos 89 anos, a atriz Laura Cardoso revelou, em entrevista à revista Veja, considerar-se feminista “desde menina”. Para a artista, que este ano foi homenageada pelo projeto Ocupação, do Itaú Cultural, em São Paulo, o feminismo “é uma luta que vale a pena e deve prosseguir”. Ela define a causa como “a luta da mulher pela sua liberdade, pela sua vida, pelo que ela quer e sonha”, e avalia que houve conquistas ao longo do tempo, mas que “ainda falta dar mais crédito, respeito de verdade à mulher”. “Sempre acompanhei a luta da mulher, desde menina. De modo geral, as mulheres da classe artística sempre viveram essa luta, tanto no Rio de Janeiro quanto em São Paulo. A gente lutou e brigou porque queria esses direitos que a mulher deveria ter e que lhes foram negados durante muito tempo. O feminismo é necessário. O que está acontecendo no Brasil, essa sujeira, esse massacre sobre o povo, quantas mulheres tem nesse movimento, fazendo mal a esse país? A maioria é homem. Acho que isso é um resultado da premissa de que homem sabe mais e fala mais. Não é isso. Acho que eles erram mais do que as mulheres”, disse ela ao ser preguntada sobre como via a onda feminista nos anos 1960. Laura Cardoso afirmou, no entanto, que o meio artística não é mais machista que os outros. “Estou nessa carreira desde os 15, 16 anos e nunca senti esse machismo. Talvez tenha havido no passado, mas hoje há muito menos. Sempre teve essa coisa de o homem ganhar mais do que a mulher no trabalho. Hoje não há tanto isso. Também, isso não tinha cabimento, às vezes as atrizes eram muito melhores do que os homens. Mas isso não é só no meio artístico, em todo lugar acontece. Sempre o homem sentado na mesa de chefe e a mulher tinha que ficar de lado. No meio artístico, as pessoas são mais abertas, elas leem mais, há um respeito. Mas não é uma santidade, tem seus altos e baixos, seus tropeços”, justificou a atriz.
Em Salvador na próxima segunda-feira (29), para abrir a edição 2017 do “Mulher com a Palavra”, ao 61 anos, Marina Lima prepara um novo trabalho, desta vez um EP. “São menos canções do que um CD, mas a sensação que eu tenho é que ninguém mais ouve um CD hoje em dia. Vou lançar seis faixas, a partir de outubro”, revela a cantora, que ao longo de sua carreira sempre esteve conectada com a evolução da sociedade. Por isto mesmo ela foi convidada para participar do encontro que acontece no Teatro Castro Alves, a partir das 19h30, com o tema “Atitude Feminina e Liberdade Sexual” e mediação da jornalista Rita Batista. Em 2012, durante uma entrevista, Marina Lima disse estar cansada de falar de sua sexualidade. Cinco anos após esta declaração, a artista explicou que o momento é outro e que o “cansaço” se referia à curiosidade e voyeurismo do público, meramente relacionados à sua intimidade. “O Brasil está efervescendo. Muitas questões estão sendo passadas a limpo: política, drogas, discriminação, empoderamento da mulher... É o momento certo de se posicionar e procurar ajudar”, afirmou Marina, destacando ainda a importância da conscientização das mulheres.
Protagonista em espaços predominantemente “masculinos”, em épocas nas quais o machismo era ainda mais arraigado na sociedade, a cantora avalia que hoje há avanços na luta feminina. “O mundo está mudando e isso reflete em todas as áreas. Você sabe, antigamente eu tendia a achar tudo meio careta. Pareciam mulheres muito diferentes de mim. Mas hoje em dia eu acho válido e importante. Todos estamos buscando o nosso lugar no mundo, reavaliando os nossos valores. E a mulher tem que estar neste mesmo trem”, diz a cantora, reconhecida pela interpretação e originalidade na década de 1980, quando se tornou um dos grandes nomes do pop-rock nacional. Dentro da reflexão sobre os direitos da mulher, a artista destacou ainda o papel da política e das instituições nas garantias individuais de grupos “marginais”. “O Estado é laico. Todas as garantias que minorias precisam ter para uma vida digna devem constar na Constituição. Isso passa por casais do mesmo sexo terem direito a herança, plano de saúde dos seus cônjuges, e passa pelas mulheres terem autonomia do seu próprio corpo. E por aí vai”, avalia a cantora.
SERVIÇO
O QUÊ: Marina Lima - Mulher com a Palavra
QUANDO: Segunda-feira, 29 de maio, às 19h30
ONDE: Teatro Castro Alves
VALOR: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia)
A chef argentina Paola Carosella se manifestou nesta sexta-feira (28), após a repercussão de um comentário feito por ela em suas redes sociais, a respeito da greve. “Cheguei a conclusão que, as pessoas vão ler o que querem ler, independentemente do que eu escreva. Os fanáticos ficarão mais fanáticos e os haters terão mais motivos para me odiar. Não importa o assunto”, escreveu a jurada do MasterChef Brasil, relatando o que deu origem a uma série de interpretações. “Tudo começou com um comentário que fiz ontem no Twitter a um usuário que escreveu: ‘Mas é óbvio. Qualquer cidadão brasileiro que falte o trabalho por opção pessoal, não pode receber por esse dia’. Esse usuário estava comentando sobre um post do jornal Estado de São Paulo a respeito da decisão do Prefeito da cidade de São Paulo de cortar o ponto dos trabalhadores que aderissem a greve de hoje (28/4). Fiquei pensando, um tanto surpresa, será que o direito a greve não existe no Brasil? Será que é Constitucional? E se é um direito, pode então ser descontado o dia de quem usufrui desse direito?”, explicou. Ela contou que em seguida pesquisou na Constituição brasileira e postou o artigo que garante o direito à greve. “Curiosa, ingênua, copiei este artigo e postei na mesma rede social, pois me surpreendeu que, se era um direito constitucional, não poderia ser considerado falta ao trabalho”, comentou.
Ela disse ainda que diversos veículos deram suas visões, destacando a Veja São Paulo, que chegou a dizer que seus restaurantes iriam aderir à greve. “Algumas pessoas acharam que eu sou radicalmente de esquerda, comunista, outras me insultaram e me mandaram de volta ao ‘meu país’. Outras, me acusaram de tentar ‘corrigir’ o Sr. Prefeito, coisa que jamais foi a minha intenção. Entre algumas outras grosserias e ameaças”, lembrou, relatando sua trajetória no país. “Nasci na Argentina, sou residente brasileira desde 2001, com todas as documentações necessárias e após ter feito um grande investimento no país, o que me deu o visto de ‘Investidor Estrangeiro’. Sou mãe de uma brasileira, que será uma mulher deste país. Uma mulher, espero eu, livre, com ideias fortes, independente e realizadora. Livre para ir e vir e para se manifestar, se assim ela achar que é importante, na reinvindicação do que ela considere, sempre dentro da lei e com respeito a Constituição e aos outros cidadãos”, afirmou, lembrando ainda a ditadura na Argentina e a forma como sua mãe foi sequestrada duas vezes “apenas por estudar direito, o que nessa época era ‘coisa de comunista’”. Ela lembrou ainda que um dos maiores ensinamentos de sua mãe foi seguir e conhecer a lei, para saber de seus direitos. “A minha única intenção ao postar o Art. 9 da Constituição foi a de lembrar, me lembrar, que as leis existem e que elas não são apenas pequenas letrinhas em cadernos de escrita confusa apenas reservados a alguns que se interessam por elas, que as leis são as regras do jogo que jogamos todo dia”, destacou.
Ao final, Paola revelou que nem ela e nem seus restaurantes aderiram à greve, mas que decidiu, junto ao sócio, por fechar os negócios para evitar transtornos dos funcionários com a falta de transporte. “Isso não quer dizer aderir à greve. Se os nossos funcionários decidem ou não aderir a greve, é um direito deles”, disse. “Se eu sou ou não a favor da greve? Bom, como várias pessoas falaram, pouco importa o que eu acho. O que sou e sempre serei é a favor da liberdade, de todas as suas formas, e a única forma de liberdade que conheço é aquela que acontece quando existe uma ordem clara, quando existe a lei e a mesma é respeitada, para todos por igual, independente da cor, do credo ou do partido político do momento”, conclui. (clique aqui e confira a postagem completa).
Acusada de promover a objetificação do corpo feminino por aparecer com os seios parcialmente à mostra na capa da revista “Vanity Fair”, a atriz britânica Emma Watson, conhecida por seu engajamento em causas feministas, rebateu as críticas. "O feminismo é sobre dar escolha às mulheres. O feminismo não é um bastão com o qual se bate em outras mulheres. É sobre liberdade, é sobre liberação e sobre igualdade. Eu realmente não sei o que os meus peitos têm a ver com isso. É muito confuso", defendeu a artista, durante uma entrevista à BBC, ao lado de Dan Stevens, colega de elenco do longa-metragem “A Bela e a Fera”. Na ocasião, Stevens tentou brincar com a situação: "O que as pessoas estão dizendo sobre você?", perguntou o ator. "Estão dizendo que eu não podia ser feminista...", explicou Emma, que foi interrompida pelo colega. "E ter peitos?", disse ele. "E ter peitos", confirmou ela, reafirmando que não há contradição entre seu comportamento e a militância com a causa feminista.
De acordo com Reis, a abertura do Núcleo Liberdade integra o plano de expansão do Neojiba. "Até junho, abriremos mais dois núcleos do Neojiba. Um no Parque São Bartolomeu, na região do Subúrbio Ferroviário, e outro no município de Vitória da Conquista. A nossa meta é levar o programa aos 27 Territórios de Identidade, uma demanda do governador Rui Costa de proporcionar a um maior número de jvoens alternativas culturais e de desenvolvimento social", defende o secretário.
O Núcleo São Bartolomeu vai oferecer aulas e prática coletiva de Música Popular Brasileira e o Núcleo Vitória da Conquista vai trabalhar com instrumentos de cordas e iniciação musical. "No Parque São Bartolomeu, o Neojiba fará uma experiência pedagógica que mescla música popular brasileira com um repertório clássico. Já a nossa chegada em Vitória da Conquista é um movimento natural, por ela ser a terceira maior cidade do Estado", explica Fabien Lerat, gerente pedagógico do programa.
Já no evento de abertura do Núcleo Liberdade, o professor André Gomes Felipe, coordenador da área de iniciação musical e teoria do Neojiba, vai realizar uma aula aberta com as crianças beneficiárias do programa. "Desde a cessão de uso do Parque do Queimado, já avançamos bastante com os projetos executivos para restauro e revitalização do espaço. Mas antes mesmo da sede ficar pronta, nós já queríamos marcar nossa presença no bairro. O início do nosso Núcleo Liberdade é justamente a concretização dessa vontade", ressalta Beth Ponte, diretora institucional do Neojiba. Futuramente, o parque irá abrigar a sede do programa.
Aula Inaugural do Núcleo Liberdade
Data: 16/04
Local: Parque do Queimado, Liberdade
Horário: 9h
![](https://www.bahianoticias.com.br/ckfinder/userfiles/images/vdm.png)
A artista foi firme em sua posição e rendeu duros comentários no Facebook
Programação:
Dia 19 de março
8h00 – Rio
10h30 – Eu e Meu Guarda-Chuva
13h30 – As Melhores Coisas do Mundo
15h30 – Bicho de Sete Cabeças
Dia 20 de março
8h00 – As Melhores Coisas do Mundo
10h30 – Eu e Meu Guarda-Chuva
13h30 – Rio
15h30 – Bicho de Sete Cabeças
Dia 21 de março
8h00 – Eu e Meu Guarda-Chuva
10h30 – Rio
13h30 – As Melhores Coisas do Mundo
15h30 – Bicho de Sete Cabeças
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.