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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

nordeste

Nordeste lidera atividade econômica e Bahia está entre os estados da região com maior desempenho
Foto: Reprodução / Canva

Segundo o índice de atividade do IBCR-NE do Banco Central do Brasil (Bacen), em 2024 o Nordeste é atualmente a região com maior atividade econômica do país. Os dados revelaram que a economia nordestina cresceu 3,2% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período em 2023, superando o crescimento nacional de 1%.

 

Alguns estados da região contribuíram para o feito, com destaque para a Bahia, que teve um crescimento de 3,1% na atividade econômica, ficando em segundo lugar na lista de estados do local com maior desempenho. Em seguida, aparece Pernambuco, com 2,5%, e no topo da lista está o Ceará, com um aumento de 4,4%. 

 

Além disso, uma análise realizada pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), revelou que o aumento significativo nos investimentos dos setores de serviço e comércio foi um fator crucial para a conquista, já que o volume de aplicações em ambos os campos subiu 47%, saindo de R$1,9 bilhão no primeiro trimestre do ano passado para R$2,8 bilhões em 2024.

 

Depois do Nordeste, as regiões Norte e Sudeste apresentaram um crescimento de 3,1%, enquanto o Sul teve um aumento de 1,4%. Por outro lado, o Centro-Oeste não registrou mudanças durante o período analisado.

 

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Sport acerta venda do lateral Pedro Lima para o Chelsea, diz empresário
Foto: Paulo Paiva / Sport

O empresário da joia Pedro Lima, do Sport, revelou que o clube Rubro-Negro acertou a venda do lateral-direito ao Chelsea nesta quarta-feira (12), pelo valor de 7,5 milhões de euros (aproximadamente 43,82 milhões de reais). A informação foi divulgada inicialmente pelo jornalista Jorge Nicola e confirmada pelo agente de Pedro Lima, Renato Guimarães.

 

Considerando tanto a quantia fixa da negociação quanto os objetivos estabelecidos, a transferência de Pedro Lima tem potencial para alcançar os R$ 61,35 milhões (no câmbio atual), o que seria de longe a maior venda da história do Nordeste. O jovem de 17 anos começará sua jornada no Strasbourg, da França.

 

No entanto, na realidade, a mudança do lateral só se tornaria oficial a partir de 1º de julho, quando ele completa a maior idade. Em teoria, isso significa que ele poderia jogar pelo Sport na Série B por mais quatro partidas: contra Mirassol, Novorizontino, Ceará e Botafogo-SP.

Sucessões na Câmara e Senado serão avaliadas para apoio do União a prefeituras no Nordeste, diz ACM Neto
Foto: Max Haack / Ag. Haack

As eleições para as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado serão colocadas na mesa para decidir o apoio do União Brasil nas capitais do Nordeste. A afirmação foi feita pelo  ex-prefeito de Salvador e vice-presidente do União, ACM Neto, ao Bahia Notícias nesta segunda-feira (13), data em que o correligionário Bruno Reis anunciou sua pré-candidatura à reeleição para o Executivo soteropolitano

 

Os nomes do União na disputa, o deputado Elmar Nascimento e o senador Davi Alcolumbre, já estão percorrendo o país em busca de apoio para os pleitos que vão acontecer no início de 2025. 

 

“Quando a gente pensa nas articulações deste ano, a gente não pode desconsiderar que o projeto de Elmar, assim como de Davi, para a sucessão da Câmara e do Senado é um projeto prioritário. Tem essa questão de Recife, que passa por um entendimento com o PSB nacional para que o partido possa apoiar o nome de Elmar para presidente da Câmara. Onde o União Brasil tiver candidato competitivo nós vamos apresentar, quando for melhor uma composição essa questão da Câmara e do Senado serão consideradas”, disse Neto. 

 

O União Brasil formalizou o apoio ao prefeito do Recife, João Campos (PSB), durante reunião realizada em Brasília, na última quarta-feira (29). De acordo com o presidente nacional da sigla, Antônio Rueda, a parceria “vai refletir em avanços para o Recife e que nos permite fortalecer o projeto liderado por Elmar na Câmara dos Deputados”.

 

O ex-prefeito de Salvador também destacou que o Nordeste será uma região estratégica para o crescimento do partido nas eleições de 2024. “Em alguns lugares nós temos candidatos próprios, a exemplo de Fortaleza, onde nós estaremos indo, eu e Elmar, na próxima quinta-feira, participar do lançamento da pré-candidatura do Capitão Wagner e em outras nós estamos fazendo alianças. O Nordeste será a região do Brasil onde o União terá mais candidatos próprios nas capitais, deveremos ter cinco ou seis candidatos próprios nas capitais”, afirmou. 

Ao rebater internauta, Eduardo Bolsonaro afirma que Nordeste é a “pior região do país”
Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o Nordeste é a “pior região do país”. A fala do político e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi dada nesta quinta-feira (30), em resposta a um comentário em seu perfil no Instagram. 

 

Um internauta escreveu “Direita no Nordeste nunca mais” e em seguida Eduardo Bolsonaro respondeu: “Então vai continuar sendo a pior região do país, com mais criminalidade, pior educação e etc. Não venha reclamar depois”. As informações são do Poder 360.

 

Nas eleições de 2022, a região Nordeste foi a que acumulou o maior número de votos para o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no segundo turno: 68% dos votos foram para o petista e 32% para Jair Bolsonaro.

 

 

DADOS

Dados de 2024 apresentados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública confirma que o Nordeste tem 31,29 homicídios dolosos a cada 100 mil habitantes. A média nacional é de 17,47. 

 

No quesito educação, o último Censo Escolar aponta que estados da região lideram o ranking de alunos matriculados em tempo integral no ensino fundamental, são eles: Ceará (51,4%), Piauí (48,9%) e Maranhão (40,3%). A média nacional é de 17,5%. O Nordeste também teve o maior número de redações com nota 1.000 na última edição do Ensino Nacional do Ensino Médio (Enem), com 25 textos – 41% do total.

Chuvas abaixo da média na Bahia previstas para junho podem afetar safra de milho, aponta Inmet
Foto: Reprodução / Conexão Agrio

A Bahia terá chuvas abaixo da média neste mês de junho, o que poderá reduzir os níveis de umidade no solo e, consequentemente, a produção na safra de grãos 2023/24, em especial, o milho. A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica que o cenário de baixas chuvas deve se repetir em diversos estados da região Nordeste e parte do Norte, em especial, as áreas do sistema produtivo Matopiba (região que engloba os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia).

 

Considerando o prognóstico climático do Inmet para junho de 2024 e seu possível impacto na safra de grãos 2023/24, essa falta de chuva deve ser ainda mais severa em áreas dos estados do Piauí e Bahia, “ocasionando restrição hídrica para o milho segunda safra”.

 

De acordo com a previsão do Inmet, além do interior do Nordeste brasileiro, as regiões Centro-Oeste e Sudeste, bem como o sul da Região Norte, e oeste da Região Sul, têm previsão de chuvas próximas e abaixo da média climatológica. No entanto, o Instituto ressalta que, nesta época do ano, há uma tendência de redução das chuvas na parte central do Brasil.

 

Por outro lado, o mês de junho deve ter chuvas acima da média na faixa norte da Região Norte, leste da Região Nordeste, além de áreas pontuais do Maranhão, Piauí e Ceará, associadas ao aquecimento do Atlântico Tropical. Ainda de acordo com o prognóstico climático do Inmet para junho de 2024, a previsão é de chuvas acima da média na faixa norte e leste da Região Nordeste - diferente do cenário de Piauí e Bahia. Isso deve gerar bons índices de umidade no solo e, consequentemente, deve beneficiar a semeadura e o início do desenvolvimento do milho e feijão terceira safras.

 

TEMPERATURA

A previsão do Inmet indica que as temperaturas deverão ser acima da média em todo o país, principalmente na porção central, devido à redução das chuvas, com possibilidade de ocorrerem alguns dias de excesso de calor em algumas áreas. Nas regiões Norte e Nordeste, as temperaturas podem ultrapassar 26ºC.

 

Na Região Centro-Oeste e norte da Região Sudeste, as temperaturas devem variar entre 20ºC e 24ºC, enquanto a Região Sul, são previstos valores menores, inferiores a 20ºC. Já em áreas de maior altitude da região sul e sudeste, são previstas temperaturas próximas ou inferiores a 14ºC.

 

“Não se descartam a ocorrência de geadas em algumas localidades, especialmente aquelas de maior altitude, devido à entrada de massas de ar frio que podem provocar declínio de temperatura, o que é muito comum nesta época do ano”, completou o Inmet.

'Temporal' que atinge Bahia e parte da Região Nordeste deve terminar nesta quinta, estima Inmet
Foto: Camila São José / Bahia Notícias

As fortes chuvas que vêm atingindo grande parte da região Nordeste, especialmente a faixa leste, devem dar uma trégua a partir desta quinta-feira (25). O temporal tem castigado o corredor que liga a Bahia até o Rio Grande do Norte, e a faixa norte do Ceará até o Piauí. No interior da região, também há condições de chuva, principalmente no centro-sul do Ceará, oeste da Paraíba e centro-norte do Piauí.

 

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De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os volumes mais expressivos e que, de forma pontual, podem ultrapassar 100 milímetros (mm) atingirão áreas do leste e agreste dos estados de Sergipe e Alagoas. O instituto também destacou que o agreste meridional e leste de Pernambuco (áreas de divisa com o estado de Alagoas) também registraram volumes significativos de chuva.

 

O Inmet explicou que essa situação acontece porque um sistema frontal avançou, desde quinta-feira (18), pelo extremo sul da Bahia e, mesmo distante no oceano, contribuiu para intensificar o fluxo de umidade no leste da região.

 

“O fluxo de umidade do oceano para o continente predomínio da circulação da Alta Subtropical do Atlântico Sul-ASAS) e uma maior intensificação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), irão favorecer a ocorrência de pancadas de chuva em toda a faixa leste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, e também na porção mais norte até o Piauí”, informou o instituto.

Após março mais seco, Inmet projeta que abril terá índice de chuvas maior em áreas agrícolas da Bahia
Foto: Reprodução / Sensix

Após março registrar um clima mais seco devido a temperaturas mais altas e baixa quantidade de chuvas, o mês de abril chega para esfriar um pouco os termômetros, sobretudo nas áreas que compõem o setor produção agrícola do Brasil. Dados do Boletim Agroclimatológico Mensal, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Meteorologia (Inmet), apontam que a previsão é de predomínio de chuvas volumosas no Norte e Leste da Região Nordeste - setor que abrange a Bahia - principalmente em abril, devido ao aquecimento do Atlântico Tropical. 

 

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O Nordeste, como um todo, apresentou temperaturas máximas médias, em março, superiores a 35ºC. Os termômetros chegaram a 37,5°C na cidade alagoana de Pão de Açúcar e 36,2°C no município de Jeremoabo, no nordeste baiano. De acordo com o boletim, essas altas temperaturas foram geradas pela falta de chuvas, que em março, foram inferiores a 100 mm em parte da região. Em algumas localidades, inclusive, os níveis de umidade no solo ainda continuam baixos, como por exemplo, na divisa dos estados de Alagoas, Sergipe e nordeste da Bahia. Confira:

 

Nível de chuvas acumuladas (à esquerda) e índice de umidade do solo (à direita) | Foto: Divulgação / Inmet
 

No entanto, o boletim indica níveis de água no solo elevados no norte do Maranhão, Piauí, Ceará e costa leste do Nordeste, abrangendo a Bahia. Mesmo com o mês de abril dando uma trégua no calor, o clima deve esquentar nos meses seguintes. O Inmet acredita que a temperatura do ar deve ser acima da média histórica em todo Nordeste, mas principalmente no interior da região, por conta da redução das chuvas a partir de maio. Para os meses de maio e junho, a previsão indica uma redução dos níveis de umidade no solo no interior da região, principalmente no sudeste do Piauí, norte da Bahia, sul do Ceará e oeste de Pernambuco.

 

FRIO NA BAHIA

O mês de março na Região Nordeste mostrou que as menores temperaturas mínimas foram observadas em cidades baianas. Ficaram com o posto de cidades mais frias de março os municípios de Vitória da Conquista (19,0°C) e Piatã (17,8°C), ambos no Sudoeste baiano. Apesar do frio, as chuvas não foram tão frequentes na Bahia como um todo. De acordo com o Inmet, na Região Nordeste, os maiores volumes de chuva foram observados em áreas do Maranhão, centro-norte do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, com valores superiores a 150 mm, contribuindo para a manutenção da umidade no solo e o desenvolvimento das lavouras.

 

O boletim destacou o estado do Maranhão como o mais chuvoso do Nordeste em março. Por lá as chuvas ultrapassaram os 500 mm, como foi o caso de Turiaçu (com 750 mm) e Chapadinha (com 560 mm). Estas chuvas contribuíram para a manutenção da umidade no solo (figura 2) e o desenvolvimento das lavouras.

 

EL NIÑO

O calorão de março tinha que ter uma explicação e, de acordo com o Inmet, a “culpa” é do El Niño. O fenômeno é responsável pela elevação das temperaturas do Oceano Pacífico e gera o aquecimento anormal das águas. Essa situação causa desequilíbrio na quantidade de chuvas podendo gerar um volume maior ou menor dependendo da região. A previsão aponta para uma queda deste aquecimento nas águas dos oceanos Pacífico e Atlântico, podendo diminuir a quantidade de chuvas sobre o Norte da Região Nordeste entre os meses de maio e junho.

 

O Boletim do Inmet mostra ainda que a interação entre a superfície dos oceanos e a atmosfera têm causado interferência nas condições do tempo e do clima em diversas localidades no mundo. “No Brasil, fenômenos como El Niño-Oscilação Sul (ENOS), no Oceano Pacífico Equatorial, e o gradiente térmico do Oceano Atlântico Tropical, também chamado de Dipolo do Atlântico, são exemplos dessa interação oceano-atmosfera que influenciam o clima no Brasil”, apontou o Inmet.

 

Neste contexto, as águas mais quentes no Atlântico Tropical Sul e águas mais frias no Atlântico Tropical Norte favorecem a ocorrência de chuva em grande parte norte do Brasil. Caso contrário, há uma redução de chuva na região citada (Dipolo Positivo). Durante o mês de março/2024, o Oceano Atlântico Tropical permaneceu mais quente que o normal, em que a temperatura do Atlântico Norte foi 1,4ºC acima da média, enquanto a temperatura do Atlântico Sul foi de 1,4ºC acima da média, ou seja, apresentou um pequeno gradiente de 0,1ºC. Este aquecimento favoreceu as chuvas em toda a costa norte do país. 

Feriado de Páscoa promete ser chuvoso em todo Nordeste com destaque para Bahia, aponta Inmet
Foto: Rovena Rosa | Agência Brasil

 

A previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indica tempo instável e com chuva em grande parte do Nordeste a partir desta quarta-feira (27) até, pelo menos, o próximo domingo (31), com maior destaque para a faixa leste da região, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte, incluindo o litoral, desde o Ceará até o Maranhão.

 

De acordo com Inmet, as nuvens carregadas de chuva que vêm do Oceano Atlântico para o continente - propagação de um Distúrbio Ondulatório de Leste (DOL) -, somado a uma maior atividade da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), vai contribuir para a formação de áreas de instabilidade sobre a porção litorânea do Nordeste e, consequentemente, o deslocamento destas para o interior da região.

 

Entre quinta (28) e sexta-feira (29), a previsão indica a intensificação da chuva, com volumes mais significativos, podendo superar 100 milímetros (mm) na faixa leste da região e, pontualmente, no agreste, desde a Bahia até o Rio Grande do Norte.

 

Devido às atualizações dos modelos numéricos de previsão do tempo, é necessário o acompanhamento da atualização diária das previsões do tempo, assim como dos avisos meteorológicos especiais emitidos pelo Inmet. 

Com 2,47 milhões de famílias, Bahia é o segundo estado com mais beneficiários do Bolsa Família em março
Foto: Roberta Aline / MDS

A Bahia é o segundo estado com maior número de contemplados pelo Bolsa Família em março, com 2,47 milhões de famílias assistidas. O pagamento do benefício, que neste mês terá um valor médio de R? 669,96 no estado, começou na última sexta-feira (15), levando em conta o final do Número de Identificação Social (NIS). O programa chega a lares de todos os 417 municípios baianos, fruto de um investimento de R? 1,65 bilhão por parte do governo federal.
 

Com 39 cidades, a Bahia lidera a lista de estados com mais municípios onde as famílias receberão pagamento unificado do Bolsa Família este mês. No total, 147 municípios, em 11 estados, encontram-se nesta situação. Esses locais foram afligidos por chuvas, inundações, estiagens e acidentes naturais e, além da Bahia, estão nesta situação Rio Grande do Sul, com 32 municípios, Acre (19), Ceará (15), Paraná (12), Roraima e Rio de Janeiro (9), Sergipe (7), São Paulo (3), Amapá (1) e Espírito Santo (1).
 

O pagamento unificado apoiará mais de 1,11 milhão de famílias nesses estados, por meio de um investimento federal de R$ 759,63 milhões. Para os demais municípios da Bahia, os pagamentos seguem de forma escalonada, de acordo com o final do Número de Identificação Social (NIS) de cada integrante, até o dia 28.
 

No recorte por municípios, a capital Salvador detém o maior número de famílias contempladas: 299.277. Elas receberão um benefício médio de R$ 653,10. O valor dos repasses federais para a capital baiana supera os R$ 195,21 milhões. Feira de Santana (75.576), Vitória da Conquista (51.116), Camaçari (45.415) e Juazeiro (38.049) completam a lista dos cinco municípios com mais beneficiários. Já o município de Sítio do Mato detém o maior valor médio do benefício em todo o estado: R$ 729,09. Na sequência, aparecem as cidades de Abaré (R$ 724,95), Barra (R$ 722,86) e Prado (R$ 718,07).
 

Entre os benefícios complementares criados com o novo Bolsa Família, 904.628 crianças de zero a seis anos receberão neste mês o adicional de R$ 150 na Bahia, referente ao Benefício Primeira Infância, a partir de um repasse federal de R$ 129,65 milhões. A cesta de benefícios complementares no estado também acrescenta R$ 50 neste mês a 1,26 milhão de crianças e adolescentes de sete a 16 anos e 301.788 jovens de 16 a 18 anos, além de 34.403 gestantes e 65.417 mulheres em fase de amamentação.

 

Na divisão por estados, São Paulo concentra o maior número de beneficiários em março de 2024. São 2,56 milhões de contemplados, a partir de um investimento de R$ 1,7 bilhão, com um repasse médio de R$ 669,08.

 

Na divisão por regiões, o Nordeste concentra o maior número de famílias beneficiárias em março de 2024. São 9,46 milhões de contempladas, a partir de um investimento de R$ 6,4 bilhões. Na sequência aparece o Sudeste, com 6,19 milhões de famílias e aporte de R$ 4,1 bilhões. A região Norte reúne 2,5 milhões de famílias por meio de um investimento de R$ 1,8 bilhão. É no Norte que está o maior valor médio por beneficiário do país: R$ 718,23. No Sul, são 1,4 milhão de beneficiários e R$ 974,24 milhões em investimentos do Governo Federal. Por fim, a região Centro-Oeste concentra 1,1 milhão de famílias e um repasse de R$ 798,96 milhões.

 

Fonte: MDS

Com estimativa de mais de R$ 119 mi, Bahia deve ter a maior arrecadação entre estados do Nordeste durante Páscoa, aponta CNC
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

Com a páscoa chegando, o comércio baiano deve registrar um faturamento total de R$ 119,53 milhões. Isso representa a sétima maior parcela de arrecadação total entre os estados brasileiros, e o maior entre os nordestinos, para o período que deve movimentar R$ 3,44 bilhões no país. A estimativa divulgada nesta quarta-feira (13) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) é a mais alta dos últimos dez anos e abrange itens característicos como chocolate, bacalhau e vinhos.

 

O valor de R$ 3,44 bilhões em vendas relacionadas à Páscoa representa um crescimento de 4,5% na comparação com o ano passado, já descontada a inflação. Ainda de acordo com a CNC, no quesito de expectativa de vendas, a Bahia fica atrás dos estados de São Paulo (R$ 948,08 milhões), Minas Gerais (R$ 352,57 milhões), Rio de Janeiro (R$ 243,19 milhões), Rio Grande do Sul (R$ 194,18 milhões), Paraná (190,75 milhões) e Santa Catarina (159,40 milhões). No entanto, a Bahia fica à frente de todos os estados nordestinos como Ceará (R$ 84,15 milhões) e Pernambuco (R$ 80,56 milhões). Confira:

 

 

Se confirmada a expectativa, será o quarto ano seguido de alta nas vendas. A trajetória de crescimento que vinha sendo observada desde 2016 foi interrompida apenas em 2020, ano em que se iniciou a pandemia da Covid-19, que afetou severamente toda a economia.

 

O PREÇO PODE SER UM VILÃO

Porém nem tudo são flores. A pesquisa da CNC também aponta que os preços dos produtos e serviços típicos estarão 5,2% mais caros este ano. Essa “inflação da Páscoa” é superior à inflação oficial acumulada no país em 12 meses, 4,5%. A lista de itens inclui chocolate, pescado, bacalhau, bolos, azeite de oliva, refrigerante e água, vinho e alimentação fora de casa.

 

O único que deve chegar mais barato este ano é o bacalhau, com recuo de 3,2% no preço. Já o grande vilão é o azeite de oliva, que ficou 45,7% mais caro em relação à última Páscoa. De acordo com a CNC, a valorização do real frente ao dólar ajudou a tornar mais baratos preços de produtos importados. A taxa de câmbio, que às vésperas da Páscoa de 2023 se situava em R$ 5,20, atualmente se encontra perto dos R$ 5 – um recuo de quase 4,3%.

 

IMPORTAÇÃO

O levantamento da CNC aponta que a Páscoa deste ano vem acompanhada de grande alta de importação de itens típicos do período. As compras externas de chocolate devem alcançar 3,35 mil toneladas, avanço de 21,4% em relação a 2023. No caso do bacalhau, deve haver um crescimento mais significativo, 61,9%. São 7,12 mil toneladas, a maior importação registrada desde o início do levantamento, em 1997. Confira:

 

Fortes chuvas devem atingir grande parte do Nordeste a partir de amanhã
Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

A partir deste domingo (21) até a sexta-feira (26) praticamente toda a região Nordeste terá registro de fortes chuvas, de acordo com a previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

 

Os volumes de chuva podem ter acumulados superiores a 100 milímetros no período. A previsão indica ainda que, amanhã, a chuva deve atingir, principalmente, os estados da Bahia, Piauí e Ceará. 

 

Isso acontecerá porque alguns dos principais sistemas meteorológicos típicos de verão, como por exemplo a Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e a provável formação de um canal de umidade, organizada pela presença de um sistema de baixa pressão no oceano, contribuirão para a ocorrência dessas pancadas de chuva, acompanhadas de descargas elétricas e rajadas de vento.

 

Apesar da possibilidade de causar transtornos, a chuva intensa será responsável também por mudar o cenário quente e seco registrado nesta semana, especialmente no semiárido. Além disso, a chuva ainda vai colaborar para o aumento da umidade no solo e aporte hídrico dos reservatórios de água.

 

O Inmet destaca que está monitorando a situação e reforça a importância do acompanhamento diário das atualizações de previsão do tempo e emissão dos avisos meteorológicos especiais. 

Em Pernambuco, Lula diz que Jair Bolsonaro é um "psicopata" que vive da mentira e da maldade
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Um psicopata que vive da mentira, da maldade e de ofender os outros. Foi desta forma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se referiu ao seu antecessor no Palácio do Planalto, durante discurso nesta quinta-feira (18) no evento de retomada das obras de ampliação da refinaria de Abreu e Lima, na cidade pernambucana de Ipojuca.

 

Mesmo sem pronunciar diretamente o nome do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula fez diversas referências a ele ao se pronunciar sobre a gestão da Petrobras no governo anterior. Ao lado da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra (PSDB), do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, de ministros e aliados, Lula disse que a visão de mundo de Bolsonaro corrobora esta conduta de viver da mentira e da ofensa.

 

“Para ele, todo mundo aqui é ladrão. Para ele, todo mundo aqui é comunista. Para ele, todo mundo aqui defende aborto. Para ele, todo mundo aqui faz isso e faz aquilo, como se ele e seus filhos fossem exemplo de família nesse país”, declarou o presidente.

 

Lula também comparou o tratamento que o seu governo vem dando aos estados do Nordeste com o que foi verificado na gestão anterior. Além de citar o seu antecessor, Lula também fez críticas aos comandantes da Operação Lava-Jato, ressaltando o impacto da operação sobre o funcionamento da Petrobras.

 

“A primeira árvore frondosa que estamos colhendo é a operação da Rnest [refinaria de Abreu e Lima]. É preciso saber quanto dinheiro esse país perdeu nesses dez anos de atraso desta empresa. Quanto salário deixou de ser pago. Quantas deixaram de ter benefícios nesse país. Quanto que esse país perdeu na sua competitividade internacional, até chegar ao ponto de a gente eleger um psicopata para ser presidente desse país”, disse no seu discurso.

 

O presidente também afirmou durante a solenidade que o seu 1º ano de governo no terceiro mandato foi para “limpar terreno e plantar coisa nova”, e que este segundo ano será para a colheita. Ele relembrou ainda sua fala, do início de 2023, direcionada à governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, afirmando que ela não deveria se preocupar por ser de um partido rival ao seu, o PSDB, e que isso não afetaria sua relação com o governo federal. 

 

“Pergunte a qualquer governador do Nordeste qual foi o inferno deles. Era um inferno. Era como se fosse o capeta negando pão às pessoas que precisavam”, disse Lula, ao falar da forma como os governadores do Nordeste eram tratados por Jair Bolsonaro.

 

No fim de seu discurso, o presidente Lula mencionou Bolsonaro como “a praga”, ao fazer um convite aos empresários do setor industrial para que direcionem os seus investimentos para o Brasil.

 

“A siderúrgica que quer produzir aço verde, venha para o Brasil. Quem quer produzir fábricas limpas, venha para o Brasil. Estamos abertos para receber com coração de brasileiro, que é o povo mais alegre e extraordinário do mundo, mesmo com essa praga solta por aí”, concluiu.

 

Esta não foi a primeira vez que Lula se referiu a Jair Bolsonaro como “psicopata”. Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, em maio de 2021, Lula disse que o Brasil poderia ser resgatado nas eleições de 2022, depois de ser transformado em um pária global atingido pela Covid por seu presidente psicopata.

 

“Você não está lidando com um ser humano normal. Você está lidando com um psicopata, que não tem a menor capacidade de governar”, disse Lula na época, quando ainda era candidato a presidente. 

 

Já em seu terceiro mandato como presidente, o presidente Lula se referiu a seu antecessor como um “psicopata maior”, ao falar sobre os ataques de manifestantes às sedes dos três poderes, durante o 8 de janeiro de 2023. Lula deu a declaração no Palácio do Planalto, na cerimônia de reinstalação do Consea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional), em 28 de fevereiro desse ano.

 

“Meia dúzia de bárbaros, meia dúzia de vândalos, meia dúzia de psicopatas, quem sabe orientados pelo psicopata maior, acharam que poderiam, depois de perder as eleições, ocupar o palácio e dar um golpe de Estado”, declarou o presidente Lula naquela ocasião. 
 

"Música brasileira é música nordestina", diz Fagner ao criticar DJs e sertanejo
Foto: YouTube

O cantor Fagner, de 74 anos, polemizou com declarações sobre a atual cena da música brasileira e atiçou o DJ Alok a comentar o caso.

 

Em entrevista ao podcast 'CHEGUEI Podcast do Garotinho', o veterano criticou o novo formato da música e caracterizou a música eletrônica como um desastre ambiental. Para o artista, não é compreensível a movimentação feita por DJs que ficam fazendo "cenas ridículas" ao invés de tocar música.

 

"Mudou muito o formato de música, você vê umas pessoas... Mudou totalmente, é menos música hoje e mais cena. Uma das coisas que mais me chocam é você pegar um DJ botando um milhão de pessoas, isso é, pra mim, um desequilíbrio ambiental. Caramba, isso é um desastre ambiental. F*da-se eles, mas o povo vai ver um DJ que canta meia música e fica ali fazendo aquelas cenas ridículas, isso é uma queda", declarou o artista.

 

Em resposta ao veterano, o DJ Alok se pronunciou nas redes sociais e afirmou ser um grande admirador da música do cearense, mas pediu respeito ao que ele e outros artistas produzem.

 

"Sou um grande amirador do Fagner e seu sei que ele é um artista que contrubuiu demais para a expansão, a valorização da música nordestina. E se eu posso estar fazendo os eventos que eu faço hoje no Nordeste é porque ele e outros trabalharam lá atrás e me abriram as portas. O Fagner já lançou mais de 36 álbuns, vendeu mais de 20 milhoes de cópias, é uma lenda viva. Com certeza ele é musicalmente mais talentoso que eu, mas eu tenho outros talentos e tá tudo certo", disse em vídeo após fazer uma piada com o trecho do podcast em que o cantor critica a música eletrônica.

 

 

 

No podcast, Fagner ainda aproveitou para criticar o sertanejo e afirmar que a música brasileira é o que é produzido pelo Nordeste do país. Questionado sobre preconceito quanto a música nordestina, o veterano foi direto: 

 

"Se tinham se f*deram. O que é música brasileira é música nordestina. Tinha uns caras que faziam um tipo, mas cara, o que é música brasileira é a música nordestina. Não vou nem citar nada de Sul. É Minas, é o Nordeste, que vem desde Luiz Gonzaga. Quantos autores do Nordeste você pode citar aí? Me fala cinco do Sul. Essa febre de sertanejo é tudo a mesma música", desabafou.

Fortes chuvas castigam Porto Seguro e devem durar até a próxima sexta (22)
Foto: Reprodução / Porto Seguro Notícias

Conforme previsão divulgada ontem (18) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a cidade de Porto Seguro enfrentou nesta terça (19) fortes chuvas e ventos que causaram diversos estragos. Na região da Orla Norte, as rajadas chegaram a derrubar a cobertura da barraca de praia Toa Toa, que estava vazia no momento. 

 

O município ainda deve enfrentar o mau tempo até a próxima sexta, com volumes de chuva que podem chegar a 100 mm. Também foram registradas fortes pancadas nas regiões de Trancoso e Arraial D’ajuda.

 

Ainda segundo o Instituto, a previsão para toda a semana é de chuva em praticamente toda a região Nordeste do Brasil, principalmente no sul da Bahia, incluindo o litoral, com volumes mais intensos pela madrugada, também podendo chegar a 100 mm em 24h.

Azul Linhas Aéreas anuncia voos extras para o carnaval de 2024 no Nordeste
Foto: Divulgação

A Azul Linhas Aéreas anunciou, nesta terça-feira (19), que vai disponibilizar 162 voos extras para 10 cidades do Nordeste, durante o período carnavalesco de 2024. Essa adição representa 56% da malha total para o feriado. Entre os estados da região, receberá a maior parcela, com 63 voos distribuídos entre Ilhéus, Porto Seguro e Salvador.

 

Em Alagoas, os voos serão destinados a Maceió, que receberá 37 voos adicionais, enquanto o Ceará terá 18 voos para Fortaleza e Jericoacoara. A capital da Paraíba, João Pessoa, terá oito voos extras, e Natal, no Rio Grande do Norte, receberá 12 voos a mais. Sergipe contará com dez voos para Aracaju, e Pernambuco terá 39 para Recife. 

 

Os dias de pico para os voos extras serão 9 e 10 de fevereiro, com um total de 121 voos. No final do carnaval, 13 e 14 de fevereiro terão o maior número de voos adicionais, com 38 e 42 voos, respectivamente.

 

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Nordeste terá chuvas volumosas entre terça e sexta-feira, alerta Inmet
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

Após o alerta de uma nova onda de calor em diversos estados brasileiros na semana passada, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de que chuvas volumosas podem atingir praticamente toda a Região Nordeste a partir desta terça-feira (19) até a sexta-feira (22). 

 

Segundo boletim do órgão, as áreas de instabilidade com chuva intensa atingirão especialmente o Sul e Centro-sul da Bahia, Centro e Sul do Maranhão e o Piauí. A ocorrência das chuvas está ligada à circulação atmosférica em vários níveis, combinada com a presença de um Vórtice Ciclônico de Altos Níveis (VCAN) e uma Sistema Frontal (SF) no Oceano Atlântico, no sul da Bahia. As informações são da Agência Brasil.

 

Além desses sistemas, o aumento da umidade na região está ligada à oscilação de Madden-Jullian, fenômeno de variabilidade intrasazonal, que gera chuvas acima do normal. “A partir de terça-feira, a chuva deve atingir o sul da Bahia e depois avançar para o interior do Nordeste, afetando quase toda a região, com volume mais intenso na madrugada. Vale destacar que o período mais chuvoso deve se prolongar até sexta-feira. Em locais pontuais, a chuva pode superar 100 milímetros (mm) em 24 horas, principalmente no litoral sul da Bahia”, informou o Inmet.

 

O meteorologista do Inmet Flaviano Fernandes informou que chuvas intensas já ocorreram na manhã desta segunda-feira (18) no Ceará e no Piauí. “[Esses] sistemas vorticiclônicos em altos níveis, na borda oeste, estarão favorecendo o aumento da nebulosidade e as chuvas na região nordeste”, explicou Fernandes.

 

Ele informou que a partir desta terça-feira uma frente fria ligada aos sistemas vorticiclônicos poderá ocasionar mais chuvas não apenas no sul da Bahia, mas se espalhando pela região Nordeste.

 

“O Nordeste esta semana está todo favorável para que ocorram chuvas em todas as regiões, principalmente nas regiões do interior, mas não descartando o litoral leste e norte do Nordeste. Também poderão ocorrer algumas chuvas mais significativas, principalmente, entre o Rio Grande do Norte e a Paraíba e, com essa chegada da frente fria no sul da Bahia, pode também ocasionar chuvas mais intensas no Recôncavo baiano”, detalhou o meteorologista.

Bahia é terceiro estado que mais gerou empregos no Nordeste em outubro, aponta Caged
Foto: Agência Brasília

A Bahia gerou 5.905 postos com carteira assinada, em outubro, figurando na terceira colocação na geração de vagas entre os estados nordestinos no mês. O cálculo leva em consideração a diferença entre 71.894 admissões e 65.989 desligamentos, e é realizado pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

 

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Os dados do emprego formal foram sistematizados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan).

 

De acordo com o órgão, esse é o décimo mês seguido com saldo positivo. No Nordeste, em outubro, todos os nove estados experimentaram alta do emprego formal. Em relação à geração de postos, Pernambuco foi o estado com maior saldo em outubro, com 8.272 novas vagas.

 

Em seguida, vieram Ceará (+6.130 vagas), Bahia (+5.905 vínculos), Alagoas (+4.163 postos), Paraíba (+3.773 postos), Maranhão (+2.357 vagas), Rio Grande do Norte (+2.257 postos), Piauí (+2.187 empregos celetistas) e Sergipe (+1.603 vínculos).

 

Porém, do ponto de vista da variação relativa mensal do estoque, a Bahia teve o pior desempenho dentre os estados nordestinos. Alagoas (+1,02%) foi o destaque da região nordestina, tendo sido acompanhado por Paraíba (+0,81%), Piauí (+0,65%), Pernambuco (+0,58%), Sergipe (+0,52%), Ceará (+0,48%), Rio Grande do Norte (+0,47%), Maranhão (+0,39%) e Bahia (+0,30%).

 

De janeiro a outubro, levando em conta a série ajustada, que incorpora as informações declaradas fora do prazo, a Bahia preencheu 82.596 novas vagas – aumento de 4,34% em relação ao total de vínculos celetistas do começo do ano. O município de Salvador, por sua vez, registrou 18.065 novos postos no período (variação positiva de 2,99%).

 

O crescimento do emprego celetista também foi observado no Brasil e no Nordeste no acumulado do ano, com 1.784.695 e 308.601 novas vagas, respectivamente – significando, nessa ordem, aumentos relativos de 4,20% e 4,40% em relação ao quantitativo de empregos celetistas no início do ano. A Bahia (+4,34%), dessa forma, exibiu um crescimento relativo do emprego formal maior do que o do país, mas menor do que o do Nordeste no ano.

 

Do conjunto das 27 unidades federativas do país, todas elas contaram com aumento do quantitativo de empregos celetistas no acumulado deste ano. A Bahia, com 82.596 novos postos, exibiu o sexto maior saldo agregado do país. O desempenho relativo baiano, com alta de 4,34% no ano, posicionou o estado na 17ª colocação no país como um todo.

 

Ainda em termos de saldo acumulado no ano, a unidade federativa baiana (+82.596 vagas) continuou à frente das demais do Nordeste, que contou com Ceará (+53.919 postos) e Pernambuco (+52.477 vínculos) na segunda e terceira posições, respectivamente. Em termos proporcionais, no ano, a Bahia (+4,34%) ficou na quinta posição dentro da região nordestina, atrás do Piauí (+7,61%), Alagoas (5,00%), do Rio Grande do Norte (+4,78%) e Ceará (4,34%).

 

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Mais de 65% dos assassinatos de quilombolas entre 2018 e 2022 foram no Nordeste, aponta levantamento
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

 

Dos 32 assassinatos de quilombolas ocorridos entre 2018 e 2022 em 11 estados, ao todo, 21 foram somente no Nordeste, totalizando 65,6% das ocorrências. Na região, os estados do Maranhão (9), Bahia (4), Pernambuco (4), Alagoas (3) e Rio Grande do Norte (1) registraram todos os casos.

 

Os dados são da segunda edição do levantamento “Racismo e Violência Contra Quilombos no Brasil”, elaborado pela Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq) em parceria com a Terra de Direitos, e divulgado nesta sexta-feira (17).

 

De acordo com o estudo, as principais causas desses ataques foram conflitos fundiários - representando 70% dos casos - e violência de gênero. Segundo a pesquisa, em 10 das 26 comunidades em que foram registrados assassinatos não há processos abertos no Instituto Nacional de Reforma e Colonização Agrária (Incra), autarquia responsável pela regularização fundiária dos territórios quilombolas.

 

Os números foram apresentados três meses após o assassinato de Maria Bernadete Pacífico, a Mãe Bernadete, do Quilombo de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, na Região Metropolitna de Salvador (RMS). A morte de Mãe Bernadete, em agosto deste ano, não está contabilizada no estudo. 

 

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Foto: Divulgação / Conaq

 

O estudo ainda mostra que a média anual de assassinatos de quilombolas praticamente dobrou nos últimos cinco anos, se comparado ao período de 2008 a 2017.  Na primeira edição da pesquisa (2008 a 2017), havia um mapeamento de 38 assassinatos ocorridos no período de dez anos. A média anual de assassinatos, que era de 3,8, passou a ser de 6,4 ao ano. Em 15 anos, 70 quilombolas foram assassinados.  

 

RAIO-X

Apesar dos homens (23 casos) serem as principais vítimas, percebe-se que as mulheres quilombolas (9 casos) têm sido mortas pelo fato de serem mulheres. Isso porque todos os assassinatos registrados dessas mulheres configuram-se como feminicídios.

 

O mapeamento identificou os meios utilizados nos assassinatos, de acordo com o gênero. As armas de fogo estão presentes em 59% dos casos totais, e atingiram principalmente os homens: eles foram assassinados por esse tipo de arma em 69,5% dos casos, enquanto 44,4% das mulheres foram assassinadas a tiros.

 

Assim como na pesquisa anterior, identificou-se haver um componente de crueldade nos assassinatos das mulheres. Em sua maioria as mortes ocorreram com armas brancas (faca, foice, machado ou chave de fenda) ou com métodos de tortura.

 

Foto: Divulgação / Conaq

 

O levantamento destaca os latifundiários como os principais responsáveis pelos conflitos e violações nos 190 quilombos. De acordo com os dados, eles aparecem em 42% das ocorrências.

 

As entidades que participaram da elaboração do estudo ainda apontam os governos federal, estaduais e municipais entre os principais agentes violadores, “envolvidos em uma série de situações de não reconhecimento da identidade e do território quilombola, ou na omissão na efetivação de políticas públicas voltadas a essa população”.

Bahia lidera tentativa de fraudes no Nordeste, aponta Serasa
Compras online são principais alvos de fraudadores. Foto: Agência Brasil

A Bahia liderou o ranking de tentativas de fraudes no Nordeste em agosto, segundo pesquisa realizada pela Serasa Experian, com 44.628 registros. Na região foram contabilizadas 166.854 naquele mês. 


Na visão nacional, o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelou o maior número do ano registrado, com 924.017 investidas criminosas, que foram malsucedidas graças às tecnologias de prevenção e autenticação. A frequência mensal foi de uma ocorrência a cada 2,9 segundos, também o menor tempo de 2023 até agora.

 

“O aumento das tentativas de fraude no Brasil se deve a uma combinação de fatores, incluindo o crescimento das atividades online, o avanço tecnológico dos criminosos, motivação financeira e falta de conhecimento dos consumidores. À medida que mais transações ocorrem digitalmente, os criminosos exploram oportunidades, tornam-se mais sofisticados e buscam lucro financeiro. Para combater esse aumento, é essencial que pessoas e empresas adotem medidas de autenticação e prevenção a golpes, contando com a tecnologia para identificação dos fraudadores”, avalia o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

 

Os dados mostraram que o setor favorito dos criminosos continuou sendo o de “Bancos e Cartões” (52,0%), que concentra a maior parte das investidas desde o início do ano. Em segundo lugar ficou “Serviços’” (27,0%), “Financeiras” (16,7%), “Varejo” (3,0%) e “Telefonia” (1,3%). 

 

Em relação à idade dos consumidores-alvo, do total de tentativas de fraude, 35,8% foram sofridas por pessoas entre 36 e 50 anos.

Contratos de eólicas no Nordeste têm cláusulas abusivas e concentram terras nas mãos de empresas, aponta estudo
Foto: Miguel Ângelo / CNI

Um relatório técnico produzido pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC) sobre os contratos de arrendamento e uso da terra para instalação de aerogeradores no Nordeste mostra uma relação extremamente desbalanceada entre as empresas de energia renovável e os proprietários das áreas - em sua grande maioria pequenos agricultores. A região responde por 93,6% da capacidade total de geração eólica, com forte concentração nos estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, do Piauí e do Ceará.

 

O advogado e pesquisador da Universidade Federal da Paraíba, Rárisson Sampaio, analisou 50 contratos do tipo onde encontrou remunerações irrisórias pelo uso da terra e cláusulas abusivas que acabam sendo aceitas por famílias de baixa renda por falta de conhecimento, de assistência jurídica e por conta da necessidade de ampliar a renda familiar. 

 

"Nós temos uma atividade que está sendo exercida ali dentro daquela propriedade onde 99% ou 98,5% da renda fica pra empresa e 1% ou 1,5% para o dono da área. Isso já demonstra um desequilíbrio imenso. Esta é uma atividade lucrativa, uma atividade que movimenta muito o capital, então pela própria natureza de um negócio, de um contrato com relação de interesses entre a empresa e as comunidades, seria natural que tivéssemos percentuais ou um pouco mais elevados para tornar esse negócio benéfico tanto para a empresa quanto para a comunidade", explica Rárisson, que também leciona na Universidade Regional do Cariri. 

 

Ele destaca também que a opção pelo contrato de arrendamento ou de cessão de uso - com mais flexibilidade do que se fosse feita a compra das áreas - é de ordem econômica, pois reduz custos para a empresa.

 

PODER PÚBLICO AUSENTE

Os contratos são negociados livremente pelas empresas e não há qualquer tipo de mediação ou validação do poder público, seja no licenciamento ambiental, seja na emissão de outorga para geração de energia. 

 

"A falta de fiscalização e acompanhamento das negociações e dos contratos pela agência reguladora (ANEEL) e por instituições como o Ministério Público e as Defensorias é uma lacuna que reduz a proteção das comunidades mais vulneráveis na exploração da energia", conclui o estudo.

 

Com isso, as empresas de energia eólica - munidas de equipes de advogados e sob a promessa de geração de renda - conseguem impor contratos que permitem a elas encerrar o vínculo a qualquer momento ao tempo que comprometem até mesmo os herdeiros a manter as obrigações contratuais. Muitas vezes, o proprietário é obrigado a pagar por assessoria jurídica. No entanto, o serviço é ligado à própria empresa, tornando sua isenção altamente questionável. 

 

A duração dos acordos é longa para garantir a posse da terra durante todo o tempo de concessão de outorga para produção de energia concedida pela ANEEL, que é de 35 anos. Muitas vezes eles também contêm cláusulas de renovação automática, condenando gerações da família a cumprir o acordo e com remuneração financeira quase sempre muito inferior  ao prometido nas abordagens de convencimento para assinatura. 

 

Os contratos geralmente prevêem uma remuneração fixa durante o período de estudos do potencial eólico e uma porcentagem do lucro gerado pelo aerogerador quando a usina entra em funcionamento. Rárisson relata que os pagamentos iniciais podem ser tão baixos quanto R$1 ou R$2 por hectare, gerando valores mensais ínfimos como de R$46,50 ou R$63 - contrato da empresa Casa dos Ventos nos municípios de Araripina e João Câmara, respectivamente.

 

Para Rárisson, esse desequilíbrio de poder configura estes arrendamentos de terra como semelhantes aos contratos de adesão, aqueles que já vêm prontos, sem possibilidade de se negociar melhores condições - como acontece na assinatura de um plano de telefone ou de TV a cabo. Isso fica claro, segundo ele, quando se percebe que muitos deles têm conteúdo idêntico mesmo sendo relativos a diferentes empreendimentos.

 

CONCENTRAÇÃO DE RENDA E TERRA

Quando a usina entra em funcionamento, as famílias passam a receber porcentagens fixadas em contrato da renda gerada em sua propriedade. Nos contratos analisados pelo Inesc essa porcentagem varia entre 0,85% e 1,5%.  Relatos veiculados na imprensa mostram que esse valor costuma resultar em renda entre R$1.000 e R$1.300 para cada aerogerador por mês. 

 

Logo, se proprietários de grandes porções de terra conseguem uma renda mensal considerável ao permitirem a construção de dezenas de aerogeradores em suas propriedades, para um agricultor que só pode abrigar uma torre - ao custo do impedimento de de exercer outras atividades - o contrato chega a ser uma expropriação de sua terra.

 

E junto com esta renda insuficiente vêm os impactos. Relatos de casos severos de insônia e depressão têm sido registrados por conta do barulho constante das hélices. Agricultores também relatam que as criações deixam de produzir filhotes ou ovos. Boa parte da propriedade fica com uso impedido devido ao isolamento que o equipamento de geração e transmissão de energia requer. 

 

"Estes arrendamentos vão caracterizar o que pesquisadores chamam de despossessão, porque as empresas, na prática, acabam assumindo o controle daquele terreno, daquela propriedade. São elas quem vão dizer como se dará o uso, como se dará o acesso, e quais as limitações que serão impostas àquela propriedade", explica Rárisson.

 

Com isso, o pesquisador aponta que na prática acontece uma concentração fundiária semelhante à promovida por outras atividades econômicas que operam a partir da aquisição de terras. "Pela quantidade de arrendamentos que nós verificamos no nordeste brasileiro, o que nós temos é um controle massivo das propriedades que é atribuído às empresas por meio desses contratos" conclui.

Salvador terá única escola do Nordeste participando da 2ª etapa de competição de Robótica em Curitiba
Fotos: Enaldo Pinto / Secom

A Escola Municipal Mário Altenfelder, no Lobato, em Salvador, foi a única instituição do Nordeste selecionada para participar do programa First Lego, competição de Robótica que é considerada a maior do mundo.

 

A equipe é composta por crianças com idade entre seis e 10 anos, supervisionadas pelo professor Antônio Fernando Bulcão, especialista em Artes Visuais. A segunda etapa da seleção será realizada em Curitiba, no final de setembro.

 

A gestão da Escola Mário Altenfelder realizou na última sexta-feira (15) um evento na escola, onde os alunos participantes apresentaram os protótipos criados com peças de Lego.

 

Energias renováveis é o tema abordado este ano, e uma das exigências é alinhar com as necessidades da comunidade. Com base na temática, a equipe montou um sistema de energia solar para iluminar o comércio e residências do entorno da escola.

 

A notícia de ser a única escola do Nordeste a participar da competição movimentou toda a comunidade escolar. Segundo a gestora Graça Suely Oliveira, os professores de imediato montaram uma equipe que atendesse ao perfil exigido no edital.

 

“Energia renovável é um tema bastante atual, criamos uma equipe de apoio para que todos os alunos tivessem acesso ao projeto que o grupo estava desenvolvendo. São vários eixos de aprendizagem com esse processo, a linguagem de robótica, sustentabilidade, motivação e eles estão radiantes de poder participar desse projeto”, contou.

 

O professor Antônio Fernando Bulcão falou sobre a importância da iniciativa. “Por meio dela a gente faz a inserção da Robótica ao currículo escolar, que promove novos olhares em relação à Engenharia e observação da comunidade. Muitas crianças não tinham contato com o Lego e estão adorando a experiência, desenvolvendo habilidades que antes não eram percebidas na sala de aula convencional”, explicou o professor de Artes.

 

A etapa final do programa First Lego será disputada no Canadá, e a equipe soteropolitana está confiante na classificação. Enquanto isso, os alunos estão aprimorando o projeto.

 

“Criamos uma fonte de energia que conecta com led e sensor de movimento, gostei muito de fazer, o professor nos orientou e não tive dificuldade. Estou torcendo para que nosso projeto seja classificado”, disse o estudante Leandro Levy Santana.

Justiça determina que governo federal adote medidas para enfrentar falta de água potável e estiagem no Nordeste
Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

A Justiça Federal em Alagoas decidiu que o governo federal adote as medidas necessárias para viabilizar a imediata descentralização de recursos financeiros para combater a estiagem e seca na região do Semiárido Nordestino e norte de Minas Gerais e do Espírito Santo com o fornecimento ininterrupto de água potável pela Operação Carro Pipa (OCP) aos moradores locais vulneráveis.

 

O resultado, proferido na última terça-feira (22), é de ação civil pública da Defensoria Pública da União (DPU), que pediu em dezembro do ano passado que o governo adotasse medidas para restabelecer o programa emergencial de distribuição de água na região. A ação foi tomada após respostas do Ministério da Economia e do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) a uma recomendação da DPU, emitida em novembro, para que houvesse o imediato restabelecimento da operação.

 

Na sentença, o juiz federal Raimundo Alves de Campos Jr. determinou também o pagamento de R$ 2 milhões em danos morais coletivos, que serão revertidos a um fundo para construção de cisternas para a população local e que o governo envie proposta orçamentária ao poder legislativo que garanta a plena execução da operação, respeitando a manifestação técnica do Ministério de Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), atual responsável pela OCP. 

 

“Sem a menor sombra de dúvidas, a privação coletiva do acesso à água potável causa imensurável repugnância e indignação na comunidade atingida. E isso por se tratar do bem mais precioso para a manutenção da vida”, afirmou Campos Jr. O juiz também ressaltou que é inconcebível que, em tempos de tantos recursos e avanços tecnológicos, que ainda haja pessoas morrendo de sede.

 

“É inimaginável que ações dessa natureza ainda tenham que ser levadas ao judiciário para viabilizar o mínimo de dignidade às pessoas pobres”, comentou o defensor regional de direitos humanos em Alagoas, Diego Bruno Martins Alves, autor da ACP. Para o defensor, a decisão é de extrema relevância. 

 

“É intolerável que o poder público, por falhas administrativas e omissão renitente, deixe de garantir a transferência de verbas para continuidade do fornecimento de água potável às pessoas vulneráveis do nordeste brasileiro”, completou.

 

SEM ÁGUA

A interrupção da política pública vem prejudicando a sobrevivência de milhares de pessoas vulneráveis e residentes nos municípios alcançados pela calamidade pública. Conforme dados divulgados no Portal da OCP, em novembro de 2022 a suspensão afetou diretamente 425 municípios no Nordeste, prejudicando a subsistência de mais de 1,6 milhão de pessoas da zona rural e em áreas de seca.

 

Segundo o levantamento, são:

 

  • 37 municípios em Alagoas (mais de 148 mil pessoas);

  • 159 na Paraíba (272.990 pessoas);

  • 105 em Pernambuco (529.660 pessoas);

  • 34 no Ceará (147.085 pessoas);

  • 24 na Bahia (398.723 pessoas);

  • 45 no Rio Grande do Norte (61.080 pessoas);

  • 13 no Piauí (41.640 pessoas);

  • 8 em Sergipe (29.260 pessoas).

Bahia despenca 4 posições e ocupa último lugar do Nordeste em Ranking de Competitividade de Estados
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

A Bahia ocupou o último lugar em relação ao Nordeste no Ranking de Competitividade de Estados deste ano, perdendo quatro posições em relação ao levantamento realizado no ano passado. O estado registrou uma piora em seis dos 10 pilares analisados pela pesquisa, dentro os quatro que restaram, dois permaneceram inalterados e os dois restantes apresentaram melhoras.

 

O ranking leva em consideração 10 pilares considerados fundamentais para a gestão pública: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.

 

Em relação a comparação nacional, as categorias pioraram sua classificação no ranking foram: Eficiência da Máquina Pública (11º), perda de 5 posições; Inovação (19º), queda de 4 colocações; Infraestrutura (20º), recuo de 4 lugares; Sustentabilidade Ambiental (21º), que também caiu 4 colocações; Potencial de Mercado (26º), perda de uma posição e, a principal queda; Capital Humano (27º), que despencou 17 lugares.

 

Os dois que não registraram uma piora nem uma melhora foram Segurança Pública (23º) e Solidez Fiscal (4º). Os pilares que tiveram uma melhor avaliação em relação ao levantamento de 2022 foram Educação (22º), que cresceu 2 posições, e Sustentabilidade Social (19º), que também subiu 2 colocações.

 

No âmbito nacional, a Bahia recuou sete lugares no Nordeste no Ranking de Competitividade de Estados, indo para 24º lugar.

 

No levantamento do ano passado, os baianos subiram uma posição em comparação a 2021, estando entre os três estados nordestinos que melhoraram sua colocação na classificação.

 

Entre os destaques negativos da Bahia se destacam o Potencial de Mercado (25º), Educação (24º) e Segurança Pública (23º). Além disso, na época, o levantamento apontou as questões de Sustentabilidade Social e Ambiental como algo a ser chamado atenção no estado (relembre aqui).

 

METODOLOGIA DO RANKING

A metodologia do ranking foi elaborada a partir de amplo estudo de um índice internacional e de literatura acadêmica especializada sobre o assunto. Além disso, são levados em consideração 86 indicadores de abrangência nacional e atualização periódica. A construção do ranking contou com duas etapas: Tratamento de dados e ponderação dos indicadores e pilares.

 

Confira o peso dos Pilares: 

  1. Segurança Pública: (13,3%)
  2. Infraestrutura: (12,5%)
  3. Sustentabilidade Social: (12,0%)
  4. Solidez Fiscal: (11,5%)
  5. Educação: (11,4%)
  6. Sustentabilidade Ambiental: (8,8%)
  7. Eficiência da Máquina Pública: (8,2%)
  8. Capital Humano: (8,1%)

 

De acordo com os organizadores, o ranking possui 4 aplicações latentes:

  • É uma ferramenta de avaliação da Administração Pública;
  • É um sistema de incentivo para os líderes públicos;
  • É uma ferramenta de diagnóstico e de auxílio na escolha das prioridades;
  • É uma ferramenta de promoção de boas práticas.
Pouca chuva e tempo seco; confira efeitos do El Niño na Bahia em agosto
Foto: Secom / PMS

Apesar de agosto ter começado com chuva em alguns pontos da Bahia, essa não deve ser a tônica do mês. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com a influência do fenômeno climático El Niño, a tendência é de que na região Nordeste as precipitações fiquem próximas ou abaixo da média histórica.

 

De acordo com o instituto, para a região Oeste da Bahia e partes de Maranhão e Piauí, norte e no interior da região Nordeste, não há previsão de chuva, prevalecendo o tempo seco até a próxima semana.

 

A previsão do Inmet indica também baixos acumulados de chuva, podendo ultrapassar 30 mm em áreas do litoral da costa leste da região, onde fica Salvador, nesta e na próxima semana.

 

Nos próximos dias, a temperatura na capital baiana deve variar entre mínima de 21°C e máxima de 28°C.

Crédito do BNDES para agricultura familiar aumenta no Norte e Nordeste
Contag / Divulgação

O crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o total separado pelo banco para investimento no Norte e Nordeste do Brasil, obteve  crescimento de 277% em 2023, comparado com relação a 2022. Serão R$ 1,2 bilhão destinados a pequenos agricultores das duas regiões em 2023, segundo dados do BNDES.
 

"Estamos colocando recursos próprios no Plano Safra deste ano com uma taxa de juros extremamente competitiva. Esse setor tem uma responsabilidade decisiva. Pelo menos 1/4 do crescimento da economia hoje vem, direta ou indiretamente, do campo brasileiro, que pode produzir cada vez mais sem desmatar, preservando e mostrando ao mundo que, além de eficiente e moderna, temos uma agricultura que contribui para combater o efeito estufa", diz Aloizio Mercadante, presidente do BDNES.
 

O acesso aos recursos será realizado, de forma prioritária, por cooperativas de crédito. Elas vão atuar como parceiras para fazer os recursos do BNDES chegarem de modo mais facilitado para os agricultores familiares dessas regiões.
 

PROTAGONISMO  

 

A agricultura familiar passou a ter protagonismo geal nas linhas de crédito oferecidas pelo BNDES. De um valor de R? 5,7 bilhões oferecido no período 2022/2023, o banco ampliou em 103% o crédito disponível para 2023/2024 na vertente da agricultura familiar. Serão R? 11,6 bilhões.
 

O banco também separou R? 14,8 bilhões para a agricultura empresarial, um crescimento e 33% em relação ao ano passado. Levando em conta todas as linhas, inclusive as que envolvem recursos livres, o BNDES separou R? 38,4 bilhões em linhas de crédito para a atual safra, um valor 55% superior ao do ano passado.
 

SEMIÁRIDO 

 

Adicionalmente, em seu balanço de seis meses de gestão, o BNDES ressaltou que aprovou junto ao Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola da ONU (FIDA) um apoio não reembolsável que pode chegar a R? 1 bilhão para que 250 mil famílias de agricultores familiares do semiárido nordestino recebam investimentos em práticas agrícolas e segurança hídrica.
 

O projeto, batizado de “Semeando Resiliência Climática em Comunidades Rurais do Nordeste”, pretende aumentar a segurança alimentar e promover a mitigação e adaptação aos efeitos das mudanças climáticas na região. A previsão é de que sejam impactadas cerca de um milhão de pessoas, das quais 40% serão mulheres e 50% jovens, numa área de cerca de 84 mil hectares.
 

RECORDE 

 

O Governo Federal anunciou valores recordes e inéditos para o Plano Safra. Na agricultura familiar, serão R? 71,6 bilhões ao crédito rural, volume 34% superior ao anunciado na safra passada. Ao todo, quando somadas outras ações anunciadas para a agricultura familiar, como assistência técnica e extensão rural e Política de Garantia de Preços Mínimos, o volume chega a R? 77,7 bilhões.
 

Entre as medidas, a redução da taxa de juros, de 5% para 4% ao ano, para quem produzir alimentos, como arroz, feijão, mandioca, tomate, leite, ovos, por exemplo. O objetivo é contribuir com a segurança alimentar do país, ao estimular a produção de alimentos essenciais para as famílias brasileiras. As alíquotas do Proagro Mais — o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária — vão cair 50% para a produção de alimentos.

Com participação da Bahia, conselho da Sudene aprova Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste
Foto: Douglas Fagner / Divulgação

O Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) se reuniu, nesta segunda-feira (10), em Recife, e aprovou o Plano Regional de Desenvolvimento dos anos de 2024 a 2027. O Plano define as ações, estratégias, iniciativas, eixos e programas que devem ser prioridades nos próximos quatro anos no Nordeste. 

 

O 31º encontro do conselho serviu ainda para discutir outras pautas estratégicas para a região nordestina, a exemplo da comissão que define as diretrizes e prioridades do Fundo Constitucional - FNE, em atividade neste ano.  

 

Na ocasião, o novo superintendente da Sudene, Danilo Cabral, que tomou posse na autarquia vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, que integra o Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal, explicou que o PRDNE conta com 19 programas, 112 projetos estruturantes, 90 ações estratégicas e 23 ministérios parceiros.  

 

Segundo o superintendente, a carteira de projetos do plano elenca ações prioritárias apontadas por cada estado da área de abrangência da Sudene, a exemplo da proposta de ampliação e universalização de acesso à água, reestruturação de portos; Hub do Hidrogênio Verde, construção de distrito industrial para atração de empresas, ampliação da geração e distribuição de energia solar, duplicação de BRs e outras. 

 

O secretário estadual do Planejamento da Bahia, Cláudio Peixoto, esteve presente no evento, representando o governador Jerônimo Rodrigues. O líder da pasta destacou a importância do Conselho para o fortalecimento das ações que visam o desenvolvimento sustentável na região Nordeste, e a importância de compatibilizar a visão de futuro expressa nos Planos Plurianuais estaduais, que estão em fase elaboração, com o Plano de Desenvolvimento do Nordeste.  

 

“Sob a liderança do governador Jerônimo, estamos comprometidos no Governo da Bahia com a superação das desigualdades regionais, buscando sempre soluções inovadoras e alinhadas com as demandas e necessidades, especialmente, dos que mais precisam da atenção do poder público. Com planejamento, gestão estratégica e políticas públicas efetivas, conseguiremos construir um Nordeste ainda mais forte, próspero e inclusivo”, defende o secretário.  

 

PROJETOS BAIANOS

 

Entre os projetos estruturantes da Bahia selecionados para integrar o Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (2024-2027) nas áreas de infraestrutura, desenvolvimento produtivo, educação e desenvolvimento social, alguns merecem destaque: requalificação da malha ferroviária (Ferrovia de Integração Oeste-Leste e Ferrovia Centro Atlântica), duplicação e restauração da BR-242 (Trecho Barreiras/Luís Eduardo Magalhães), implantação do Porto Sul, extensão do Metrô de Salvador e Lauro de Freitas, Programa Bolsa Presença, expansão do Cinturão Digital do Nordeste (Projeto Rede Troncal), Canal do Sertão e implantação de barragens (Morrinhos, Rio da Caixa e do Sincorá). 

 

Estiveram presentes na reunião do Conselho Deliberativo da Sudene diversas autoridades, como Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional; Priscila Krause (vice-governadora de PE); Fátima Bezerra (governadora do RN); Elmano de Freitas (governador do CE); João Azevedo (governador da PB); Themístocles Filho (vice-governador do PI); Ronaldo Lessa (vice-governador de AL); Paulo Câmara (presidente do BNB); André Sampaio (representante da Confederação Nacional de Municípios); José Álvares Vieira (representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil - CNA); Raimundo Lopes Júnior (representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria - CNTI); Júlio Pinheiro (representante da Associação Brasileira de Municípios - ABM). 

Norte e Nordeste têm alta de mortes por hepatite crônica viral, diz estudo
Foto: Reprodução/Agência Brasil

Entre os anos de 2001 e 2020, as regiões Norte e Nordeste do Brasil tiveram um aumento de 6% e 5%, respectivamente, no índice de mortalidade por hepatite crônica viral. Os dados são de um estudo divulgado nesta segunda-feira (3) pela Universidade Tiradentes (Unit), de Aracaju, que lançou mão de dados públicos dos últimos 20 anos sobre a doença.

 

A hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser aguda ou crônica; além de curável ou fulminante. Em nosso país, nas últimas duas décadas, foram registradas 49.831 mortes em decorrência desta condição de saúde.

 

À CNN, a cirurgiã do aparelho digestivo Sonia Oliveira Lima, que orientou a pesquisa, afirmou haver algumas causas para o aumento de óbitos no Norte e Nordeste. “Uma das explicações é que melhorou a notificação, que passou a ser obrigatória”, disse.

 

Além disso, a transmissão é outra questão importante. “A hepatite A, por exemplo, tem transmissão fecal-oral, e depende de saneamento básico, higiene pessoal, uso de descartáveis.”

 

No caso das hepatites B, C e D, a transmissão é por sangue ou esperma. “A cobertura vacinal nessas regiões é insuficiente, e o diagnóstico é simples, mas o exame precisa ser solicitado”, completou.

 

Somente a região Sudeste teve tendência de redução das mortes por hepatite no período pesquisado. “O restante apresentou um número estacionário, sem aumento ou redução, o que é muito grave”, afirmou a médica.

 

De acordo com a profissional, é preciso uma melhor comunicação para que a informação sobre a doença chegue até as pessoas, assim como incentivo à vacinação.

Rendimento médio subiu em 2022, mas Nordeste ainda é a região com menor renda per capita
Foto: Marcello Casal / Agência Brasil

A concessão de um valor maior do Auxílio Brasil a milhões de beneficiários e a retomada da ocupação de vagas no mercado de trabalho permitiram a elevação do rendimento médio mensal da população brasileira. É o que mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2022, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

Segundo o IBGE, em 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita teve alta em 2022 de 6,9% em comparação com o ano anterior, e chegou a R$ 1.586, contra os R$ 1.484 de 2021, o menor valor da série histórica, iniciada em 2012. A pesquisa mostra que a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% em relação a 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões.

 

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Apesar de uma melhoria acima da média nacional entre os anos de 2021 e 2022, a Região Nordeste segue como a que possui o menor rendimento médio mensal domiciliar per capita no país (R$1.011). Em 2021, a região Nordeste também possuía a menor renda per capita, na faixa de R$ 929. O Nordeste teve crescimento de quase 10% no rendimento médio mensal, enquanto a região Norte cresceu 16,5%, o Centro-Oeste 11%, a região Sul 6%, e o Sudeste, 5%.

 

A Pnad Contínua do IBGE mostrou também que o peso do então programa Auxílio Brasil foi maior nas regiões Norte e Nordeste em 2022. Enquanto no país o Auxílio Brasil e outros benefícios chegavam a 4,6% da renda total, essa linha alcançava 9,8% no Nordeste e 7,2% no Norte, devido à contribuição dos programas sociais ao orçamento das famílias.

 

O IBGE demonstrou também que a região Norte tem menos pessoas com algum tipo de rendimento. Em 2022 foram estimados 214,2 milhões habitantes no País e 134,1 milhões com algum tipo de rendimento, ou 62,6% da população total. Na região Norte, essa proporção cai para 55,9%. No Nordeste a proporção é de 59% com algum tipo de rendimento; no Centro-Oeste, 62,6%; no Sudeste, 64,8%; e no Sul, 67%.

Presidente do Lide Bahia afirma que Sudeste também deve se preocupar com desenvolvimento do Norte-Nordeste
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

O presidente do Grupo Líderes Empresariais da Bahia (Lide Bahia), Mário Dantas, avaliou que o desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste também deveria ser de preocupação do eixo Sudeste. Em entrevista ao Bahia Notícias nesta sexta-feira (10), Dantas afirmou que o desenvolvimento do Norte e Nordeste nas exportações traria benefícios para todo Brasil, em diversos setores diferentes.

 

“A gente defende que o desenvolvimento do Nordeste seja focado em vocações e a vocação do estado da Bahia é muito natural. O desenvolvimento do Norte e Nordeste é muito bom para o Brasil como um todo, a gente tem que pensar, inclusive as lideranças do Sul e do Sudeste, tem que pensar no nosso desenvolvimento regional para que haja um retenção de pessoas e diminua o desemprego, o que acaba gerando muita violência”, disse Dantas.

 

O presidente do Lide Bahia promoveu evento nesta sexta com a presença do presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex), Jorge Viana. O objetivo do encontro foi, justamente, discutir como o governo brasileiro pode ajudar no desenvolvimento das exportações na Bahia.

Bahia lidera abertura de empresas no Nordeste durante o mês de novembro
Foto: Marcello Casal Jr. / EBC

Bahia liderou o maior número de nascimentos de empresas na Região Nordeste durante o mês de novembro de 2022, com a abertura de 13.548 novas companhias no período. No cenário nacional, o número chegou a 279.363 empreendimentos, uma queda de 13,9% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, segundo o Indicador de Nascimento de Empresas da Serasa Experian.

 

A maior parte dos negócios surgiram na região Sudeste (50,3%), depois Sul (18,7%), Nordeste (16,9%), Centro-Oeste (9,1%) e Norte (5%). Na distribuição por Unidades Federativas, três estados do Sudeste aparecem no topo do índice: São Paulo (82.275), Minas Gerais (29.305) e Rio de Janeiro (22.924). No cenário nacional, a Bahia ocupou o 7º lugar.

 

 

O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, avaliou que “com mais oportunidades de emprego no mercado, o movimento que devemos observar daqui pra frente é de um empreendedorismo motivado principalmente pelo sonho de se tornar dono do próprio negócio, daqueles que buscam mais liberdade e autonomia”.

 

Ainda segundo o indicador, a maior parte das companhias foi registrada como Microempreendedores Individuais (MEIs) (73,5%), seguidas por Sociedades Limitadas (19,2%), Empresas Individuais (5%) e Demais (2,3%). Em relação ao setor de atuação, foi o de “Serviços” que registrou o maior número de aberturas (195.825)

Pri Pena é convidada para evento do projeto Lenita Brasil
Foto: Reprodução/Instagram

A digital influencer, modelo e atriz Pri Pena foi convidada para participar do projeto Lenita Brasil, criada pela marca nordestina Lenita.

 

Com o propósito de expandir a ação, a Lenita promoveu um evento para reunir mulheres que representam a marca para, dessa forma, levar os seus produtos para todo o Brasil.

 

O primeiro encontro foi realizado no Rio de Janeiro, na terça-feira (12), no Hotel Fairmont. No local, houve um almoço especial com as convidadas de várias estados do Nordeste. O evento só termina nesta quarta-feira (13).

 

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Muy Massa começa a atender em Soft Opening em Salvador
Foto: Reprodução/Instagram

Depois de dois anos atuando no segmento da comida italiana nos principais aplicativos que oferecem delivery, o Muy Massa, que é sucesso no Nordeste, está abrindo as portas para o público de Salvador poder degustar o que há de melhor da cozinha da Itália.

 

Localizado na rua Carlos Almirante Paraguassu de Sá, número 36, no bairro da Pituba, o restaurante está atendendo em soft opening e apenas por reservas, do dia 16 a 19 de fevereiro.

 

Em breve seus pratos mais especiais estão presentes no local. Para fazer a reserva, basta entrar em contato com o número (71) 99396-9028.

 

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Paredes das casas do Nordeste de Amaralina serão tela de exibição digital
Foto: Divulgação

O bairro do Nordeste de Amaralina, localizado na periferia de Salvador, será palco da primeira edição do festival de pagode baiano, o “Festival Mete Dança Digital”, que vai acontecer nesta terça-feira (15). O evento reúne artes visuais e pagode baiano através da tecnologia de vídeo mapping, projetando vídeos em objetos e superfícies irregulares.

 

O idealizador do projeto, Ismael Fagundes, explica que o festival utiliza a linguagem do mapping para tornar a arte acessível aos moradores da periferia. " Eu passei algum tempo pensando em um projeto que fosse híbrido. O Mete Dança é uma proposta digital, mas que acontece sob o olhar do público respeitando o distanciamento social. A ideia é não deixar de fora parte da população que não tem acesso à internet” afirma.

 

O horário do show de imagens não foi divulgado visando evitar aglomerações.

 

Festivais 'No Ar Coquetel Molotov' e 'Rec-Beat' anunciam edições online
Foto: Divulgação / Ariel Martini

Dois dos principais festivais de música independente do Nordeste, o "No Ar Coquetel Molotov" e o "Rec-Beat", ambos de Recife, anunciaram a realização de suas edições no formato online, em decorrência da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

 

E um deles já começa na próxima semana. Isso porque o "No Ar Coquetel Molotov" divulgou a programação completa do evento, que acontece entre segunda-feira (11) e 23 de janeiro. Serão feitos shows, oficinas, mentorias, debates e outras atividades.

 

Dentre os nomes que vão fazer parte da line-up do evento estão Jhonny Hooker, Jup do Bairro, Alessandra Leão, Ava Rocha, Lia de Itamaracá, Boogarins, MC Tha, Tuyo, Papisa, Martins e Siba Carvalho. Esta é a 17ª edição do Coquetel Molotov.

 

Já o Rec-Beat, que costumeiramente acontece durante o carnaval da capital pernambucana, vai dar continuidade à tradição e no dia 14 de fevereiro vai transmitir os shows de artistas convidados pelo canal oficial do festival YouTube. A grade ainda não foi divulgada, mas incluirá também workshops e debates. A proposta deste ano, segundo a organização, será fazer um link entre São Paulo e Recife.

'Eva' foi a música mais tocada em shows do Nordeste na última década
Ivete na despedida da EVA, onde emplacou o hit de mesmo nome | Foto: TV Bahia

Três canções com raízes baianas figuram no "top 10" de canções mais tocadas na última década em shows na região Nordeste, segundo ranking elaborado pelo Ecad. Sucesso nos carnavais baianos e composta por Marcos Ficarelli, Giancarlo Bigazzi e Umberto Tozzi, "Eva" foi a protagonista, ficando como a primeira colocada da lista.

 

Com seus versos que falam sobre botões antiatômicos e uma realidade apocalíptica, "Eva" tem 36 gravações cadastradas no banco de dados do Ecad. Na lista de intérpretes, constam um total de 66 artistas, entre eles Ivete Sangalo, Manno Góes, Durval Lelys, Luiz Caldas, Solange Almeida, Alex Cohen, Ricardo Chaves e Saulo Fernandes.

 

Na segunda posição vem o hit sertanejo dançante "Balada", escrito pelo cantor e compositor feirense Cassio Sampaio e sucesso nas rádios na voz de Gusttavo Lima. 

 

Para completar a seleção das três mais tocadas, "Ai se eu te pego", conhecida nacionalmente após ser gravada por Michel Teló e que tem a participação do também feirense Antônio Diggs e da baiana Sharon Acioly na composição, vem logo em seguida.

 

De acordo com o levantamento do escritório responsável pela arrecadação e distribuição dos direitos autorais das músicas aos seus autores, o Ecad, faixas como "País Tropical", de Jorge Ben Jor e "Não Quero Dinheiro", de Tim Maia, aparecem como na quarta e na quinta posição, respectivamente.

 

Confira a lista completa das vinte mais tocadas do Nordeste segundo o órgão de gestão compartilhada dos direitos autorais:


Foto: Reprodução / Ecad

'Expedição Nordeste': Série documental que explora a região estreia na TV
Foto: Divulgação

Formado por nove estados e equivalente a quase 19% do território brasileiro, o Nordeste é o cenário de Expedição Nordeste, série em formato documental assinada pela produtora baiana Têm Dendê Produções. O primeiro episódio estreia no Smithsonian Channel no próximo sábado (21), às 18h. Os demais capítulos irão ao ar às quartas e sábados, no mesmo horário.

 

No programa, os irmãos Tauã e Caiã Cordel, líderes da banda Tribo Cordel, partem em uma viagem no melhor estilo road movie pelo terceiro maior território do Brasil e, em meio a descobertas e aventuras, destacam a cultura, a identidade e as belas paisagens dos estados nordestinos.

 

No primeiro episódio, a dupla parte do Recife em direção a São Luís do Maranhão. Após uma breve passagem pela capital maranhense, os irmãos se separam. Um conhecerá a praia das Fronhas Maranhenses e outro vivenciará a festa Divino Espírito Santo, em Alcântara. No final, ambos se encontram e compartilham experiências. Nos demais capítulos, Tauã e Caiã visitam Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe e Bahia.

 

A série surgiu do desejo de mostrar o Nordeste a partir de uma aventura e do olhar dos moradores de cada canto da região. “A inspiração para criar Expedição Nordeste veio durante uma viagem pelo Ceará, Rio Grande do Norte e Maranhão. Foi nessa viagem que tive a ideia de criar uma jornada que mostraria a aventura de dois jovens buscando conhecer o Brasil de verdade, partindo dessa região tão rica e importante histórica e culturalmente”, explica Vânia Lima, idealizadora da produção e diretora da Têm Dendê. 

 

Sem deixar a música de lado, os irmãos Caiã e Tauã Cordel aceitaram o convite da produtora e decidiram embarcar nessa viagem pelo território nordestino. “É uma experiência muito nova e diferente para nós. O estilo da viagem é muito diferente de todas que já fizemos. Mas o desafio tem valido a pena e nossa expedição terá muita aventura, histórias e paisagens lindas”, avisa Tauã.

 

Companheiro de viagem de Tauã, Caiã está cercado de expectativas com o alcance do projeto. “Eu e meu irmão somos músicos e essa experiência com o “Expedição” tem sido muito legal. Por ser uma coisa que eu nunca fiz, é tudo novo para mim. É uma caixinha de surpresa e a gente não sabe nada do que vai acontecer. Estamos com um misto de ansiedade e nervosismo, e tem sido muito gratificante estar à frente do Expedição Nordeste", diz empolgado. 

Nordeste lidera ranking de leitura no Brasil; Salvador ocupa 9ª colocação entre capitais
VI Parada do Livro, em Salvador | Foto: Divulgação

Contrariando o senso comum e os preconceitos, o Nordeste se destacou em ranking de leitura no Brasil. De acordo com dados da 5ª edição da pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada pela revista Veja, a região concentra cinco entre as 10 capitais  que mais leram em 2019. 

 

Segundo o levantamento do Instituto pró-livro João Pessoa (PB) é a campeã, com 64% da população considerada leitora. O segundo lugar ficou com Curitiba (PR), com 63%; seguido de Manaus (AM), 62%; 
Belém (PA), 61%; São Paulo (SP), 60%; Teresina (PI), 59%; São Luís (MA), 59%; Aracaju (SE), 58%; Salvador (BA), 57%; e Florianópolis (SC), 56%.

 

Mas não só o estigma regional foi quebrado, os dados também contrariam preconceitos sociais, mostrando que no Brasil a classe C, sozinha, representa 49% dos leitores, contra apenas 4% dos mais ricos. Os números contradizem ainda o ministro Paulo Guedes, que propôs tributar o mercado editorial, ao considerar os livros artigo de luxo, que são consumidos apenas pela classe dominante (clique aqui e saiba mais).

 

A análise da revista pondera, entretanto, que apesar da representatividade baixa da classe rica em comparação aos mais pobres, não quer dizer que ela leia pouco, mas se dá pelo fato da classe A ser minoria em números absolutos. Apesar de ter havido uma queda de 2015 para 2019, 67% da classe A declarou-se leitora, contra 63%, 53% e 38% nas classes B, C e D/E, respectivamente.

 

Para realizar a pesquisa foram consultadas mais de 8 mil pessoas em todos os estados brasileiros, entre outubro de 2019 e janeiro de 2020. Foram considerados leitores aqueles que leram ao menos um livro nos três meses que antecederam o levantamento.


Veja o ranking das capitais com mais leitores no Brasil:
João Pessoa (64%)
Curitiba (63%)
Manaus (62%)
Belém (61%)
São Paulo (60%)
Teresina (59%)
São Luís (59%)
Aracaju (58%)
Salvador (57%)
Florianópolis (56%)
Vitória (55%)
Fortaleza (54%)
Belo Horizonte (53%)
Porto Alegre (52%)
Recife (52%)
Cuiabá (52%)
Palmas (52%)
Macapá (51%)
Porto Velho (51%)
Rio Branco (49%)
Natal (48%)
Rio de Janeiro (47%)
Goiânia (42%)
Maceió (37%)
Campo Grande (26%)
Boa Vista (em apuração)

Sexta edição do NordesteLAB reúne setor audiovisual em ambiente de negócios
Foto: Divulgação

Teve início nesta terça-feira (3) a sexta edição do NordesteLAB. Consolidado como espaço de negócios para o mercado audiovisual das regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste, o evento funciona como uma plataforma de articulação e fomento do setor conecta agentes e promove atividades para profissionais, estudantes e público da área do audiovisual e terá edição totalmente virtual entre os dias 03 e 13 de novembro. 

 

Com o tema RE.EXISTIR, este ano, a plataforma busca se fortalecer enquanto espaço de trocas para criação de novas existências e práticas no audiovisual. “Queremos articular o desenvolvimento do setor audiovisual a partir de três dimensões: econômica, social e cultural, dialogando com as noções de diversidade e sustentabilidade”, explica André Araújo, coordenador geral do NordesteLAB junto com Gabriel Pires. Impacto social, sustentabilidade e diversidade são assuntos transversais a todas as atividades nesta edição. 

 

No período de inscrições para as atividades profissionais, 154 empresas produtoras e 239 profissionais das três regiões enviaram propostas: 698 projetos, maior número da história do evento, pleitearam reuniões com 42 players nacionais e internacionais, como Amazon, Netflix, HBO, Telecine e Rede Bahia, enquanto 66 obras foram inscritas no laboratório para desenvolvimento de seus projetos. 

 

“Num ambiente de instabilidade das políticas de fomento, em âmbito nacional, é muito bom ver o número de projetos que recebemos e mais ainda os daqui da Bahia. A produção e criação continuam pulsando por aqui e, mesmo com todos os entraves no financiamento para as obras, as empresas produtoras e todos os profissionais continuam acreditando nas forças de suas histórias”, comenta Gabriel Pires, coordenador geral do NordesteLAB. 

 

Ele ressalta o número de projetos baianos: dos inscritos nas rodadas de negócios, 462 projetos são do estado e 395 deles, de Salvador. “Vale também destacar duas empresas, uma de Vitória da Conquista, a Ato 3 Produções, e a Caboré Audiovisual, de Natal (RN), com 11 projetos cada uma, que já foram selecionados para se encontrarem com players, mostrando a força da produção do interior da Bahia e o crescimento de outros estados”, completa.

Fundaj lança prêmio que destina R$ 900 mil para projetos de economia criativa do NE
Foto: Reprodução / Agência Brasil

A Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj) vai lançar na próxima quarta-feira (28) o Prêmio Delmiro Gouveia de Economia Criativa. A iniciativa tem o objetivo de impulsionar a geração de empregos, renda e a diversidade cultural na região Nordeste e vai distribuir R$ 100 mil para cada um dos nove estados nordestinos para projetos de caráter criativo e inovador.

 

Conforme noticiou o Jornal do Commercio, os critérios de premiação levarão em conta, principalmente, o baixo custo e a quantidade de beneficiados. A estimativa é de que, no mínimo, sejam contempladas 90 projetos.

 

As inscrições no Prêmio Delmiro Gouveia serão gratuitas e deverão ser feitas pelo formulário disponibilizado no site da Fundaj até o dia 9 de novembro. Para concorrer como Pessoa Física, o candidato deve ser maior de 18 anos, brasileiro nato ou naturalizado. Enquanto para Pessoa Jurídica, a única restrição é para a natureza governamental, sendo possível que desde instituições privadas a ONGs participem.

 

Além de contemplar artesãos, artistas e coletivos de cultura, o edital vai incluir também diversos outros segmentos da economia criativa. Audiovisual, produtos tecnológicos de interesse cultural, espetáculos de arte, iniciativas relacionadas ao patrimônio material e imaterial estão entre as categorias contempladas.

Mais de 1.570 não têm planos para Lei Aldir Blanc; Nordeste é região com mais projetos
Foto: Irdeb

Encerra, nesta sexta-feira (16), o prazo para que as cidades brasileiras encaminhem ao Ministério do Turismo seus planos de ação para obter recursos da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc. Apesar disto, segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, mais de 1570 municípios ainda não enviaram suas propostas ao governo federal.

 

Segundo dados levantados pela publicação, no panorama regional, o Centro-Oeste é a que possui menos cidades cadastradas, até então, já que 45,22% ainda não enviaram as propostas. O melhor colocado é o Nordeste, com apenas 18,26% não cadastrados. Na região Norte, o número é de 31,51% e Sudeste de 25,84%.

Projeto que evidencia produção de música eletrônica e audiovisual do NE será lançado
Foto: Divulgação

Será lançado neste domingo (9), a partir das 19 horas, com a exibição de cinco filmes produzidos de forma distanciada por artistas nordestinos, o projeto Maremota, voltado para a união entre música eletrônica e audiovisual feitas na região. O evento vai acontecer na plataforma de transmissão de eventos musicais Shotgun.

 

O projeto é fundado pelo DJ e produtor Ryan Nogueira; o músico Gabriel Farias; a curadora, produtora audiovisual e DJ Anti Ribeiro; o ilustrador, DJ e produtor cultural Allan JNTH; e a dupla de designers Zenóbio Almeida e Ygor Matheus. A intenção é evidenciar a produção descentralizada de música eletronica e fortalecer a cena no Nordeste.

 

“Criar essas interconexões na nossa região agora é essencial para mantermos contato e bolarmos planos para estar juntes, seja lá quando a pandemia passar. Estamos aqui, principalmente, para elaborar formas de financiamento para nós, que compomos essa cena na nossa região. Porém, também entendemos que esse processo será longo e estratégico”, afirma o projeto em resposta coletiva ao jornal O Povo.

 

Um processo de curadoria foi realizado no Ceará, Sergipe, Paraíba, Rio Grande do Norte e Pernambuco à procura de artistas para a criação de obras audiovisuais envolvendo música eletrônica, “entendendo as potências da cena que envolve a música eletrônica e que existe aqui de forma muito particular”, ressalta o Maremota. 

 

“Buscamos conversar com artistas que vivessem experiências das dissidências de raça, gênero e sexualidade. Entender a contribuição histórica desses corpos para que estejamos hoje trabalhando nesta cena é fundamental para não perder de vista quem tá na linha de frente e na luta que espaços onde possamos estar juntes sejam criados, se multiplique e prosperem”, complementam.

 

Segundo defendem, “as experiências de pista sempre dialogaram com o audiovisual - agora em distanciamento, esse instrumento é ainda mais necessário”. Cada produção audiovisual reúne até três artistas da música e da imagem em cada estado nordestino. Participaram dos filmes estreantes Trojany e Perigo (CE); Marxine Bardo e JNTH (RN); Libra, Cherolainne e Tiago Lima (PE); Purpura, Lilit e Canynana (PB); e Rô, Dandara e Neto Astério (SE).

 

Para o lançamento, a Maremota destinou 30 ingressos gratuitos voltados para travestis, transmasculines, mulheres trans, homens trans e pessoas não-binárias. É preciso, para entrar nessa lista, entrar em contato com a produtora Anti no Instagram.

 

O valor dos ingressos vendidos será destinado para o pagamento da produção dos artistas envolvidos. Dentre as ações futuras está a intenção em  promover um processo de curadoria semelhante ao primeiro voltado para Alagoas, Bahia, Maranhão e Piauí.

EMA 2019: Pabllo Vittar protesta contra descaso do governo com as manchas de óleo
Foto: Reprodução / Instagram @pabllovittar

Além de conquistar o prêmio de "Melhor Artista Brasileiro" no MTV EMA 2019, Pabllo Vittar aproveitou sua participação no evento internacional para fazer um protesto contra a ineficácia do governo diante do aparecimento das manchas de óleo nas praias do Nordeste (saiba mais aqui). A cantora usou um figurino que remete ao petróleo cru para passar pelo tapete vermelho do EMA.

 

Com styling de João Ribeiro, o vestido de látex é do estilista Rober Dognani.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

AAAAAAAAA @mtvema ????????????????

Uma publicação partilhada por Pabllo Vittar (@pabllovittar) a

 

Realizada na noite desse domingo (3), em Sevilha, na Espanha, esta edição registrou a primeira apresentação da artista brasileira. Na ocasião, Pabllo ainda quebrou a hegemonia da ex-amiga Anitta, que há cinco anos conquistava o prêmio de melhor atração do Brasil, e se tornou a primeira drag queen da história a vencer uma categoria do EMA.

Banco do Nordeste abre edital voltado para inovação em economia criativa e educação
Foto: Divulgação

Com o objetivo de fomentar o desenvolvimento de soluções inovadoras em campos como economia criativa, educação e sustentabilidade, o Banco do Nordeste lançou o Edital Fundeci 01/2019 - Subvenção Econômica para Inovação em Empresas da Região Nordeste e do Norte dos Estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. Podem participar as micro e pequenas empresas sediadas nestas localidades.


O cadastramento e envio de propostas devem ser realizados no Sistema de Gerenciamento de Convênios, até o dia 2 de setembro. As entidades e representantes devem estar previamente habilitados nesse sistema até o dia 28 de agosto.


Por meio da concessão de subvenção econômica a iniciativa pretende aumentar a competitividade das empresas, mediante projetos que tenham como finalidade o desenvolvimento de novos produtos, serviços, processos ou a agregação de novas funcionalidades ou características a produtos, serviços ou processos já existentes.


No campo da Economia Criativa, o edital destaca empresas do setor de jogos eletrônicos que possuam registro de Agente Econômico Brasileiro Independente junto à Ancine. Já as Edtechs, soluções educacionais inovadoras voltadas à personalização do processo de aprendizagem e redução das desigualdades sociais regionais, são destacadas no campo da Educação.


Os demais temas e tecnologias preferenciais são: Agronegócio – Agritech; Biotecnologia; Cidades inteligentes e sustentáveis; Concessão, administração e recuperação de crédito; Economia circular; Energias renováveis; Finanças – Fintechs; Microfinanças e inclusão financeira; Negócios de impacto social; Saúde inteligente – Healthtech; Serviços e processos de gestão para micro e pequenas empresas; Big Data; Biofotônica; Biotecnologia; Blockchain; Fotônica; Inteligência artificial; Internet das Coisas (IoT); Plataformas de marketplace; Tecnologias da informação e comunicação (TICs).


Os recursos para apoio financeiro não reembolsável são oriundos do Fundo de Desenvolvimento Econômico, Científico, Tecnológico e de Inovação (Fundeci).

Com o balanço das ondas e sotaque nordestino, Josyara lança sua ‘Mansa Fúria’
Foto: Natália Arjones

Baiana de Juazeiro, a cantora e compositora Josyara lança, nesta sexta-feira (24), “Mansa Fúria”, seu segundo disco, realizado com apoio do Natura Musical. Em 12 faixas autorais, o novo trabalho da artista remonta os caminhos por onde ela percorreu, desde as margens do Rio São Francisco, passando pelo mar de Salvador, até o caos de São Paulo, cidade onde reside atualmente (clique aqui e saiba mais). Apoiado em fortes bases de violão, instrumento da artista, o disco abre com uma vinheta composta no ano passado, seguida de “Você Perguntou”, na qual ela diz logo a que veio: “Você perguntou por mim / O que é que eu vim fazer na cidade louca / Eu vim cantar / O choro da minha mãe, oh menina / Eu vim chorar”. 

 


Fotos são assinadas por Natália Arjones


A sétima faixa, que batiza o álbum, é uma composição de 10 anos atrás, mas segundo Josyara segue muito atual. “Foi um mistério, porque eu nem lembrava da música e de repente ela está dando todo sentido a um álbum. Ela fala muito dessa questão do vai e vem das pessoas, de sentimento, de perder o chão e continuar insistindo naquilo que você quer”, conta Josyara. “E aí as outras músicas falam um pouco disso também, dessa relação com as pessoas, desse questionamento social. E ela compara todo esse sentimento com o movimento das ondas, com o mar, que eu tenho tanta ligação”, explica a cantora, que em “Temperatura”, uma das canções mais antigas, já brincava com o “balanço d’água” e sua profundidade, decretando que "calor só presta na beira de rio / calor só presta na beira de mar". 


A vontade de persistir, assim como a relação com as águas, está expressa também em “Nanã”, única parceria do disco, composta com a paraense Luê. “Procuro o meu caminho bem na palma de minha mão / Persigo o meu destino, ouço a voz de minha mãe”, diz parte da canção. 

 

Confira o disco "Mansa Fúria":


Faixa a faixa, ela conta sua história, amores, vida, a própria relação com a música, além dos lugares por onde andou: “Tem de tudo, da mais antiga, que é ‘Mansa Fúria’, e tem essa vinheta que eu fiz ano passado, que abre o disco. Tem músicas recentes, de um ano, e músicas um pouco mais antigas, mas que ainda fazem todo o sentido no trabalho”, explica a artista, cuja essência nordestina está impressa em sotaque, melodias e letras, como em “Terra Seca”: “Minhas ideias crescem no árido e hostil terreno das pessoas normais / Assim como crescem as raízes do juazeiro na terra seca procurando o que beber, procurando alimentar suas folhas / Meu pensamento expande como São Francisco na cheia, lambendo a ribeira imunda da moral, dos bons costumes”.


Gravado em maio deste ano em Salvador, “Mança Fúria” tem produção musical assinada por Junix e direção artística da própria Josyara. O novo trabalho da artista, que está disponível nas plataformas digitais, poderá ser conferido de perto em breve. O show de lançamento será em São Paulo, no dia 6 de setembro. Em seguida ela aporta em Salvador, com uma apresentação na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, no dia 25 do mesmo mês. Dentro do edital Natura Musical está previsto ainda um videoclipe. “A gente está começando a pensar em roteiro, mas ainda está no processo de criação”, conta Josyara, revelando que provavelmente as gravações acontecerão em São Paulo, registando alguma outra canção que não a faixa-título. 

‘O óbvio precisa ser dito’: Monique Kessous retorna a Salvador com show existencial
Foto: Divulgação

A cantora e compositora carioca Monique Kessous, que há pouco mais de um ano trouxe a Salvador o show de seu mais recente disco, “Dentro de Mim Cabe um Mundo”, retorna à capital baiana com a nova turnê “S.Ó.S”, em cartaz no Café-Teatro Rubi nesta sexta-feira (10) e sábado (11), às 20h30. “O trabalho novo não é disco, mas pode virar ainda. Acho que vai virar um EP futuramente, não sei ainda em que formato”, revela a artista, em entrevista ao Bahia Notícias. Além de algumas releituras e das músicas inéditas incluídas no repertório – “S.Ó.S.”, “Calmante Anti Sentimental”, “Viada” e “Normal, Aham” –, o que há de diferente neste show é o formato acústico e intimista, no qual Monique sobe ao palco apenas acompanhada pelo irmão e principal parceiro musical, Denny Kessous, ambos tocando violão. “A gente toca algumas músicas já conhecidas de outros trabalhos, algumas versões e músicas novas. Essa ‘S.Ó.S.’, que deu nome ao show e acabou virando ‘S.Ó.S.’ com acento no ‘o’, traz vários aspectos envolvendo esse nome. Ela faz parte de uma trilogia existencial que eu quero continuar e essa é a segunda etapa. A primeira foi com o ‘Dentro de Mim Cabe um Mundo’, meu disco passado”, conta a cantora, explicando que a nova turnê aborda os diversos significados da música-tema.  “Fala sobre isso, de sermos sós, de estarmos ali a sós com o público, falando de uma forma mais íntima e mais próxima. E fala também desse momento de crise, talvez cósmico. Não sei exatamente o que é, mas muitas pessoas se sentem diferentes. Fala de tanta coisa que tem acontecido no mundo, da certa dificuldade de ter otimismo. Fala sobre isso, e no final diz: ‘o vento traz, mas leva a dor embora’, então traz essa mensagem de otimismo também, que eu acho importante”, explica.

 

Confira um trecho de "Viada", uma das novas composições de Monique Kessous:


Depois de cantar sobre quebra de rótulos e tolerância no último trabalho (clique aqui e saiba mais), em seu novo repertório Monique intensifica o discurso do respeito à diversidade, a partir de observações cotidianas. A canção “Normal, Aham”, por exemplo, é uma crítica à exploração animal; enquanto “Viada” aborda o tema da “cura gay”. De acordo com a cantora, as mensagens têm a ver com a crise atual no Brasil e as injustiças que ela enxerga. “É um momento S.O.S. na vida, de precisarmos estar juntos para fazer alguma coisa, uma mudança, e tentar ter otimismo no dia de hoje”, contextualiza. Segundo ela, o apelo serve para discutir a questão dos direitos humanos e para “lutar contra essas pequenas grandes coisas que acontecem e atrapalham a vida das pessoas, principalmente de quem não tem informação e sofre preconceito de uma forma ignorante”. 


E se, por um lado, cresce hoje no país a hostilidade contra os artistas e manifestações culturais – inclusive com o assombro do fantasma da censura –, por outro, Monique Kessous está convicta de que é preciso reagir. “É um momento crucial, a gente tem que se posicionar e ser espelho para quem tiver assistindo, no sentido de inspirar e dizer o que realmente precisa ser dito. Tem muita coisa absurda acontecendo, então acho que os artistas precisam se posicionar sim. O óbvio precisa ser dito, e às vezes uma coisa que a gente acha que é óbvia, ela não é para todo mundo”, avalia a artista, que começou a turnê “S.Ó.S.” no Nordeste, mais precisamente em Fortaleza, e diz estar animada para reencontrar os baianos. “Minha expectativa é máxima, estou super animada e adoro o público de Salvador”, revela a cantora, que no último show realizado na cidade fez uma dobradinha animada com a plateia e chegou a aprender alguns verbetes do “baianês” (clique aqui e relembre). “O pessoal que foi ano passado já se manifestou e disse que vai voltar para curtir junto, pensar junto, e trocar energia”, diz a carioca sobre seu público, que promete cobrar o “dever de casa” e ensinar novas gírias locais.  “Tenho que relembrar tudo!”, brinca Monique.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Monique Kessous – S.Ó.S.
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 10 e 11 de novembro, às 20h30
ONDE: Café-Teatro Rubi – Sheraton da Bahia Hotel – Salvador (BA)
VALOR: Couvert artístico de R$ 70

'Arado': Jovem músico de Valença lança EP colaborativo com som e linguagem nordestina
Aos 19 anos, Rafique Nasser lança seu primeiro EP | Foto: Divulgação

Em uma espécie de caravana colaborativa, o jovem músico Rafique Nasser, de Valença, acaba de lançar seu primeiro EP, que foi batizado de “Arado” e reúne composições autorais inéditas em parcerias com artistas de diversas cidades baianas. Ayam Ubráis Barco e Danilo Ornelas, de Ipiaú; Ismera Rock (Ilhéus); Rao (Itabuna); Petry Lordelo (Cruz das Almas) e Will Marques (Valença) foram os músicos que encararam o desafio do projeto, com a produção de Erahsto Felício, do estúdio Canoa Sonora. Sem ensaios, as cinco canções que compõem o disco - "Na Valença", "Arado", "Dom Bosco", "Nessa Terra" e "Manifesta"  - foram se formando a partir da liberdade musical de cada um. “A gente foi juntando as peças e dando autonomia de arranjos para os músicos. Essas pessoas, numa rede de amizade, se juntaram e fomos gravando em home estúdio, de forma itinerante. As gravações aconteceram em vários lugares: em Valença, em um primeiro momento; depois o som foi captado em Itabuna; o som das guitarras e bateria em Ilhéus e a percussão em Salvador”, relata, sobre o processo de nascimento do EP, que tem forte aproximação com a música nordestina da década de 1970.

 


Parte da banda no primeiro dia de gravação. Da esquerda para direita: Rebeca Vivas (vocal), Erahsto Felício (produtor), Ayam Ubrais Barco (direção de vozes, produção e coro), Ismera Rock (guitarra, violão), Rafique Nasser, Nil Lima (vocal), Taís Carvalho (vocal) e Danilo Ornelas (baixo) | Foto: Divulgação


Aos 19 anos, Rafique, que é filho de barbeiro com uma técnica de enfermagem, teve na família a motivação para seguir o caminho da canção. “Quando era muito pequeno, sempre fui muito ligado com meu avô, que foi radialista e tinha um programa de samba na rádio. Toda vez que ele ia pro programa, dava um alô pra mim. Então eu já ouvia o rádio recebendo toda carga de samba, Noel Rosa, Paulinho da Viola, Nelson Cavaquinho, Adoniran Barbosa, Bezerra da Silva, e eu recebia isso só pra ouvir o anúncio que ele ia me dar no rádio e aí eu comecei a gostar da coisa”, lembra Rafique, que teve os primeiros contatos com os instrumentos musicais nas tradicionais rodas de samba montadas por “seu velho” Gerson Régis. “Uma vez meu avô tinha deixado os instrumentos musicais no fundo do quintal, quando acabou o samba, daí eu e meus primos brincávamos e acabamos formando uma banda, tocando lá com os pandeiros, tamborim, atabaque, o violão. Inclusive, além de mim, um primo e um tio meu foram pra música também. Então acredito que a família tenha um DNA musical, embora não técnico”, conta o jovem.


E foi justamente no violão do primo seresteiro que Rafique iniciou sua jornada. “Aqui tem a cultura de seresta muito grande, o cara pega o violão e vai pro bar pra tomar umas cachaças. E eu ficava de cara no violão dele, pegava. Até que um dia minha mãe trouxe um pra mim, há uns 8 ou 9 anos. Então eu ficava no pé do rádio, ouvindo as canções e tentando tirar de ouvido. Com o tempo fui tomando gosto”, relembra. Este ano, ele acaba de entrar no curso de Jornalismo na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (Ufrb), mas garante que a estrada da música será sempre sua prioridade. “Eu gosto muito de estudar, faço com muito prazer. Entrei em jornalismo também, muito por influência do meu vô. Eu quero fazer tudo, mas a música é sempre a primeira opção. Meu caminho é a música”, declara.  


O resultado do trabalho colaborativo que reuniu artistas de várias partes da Bahia está disponível na internet. Para aqueles que querem conferir ao vivo, o show de estreia será em sua terra natal, Valença, no Centro de Cultura Olívia Barradas, no dia 14 de outubro, às 19h30 (clique aqui para obter mais informações sobre o evento).

 

Confira as faixas do EP "Arado":

Monique Kessous retorna a Salvador com novo show acústico e intimista
Foto: Patrick Sister

Pouco mais de um ano após a última apresentação em Salvador (clique aqui e relembre), a cantora e compositora carioca Monique Kessous retorna à capital baiana com o novo show “S.Ó.S.”, em cartaz nos dias 10 e 11 de novembro, no Café-Teatro Rubi. Na ocasião, público baiano irá conferir o trabalho da artista em um formato acústico e intimista, ancorado apenas em dois violões: um da própria Monique e outro de seu irmão e parceiro musical, Denny Kessous. No repertório, canções inéditas, sucessos de seus três discos, a exemplo de “Coração”, “Frio” e “Eu Sem Você”, além de releituras, como Blackbird, de Paul Mcartney. Os ingressos ainda não estão à venda. Antes de aportar em Salvador, a turnê de Monique Kessous pelo Nordeste passará por Recife (21 de setembro) e Fortaleza (22 e 23 de setembro). 

MinC anuncia investimento de R$ 94 milhões para Norte, Nordeste e Centro-Oeste
Foto: Janine Moraes/Ascom MinC

O ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, anunciou, nesta segunda-feira (7), o investimento do Ministério da Cultura (MinC) e da Agência Nacional do Cinema (Ancine) no valor de R$ 94 milhões, para produtoras e programadoras de conteúdo de televisão nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. O anúncio do investimento, que acontecerá por meio do Fundo Setorial Audiovisual (FSA), foi feito no “I Seminário Descentralização da Produção Audiovisual no Centro-Oeste, Norte e Nordeste”, que aconteceu durante o 27º Cine Ceará, em Fortaleza (CE). "O objetivo é promover o desenvolvimento regional e assegurar os recursos previstos em lei para essas regiões", afirmou o ministro. "É preciso descentralizar o fomento e as políticas para dar conta de toda a diversidade do nosso país. A atividade de criação de propriedade intelectual está presente em todo o Brasil, não há razão para haver concentração", acrescentou, explicando que embora a Lei 11 473/2006 destine 30% dos recursos do FSA a produtoras brasileiras estabelecidas nesta regiões, o percentual não é cumprido. Outros R$ 6 milhões estão previstos para a região Sul e os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e o total de R$ 100 milhões será alocado ainda neste semestre na linha de investimento Prodav 02, da Ancine.

Zelito Miranda defende respeito à tradição no São João e evolução no forró
Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

Criador do “Forró Temperado”, estilo que, em sua essência, valoriza as diversas influências e o “não purismo” da arte, Zelito Miranda defende a tradição da festa junina e não apenas da música, que, para ele, deve evoluir. “Eu acho que a tradição, enquanto festa, enquanto marca São João, deve ser preservada. Agora, enquanto trilha sonora, forró, a música não é estática. Ou os forrozeiros também avançam na sua sonoridade, ou vão ficar numa mesmice de anos”, pondera. Nesta linha, atento às mobilizações dos músicos na campanha “Devolva Meu São João” (clique aqui e saiba mais), o cantor e compositor baiano diz ser simpático ao movimento, mas que discorda do discurso anterior, de “resgate o São João”, por considerar tal expressão equivocada. “O São João não está se afogando. Quem precisa de resgate é quem está sendo afogado. Mas, muito pelo contrário, o São João está vigorado, é a maior festa que nós temos no Brasil hoje, em termos de tudo, movimentação financeira, movimentação artística, é a festa que mais gera emprego e renda”, afirma o músico, destacando, no entanto, a necessidade de empoderar “quem é de direito”, já que, segundo ele, em referência à entrada em massa do Sertanejo nestas festas, há “uma tentativa de se arrancar isto do nordestino”. 

 

Zelito diz que nomes já consolidados, como ele, não sofrem tanto com a “invasão” do estilo musical forasteiro, mas afirma que este fenômeno compromete a renovação da tradição junina. “A gente tem uma galera que está começando e, para que esta festa e esta trilha sonora do São João, que é o forró, seja mantida e revigorada, ela precisa de gente nova”, pontua, atribuindo aos velhos e novos forrozeiros a legitimidade artística e cultural dentro da festa tipicamente nordestina. “Está havendo uma tentativa de massacre mesmo, dos valores juninos. É desconexo”, completa Zelito, lembrando a decepção de um amigo suíço, que faz parte de um grupo de forró no país europeu, ao visitar o interior da Bahia no São João. “Ele foi para uma cidade no interior, não vou dizer o nome pra não criar problema, e quando chegou lá, as atrações principais eram Jorge e Matheus e Luan Santana. Ele saiu de lá de Zurique pra dançar forró e só foi achar no Pelourinho”, contou.

 


Zelito considerou "inconsequente" e condenou a resposta dada por Marília Mendonça a Elba Ramalho sobre a polêmica do sertanejo no São João | Foto: Paulo Victor Nadal / Bahia Notícias

 

Para o artista, o modelo do sertanejo é antigo e “perigosíssimo”. “O formato do sertanejo é invasor. Se você pegar recentemente, aquela cantora que eu nem ouço as músicas dela, aquela mulher é inconsequente”, disse ele, referindo-se a Marília Mendonça. “Ela pode até ter um trabalho legal, eu não conheço realmente, de fato, vi algumas coisas dela ligando no rádio, mas ela é inconsequente. A resposta dela, ‘vai ter sertanejo’, essa arrogância, falar mal de uma pessoa como Elba [Ramalho], é, no mínimo, inconsequente”, reiterou o músico, sobre a polêmica entre Marília e a cantora paraibana (clique aqui e saiba mais).  “Graças a Deus ela [Elba] canta cultura nordestina, forró”, diz Zelito, destacando-a como um dos “astros que brilham no São João”. “Então, nessa discussão entrou Alcymar (clique aqui para lembrar), entrou Santanna, e principalmente os pernambucanos, porque mexeram num território complicado”, acrescentou. 

 

Criticando o formado “industrial” do sertanejo, Zelito Miranda ponderou, no entanto, que a discussão não deve ser levada para o trabalho dos artistas. “Cada um canta o que quer, né? Eu acho que é um direito. Agora, os contratantes estão errados, estão indo pelo vil metal, pela grana. E eles podem destruir uma cena, que é uma das mais fortes que nós temos hoje no Brasil. Hoje, São Paulo está fazendo festa junina, pena que Portugal cancelou, por conta do incêndio, mas o mundo todo tem feito essa festa. Nós temos hoje catalogados 43 festivais de forró na Europa, que vai de Colônia na Alemanha, ao Oxford Forró”, salienta, afirmando que o São João é a única festa que tem indumentária, dança, culinária, e música própria, representando a riqueza cultural de um povo.

 


Zelito recriou o ambiente do 'arraiá' nas dependências do Museu de Arte da Bahia | Foto: Saulo Brandão

 

Dentro deste contexto e contemplando todo esse conjunto, Zelito Miranda realiza, neste domingo (25), no Museu de Arte Moderna da Bahia, mais uma edição itinerante do Forró no Parque. No local, o público poderá curtir o forró do artista em um ambiente que remonta um “arraiá”, com barracas de comidas típicas e ornamentação temática (leia mais aqui).

‘Devolva Meu São João’: Artistas fazem campanha contra sertanejo nas festas juninas
Fotos: Reprodução / Facebook

Artistas têm se mobilizado para reivindicar o respeito às tradições durante as festas juninas no Nordeste, que a cada ano ampliam em sua programação a presença de cantores sertanejos. Para expor o descontentamento com o que consideram uma descaracterização das festas de São João, nomes como Alcymar Monteiro, Chambinho do Acordeon, Flávio Leandro, Targino Gondim e Joquinha Gonzaga aderiram à mobilização e compartilharam a hashtag #DevolvaMeuSãoJoão. “Eu fico contente de a nova geração dar prosseguimento nessa coisa tão fantástica que é a nossa identidade cultural. Eu digo pra você que às vezes eu fico preocupado por conta da força da grana que ergue e destrói coisas belas, como dizia o poeta Caetano Veloso. Às vezes me preocupa que o São João, nossa festa tão tradicional e secular, se transforme numa festa paulista dentro do mês de junho nosso. Então, o empresário, que às vezes está por trás disso tudo, a única coisa que ele se interessa é pelo vil metal. É um direito dele, agora, que me preocupa muito essa coisa de plastificar e trazer uma coisa que não é da nossa tradição, não é da nossa região, pra tomar conta da festa junina, deixada pelos nossos pais, nossos avós. Você que está me vendo, você é jovem, eu respeito a sua opinião, agora, queria apenas que você nos ajudasse a manter essa tradição, porque um povo, uma nação, como é a nação nordestina, só é respeitada por conta das suas tradições, da sua cultura”, discursou o cantor e compositor cearense Santanna, o Cantador. Esta semana, Elba Ramalho também se manifestou contra a invasão do sertanejo em uma das mais importantes festas juninas do país, que é a de Campina Grande (clique aqui e saiba mais). 

 

A campanha ganhou uma música, intitulada "Devolva o meu São João", com composição de Wagner Carvalho. "Santo Antonio, São João e São Pedro/ No meu Nordeste tinha tradição/ Tinha fogueira, rojão, milho assado/ Tinha palhoça, quadrilha e balão/ Toda rua ficava enfeitada/ Toda casa tinha Gonzagão/ 30 dias de chocalho tampado/ São João nunca teve peão/ Esqueceram do meu pé de serra/ Dupla sertaneja não é São João/ Olha pro céu meu amor/ Peço por favor/  Respeite o São João/ Quero ver a sanfona tocando/ Forrozeiro animando/ Xote, forró e baião/ Quero ver a sanfona tocando/ Forrozeiro animando/ Devolva o meu São João", diz a letra. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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