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As principais bandas de concerto da Bahia se reunirão para uma apresentação especial, em homenagem ao feriado de 2 de julho, que marca a independência do estado. O evento, intitulado “33º Encontro de Filarmônicas”, será aberto ao público e acontecerá no Campo Grande, em Salvador, após a cerimônia militar do Fogo Simbólico.
Foto: Divulgação/Funceb
A ocasião contará com seis filarmônicas de várias regiões da Bahia, que executarão o hino tradicional da data, sob regência do maestro Fred Dantas. No dia seguinte, 3 de julho, a celebração seguirá no local, com o “Baile da Independência”, também comandado por Fred.
Confira a programação completa do encontro:
Abertura: Banda de Música da Guarda Civil Municipal - maestro Hamilton Fernando;
Filarmônica ambiental – Camaçari - maestro Cayo Brito;
Filarmônica Ribeirinhos do São Francisco – Xique-Xique - maestro Gerry Andrade;
Filarmônica Guerreiros do Sol – Dias D´Ávila - maestro André Carlos;
Sociedade Filarmônica Lyra Ceciliana – Cachoeira - maestro Jairo dos Santos;
Oficina de Frevos e Dobrados – Salvador (participação especial de Juliana Ribeiro) - maestro Fred Dantas.
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A Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) abriu um novo edital para a seleção que irá definir uma nova administração da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba).
O Aviso de Chamamento Público foi publicado no Diário Oficial do Estado desta terça-feira (19), quatro dias após a renovação do contrato de R$ 13 milhões com a Associação Amigos do Teatro Castro Alves (ATCA), ligada ao maestro Carlos Prazeres, para seguir na administração da Orquestra pelos próximos 12 meses ou até a definição da nova entidade que irá gerir a Osba.
O edital nº 002/2023, com fundamento na Lei Federal 8.647/2003 Decreto 8.890/2004, é direcionado a entidades de direito privado, sem fins lucrativos que tenha pelo menos 02 (dois) anos de existência. O recebimento das propostas terá início no dia 22 de março e vai até o dia 23 de abril.
A entidade que for selecionada pelo edital para gerir a Osba irá firmar um contrato estimado em até R$ 26.000.000,00 (vinte e seis milhões de reais) pelo prazo de 24 meses a partir da assinatura.
Os interessados poderão obter o edital e seus anexos, de forma gratuita, através dos sites: www.cultura.ba.gov.br, www.funceb.ba.gov.br, www.tca.ba.gov.br, www.comprasnet.ba.gov.br, e/ou presencialmente através do endereço Rua Conselheiro Spinola, s/n, Barris, Salvador, sala da Copel.
O processo para a renovação na gestão da Osba acontece desde 2023 e tem gerado polêmica. A disputa teve início com a publicação do edital para seleção de Organização Social responsável pela Gestão dos Serviços de Produção e Divulgação da Música de Concerto da Orquestra.
O resultado da etapa classificatória do edital indicou a proposta do Instituto de Desenvolvimento Social pela Música (IDSM), ligado ao maestro Ricardo Castro, como a única classificada para gerir a Osba.
O resultado do edital tiraria o maestro Carlos Prazeres da regência da Osba, onde esteve à frente por 12 anos, e colocaria na posição o maestro Cláudio Cruz. Porém, após a fase de habilitação jurídico-fiscal e qualificação econômica e financeira, e do parecer final da Comissão Julgadora e emissão do Ato de Homologação, o IDSM foi desclassificado.
De acordo com a Secult em nota enviada ao Bahia Notícias, a desclassificação surgiu devido ao IDSM ter descumprido o item 8 da Seção C do Edital de Seleção nº 01/2023.
O IDSM rebateu a Secult, afirmando que a justificativa diverge de práticas estabelecidas na relação do poder público de vários estados da federação com as Organizações Sociais da área cultural e que a explicação pode “criar um cenário de insegurança jurídica com impactos negativos na gestão de várias instituições".
Com a desclassificação da única organização habilitada para gerir a Osba, a Secult contratou ATCA para gerir a Orquestra por seis meses ou até a conclusão do processo de Seleção Pública Ordinária.
A Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) realiza mais uma edição do Osba Talks nesta quinta-feira (17), com com o tema “Comunicação e Orquestra: novas fronteiras”. A live acontece a partir das 19h, com transmissão no Instagram da Osba.
Na ocasião, a assessora e coordenadora de comunicação da Osba, Aline Valadares, convida Juliana Turano, coordenadora de comunicação da Petrobras Sinfônica para um papo sobre os desafios da área dentro do universo orquestral, sobretudo durante a pandemia.
"Sem romantizar a crise que estamos vivendo na saúde pública, na economia, na sociedade como um todo e na política, acredito que estamos vivendo um momento de explorar todo o potencial deste corpo artístico, formado por músicos e profissionais de diversas áreas de atuação, para lidar com mudanças e, principalmente, adaptações. A Osba tem em seu DNA o gene da inovação e os profissionais envolvidos se permitem experimentar a todo momento", avalia Aline Valadares.
O Museu Geológico da Bahia (MGB) e a Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) apresentam uma live especial do projeto Terças Musicais, na próxima terça-feira (7), com o concerto conduzido pela camerata Opus Lúmen.
O show virtual será transmitido às 16h30, pelo Instagram do MGB. A apresentação vai durar 50 minutos e terá trechos de músicas de cinema, para explorar a conexão entre museu e telona.
Durante a live haverá momentos de interação dos instrumentistas com os internautas. Antes do distanciamento social, toda primeira terça-feira de cada mês, uma camerata da Osba se apresentava no MGB, autarquia ligada a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.
A Neojiba está com vagas abertas e neste ano apresentam algumas mudanças nas inscrições. Elas poderão ser feitas pela internet ou se a pessoa preferir, no próprio Núcleo onde as vagas estão abertas. Dentre as oportunidades estão para o ensino de iniciação musical de crianças e adolescentes e o ensino de diversos instrumentos.
O modelo de inscrição só é diferente para os grupos o (NCN) Núcleo Central Neojiba, onde fica a sede do Programa, no Parque do Queimado, em Salvador. Para esses grupos (do NCN) as inscrições serão feitas exclusivamente online, através de formulários disponibilizados no site do Neojiba.
Caso haja mais interessados do que o número de vagas para os Núcleos Territoriais (Feira de Santana e Vitória da Conquista), haverá sorteio para a definição dos beneficiados. O sorteio será realizado nas dependências do referido Núcleo Territorial, em data a ser divulgada, e poderá ser acompanhado por todos os interessados.
Para outros detalhes sobre o programa, as vagas disponíveis e realizar a pré-inscrição, clique aqui.
Moradores e visitantes de Salvador que passarem pelo Centro Histórico vão poder apreciar, a partir desta quinta-feira (19), o “Concerto Eletrônico de Natal – Paul McCartney a Mozart”. O evento, que vai até o domingo (22), acontece sempre às 19h, na frente do prédio e nas janelas da Faculdade de Medicina do Terreiro de Jesus.
Promovido pela Prefeitura, o espetáculo gratuito foi especialmente preparado pelo maestro Ângelo Rafael e reunirá a Orquestra de Câmara de Salvador (OCSal ), o Coral Ecumênico da Bahia, o solista (voz) Fábio Eça, o DJ Thiago Pugas e o músico Rodolfo Lima, que vai tocar o teremim. O Concerto Eletrônico de Natal terá do eletrônico ao acústico, do popular ao erudito, do instrumental ao vocal.
“Fiz uma provocação ao maestro Ângelo Rafael para que ele explorasse múltiplas sonoridades unindo a OCSal a um DJ. Ele trouxe a ideia de um teremista e, assim, surgiu um concerto com amplo repertório e que vai trazer mais emoção ainda ao belo Natal que está sendo realizado pela Prefeitura de Salvador”, declara Eliana Pedroso, diretora de Gestão do Centro Histórico e responsável pela concepção artística do Pelourinho Dia e Noite.
O maestro Ângelo Rafael revela que a OCSal ainda contará com um “instrumento a mais”: uma guitarra que, na verdade, terá o som emitido pela voz do solista Fábio Eça, que faz parte da Banda de Boca. “O uso de novas sonoridades, mesclando o acústico e o eletrônico, DJ, o teremim e a intercessão da voz com a imitação de instrumentos eletrônicos, traz novas possibilidades sonoras e impacto ao espetáculo", disse.
Além da regência, o maestro assina a direção musical do concerto, que tem arranjos de Alexandre Espinheira, Ataualba Meirelles e Fernando Burgos. A iluminação cênica é de Irma Vidal e a produção de Simone Carrera.
Oficialmente reconhecida como “cidade da música”, Salvador foi e ainda é palco de muitos encontros. O mais recente aconteceu nesse domingo (3), no Parque de Exposições: Gilberto Gil e BaianaSystem tocaram juntos pela primeira vez em meio ao projeto também estreante "Encontros Tropicais".
Cada um teve seu momento solo. Gil iniciou a performance com uma série de hits antigos, como "A Novidade", "Drão" e "Vamos Fugir". Baiana fez o encerramento com uma versão pequena de seu show, que continha "Lucro" e "Capim Guiné", entre outras.
No meio, as duas atrações tocaram principalmente canções do patrono. Como adiantado pelo guitarrista do Baiana, Roberto Barreto, ao Bahia Notícias, as bases do encontro foram o reggae e o ijexá (veja aqui), puxado por canções como “Extra”, de Gil, “Água”, da própria banda, e “Is This Love”, de Bob Marley.
Embora essa reunião tenha sido inédita, shows com destaque para encontros musicais são corriqueiros em solo baiano. Nas proximidades do verão e no Carnaval de Salvador, com os improvisados encontros de trio, isso fica ainda mais evidente.
Então, a fim de relembrar alguns destes momentos que marcaram a história da música baiana, o BN decidiu recorrer a jornalistas, produtores e críticos de música para que elegessem seus exemplos memoráveis. Segue a lista:
1. Orquestra Sinfônica e Filhos de Gandhy - por Nadja Vladi
“Um encontro que me marcou profundamente foi quando a Orquestra Sinfônica da Ufba se encontrou com os Filhos de Gandhy no Teatro Castro Alves. Foi uma coisa muito interessante ver aquela movimentação se dando ali no final dos anos 1980, dessa questão mais erudita, dessa música sinfônica nesse encontro com essa sofisticação rítmica, percussiva dos Filhos de Gandhy, desse ijexá. Acho que foi um dos momentos muito importantes e fundamentais pra música baiana, que gera uma série de intervenções e possibilita que a gente esteja tendo, por exemplo, esses encontros da Osba com BaianaSystem. E isso reverbera na música que está sendo produzida na Bahia na contemporaneidade, que é uma música que está trabalhando com gêneros locais, tradicionais como o ijexá, o pagode, o samba reggae e, ao mesmo tempo, o diálogo com a música eletrônica, os dubs”.
Nadja Vladi é jornalista e professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (Cecult), na Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Ela pesquisa a nova cena de música contemporânea de Salvador.
2. Gilberto Gil e Caetano Veloso - por Luciano Matos
“Tem alguns, mas eu acho que tem um encontro que é bem marcante. Eu não vi, não estava lá, mas gerou um disco interessante, que é o encontro de Gil e Caetano, se despedindo do Brasil pra ir para o exílio por causa da ditadura militar. Eles sempre contaram que fizeram um show marcante no Teatro Castro Alves e isso deixou como registro um disco bem bonito”.
Luciano Matos é jornalista especializado em cobertura do cenário musical baiano e brasileiro, crítico musical e produtor de festas, a exemplo do “Baile Esquema Novo”, festa em que também discoteca como o DJ el Cabong. Atualmente, ele integra o time de curadores do festival Radioca.
3. Aya Bass com Larissa Luz, Xênia França e Luedji Luna - por Carol Morena
“Pra mim, um exemplo é o encontro de Larissa Luz, Luedji e Xênia. Eu vi no Festival Sangue Novo no ano passado e foi um showzão, uma potência danada. Foi interessante porque elas fizeram repertórios individuais, tocaram músicas que elas nunca tinham cantado e a platéia envolvida. Além disso, o encontro reverberou pra além desse show específico, como um novo projeto das três. Teve no Carnaval dois shows, vão tocar agora na abertura do Afropunk em São Paulo. Deu tão certo que está frutificando”.
Carol Morena é produtora e assina a curadoria e coordenação-geral do festival Radioca, que chega a sua quinta edição.
4. O Encontro com Léo Santana, Xanddy e Tony Salles - por Júnior Moreira Bordalo
“Acredito que nos últimos tempos, ‘O Encontro’. É incrível verificar que os três maiores expoentes do pagode feito aqui na Bahia entenderam a lógica do mercado atual e decidiram unir forças. Estamos falando de três atrações que vendem shows pelo país inteiro. Ou seja, não precisam disso. É mais interessante ainda, pois é de conhecimento de qualquer estudioso de música - especialmente o Axé - que o grande problema que desencadeou a crise por aqui foi justamente a falta de união do meio. Os empresários ficaram conhecidos por ‘lutarem apenas pelo seu’, independente do preço que isso tivesse. O resultado são artistas talentosos e atualmente sem grandes êxitos na cena musical e, em alguns casos, com sérios problemas financeiros. Então, é revigorante este projeto. É algo que o sertanejo sabe fazer muito bem e, por isso, virou o maior do Brasil.
Júnior Moreira Bordalo é jornalista, ator e especializado em cobertura de celebridades. Como repórter de Holofote no Bahia Notícias, circula pelas principais festas de Salvador e acompanha os bastidores da música popular baiana.
O soteropolitano Daniel Boaventura retorna a Salvador no mês que vem para duas apresentações. O artista vai apresentar o show de seu novo CD e DVD, "From Russia With Love", nos dias 9 e 10 de novembro no Teatro Castro Alves (TCA).
O álbum recebeu esse nome porque foi gravado em Moscou, na Rússia. Nas apresentações na Bahia, ele será acompanhado pela Orquestra Castro Alves (OCA). “Lançar esse novo trabalho na minha terra natal com regência do maestro Marcos Rangel e acompanhado por 80 jovens músicos residentes de um projeto social tão importante e respeitado na Bahia e no mundo, quanto o NEOJIBA, do qual meu pai, Dr. Edivaldo Boaventura, foi conselheiro, realmente não tem preço", ressalta Boaventura.
Nos shows, o cantor interpreta grandes sucessos da música mundial, como "Just The Way You Are", "Corazon Espinado" e "Fascinação". Além de inglês, português e espanhol, ele também vai cantar em italiano e russo.
“Estou muito feliz por este trabalho. A Rússia é um país de grande força. Um país que resistiu, que tem uma pujança cultural ainda, creio eu, não totalmente descoberta pelo mundo ocidental, e uma beleza fora de série. A qualidade dos músicos, a afinação, a generosidade, eles foram incríveis. E o maestro? Alexey Vereshchagin, um gênio, um popstar na regência. O resultado final é excelente", conta Daniel.
Como as apresentações de Boaventura sempre terminam em clima de festa, a sequência final será marcada por "Last Dance", "Never Can Say Goodbye" e "Dancin' Queen" até o encerramento do concerto com "Can't Take My Eyes Off You".
Os interessados em assistir às apresentações já podem adquirir as entradas por meio do portal Ingresso Rápido, na bilheteria do TCA ou nos postos SAC dos shoppings Barra e Bela Vista. Os preços variam entre R$ 60 e R$ 180.
SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do DVD “From Russia With Love”
QUEM: Daniel Boaventura e Neojiba
QUANDO: 09/11, às 21h | 10/11, às 20h
ONDE: Sala Principal do Teatro Castro Alves
QUANTO: Filas A a P - R$180,00 (inteira) e R$90,00 (meia), Filas Q a Z6 - R$150,00 (inteira) e R$75,00 (meia), Filas Z7 a Z11 - R$120,00 (inteira) e R$60,00 (meia)
Nacionalmente conhecida como cantora, Ellen Oléria é atriz formada pela Universidade de Brasília. A motivação para o show “Trilhas de Novelas”, que ela apresenta neste fim de semana em Salvador, poderia vir da possibilidade de unir suas duas paixões – a música e as artes cênicas – mas, na realidade, não se trata disso. “Essa justificativa é ótima, mas na verdade não (risos). Na verdade, apesar dessa justificativa ser maravilhosa, tudo começou com um convite da Orquestra Jazz Sinfônica. O maestro [João Maurício] Galindo me ligou e disse que a orquestra estava com essa proposta de trazer um repertório mais popular para o público de São Paulo e me convidou para cantar as canções. Ele me perguntou o que eu gostaria de fazer, e tudo foi bem aberto na verdade”, conta a artista sobre a origem do show, que fica em cartaz nesta sexta-feira (20) e sábado (21), às 20h30, no Café-Teatro Rubi.
Apesar de o repertório ser o mesmo daquele projeto inicial, de outubro de 2014, o som que o público baiano irá conferir neste fim de semana tem algumas diferenças marcantes. “Depois de ter feito amizade com os arranjadores, eu pensei em fazer uma versão pocket. Acho que para encarar a estrada fica mais fácil, até. Os arranjadores foram super receptivos, a gente chegou a fazer em sexteto, em Brasília, e agora a gente está fazendo uma versão mais enxuta, mais acústica e com mais jazz no formato. Então eu vou com um power trio: piano, baixo e bateria”, conta Ellen Oléria. “É o mesmo repertório que eu desenhei com o maestro, inclusive eu acho que a gente veio crescendo. Cada vez que a gente muda o formato, os arranjos tomam novo corpo. Então, apesar da gente se inspirar nos originais, passar pelos arranjos que foram apresentados pela orquestra, que é muito complexo, são muitas vozes em cena ao mesmo tempo. Quando a gente enxuga, a gente volta para aquele cenário um pouco mais popular, sem perder o eruditismo que eu acho que um cancioneiro já traz dentro da poesia. Então eu mantenho o repertório original da primeira vez que apresentei, mas ele ganha essa nova roupagem”, explica Ellen, que diz estar ainda mais à vontade no palco. “Nesse show eu curto um pouco mais, porque eu não estou tocando, então eu posso brincar um pouco mais, estou mais solta no palco como cantora”, diz.
Projeto nasceu a convite da Orquestra Jazz Sinfônica, em 2014 | Foto: Reprodução / Youtube
A escolha do set list remonta as memórias afetivas da artista, seja diretamente, por meio dos folhetins que ela acompanhou e de suas predileções, ou pela influência da família. “Lembrei dos gostos de minha mãe em casa, que curtia muito conhecer a música brasileira através das histórias dos personagens nas novelas”, conta a cantora. Por isso, o recorte acabou priorizando os clássicos do passado. “A gente visita o cancioneiro popular brasileiro, um pouco mais das antigas. É de um período, inclusive, que eu via mais as novelas. Já tem alguns anos, desde que a música me abraçou, de fato, e eu fiz dela profissão, que eu acabo não tendo muita oportunidade de acompanhar as novelas”, detalha a artista. Dentre os folhetins visitados no projeto estão “Saramandaia”, “Pecado Capital”, “Gabriela”, e composições de nomes como Vinícius de Moraes, Tom Jobim, Djavan, Fagner, João Bosco e dos baianos Dorival Caymmi e Carlinhos Brown. Este último, representado por “Meia Lua Inteira”, sucesso na voz de outro artista da terra, Caetano Veloso. A música entrou em “Tieta”, novela inspirada na obra de outro célebre baiano, Jorge Amado.
Trilha de "Saramandaia", a canção "Pavão Misterioso" é parte do repertório:
Curiosamente, parece que casamento entre as artes cênicas e a música tem perpassado, mesmo que de forma involuntária, os recentes caminhos de Ellen Oléria. Há uma semana ela encerrou uma turnê de um ano com o espetáculo “L, O Musical”, no qual além de fazer parte do elenco, atuou como assistente de dramaturgia e assinou o roteiro musical, junto com Sérgio Maggio e Luís Filipe de Lima. “Fiquei 12 anos sem atuar como atriz. Desde minha formação a música falou muito mais alto, me abraçou, tem sido muito generosa comigo. Eu retribui dedicando todo meu tempo e os meus estudos, meu trabalho para música, mas agora eu tive a oportunidade de voltar, para lembrar como eu amo estar em cena como atriz”, conta a brasiliense.
Já para o futuro, ela projeta mais um resgate, que culminará no nascimento de um novo álbum. “Eu tenho pesquisado muito nossas tradições. Acho que é assim que a gente evidencia nossas contradições também”, diz a cantora. Para ela, é importante conhecer as origens para entender onde se quer chegar. “Isso faz parte do que foi minha pesquisa para o ‘Afrofuturista’ [último disco, lançado em 2016], e isso marca muito o meu corpo hoje. Acho que é muito importante a gente se conectar com o tempo presente, mas nunca abandonando as nossas origens, percebendo a gente conectada com nossa história, para a gente poder construir esse vetor que aponta para um futuro mais interessante”, explica Ellen Oléria, revelando que após um longo tempo de pré-produção, o novo disco tem previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano. “Então, eu nunca vou abandonar minhas raízes afro. Acho que é assim que a gente aprendeu a viver a cultura nas Américas e no Caribe, numa espécie de diáspora africana. Isso está muito presente no novo trabalho”, conta a artista. Elen ainda aponra algumas de suas fontes de inspiração: “O jazz se tornou um mergulho muito intenso, foi um mergulho que eu dei neste último ano, paralelo no teatro. Eu fiz várias visitações às divas do jazz, eu cantei Ella Fitzgerald, Nina Simone, até em francês, cantei Edite Piaf. Esse passeio pela música do mundo, esse novo braço da música negra nas Américas, está muito presente na minha vida, então eu acho que o próximo trabalho deve vir recheado dessa influência também”, conclui.
SERVIÇO
O QUÊ: Ellen Oléria – Trilhas de Novelas
QUANDO: Sexta-feira e sábado, 20 e 21 de abril, 20h30
ONDE: Café-Teatro Rubi – Salvador (BA)
VALOR: Couvert artístico de R$ 70
O Espaço Carybé de Artes, no Forte de São Diogo (Porto da Barra), será palco de concertos gratuitos nos meses de janeiro e fevereiro, através do projeto Verão com as Cameratas. A iniciativa terá apresentações de quatro grupos da Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba): Opus Lúmen, Quarteto Novo, Bahia Cordas e Quadro Solar. Os concertos ocorrerão nos dias 3 e 10 de janeiro e em 21 e 28 de fevereiro, sempre às 17h30. A proposta do evento é de levar apresentações para fora do teatro e aproveitar a movimentação de baianos e turistas na orla de Salvador no horário próximo ao do Pôr do sol. Confira uma breve descrição dos grupos:
Opus Lúmen - O sexteto executa peças eruditas contemplando a música clássica e a popular estilizada.
Quarteto Novo - Com uma formação bastante diferente das “Cameratas” e /ou “grupos de câmara”, o grupo possui dois instrumentos da família das madeiras (flauta e fagote) e dois instrumentos da família das cordas (violoncelo e viola).
Quadro Solar – A orquestra conta com uma coletânea com A.W.Mozart, G.Rossini, C.Bach, L. Boccherini e G. Gershwin.
Bahia Cordas - É formada por três violinos, uma viola, um violoncelo e um contrabaixo e apresenta música barroca, sacra e popular, e composições dos próprios integrantes da camerata.
SERVIÇO:
O QUÊ: Verão com as Cameratas.
QUANDO: 3 e 10 de janeiro e 21 e 28 de fevereiro às 17h30
ONDE: Forte de São Diogo (Porto da Barra)
VALOR: Gratuito
De volta ao país após 10 anos, a Orquestra Salzburg Chamber Soloists estreia a turnê brasileira em 2017 em palcos baianos, na próxima sexta-feira (03), às 21h, no Teatro Castro Alves (TCA). É a primeira vez da Orquestra de Câmara austríaca em Salvador. Considerada uma das principais orquestras europeias, a Salzburg Chamber Soloists é regida pelo brasileiro Lavard Skou-Larsen, que também é seu fundador e diretor artístico. O repertório vai do Clássico ao Barroco, com incursões na música de Vanguarda. No concerto da turnê 2017, obras de Mozart, Maurice Ravel, Ernest Chausson e Anton Bruckner. A apresentação conta com solo do próprio maestro, ao violino, e do pianista Phillippe Raskin, diretor artístico do César Franck International Piano Competition (Bruxelas) e do Festival Resonances Musique de Chambre (França).
SERVIÇO:
O QUÊ: Orquestra de Câmara Salzburg Chamber Soloists
QUANDO: Sexta-feira, 3 de novrmbro, às 21h
ONDE: Teatro Castro Alves - Campo Grande - Salvador
VALOR: a partir de R$ 40 (meia)
A Orquestra Afrosinfônica se apresenta neste domingo (29), às 11h, na Igreja de São Francisco. Formada a partir do Núcleo Moderno de Música, o grupo apresenta os resultados de pesquisas sonoras que desenvolve sobre a abordagem a conceitos da música afro-brasileira. Sob a regência do maestro Ubiratan, o concerto tem entrada gratuita.
SERVIÇO:
O QUÊ: A Orquestra Afrosinfônica na Igreja de São Francisco
QUANDO: Domingo, 29 domingo, às 11h
ONDE: Igreja de São Francisco - Centro Histórico - Salvador
VALOR: Gratuito
Formada por sete musicistas, a banda Cactus Jazz faz o segundo concerto de sua história após se apresentarem no Museu de Arte Moderna da Bahia (Mam), sob a alcunha de “Minas do Mam”. A apresentação acontece nesta quinta-feira (26) no Velho Espanha Bar e Cultura, às 19h. O grupo é a mais nova banda de música instrumental de Salvador. O Velho Espanha Bar não cobra ingresso e as contribuições são voluntárias, no sistema pague quanto puder.
O Cactus Jazz surgiu como uma contraposição à presença masculina no projeto “JAM no MAM”, tradicional evento de Jazz composto essencialmente por homens. Após uma única apresentação realizada no mês de setembro, na qual o grupo emprestou o toque feminino ao evento, suas integrantes resolveram levar adiante o projeto e se estruturar efetivamente enquanto banda.
O repertório é eclético e passeia por diversos estilos, com composições autorais e músicas de Hermeto Pascoal, Moacir Santos, Tom Jobim e Miles Davis. Com um discurso que flerta diretamente com a questão de gênero, o objetivo é abrir espaço para que muito mais garotas se sintam motivadas a tocar em projetos nos quais a presença de músicos do sexo masculino ainda seja majoritária.
Cactus Jazz é formada por Lorena Martins (bateria), Aline Falcão (teclado), Dani Mota (percussão), Jessica Kaline (guitarra), Berta Pitanga (flauta transversal), Gabriela Wara (oboé) e Elaine Batista (baixo).
SERVIÇO:
O QUÊ: Cactus Jazz
QUANDO: Quinta-feira, 26 de outubro, às 19h
ONDE: Velho Espanha Bar - Barris - Salvador
VALOR: Pague quanto puder
Exatamente neste dia 20 de outubro o grupo de Núcleos Estaduais de Orquestras Juvenis e Infantis da Bahia (Neojiba) completa 10 anos de história. Para comemorar a data, o projeto que tem por objetivo alcançar a integração social por meio da prática coletiva de música, realiza três apresentações especiais. As duas primeiras foram realizadas nesta sexta-feira (20). A primeira gratuita, às 15h e uma outra no Teatro Castro Alves (TCA), às 19h, com ingressos esgotados. Para quem não teve a chance de ir nessas apresentações, uma terceira é realizada neste sábado (21), às 18h, no TCA, reunindo mais de mil integrantes que participam e participaram do programa. Os ingressos estão à venda e custam R$ 4 (inteira) e R$ 3 (meia). No repertório da orquestra estão canções criadas especialmente para a festa e músicas que resgatam os 10 anos de história. No Brasil, o NEOJIBA é o primeiro programa governamental inspirado no “El Sistema”, programa venezuelano criado em 1975. O programa beneficia mais de 4.600 crianças, adolescentes e jovens em seus Núcleos de Prática Orquestral e Coral.
Nos dias 3 e 4 de novembro, Trancoso, na Bahia, recebe a Orquestra Sinfônica de Bucareste, considerada uma melhores da Europa. A orquestra romena se apresenta no Teatro L’Occitane. Criada em 2007, a Sinfînica de Bucareste é regida pelo francês BenoIt Fromanger e vem ao Brasil para encerrar a temporada de concertos pelo Mozarteum Brasileiro. Os ingressos custam R$ 200 a inteira e R$ 100 a meia-entrada. A classificação etária é de 6 anos.
SERVIÇO:
O QUÊ: Orquestra Sinfônica de Bucareste
QUANDO: Sexta-feira e Sábado, 3 e 4 de novembro, às 18h30
ONDE: Teatro L’Occitane - Trancoso
VALOR: R$ 200 a inteira e R$ 100 a meia-entrada
Bibi Ferreira sobe ao palco da sala principal do Teatro Castro Alves no dia 7 de abril, às 21h, com o espetáculo inédito “4XBIBI”. A montagem marca a comemoração pelos 75 anos de carreira da artista, que se apresentará acompanhada por uma orquestra, sob a regência do maestro Flávio Mendes. No repertório, canções de Amália Rodrigues, Carlos Gardel, Frank Sinatra e Edith Piaf. Os ingressos, que custam entre R$ 80 e R$ 300, estão à venda nos postos SAC dos shopping Barra e Bela Visa, na bilheteria do teatro ou na internet: www. ingressorapido.com.br.
Serviço
O QUÊ: “4XBIBI” – Bibi Ferreira e Orquestra
QUANDO: Sexta-feira, 7 de abril, às 21h
ONDE: Sala principal do Teatro Castro Alves
VALOR: R$ 300 (inteira) e R$ 150 – de A a P | R$ 260 (inteira) e R$ 130 (meia) – Q a Z3 | R$ 200 (inteira) e R$ 100 (meia) – Z4 a Z8 | R$ 160 (inteira)e R$ 80 (meia) Z9 a Z1
Serviço
Equipe azul venceu a prova na Sala São Paulo | Foto: Divulgação / Carlos Reinis/Band
Cozinheiros tiveram que preparar três tipos de tartar na prova de eliminação | Foto: Divulgação / Carlos Reinis/Band
Paula e Tenente fizeram os piores pratos e decepcionaram os jurados | Foto: Divulgação / Carlos Reinis/Band
No repertório da Ofun estarão seis canções conhecidas do grande público com novos arranjos produzidos pelos músicos Edu Fagundes, Letieres Leite e demais professores do curso de Qualificação em Música do Centro de Formação em Artes da Funceb.
A banda segue a formação de orquestra popular, composta por instrumentos como flautas, clarinetes, saxofones, trompetes, trombones, baixo, piano, guitarra ou violão e percussão.
SERVIÇO
PROGRAMA
Horário: 20h
Abayomy Afrobeat Orquestra homenageia Maestro Abigail Moura
Os membros da orquestra votaram por unanimidade para revogar os anéis de honra e medalhas Nicolai concedidas a seis líderes do alto escalão nazista, disse o historiador de Viena Oliver Rathkolb, que trabalhou com a orquestra para documentar seu passado. "Isso é correto", disse Rathkolb, professor de história contemporânea na Universidade de Viena, confirmando o que uma fonte com conhecimento da situação havia dito à Reuters. Cerca de metade dos músicos da Filarmônica era membro do partido nazista em 1942, quatro anos depois da anexação da Áustria por Hitler, e 13 músicos com origem ou parentesco judaico foram expulsos da orquestra. Cinco deles morreram em campos de concentração. Com informações do Portal Terra.
Serviço
O QUÊ: Show “Bibi – Histórias e Canções”
ONDE: Sala Principal do Teatro Castro Alves
QUANDO: 26 e 27 de outubro, às 21h
QUANTO: R$ 480 (inteira - filas A a V) e R$ 300 (inteira - filas QW a Z11)
Serviço
O QUÊ: Orquestra Sinfônica da Bahia (Osba) – Cine Concerto
Regência: Maestro Carlos Prazeres
QUANDO: 3 de outubro (quinta-feira), às 20h; 31 de outubro (quinta-feira), às 20h
ONDE: Teatro Castro Alves (Campo Grande, s nº /3117-4899)
QUANTO: R$ 20 e R$ 10
Vendas: Bilheteria do teatro e ainda nos postos de venda dos SACs Barra e Iguatemi
Serviço
O QUÊ: Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) – Série Jorge Amado VIII
Vendas: Bilheteria do teatro e ainda nos postos de venda dos SACs Barra e Iguatemi
O concerto, que é regido pelo maestro Carlos Prazeres, vai destacar a obra de dois famosos compositores austríacos: a abertura da ópera As Bodas de Fígaro, de Wolfgang Amadeus Mozart, e a Sinfonia nº4 em Sol Maior, de Gustav Mahler.
Serviço:
O projeto Temporada Alemanha + Brasil 2013-2014, que segue com uma programação extensa até junho de 2014 em todo o Brasil, tem como objetivo mostrar aos brasileiros a realidade cultural, econômica e social da Alemanha.
Serviço:
O QUÊ: Young Euro Classic Orquestra Brasil – Alemanha
ONDE: Mosteiro de São Bento
QUANDO: 04 de junho (terça) às 20h
QUANTO: Gratuito
Programação
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.