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Artigos

Rogerio Jesus
Saúde mental assume novo papel estratégico nas empresas
Foto: Divulgação

Saúde mental assume novo papel estratégico nas empresas

Empresas que priorizam a saúde mental dos seus colaboradores não apenas vão evitar multas e possíveis ações trabalhistas, com as novas diretrizes da Norma Regulamentadora 01 (NR-1), atualizada pelo Ministério do Trabalho, mas também terão uma vantagem competitiva sustentável.

Multimídia

Ex-presidente da CMS, deputado Paulo Câmara defende protagonismo do Legislativo em discussão do PDDU

Ex-presidente da CMS, deputado Paulo Câmara defende protagonismo do Legislativo em discussão do PDDU
O deputado estadual, Paulo Câmara (PSDB), defendeu que a Câmara Municipal de Salvador deve ser a protagonista das discussões em torno da atualização do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano do Município de Salvador (PDDU) e Lei de Ordenamento do Uso e da Ocupação do Solo do Município de Salvador (LOUOS). Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (20), o parlamentar, que já atuou como ex-presidente da CMS, destacou que o legislativo é o gestor dos processos.

Entrevistas

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”

Afonso Florence garante candidatura de Lula em 2026 e crava retorno ao Congresso: “Sou parlamentar”
Foto: Fernando Vivas/GOVBA
Florence foi eleito a Câmara dos Deputados pela primeira vez em 2010, tendo assumido quatro legislaturas em Brasília, desde então.

UFBA

Justiça Federal mantém eleição e posse de primeira mulher à frente da Faculdade de Direito da UFBA em 134 anos
Foto: Divulgação

Dois estudantes da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) impetraram um Mandado de Segurança pedindo a anulação de uma modificação no regulamento eleitoral que alterou o critério de apuração dos votos. A eleição resultou na vitória da professora Mônica Neves Aguiar, a primeira mulher a ser eleita diretora da unidade em 134 anos.

 

Em primeira instância, o juiz Cristiano Miranda de Santana, da 10ª Vara Federal Cível de Salvador, negou o pedido liminar para suspender o artigo do regimento. O magistrado alegou ser necessário aguardar a apresentação da defesa pela Congregação da Fdufba e pela própria Ufba, afirmando que "a suspensão de um ato normativo de uma instituição federal, ainda que provisório, exige o mínimo de informações e documentos que devem ser apresentados pela instituição".

 

Com a negativa, os estudantes recorreram ao plantão judiciário no domingo (19), argumentando a existência de fatos novos, como a realização da apuração no sábado (18), cujo resultado teria sido influenciado diretamente pela mudança das regras. O juiz federal plantonista, Tiago Borre, preferiu não julgar a ação, afirmando que "não se fazia presente situação fática que autorizasse a legítima atuação de magistrado do plantão".

 

Os autores do Mandado de Segurança recorreram ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1). O desembargador Alexandre Vasconcelos, relator do recurso, destacou que "a discussão jurídica é complexa", sendo necessário aguardar a defesa dos réus.

 

Paralelamente, o Centro Acadêmico Ruy Barbosa (CARB), entidade representativa dos estudantes, também ajuizou um Mandado de Segurança tentando suspender o resultado do pleito. A liminar foi indeferida na 10ª Vara Federal Cível. O CARB recorreu ao plantão judiciário, que manteve a decisão, e subsequentemente ao TRF-1.

 

O desembargador plantonista do TRF-1 analisou o recurso do CARB, mas seguiu o entendimento das instâncias anteriores, negando o pedido liminar que buscava anular o resultado da eleição. A alegação central era de que a Congregação alterou a regra de contagem de votos durante o processo, diluindo o peso do voto discente.

 

Com as sucessivas negativas do Judiciário, o TRF-1 validou, em caráter liminar, a condução do processo eleitoral e afastou o risco de suspensão da homologação. A decisão permite que Mônica Aguiar tenha sua vitória mantida e tome posse sem impedimentos imediatos.

Pela primeira vez em 134 anos, Faculdade de Direito da Ufba será dirigida por uma mulher
Foto: Divulgação

A Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba), instituição com 134 anos de história, elegeu pela primeira vez uma mulher para o cargo de diretora. A professora e Doutora em Direito, Mônica Neves Aguiar, que se manifestou através de suas redes sociais, comandará os destinos da tradicional casa de ensino.

 

Em sua publicação, Mônica expressou "profunda gratidão" e descreveu o momento como a chegada de "um novo tempo, um tempo de transformação, de escuta, de compromisso com a verdade e com as pessoas". A nova diretora atribuiu a conquista ao apoio coletivo, afirmando que "nada disso seria possível sem vocês: estudantes, servidores, professores, colegas e amigos que acreditaram em um projeto construído com ética, respeito e amor por esta casa".

 

A conquista foi celebrada nos comentários, incluindo o da jornalista e apresentadora Jessica Senra, que disse: "Parabéns!!! Mostre como é bom quando as mulheres lideram!! Que seja uma gestão excelente para todas e todos". O comentário dela somou às dezenas de manifestações de apoio à nova gestão.

 

Foto: Reprodução / Redes Sociais

 

Mônica Neves Aguiar encerrou seu depoimento com a frase emblemática: "Agora é a vez de todas as mulheres!".

 

Veja vídeo:

 

 

Bahia tem cinco universidades no ranking THE 2026; UFBA lidera apesar de desafios orçamentários
Foto ilustrativa: Montagem / Bahia Notícias

A Bahia mais uma vez esteve presente no ecossistema acadêmico do Times Higher Education (THE) no World University Rankings 2026, um dos levantamentos mais respeitados do mundo. Cinco universidades baianas apareceram no ranking em diferentes posições, a Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi a melhor baiana e segunda melhor nordestina na média geral. As estaduais de Santa Cruz (sediada em Ilhéus) e Feira de Santana também pontuaram alto em alguns eixos específicos.

 

O ranking THE avalia universidades com base em cinco pilares principais: 'Ensino','Ambiente de Pesquisa', 'Qualidade da Pesquisa', 'Indústria' (transferência de conhecimento e impacto econômico) e 'Perspectiva Internacional' (colaboração com instituições estrangeiras). Cada universidade recebe uma pontuação para uma média ponderada conforme seu desempenho em cada categoria.

Confira em gráfico da média geral comparação entre as baianas do Bahia Notícias (BN):

 

Todas as instituições baianas classificadas são: Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs).

 

Em termos de classificação, todas as cinco estão posicionadas na faixa global "1501+" do ranking. Apesar de parecer posições baixas, é importante explicar que o levantamento considera as universidades mais bem avaliadas do mundo inteiro, reunindo 2.191 instituições de 115 países nesta edição publicada em 22 de setembro deste ano.

 

E A BAHIA?
No estado baiano, três universidades foram bem pontuadas. A mais tradicional, a UFBA manteve sua posição como a instituição mais bem colocada da Bahia pelo 9° ano seguido e segue como uma das líderes do Nordeste, ocupando a segunda colocação entre as universidades nordestinas. Entre os indicadores, a UFBA obteve nota 30.0 em “Qualidade da Pesquisa” (Avaliação de pesquisas citadas no mundo) e 33.0 em “Perspectiva Internacional” (Capacidade de trabalhar com outras faculdades), refletindo o alcance e a influência de sua produção científica.

 

 

A Uefs foi a melhor estadual, e manteve a dobradinha com a Uesc como desenvolvimento regional positivo. A instituição feirense demonstrou estabilidade e obteve índice de 18.7 em “Qualidade da Pesquisa”, mostrando boas condições para produção científica— mesmo diante de limitações orçamentárias.

 

 

Por fim, a Uesc se manteve como a melhor do Nordeste em “Perspectiva Internacional”, com nota 36.1, superando inclusive a UFBA nesse quesito, mesmo com uma queda na nota. O BN já havia revelado como a Uesc alcançou esse feito no ranking anterior, o THE 2025. A pontuação é alta para o padrão nacional, afinal a Uesc não só foi melhor queda Bahia, mas superou grandes instituições do Sul e Centro-oeste. 

 

 

O desempenho das instituições baianas no THE 2026 acontece em meio a cortes orçamentários e debates sobre o papel das universidades públicas. Assim, o resultado também funciona como uma resposta à falta de investimentos estruturais na educação superior.

 

 

Cientistas baianos recentemente incluídos em outro ranking de influência global (Elsevier/Scopus) têm alertado para a falta de apoio e investimento na ciência local. Ao BN, alguns dos mais prestigiados cientistas contam desafio é manter o padrão alto sem o aporte de recursos compatível com o das grandes universidades do Sudeste do país.

 


Imagem de placas das federais da Bahia e Pernambuco | Foto: Reprodução / Divulgação / Google Maps / ANPG

 

BAHIA e NORDESTE
No contexto regional, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) foi a mais bem classificada do Nordeste, superando a UFBA — que havia ficado em primeiro lugar no Ranking de Xangai 2025. Vale explicar que são indicadores e pesos diferentes para a avaliação destes dois estudos.

 

 

O Bahia Notícias elaborou um gráfico comparativo com os resultados do nordeste, confira:

 

 

Pela primeira vez em anos, a Universidade Federal do Ceará (UFC) ficou fora das primeiras posições. Em seu lugar, Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e Universidade Estadual do Ceará (UECE) aparecem logo atrás das universidades de Pernambuco e da Bahia.

 

 

Em âmbito nacional, Universidade de São Paulo (USP) com notas entre 56.4 - 58.6 e Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) pontuada com notas 49.9 - 51.5, como pontuações entre as melhores do país. A melhor do mundo nesta edição foi a Universidade de Oxford com 98.2.

MPF arquiva investigação sobre suposta falha em chamadas de lista de espera da Ufba
Foto: Reprodução / Google Street View

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu, por unanimidade, homologar o arquivamento de um inquérito civil que apurava se a Universidade Federal da Bahia (UFBA) teria deixado de realizar as chamadas das listas de espera dos processos seletivos dos anos de 2020, 2021 e 2022. A ação visava apurar o preenchimento de vagas remanescentes após indeferimentos e jubilamentos de candidatos que passaram pelas bancas de heteroidentificação, essenciais para as políticas afirmativas da instituição.

 

A relatora do caso, a Dra. Eliana Pires Rocha, votou pelo não conhecimento do processo, que foi remetido para a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (Pfdc). De acordo com o documento, o MPF ouviu a Ufba, e esta apresentou um detalhado esclarecimento sobre a condução dos processos seletivos no período questionado. A universidade demonstrou que, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia de Covid-19, realizou diversas chamadas por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

 

Conforme os dados fornecidos pela UFBA nas diligências, foram realizadas três chamadas para os semestres 2020.1 e 2020.2, três para 2021.1 e quatro para 2021.2, com o objetivo expresso de garantir a ocupação máxima das vagas disponíveis. Especificamente sobre o curso de Medicina, a instituição detalhou que houve convocações para as 18 vagas destinadas a ações afirmativas, resultando na aprovação de 13 candidatos após as devidas aferições de heteroidentificação, de um total de 21 convocados.

 

A universidade afirmou que atividades presenciais foram suspensas por decisão do Conselho Universitário (Consuni) em março de 2020. Essa medida, necessária para conter a propagação do vírus, impossibilitou a realização presencial das bancas de heteroidentificação, etapa crucial para a validação das cotas. De acordo com a Ufba, para não prejudicar os estudantes, adotou o regime de matrícula condicional, permitindo a regularização posterior da situação dos alunos.

 

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Quanto às vagas que eventualmente não foram preenchidas, a Ufba esclareceu que se tratam de vagas ociosas que persistiram após a conclusão de todos os ciclos regulares de chamada. A instituição ressaltou que as vagas do Sisu são válidas exclusivamente para o ano do processo seletivo, não podendo ser transferidas para ciclos subsequentes. Esta regra, conforme a universidade, é fundamental para manter a organização, a transparência dos processos e o planejamento acadêmico da instituição.

 

De acordo com a Procuradoria-Geral da República, a representante que deu origem à investigação, foi oficiada por diversas vezes, mas não apresentou qualquer contestação ou novo elemento que contradissesse os argumentos da universidade.

 

O MPF afirmou que as justificativas apresentadas pela Ufba foram suficientes para esclarecer os fatos, o relator entendeu não haver motivos para prosseguir com a investigação, recomendando o arquivamento do inquérito.

Bahia destaca 16 pesquisadores no ranking global dos cientistas mais influentes do mundo; veja os nomes
Foto: Montagem / Bahia Notícias

A Bahia teve pesquisadores incluídos na mais recente atualização da lista global dos cientistas mais influentes do mundo. O ranking é coordenado pela Universidade Stanford e contempla cem mil cientistas, avaliando o impacto das citações e o desempenho de carreira, organizado pela Editora Elsevier. Dezesseis nomes das universidades baianas apareceram em posições de destaque.

 

Os cientistas representam quatro das principais instituições de ensino e pesquisa do estado: a Universidade Federal da Bahia (Ufba), a Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb), a Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

 

Confira quantidade por estado: 

 

 

O Bahia Notícias (BN) teve acesso aos dados por completo. Tanto entre as 195 instituições brasileiras quanto entre as nordestinas, a maioria é formada por universidades públicas. Na Bahia, todas as instituições são dessa categoria, mas para alguns desses pesquisadores é preciso ser cético quanto a esses resultados.

 

“Não é suficiente. Há uma desistência em fazer pesquisa. Infelizmente, vivemos em um mundo que precisa de melhorias na sua vida. As pessoas brincam comigo: ‘Você é um bobo, rapaz, perdendo tempo com isso, vá ganhar dinheiro’. Preciso ter um consultório para viver. Ganho como professor, nada como pesquisador”, conta o baiano Matheus Pithon, listado no ranking.

 

O especialista na área de Odontologia, na Universidade do Sudoeste baiano, ressalta ainda que, dentro da realidade das estaduais, o apoio para pesquisa é ínfimo. “Nós temos muitos talentos aqui também. Falta incentivo tanto do governo federal quanto estadual”, avisa Pithon.

 

Em entrevista ao BN, a professora e química Luiza Mercante com seis anos atuando na Ufba na área de química industrial complementa sobre os mesmos desafios do setor federal: não há apoio ou financiamento adequado no país para auxiliar o setor científico sério.

 

“Na Bahia, temos grupos muito qualificados e produtivos, mas ainda precisamos de mais apoio institucional e de políticas públicas que valorizem e fortaleçam as [pesquisas realizadas no] estado”, alerta a professora Mercante.

 

Em âmbito nacional a Universidade de São Paulo (USP) e Unicamp tiveram melhores números com 286 e 107 pesquisadores respectivamente. No Nordeste, nenhuma instituição configurou entre as brasileiras com mais cientistas. 

 

“Nós temos grandes valores e talentos, diferenciando o estado de São Paulo da Bahia é incentivo, justamente para patrocinar pesquisas cientificas. Em São Paulo. 9,56% do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] vai para a universidades paulistas, esse estado sai na frente justamente por isso”, explica Pithon.

 

Ainda falta apoio e valorização em fazer ciência no Brasil, como salienta o especialista em etnobiologia pela Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs). Isso quer dizer mais oportunidades e vagas para atuar no campo, como conta o doutor Eraldo Costa.

 

“Ainda é um desafio, o incentivo de concursos no setor. O ideal é uma revitalização do corpo docente. Sem professor produtivo, não vamos a canto nenhum. Falo isso como alguém que vive isso na pele. É preciso ter concurso, senão o curso fecha”, diz Eraldo Costa.

 

Vale observar que o ranking avalia o impacto das citações com dados atualizados até o final de agosto de 2025 e o desempenho de carreira. Após isso, é publicado no renomado repositório da Editora Elsevier. Ou seja, esse número muda constantemente e as posições não serão as mesmas ao fim do ano, embora seja um forte indicativo do grau de pesquisa e projetos atuantes na Bahia.

 

O chamado "c-score" é um indicador que mede o impacto real da produção científica. Ele considera a posição do autor nos artigos (como primeiro ou último autor), o número de citações recebidas e reduz o peso das autocitações. Ao invés de focar só na quantidade de publicações, o c-score destaca a relevância e o alcance da pesquisa no cenário global.

 

A lista reconhece os pesquisadores com alto c-score, um indicador que mede o impacto das publicações, dando peso maior à posição de autoria e menos ao simples número de artigos publicados. Diferente de métricas tradicionais que priorizam a quantidade de artigos (produtividade), o c-score avalia o impacto real da produção científica. Confira os nomes mais influentes por cada instituição baiana:

  • Universidade Federal da Bahia (UFBA)
    • Sérgio Luís Costa Ferreira (Química)

    • M. Dos S. Pereira (Saúde Pública e Serviços de Saúde)

    • Luiza A. Mercante (Química)

    • Federico Costa (Clínico da Saúde)

    • André R. Duraes (Clínico da Saúde)

    • Mansueto G. Oliveira Gomes Neto (Clínico da Saúde)

    • Bruno Fonseca-Santos (Clínico da Saúde)

    • Daniel Véras Ribeiro (Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas)

    • Antônio Alberto Da Silva Lopes (Clínico da Saúde)

    • Michael Holz (Ciências da Terra e Meio Ambiente)

    • Franklin Riet-Correa (Agricultura, Pesca e Silvicultura)

  • Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB)
    • Matheus Melo Pithon (Clínico da Saúde)

    • Marcos Almeida Bezerra (Química)

    • Valfredo Azevedo Lemos (Química)

  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB)
    • Daniel Piotto (Biologia)

  • Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs)
    • Eraldo Medeiros Costa-Neto (Biologia)

 

O ranking seleciona os melhores cientistas globalmente ou aqueles classificados entre o top em seus respectivos campos de estudo, evidenciando a qualidade da pesquisa produzida na Bahia.

 

TALENTOS NA BAHIA
Para o futuro, ainda é preciso superar alguns desafios no setor do fazer ciência. Entre eles, alguns pensamentos que segregam futuros cientistas. No caso, para a professora Mercante, uma das duas mulheres na lista, há desafios para as próximas gerações de pesquisadoras. 


“Infelizmente, ainda existem desafios para as mulheres na ciência. Embora sejamos a maioria nas universidades, isso não se reflete nas posições de liderança dentro da carreira científica. Às jovens cientistas, eu diria: é importante sermos realistas e reconhecer que as dificuldades sempre existirão. Apesar dos obstáculos, precisamos seguir firmes em nossos objetivos e buscar apoio para superar essas barreiras”, incentiva a química.

 

Para professores como o biólogo Eraldo Costa, que trabalha com registro de plantas e insetos em diferentes comunidades, ainda é preciso que a universidade retorne seus trabalhos para o corpo social, por meio de melhorias de espaços públicos, como uma "via de mão dupla entre a universidade e a sociedade".

 

“Eu vejo ainda muito preconceito contra o Nordeste, contra as universidades públicas que aqui estão. Aqui nós fazemos pesquisa de ponta, ainda mais em extensão. Atuei em diferentes comunidades em municípios baianos: Paulo Afonso, Juazeiro, Anguera, entre tantos… Demanda da nossa parte [universidade] em fazer essa ponte, por exemplo, abrir e melhorar os museus, como o do Museu de Zoologia aqui em Feira de Santana e trazer um público externo para a universidade”, explica Eraldo Costa.

 

Disso, nenhum dos pesquisadores discorda. Ainda em entrevistas, todos os professores ouvidos pelo BN se dizem gratificados pela classificação e alertam que falta de incentivo é buraco claro que atrapalha o promissor fazer cientifico, seja em qualquer área.

 

“Acima de tudo, esse reconhecimento deixa uma mensagem para os alunos e jovens pesquisadores: precisamos ser resilientes. Trilhar uma carreira científica exige perseverança, mas cada conquista mostra que o esforço vale a pena”, finaliza a professora Mercante.

 

Ainda é necessário atrair novos nomes para o futuro. “Precisamos atrair novos talentos, com a consolidação de novas universidades como a nossa do sul da Bahia. Iniciativas como essas [ entrevista ao BN] são fundamentais, pois é preciso destacar que a interiorização das universidades é recente”, complementa o engenheiro Daniel Piotto da UFSB.

 

COMO É FEITO?
O ranking é coordenado por pesquisadores da Universidade de Stanford, liderados pelo Professor John P. A. Ioannidis, e usa como base o banco de dados Scopus. O que o torna único é o foco em um indicador composto, o c-score (composite score).

 

A inclusão nesta lista significa que os pesquisadores estão classificados entre o Top 100.000 cientistas globalmente ou entre o Top 2% de seus respectivos subcampos de estudo.

 

A excelência da pesquisa baiana abrange um amplo espectro de grandes áreas do conhecimento, demonstrando a multidisciplinaridade das instituições locais. A área de Clínica da Saúde lidera a representação do estado na lista. Veja a distribuição das Áreas de Especialidade:

  • Clínico da Saúde (5 pesquisadores)

  • Química (4 pesquisadores)

  • Biologia (2 pesquisadores)

  • Saúde Pública e Serviços de Saúde (1 pesquisador)

  • Tecnologias Habilitadoras e Estratégicas (1 pesquisador)

  • Ciências da Terra e Meio Ambiente (1 pesquisador)

  • Agricultura, Pesca e Silvicultura (1 pesquisador)

 

Mesmo em áreas não citadas, o fazer ciência ainda é importante para todo o país, como explica o professor baiano de Vitória da Conquista: "A ciência é como um grande muro, cada pesquisador vai lá e coloca um bloquinho, às vezes um coloca o bloco final e faz uma descoberta. Todo pesquisador faz um trabalho necessário, não estudamos sem motivo", ressalta Matheus Pithon. (Atualizado às 07h55 de 21/10/2025 para corrigir inconsistências no texto)

VÍDEO: UFBA solicita suspensão de ordem de despejo e promete diálogo com moradores de comunidade em São Lázaro
Foto: Reprodução / UFBA

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) informou que solicitou à Justiça a interrupção de qualquer medida relacionada ao processo de reintegração de posse das áreas sob sua guarda nas proximidades do Santuário de São Lázaro, em Salvador. A informação foi divulgada pelo reitor da UFBA, o professor Paulo Miguez, que prometeu diálogo com os moradores da comunidade.

 

O pedido ocorre após a repercussão da decisão judicial que determinou a desocupação do terreno até o final de outubro deste ano, o que afetaria moradores e comerciantes da região onde é realizado o tradicional evento “Samba de São Lázaro”.

 

Em pronunciamento, o reitor afirmou que a instituição já adotou medidas para suspender o cumprimento da decisão judicial e que o tema será tratado com base no diálogo e na garantia dos direitos da população local. O reitor explicou ainda que uma comissão foi criada dentro da universidade para discutir o caso e buscar soluções que conciliem os interesses da instituição com os direitos da comunidade.

 

“A Universidade Federal da Bahia vem a público esclarecer que já solicitou a justiça a interrupção de toda e qualquer medida executória destinada a pôr em marcha o processo de reintegração de posse de áreas sob sua guarda em São Lázaro. A universidade constituiu uma comissão que está debruçada sobre essa questão e que está orientada pelo respeito absolutamente inamovível à dignidade humana e o direito social de moradia. Quero tranquilizar a comunidade de São Lázaro que qualquer medida que venha a ser implementada será amplamente discutida e consertada com as pessoas desta comunidade”, disse o reitor em pronunciamento no canal da UFBA no Youtube.

 

Confira:

 

Em nota publicada nas redes sociais, a UFBA reforçou o teor do pronunciamento e detalhou as providências adotadas após a decisão judicial. Veja na íntegra:

 

A Universidade Federal da Bahia instituiu Comissão Especial para planejamento e acompanhamento da reintegração de posse do terreno da UFBA em São Lázaro. Para tanto, a universidade solicitou à Procuradoria Federal junto à UFBA que requeira a suspensão da execução judicial até a conclusão dos trabalhos desta comissão. A UFBA entende que o princípio da dignidade da pessoa humana e o direito social à moradia, elencados na Constituição Federal, impõem a observância de proporcionalidade e responsabilidade social na execução da reintegração de posse, especialmente diante de situações de vulnerabilidade.

Os trabalhos tiveram início com reunião realizada no Gabinete da Reitoria, com a presença de Oficiais de Justiça e representantes da Administração Central, onde foram discutidas medidas preliminares para a execução da decisão, considerando a necessidade de conciliar o direito de propriedade e posse do terreno em questão com a proteção de populações vulneráveis.

 

O PROCESSO
O Bahia Notícias revelou que o processo tramita na Justiça Federal desde maio de 2023 e envolve a área situada ao lado do Santuário de São Lázaro, compreendendo terrenos entre a rua Professor Aristides Novis e a rua Alto de São Lázaro. O pedido de reintegração da posse foi feito pela UFBA sob a justificativa de invasões ocorridas em 2023, mas os moradores afirmam viver no local há décadas.

 

Nos autos, a Justiça chegou a determinar o uso de força policial para garantir o cumprimento da ordem, citando a presença de facções e o risco de conflito. Segundo o processo, as tentativas anteriores de identificação dos ocupantes não tiveram êxito devido à insegurança da área e à resistência de alguns grupos locais.

Moradores de comunidade em São Lázaro recebem ordem de despejo após decisão da Justiça Federal em ação da UFBA
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) moveu um processo judicial para a “reintegração da posse” do terreno nas proximidades do Santuário de São Lázaro, onde atualmente é realizado a festa conhecida como “Samba de São Lázaro”. Conforme informações obtidas pelo Bahia Notícias, o processo corre na Justiça Federal desde maio de 2023, mas a decisão determinou que as pessoas deixem o terreno até outubro deste ano.

 

Segundo Thiago da Silva, um dos idealizadores do Samba do São Lázaro, a decisão não afeta apenas a realização do evento, mas também os residentes da região. Ao Bahia Notícias, ele contou que os moradores foram surpreendidos com a presença de policiais federais na segunda-feira (13), que entregaram uma documentação de despejo.

 

À reportagem, Thiago afirmou que os agentes pontuaram que a comunidade tinha 30 dias para deixar o local, alegando uma invasão do campus desde 2023.

 

"Ele falou que em 2023 invadiram o terreno da UFBA, mas isso aqui, a gente já tá aqui antes da UFBA existir. Tem gente aqui há mais de 70 anos, do tempo de meu avô. Aí de uma hora para outra eles chegaram com esse documento e falaram que a gente tem 30 dias, não chamou a gente para uma negociação, para conversar, nem nada."

 

De acordo com Thiago, o pedido de despejo feito pela UFBA deve afetar cerca de 52 pessoas, com a possível demolição de 6 barracas e 10 casas.

 

"Falaram que Maginais invadiram o terreno Aqui não tem nenhum marginal. Aqui tem trabalhador, gente que acorda 5 horas da manhã para trabalhar. Ainda botaram o São Lázaro como um bairro perigoso. Aqui a gente faz o Samba do São Lázaro já tem 3 anos, nunca aconteceu uma briga no evento. Tem um projeto com as crianças, feito por Rose, que ela usa o espaço dela, a estrutura do espaço dela, sem ajuda de ninguém, para fazer música, artesanato com as crianças."

 

Ao Bahia Notícias, o empresário fez um apelo: "Tem gente que mora no bar e depende disso para sobreviver. Eles dão 30 dias para pessoa saírem sem sequer ver um ponto para mandar essas pessoas. E ainda a gente tem que vai precisar pagar para deslocação da viatura e do caminhão para destruir."

 

PROCESSO E ÁREA
O site teve acesso ao processo para saber mais detalhes sobre o terreno pretendido pela UFBA. Conforme os documentos, a universidade solicita a área compreendida do lado direito da rua Professor Aristides Novis em frente à Faculdade de Filosofia até a rua Alto de São Lázaro, que fica ao lado do Santuário de São Lázaro.

 

A área nas proximidades do templo religioso é rodeada por uma comunidade. Confira a área:

 


Área de reintegração de posse solicitada pela UFBA | Foto: Google Earth

 

A primeira vez que a Justiça Federal ordenou despejo foi em maio de 2023, estabelecendo um prazo de 30 dias para a desocupação. Contudo, as certidões dos oficiais de justiça detalham as dificuldades e a periculosidade envolvidas na citação dos ocupantes devido à presença de facções rivais e ao adensamento das invasões.

 

Consequentemente, o juiz precisou requisitar força policial da Polícia Federal e Militar para garantir o cumprimento seguro da ordem judicial.

 

Sobre a periculosidade da região, nos autos do processo, é dito que há relatos de disputa entre facções rivais pela ocupação e posse dos terrenos invadidos. Além disso, que os servidores e funcionários da UFBA foram orientados pelo setor de segurança interna a não manter contato com os invasores para evitar represálias das facções criminosas que se encontram no local.

 

Conforme o processo, em decorrência dessa periculosidade, a Coordenação de Gestão de Segurança dos Campi UFBA (Cosega) e a Pró-Reitoria de Administração Geral da UFBA (Proad) recusaram-se a acompanhar a Oficiala de Justiça na identificação dos ocupantes dos terrenos.

 

Em razão das comunidades da região, foi notado também uma “natureza de ocupação irregular” do território, que está em crescimento “contínuo”. Um fator que dificultou ainda mais foi percebida durante uma diligência presencial realizada em fevereiro de 2024 na qual constatou mais ocupações, tanto residenciais quanto comerciais, além de criação de animais (como um estábulo com pelo menos dois cavalos), apresentando características distintas daquelas reportadas no Relatório de Inspeção inicial da UFBA.

Professora da Ufba é alvo de ato misógino durante reunião virtual da Faculdade de Direito
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Uma professora da Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia (Ufba) foi alvo de uma ofensa misógina durante uma reunião virtual da unidade.

 

 

O caso, que teria ocorrido no último dia 6 de outubro, passou a circular nas redes sociais nesta terça-feira (15) e envolveu a vice-coordenadora da unidade e professora-doutora Juliana Damasceno.

 

Ainda conforme relato, o encontro discutia a consulta prévia para escolha do novo diretor e vice-diretor da faculdade quando supostamente um estudante, apontado como presidente do Centro Acadêmico da faculdade, teria ofendido verbalmente a docente em plena sessão.

 

Não há informações sobre pronunciamento oficial da Ufba sobre o ocorrido.

MPF cobra explicações da Ufba sobre falta de vagas no curso de Medicina
Foto: Divulgação / Ufba

O Ministério Público Federal (MPF) na Bahia acionou a direção da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia (Ufba) exigindo respostas urgentes sobre supostas irregularidades na condução do curso de Medicina. Segundo o documento, há uma insuficiência crônica de vagas em disciplinas obrigatórias, o fracionamento indevido de semestres letivos e a implementação de critérios de matrícula considerados excludentes e contraditórios.

 

Em ofício reiterado, datado de 12 de setembro de 2025, o Procurador da República Edson Abdon Peixoto Filho estabeleceu um prazo suplementar de 15 dias para que a direção da Faculdade de Medicina se manifeste oficialmente. O documento é uma reiteração de uma requisição anterior, de 14 de agosto, que não foi atendida no prazo inicial de 10 dias. A resposta deve ser enviada exclusivamente pelo sistema eletrônico do MPF.

 

A investigação do MPF foi deflagrada com base em uma representação formal feita por um estudante. A queixa central descreve um cenário de discentes que enfrentam dificuldades sistemáticas para se matricular em disciplinas essenciais para a formação. O problema é de ordem estrutural e, segundo a representação, reconhecido publicamente por docentes e pela própria direção da faculdade, afirma o documento.

 

Um exemplo citado no Ofício, é o caso da disciplina Anatomia de Sistemas II, que ofereceu apenas 88 vagas regulares e 2 no período de ajuste, para uma demanda que supera 160 alunos. Situação similar se repete em outras matérias críticas, como Neuroanatomia e Fisiologia, criando um efeito cascata que impede a progressão curricular regular dos estudantes já a partir do segundo semestre.

 

DENUNCIA
Em vez de solucionar a raiz do problema, a medida adotada pela Ufba, segundo a representação, agravou a situação: o fracionamento artificial do 4º semestre em dois blocos, denominados 4.1 e 4.2. Esta prática, qualificada em relatório do Ministério da Educação (MEC) como uma "aberração pedagógica", estende indevidamente a duração do curso, que deveria ser de 12 semestres, para pelo menos 13.

 

A representação feita ao MPF, acusa a Reitoria da Ufba e a Direção da Faculdade de Medicina de omissão administrativa e negligência na gestão. A inércia em buscar soluções efetivas, como a solicitação formal de abertura de vagas adicionais ao MEC ou o investimento em infraestrutura e contratação de docentes, é apontada como uma violação grave dos princípios da administração pública, como a eficiência e a razoabilidade.

 

Para agravar o quadro, a transição do sistema de matrículas SIAC para o SIGAA implementou um critério de priorização considerado paradoxal: beneficia os alunos "semestralizados", ou seja, aqueles que estão com todas as disciplinas em dia. Contudo, é a própria insuficiência de vagas que impede os estudantes de se manterem nessa condição, criando, o que o MPF descreve como um ciclo vicioso de exclusão. A solução paliativa de matrículas antecipadas para os "dessemestralizados" mostrou-se ineficaz, pois frequentemente gera choques de horário com as disciplinas do semestre regular.

 

A representação alega violação de direitos fundamentais, incluindo o direito à educação de qualidade, o princípio da isonomia, a dignidade da pessoa humana e a eficiência administrativa. A situação tem reflexos concretos na avaliação da instituição, que viu sua nota cair de 5 para 4 estrelas em rankings acadêmicos, um indicativo claro da deterioração da qualidade do ensino.

 

Entre os pedidos encaminhados ao MPF estão a instauração de um inquérito civil público, a propositura de uma Ação Civil Pública para obrigar a universidade a apresentar um plano de expansão de vagas em 30 dias, a suspensão imediata do fracionamento de semestres, a revisão dos critérios de matrícula e a notificação do MEC para acompanhar o caso. O MPF alerta que a falta de resposta ou o retardamento injustificado no cumprimento da requisição pode acarretar responsabilidade para os gestores envolvidos. A comunidade acadêmica aguarda, sob tensão, o posicionamento formal da UFBA, que se vê pressionada a reverter um dos mais sérios impasses de sua história recente.

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a instituição informou que o assunto está pauta e sendo tratado pela Faculdade de Medicina da Ufba.

 

UFBA X MPF
Essa não é a primeira vez que o curso de medicina entra na mira do MPF. Em janeiro deste ano, o órgão instaurou um inquérito para apurar uma possível fraude nas cotas para ingresso na instituição.

MPF determina arquivamento de investigação sobre Buzufba; Instituição rescinde contrato com empresa
Foto: Reprodução

O Ministério Público Federal (MPF) promoveu o arquivamento do Procedimento Preparatório que apurava a suposta má qualidade do serviço de transporte de passageiros entre os campi da Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador, conhecido como 'Buzufba'. A decisão, publicada na sexta-feira (3) foi baseada na constatação de que a universidade já adotou as medidas cabíveis para sanar as irregularidades, rescindindo o contrato com a empresa originalmente responsável e contratando uma nova concessionária para o serviço.

 

A investigação teve origem em uma representação que listava uma série de problemas na prestação do serviço pela empresa Safira Transportes e Turismo EIRELI. Conforme os autos, a UFBA foi notificada pelo MPF e, nas respostas, detalhou as ações tomadas para resolver a situação. A universidade informou que a Safira Transportes foi notificada reiteradas vezes devido a paralisações não comunicadas, descumprimento de horários e paradas estabelecidas, e até pela utilização de veículos inadequados para a rota. Em virtude da persistência das irregularidades, a Ufba iniciou o processo de rescisão contratual.

 

O contrato administrativo com a Safira Transportes foi formalmente rescindido por acordo entre as partes, com efeitos a partir do dia 10 de julho de 2025. Para garantir a continuidade do transporte vital para a comunidade acadêmica, a Ufba instaurou um procedimento de dispensa de licitação, convocando empresas remanescentes de um pregão eletrônico anterior. A empresa Atlântico Transportes Ltda. aceitou assumir a execução do serviço, tendo sido firmado o Contrato Administrativo n.º 405/2025, com início em 21 de julho de 2025. A universidade afirmou que os serviços estão atualmente em execução, sem prejuízo aos usuários.

 

Em sua fundamentação, o Procurador concluiu que a Ufba adotou as medidas administrativas necessárias para corrigir as falhas, tornando infundada a adoção de quaisquer medidas judiciais ou extrajudiciais por parte do MPF.

UFBA segue como única baiana no ranking internacional, mas Brasil perde espaço no QS 2026
Foto: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) voltou a aparecer no QS World University Rankings 2026, divulgado nesta quarta-feira (1º), como a única instituição baiana listada no ranking internacional. A universidade, no entanto, figura apenas na faixa 1201-1400 entre mais de 1.500 instituições avaliadas, mantendo um desempenho discreto frente a outras universidades federais do país. 

 

No cenário nacional, a UFBA ocupa posição inferior a instituições como a Universidade de São Paulo (USP), que segue como a brasileira mais bem colocada, em 108º lugar — embora tenha perdido espaço e saído do Top 100 pela primeira vez em anos. Logo atrás aparecem a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp, 233ª) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ, 317ª).

 

Entre os critérios avaliados na última classificação, a UFBA teve seus melhores resultados em ‘Rede de pesquisa internacional’ (48,7/100), mas obteve notas baixas em ‘Reputação acadêmica’ (5,7/100) e citações de pesquisa (11,8/100).

 

Os demais critérios de desempenho ficaram com as seguintes pontuações. Proporção de alunos docentes (11,8), Proporção Internacional de Docentes (6,9), Citações por Faculdade (5,7) e Reputação do Empregador (5,0). Os indicadores ligados à internacionalização estudantil registraram as notas mais baixas, com Proporção de Estudantes Internacionais (2,0) e Diversidade de Estudantes Internacionais (1,8). 

 

Relembre as pontuações da baiana em gráfico entre as brasileiras:

 

 

 

 

 

No panorama global, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) manteve a liderança mundial pelo 14º ano consecutivo. O Imperial College London assumiu a segunda posição, seguido pela Universidade de Stanford. Na América Latina, a liderança na lista de melhores instituições de ensino da região foi a Universidad de Chile (UC).

 

O Brasil, apesar de continuar sendo o país latino-americano com mais instituições classificadas, registrou uma queda de desempenho: segundo a QS, houve uma redução líquida de 25% no rendimento das universidades brasileiras em relação à edição passada.

Baiana conquista primeiro lugar no Concurso Nacional de Violistas
Foto: Divulgação / Caio Lírio

A violista soteropolitana Laís Guimarães, de 29 anos, conquistou o primeiro lugar no V Concurso Nacional de Violistas, realizado pela Associação Brasileira de Violistas, em Brasília, no último fim de semana. Oito violistas pré-selecionados representando diferentes cidades do país competiam no concurso. 

 

Mestre pela Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (EMUS/UFBA) — instituição em que também cursou a sua graduação — Laís iniciou o seu caminho na música aos 14 anos de idade. Hoje, atua como violista na Orquestra Sinfônica da UFBA (OSUFBA) e, também, na Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA).

 

Laura Jordão, professora de Laís na EMUS e atualmente sua colega no naipe de cordas da OSBA e da OSUFBA, fala com orgulho da aluna: “Acompanho as conquistas de Laís há dez anos, desde que entrou na faculdade. Sempre foi extremamente determinada e dedicada; qualquer dificuldade ou obstáculo vira desafio a ser vencido e até agora ela venceu todos, dá orgulho de ver! O mérito é todo dela, mas é uma satisfação saber que pude ajudar e incentivar de alguma maneira”.

 

Para se preparar para o concurso, Laís precisou aproveitar o tempo da melhor forma possível: “Tentava estudar entre e após os ensaios das orquestras em que toco, mas sempre respeitando os limites do meu corpo, dando tempo para o corpo e a mente descansarem”. Entre as peças exigidas pelo CONNVIO, Laís apresentou obras de J. Brahms e de W. Walton.

 

Para o diretor da EMUS, prof. Dr. José Maurício Brandão, acompanhar o êxito dos estudantes em espaços que ultrapassam os limites da Escola de Música da UFBA é motivo de orgulho e uma demonstração da qualidade do trabalho desenvolvido pela Universidade Federal da Bahia. Ele ressalta ainda que vitórias como a de Laís demonstram “a importância de uma formação consistente, construída em um ambiente plural e proativo, características essenciais da universidade pública”.
 

Jerônimo Rodrigues garante articulação por obras estruturais e Hospital Universitário da UFBA em Conquista
Foto: Divulgação

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) recebeu nesta terça-feira (30) uma comitiva de vereadores de Vitória da Conquista e deputados estaduais para discutir investimentos estratégicos para trechos de infraestrutura e mobilidade. Na educação superior, o governo se envolve na expansão de um hospital universitário no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA). 

 

O Hospital universitário já havia sido tema de cobranças a bastante tempo, o vice-reitor da UFBA, Penildon Silva Filho emitiu uma nota para a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) avisando que 26% das internações de alta complexidade são enviadas para unidades em Salvador, demandando uma oferta local. 

 

"Vitória da Conquista já é reconhecida como polo de saúde para toda a Bahia. No entanto, a demanda cresce em ritmo mais acelerado que a capacidade de atendimento. Um quarto dos pacientes que precisam de serviços de alta complexidade ainda precisa se deslocar para Salvador. É um dado que não pode ser ignorado”, alerta o professor. 

 

O governador se comprometeu a levar pautas prioritárias diretamente ao governo federal já nesta quarta-feira (1º). Entre os pedidos de maior impacto para a terceira maior do sudoeste baiano, estão:

  1. Duplicação da BR-116: No trecho que atravessa Vitória da Conquista, visando maior segurança e fluidez.

  2. Obras de Mobilidade: Construção de viadutos e passarelas para desafogar o trânsito urbano.

  3. Educação Superior na saúde: A criação de um Hospital Universitário no campus da Universidade Federal da Bahia (UFBA) no município.

 

Imagem do campus e IMS em Vitória da Conquista | Foto: Reprodução / Guilherme Lima

 

Estavam presentes no encontro, o presidente da Câmara Municipal, Ivan Cordeiro (PL), e os vereadores Ricardo Gordo (PSB) e Luciano Gomes (PCdoB). Representando o município na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), estiveram os deputados Vitor Azevedo (PL) e Fabrício Falcão (PCdoB), além do secretário estadual de Relações Institucionais, Adolpho Loyola.

 

“A construção dos novos viadutos, já prometidos pelo Ministério dos Transportes, vai garantir mais segurança e fluidez no trânsito, reduzir acidentes e congestionamentos e melhorar a logística no transporte de cargas, o que é fundamental para o crescimento da cidade e para a região”, ressalta Ivan Cordeiro (PL).

 

Para o deputado estadual Vitor Azevedo (PL), “o governador demonstra mais uma vez o compromisso com a população de Vitória da Conquista, assegurando investimentos do Estado e buscando viabilizar verbas federais para obras prioritárias para o município e toda a região”.

Justiça baiana exige retratação por e-mail contra agressor de cônsul francês na Bahia
Foto: Divulgação

O agressor do Cônsul Honorário da França na Bahia, Mamadou Gaye, foi condenado a se retratar por e-mail e pagamento de R$ 3 mil por danos morais da primeira instância. A informação foi divulgada nesta terça-feira (18). O processo, que teve início em novembro de 2023, exigia inicialmente uma indenização de 40 mil reais após o francês Fabien Liquori chamar Gaye de “tirano africano” que deveria “voltar ao seu buraco parisiense”. 

 

Gaye recebeu com indignação a resposta da justiça: “A justiça protege as pessoas que cometem crime de racismo ao invés de proteger as vítimas de crime de racismo”, dispara. Segundo a vítima, a sentença evidencia como o sistema jurídico brasileiro ainda falha por não tratar com a devida gravidade as violações raciais sofridas por pessoas negras.

 

“Para mim é uma resposta clara da Justiça de que questões de injúria racial não são prioridade, negando a realidade dos impactos do racismo e a violência que representa”, avalia Gaye, que questiona o fato da decisão considerar jurisprudências que minimizam os danos morais em casos de racismo. “Em nossos recursos citamos jurisprudências com danos morais mais altos e a lei permite condenações muito maiores, mas a justiça baiana decidiu ignorar esses dados”.

 

A retratação “pública” deve acontecer através do mesmo e-mail que as injúrias foram feitas, no qual o agressor copiou membros a Academia de Letras da Bahia, do Consulado Geral da França e da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Concluída a seara civil, a expectativa é pelo processo penal que está tramitando diante da denúncia formal apresentada pelo Ministério Público do Estado da Bahia. Na manifestação da Promotora de Justiça de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa, Lívia Maria Sant’Anna Vaz, qualificava as ofensas proferidas por Fabien Liquori contra Mamadou Gaye como crimes contra a honra, injúria e injúria preconceituosa em razão da origem. 

 

O Ministério Público requeria o pagamento de uma reparação por danos morais no valor mínimo de R$ 20 mil. “A decisão da justiça civil não me para. Ao contrário, me dá forças e me motiva a ir mais longe. Vamos continuar nos movimentando contra o racismo”, assegura Mamadou.

Seminário na Ufba discute saberes populares e promove encontro entre academia e ancestralidade
Foto: Divulgação

Entre esta quarta-feira (10) e a sexta-feira (12), a Universidade Federal da Bahia (Ufba) será palco do VI Seminário Griô: Culturas Populares, Territórios e Encruzilhadas, um evento que se consolidou como uma das principais referências na valorização das culturas populares dentro do ambiente acadêmico.

 

A programação reúne nomes de destaque como Leda Maria Martins (MG), Kabengele Munanga (Brasil-Congo), Mestra Mayá (BA) e Luiz Rufino (RJ), além de diversos mestres e mestras das culturas populares de várias regiões do Brasil. Eles conduzirão oficinas, rodas de conversa e vivências, promovendo trocas intergeracionais e interculturais.

 

Com um formato inspirado nas dinâmicas das culturas populares, priorizando círculos de diálogo, experiências compartilhadas e apresentações culturais, o Seminário propõe uma aproximação entre conhecimento científico e saberes ancestrais, com participação de professores, estudantes, pesquisadores, artistas, educadores populares, coletivos culturais, movimentos sociais e comunidades tradicionais. 

 

Confira a programação completa:

QUARTA-FEIRA (10):

16h - Credenciamento
18h - Cortejo de Abertura
19h às 21h - Círculo de Abertura VI Seminário Griô: Culturas Populares, Territórios e Encruzilhadas - Leda Maria Martins e Luiz Rufino
LOCAL: Teatro Experimental de Dança (Campus Ondina)

 

QUINTA-FEIRA (11):

08h às 12h - Sessões dos Grupos de Trabalho 
12h às 14h - Apresentações Culturais / Sarau do Griô / Pausa para almoço
14h às 16h - Prosa com as/os Mestras/es
16h às 18h - Oficina de Dança Afro - Grupo Andanças (UNILAB); Lançamento de Livros; Café com as/os Mestras/es
LOCAL: FACED (Campus Canela)

 

18h - Círculo de Conversa Ancestralidade Africana e Indígena: Encruzilhada de Saberes - Kabenguele Munanga e Mestra Mayá Pataxó
LOCAL: Auditório da Faculdade de Direito (Campus Canela)

 

SEXTA-FEIRA (12):

08h às 12h - Sessões dos Grupos de Trabalho
12:30 Encerramento - Caruru de Encerramento e Apresentação Cultural do Samba da Quixabeira da Matinha
LOCAL: FACED (Campus Canela)
 

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Lídice da Mata cobra liberação de emenda de R$ 50 milhões para universidades federais da Bahia
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

A deputada federal Lídice da Mata (PSB), coordenadora da bancada baiana no Congresso Nacional, levou ao Supremo Tribunal Federal (STF) dificuldades enfrentadas na execução de uma emenda de bancada no valor de R$ 50,3 milhões destinada a quatro universidades federais da Bahia. Os recursos estavam previstos no Orçamento de 2025 para o Ministério da Educação, mas a execução foi suspensa após uma interpretação da lei complementar n.º 210/2024, que considerava irregular a descentralização dos valores entre as instituições beneficiadas.

 

A emenda, identificada como RP 7, foi aprovada pela bancada da Bahia e tinha como objetivo apoiar financeiramente a Universidade Federal da Bahia (UFBA), a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A medida buscava reforçar a infraestrutura acadêmica dessas instituições, fundamentais para a interiorização do ensino superior no estado.

 

O imbróglio surgiu a partir da Lei Complementar n.º 210/2024, que proíbe a individualização de emendas de bancada para atender demandas específicas de parlamentares isoladamente. No entanto, de acordo com a decisão, a interpretação acabou travando a execução, sob o argumento de que dividir os recursos entre diferentes universidades configuraria tal irregularidade.

 

Em decisão registrada na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, o ministro Flávio Dino afastou essa interpretação, destacando que a lei não impede a aplicação de uma emenda coletiva em várias instituições do estado, desde que a destinação seja para projetos estruturantes. Para ele, a divisão dos recursos entre as quatro universidades não configura fraude nem fere a legislação vigente.

 

"Nesse sentido, a citada lei não impede que uma “emenda de bancada” direcionada a projetos e ações estruturantes, destinada pela bancada ao Estado representado, tenha recursos aplicados em mais de uma Instituição de Ensino Superior, não havendo qualquer indício de fraude. Por isso, há que ser afastada a suspensão da execução da “emenda de bancada” supracitada, motivada pela interpretação imprecisa da LC nº. 210/2024.", afirmou.

 

Essa decisão faz parte das regras de transparência e rastreabilidade na execução das emendas parlamentares, proferida pelo ministro Flávio Dino, neste domingo (24). O documento, publicado nesta segunda-feira (25), reúne manifestações do Executivo, Legislativo, Tribunal de Contas da União (TCU), partidos políticos e entidades de controle social, além de determinar medidas de investigação.

 

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UFBA é a melhor universidade do nordeste e se recupera em classificação global do Ranking ARWU 2025
Foto: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) emergiu como a melhor universidade do Nordeste no Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU) ou Ranking de Xangai (Shanghai) 2025. O resultado é notável, após uma queda considerável em 2023 e uma retomada inesperada na liderança pelo Nordeste.

 

O Bahia Notícias teve acesso ao relatório completo do Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU) de Shanghai 2025. Nele, é possível observar que, mesmo com a UFBA melhorando, o caminho ainda é longo para ficar entre as 500 melhores do mundo.

 

A trajetória da UFBA no ranking demonstra uma recuperação significativa. Há três anos, em 2022, a instituição ocupava a 18ª posição nacional e a 3ª no Nordeste. Em 2023, nem sequer ficou entre as 20 melhores brasileiras. Em 2024, voltou a aparecer na 14ª posição e, neste ano, se manteve 14º lugar no país, o que a coloca na liderança entre as nordestinas.

 

Veja a evolução em números: 

 

O Brasil foi representado por 21 instituições no ranking mundial de 2025, com apenas três delas figurando entre as 500 melhores do mundo. Como esperado, a Universidade de São Paulo (USP) manteve a liderança nacional. 

 

É importante explicar que, apesar de o Nordeste ter boas universidades estaduais e federais, quando se observa as mais bem classificadas no ranking de Shanghai, somente a UFBA, a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal do Ceará (UFC) aparecem em posições de destaque por diversos anos consecutivos.

 

Trecho onde aparece as federais nordestinas quase empatadas | Foto: Montagem / Bahia Notícias

 

Isso não significa que instituições como UFRN (Federal do Rio Grande do Norte), UFPB (Federal da Paraíba), UESC, UNEB e outras não tenham qualidade de pesquisa ou ensino. Apenas que, nesses rankings específicos, elas não pontuam tão alto em comparação com as universidades citadas, como entre as 20 melhores do país.

 

Já entre as universidades federais, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) foi a mais bem classificada do país. A UFBA, por sua vez, garantiu sua posição entre as melhores da região, ficando na faixa de 901 a 1000 no ranking global. A universidade baiana aparece quase empatada com a Federal do Ceará e a de Pelotas.


 

Um exemplo é a universidade ser superada em outros rankings que consideram a capacidade de publicação e internacionalização de pesquisa. As pontuações da UFBA seguem baixasporém a baiana se manteve estável do último ano para cá. O ano de 2023 foi um ano de queda global na produção de pesquisa, e a universidade baiana foi muito atingida.

 

Para o Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UFBA, Ronaldo Oliveira, é necessário entender que as nordestinas não são rivais e sim cada uma tem sua autonomia e desafios internos. Além disso, para o pesquisador é preciso relembrar da queda global de pesquisa no ano de 2022. 

 

“Não estamos em uma competição. A UFBA é a UFBA, a UFC é a UFC e assim por diante. Em 2022 ocorreu uma queda global de pesquisa no mundo todo por conta das consequências da pandemia, cortes orçamentários na área de ciência e tecnologia e as mudanças nas políticas públicas para o setor, o que tem levado muitos cientistas brasileiros a buscarem oportunidades no exterior. É preciso ter cautela ao olhar esses rankings internacionais”, ressalta o pró-reitor em entrevista ao Bahia Notícias.

 

O pró-reitor lembra que dados da Agência Bori em conjunto com a Elsevier (2023) mostram que a produção científica brasileira, que se apresentava em crescimento constante nas décadas anteriores, teve uma queda perceptível em 2022 e se repetiu em 2023.

 

Ainda naquele relatório, demonstrou-se que, em tal período, o número de artigos científicos publicados por pesquisadores brasileiros em revistas internacionais de alto impacto sofreu um decréscimo de aproximadamente 20%. Por isso a queda na posição das universidades brasileiras.

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O Ranking Acadêmico de Universidades do Mundo (ARWU), ou Ranking de Shangai, é publicado desde 2003 com base em um conjunto de indicadores objetivos, com mais de 2.500 universidades são avaliadas, e as 1.000 melhores são publicadas anualmente.

 

A avaliação considera o número de vencedores do Prêmio Nobel e da Medalha Fields entre ex-alunos e funcionários, o volume de artigos publicados em periódicos de prestígio como Nature e Science, a quantidade de pesquisadores altamente citados e o número de artigos indexados.

UFBA é notificada pelo MPF por descumprir normas de acessibilidade e falhas em serviço
Foto: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

O Ministério Público Federal (MPF) emitiu uma recomendação a Universidade Federal da Bahia (UFBA) exigindo a correção de irregularidades no Centro de Apoio Psicossocial II da instituição. O documento, assinado pelo procurador da República Fábio Conrado Loula, aponta falhas graves no serviço, incluindo a falta de acessibilidade para pessoas com deficiência, carência de materiais básicos e déficit de profissionais.

 

Segundo o documento, as irregularidades foram constatadas em um relatório de inspeção do Ministério Público da Bahia (MP-BA) em agosto de 2022, mas, mesmo após notificações, a UFBA não resolveu os problemas.

 

De acordo com o MPF, o acesso ao local é feito por uma escada e uma rampa inutilizável devido à inclinação excessiva, o que viola a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146/2015) e a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Além disso, o centro sofre com a falta recorrente de materiais para oficinas terapêuticas e itens básicos, como copos descartáveis. Há também um déficit de um enfermeiro, um auxiliar administrativo e um recepcionista, prejudicando o atendimento aos pacientes.

 

A UFBA justificou a demora na correção das falhas alegando limitações orçamentárias. A construção de uma rampa acessível, por exemplo, já tem projeto aprovado e custo estimado em R$ 72 mil, mas a universidade não conseguiu viabilizar os recursos. O MPF, na publicação, afirmou que chegou a solicitar informações ao Ministério da Educação (MEC) sobre possível apoio financeiro, mas o órgão não respondeu, mesmo após pedido de prorrogação de prazo.

 

O MPF determinou prazos para a UFBA regularizar a situação. A universidade terá 60 dias para garantir o abastecimento de materiais e sanar o déficit de profissionais, realocando ou contratando servidores. Em 90 dias, deverá iniciar as medidas para obter recursos e dar início à obra da rampa, que precisa ser concluída em até 180 dias.

 

OUTRAS MEDIDAS

A UFBA já vinha sendo alvo de recomendações do MPF. Em 5 de agosto deste ano, foi determinada a instauração de um procedimento administrativo para monitorar o andamento de oito obras públicas paralisadas na universidade.

MPF instaura procedimento para monitorar obras paralisadas na UFBA
Foto: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

O Ministério Público Federal (MPF), por meio de uma portaria, publicada nesta terça-feira (5), determinou a instauração de um procedimento administrativo para monitorar o andamento de oito obras públicas paralisadas na área da Educação em Salvador, todas vinculadas à Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

A medida foi tomada pelo procurador da República Fábio Conrado Loula, com base em ofício-circular do MPF que destacou a necessidade de fiscalização de obras paralisadas em todo o país, conforme levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU).

 

As obras incluídas no procedimento são:

 

  • Ampliação e reforma da Escola de Teatro da UFBA;
  • Construção da sede do Instituto de Ciências da Informação;
  • Reforma da fachada da Faculdade de Odontologia;
  • Construção da Biblioteca da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas;
  • Construção do anexo dos Institutos de Física e Química;
  • Construção do Complexo do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (Bloco B);
  • Construção da sede da Escola de Música;
  • Reforma e ampliação da Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia.

 

Conforme informações prestadas pela UFBA no procedimento, a obra de construção da sede do Instituto de Ciências da Informação está judicializada, enquanto a reforma da fachada da Faculdade de Odontologia não possui orçamento para retomada. As demais obras têm previsão de reinício das atividades no segundo semestre de 2025.

 

Como parte do procedimento, o MPF requisitou à UFBA que informe, no prazo de dez dias úteis, o número do processo judicial relacionado à obra do Instituto de Ciências da Informação e a previsão para a retomada da reforma da Faculdade de Odontologia. Após o cumprimento da diligência ou o decurso de sessenta dias, os autos serão encaminhados para deliberação final.

Servidores do Hospital das Clínicas denunciam atuação ilegal de “guarda carros” no Canela e insuficiência de estacionamento 
Foto: Arquivo Pessoal

Servidores do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), mais conhecido como Hospital das Clínicas, localizado no bairro do Canela, próximo ao Centro de Salvador, denunciaram a atuação ilegal de “guarda carros” irregulares, conhecidos como “flanelinhas” dentro do estacionamento da unidade, vinculada a Universidade Federal da Bahia (UFBA).

 

Ao Bahia Notícias, um dos servidores que optou por não se identificar, relata que o problema é antigo e se dá, principalmente, pela insuficiência do estacionamento do Hospital. Acontece que, até junho deste ano, os trabalhadores, visitantes e até pacientes do Hupes utilizavam as ruas laterais do Hospital, como a Rua Basílio da Gama e adjacências, para estacionar os veículos, devido à limitação do estacionamento. 

 

“Há muitos anos já, a comunidade, em especial os trabalhadores da saúde e a comunidade acadêmica, usam aquele espaço da rua para poder estacionar nas vagas e quem administrava isso era a UFBA, até então. Há um tempo, foi sinalizado pela Transalvador, porém não estava tendo ainda ação e agora eles estão atuando de fato”, conta. O servidor explica que devido ao pouco espaço do estacionamento do Hupes, que fica em frente a unidade, sinalizado com guaritas e uma separação física, o uso gratuito das ruas ao redor era uma prática aceita. 

 

Em 26 de junho, a UFBA disponibilizou um comunicado entre os servidores sobre o tema. “O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA) informa que a área do entorno do hospital - a partir da guarita e especialmente a Rua Basílio da Gama - trata-se de uma via pública cuja gestão e fiscalização são de responsabilidade dos órgãos competentes do município de Salvador, não estando, portanto, sob gestão do Hupes-UFBA”

 


Nota enviada pelo Hupes aos servidores no dia 26 de junho. Foto: Arquivo pessoal

 

No entanto, com a chegada da Transalvador e a regulamentação das zonas de estacionamento, do tipo zona azul, a prática passa a pesar no bolso dos servidores e gerar conflitos no estacionamento privado do Hospital. “Eles [agentes da Transalvador] já estão atuando ativamente. Disseram que ali vai virar tudo zona azul agora e esse fato já revolta porque isso está gerando um transtorno enorme para os trabalhadores em geral, em relação a ter que enfrentar fila, atrasos. O Canela não é um lugar seguro, como a gente sabe, e a partir dessa regulamentação, eles não dizem que eles estão autuando, então, muitos colegas estão tendo carro rebocado”, conta a testemunha. 

 

Ao Bahia Notícias, o Hospital das Clínicas informou que disponibiliza 117 vagas de estacionamento em frente a unidade “destinadas exclusivamente a veículos previamente cadastrados e identificados com selo institucional”. A limitação de vagas, junto aos riscos do estacionamento irregular, geram complicações para estacionar no espaço interno do HUPES. 

 

Para aqueles que não querem enfrentá-la resta a incerteza: as placas na rua Basílio da Gama indicam impossibilidade de parada nas ruas em questão, sujeito a reboque e multa, ainda que os rumores indiquem uma possível regulamentação de Zona Azul, um sistema de estacionamento rotativo municipal, na região. Acontece que mesmo em caso de regulamentação da zona, os custos ainda não compensariam: seriam R$ 9 por dia, para os trabalhadores com carga horária entre 6h e 12h, o equivalente a R$198 por mês, considerando 22 dias de trabalho.

 

Em nota enviada ao BN, a Superintendência de Trânsito de Salvador informou “que o ordenamento do trânsito nas vias públicas que circundam o Hospital das Clínicas, bem como a intensificação da fiscalização, foi uma solicitação da Universidade Federal da Bahia. O estacionamento ao longo da via principal de circulação do campus do Canela, na região do hospital passou por mudanças para adequação à legislação, que determina que vias de acesso a prédios devem estar desobstruídas para o trânsito livre de veículos, especialmente ambulâncias, e acionamento do Corpo de Bombeiros em caso de necessidade”, escreveu a Superintendência. 

 

“A sinalização na região foi completamente requalificada e houve um período de adaptação e orientação de condutores”, completa a nota da Transalvador. 

 


Foto: Arquivo pessoal

 

FLANELINHAS DENTRO E FORA 
O número limitado de vagas intensifica outro problema entre os servidores que utilizam veículos próprios: o assédio dos “guarda carros” irregulares, conhecidos como “flanelinhas”. Ao BN, o servidor do Hupes detalha que além das vagas demarcadas no estacionamento, direcionada aos gestores do Hospital e da Reitoria, as vagas restantes são ocupadas pelos flanelinhas, que chegam cedo ao local para guardar as vagas de quem paga uma mensalidade. 

 

“Existe essa ação específica de pessoas que guardam carros lá dentro, aos olhos dos gestores”, declara. “Nós trabalhadores estamos sendo submetidos não só a essa medida tempestiva da Transalvador, bem como a ação desses indivíduos que ficam lá dentro [do estacionamento] ganhando dinheiro dos grandes para poder estacionar e ter vaga garantida porque tem vagas oficiais, que são guardadas porque já tem uma vaga do seu superintendente, mas agora ainda tem esses que pagam para ter seu carro guardado”, detalha o servidor, em entrevista.

 

No mesmo comunicado enviado no dia 26, a Universidade e o Hupes também estabelecem que “eventuais ocorrências relacionadas ao uso do espaço público, como questões envolvendo o estacionamento, a presença de guardadores de veículos e circulação de pessoas, não devem ser direcionadas para a gestão ou para a Ouvidoria do Hospital, pois extrapolam a esfera de atuação institucional”. Mas o que afirmam os servidores é que os agentes também atuam dentro do espaço da unidade hospitalar, guardando vagas mediante pagamento. 

 

“A gente chega, tem colegas que vão dar plantão sete horas da manhã, mas eles chegam lá cinco para poder estacionar, porque senão já não encontra mais. Seis horas da manhã você não encontra mais onde estacionar, por conta desses guarda-carros e por conta dessas vagas garantidas”, menciona o profissional.

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias, o Hupes não falou sobre a atuação desses agentes irregulares, mas garantiu que “o hospital reforça que segue buscando, dentro de sua competência, alternativas para melhorar as condições de estacionamento e acesso à instituição”. Já a Transalvador, define que “não tem competência legal para atuar contra os guardadores ilegais. Caso o cidadão se sinta coagido por um deles, orientamos manter contato com a polícia”. 

 

Confira as notas do Hupes e da Transalvador, enviadas a reportagem: 

 

“Posicionamento – Hupes-UFBA/Ebserh

O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA/Ebserh) informa que dispõe de 117 vagas internas de estacionamento, destinadas exclusivamente a veículos previamente cadastrados e identificados com selo institucional. 

O Hupes informa, ainda, que a Rua Basílio da Gama e as demais vias do entorno são de responsabilidade do Executivo Municipal. Por fim, o hospital reforça que segue buscando, dentro de sua competência, alternativas para melhorar as condições de estacionamento e acesso à instituição” 

“A Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) informa que o ordenamento do trânsito nas vias públicas que circundam o Hospital das Clínicas, bem como a intensificação da fiscalização, foi uma solicitação da Universidade Federal da Bahia (Ufba). O estacionamento ao longo da via principal de circulação do campus do Canela, na região do hospital passou por mudanças para adequação à legislação, que determina que vias de acesso a prédios devem estar desobstruídas para o trânsito livre de veículos, especialmente ambulâncias, e acionamento do Corpo de Bombeiros em caso de necessidade – por exemplo, o combate a incêndios. 

A sinalização na região foi completamente requalificada e houve um período de adaptação e orientação de condutores. 

Destaque-se que os estacionamentos pertencentes às unidades existentes – a saber, Hupes, Reitoria, Pró-Reitorias, Instituto de Saúde Coletiva, Escolas de Enfermagem e de Nutrição, e Biblioteca de Saúde – permanecerão sob a responsabilidade da direção de cada uma, conforme as vagas demarcadas, e não devem afetar a circulação de veículos na via principal.

A Transalvador não tem competência legal para atuar contra os guardadores ilegais. Caso o cidadão se sinta coagido por um deles, orientamos manter contato com a polícia. Essa é uma questão criminal”

Prefeitura realiza obras no Palácio da Sé em meio a preparativos para mudança da sede do Executivo municipal
Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS

A Prefeitura de Salvador anunciou a realização de obras de manutenção e melhorias no Palácio Arquiepiscopal, também conhecido como Palácio da Sé, localizado no Centro Histórico da capital baiana. Embora ainda não tenha confirmado oficialmente, as intervenções são etapas preparatórias para o local funcionar como a nova sede da gestão municipal, que vai deixar em definitivo o Palácio Thomé de Souza, na Praça Municipal.

 

O imóvel histórico passou a receber atenção especial da administração municipal após o avanço de tratativas relacionadas à desocupação do atual prédio da Prefeitura, cuja estrutura metálica provisória, projetada pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, já teve a remoção determinada pela Justiça Federal.

 

Foto: Jefferson Peixoto / Secom PMS

 

Segundo apuração do Bahia Notícias, para continuar avançando na mudança, a prefeitura também tenta vencer alguns entraves junto à Arquidiocese de São Salvador da Bahia. A reportagem já havia mostrado, por exemplo, que o prefeito Bruno Reis enfrentou obstáculos como o atraso para remoção do acervo existente no local, que é de responsabilidade da Arquidiocese.

 

Além disso, por se tratar de um bem tombado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a prefeitura precisou elaborar um projeto específico para patrimônio histórico.

 

A prefeitura de Salvador projeta que todo o serviço seja concluído até dezembro deste ano. Contudo, ainda não há um cronograma oficial para a migração, que só deve ser finalizar no primeiro semestre do próximo ano.

 

Tocadas pela Secretaria de Manutenção (Seman), as obras incluem intervenções como nova pintura e restauro da fachada, reforço estrutural, novas instalações elétricas, manutenção e instalação de novas esquadrias, pintura interna e instalação de novos sanitários.

 

INCENTIVO FEDERAL
A movimentação em torno do Palácio da Sé ganhou força nos últimos meses, com a aprovação, pelo Ministério da Cultura, de um projeto para revitalização de seu acervo e estrutura. A proposta inclui a recuperação de obras arquitetônicas e artísticas, além da captação de doações e patrocínios junto à iniciativa privada para viabilizar as intervenções.

 

Estão inclusos nos reparos 33 peças integrantes do acervo da Catedral Basílica de Salvador e do Centro Cultural Palácio da Sé, pertencentes aos séculos XVIII e XIX, a saber: esculturas, colunas, fragmentos, 11 personagens de presépios, castiçais, 1 credência barroca e uma rara escultura em papel maché.

 

Paralelamente, o futuro do Palácio Thomé de Souza também começa a ser discutido. Entre as possibilidades em análise estão a transformação do espaço em uma galeria de arte ou a doação da estrutura à Universidade Federal da Bahia (Ufba). Outra ideia em tramitação na Câmara Municipal propõe a criação de um parque-biblioteca inspirado em modelos internacionais, reaproveitando a estrutura metálica do prédio.

 

Já a parte do subsolo, onde atualmente funciona um estacionamento, deve se tornar um novo Centro de Convenções com capacidade estimada para 4 mil pessoas.

 

Além do estacionamento, o espaço abriga uma subestação de energia, operada pela Neoenergia Coelba, que será alocada para o terreno da Praça Castro Alves. O projeto é tirar do papel um centro de convenções entre os Palácios Thomé de Souza e o Rio Branco.

Diplomas universitários de papel não serão emitidos na Bahia; entenda
Foto Ilustrativa: Reprodução / UESB

O Ministério da Educação (MEC) implementou uma mudança importante que afeta diretamente os estudantes universitários brasileiros, a partir de julho deste ano, os diplomas de graduação não serão mais emitidos em papel. A decisão segue a portaria n° 70, assinada pelo ministro Camilo Santana. Vale explicar que os impressos emitidos antes de julho continuam válidos.

 

Agora, o diploma será exclusivamente digital, contando com assinatura eletrônica e um carimbo digital que registra a data e o horário exato da emissão. O objetivo do MEC é tornar o processo mais rápido, seguro e menos sujeito a fraudes, eliminando, por exemplo, a necessidade de assinaturas presenciais.

 

Para facilitar a consulta e a validação, o diploma digital incluirá mecanismos como um código de validação e um QR Code. Mesmo sendo a única versão com validade jurídica, os formandos poderão imprimir o documento, mas essa cópia terá apenas valor simbólico.

 

E A BAHIA?

Isso significa que a partir das datas limite estabelecidas, julho de 2025 para graduação e 2 de janeiro de 2026 para pós-graduação stricto sensu e Residência em Saúde), todas as universidades, centros universitários e faculdades federais, estaduais e privadas que fazem parte do Sistema Federal de Ensino deverão estar aptas a emitir seus documentos nesse formato.

 

Na Bahia, isso inclui instituições como a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), além de faculdades e centros universitários privados. 

 

Imagem de cópias quase identificas a diplomas originais de papel | Foto ilustrativa: Reprodução / PF

 

E OS DIPLOMAS ANTIGOS? 

Para quem já possui um diploma impresso, emitido antes de julho de 2025, não há com o que se preocupar: esses documentos continuam totalmente válidos. A mudança afeta apenas os novos diplomas emitidos a partir da data de obrigatoriedade.

 

Algumas universidades já haviam adotado o sistema digital de forma antecipada desde 2021. Agora, a emissão digital é uma regra para todas as instituições de ensino superior no Brasil. A digitalização dos diplomas também será estendida aos cursos de pós-graduação. Segundo o MEC, a obrigatoriedade para essa modalidade de ensino começará a valer a partir de janeiro de 2026.
 

Homem é preso após realizar filmagens de mulheres em banheiros da UFBA
Foto: Reprodução / UFBA

Um homem foi preso acusado de filmar e fotografar mulheres nos banheiros femininos da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Ele foi identificado como Emerson Batista, de 33 anos e estaria cometendo os crimes há pelo menos cinco anos.

 

Segundo informações do Alô Juca, o caso veio à tona após o criminoso ser descoberto por uma aluna que o flagrou enquanto era gravada. A denúncia levou representantes da UFBA a registrarem um boletim de ocorrência, e Emerson foi detido pela Polícia Civil, por meio da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM).

 

O homem foi liberado com o uso de tornozeleira eletrônica após passar por audiência de custódia na última segunda-feira (7). Emerson Batista já tinha passagem pela polícia pelos mesmos crimes.

 

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Os casos de assédio nos banheiros da universidade não são novidade. Um outro homem já chegou a ser preso acusado de sequestrar e estuprar três mulheres no Instituto de Letras, que fica localizado no campus de Ondina.

 

Outro caso noticiado foi em 2022, um homem invadiu o banheiro feminino da Faculdade de Comunicação (Facom). Segundo a universidade, o suspeito tentou filmar uma aluna que estava dentro de uma das cabines do local.

MPF instaura inquérito para apurar supostas irregularidades em concurso da UFBA
Foto: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

O Ministério Público Federal (MPF) abriu um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades em um processo seletivo simplificado realizado pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A portaria de instauração, assinada pelo procurador da República Leandro Bastos Nunes, determina a apuração de indícios de direcionamento na aprovação de uma candidata, com base em uma interpretação questionável das regras do edital.

 

Segundo o MPF, há suspeitas de que a comissão avaliadora tenha flexibilizado indevidamente os critérios para beneficiar uma determinada candidata, aceitando títulos em "áreas correlatas" à Odontologia sem amparo claro nas normas do concurso. A investigação visa esclarecer se houve manipulação no julgamento de méritos ou desvio de finalidade no processo.

 

O órgão determinou a notificação das representantes (autoras da denúncia) e a solicitação de informações à Comissão Permanente de Pessoal Docente (CPPD) da UFBA. A universidade terá 30 dias para explicar quais fundamentos jurídicos justificaram a aceitação dos títulos da candidata, quais instâncias internas aprovaram a interpretação ampliativa do edital e se existem precedentes de contratações semelhantes. Além disso, a CPPD deverá apresentar cópias de pareceres técnicos ou atas de reunião que embasaram a decisão.

 

Em nota enviada ao Bahia Notícias, a UFBA afirmou que tem conhecimento do procedimento instaurado pelo MPF, bem como alegou colaborar com a investigação do órgão.

 

Veja nota na íntegra:

 

A Universidade Federal da Bahia tomou conhecimento do inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal (MPF) para investigar supostas irregularidades em processo seletivo simplificado para contratação de professor substituto da Faculdade de Odontologia da UFBA. Nesse processo, o MPF solicitou à UFBA questionamentos que foram respondidos pela instituição em maio desse ano.

 

No presente momento, o MPF encaminhou perguntas adicionais, mais voltadas para a condução da Faculdade no processo seletivo. A Comissão Permanente de Pessoal Docente da UFBA (CPPD), com a contribuição da Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas (PRODEP), tem colaborado com informações requeridas junto à Direção da Unidade para, em seguida, encaminhar os devidos esclarecimentos ao MPF.

 

A UFBA entende que tais processos fazem parte da normalidade da gestão pública e que as legítimas demandas junto ao MPF e outros órgãos de controle, além de trazerem melhorias nos processos, contribuem para torná-los cada vez mais seguros transparentes para a sociedade, evidenciando, portanto, a lisura dos procedimentos de governança institucional.

MPF arquiva procedimento sobre não convocação de técnicos em citopatologia aprovados em concurso
Foto: Divulgação

O Ministério Público Federal (MPF) arquivou do Procedimento Preparatório que investigava supostas irregularidades na não convocação de candidatos aprovados no Concurso Público Nacional nº 01/2023 da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) para o cargo de Técnico em Citopatologia. A decisão foi publicada nesta terça-feira (8).

 

O caso teve origem em uma manifestação de candidatos aprovados na microrregião 3, que alegaram preterição diante da ausência de convocações, mesmo com a comprovada necessidade dos serviços em hospitais universitários de Sergipe, Alagoas, Pernambuco e Bahia. Os manifestantes destacaram que a função é essencial para o diagnóstico do câncer, doença que, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), deve registrar 704 mil novos casos entre 2023 e 2025. Entre as irregularidades apontadas estavam a terceirização de serviços, desvio de função de outros profissionais e a discrepância no número de técnicos entre as unidades hospitalares.

 

A EBSERH, por sua vez, esclareceu que o concurso em questão previa apenas a formação de cadastro de reserva, sem vagas imediatas, e que o dimensionamento de pessoal segue portarias ministeriais e critérios de eficiência. A empresa pública também negou a existência de preterição, afirmando que hospitais como o HU-UFS (Aracaju), HUPES-UFBA (Salvador) e HU-Univasf (Petrolina) não tinham vagas em aberto no momento do certame. Quanto à terceirização, justificou que parcerias já estavam em vigor antes do concurso, como no Hospital Universitário de Lagarto (SE), onde o serviço de anatomopatologia é terceirizado desde a fundação.

 

O MPF considerou que os candidatos aprovados em cadastro de reserva possuem apenas expectativa de direito, não havendo obrigatoriedade de nomeação sem a abertura de vagas. O órgão citou jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que reconhece a discricionariedade da administração pública na convocação, salvo em casos de preterição arbitrária. Como não foram identificadas irregularidades suficientes para configurar violação de direito, o procedimento foi arquivado.

MPF abre inquérito para apurar redução de vagas para egressos do Bacharelado Interdisciplinar da UFBA
Foto: Reprodução / UFBA

O Ministério Público Federal (MPF) decidiu abrir um inquérito civil para investigar possíveis irregularidades no processo de oferta de vagas para estudantes do Bacharelado Interdisciplinar (BI) da Universidade Federal da Bahia (UFBA) que desejam migrar para outros cursos da instituição. A medida foi publicada nesta sexta-feira (13) após denúncia de uma possível diminuição no número de vagas disponíveis para esses alunos.

 

O caso teve início após o MPF tomar conhecimento de que a UFBA estaria reduzindo as oportunidades de transição para os ingressantes do BI no semestre 2022.2. Segundo, o documento, a universidade realizará um processo seletivo extraordinário em 2026, exclusivo para alunos que concluírem o BI no primeiro semestre de 2025. No entanto, uma comissão interna criada para definir o número de vagas ainda não finalizou seu trabalho, deixando os estudantes em situação de incerteza.

 

O MPF afirmou que caso haja uma redução injustificada de vagas, os estudantes poderiam ter seus direitos violados, já que a transição do BI para outros cursos é uma etapa crucial em sua formação.

 

A portaria determina a conversão do procedimento preparatório em inquérito civil, para investigar como a UFBA está organizando o processo seletivo extraordinário. Além disso, os autos foram encaminhados ao Núcleo de Cidadania e Resolução de Conflitos (NUCIVE) para acompanhamento.

Sem investimentos, UFBA cai 26 posições em ranking internacional de educação
Entrada da UFBA em Ondina | Foto: Reprodução / Ronne Oliveira

A Bahia foi representada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) em mais um ranking internacional de educação. Dessa vez, os novos dados de 2025 do ranking Center for World University Rankings (CWUR) revelam um cenário preocupante para o ensino superior baiano: a universidade caiu 26 posições na classificação geral.

 

A realidade não foi exclusiva da maior federal baiana. Segundo os dados, das 53 instituições de ensino brasileiras que integram a lista, 46 registraram queda em suas classificações. O motivo apontado pelo CWUR é a “persistente falta de investimento do governo nas universidades”.

 

Essa brusca queda na competitividade global das instituições brasileiras é um reflexo direto do enfraquecimento do desempenho em pesquisa e do apoio financeiro limitado, como explica ao portal G1 o presidente do CWUR, Dr. Nadim Mahassen. "Enquanto vários países colocam o desenvolvimento da educação e da ciência como prioridade, o Brasil luta para acompanhar", afirma Mahassen.

 

A UFBA não só decaiu na posição geral, como também quando comparado com os resultados do ano de 2024, a universidade perdeu posição em todas as categorias avaliadas. Perdeu duas posições entre as latino-americanas, saindo da 36ª para a 34ª.

 

Também perdeu posição em categorias como “Classificação de Empregabilidade” (que mede a capacidade dos estudantes de encontrarem empregos formais), caindo 52 posições, e “Classificação de Pesquisa” (que mede o nível de influência da pesquisa para o mundo), caindo 29 posições.

 

Embora a UFBA apareça em queda, o nível educacional não foi tão baixo: ela continua entre as 4,8% mais bem avaliadas do mundo, com uma nota de 70,5 / 100, embora esse valor não tenha apresentado crescimento expressivo, saindo de 70,1 em 2022. Os dados são disponíveis na página do ranking. 

 

A Universidade de São Paulo (USP) continua sendo a brasileira mais bem colocada, mas também registrou quedas em indicadores como qualidade da educação, empregabilidade, qualidade do corpo docente e pesquisa, caindo para a 118ª posição.

 

Sendo que a Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) já manifestou que o orçamento previsto para universidades federais como todo 2025 segue muito abaixo do necessário, um valor de R$ 10,4 bilhões. 

 

Com campi em cidades como Vitória da Conquista, Camaçari e Salvador (bairros como Ondina e Canela), a UFBA ficou na posição 1.007° de mais de 21 mil instituições avaliadas em 2025. A Equipe de Redação do Bahia Notícias entrou em contato com a assessoria de imprensa da universidade questionando sobre os recentes cortes orçamentários, contudo, não houve resposta. 
 

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Governo Lula anuncia recomposição orçamentária para universidades federais, mas orçamento é o menor desde Temer
Foto: Montagem / Bahia Notícias

Em reunião com os reitores das universidades federais nesta terça-feira (27), o governo Lula, por meio do Ministério da Educação (MEC), anunciou uma recomposição orçamentária para as instituições federais de ensino superior. Com as medidas, um adicional de R$ 400 milhões foi liberado. Mas, mesmo com esse acréscimo, o orçamento discricionário — aquele destinado a despesas essenciais — ainda é o menor desde a gestão Temer em 2018, e permanece abaixo dos níveis observados nos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL), antes da pandemia.

 

Outro anúncio foi a mudança no limite anual de orçamento para universidades e Institutos Federais. A partir de junho, o repasse voltará a ser de um doze avos (1/12) do total previsto para o ano na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025. Essa medida substitui a restrição adotada em março, que limitava o uso do orçamento a 1/18 do total.

 

A medida vem logo após um decreto assinado pelo presidente Lula em 30 de abril ser criticado por entidades da área da educação. Ele trata da programação orçamentária e financeira, estabelecendo o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder Executivo federal para o exercício de 2025.

 

O texto original limitava a execução orçamentária das despesas discricionárias mensais das universidades e previa que parte do orçamento seria liberada somente em dezembro. Além do decreto, outra medida que sufocou o orçamento das universidades foi um corte de R$ 340 milhões na Lei Orçamentária Anual (LOA) aprovada pelo Congresso.

 

Em resposta, a União Nacional dos Estudantes (UNE) convocou manifestações após o decreto em favor de um maior orçamento nas instituições de ensino para esta quinta-feira (29), já a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), presente na reunião comemorou a medida do acréscimo e retratou a reunião com o governo com ponto de diálogo.

 

"Foram feitos anúncios importantes, sobretudo, na questão orçamentária. […] Aguardamos ainda por novas medidas, que estão sendo estudadas nesse momento. A reunião foi um aumento de diálogo [com o governo], mas é importante nossas universidades apresentarem suas principais necessidades e seus principais projetos para contribuir com nosso país", declarou o presidente da Andifes José Diniz Melo.   

 

Momento da Reunião com os reitores | Foto: Reprodução / Luis Fortes - MEC

 

Um levantamento revelado pela Folha de S.Paulo, com base em dados do centro de estudos SoU Ciência, revela que o gasto da União com universidades federais em 2024 foi de R$ 5,04 bilhões. Esse valor é inferior aos R$ 5,2 bilhões executados em 2023 e também abaixo do patamar de 2016 e 2019, mesmo com o aumento no número de matrículas e a expansão da rede federal de ensino. Veja abaixo:

 

 

Para contextualizar, a SoU Ciência detalha os orçamentos discricionários desde o governo Fernando Henrique Cardoso. O maior investimento ocorreu em 2013, durante o governo Dilma Rousseff, atingindo R$ 7,51 bilhões. Nos últimos seis anos, que abrangem o final do governo Temer, o governo Bolsonaro e o atual governo Lula, o maior valor foi de R$ 5,52 bilhões em 2019 (governo Bolsonaro).

 

Embora o governo Lula tenha superado os valores de Bolsonaro e da pandemia nos últimos dois anos, ainda não alcançou o pico de investimento da gestão Dilma. Em 2024, no atual governo, o valor foi de R$ 5,04 bilhões, ficando abaixo do patamar de 2019.

 

O Ministério da Educação (MEC), por sua vez, atribui a situação à redução de verbas dos anos anteriores. Em nota à Folha, o MEC afirmou que "na gestão atual, os recursos destinados às instituições tiveram um aumento de 22%". Complementou ainda que está "trabalhando para garantir a recomposição do orçamento em 2025 destinado às instituições federais de ensino superior, que foi reduzido a partir de aprovação da Lei Orçamentária Anual no Congresso Nacional".

 

Imagem de entrada da UFBA em Salvador | Reprodução: Ronne Oliveira / Bahia Notícias

 

AS REALIDADES DAS FEDERAIS BAIANAS
 

Na Bahia, a situação se repete em 5 universidades bem avaliadas em ranking's de educação. A Universidade Federal da Bahia (UFBA), a maior do estado e uma das maiores do Nordeste, informou em nota recente que, apesar de esforços de readequação interna, o orçamento atual não é suficiente para garantir o funcionamento pleno de suas atividades.

 

Obras importantes, como a requalificação de prédios antigos nos campi de Salvador, Vitória da Conquista e Camaçari, seguem sem previsão de conclusão. Além disso, a universidade determinou limitações no uso de recursos, como desligamento de ar-condicionados e elevadores a fim de evitar gastos de energia.


 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o reitor Roque Albuquerque da UNILAB (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira), com campus no interior baiano como em São Francisco do Conde, comentou sobre os anúncios. Para ele, a medida mais positiva foi a adoção dos pagamentos de 1/12, pois isso permite controlar as despesas estudantis mais emergenciais.

 

"O governo anunciou que vai devolver os 259 milhões que foram cortados pelo Congresso, ou seja, foi uma correção. Mas a melhor notícia foi a devolução imediata dos próximos 3 dias do orçamento de 5/12 alvos. O Ministro Haddad confirmou a retirada, a gente volta até 1/12 alvos ao invés de 1/18, isso é uma boa notícia. Vamos pagar o que está atrasado, como os serviços essenciais, como em manter bolsas estudantis e restaurantes", explica o gestor. 

 

O reitor destacou, ainda, que mesmo com os desafios, o ministro Camilo Santana se mostra mais comprometido com o diálogo, contudo criticou a ausência do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos). No entanto, Albuquerque ressaltou que seriam necessários mais R$ 2 bilhões para os investimentos retornarem aos maiores índices, como os da gestão Dilma Rousseff em 2014.

 

"Temos que lembrar que de 2014 até 2025, o orçamento discricionário caiu de 12,6 bi para 7,3 bi. Quase que pela metade. Desde o governo Dilma, nós vimos recebendo cortes no decorrer desses anos, com exceção dos anos da pandemia. O orçamento previsto para esse ano era menor, isso nos assustou. E acrescento: temos que ir para cima do MGI, não podemos cobrar só o MEC. Quando o MGI trata com o 1/18 alvos, você tá vendo a floresta, mas não tá entrando [na floresta] para [entender] o que nós, reitores, passamos", cobra o reitor.

 

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), por sua vez, operava em regime de contingenciamento desde abril de 2025. A reitoria alertou sobre dificuldades para manter contratos de segurança e limpeza, e confirmou a paralisação de investimentos em equipamentos laboratoriais, o que pode comprometer o calendário acadêmico do segundo semestre.

 

A Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), por sua vez, operava em regime de contingenciamento desde abril de 2025. A reitoria alertou sobre dificuldades para manter contratos de segurança e limpeza, e confirmou a paralisação de investimentos em equipamentos laboratoriais, o que pode comprometer o calendário acadêmico do segundo semestre.
 

No Oeste baiano, a Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOBtambém relatou impactos do decreto presidencial nº 12.448, de abril de 2025, que fragmentou o repasse do orçamento discricionário em 18 partes, das quais somente 11 devem ser liberadas até novembro de 2025. A instituição afirma que está sem recursos para realizar a manutenção predial necessária em unidades dos campi de Barreiras, Santa Maria da Vitória e Bom Jesus da Lapa.

 

"A medida é fundamental para atender ao que foi planejado com base na PLOA. É importante destacar que reconhecemos o esforço do MEC na busca pela superação do declínio orçamentário ocorrido nos últimos anos e pela abertura ao diálogo necessário para compreensão das demandas da Educação Superior. Contudo, mantemos a posição de defesa em relação à necessidade de garantias do financiamento das universidades aos níveis vivenciados em 2014", ressalta o reitor da UFOB em resposta oficial.

 

O Ministério da Educação (MEC) afirma que, desde 2023, tem se esforçado na recomposição que o orçamento geral da pasta subiu 38% nos últimos três anos. Ainda assim, os reitores baianos aguardam com expectativa o desenrolar das ações do governo, especialmente após a reunião desta terça-feira (27), para a liberação de verbas retidas e o restabelecimento do repasse mensal integral — equivalente a 1/12 do orçamento anual.

Glauber Braga virá para Salvador para participar de manifestação contra cassação de mandato na Câmara dos Deputados
Foto: Reprodução / Psol

O deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) virá para Salvador para participar de uma manifestação contra a cassação de seu mandato no Auditório da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), nesta quinta-feira (15), às 17h. O protesto faz parte da Caravana Nacional #GlauberFica, que reúne apoiadores e líderes políticos pela manutenção do mandato do psolista que teve a cassação aprovada pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

 

O dirigente do Psol e segundo colocado na disputa à prefeitura de Salvador, Kleber Rosa, destaca a importância da permanência de Glauber no Congresso Nacional. Segundo ele, a continuidade de seu correlegionário na Câmara é importante para a “defesa das bandeiras da esquerda”.

 

“A continuidade do mandato de Glauber é essencial para o Brasil, para os movimentos sociais e para a defesa das bandeiras da esquerda no Congresso Nacional. O mandato de Glauber é uma voz ativa na luta por justiça social e em prol dos direitos humanos. O apoio popular é fundamental neste momento decisivo, especialmente com a votação do processo de cassação prevista para o início de julho”, disse Kleber.

 

A Caravana Nacional #GlauberFica tem como objetivo mobilizar a sociedade civil, os partidos de esquerda, os movimentos estudantis, as entidades sindicais e os movimentos sociais de uma forma geral para reforçar o apoio ao mandato de Glauber.

Seminário celebra 30 anos de Jornalismo Digital com programação em Salvador e online; veja detalhes
Foto: Reprodução / UFBA

O Grupo de Pesquisa em Jornalismo On-Line (GJOL) da UFBA está com inscrições abertas para o seminário que marcará os 30 anos do Jornalismo Digital no Brasil e no mundo. O evento ocorrerá de 21 a 23 de maio de 2025, com atividades presenciais na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e transmissão online.

 

Organizado pelo GJOL o seminário terá palestras, apresentações de trabalhos e minicursos com especialistas da área. A programação inclui uma homenagem aos fundadores do grupo de pesquisa e a palestra "E tudo a Internet levou: memórias póstumas do jornalismo tal como o conhecemos", com o professor português João Canavilhas.

 

Entre os minicursos que compõem a programação estão os seguintes: Como elaborar projetos de pesquisa: o Método GJOL; Práticas em Jornalismo de Dados para transformação social; Aplicação de métodos visuais para análise de coleções de imagens jornalísticas; Narrativas acessíveis no jornalismo: da teoria à prática; Criação de mapas jornalísticos baseados em dados geoespaciais; e Jornalismo de impacto sociocultural: como construir uma organização sem fins de lucro, mas sustentável.

 

A professora Suzana Barbosa, coordenadora do GJOL e do programa de pós-graduação da Faculdade de Comunicação da UFBA (Facom), convida profissionais e estudantes a participarem.

 

“Com a realização desse evento, queremos fazer com que esteja marcada esse efeméride dos 30 anos, mas também dar significado a um campo de estudos que se desenvolveu bastante nessas três décadas e, principalmente, a partir desse nosso lugar, com o GJOL tendo sido um dos grupos pioneiros no Brasil. Deixo o convite para que os profissionais do jornalismo que tenham interesse possam se inscrever e participar, quem chefia e dirige redações, as pessoas que estão levando adiante as operações dos nativos digitais, além de estudantes de pós-graduação e graduação”

 

As inscrições podem ser feitas até 16 de maio na plataforma Even3, com valores promocionais disponíveis até 8 de maio. Os participantes podem se inscrever como ouvintes ou como apresentadores de trabalhos acadêmicos.

 

O Seminário GJOL – 30 anos de Jornalismo Digital conta com apoio do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas (Póscom) da Faculdade de Comunicação (Facom) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), da Associação de Jornalismo Digital (AJOR), da MOMENTUM Journalism & Tech Task Force, da Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba), do Sindicato dos Servidores da Fazenda da Bahia (Sindsefaz), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras (CTB-BA), da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).

Professora da UFBA é readmitida após vitória judicial em defesa da Lei de Cotas
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A professora Irma Ferreira Santos, cantora e doutoranda em Educação Musical, reassumiu seu cargo como docente substituta na Escola de Música da Universidade Federal da Bahia (UFBA) após uma decisão judicial favorável. A readmissão foi anunciada em nota, nesta quarta-feira (23), pelo Sindicato dos Professores das Instituições Federais de Ensino Superior da Bahia (APUB).

 

A Justiça reverteu o cancelamento de sua contratação, que havia sido anulada sob questionamentos à sua aprovação via Lei de Cotas. Com a vitória na Justiça, Irma Ferreira retornará às salas de aula na próxima segunda-feira (28).

 

"É muito bom estar voltando para a Universidade, muito bom estar voltando para a Escola de Música pela porta da frente, trazida sobretudo pelos estudantes. Estar com o contrato assinado novamente significa uma batalha ganha em prol da Lei de cotas. Porém, precisamos continuar observando e nos mobilizando", declarou Irma em nota do sindicato.

 

Imagem da entrada da Escola de Música em Salvador | Foto: Reprodução / Google Maps

Ainda na terça-feira (15) em suas redes sociais a cantora garantiu que manteria uma disputa judicial pela garantia de sua vaga. Em vídeo, a professora foi defensora da lei de cotas e garantiu que estava preparada com vasta experiência para ocupar a cadeira na Escola de Música da universidade federal (EMUS-UFBA).

 

RELEMBRE O CASO
A professora Irma Ferreira Santos teve sua contratação como docente substituta na UFBA, para a área de "Canto Lírico", anulada em dezembro de 2024 por uma decisão da 10ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia.

 

Irma havia sido aprovada através do sistema de cotas raciais em um processo seletivo realizado pela universidade em setembro de 2024.

 

A decisão judicial atendeu a um questionamento de uma candidata não convocada, que argumentou que a reserva de vagas deveria ser aplicada dentro de cada área específica do concurso, e não sobre o total de vagas do edital, em detrimento da nomeação de uma candidata da ampla concorrência.

 

A UFBA recorreu da decisão, defendendo a legalidade de sua metodologia de aplicação das cotas sobre o conjunto das vagas, prática adotada desde 2018 e com o apoio do Ministério Público Federal (MPF). Em março de 2025, a universidade informou Irma sobre a decisão judicial, garantindo que estava buscando sua reversão.

 

Foto: Reprodução /Ascom- Apub

O sindicato dos professores atuou juridicamente na defesa da professora, argumentando que a UFBA aplicou corretamente a Lei n.º 12.990/2014, que reserva 20% das vagas em concursos públicos para pessoas negras.

 

A vice-presidenta da APUB, Barbara Coêlho, reafirmou o compromisso do sindicato em defender a política de cotas e anunciou a intenção de promover debates e mobilizações contra interpretações judiciais que possam ameaçar essas ações afirmativas.

 

Nenhuma universidade baiana atinge  no curso de Medicina na avaliação do CPC; UESB e UFBA conseguem nota 4
Sede e brasões de medicina cada Universidade | Foto: Montagem / Bahia Notícias

Nenhum curso de Medicina em todo estado da Bahia obteve nota máxima no ranking Conceito Preliminar de Curso (CPC) 2024, um dos indicadores de qualidade do Ministério da Educação (MEC), que avalia os cursos de graduação. Os dados, divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou na última sexta-feira (11), são referentes ao ano de 2023 e foram 24 avaliados cursos de faculdades públicas, privadas, comunitárias e outras. 

 

Considerado um importante indicador de qualidade, a nota do CPC classifica os cursos com notas 4 e 5 como “nível de excelência”. A nota 3 indica um nível satisfatório, enquanto notas 1 e 2 apontam para cursos com desempenho considerado insatisfatório.

 

 Conceito Preliminar considera, principalmente, o desempenho dos alunos na prova do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes), realizado entre alunos de diversos cursos de ensino superior. Entre os cursos de Medicina avaliados na Bahia, nenhum atingiu a nota máxima, seja entre as públicas, privadas ou outras. No presente ranking, o Bahia Notícias disponibiliza os resultados das 10 universidades públicas, federais ou estaduais, avaliadas.

 

Neste cenário, a UESB (Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia) e UFBA (Universidade Federal da Bahia) se destacam. Confira o ranking das 10 mais bem classificadas:  

  1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) — Jequié: CPC 3,365 (Faixa 4)

  2. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) — Vitória da Conquista: CPC 3,302 (Faixa 4)

  3. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) — Salvador: CPC 3,088 (Faixa 4)

  4. UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA (UNEB) — Salvador: CPC 3,053 (Faixa 4)

  5. FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO (UNIVASF) — Paulo Afonso: CPC 2,895 (Faixa 3)

  6. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) — Santo Antônio de Jesus: CPC 2,840 (Faixa 3)

  7. UNIVERSIDADE FEDERAL DO OESTE DA BAHIA (UFOB) — Barreiras: CPC 2,574 (Faixa 3)

  8. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (UESC) — Ilhéus: CPC 2,405 (Faixa 3)

  9. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (UESB) — Vitória da Conquista: CPC 2,427 (Faixa 3)

  10. UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA (UFSB) — Teixeira de Freitas: CPC 2,333 (Faixa 3)

 

Vale a pena destacar que com relação à UFBA, os formados do campus de Vitória da Conquista foram mais bem avaliados que os estudantes da capital baiana.  Contundo, nenhuma baiana chegou na nota 5. A mais bem avaliada no CPC 2023 do país foi a Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto, em São Paulo.

 

Além dos critérios já citados, o CPC mede o Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), que avalia o quanto o curso agrega valor ao aprendizado dos estudantes. Fatores como a formação dos professores — porcentagem de mestres e doutores —, e a opinião dos alunos sobre a sua experiência no curso também são consideradas.

 

Esses indicadores são importantes ferramentas para avaliar a qualidade da educação superior no Brasil, com base no desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O Bahia Notícias também revelou os últimos dados do IGC (Índice Geral de Cursos) e nele a UFBA também foi bem avaliada com excelência com nota 5, a Uesb se manteve na média 4.

Apenas duas universidades baianas atingiram nota máxima no Índice de avaliação dos cursos (IGC); veja quais
Foto: Reprodução / UFBA / Senai Cimatec

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgou nesta sexta-feira (11) os resultados do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) 2023, um importante indicador da qualidade do ensino superior no Brasil. Na Bahia, somente a UFBA e o Senai CIMATEC conseguiram a nota máxima na classificação geral.

 

O IGC avalia as instituições em uma escala de 1 a 5, sendo as notas mais altas um reflexo da boa qualidade no ensino, na pesquisa e na extensão. O IGC oferece um panorama da qualidade de uma instituição na totalidade, não proporcionando uma análise por cursos de graduação ou pós-graduação individualmente, somente uma análise de todos os departamentos desses cursos.

 

Segundo os dados revelados pelo MEC (Ministério da Educação), a UFBA e o Senai Cimatec atingiram notas 5 na classificação geral. Embora nenhuma das duas esteja entre as melhores do país, a mais bem classificada foi a Universidade de Brasília (UnB) com uma classificação contínua de 4,29/5, pontuando a UnB em 1° lugar. Com esse número é preciso explicar que o Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) apresenta-se de duas maneiras.

 

São elas, o IGC contínuo e o IGC em faixas. O IGC contínuo é o valor numérico preciso, resultado do cálculo que pondera a qualidade da graduação (CPC) e da pós-graduação (Capes) pelo número de matrículas. Ele oferece uma avaliação detalhada da instituição, dessa forma as notas ficam mais detalhadas.

 

Em contraste, o IGC geral simplifica essa informação, convertendo o valor contínuo em uma escala de 1 a 5. Essa categorização facilita a comparação entre universidades e é frequentemente utilizada para fins de regulação e avaliação mais geral da qualidade do ensino superior.

 

A Bahia aparece somente na 19ª posição nacional, representada pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Os dados do Inep revelam que diversas instituições da Bahia alcançaram as notas mais altas no IGC 2023, demonstrando a qualidade do ensino superior oferecido no estado. Quando são analisadas as 10 melhores instituições baianas, estão:

 

  1. UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA (UFBA) — 4,188 (nota 5);

  2. CENTRO UNIVERSITÁRIO SENAI CIMATEC (SENAI CIMATEC) — 4,054 (Nota 5);

 

Ficaram com nota 4 na classificação Geral: 

3. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ (Uesc) — 3,66

4. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA (UEFS) — 3,575

5. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA (Uesb) — 3,547

6. FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA (FADBA) — 3,532

7. UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL DA BAHIA (UFSB) — 3,515

8. UNIVERSIDADE FEDERAL DO RECÔNCAVO DA BAHIA (UFRB) — 3,469

9. ESCOLA BAHIANA DE MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA (EBMSP) — 3,379

10. CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO (UNIJORGE) — 3,348

 

Além dessas dez mais bem classificadas, pelo menos outras 24 universidades baianas estão acima da média 4. É o caso da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) e IGC contínuo de 3,3 ou da Universidade Estadual da Bahia (UNEB) com nota beirando os 3,2. Importante destacar que a média geral considera todos os resultados, por exemplo, a UNEB teve uma pontuação muito alta (com 4,2/5) na categoria do mestrado, contundo cai em outras categorias.

 

Entre as instituições particulares vale destacar o Centro Universitário de Excelência (UNEX) e o Centro Universitário UNIFTC ambos com bons resultados com conjuntura em nota 4 no IGC em suas subdivisões de faculdades por municípios como Jequié, Salvador e Itabuna.

 

Vale lembrar que IGC não considera as desigualdades dentro de cada instituição. O IGC considera a média dos Conceitos Preliminares de Curso (CPC) dos cursos de graduação da instituição nos últimos três anos, a média dos conceitos da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) avaliados pela Capes, e a proporção de alunos na graduação e na pós-graduação.

VÍDEO: "Essa vaga é minha", manifesta professora Irma Ferreira sobre caso de cotas na UFBA
Imagem de Irma e Escola de Música da UFBA | Foto: Reprodução / Redes Sociais

A professora Irma Ferreira utilizou suas redes sociais nesta terça-feira (15) para se apresentar e abordar os recentes acontecimentos relacionados à contratação dela como docente substituta na Universidade Federal da Bahia (UFBA), que foi anulada judicialmente devido à aplicação da lei de cotas. Em um vídeo, ela também discute as regras estabelecidas no edital do concurso e a própria legislação sobre cotas raciais.

 

 "Eu me preparei para a prova. Conciliar o palco e os estudos nunca foi um problema para mim, faz parte da minha rotina desde sempre. Como uma mulher preta, não tenho tempo para estar errando, muito menos fazer as coisas mal feitas. Acabei a prova sabendo que tinha feito o que precisava e ouvi um diálogo da banca: 'Ela fala bem, né?'. O resultado saiu e eu fui aprovada. Sabia meus direitos, eu li o edital e sim, a vaga era a minha por lei. Fiz valer, racismo institucional estávamos vendo. Sem mais me alongar, sou Irma Ferreira, cantora lírica, mulher preta, de Salvador. Essa vaga é minha", manifesta a professora.

 

Veja o vídeo: 

 

Em sua postagem nas redes, Irma Ferreira cita trechos do edital nº 02/2024 da UFBA, que estabelece a oferta de 83 vagas no total, sendo 62 para ampla concorrência, 16 reservadas para pessoas autodeclaradas negras e 5 para pessoas com deficiência (PCD), conforme consta na página 1 do documento.

 

A professora também destaca a cláusula 7.5.1 do edital (página 9), que estabelece: "Os/As candidatos/as com deficiência e negros/as enquadrados no item 7.2, desde que tenham sido aprovados/as, ocuparão a vaga imediata em sua Área de Conhecimento, ainda que esta seja a única e as suas classificações não lhes garantam a primeira posição".

 

Além disso, Irma Ferreira relembra que "a Lei de Cotas determina o mínimo de aplicação das vagas, mas as universidades federais têm autonomia para, por meio de políticas específicas de ações afirmativas, instituir reservas de vagas suplementares", conforme informação divulgada pelo portal do Ministério da Educação (MEC).

 

A manifestação da professora ocorre em meio à repercussão do caso, onde a UFBA já se posicionou publicamente em defesa da legalidade da aplicação das cotas no concurso e anunciou que irá recorrer da decisão judicial que cancelou a contratação de Irma Ferreira.  Além disso, como apoio, a Universidade Federal o Recôncavo da Bahia (UFRB) também manifestou solidariedade pelo caso em favor da UFBA. 

Enade 2025: Quatro instituições em Salvador atingiram nota máxima em avaliação de cursos do ensino superior
Foto: Reprodução / Google Street View

Quatro instituições de ensino superior em Salvador atingiram nota máxima no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade). O Centro Universitário Senai Cimatec, a Universidade Federal da Bahia, a Universidade do Estado da Bahia e a Universidade Salvador atingiram nota 5 nos indicadores de qualidade.

 

Os resultados dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior de 2023 foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) na última sexta-feira (11).

 

Os destaques são os cursos de Engenharia da Computação, do Senai Cimatec; Farmácia, Engenharia Civil, Medicina Veterinária, Fonoaudiologia e Engenharia Elétrica, da UFBA; Tecnologia em Gestão Ambiental, da Unifacs; e Nutrição, da UNEB.

 

Ao todo, 33 cursos foram classificados como "Sem Conceito", quando o curso não tem o número mínimo de estudantes concluintes com resultados válidos no Enade. Para ser avaliado no Conceito Enade, os cursos precisam ter pelo menos dois estudantes concluintes que participaram do Enade.

Após redução no cardápio, Restaurante Universitário da UFBA de Ondina interrompe atividades por falta de pagamentos
Foto: Leonardo Almeida / Bahia Notícias

O restaurante universitário da Universidade Federal da Bahia, localizado no campus Ondina, teve suas atividades interrompidas temporariamente na última sexta-feira (11), por falta de pagamento. O atraso no pagamento da empresa prestadora de serviços já havia provocado ajustes e reduções no cardápio do RU. 


Segundo comunicado publicado na última sexta-feira, a Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Assistência Estudantil (PROAE) informou que “devido ao inadimplemento superior a 3 (três) meses no pagamento das faturas da empresa prestadora de serviços, fomos notificados pela empresa Meio Dia Refeições, cessionária responsável pelo fornecimento da alimentação no Restaurante Universitário RU - Ondina, sobre a necessidade de suspensão temporária da prestação de serviços a partir de amanhã, dia 12 de abril de 2025”. 

 

Foto: Reprodução / Redes Sociais


Ainda conforme nota, a UFBA se encontra em “tratativas administrativas” com a contratada e deve atualizar a comunidade sobre a situação na próxima segunda-feira (14). 


Devido aos atrasos no pagamento, a comunidade universitária usuária do serviço já vinha sofrendo com cortes. Na última quarta-feira (9), a PROAE informou em nota a redução de opções de proteína - de três para duas - e de saladas - de duas para uma -, além da exclusão da sobremesa e do suco do cardápio. 


No comunicado, a PROAE informou que as medidas seriam temporárias e visavam manter o “funcionamento essencial” do restaurante enquanto se buscava soluções para a regularização dos pagamentos pendentes. 

 

Foto: Captura de tela / PROAE


O RU na Ondina é o principal restaurante da universidade e, costumava funcionar em dois horários: almoço (11h às 14h) e jantar (17h às 20h). Em 2023, a estimativa era que o restaurante oferecia cerca de 2.700 refeições diárias.


Através das redes sociais, o Diretório Central dos Estudantes da UFBA convocaram os estudantes para um ato político em frente a Reitoria, na próxima segunda-feira (14), às 10h, para a reabertura do serviço.  

 

 

 

 

O Bahia Notícias entrou em contato com a universidade, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria. 

UFRB se solidariza com a UFBA após Justiça anular contratação de professora cotista
Foto: Reprodução / Redes Sociais

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), sediada em Cruz das Almas, manifestou publicamente sua solidariedade à Universidade Federal da Bahia (UFBA) nesta quinta-feira (10) após uma decisão judicial anular a contratação de uma professora negra, Irma Ferreira Santos, que havia sido aprovada em concurso para professor substituto na área de "Canto Lírico" através do sistema de cotas raciais.

 

A decisão, proferida pela 10ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária da Bahia, determinou o cancelamento da convocação e contratação de Irma e a nomeação de outra candidata para a vaga. A UFBA já havia anunciado que irá recorrer da decisão, por discordar "veementemente" do entendimento judicial

 

 A universidade baiana argumenta que a aplicação da reserva de vagas no conjunto total do edital respeita a legislação vigente, que reserva 20% das vagas em concursos públicos para pessoas negras, e que o entendimento do juiz contraria tanto a lei quanto a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que já reconheceu a constitucionalidade da política de cotas

 

"A UFRB se une à UFBA na defesa da legalidade e da legitimidade das cotas, apoiando a posição da universidade de que não há ilegalidade na aplicação dessas políticas, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF)", diz a nota da reitoria.

 

ENTENDA O CASO
Em setembro de 2024, a UFBA realizou um processo seletivo simplificado para a contratação temporária de professores substitutos, com um total de 83 vagas distribuídas em 26 unidades acadêmicas. Segundo a Lei de Cotas, 16 dessas vagas foram destinadas a candidatos autodeclarados negros.

 

Na área de "Canto Lírico", vinculada à Escola de Música, Irma Ferreira Santos foi aprovada nas vagas reservadas e chegou a assumir o cargo. No entanto, uma candidata que não foi convocada ingressou com uma ação judicial questionando a contratação, alegando que a reserva de vagas deveria ser aplicada dentro de cada área específica do concurso, e não sobre o total de vagas ofertadas no edital.

 

Inicialmente, a Justiça concedeu uma liminar determinando a reserva da vaga para a autora da ação. Em dezembro de 2024, o juiz proferiu a sentença definitiva, acolhendo os argumentos da autora e ordenando sua nomeação. Em março de 2025, a UFBA comunicou a decisão à professora Irma, garantindo que está recorrendo da sentença e defendendo a legalidade da metodologia de aplicação das cotas, utilizada desde 2018 e já validada em outros concursos e instituições. O Ministério Público Federal (MPF) também manifestou apoio à metodologia adotada pela UFBA.

 

A UFRB, em sua nota de solidariedade, reforçou a importância das cotas como ferramenta essencial para combater as desigualdades históricas e promover a diversidade no ensino superior, unindo-se à UFBA na defesa da legalidade e legitimidade dessas políticas.

 

Leia a nota na íntegra: 

 

"A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vem a público expressar sua mais profunda solidariedade à Universidade Federal da Bahia (UFBA) em relação ao recente caso envolvendo a aplicação da lei de cotas em um concurso para professores(as) substitutos(as). A decisão judicial que determinou o cancelamento da convocação e contratação de uma professora aprovada por meio de cotas é vista por nós como um retrocesso significativo nas políticas de inclusão e igualdade racial no ensino superior. A UFRB defende firmemente a importância das cotas como uma ferramenta essencial para combater as desigualdades históricas e promover a diversidade nas instituições de ensino superior.
 

A UFRB entende que a aplicação das cotas é uma medida necessária para garantir que grupos historicamente excluídos tenham acesso igualitário às oportunidades educacionais e profissionais. A decisão da Justiça, nesse contexto, representa um desafio à autonomia universitária e à implementação de políticas afirmativas que visam promover a inclusão e a justiça social. A UFRB se une à UFBA na defesa da legalidade e da legitimidade das cotas, apoiando a posição da universidade de que não há ilegalidade na aplicação dessas políticas, conforme jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF).
 

A UFRB manifesta seu apoio incondicional à comunidade acadêmica da UFBA, especialmente à professora Irma Ferreira Santos, que teve seu contrato rescindido em decorrência da decisão judicial. Acreditamos que a continuidade dessas políticas é fundamental para o avanço da educação inclusiva no Brasil. A UFRB se compromete a continuar lutando pela manutenção e fortalecimento das políticas de cotas, garantindo que as instituições de ensino superior permaneçam comprometidas com a promoção da igualdade e da justiça social.

Cruz das Almas, 10 de abril de 2025".
Reitoria da UFRB

UFBA abre 202 vagas para profissionais de segurança pública em especialização sobre pessoas vulnerabilizadas e políticas sobre drogas
Foto: Reprodução / UFBA

Agentes e profissionais da Segurança Pública da Bahia têm até o domingo (30) para se inscrever em dois cursos de pós-graduação gratuitos com 202 vagas. As formações são resultados de uma parceria entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a Universidade Federal da Bahia (UFBA) e a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

 

As inscrições devem ser realizadas em formulário no site da universidade, o objetivo seria qualificar os profissionais que atuam na linha de frente da segurança pública, oferecendo conhecimentos atualizados e ferramentas práticas para melhorar o atendimento à população.

 

Um dos cursos é a especialização em 'Proteção de Pessoas Vulnerabilizadas' com três módulos, destinada a policiais, peritos, bombeiros militares e guardas municipais. O foco é capacitar esses profissionais para lidar com grupos em situação de vulnerabilidade.

 

Parte das aulas ocorrerão semanalmente, de forma síncrona (ao vivo), às terças, quartas, quintas e sextas-feiras, das 18h30 às 22h30. As turmas serão definidas por sorteio, e os alunos deverão assistir às aulas em suas respectivas turmas.

 

As demais aulas serão ministradas de forma assíncrona, em ambiente virtual próprio, em aulas expositivas, dialogadas, exercícios, estudos de casos, pesquisas, oficinas, atividades individuais ou em grupo e estudos dirigidos. Tutores estarão disponíveis para interação com os alunos nos conteúdos assíncronos, através da plataforma Moodle da UFBA. 

 

A UFBA informou em um edital, que a especialização em Segurança Pública e Políticas sobre Drogas visa capacitar 202 profissionais da área para todos o país em diferentes instâncias. O objetivo é fortalecer as políticas públicas voltadas ao enfrentamento do uso e tráfico de drogas, com uma abordagem interdisciplinar e baseada em evidências.

Paralisada há quase 16 anos, licitação para reconstrução de laboratório em instituto da UFBA é suspensa
Foto: Reprodução / UFBA

Os laboratórios dos institutos de Física e Química da Universidade Federal da Bahia (UFBA) seguem sem previsão para serem reabertos, mesmo após quase 16 anos fechados devido a um incêndio ocorrido em 2009. Os espaços chegaram a ter uma licitação de construção aberta no ano passado, mas conforme publicação no Diário Oficial da União (DOU), a contratação da empresa foi suspensa.

 

Os valores da licitação, segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias, giravam em torno de R$ 15,5 milhões. A empresa que estava responsável deveria realizar a requalificação do espaço, além de instalar os equipamentos dos laboratórios, chamada de 2ª fase da obra do prédio anexo de física e química.

 

Um documento o qual a reportagem obteve acesso informa que a UFBA descreveu as obras com a execução parcial das instalações elétricas, hidráulicas, de proteção contra incêndio (PCI) e de comunicação de dados.

 

O edital de contratação foi aberto em abril de 2024, tendo um vencedor no final do ano passado. Todavia, o DOU publicado nesta semana informou que o edital foi suspenso, sem dar maiores detalhes.

 

A reportagem tentou contato com a UFBA via e-mail para saber de mais detalhes, mas foi respondida até o fechamento da matéria. O Instituto de Biologia também foi procurado por ligação, mas o Bahia Notícias não foi atendido.

 

O INCÊNDIO
O incêndio de grandes proporções no laboratório do Instituto de Biologia da UFBA ocorreu em 27 de abril de 2009. As chamas atingiram uma sala do primeiro andar do prédio e destruiu equipamentos, documentos e materiais de pesquisa, incluindo amostras biológicas que estavam sendo analisadas por pesquisadores da instituição.

 

O Corpo de Bombeiros foi acionado e conseguiu controlar as chamas antes que elas se espalhassem para outras áreas do instituto. Não houve feridos, mas o prejuízo foi significativo, principalmente para os estudos em andamento. As causas do incêndio não foram confirmadas oficialmente, mas suspeitou-se de um curto-circuito.

 

O incidente impactou diversas pesquisas, pois algumas delas envolviam materiais de difícil reposição.

Escola de Dança da UFBA abre inscrições para os Cursos Livres de Extensão
Foto: Sérgio Lube

A Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (UFBA) está com inscrições abertas para os Cursos Livres de Extensão em Dança, que acontecerão de abril a junho de 2025. As aulas começam no dia 5 de abril e os interessados podem se inscrever a partir de 1º de abril por meio do formulário online.

 

Serão oferecidos diversos cursos, como Dança Contemporânea, Zumba, Letra da Dança, Danças Urbanas, Ballet Clássico, Sambaê, Corporeidades em Danças Urbanas, Dança de Salão, Dança para Todos, Dança Moderna, Dança do Ventre, Dança Afro-brasileira, Dança de Capoeira e Pilates.

 

A mensalidade é de R$100, exceto para o curso de Pilates, que custa R$150, e para o curso "Dança para Todos", que é gratuito. Em caso de dúvidas, os interessados podem enviar e-mail para [email protected] ou entrar em contato pelo Instagram @dancaufba.

 

Os cursos são voltados para o público interno e externo da UFBA e têm como objetivo divulgar técnicas de dança, com foco no treinamento e capacitação. O diretor da Escola de Dança, Antrifo Sanches, destaca que a diversidade de estilos reflete a cultura da Bahia e reforça a importância de dialogar com a sociedade.

 

Confira os horários e professores de alguns cursos:

 

- Desconstruindo o Ballet Clássico: Sábado, das 9h45 às 11h45 - Michele Braga e Mariana Calabrese.  
- Danças Urbanas: Sábado, das 14h às 16h - Sergio Neves (Saga).  
- Dança para Todos (gratuito): Terça, das 9h às 11h - Prof.ª Tânia Bispo.  
- Dança Contemporânea: Sexta-feira, das 16h30 às 18h30 - Prof.ª Gisele Morães.  
- Zumba: Sábado, das 9h30 às 11h30 - Prof. Loiziano Oliveira.  
- Sambaê: Sábado, das 15h às 17h - Prof.ª Carolina Bastos.  
- Corporeidades em Danças Urbanas: Sábado, das 14h às 16h - Prof.ª Luana Sanches.  
- Dança de Salão: Terça-feira, das 18h às 20h - Prof.ª Camila Russo Nantes.  
- Dança do Ventre: Quarta-feira, das 16h20 às 18h20 - Prof.ª Lívia Santa Rosa.  
- Dança de Capoeira: Segunda e quarta-feira, das 17h às 18h30 - Prof.ª Sandra Santana.  
- Letra da Dança: Sábado, das 16h às 17h - Clênio Magalhães.
- Pilates: Prof.ª Iane Garcia.

Dez novos leitos de UTI são inaugurados no Hupes-UFBA, em Salvador
Foto - Ascom Hupes-UFBA-Ebserh

O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA/Ebserh) recebeu dez novos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) adulto. Inaugurados na última quarta-feira (19), o novo espaço vai  ajudar a agilizar o atendimento de usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) da Bahia. 

 

A previsão com a expansão é de um aumento de 25% nas cerca de 455 cirurgias eletivas que eram realizadas por mês. A solenidade de entrega aconteceu no anfiteatro do Hospital e contou com a presença de autoridades, descerramento de plana e visita às instalações.

 

O investimento foi de cerca de R$ 160 mil reais, proveniente de recursos próprios. A nova unidade foi aberta na Ala 4C e terá perfil de UTI cirúrgica para a internação de pacientes de procedimentos de alta complexidade ou pacientes com múltiplas comorbidades operados(as).

 

Durante a cerimônia, o superintendente do Hupes-UFBA/Ebserh, José Valber Lima Meneses, explicou que foi feita uma readequação de leitos já existentes no hospital, possibilitando essa ampliação.

 

“Foi um projeto da atual gestão e da equipe de infraestrutura, que organizou uma área já existente para receber os novos leitos. Há mais ou menos 3 dias não está havendo cancelamento de cirurgias por falta de leitos. Isso é maravilhoso, tanto para o hospital, como para o SUS e para o estado, porque faz com que todos os procedimentos se tornem mais rápidos e acessíveis”, afirmou.

 

O reitor em exercício da Universidade Federal da Bahia, Penildon Silva Filho, ressaltou a função essencial de um hospital universitário, que é a assistência à saúde pelo SUS e a formação de estudantes da área de saúde.

 

“Nós já estamos com essa UTI em pleno funcionamento. Vários pacientes já estão aqui. Isso vai permitir que nós tenhamos um atendimento ainda maior da população e que tenhamos mais ensino, pesquisa e extensão”, destacou.

 

Representando o presidente da Ebserh, Arthur Chioro, o assessor da Presidência da Ebserh, José Santos Souza Santana, também participou da cerimônia de inauguração dos 10 novos leitos de UTI do Hupes-UFBA/Ebserh. Ele ressaltou o atual momento de crescimento da estatal em todo o país. “É uma obra fundamental, que irá melhorar muito a capacidade do hospital de responder bem ao SUS e girar leitos. A Ebserh, como um todo, está inaugurando diversas UTIs e abrindo novos leitos. Olhando para a Rede Ebserh, voltamos a ver o país crescendo e investindo”, afirmou.

 

Para o subsecretário da Saúde do Estado, Paulo Barbosa, o Hupes-UFBA/Ebserh já tem um grande papel na rede pública, principalmente em serviços especializados que são feitos apenas na unidade. “Temos a perspectiva de fazer muito mais cirurgias, incluindo complexas, e assim o Hupes irá apoiar ainda mais a rede de atenção à saúde no SUS da Bahia”, ressaltou.

 

SEQUÊNCIA 

Após os pronunciamentos, aconteceu o descerramento da placa. Participaram do momento simbólico o Reitor da Universidade Federal da Bahia em exercício, Penildon Silva Filho; a Diretora de Orçamento e Finanças da Ebserh, Márcia Suzanna Dutra Abreu Borges Da Fonseca; o Superintendente do Hupes-UFBA, José Valber Lima Meneses; o Assessor da Presidência da Ebserh, José Santos Souza Santana; e a Gerente de Atenção à Saúde, Carolina Calixto de Souza Fontes.

 

Em seguida, os presentes visitaram as novas instalações no saguão do quarto andar, ala C/D do Hupes-UFBA/Ebserh. A confeiteira Mauriceia Batista dos Santos é cardiopata e estava há 3 meses na fila de espera para uma cirurgia de vesícula. Na última segunda-feira (17) conseguiu realizar o procedimento. “Eu não fazia por conta de vaga de UTI. Sou muito grata à equipe desse hospital, as instalações conseguem atender tudo que a gente precisa e deixam a gente muito confortável”, afirmou.

Obras de reforma do Ambulatório Magalhães Neto causa transtornos a pacientes
Foto: Leitor BN

A reforma da entrada do Ambulatório Magalhães Neto, no Hospital Universitário Edgard Santos, está gerando reclamações e preocupações entre pacientes e funcionários. A principal mudança da reforma foi a criação de um acesso improvisado ao ambulatório, mas, segundo denúncias recebidas, este novo caminho tem se mostrado inadequado, gerando uma série de transtornos para os pacientes que dependem dos serviços de saúde do local.

 

Idosos e pessoas com mobilidade reduzida têm enfrentado dificuldades, uma vez que o acesso improvisado inclui escadas e rampas estreitas, o que obriga muitos a se apoiarem nas paredes para conseguir descer ou subir. Essa situação tem causado insegurança entre os pacientes, principalmente os mais vulneráveis.

 

Além disso, outra preocupação relatada pelos frequentadores do ambulatório é a falta de estrutura para suportar o aumento de fluxo de pessoas. Devido à reforma, muitos pacientes ficam aglomerados na entrada do hospital, sem abrigo, expostos ao sol por longos períodos. A situação é ainda mais crítica para aqueles que necessitam de cadeira de rodas, pois o número de cadeiras disponíveis é insuficiente para atender a demanda.

"É uma situação muito difícil. Eu sou idosa e preciso de ajuda para subir e descer as escadas. Fico esperando horas para ser atendida, e quando vejo, estou aqui em pé na porta, sem lugar para sentar", relatou uma paciente que preferiu não se identificar.

 

A situação tem gerado frustração não somente entre os pacientes, mas também entre os profissionais que atuam no ambulatório. A falta de conforto e a insegurança no acesso ao local tornam o ambiente ainda mais tenso para quem precisa de atendimento médico. “Os pacientes já entram no ambulatório incomodados e isso dificulta o atendimento”.  

 

Em nota, a direção do Hospital Edgard Santos informou que a obra no ambulatório está prevista para ser concluída em maio deste ano e “terá como resultado melhorias no balcão de atendimento, piso, forro e banheiro para pessoas com deficiência”.

 

“O Hospital Universitário Professor Edgard Santos (Hupes-UFBA/Ebserh) informa que a portaria principal do Ambulatório Magalhães Neto (AMN) está em reforma e que a recepção de pacientes com consultas e exames agendados está sendo realizada, temporariamente, no térreo do Centro Pediátrico Professor Hosannah de Oliveira (CPPHO). Ambos os prédios fazem parte da estrutura do Hupes-UFBA/Ebserh e estão localizados um ao lado do outro”, explicou a assessoria do hospital.

 

Na nota, o Hospital também esclarece que existem opções acessíveis para acessar o ambulatório. “A entrada do CPPHO é coberta em sua maior parte, provendo abrigo da chuva e do sol, e o prédio conta com dois elevadores que dão acesso ao AMN. Destaca-se que o deslocamento dentro do prédio do ambulatório é acessível, contando com elevadores e rampas com corrimão recém-instalados em todos os pavimentos. Além disso, há profissionais orientando pacientes e visitantes quanto à circulação na unidade”.

Câmara de Santo Amaro aprova reversão de terreno doado à UFRB; projeto deixa campus ameaçado
Foto: Montagem / Bahia Notícias

A Câmara de Vereadores de Santo Amaro, no Recôncavo Baiano, aprovou a reversão da doação de um terreno cedido à Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB). A decisão, tomada em sessão extraordinária na quarta-feira (12), contou com o apoio de 13 dos 15 vereadores. O espaço, com área de 60,3 mil m², seria destinado à construção de um novo campus universitário, mas a falta de recursos federais inviabilizou o projeto.

 

A votação gerou debates acalorados entre os vereadores, como um único voto contra da vereadora Luana Carvalho (PT), que discursou em defesa da UFRB e foi vaiada em meio a galeria, classificou como "um crime a educação pública de Santo Amaro, peço desculpas a UFRB". "A luta só está começando".

 

Os favoráveis à medida defenderam que a destinação do terreno para a iniciativa privada trará geração de empregos e renda à cidade. Já a comunidade acadêmica se posiciona contra a reversão e alega que a decisão compromete o futuro do ensino superior na região, como afirma a representante sindical Renata Gomes em entrevista ao Bahia Notícias.

 

"É o mesmo grupo político, um grupo de direita. A maioria dos vereadores são de direita e não tem simpatia pela universidade pública. Eles criam uma falsa oposição para colocar a população de Santo Amaro, que é a maior beneficiada pela universidade, contra a própria universidade, como se para a geração de emprego, seja a instalação de uma fábrica, seja a instalação de uma [rede supermercado], fosse preciso escolher entre uma coisa ou outra, ou botar a UFRB. Na verdade, o território de Santo Amaro é imenso e há lugar para outras empresas privadas", declarou a doutora Góes.

 

A Reitoria da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) também se manifestou nesta quinta-feira (13), demonstrando "profunda indignação" com a decisão da Câmara de Vereadores, e alegou que vai buscar recorrer à decisão se necessário.

 

Em nota, a reitoria destacou que a UFRB é a "maior política pública da história do Recôncavo da Bahia" e que a decisão do executivo municipal "rompe, de maneira unilateral, este pacto", constituindo um retrocesso para a consolidação da instituição em Santo Amaro. A reitoria afirmou que a UFRB continua à disposição para o diálogo com as autoridades municipais "no sentido de garantir o futuro da Instituição no município."

 

 

Apesar do planejamento, os recursos para a execução da obra nunca foram repassados. Em setembro de 2023, o Governo Federal relançou o PAC, com previsão de R$ 240 bilhões em investimentos, mas o campus de Santo Amaro não foi incluído no programa. Segundo Rita Dantas, diretora da UFRB na cidade, a prioridade foi dada a obras já iniciadas. O projeto arquitetônico chegou a ser elaborado, com custo estimado em R$ 45 milhões.

 

A Universidade Federal da Bahia (UFBA) manifestou solidariedade à UFRB, repudiando a decisão da Câmara Municipal. O reitor Paulo Miguez expressou "completa e total solidariedade" à reitora Georgina Gonçalves dos Santos, destacando que a decisão é contrária à expansão da educação pública superior na Bahia. 

 

ENTENDA O CASO
O impasse sobre a propriedade do terreno, onde funcionava a antiga Siderúrgica Fundição Tarzan, se estende há mais de uma década. A UFRB recebeu a doação do espaço em dezembro de 2012, por meio de escritura pública firmada com a prefeitura de Santo Amaro.

 

Ainda em 2013, a universidade aprovou a criação do Campus de Santo Amaro e do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT), com a previsão de transformar as ruínas em um centro acadêmico pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Cidades Históricas

 

Imagem do terreno vista de cima | Foto: Reprodução / Google Street View

 

Diante da inatividade do terreno, a Câmara aprovou o Projeto de Lei 006/2025, de autoria do Executivo municipal, que devolve a área ao patrimônio da prefeitura. A expectativa, conforme discutido na sessão, é que o espaço seja repassado a uma empresa privada para a construção de um supermercado.

 

O sindicato dos professores da UFRB (APUR) também se manifestou contra a reversão do terreno. Em nota, a entidade destacou que a medida coloca em risco a presença da universidade em Santo Amaro e exigiu a retirada da matéria da pauta da Câmara de Vereadores.

 

O terreno, localizado na área urbana da cidade, às margens do Rio Subaé, foi destinado em 2012 para a instalação do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas (CECULT). Desde então, a UFRB aguarda recursos para viabilizar o projeto, dada sua grande dimensão e complexidade.

 

Enquanto isso, o Centro funciona provisoriamente em um prédio cedido, de uma escola de ensino básico, oferecendo sete cursos de graduação e um programa de Mestrado na área da Cultura.

 

Essa não é a primeira tentativa do prefeito de reverter a doação do terreno. Em 2020, durante a pandemia de coronavírus, Flaviano, que já ocupava a prefeitura, tentou aprovar um projeto de lei para transferir o terreno a uma indústria química de São Paulo.

 

Agora, mais uma vez, a comunidade acadêmica e a população local se mobilizam contra a tentativa de revogar a doação do terreno, desta vez para a instalação de um atacadão. Estudantes e professores se organizaram para participar da sessão e defender a permanência do projeto universitário na cidade.

Com mudança da prefeitura, estrutura do Palácio Thomé de Souza pode virar galeria de arte ou ser doada à Ufba; entenda
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

Com movimentação avançada para a prefeitura de Salvador deixar as instalações do Palácio Thomé de Souza e migrar sua operação para o imóvel que hoje abriga o Palácio da Sé, no Pelourinho, uma nova perspectiva de como aproveitar a atual estrutura surge na Câmara de Vereadores da capital baiana.

 

Segundo projeto de indicação protocolado no Legislativo soteropolitano, a ideia é aproveitar o aparato — originalmente concebido como provisório e desmontável — que atualmente dá forma ao Thomé de Souza em um parque municipal, convertendo a estrutura em uma galeria de arte.

 

A proposição surge em meio a possibilidade de a gestão municipal doar o material de aço e vidro que compõe o Palácio para a Universidade Federal da Bahia (Ufba). A informação foi apurada pelo Bahia Notícias ainda no mês de fevereiro, mas não foi confirmada pela instituição de ensino, que alegou ainda não ter ciência da novidade.

 

No caso do projeto de indicação proposto por André Fraga (PV), o vereador aponta que apesar de ter sido pensada como solução temporária, a estrutura permaneceu na Praça Municipal por questões “políticas e administrativas”.

 

“Considerando que a arquitetura do Palácio Tomé de Sousa, projetada por João Filgueiras Lima, o 'Lelé', se destaca pelo uso inovador de aço e vidro, sua requalificação como galeria de arte preservaria e ressignificaria esse marco da engenharia moderna, dando-lhe um novo uso condizente com sua estrutura leve e desmontável”, diz o edil em parte da justificativa da matéria.

 

Fraga também menciona que a “incompatibilidade arquitetônica” do Thomé de Souza com o entorno da Praça Municipal já motivou ações judiciais para remoção do aparato, e sua conversão em galeria de arte “representaria uma alternativa culturalmente relevante, respeitando a decisão judicial sem a necessidade de desmonte imediato”.

 

Ao Bahia Notícias, o parlamentar afirmou que a indicação feita ao prefeito Bruno Reis não deve ficar limitada ao projeto de uma galeria de arte. Ele defende que outra opção para o aproveitamento da estrutura seria implementar um modelo de “biblioteca-parque”, como acontece em cidades como o Rio de Janeiro e até Medellín, na Colômbia.

 

A TRANSFERÊNCIA DE SEDE DO EXECUTIVO
A reportagem apurou que a saída da prefeitura do Palácio Thomé de Souza deve ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025, selando a ida para o Palácio da Sé.

 

Interlocutores da gestão municipal ouvidos pelo Bahia Notícias indicaram que a ideia era transferir durante o Carnaval. O desejo do prefeito Bruno Reis (União), no entanto, enfrentou obstáculos como o atraso para remoção do acervo existente no novo espaço, que é de responsabilidade da Arquidiocese de São Salvador da Bahia.

 

Segundo as informações, o Thomé de Souza deveria ter sido desocupado até o dia 31 de janeiro, mas a prefeitura ganhou uma sobrevida com o atraso na emissão de laudos técnicos.

 

Além disso, por se tratar de um bem tombado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a prefeitura precisou elaborar um projeto específico para patrimônio histórico, antes de concretizar a transferência para o imóvel, e agora aguarda apreciação.

 

Por um lado, se ainda há dúvida sobre o que será feito com a estrutura do Palácio, por outro a parte do subsolo, onde atualmente funciona um estacionamento, deve se tornar um novo Centro de Convenções com capacidade estimada para 4 mil pessoas.

 

Além do estacionamento, o espaço abriga uma subestação de energia, operada pela Neoenergia Coelba, que será alocada para o terreno da Praça Castro Alves. O projeto é tirar do papel um centro de convenções entre os Palácios Thomé de Souza e o Rio Branco.

 

O QUE MOTIVOU A SAÍDA?
Ainda em setembro do ano passado, o Bahia Notícias mostrou que um processo judicial que tramita na Justiça Federal obrigou a saída. Segundo o documento, o espaço não se adequa às restrições arquitetônicas e culturais da localidade.

 

A ação que “obriga” o movimento tem como alegação principal, a de que a Prefeitura foi construída sem autorização definitiva do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

Aberta em novembro do ano de 2000, a ação civil pública foi promovida pelo Ministério Público Federal (MPF) para que o imóvel localizado na Praça Municipal fosse demolido.

 

Em 2007, o juiz João Batista de Castro Júnior, da 7ª Vara da Justiça Federal sentenciou que o local deveria ser demolido. A estrutura que é metálica possui piso de madeira, assim como as divisórias, podendo ser desmontada. A época, o prazo dado para a demolição foi de seis meses, com multa diária de R$ 100 mil. A prefeitura vem recorrendo da medida desde então.

 

O atual prédio da prefeitura tem assinatura do arquiteto e urbanista João Filgueiras Lima, o conhecido "Lelé". Com uma estrutura metálica sendo feita em 35 dias e o espaço teve montagem realizada em 14 dias, em estrutura de aço e vidro numa área de 2 mil metros quadrados onde antes funcionava um estacionamento e um jardim.

UFBA, Bahiana e Uesc: veja as melhores universidades da Bahia pelo Ranking Web 2025
Foto: Montagem / Bahia Notícias

O cenário do ensino superior na Bahia ganha destaque global com a divulgação do ranking Web 2025, uma avaliação que analisa o desempenho das universidades em escala global. A Universidade Federal da Bahia (UFBA) se mantém na liderança entre as instituições baianas, a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) em Ilhéus é a mais notável no interior da Bahia e a Escola Bahiana de Medicina é a melhor privada.

 

A avaliação finalizada em janeiro de 2025 foi realizada pela instituição espanhola Cybermetrics Lab, utiliza uma metodologia que combina indicadores webométricos e bibliométricos, analisando a presença e o impacto das universidades na web.

 

No total, o ranking considerou 32 mil instituições de ensino, o acesso é aberto e o ranking é gerado para as instituições de ensino superior, incentivando-as a compartilhar seu conteúdo de forma ampla e acessível. O levantamento completo esta disponível por aqui.

 

Imagem da entrada da Universidade Federal da Bahia em Ondina (Salvador) | Foto: Reprodução / UFBA 
 

RESULTADOS DA BAHIA

Além da UFBA, outras universidades baianas também se destacaram no ranking, demonstrando a qualidade do ensino superior no estado. A Uesc é a melhor classificada do interior da Bahia, ocupando a 2664ª posição, seguida pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) sediada em Cruz das Almas, que ficou na 2988ª posição.

 

A Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) é a melhor instituição privada da Bahia, ocupando a 3978ª posição. Embora outras universidades particulares tenham sido mencionadas, como a Faculdade Baiana de Direito, A UniDomPedro e a UniFTC, conhecida pelo seu antigo nome como Faculdade de Tecnologia e Ciências ou FTC.

 

No geral as públicas tiveram melhor desempenho que as particulares, das 10 mais bem classificadas 8 são públicas. A Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) completa as primeiras posições, demonstrando a diversidade e a excelência do ensino superior no interior da Bahia.

 

Veja as baianas no Ranking:

  • Universidade Federal da Bahia (UFBA) — 1427ª posição
  • Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) — 2664ª posição
  • Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) — 2988ª posição
  • Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) — 3935ª posição
  • Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (Bahiana) — 3978ª posição
  • Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA) — 4146ª posição
  • Universidade do Estado da Bahia (UNEB) — 4160ª posição
  • Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) — 4424ª posição
  • Universidade Salvador UNIFACS — 4274ª posição
  • Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB) — 5484ª posição
  • Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) — 5777ª posição
  • UniFTC — 7240ª posição.
  • Faculdade Baiana de Direito — 19.538 ª posição.
  • Universidade Dom Pedro II Salvador Unidompedro — 27.658 ª posição

 

O ranking Web 2025 não somente reconhece o desempenho das universidades baianas, mas também serve como um importante indicador para estudantes, pesquisadores e a comunidade em geral.

 

A coleta de dados é um processo rigoroso, que envolve diversas fontes, como Majestic, Google Scholar e Scimago-Scopus.  Esses dados são coletados no início de cada ano, enquanto os dados bibliométricos abrangem um período de cinco anos, garantindo uma visão abrangente e atualizada do desempenho das universidades.

 

A presença das universidades baianas no ranking Web 2025 é motivo de atenção para o compromisso das instituições de ensino superior com a excelência acadêmica e a produção de conhecimento relevante para a sociedade e mundo.

Uesc supera UFBA em perspectiva internacional, mas federal baiana lidera em ranking global
Foto: Montagem / Bahia Notícias

O ranking Times Higher Education (THE) 2025 revelou que a Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) sediada em Ilhéus superou a Universidade Federal da Bahia (UFBA) em Perspectiva internacional da educação. Apesar disso, a UFBA lidera entre as universidades baianas pelo 9º ano consecutivo.

 

Considerando a média das cinco categorias avaliadas pelo ranking (Ensino, Ambiente de Pesquisa, Qualidade de Pesquisa, Indústria e Perspectivas Internacionais), a classificação entre as universidades baianas ficou assim:

  1. UFBA: 24,06 pontos
  2. Uesc: 21,68 pontos
  3. Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS): 17,74 pontos
  4. Universidade do Estado da Bahia (UNEB): 13,94 pontos

 

O indicador de Perspectiva Internacional mede a proporção de estudantes e docentes estrangeiros, além do volume de colaborações internacionais em pesquisa. Esse critério é essencial para medir o grau de inserção global de uma universidade, sua capacidade de atrair talentos internacionais e sua relevância em redes acadêmicas transnacionais.

 

Apesar de ser superada pela UFBA na maioria dos critérios desde 2020, a Uesc obteve 40,8 pontos contra 24,8 da UFBA em Perspectiva Internacional, registrando crescimento pelo quinto ano consecutivo e ultrapassando a maior universidade do estado nesse quesito.

 

A melhora da Uesc nessa categoria foi expressiva: 74,5% nos últimos cinco anos, aproximando a instituição das líderes nacionais, como a USP e a Unicamp. No ranking de Perspectiva Internacional, a Uesc ocupa o 4º lugar no Brasil, ficando atrás de três instituições do Sudeste: PUC-Rio, Universidade Federal do ABC e a própria Universidade de São Paulo (USP).

 

Veja o Gráfico:

 

Para efeito comparativo entre as baianas nos últimos cinco anos, a UFBA manteve um desempenho mais estável, com um aumento de 23% no mesmo período, apresentando uma variação menor. No entanto, a federal baiana se destaca pelo engajamento com pesquisadores internacionais e colaborações acadêmicas, consolidando parcerias estratégicas com instituições da América Latina e da África.

 

A UEFS e a UNEB, que aparecem nas posições seguintes do ranking educacional, registram avanços graduais em pesquisa e ensino, mas ainda não alcançaram projeção internacional significativa, especialmente nos anos anteriores a 2024. Além disso, não há registros consolidados sobre o desempenho dessas duas instituições nos últimos cinco anos.

 

OUTROS DESTAQUES
 

Enquanto UEFS e UFBA se destacam pelo maior número de citações acadêmicas no índice h, com pesquisadores mais referenciados mundialmente, a Uesc lidera na Bahia na proporção de alunos no exterior.

 

A UFBA, por sua vez, se classifica bem quando é levado em consideração o engajamento com pesquisadores internacionais, sendo uma referência na América Latina e na África. O desempenho da instituição nesse quesito já havia sido destacado em outro ranking de avaliação internacional, o QS University. 

 

Apesar do bom desempenho na Bahia, a UFBA segue distante da liderança nacional, ocupada pela USP, que obteve média de 58,7 pontos. O Times Higher Education 2025 avaliou mais de 2 mil instituições de ensino superior em 115 países.

 

Além dos resultados estaduais, o Times Higher Education World University Rankings 2025 revela uma crescente ascensão das universidades brasileiras no cenário global, com o Brasil entrando para o top 200 pela primeira vez, ao lado da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos.

 

O THE 2025 também apontou que, enquanto as universidades do Reino Unido e dos EUA apresentam um declínio em sua reputação acadêmica, países como a China estão avançando rapidamente, se aproximando do top 10 mundial. 

VÍDEO: "Aluno" inusitado interrompe tráfego para atravessar pista dentro da Ufba
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Os alunos da Universidade Federal da Bahia (Ufba) já estão meio que acostumados a conviver com a “fauna” do campus de Ondina. Iguanas, cobras, macacos, aves, entre outros animais já fazem parte do cotidiano dos universitários, mas, mesmo assim, suas aparições sempre chamam a atenção. Nesta sexta-feira (31), um “novo aluno” inusitado fez aparição no campus. Um bicho-preguiça responsável por paralisar o fluxo de veículos para realizar sua “longa” travessia.

 

 

Enfrentando o calor da capital baiana, o animal atravessou uma rua em um trecho próximo do Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC), claro, na maior pressa do mundo.

 

Confira:

 

Segundo Lenilde Pacheco, especialista em desenvolvimento sustentável e colunista do Bahia Notícias, o bicho-preguiça finalizou o trajeto e retornou em segurança para a área de vegetação que cerca o campus da Ufba.

Pesquisadores da UFBA implementam 2° Observatório do Calor na América Latina em Salvador
Foto: Jefferson Peixoto / PMS

Salvador será a segunda cidade da América Latina a receber um Observatório do Calor, mecanismo conhecido como Heat Watch. A informação foi divulgada, na última quarta-feira (22), pela Defesa Civil de Salvador (Codesal), que coopera com o projeto realizado pela Universidade Federal da Bahia em parceria com organizações climáticas norte-americanas. O Bahia Notícias conversou com o co-coordenador do projeto, o geógrafo e pesquisador Paulo Cesar Zangalli Junior, sobre o andamento das pequisas. 

 

Docente do Departamento de Geografia da UFBA, Zangalli é geógrafo, formado pela Universidade de São Paulo (USP), e atua na observação de fenômenos climáticos e seus impactos sociais. “Aqui na Universidade Federal da Bahia (UFBA), a minha temática é clima e política pública, ou alterações climáticas e política pública, e o que eu busco entender mesmo é como o impacto do tempo e do clima afeta a vida cotidiana das pessoas. Então, esse projeto que a gente está tocando, o Heat Watch ou o Observatório do Calor, ele é um projeto que tem esse mesmo princípio”, define o pesquisador. 

 

Segundo o geógrafo, por meio do Observatório, é possível mapear as influências no calor em locais, bairros e ruas específicos na capital baiana. Ele afirma ainda que no caso de Salvador, esse modelo de estudo climático deve expor questões sociais latentes como a desigualdade social e até mesmo o racismo. 

 

“Salvador é uma cidade muito complexa, ela é muito desigual e com certeza isso vai reverberar também na desigualdade da distribuição do calor. E é exatamente essa desigualdade que torna ela tão difícil da gente poder pesquisar”, delimita. “Numa cidade tão desigual como Salvador, o calor vai ser o mesmo para quem mora em Cajazeiras, no subúrbio ou na Ola Atlântica? Vai ser o mesmo para quem mora na Graça, na Vitória? É evidente que não”, conclui.

 

Além de Paulo, a professora Grace Alves, também vinculada ao departamento de Geociências da Universidade, é responsável pela dimensão técnico-científica. Ao Bahia Notícias, o cientista detalha que a pesquisa nasce a partir de uma parceria com NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration), agência americana de monitoramento da atmosfera e oceano, e a CAPA Strategies (Accelerating Community Adaptation to Climate Change), entidade de promove ações de planejamento e prevenção a mudanças climáticas junto ao grupo de pesquisa Colapso, o qual ambos fazem parte. 

 

A primeira cidade a promover um projeto deste tipo na América Latina foi o Rio de Janeiro, em 2023. No entanto, os pesquisadores da universidade baiana prometem que Salvador inova na aplicação deste tipo de pesquisa. 

 

“Rio de Janeiro é uma cidade muito parecida com Salvador, muito contraditória, com muitas favelas, uma diferença entre área rica e área pobre muito marcada, com limites muito bem definidos. E o que Salvador inova, que o Rio de Janeiro não fez, é que a gente vai projetar esse clima futuro. Então, a gente vai conseguir dizer até 2030, até 2050, até 2100, como é que os diferentes lugares, os diferentes bairros de Salvador vão sentir os efeitos das mudanças climáticas. Aí, nesse sentido, Salvador é pioneiro”, defende Paulo Zangalli. 

 

Foto: Jefferson Peixoto / PMS

 

Para a realização na capital baiana, o grupo ainda buscou o suporte da Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (Secis) e a própria Codesal. O suporte dos órgãos públicos se dá especialmente no momento da coleta e depois da disponibilização dos dados. Ele detalha de que forma ocorre a coleta de dados, iniciada a partir do mapeamento de rotas pré-definidas no município. 

 

“Esse projeto começou já tem um tempo, com a seleção das rotas, então a gente selecionou pontos de interesses que geralmente eram pontos de ônibus, lugares de grande circulação de pessoas, metrô, escolas, hospitais e a partir disso, a gente definiu as rotas, a rota não passa necessariamente por todos os bairros, mas passa por muitos. O importante para gente é cobrir a maior quantidade de área possível de Salvador. E com as 16 rotas que a gente estabeleceu, a gente conseguiu cobrir praticamente todo o continente e Ilha de Maré, como aquela ilha representativa das ilhas de Salvador, colocando também nesse mapa de calor que a gente vai produzir”, define.

 

“São mais de 60 mil dados que depois, por meio de uma modelagem, vão se tornar ainda mais dados. A gente vai pesquisar, vai coletar, já está coletando. Então, a robustez do dado dá para a gente entender, no nível micro, como é a temperatura desses lugares e como a estrutura da cidade ela interfere ou ela produz essa temperatura”, completa. 

 

Com relação ao diálogo com Prefeitura de Salvador, para a criação de políticas públicas a partira das informações produzidas, Paulo conta que “a estratégia foi buscar o apoio institucional para que nessa cidade tão difícil, tão contraditória como é Salvador, a gente tivesse a possibilidade logística de mapear toda a área”. Assim, junto aos 20 voluntários que atuam em campo durante o mapeamento, os agentes da Prefeitura utilizam carros oficiais para fazer os percursos com maior segurança. 

 

“Sóstenes [Macedo, superintendente da Codesal] prontamente abraçou a campanha e viabilizou todos os carros da Codesal, identificados com seus motoristas, que estão contribuindo muito, inclusive, com essa campanha, com seu conhecimento de área, um conhecimento de campo imprescindível. E é isso que está fazendo com que a campanha até aqui seja um sucesso”, completa. 

 

Com relação à importância do material produzido, “esses dados que a gente está gerando são dados de plataforma pública de acesso aberto para todo mundo poder botar a mão e fazer junto". "Então a importância para a cidade é nesse sentido, da gente hoje oferecer uma quantidade cada vez mais precisa de dados, que vai inclusive dar para gente a possibilidade de direcionar ações e políticas cada vez mais no nível do detalhe”, conclui Zangalli. Segundo informações do grupo de pesquisa, ainda não há uma previsão exata para a conclusão da implementação do Observatório. 

MPF instaura inquérito para apurar possível fraude de cotas no curso de medicina da UFBA
Foto: Reprodução / Google Street View

O Ministério Público Federal (MPF) tornou público nesta terça-feira (28) um inquérito civil para apurar possível ilegalidade na admissão dos candidatos, na modalidade de cotas étnico-raciais do Processo Seletivo de 2022, para o curso de Medicina, na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador. 

 

Segundo o sistema do MPF,  o inquérito assinado pelo Procurador da República, Leandro Bastos Nunes, foi instaurado no dia 21 de janeiro de 2025 e tem o objetivo de promover ampla apuração dos fatos contidos no Procedimento Preparatório, aberto em 24 de abril de 2024, que dispõe de documentos com a notícia de fato.

 

O procedimento ainda está na fase inicial. O órgão emitiu ofícios para dar continuidade as investigações da denúncia.

MusicBook com Canções de Gerônimo é lançado na reitoria da UFBA
Foto: Divulgação

A obra do cantor e compositor Gerônimo, será retratada em um musicbook. Com produção de Rowney Scott e prefácio de Gil Vicente Tavares, o musicbook é uma realização da Escola de Música da Universidade Federal da Bahia e apresenta grandes canções do artista, um dos maiores representantes da música baiana no Brasil. 

 

O lançamento acontece no dia 22 de janeiro, às 17h, na Reitoria da UFBA. O evento contará com a presença de artistas, comunidade acadêmica e nomes da cena cultural soteropolitana.

 

Além da cerimônia institucional de lançamento, a noite será brindada com a apresentação de uma banda composta por estudantes da Escola de Música; no repertório, grandes hinos de Gerônimo cujas partituras podem ser encontradas no e-book.

 

 

Com download gratuito, o livro traz a escrita de todos os instrumentos presentes nas músicas de Gerônimo. Além de uma homenagem ao artista, o livro é um instrumento potente de estudo e fortalecimento da Música Popular Brasileira. 

 

O artista agradeceu o trabalho que se debruça sobre a sua carreira, que completou 50 anos em 2023. “Eu quero dizer que a universidade agora está de frente para o povo. Antes, não existia muito essa sintonia entre o que o povo produzia e o que era estudado lá. Então, ter minha obra como motivo de estudo hoje, eu me sinto muito honrado”, declarou Gerônimo.

 

Rowney Scott, idealizador e produtor do projeto, explica que o livro é consequência de um trabalho atravessado pelos três pilares que sustentam a Universidade Federal da Bahia: ensino, pesquisa e extensão. 

 

“Tudo começou com a disciplina Oficina de Estilos, onde a cada semestre escolhemos um autor, tema ou gênero para estudar. Nessa investigação de obras artísticas, fazíamos o exercício de transcrever as músicas, na riqueza de cada instrumento. Em 2018, segui com essa pesquisa em um pós-doc que fiz na Holanda. Portanto, esse musicbook é um trabalho de muitos anos, exigiu bastante dedicação e acho que é uma contribuição real para o legado da música baiana”, relatou Rowney. 

 

O professor ressaltou a participação de Ricardo Sibaldi, com quem dividiu ao longo de 2024, um processo intenso e detalhado de revisão e lapidação do livro.

 

Dentre as músicas do musicbook, alguns clássicos sem os quais não existiria a música baiana: É d’Oxum, Abafabanca, Eu Sou Negão e Jubiabá.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
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Pérolas do Dia

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Flávio Bolsonaro
Foto: Reprodução / Redes Sociais

"Uma parte da imprensa, que já tem má vontade com a gente e adora defender traficante de drogas, inventa que eu estou defendendo que se taque bombas na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Eu fico revoltado com essa defesa de traficantes, porque eu sei que é o dinheiro desses caras que é usado para comprar a pistola que vão apontar para a nossa cabeça no sinal de trânsito para ser assaltado no Rio de Janeiro". 

 

Disse o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao reagir às críticas recebidas após publicar, na véspera, uma mensagem no X (antigo Twitter) sugerindo que os Estados Unidos realizassem ataques a barcos de traficantes no Rio de Janeiro. 

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