Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
/
Tag

Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

cristiano zanin

Esposa de Binho Galinha questiona decisão do STJ no Supremo e Zanin nega pedido de prisão domiciliar
Foto: Reprodução / Redes sociais

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, negou recurso impetrado pela esposa do deputado estadual Binho Galinha (PRD), Mayana Cerqueira da Silva, que questiona decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no âmbito da Operação El Patron. O STJ rejeitou pedido de habeas corpus e o restabelecimento da prisão domiciliar da ré presa em abril. 

 

Mayana é acusada dos crimes de organização criminosa, receptação qualificada, lavagem de capitais, crime contra a economia popular e contravenção penal do jogo do bicho. Ao negar o pedido, o STJ referendou decisão já proferida pela Primeira Câmara Criminal Segunda Turma Julgadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA)

 

Na nova decisão, o ministro Zanin afirma, com base na Súmula 691 do STF, que não compete ao Supremo Tribunal Federal conhecer de recurso impetrado contra decisão de relator que, em habeas corpus requerido a Tribunal Superior, indefere a liminar. Em seu voto, ele ainda destaca que a relativização do entendimento sumulado só é admitida pelo Supremo em casos de flagrante ilegalidade ou abuso de poder, o que não foi verificado no processo. 

 

“Finalmente, consigno não haver nenhuma ilegalidade flagrante ou abuso de poder aptos a permitir a superação do óbice acima indicado, especialmente diante dos fundamentos expostos pelo Tribunal de Justiça do Estado da Bahia para denegar a ordem à paciente”, pontuou Cristiano Zanin. 

 

Ainda em seu voto, o ministro relator trouxe entendimento do TJ-BA, que destacou a “extrema gravidade” das condutas imputadas a Mayana Cerqueira da Silva, em especial dos fatos descobertos pela polícia após à concessão da prisão domiciliar, como: destruição de provas, embaraço às investigações, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, posição de comando na organização criminosa armada, continuação de pagamentos efetivados no bojo de lavagem de capitais. 

 

Zanin rebateu a tese da defesa da acusada que pede o regime de prisão domiciliar por conta da sua filha de 9 anos. “Não evidencia que a presença da Acusada represente proteção e preservação da integridade física e emocional da criança - pois, na verdade, o que exsurge dos autos é a possibilidade de a menor ser exposta a elevado risco, caso conviva com sua genitora, neste contexto de atividades delituosas reiteradas”, traz a decisão. 

 

O ministro do STF também apontou atestado médico juntado pela defesa de Mayana, no qual a psicóloga não fez recomendação alguma no sentido de que a criança deva retornar à convivência com a mãe e frisou que "conforme interação e relato verbal da paciente,foi possível observar sofrimento emocional por experiências vivenciadas com núcleo familiar, bem como por distanciamento de vínculos próximos e mudanças repentinas de rotina com prejuízos significativos". 

 

A decisão do Supremo voltou a destacar que a criança possui parentes próximos em liberdade, como o seu pai, Binho Galinha, e seu irmão João Guilherme Cerqueira da Silva Escolano, além de um tio que, de acordo com o atestado médico juntado pela defesa, figura, atualmente, como o responsável pela menor.

Supremo elege Cristiano Zanin como ministro substituto do TSE
Foto: Andressa Anholete / STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) elegeu, nesta quarta-feira (26), o ministro Cristiano Zanin para o cargo de ministro substituto do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A cadeira ficou vaga com a posse do ministro André Mendonça como integrante efetivo da Corte eleitoral. 

 

Cristiano Zanin ocupará uma das três vagas de substitutos reservadas no TSE a ministros do STF – Corte na qual tomou posse em agosto de 2023. Segundo a Constituição Federal, para cada integrante efetivo, é eleito um substituto escolhido pelo mesmo processo. Cada ministro é eleito para um biênio, sendo proibida a recondução após dois biênios consecutivos.

 

O ministro agradeceu pela confiança e afirmou sentir-se honrado em integrar o TSE, “um Tribunal de tanta importância para a democracia do país”.

 

Atualmente, compõem o TSE, nas vagas destinadas ao STF, a ministra Cármen Lúcia (presidente) e os ministros Nunes Marques (vice-presidente) e André Mendonça, nos cargos de ministros efetivos. Cristiano Zanin ocupará uma das vagas de substitutos, ao lado dos ministros Dias Toffoli e Gilmar Mendes.

 

Também presente na sessão do Supremo, a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, lembrou que faltam quase 100 dias para as Eleições Municipais 2024 e enalteceu a participação de Zanin neste momento. “Toda ajuda é bem-vinda e a de Vossa Excelência, tão qualificada e comprometida, é uma benção para o Tribunal”, disse.

Atendendo a pedidos do Congresso e AGU, Zanin suspende liminar e retoma desoneração da folha
Foto: SCO / STF

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender, nesta sexta-feira (17), a liminar que interrompeu prorrrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e municípios. Com isso, ainda que provisoriamente, foi retomada a validade de lei aprovada pelo Congresso Nacional que estendeu o benefício. A liminar será submetida ao plenário virtual, para ser avaliada pelos outros ministros do STF.


A decisão de Zanin acata proposta da Advocacia-Geral da União (AGU) por uma solução consensual, mediante a suspensão da ação pelo prazo de 60 dias. Mais cedo, nesta sexta-feira (17), a Advocacia do Senado Federal protocolou petição em que concorda com a medida.


O diálogo entre os poderes resultou em novo projeto de reoneração gradual, apresentado pelo líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (União Brasil-PB). “O projeto de lei resulta de um diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo na busca das soluções mais adequadas para a preservação do equilíbrio orçamentário e fiscal e também para o restabelecimento progressivo da oneração dos dezessete setores da economia, alinhado com segurança jurídica e um planejamento tributário e fiscal das empresas afetadas”, argumenta o Senado na manifestação.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu suspender, nesta sexta-feira (17), a liminar que interrompeu prorrrogação da desoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia e municípios. Com isso, ainda que provisoriamente, foi retomada a validade de lei aprovada pelo Congresso Nacional que estendeu o benefício. A liminar será submetida ao plenário virtual, para ser avaliada pelos outros ministros do STF.


A decisão de Zanin acata proposta da Advocacia-Geral da União (AGU) por uma solução consensual, mediante a suspensão da ação pelo prazo de 60 dias. Mais cedo, nesta sexta-feira (17), a Advocacia do Senado Federal protocolou petição em que concorda com a medida.


O diálogo entre os poderes resultou em novo projeto de reoneração gradual, apresentado pelo líder do União Brasil no Senado, Efraim Filho (União Brasil-PB). “O projeto de lei resulta de um diálogo entre os poderes Executivo e Legislativo na busca das soluções mais adequadas para a preservação do equilíbrio orçamentário e fiscal e também para o restabelecimento progressivo da oneração dos dezessete setores da economia, alinhado com segurança jurídica e um planejamento tributário e fiscal das empresas afetadas”, argumenta o Senado na manifestação.

STF forma maioria e impede Zanin de julgar recurso de Bolsonaro
Foto: SCO

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou nesta quarta-feira (8) a decisão do ministro Cristiano Zanin de declarar-se impedido de julgar um recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra uma condenação que lhe foi imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

A análise está ocorrendo em uma sessão extraordinária do plenário virtual. Alexandre de Moraes e Luiz Fux votaram para acompanhar o relator. Zanin atendeu a um pedido da defesa de Bolsonaro.


O ministro do STF ressaltou que a contestação feita pelos advogados de Bolsonaro contra sua relatoria foi apresentada fora do prazo exigido. Entretanto, reconheceu que atuou, como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em um outro caso do TSE que tem semelhanças com o que gerou a condenação de Bolsonaro.


Por isso, Zanin argumentou que caso essa outra ação também chegue ao STF, poderia ser distribuída em conexão para ele, o que geraria o impedimento nos dois casos.


No recurso ao STF, Bolsonaro questiona a decisão do TSE de junho de 2023, quando a maioria dos ministros do tribunal considerou que ele cometeu abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação ao questionar a lisura do sistema eleitoral durante um encontro com embaixadores. O ex-presidente já recorreu dentro do TSE, e agora questiona o resultado do julgamento no STF.


Em outubro, Bolsonaro foi novamente condenado pelo TSE, por abuso de poder político e econômico nas comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de Setembro de 2022. O ex-presidente também recorre contra essa decisão. Caso uma das duas seja derrubada, a outra segue valendo, inclusive com o prazo de inelegibilidade até 2030.

Zanin revoga prisão preventiva de advogado condenado por se apropriar de valores de clientes na Bahia
Foto: Reprodução / CNA

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, decidiu substituir a prisão preventiva do advogado Carlos Humberto Ramos Lauton, condenado por apropriação indébita de valores de clientes após ações ganhas na Justiça, por outras cautelares alternativas. 

 

Lauton foi preso preventivamente em novembro de 2020, em Vitória da Conquista, após ser dado como foragido. No entendimento do ministro, a privação da liberdade do acusado pode ser substituída por outras cautelares menos gravosas visto que ele está impedido de exercer a advocacia. “Portanto, qualquer afirmação no sentido de que ele, solto, poderia continuar praticando crimes congêneres ou contra o patrimônio é desprovida de base empírica, uma vez que todos os delitos pelos quais foi ele condenado consumaram-se estritamente em razão das suas atividades como advogado”, argumentou. No Cadastro Nacional dos Advogados, mantido pelo Conselho Federal da OAB, o réu aparece com "situação excluído".

 

Na segunda instância, o advogado foi condenado à pena-base de dois anos e seis meses de reclusão, num intervalo que varia de um a quatro anos. 

 

No seu voto, sem especificar, Zanin cita que deverão ser adotadas as cautelares previstas no artigo 319 do Código de Processo Penal. O artigo prevê, por exemplo, o uso de tornozeleira eletrônica.

 

A defesa de Carlos Humberto Ramos Lauton recorreu ao STF para que o advogado respondesse em liberdade, no entanto, como lembrou o ministro relator, o réu “permaneceu durante toda a instrução processual sem localização definida, tendo sido citado por edital, apresentando posteriormente, por meio de seus advogados, diversos endereços onde ele não residia nem se encontrava, conforme certificado por Oficiais de Justiça”. 

 

O CRIME

Ação movida pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) em 2017 apontou que o advogado se apropriou indevidamente de R$ 3,3 mil pertencentes a um cliente idoso. 

 

Conforme a denúncia, em 28 de abril de 2014, o advogado foi a uma agência do Banco do Brasil em Salvador e efetuou o levante do alvará judicial após vitória em uma ação contra a Telemar. À época, o advogado alegou que 20% era devido a ele por causa dos honorários advocatícios e outros 20% por previsão no contrato. Após insistência da vítima, ele devolveu R$ 1 mil, prometendo que quitaria posteriormente o restante da dívida, o que não aconteceu. 

 

O MP-BA pediu a condenação pelo crime de apropriação indébita, com pena aumentada de um terço por conta do fato ocorrer no exercício da profissão. Com isso, foi decretada a prisão preventiva em razão de revelia do réu em 13 de fevereiro de 2019.

 

Ainda segundo a acusação, Carlos Humberto responde a mais de 20 processos, sendo, ao menos, dez deles por apropriação indébita.

Zanin suspende trechos de lei que prorrogou desoneração; Coronel critica decisão
Foto: Rosinei Coutinho / SCO /STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, suspendeu trechos da lei que prorrogou a desoneração da folha de pagamento de municípios e de diversos setores produtivos até 2027. A decisão foi tomada na Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) nº 7633, da qual Zanin foi sorteado relator.


O ministro atendeu pedido da Advocacia Geral da União (AGU) para que o STF reconheça a inconstitucionalidade de dispositivos da Lei nº 14.784/2023 que prorrogaram a desoneração de setores da economia e de municípios. O ministro considerou que, sem indicação do impacto orçamentário, poderá ocorrer “um desajuste significativo nas contas públicas e um esvaziamento do regime fiscal constitucionalizado”.


A decisão cautelar será levada a referendo na sessão virtual que começa na madrugada desta sexta-feira (26).


Relator da proposta no Senado,  Angelo Coronel (PSD) criticou a decisão de Zanin. O parlamentar baiano classificou a suspensão como uma grande falta de respeito do governo com o Congresso Nacional.  “O Congresso votou essas matérias com apoio da ampla maioria dos parlamentares. O governo prega a paz e a harmonia e age com beligerância”, repreendeu. 


Além disso, Coronel prevê que, caso o STF mantenha a decisão, pode gerar prejuízo e desemprego. “Frustração grande por parte das pequenas prefeituras brasileiras que andam em regime pré-falimentar e após essa justíssima desoneração começaram a respirar aliviadas e recolhendo no vencimento suas obrigações previdenciárias, coisa que não existia antes da lei”, pontuou.

Dino e Zanin apoiam amigo de Flávio Bolsonaro ao cargo de desembargador do TRF-1
Foto: Ruy Baron / BaronImagens

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Flávio Dino e Cristiano Zanin, estão apoiando o nome de um amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à vaga de desembargador do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), Corte com sede em Brasília. 

 

Aliados de Dino confirmaram à coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, que o apoio do recém-ministro ao advogado Eduardo Martins se deu após pedido de Zanin, que é amigo do pai do advogado, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Humberto Martins.

 

O nome de Eduardo, que também agrada o bolsonarismo, ainda conta com apoio do ministro Nunes Marques, indicado por Jair Bolsonaro ao STF.

 

Com apoios de peso no Supremo e no STJ, Eduardo desponta como favorito para ser o escolhido por Lula em uma das listas tríplices do TRF-1, segundo fontes do Palácio do Planalto.

 

Há uma segunda lista tríplice para tribunal, que tem como favorito até então o advogado Flávio Jardim, apoiado, entre outros nomes, pelo ministro Gilmar Mendes, atual decano do STF.

Depois de um ano, empresário que ofendeu e ameaçou Zanin vai à Justiça pedir desculpas
Foto: Reprodução

O empresário Luiz Carlos Bassetto, acusado de ofender e ameaçar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, apareceu depois de um ano sem ser localizado pela Justiça após várias tentativas. Neste período, até o pai do empresário chegou a ser contatado, mas não colaborou. Com a intimação realizada só neste mês, a defesa de Bassetto pede uma nova audiência de conciliação. A queixa-crime, apresentada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já foi aceita pela 6ª Vara Criminal de Brasília.

 

Nesse “retorno”, o empresário apresentou um pedido de retratação pelas ofensas e ameaças que fez a Cristiano Zanin, há cerca de um ano. As informações são do O Globo. 

 

A peça foi enviada à 6ª Vara Criminal de Brasília. Por meio de sua defesa, Bassetto diz que “retira tudo que tenha dito, de forma a declarar publicamente e perante este Ilustrado Juízo, que o QUERELANTE (Cristiano Zanin) não faz jus as ofensas perpetradas”.

 

O episódio aconteceu quando Zanin ainda não era membro do STF e atuava como advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na época, o empresário gravou e divulgou um vídeo enquanto Zanin escovava os dentes no aeroporto de Brasília. Bassetto chamou o então advogado de “bandido”, “safado” e “vagabundo”. Ele também disse que o ministro tinha de “tomar um pau de todo mundo que está andando na rua” e que sua vontade era “meter a mão na orelha” de Zanin.

 

Diante da retratação, a defesa do empresário solicita a extinção da pena pelo crime de difamação e  afirma que o acusado não teve a intenção de difamar Zanin. Conforme os advogados, as ofensas ocorreram “dias após os famigerados acontecimentos de 8 de janeiro, troca de governo e fortes discussões ideológicas e políticas”.

Revisão da vida toda: Zanin vota pela correção de aposentadorias sem a necessidade de ação judicial
Foto: Carlos Moura / SCO / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, devolveu pedido de vista em processo que analisa a aplicação da “revisão da vida toda” para aposentadorias e benefícios de quem contribuía para a previdência antes de 29 de novembro de 1999. O julgamento do recurso extraordinário foi retomado em sessão virtual do plenário do STF que ocorre entre os dias 24 de novembro a 1° de dezembro.

 

O ministro propôs, em seu voto, que as parcelas posteriores à data da decisão proferida pelo STF – em 13 de dezembro de 2022 – devem ser corrigidas considerando a média de todas as contribuições realizadas pelo segurado, ressaltando que “o excepcional interesse social que justifica a modulação de efeitos da decisão deve ser pensado, também, a partir do prisma do equilíbrio atuarial e financeiro da Previdência Social, ou seja, da sustentabilidade do sistema previdenciário e do interesse público subjacente”.

 

Cristiano Zanin, no entanto, entendeu ser necessária a análise prévia sobre a constitucionalidade da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afastou a aplicação da lei que restringia o cálculo das aposentadorias e benefícios com base em interpretação da Constituição Federal – o que exige a análise do tema pela maioria dos ministros daquele tribunal.

 

Assim, o ministro decidiu acompanhar o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, e os ministros Nunes Marques, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Dias Toffoli, que votaram no sentido de devolver o processo ao STJ para que seja feita uma nova análise, dessa vez pela Corte Especial. De acordo com o artigo 97 da Constituição Federal e a Súmula Vinculante 10 do STF, a decisão que declara a inconstitucionalidade ou a não aplicação de uma lei deve ser tomada pela maioria dos membros do Tribunal, o que não teria ocorrido no julgamento realizado pelo STJ.

VÍDEO: Homem que tentou agredir cachorros da irmã de Zanin é indiciado por lesão corporal e maus tratos a animais
Foto: Reprodução

O homem que tentou agredir a pontapés os cachorros da advogada Caroline Zanin, irmã do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Cristiano Zanin (reveja aqui), foi indiciado pelos crimes de lesão corporal dolosa e maus tratos a animais.

 

A informação foi confirmada, ao jornal O Globo, pela Secretaria de Segurança Pública de SP (SSP-SP). O caso ocorreu na semana passada em frente à residência da advogada, no bairro de Perdizes, na Zona Oeste da capital.

 

Imagens de uma câmera de segurança mostram Caroline parada em frente ao portão, com seus dois cachorros na coleira. De repente, Rogério Cardoso Júnior, de 64 anos, que passava na calçada reage aos latidos dos cães e parte para cima deles.

 

O agressor desfere seis chutes nos animais, enquanto a advogada chama pelo segurança e tenta se recolher do lado de dentro do prédio. O homem vai embora caminhando quando o segurança se aproxima calmamente. No registro em vídeo não é possível ver se Caroline foi atingida pelos chutes. Confira:

 

 

Em depoimento à Polícia, a advogada afirmou que "estava voltando de um passeio com seus cães quando um homem, ainda não identificado, se aproximou e passou a agredi-la com chutes, e os animais também foram chutados".

 

De acordo com informações do portal g1, Cardoso prestou depoimento na última sexta-feira. Ele disse morar no bairro há 17 anos, e justifica os chutes para se defender de um ataque dos cães. Ainda segundo o depoimento de Cardoso, os cachorros foram agressivos e chegaram a morder seu short e a puxar a roupa para baixo. Também ao g1, Caroline disse desconhecer Cardoso, e que o episódio foi traumatizante.

Zanin nega liberdade a ex-policial baiano acusado de envolvimento em homicídios
Foto: Reprodução

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, negou pedido de habeas corpus a um ex-policial militar da Bahia que responde, ao menos, a três ações penais por crimes contra a vida. A defesa de Ronie Von Souza da Silva solicitava a troca da prisão preventiva por medidas cautelares alternativas à prisão. 

 

Ronie Von é réu em uma ação na qual é acusado de homicídio qualificado por motivo fútil, na cidade de Feira de Santana. O crime aconteceu em dezembro de 1998 no bairro do Tomba. Ele é suspeito de ter agredido um homem com socos e enquanto a vítima estava no chão, ter deflagrado vários tiros, impossibilitando a defesa do rapaz. 

 

Outra acusação é de um homicídio, também qualificado, que aconteceu em 2014 na Princesa do Sertão. Ele é apontado como autor de matar o caminhoneiro Edmilson Gomes Félix Cerqueira e ferir Maximinio Almeida de Oliveira, em abril daquele ano – próximo ao circuito da Micareta de Feira. Testemunhas afirmaram à época que tudo aconteceu após uma discussão de trânsito. Ronie foi preso um mês depois, em maio. O terceiro processo contra o PM tramita na comarca de Castro Alves. 

 

Ronie Von Souza da Silva também é acusado de posse irregular de arma de fogo de uso permitido, e posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito.

 

No recurso interposto pela defesa do réu no STF, ele questiona decisão monocrática da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que indeferiu um pedido de habeas corpus. Os advogados apontam um possível abuso de poder.

 

Ele foi expulso da Polícia Militar da Bahia diante das acusações, porém a defesa afirma que a corporação não esclareceu “ao certo a motivação da sua expulsão” dos quadros da PM. Ainda alega que "o conteúdo dos processos que envolvem o paciente, percebe-se que versam sobre fatos que supostamente ocorreram há 05 e 24 anos, configurando um lapso temporal substancial que afasta a noção de reiteração delitiva e, consequentemente, de um periculum libertatis" bem como que "o paciente não ostenta qualquer condenação, sendo primário, de modo que não de se falar em reincidência ou conduta criminosa habitual". 

 

No entendimento de Zanin, não há constatação de “ilegalidade flagrante ou abuso de poder aptos a permitir a superação do óbice acima indicado”. Além disso, o ministro sinaliza que a “ausência da análise dos fundamentos constantes do ato coator por colegiado de Tribunal Superior impede o prosseguimento” do habeas corpus na corte. 

Zanin ordena União fornecer remédio mais caro do mundo para tratamento de criança com doença rara
Foto: Reprodução

A União terá que fornecer o medicamento Zolgensma – onasemnogeno abeparvoveque – para o tratamento de uma criança de 2 anos de idade com uma doença rara, a Amiotrofia Espinhal (AME Tipo 1).  A determinação é do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin. O remédio é considerado o mais caro do mundo e a aplicação estava agendada para esta terça-feira (5). A doença afeta o neurônio motor da coluna vertebral. 

 

A reclamação foi apresentada pelos responsáveis pela criança contra decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia negado o fornecimento do medicamento. Segundo o relator do caso no STJ, o Sistema Único de Saúde (SUS) fornece tratamento capaz de retardar a progressão da doença com outro remédio, não se justificando o fornecimento do Zolgensma para crianças com mais de 2 anos de idade.

 

Na decisão, Zanin observou que não há mais dúvidas sobre a eficácia do medicamento e que a idade da criança não pode ser obstáculo ao fornecimento do Zolgensma. O ministro lembrou que, em diversas ocasiões, o STF reconheceu sua eficácia e sua importância no tratamento da doença em crianças acima de 2 anos.

 

Segundo o ministro, o entendimento pacífico da Corte é de que o Estado não pode ser obrigado a fornecer medicamentos experimentais. Contudo, o Zolgensma não se enquadra nessa hipótese, pois está incorporado à lista do SUS desde de dezembro de 2022, por portaria do Ministério da Saúde. Além disso, o medicamento já foi comprado pela União.

 

Cristiano Zanin explicou ainda que, como a decisão do STJ não contrariou entendimento vinculante do STF, não caberia o exame da reclamação. “No entanto, o caso em questão trata de direitos fundamentais da maior grandeza, os direitos à vida e à saúde de uma criança, a quem a Constituição Federal atribui prioridade absoluta”, concluiu.

Zanin nega pedido de liberdade para acusado de homicídio no interior baiano
Foto: Reprodução / Google Maps

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) negou um pedido de habeas corpus para um acusado de cometer um homicídio em Paripiranga, na divisa da Bahia com Sergipe. A medida foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin na última sexta-feira (1°). O recurso foi pedido pela defesa de Leonardo Fraga Guimarães, que está preso abril de 2016.

 

Ele foi apontado pela delegacia da cidade como autor de um homicídio com motivação política ocorrido em Paripiranga, em 2 de maio de 2014. A vítima foi identificada como José Carlos Carvalho, um médico e membro do PT local.

 

Conforme o Ministério Público do Estado (MP-BA), o mandante seria o vereador Alexandre Magno (PSD), que em 2014 atuava como procurador do município. Alexandre Magno também teve um recurso negado pelo STF em agosto passado. Magno chegou a afirmar ao Bahia Notícias que tinha sido perseguido pelo delegado na investigação que o acusava pelo crime.

 

O edil alegava falta de provas na denúncia e pedia o retorno do caso para o tribunal de origem, o TJ-BA. Na ocasião, o ministro André Mendonça indeferiu os pedidos. 

Movimentos de esquerda se mobilizam por candidaturas de minorias ao STF diante da insatisfação com Zanin
Foto: STF

Com Cristiano Zanin mais alinhado ao conservadorismo e com votos contrários à agenda progressista neste pouco tempo de atuação no Supremo Tribunal Federal (STF), movimentos sociais e representantes das minorias impulsionaram candidaturas à vaga que será aberta com a aposentadoria da ministra Rosa Weber no final de setembro. 

 

Conforme apuração do Uol, ao menos sete nomes surgiram desta movimentação de alas da esquerda. Todos de mulheres. 

 

De acordo com a publicação, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), formada em Direito, Joenia Wapichana, tem comentado com interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o seu desejo de ser nomeada para o STF. 

 

Outro nome é o da advogada Vera Lúcia Araújo, que tentou ficar no lugar de Ricardo Lewandowski, e conta o aval de movimentos sociais que clamam pela presença de uma mulher negra na Corte. Vera Lúcia tem o apoio da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.

 

A lista de candidatas que têm apoio de alas do PT e de integrantes do governo ainda conta com a advogada Carol Proner, a desembargadora Simone Schreiber e as ministras Katia Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), e Regina Helena Costa, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

 

A promotora de Justiça do Pará, Ana Cláudia Pinho, também tem se apresentado publicamente como candidata. Com atuação na área de direitos humanos, recebeu inclusive uma carta de recomendação do jurista italiano Luigi Ferrajoli, considerado o pai do garantismo penal.


Mesmo com a indignação de aliados e militantes, e a disponibilização destes nomes, o atual advogado-geral da União, Jorge Messias e pelo presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, são apontados como os favoritos de Lula (veja aqui).

Decisão de Zanin que permitiu silêncio absoluto ao coronel da PMDF é criticada por membros da CPMI
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

Respaldado por decisão concedida pelo ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF), Fábio Augusto Vieira, que comandava a corporação no início do ano, decidiu ficar calado e não responder a questionamentos dos membros da CPMI do 8 de janeiro, nesta terça-feira (29). O habeas corpus concedido por Zanin foi alvo de críticas tanto do presidente da CPMI, deputado Arthur Maia (União-BA), como de outros membros da comissão, por permitir ao depoente não apenas ficar em silêncio, mas sequer se comprometer a falar a verdade. 

 

“Discordo, peremptoriamente, desta decisão do ministro Zanin, mas eu vou cumpri-la. Portanto, eu não vou submeter o depoente ao compromisso de dizer a verdade. Vamos pular essa parte, e passar direto para a falar dos parlamentares, já que essa presidência não pode submeter o depoente ao compromisso de dizer a verdade”, disse Arthur Maia, após longa discussão sobre o teor da decisão do ministro Cristiano Zanin.

 

LEIA TAMBÉM:

 

O coronel Fábio Augusto Vieira está preso preventivamente desde o último dia 18, por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Vieira responde pelos crimes de abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de Estado e dano ao patrimônio público. No início de seu depoimento, o coronel da PM-DF, que estava à frente da corporação no dia dos atos de vandalismo em Brasília, negou ter permitido os ataques às sedes dos Três Poderes.

 

“Jamais permiti que atacassem nosso Estado Democrático de Direito. Vou permanecer em silêncio até o acesso à íntegra dos autos e a apresentação à defesa com todos os esclarecimentos para cada um dos fatos que me são imputados”, disse Vieira. O coronel não respondeu a nenhuma pergunta feita pela relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA). 

Julgamento da descriminalização do porte de maconha para consumo próprio é suspenso; placar tem cinco votos favoráveis
Foto: STF

Até o momento, cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) votaram pela inconstitucionalidade da criminalização do porte de maconha para consumo próprio. O julgamento, no entanto, foi suspenso com o pedido do ministro André Mendonça. 

 

Na sessão desta quinta-feira (24), o relator do recurso extraordinário, ministro Gilmar Mendes, reajustou seu voto, que descriminalizava todas as drogas para uso próprio, para restringir a declaração de inconstitucionalidade às apreensões de maconha. Ele incorporou os parâmetros sugeridos pelo ministro Alexandre de Moraes, no sentido de presumir como usuárias as pessoas flagradas com 25g a 60g de maconha ou que tenham seis plantas fêmeas.

 

Ao acompanhar esse entendimento, a presidente do Supremo, ministra Rosa Weber, afirmou que a criminalização da conduta é desproporcional, por atingir de forma veemente a autonomia privada. A seu ver, a mera tipificação como crime do porte para consumo pessoal potencializa o estigma que recai sobre o usuário e acaba por aniquilar os efeitos pretendidos pela lei em relação ao atendimento, ao tratamento e à reinserção econômica e social de usuários e dependentes. 

 

“Essa incongruência normativa, alinhada à ausência de objetividade para diferenciar usuário de traficante, fomenta a condenação de usuários como se traficantes fossem”, disse.

 

O ministro Cristiano Zanin reconhece discrepâncias na aplicação judicial do artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006), que leva ao encarceramento em massa de pessoas pobres, negras e de baixa escolarização. Contudo, entende que a mera descriminalização contraria a razão de ser da lei, pois contribuirá para agravar problemas de saúde relacionados ao vício.

 

De acordo com o ministro, a declaração da inconstitucionalidade do dispositivo retiraria do mundo jurídico os únicos parâmetros objetivos existentes para diferenciar usuário do traficante. Ele sugeriu, contudo, a fixação, como parâmetro adicional para configuração de usuário da substância, a quantidade de 25 gramas ou seis plantas fêmeas.

Zanin derruba acórdão do TJ-BA e determina uso dos precatórios para pagamento de dívidas da Fazenda Pública
Foto: STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Cristiano Zanin, julgou procedente reclamação com pedido de liminar proposta pelo governo estadual contra acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), que permitia o pagamento por folha suplementar de dívidas da Fazenda Pública. 

 

O governo da Bahia sustenta que ao determinar o pagamento por folha suplementar, de valores que devem seguir obrigatoriamente o regime de precatórios, o TJ-BA violou a autoridade do que foi decidido pelo STF no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADFP) 250. 

 

Na decisão, proferida por unanimidade em 2019, o Supremo estabeleceu a necessidade do uso de precatórios no pagamento de dívidas da Fazenda Pública, independentemente de o débito ser proveniente de decisão que atendeu ao solicitado na inicial do mandado de segurança. A exceção fica apenas com as obrigações definidas em leis como de pequeno valor. A Corte acompanhou o voto da relatora da ação, ministra Cármen Lúcia. 

 

Compartilhe essa notícia pelo WhatsApp!

 

Agora, em 2023, em decisão monocrática, Zanin afirma que o TJ-BA decidiu de forma oposta mesmo estando ciente do entendimento do STF. 

 

O ministro apresenta trecho do acórdão do tribunal baiano que destaca que “em se tratando de cumprimento de obrigação de fazer, e não tendo o Estado da Bahia cumprido a ordem mandamental, é possível o surgimento de valores devidos mensalmente, em virtude das diferenças entre aquilo que o profissional recebe e o que deveria receber, caso houvesse ocorrido a implementação do piso nacional do magistério. Essas diferenças podem ser pagas em folhar suplementar, fora, portanto, do regime dos precatórios”.

 

Zanin determinou a cassação deste “capítulo decisório” do acórdão e que “outro aresto seja proferido, com a efetiva observância ao entendimento firmado no julgamento da ADPF 250/DF”.

STF forma maioria para proibir remoção forçada de pessoas em situação de rua
Foto: Fábio Rodrigues / Agência Brasil

Neste domingo (20), o Supremo Tribunal Federal formou maioria para determinar que os municípios proíbam a remoção forçada de pessoas em situação de rua.

 

Os ministros julgam uma decisão individual do ministro Alexandre de Moraes de julho, que determinou aos governos Federal, Estadual e Municipal a execução de medidas previstas na Política Nacional para os cidadão em situação de rua.

 

Até este momento, a decisão de Moraes foi reiterada por Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Nunes Marques, Rosa Weber e Carmen Lúcia. Com esta decisão, fica proibida a remoção de pessoas e o recolhimento forçado de objetos.

 

Se torna obrigatório que os serviços de zeladoria urbana divulguem dia e horário de suas ações com antecedência, para que as pessoas que vivem na rua possam recolher seus pertences.

 

Está previsto também mutirões da cidadania periódicos para a regularização de documentação, inscrição em cadastros governamentais e inclusão em políticas públicas.

 

Foi analisada pelos ministros uma ação movida pela Rede Sustentabilidade, Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que acusaram uma série de omissões do poder público para garantir os direitos da população.

 

O processo aponta que há uma grande quantidade de coisas  inconstitucional e condições desumanas na condição de vida dessa parcela da população.

STF tem maioria pela obrigatoriedade da criação do juiz das garantias
Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) tem maioria para tornar obrigatória a criação do juiz das garantias no país. Até o momento, seis ministros consideram que a nova figura jurídica deve ser instituída pelos tribunais, mas há divergências quanto ao prazo e a forma para que isso ocorra. 

 

Os ministros Dias Toffoli, Cristiano Zanin, André Mendonça e Edson Fachin defendem um período de 12 meses para a instituição da figura jurídica, prorrogáveis por mais 12. Alexandre de Moraes propôs 18 meses, mas considera acompanhar os demais colegas, conforme divulgado pelo UOL. 

 

O ministro Nunes Marques, que votou hoje (17), defendeu um prazo mais alargado: 36 meses. Para ele, é necessário um período maior para os tribunais adequarem o novo modelo a seus orçamentos.

 

O juiz das garantias atuaria em processos penais na fase de investigação. Ele seria responsável pela aprovação de medidas cautelares e investigativas, como prisões preventivas e quebras de sigilo.

 

O julgamento do acusado, no entanto, ficaria com outro magistrado. Defensores do modelo dizem que o juiz das garantias permitira mais imparcialidade no processo.

 

A lei institui que juiz das garantias atuaria no caso até o recebimento da denúncia contra o acusado - ou seja, quando a pessoa se torna ré.

 

A maioria dos ministros do STF, porém, defende que a competência deste magistrado se encerra no momento em que o Ministério Público oferece a denúncia. Dessa forma, outro magistrado ficaria responsável por avaliar o recebimento da denúncia e, também, o julgamento do acusado.  

 

A discussão sobre o juiz das garantias se arrasta há nove sessões e o indicativo é que o julgamento deve prosseguir na próxima quarta-feira (23). Ainda restam o voto de quatro ministros.

 

Hoje, o ministro Alexandre de Moraes concluiu a leitura de seu voto iniciado ontem - para ele, a criação do juiz das garantias não deve ser confundida com um sinal de imparcialidade dos magistrados que atuaram nos processos criminais até o momento.  

Em primeiro voto no STF, Zanin fica a favor do juiz de garantias
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou, nesta quinta-feira (10), a favor da implantação do mecanismo do juiz de garantias pelo Judiciário de todo o país. O projeto prevê que o magistrado responsável pela sentença não é o mesmo que analisa as cautelares durante o processo criminal. As informações são da Agência Brasil

 

 Zanin defendeu a implantação no prazo de um ano e afirmou que a efetivação do mecanismo vai mudar o rumo da Justiça brasileira para garantir julgamentos imparciais.

 

Antes de chegar ao tribunal, o ministro foi advogado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nos processos da Operação Lava Jato e conseguiu provar a parcialidade do ex-juiz Sergio Moro, anulando as acusações.

 

"Estou convicto de que a existência do juiz de garantias poderá, efetivamente, mudar o rumo da Justiça brasileira, pois, ao garantir à população brasileira maior probabilidade de julgamentos imparciais e independentes, permite-se que o sistema penal seja potencialmente mais justo. A imparcialidade do juiz é o princípio supremo do processo penal".

 

O ministro também destacou que o mecanismo vai ajudar no combate a injustiças raciais no sistema penal.

 

"Há cerca de 650 mil pessoas presas no país. O encarceramento atinge majoritariamente jovens de até 29 anos, negros, com baixo grau de escolaridade", concluiu.

 

O placar de votação está em 2 votos a 1 pela implantação do juiz de garantias. O julgamento foi suspenso e volta na próxima quarta-feira.

 

Além de Zanin, Dias Toffoli também se manifestou a favor do mecanismo. Somente o relator do caso, Luiz Fux, votou pela implantação opcional pelos tribunais do país.

 

A adoção do juiz de garantias estava prevista para entrar em vigor no dia 23 de janeiro de 2020, conforme o Pacote Anticrime aprovado pelo Congresso Nacional. No entanto, foi suspensa por liminar de Fux. Agora, o Supremo julga o caso definitivamente.

Zanin assume gabinete no STF com acervo ‘enxuto’ com temas ligados ao orçamento secreto e Bolsonaro
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Cristiano Zanin toma posse nesta quinta-feira (3) como ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e a corte voltará a ter sua composição completa, com 11 ministros. Aos 47 anos, o advogado indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumirá um gabinete, antes liderado por Ricardo Lewandowski, com 520 processos – considerado um dos acervos mais enxutos da Corte. Hoje, 28.362 ações tramitam no STF. 

 

Entre as ações herdadas por Zanin, boa parte tem repercussão social ou econômica, como a que analisa desvios de emendas parlamentares, o chamado “orçamento secreto”, e a que questiona a validade do decreto de Lula que restabelece as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

Zanin assume, ainda, a relatoria da ação que trata das omissões do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia de Covid-19; e a da validade de regras da Lei das Estatais sobre nomeação de conselheiros e diretores, entre outras.

 

Entre os processos, alguns são de interesse do governo Lula, como a discussão sobre a Lei das Estatais, que restringe indicações de conselheiros e diretores que sejam titulares de alguns cargos públicos ou tenham atuado, nos três anos anteriores, na estrutura decisória de partido político ou na organização e na realização de campanha eleitoral.

 

Outro tema é a validade do decreto de Lula que restabelece as alíquotas de PIS/Pasep e Cofins, que haviam sido reduzidas à metade no fim da gestão de Bolsonaro. Setores empresariais questionam a medida, entendendo que a regra só poderia vigorar depois de 90 dias.

 

PAUTA DE JULGAMENTOS

Zanin também passará a ocupar uma vaga na Primeira Turma do STF, considerada mais rigorosa, integrada também por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

 

O futuro ministro se tornou conhecido devido à sua atuação na defesa do presidente Lula em processos da Operação Lava Jato. Aprovado para o cargo com ampla folga pelo Senado, por 58 votos a 18, após sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), ele é visto com bons olhos por todos os ministros da Corte. O indicado de Lula se comprometeu a se declarar impedido em ações que tratem de temas que possam gerar constrangimento, como os que envolvem a Operação Lava Jato.

 

Ele deve participar de julgamentos polêmicos, como a continuação da descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal – adiada nesta quarta-feira (2) por Gilmar Mendes; a adoção do juiz de garantias; o marco temporal das terras indígenas, além de matérias como a descriminalização do aborto e o Marco Civil da Internet.

 

POSSE

A cerimônia de posse de Zanin está marcada para ocorrer a partir das 16h de hoje. A expectativa é que aproximadamente 350 pessoas participem do ato no plenário do STF. 

 

Entre os convidados, estão ministros em exercício e aposentados e autoridades de praxe, como os presidentes da República, Lula; da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

Ainda estarão no plenário da Corte presidentes de tribunais superiores e convidados pessoais do novo ministro.

 

A presidente do STF, Rosa Weber, abrirá a sessão. Em seguida, haverá execução do Hino Nacional brasileiro. O ministro mais antigo da Corte, Gilmar Mendes, presente na sessão, e o mais novo, André Mendonça, conduzirão Zanin ao plenário.

 

Em seguida, Cristiano Zanin fará o juramento de cumprir a Constituição Federal, pois o Supremo é o guardião desta. Em seguida, haverá leitura do Termo de Posse pelo diretor-geral. A presidente do STF e o ministro empossado assinam o Termo de Posse. 

 

Cumprida essa etapa, ele terá a posse declarada pela presidente do tribunal, poderá dar as boas-vindas, e a cerimônia será encerrada. Essa etapa da posse vai durar cerca de 15 minutos.

Prestes a assumir cadeira no STF, Zanin define nomes para gabinete
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin tem estudado as ações que vão entrar em pauta no segundo semestre na Corte e entrevistado juízes que farão parte de seu gabinete, desde o dia 21 de junho, quando foi aprovado pelo plenário do Senado para o cargo.

 

O advogado terá o direito de nomear 36 pessoas. Desse total, 30 são de livre escolha e seis, obrigatoriamente, de servidores da Casa, aprovados em concurso público.

 

Segundo informações do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Zanin já entrevistou um juiz de São Paulo e dois do Distrito Federal (DF) para atuar no seu gabinete na Suprema Corte. A juíza do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJ-DFT) Caroline Santos Lima, que foi instrutora do gabinete do ministro aposentado Ricardo Lewandowski, é uma das mais cotadas para as vagas.

 

A magistrada é conhecida pela sua ampla experiência na área de conciliação, responsável por desafogar o trabalho do Judiciário.

 

RITO DE POSSE

Aos 47 anos, Cristiano Zanin toma posse como ministro na próxima quinta-feira (3). Ele poderá ocupar o cargo de ministro do STF por 28 anos, até 2051, quando completa 75 anos — idade de aposentadoria compulsória.

 

A cerimônia de posse está marcada para às 16h. Deve durar cerca de 15 minutos. A expectativa é que aproximadamente 350 pessoas participem do ato no plenário do STF. Entre os convidados estão ministros em exercício e aposentados, autoridades de praxe, como os presidentes da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT); da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

 

Ainda estarão no plenário da Corte presidentes de tribunais superiores e convidados pessoais do novo ministro.

 

A presidente do STF, Rosa Weber, abrirá a sessão. Em seguida, haverá execução do Hino Nacional brasileiro. O ministro mais antigo da Corte, Gilmar Mendes, presente na sessão e o mais novo, André Mendonça, conduzirão Zanin ao plenário.

 

Em seguida, Cristiano Zanin fará o juramento de cumprir a Constituição Federal, pois o Supremo é o guardião desta. Depois, haverá leitura do Termo de Posse pelo diretor-geral. A presidente do STF, Rosa Weber, e o ministro empossado assinam o termo. Cumprida esta etapa, ele terá a posse declarada pela presidente do tribunal, pode dar as boas-vindas, e a cerimônia é encerrada.

 

Com a posse de Zanin, o STF volta a ter sua composição completa, de 11 ministros. O advogado entra no lugar do ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano.

Zanin já defendeu juiz das garantias; tema deve estar na pauta da sua primeira sessão no Supremo
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

Nomeado ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin já defendeu a instituição do juiz das garantias em artigo publicado em setembro de 2021. O tema deve voltar ao plenário do STF no dia 9 de agosto, na primeira sessão de Zanin na Corte. Ele tomará posse no cargo em 3 de agosto. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias. 

 

No artigo com a advogada Graziella Ambrosio, intitulado de o “O juiz das garantias e a tunnel vision” e publicado no portal Conjur, foi citado o conceito de tunnel vision, ou visão de túnel, explorado pelo professor Keith Findley, da Universidade de Wisconsin.

 

A expressão ilustra uma tendência humana de superestimar provas contra alguém considerado suspeito e, por outro lado, ignorar fatos que inocentariam a pessoa. Uma atuação enviesada, portanto. “O fenômeno acaba impactando profundamente as decisões dos diversos atores do sistema criminal”, escreveram os advogados Zanin e Ambrosio, completando: “É o fundamento psicológico inafastável que impõe a adoção do juiz das garantias no sistema penal brasileiro”.

 

A figura jurídica do juiz das garantias foi classificada por Zanin como “indispensável”, e sua concretização, “urgente”: “O juiz das garantias deve ser entendido como uma regra procedimental indispensável para combater os indesejáveis efeitos do tunnel vision no sistema criminal, sendo, em razão disso, urgente […] a implementação do instituto”.

 

Na sessão do dia 9, Zanin deverá ser o segundo ministro a votar. Antes disso, ele pode dar seus primeiros votos como ministro no dia 4, em um julgamento virtual.

 

A figura jurídica do juiz das garantias foi aprovada pelo Congresso em 2019 e suspensa no mês seguinte pelo ministro Luiz Fux. Segundo a lei, o juiz que atua na fase da investigação não é o mesmo que dá a sentença de condenação ou absolvição no processo penal. Hoje, o juiz que ordena buscas e quebras de sigilo também julga todo o caso, o que defensores do juiz de garantias apontam como problemático para a isenção do julgamento.

Zanin é nomeado para o STF; posse será em agosto
Foto: Lula Marques / Agência Brasil

O advogado Cristiano Zanin foi nomeado oficialmente no cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A nomeação, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (5). 

 

Zanin tomará posse do cargo no dia 3 de agosto e ocupará a cadeira deixada pelo agora ministro aposentado Ricardo Lewandowski. O advogado, de 47 anos, poderá ficar no STF até novembro de 2050.

 

No mês passado, ele teve o seu nome aprovado pelo plenário do Senado, por 58 votos a 18. Antes, em sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), obteve a aprovação por 21 votos a 5. 

“Lula deveria ter nomeado uma mulher negra”, defende Angela Davis sobre indicação ao Supremo
Foto: Ana Paganini / Divulgação

A filósofa e ativista negra feminista norte-americana, Angela Davis, saiu em defesa da indicação de uma mulher negra para o Supremo Tribunal Federal (STF). "Lula deveria ter nomeado uma mulher negra para a suprema corte brasileira, mas não qualquer mulher negra", disse em entrevista à Folha de S.Paulo. 

 

Davis criticou a escolha de Cristiano Zanin para a vaga. O advogado será o nono ministro homem e branco na atual composição do STF. "Representação é importante, especialmente em um país como o Brasil, que finge publicamente ser uma democracia racial desde sempre, um lugar onde não há racismo", analisou. 

 

"Ao mesmo tempo, temos de deixar bem claro que, quando enfatizamos a importância de nomear pessoas negras e outras pessoas de cor, não estamos nos concentrando apenas na raça, mas também na política", afirma ela.

 

A escritora  ilustra sua afirmação com o contra-exemplo norte-americano. "[O juiz] Clarence Thomas foi nomeado para a suprema corte dos Estados Unidos por ser negro, mas ele é o membro mais reacionário e conservador da corte", comentou. 

 

Para a intelectual, que é professora emérita da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, um dos vetores da frustração de ativistas brasileiros com o desfecho da indicação presidencial ao STF é o fato de "ainda não sabermos como criticar lideranças políticas que adotamos como progressistas".

 

"A crítica pode ser feita de forma que não seja negativa, mas é com ela que você garante que os líderes políticos permaneçam fiéis àqueles que os elegeram", afirma. "Um dos nossos maiores problemas nos EUA foi que não criticamos [o ex-presidente dos EUA Barack] Obama como deveríamos", disse.

 

"As pessoas estavam muito relutantes em fazer críticas e manifestações porque tinham medo de serem associadas a outros críticos da direita. Essa é uma síndrome que precisa ser superada se quisermos seguir em uma direção realmente progressista", acrescenta.

 

Angela Davis vem ao Brasil em julho e participará do XVIII Congresso Internacional da Associação Brasileira de Literatura Comparada (Abralic), na Universidade Federal da Bahia (Ufba), em Salvador. O evento acontecerá entre os dias 10 e 14 de julho.  Ela estará presente no dia 11 na Mesa 4, com o tema “Abolicionismo. Feminismo. Já?”, junto com Gina Dent, também da Universidade da Califórnia, e Denise Carrascosa, pesquisadora da Ufba. 

 

Ainda no Brasil, Davis lançará o livro "Abolicionismo. Feminismo. Já", editado pela Companhia das Letras, em co-autoria com as intelectuais e ativistas norte-americanas Gina Dent, Beth Richie e Erica Meiners.

Indicação de Cristiano Zanin para o STF é aprovada na CCJ, e votação segue para o Plenário do Senado
Zanin na sabatina | Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Depois de quase oito horas de sabatina, foi aprovado por 21 votos a favor e 5 contra, na Comissão de Constituição e Justiça, a indicação do advogado Cristiano Zanin, feita pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a vaga deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski, no STF. Na comissão, Zanin respondeu perguntas feita pelo relator da indicação, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), e por mais de 30 senadores. Com a aprovação, o indicado terá seu nome apreciado no Plenário do Senado, ainda nesta quarta-feira (21), e precisará de um mínimo de 41 votos para ser aprovado.


A sabatina de Cristiano Zanin, que demorou 7hs e 48 minutos, acabou sendo um pouco mais curta do que as que foram realizadas para os últimos dois ministros indicados para o Supremo Tribunal Federal pelo presidente Jair Bolsonaro. O último indicado, André Mendonça, passou por uma sabatina de 7hs e 55 minutos. Já o penúltimo a ser aprovado pelo Senado, Kassio Nunes Marques, foi sabatinado por 10 horas e um minuto. A sabatina de Zanin foi menor também do que as de Alexandre de Moraes (11 horas e 39 minutos) e de Edson Facchin (12 horas e 25 minutos), a maior neste século. 


Em algumas respostas que deu a questionamentos de senadores, o indicado de Lula ao STF  defendeu que o combate à corrupção não pode ser transformado em pretexto para perseguir pessoas, empresas e instituições.


"Eu penso que o combate à corrupção é fundamental para sociedade, ele deve acontecer, agora, sempre com a observância do devido processo legal. O que não se pode fazer, e aí pode configurar o lawfare, é usar o combate à corrução como pretexto para perseguir pessoas, empresas e instituições", declarou Zanin.


Em outro momento da sabatina, Cristiano Zanin foi indagado pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) a respeito do processo enfrentado por Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral, que pode levar à inelegibilidade por oito anos do ex-presidente. Flávio Bolsonaro perguntou se Zanin acreditava que processos com provas fora do prazo legal são passíveis de nulidade. O senador comparou o caso do ex-presidente com o da chapa Dilma-Temer, quando o TSE entendeu que não poderia considerar novas provas apresentadas após a ação ter sido protocolada. 


Em resposta a Flávio Bolsonaro, Cristiano Zanin disse não conhecer o caso e que não poderia falar sobre ele, mas afirmou que, em sua opinião, a inclusão de novas provas pode acontecer caso não tenha prejuízo ao processo. 


"De forma geral, os processos têm um rito e cada fase encerrada não deve ser reaberta. É o que se chama preclusão. Excepcionalmente, e desde que não haja prejuízo ao processo, o juiz ou relator do caso, pode entender que é possível a juntada posterior de algum material. A regra, a meu ver, deve ser a observância do rito e do processo, que sempre anda para a frente", disse Zanin.


Ao responder indagações do senador Carlos Portinho (PL-RJ), Cristiano Zanin reforçou que considera “extremamente importante” a existência de diálogos institucionais para reconstrução de pontes entre os Poderes. Portinho havia protestado contra o que chamou de invasão de prerrogativas do Poder Legislativo pelo Judiciário. O senador do PL citou o caso de Marcos do Val (Podemos-ES), que foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal em seu gabinete no Senado. 


“Acho que a melhor forma de fortalecer essa harmonia entre os Poderes, a reconstrução de pontes, é através dos diálogos institucionais. Na minha visão, e falo por mim, se aprovado for, sempre estarei disposto, à disposição para qualquer discussão que seja com este Senado, seja com o Poder Executivo”, respondeu Zanin. 

 

Ao final da sabatina, o líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), em uma declaração na qual chegou a se emocionar, fez um agradecimento aos presidentes da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), do Senado, Rodrigo Pacheco, além do relator, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), pelo empenho na realização da sabatina. O senador baiano destacou ainda as qualidades do indicado e disse que as palavras dos senadores são fruto da admiração de todos pela atuação competente que Zanin teve dentro do processo contra o presidente Lula. 

 

“Na minha opinião, as palavras que o advogado Cristiano Zanin ouviu aqui são fruto da admiração de todos, independente da posição política e partidária, principalmente pela atuação dele ao longo de um processo dos mais reconhecidos dentro e fora do País. Sua tenacidade, sua perseverança e sua capacidade em busca da Justiça mostram sua coragem. Zanin está colhendo o fruto do seu trabalho. Ele enveredou por caminhos inovadores no processo de defesa do presidente Lula, e mostrou sua coragem em buscar novos caminhos que talvez outros não tivessem buscado”, disse Jaques Wagner. 
 

Na CCJ, Zanin afirma que não permitirá “investidas insurgentes” contra democracia e a República
Foto: Pedro França/ Agência Senado

Em discurso antes do início da sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado nesta quarta-feira (21), Cristiano Zanin defendeu veementemente o estado democrático de direito e a democracia. O advogado assegurou que caso seja conduzido ao posto de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), no lugar de Ricardo Lewandowski, não permitirá “investidas insurgentes contra a solidez da República”. 

 

“Usarei como ferramentas fundamentais as nossas leis e a nossa Constituição, sem subordinação a quem quer que seja. Um ministro do STF só pode estar subordinado à Constituição Federal”, prometeu.

 

O indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda afirmou que atuará como “agente pacificador em possíveis conflitos entre os poderes”. 

 

Ao traçar um histórico da sua trajetória profissional, Zanin disse que em mais de duas décadas de advocacia sempre defendeu, e sempre defenderá, o cumprimento da Constituição e das leis. “Na verdade eu não vou mudar de lado, pois o meu lado sempre foi o mesmo lado da Constituição”, pontuou. “Para mim só existe um lado, o outro é barbárie, abuso de poder”, disparou. 

 

Sobre o seu currículo, ele não deixou de citar a sua atuação na defesa de Lula, que resultou na anulação das condenações do presidente pelo STF. A partir de um processo encabeçado por Zanin, a Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) reconheceu que a prisão de Lula, em 2018, violou o devido processo legal e que, por isso, a proibição de participar da eleição daquele ano violou os direitos políticos do atual presidente.

 

Zanin falou também do papel da democracia como garantidora do pluralismo político, da convivência harmoniosa dos cidadãos, direitos básicos e liberdade de expressão. No discurso, além de agradecer Lula pela indicação, o advogado se direcionou aos partidos, senadores e deputados em um agradecimento às conversas neste processo de aprovação pelo seu nome à mais alta Corte do país. 

 

“Procurei todos os partidos para dialogar. Tive a oportunidade de dialogar com muitas bancadas, senadores e senadoras. Agradeço imensamente aos presidentes de partidos, deputados e deputadas federais. Foram conversas maiúsculas das mais inerentes áreas”,  falou. 

 

Formado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) em 1999, Cristiano Zanin Martins, 47 anos, é especialista em litígios estratégicos e decisivos, empresariais ou criminais, nacionais e transnacionais. A sua atuação se deu, sobretudo, no âmbito do direito empresarial. 

Senadores baianos apostam em sabatina “tranquila” e ampla vantagem de votos para condução de Zanin ao STF
Foto: Reprodução / TV Senado

Nesta quarta-feira (21), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sabatina o indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), Cristiano Zanin, e a expectativa é que ainda hoje o plenário vote pela condução ou não do advogado à cadeira deixada pelo ministro Ricardo Lewandowski. Na avaliação dos senadores baianos, Otto Alencar (PSD) e Jaques Wagner (PT), este deverá ser um processo favorável à indicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

 

Em entrevista à TV Senado, Wagner, líder do governo no Senado, afirmou que “será uma sabatina tranquila”, que poderão haver perguntas “duras”, mas sem “grandes sobressaltos”. Quanto à votação no plenário, o petista disse que não gosta de falar de números, porém aposta em um placar acima dos 41 votos necessários para a aprovação de Zanin. “Acredito que a gente vai ter um placar bastante positivo”, comentou.

 

Wagner defendeu o nome do advogado, que ganhou notoriedade atuando na defesa de Lula nos processos do âmbito da Lava Jato. “É uma pessoa talhada para estar numa corte como o Supremo Tribunal Federal”, cravou. Ainda, segundo o senador, Lula está “muito seguro” da escolha. 

 

Do outro lado, Otto Alencar cravou o placar no plenário e acredita que esta será uma “votação boa, expressiva”, entre 55 e 60 votos a favor de Zanin. “Acho que Zanin passa bem na CCJ”, disse o senador integrante da Comissão. “É um nome que reúne todas as condições”, reforçou. 

Sabatina de Zanin no Senado será nesta quarta-feira
Foto: Lula Marques / Liderança PT na Câmara

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin será sabatinado nesta quarta-feira (21), às 10h, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. O relator da indicação na Casa é o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB). 

 

Vital do Rêgo leu a mensagem encaminhada por Lula nesta terça-feira (20) e já deu parecer favorável. O texto formaliza  a indicação de Zanin para o STF.

 

A sabatina será transmitida pela TV Senado e poderá ser acompanhada também no YouTube. Além dos senadores, a população também poderá enviar perguntas ao advogado, por meio de uma página do Senado criada com esse objetivo. 

 

Caso o nome de Zanin seja aprovado pela CCJ, a indicação vai para o plenário do Senado, onde os parlamentares darão voto secreto. É preciso 41 votos, dos 81 senadores, para que o advogado assuma a cadeira deixada por Ricardo Lewandowski. 

Lula e Pacheco querem afastar especulações sobre segunda vaga no STF e cancelam reunião às vésperas da sabatina de Zanin
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) cancelaram a reunião marcada para esta segunda-feira (19). O encontro aconteceria às vésperas da sabatina do indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa Legislativa, agendada para quarta-feira (21). 

 

Segundo informações obtidas pela coluna de Igor Gadelha no Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, ministros do Palácio do Planalto avaliam que a reunião poderia passar uma impressão errada de negociação entre Pacheco e Lula para aprovar a indicação de Zanin no Senado.

 

O principal temor entre os governistas foi de que o encontro na véspera da sabatina indicasse negociação pela segunda vaga no STF que Lula indicará em outubro, após a aposentadoria da atual presidente da Corte, Rosa Weber.

 

Pacheco tem interesse na vaga. Assim como o senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), atual presidente da CCJ da Casa. O cálculo de Alcolumbre é de que a eventual indicação de Pacheco ao STF abriria caminho para o parlamentar do União Brasil voltar a presidir o Senado, Casa que já comandou entre 2019 e 2020.

 

Lula e Pacheco cogitaram se reunir para alinhar estratégias antes da viagem do presidente da República à Europa. O petista embarca hoje para cumprir agendas em Roma, no Vaticano e em Paris.

Flávio Bolsonaro sinaliza que irá votar a favor de Zanin para vaga no STF
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

O senador Flávio Bolsonaro vem sinalizando a aliados que irá votar a favor da indicação do advogado Cristiano Zanin ao Supremo Tribunal Federal.

 

De acordo com o portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Flávio teria dito a pessoas próximas que considera Zanin um bom nome ao STF, mesmo que a trajetória profissional do advogado seja marcada pela defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato.

 

O senador, contudo, tem dito a estes aliados que não decidirá nem pelo sim e nem pelo não sem combinar o voto com o pai, Jair Bolsonaro.

Indicação de Lula ao STF, Zanin agrada senadores da oposição e até bolsonaristas
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

O Senado não deve criar muitos obstáculos para Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para compor o quadro de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A despeito das críticas por ser advogado pessoal do atual mandatário, o nome do advogado deve ser aprovado com tranquilidade tanto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) quanto no plenário do Senado, com possível apoio da oposição, inclusive bolsonaristas.

 

Segundo apuração do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, mesmo ligado intimamente a Lula, Zanin pode receber votos de bolsonaristas de carteirinha.

 

Levando-se em conta apenas os posicionamentos das bancadas, Zanin pode ganhar quatro votos de senadores alinhados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O PSD, partido que tem três representantes abertamente bolsonaristas, declarou apoio da bancada à aprovação da indicação do presidente Lula. O mesmo acontece com a bancada do MDB.

 

Dessa forma, os seguintes bolsonaristas podem votar pela aprovação de Zanin: Ivete da Silveira (MDB-SC), Nelsinho Trad (PSD-MS), Lucas Barreto (PSD-AP) e Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Além disso, Zanin conseguiu quebrar resistência entre os senadores que participaram diretamente do governo Bolsonaro, mesmo sem promessa de votos até o momento.

 

De acordo com o Metrópoles, a indicação de Zanin já contaria com promessa de 33 dos 41 votos necessários para ser aprovado.

 

“EMPATIA”

Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Mulher no governo Bolsonaro, disse ter despertado “empatia” por Zanin após um encontro com o advogado. Ela esteve na reunião da bancada do seu partido com o indicado ao STF. Antes, disse que votaria contra a indicação.

 

“A reunião foi importante para que eu o conhecesse, para que ele também me conhecesse e um pouco de minhas causas. Gostei dele. Me despertou muita empatia. Mas ainda mantenho meu voto”, comentou a senadora ao colunista Paulo Cappelli, do Metrópoles.

 

Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro, disse à colunista Bela Megale, do O Globo, que “discorda do processo” de indicação do ex-advogado de Lula, mas “não da pessoa”. Questionado se votaria a favor, ele se furtou a responder: “O voto é secreto”.

 

Marcos Pontes (PL-SP), ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações do governo Bolsonaro, se encontrou nessa quinta-feira (15/6) com Zanin. A indicação deverá ser apreciada pela CCJ na próxima semana e, em seguida, analisada no plenário do Senado.

 

Dos bolsonaristas, quem criticou mais abertamente o nome do indicado por Lula até o momento foi o ex-juiz Sergio Moro (União-SP).

Em uma rápida sessão no Senado, Veneziano apresenta relatório para indicação de Cristiano Zanin ao STF
Foto: Jonas Pereira/Agência Senado

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado, apresentou na manhã desta quinta-feira (15), na Comissão de Constituição e Justiça, o seu parecer sobre a indicação do advogado Cristiano Zanin para o Supremo Tribunal Federal. Zanin foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a vaga aberta após a aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. 

 

O relatório apresentado pelo senador Veneziano contou com apenas seis páginas, lidas em 14 minutos, sendo que as primeiras duas se destinaram a citar a legislação que atribui a competência ao Senado para sabatinar e decidir pela escolha dos ministros do STF. O relator da indicação também frisou que o seu parecer não inclui qualquer juízo de valor sobre a escolha do presidente ou sobre o indicado. “Quem julga deve sempre lembrar de ter e manter equilíbrio, senso de justiça, independência e imparcialidade”, destacou Veneziano.

 

LEIA TAMBÉM: 

 

Após esse preâmbulo, o relator passou a descrever a carreira acadêmica e profissional do advogado Cristiano Zanin. Veneziano destacou que Zanin se formou na PUC-SP, onde se formou no ano de 1999, e já e a partir daí passou a atuar como estagiário do Ministério Público de São Paulo e no Poder Judiciário do Estado. 

 

Conforme disse o senador Veneziano, Cristiano Zanin iniciou efetivamente sua carreira na área jurídica no escritório Arruda Alvim & Tereza Alvim Advocacia e Consultoria. O indicado teria permanecido neste escritório entre os anos de 2000 a 2004. Posteriormente, Zanin passou a trabalhar no escritório Teixeira Martins Advogados, entre os anos de 2004 e 2022, e por fim, no escritório Zanin Martins Advogados.

 

O senador Veneziano destacou ainda que o advogado Cristiano Zanin foi responsável, em 2022, pelo relatório “Cooperação Judiciária Internacional e sobre a Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro”, no âmbito do Grupo Técnico de Justiça e Segurança Pública, que atuou no Gabinete de Transição Presidencial do então candidato eleito, Lula.

 

“Evidencia-se a versatilidade e abrangência nos diversos ramos do Direito, o que permitiu ao indicado gozar do reconhecimento profissional tanto entre seus pares advogados, quanto entre membros do Poder Judiciário e Ministério Público. Especificamente no exercício da advocacia perante o STF, temos que, ao longo desses anos, o indicado Cristiano Zanin Martins teve atuação na construção e manutenção de nossa jurisprudência constitucional, por meio da subscrição de várias Reclamações Constitucionais, a fim de velar pela autoridade das decisões da Suprema Corte”, afirmou o relator.

 

Veneziano salientou que o indicado para o STF é autor de estudos jurídicos “que permeiam discussões nos ambientes forenses pela marca das densas abordagens propostas”. O senador lembrou também que Zanin é professor de Direito Civil e Direito Processual Civil e lecionou na Faculdade Autônoma de Direito de São Paulo (FADISP), assim como é autor de diversos artigos jurídicos e capítulos de livros na sua área de atuação. O relator Veneziano ainda destacou que Zanin declarou estar apto a exercer o cargo, sem ter parentes em atividades públicas ou privadas vinculadas à sua atividade profissional.

 

Após a leitura do relatório, o senador Eduardo Girão (Novo-CE) questionou o presidente da CCJ, Davi Alcolumbre (União-AP), sobre as diferenças de critério entre as indicações do hoje ministro André Mendonça e a mais recente, feita por Lula, do advogado Cristiano Zanin. Girão disse não compreender os motivos que levaram a sabatina de André Mendonça a ser realizada cinco meses após a indicação, e a de Zanin, apenas alguns dias. 

 

Em resposta, o presidente da CCJ disse que deu máxima celeridade a essa recente indicação depois de receber inúmeras queixas de senadores pela demora na sabatina do ministro André Mendonça.

Veneziano confirma para esta quinta leitura de seu relatório sobre indicação de Cristiano Zanin ao STF
Foto: Divulgação Assessoria

O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB) confirmou que entregará na manhã desta quinta-feira (15), na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, o seu relatório sobre a indicação do advogado Cristiano Zanin para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo disse o senador na noite desta quarta (14), o seu relatório vai apresentar o currículo e o histórico do indicado.

 

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), agendou a reunião do colegiado para as 9h desta quinta, com a leitura do relatório como único item da pauta. 

 

Veneziano disse ainda que o seu parecer não vai conter voto favorável ou contrário à indicação de Zanin. De acordo com o senador, como na avaliação de autoridades pelo Senado a votação é secreta, ele não pode manifestar sua posição pessoal.

 

LEIA TAMBÉM:

 

A indicação de Cristiano Zanin chegou ao Senado na última segunda. O advogado foi escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril. O senador Veneziano disse que o relatório será meramente técnico e objetivo, evidenciando, sobretudo, os 25 anos de experiência do postulante à vaga no STF.

 

“Nós faremos uma análise objetiva sob os critérios que a Constituição nos exige. Levando em consideração esses elementos: informação, postura, comportamento, vivência, experiência, equilíbrio, sobejam suficientes motivos para uma indicação favorável”, disse Veneziano.

 

Na próxima quarta-feira (21), a Comissão de Constituição e Justiça deve realizar a sabatina do indicado para o STF, e a votação do relatório. No mesmo dia, provavelmente a indicação de Cristiano Zanin seguirá para ser votada no Plenário, segundo confirmou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

Na busca pela aprovação, Zanin entrega a senadores currículo de oito páginas
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin tem feito uma verdadeira romaria pelo Senado esta semana e, conforme informações obtidas pela coluna de Bela Megale, de O Globo, tem entregue um currículo de oito páginas aos parlamentares. 

 

De acordo com a publicação, Zanin começa o documento com “referências pessoais”, como nomes de seus pais, da esposa e sócia, Valeska Teixeira Martins, e dos três filhos do casal.

 

Ao pontuar a sua atuação profissional, a advogada destaca a defesa que fez do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na Lava Jato. “Advogado líder na condução do maior caso de Lawfare da história (caso Lula) com cerca de oito anos de atuação”. Essa é a única menção feita nas oito páginas a Lula, que indicou Zanin para a Suprema Corte.

Dando continuidade ao histórico profissional, Zanin também cita que um coordenadores jurídicos da campanha da eleição presidencial de 2022, mas não detalha o candidato nem o partido.

 

Ele ainda lista a sua atuação para empresas, como o acordo de leniência para a J&F, a defesa das Lojas Americanas na disputa com o BTG Pactual e a representação de companhias como Varig, Transbrasil e Airbus.

 

A sabatina de Cristiano Zanin no Senado está marcada para 21 de junho. 

Alcolumbre marca sabatina de Zanin para o dia 21 e escolhe aliado de Lula e Pacheco para relatoria
Foto: Reprodução/ Facebook

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), comunicou nesta segunda-feira (12), em nota divulgada nas suas redes sociais, que marcou para o próximo dia 21 a sabatina do advogado Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ocupar a vaga aberta no Supremo Tribunal Federal (STF). Alcolumbre definiu a data da sabatina após participar de reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e com o próprio indicado ao STF. 

 

“Em reunião nesta segunda-feira (12), defini, ao lado do presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, que convocarei os membros da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania para sabatina do indicado pelo presidente da República, o advogado Cristiano Zanin, ao Supremo Tribunal Federal-STF, no dia 21 de junho, quarta-feira”, disse Alcolumbre. 

 

O presidente da CCJ também informou que designou o senador Veneziano Vital do Rego (MDB-PB) como relator da indicação de Cristiano Zanin na comissão. Veneziano é o atual primeiro vice-presidente do Senado e considerado um aliado tanto do senador Rodrigo Pacheco como do próprio presidente Lula. 

 

Antes da sabatina, entretanto, o advogado Cristiano Zanin deve realizar nesta semana um périplo por gabinetes de senadores e lideranças de partidos. Nesta terça (13), Zanin se reunirá com a bancada do PSD, a maior do Senado. Também devem acontecer encontros com as bancadas do PDT, do Podemos e do PP. 

 

Para ter seu nome aprovado após a sabatina, Zanin só precisa garantir o voto da maioria dos presentes na CCJ. Já no Plenário, se a indicação for votada no mesmo dia, Cristiano Zanin precisará receber um mínimo de 41 votos dos senadores. Tanto na CCJ como no Plenário, a votação será secreta. 

 

O senador Veneziano Vital do Rego disse no final da tarde que para ele foi uma honra ter sido escolhido como relator da indicação do próximo ministro do STF. Veneziano afirmou que vai se basear na trajetória, no histórico e na formação do indicado para elaborar o seu parecer. 

 

“Fui informado pelo presidente Davi Alcolumbre da nossa indicação nossa para relatar o nome do indicado à vaga no STF. Isso é motivo evidentemente de alegria, de honra, pela deferência. Em todos os processos de indicação que passam pela competência do Senado, os senadores se sentem distinguidos em relatar, e eu não seria diferente, porque trata-se de autoridade que estará sendo apreciado para compor a mais alta corte de justiça, o STF. Haveremos de fazer o relatório com base exatamente no histórico, na formação, e naquilo que objetivamente o indicado tem demonstrado ao longo da sua experiencia e vivencia advocatícia”, afirmou.

Indicado por Lula ao STF, Zanin recebeu pagamento milionário do PT
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo Tribunal Federal (STF), o advogado Cristiano Zanin recebeu nos últimos quatro anos R$ 2,9 milhões por “serviços de consultoria jurídica” pagos pelo Partido dos Trabalhadores.

 

Os pagamentos começaram a ser feitos em setembro de 2019, pouco antes de Lula deixar a cela especial da Polícia Federal em Curitiba, em decorrência do julgamento no STF que derrubou a prisão após condenação em segunda instância. As informações são do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Desde então, o escritório de advocacia que Zanin tinha em sociedade com o sogro Roberto Teixeira, compadre de Lula, recebeu pagamentos mensais de R$ 46.925,00 do diretório nacional do PT, segundo registros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

 

Os pagamentos foram feitos até agosto do ano passado, totalizando R$ 1,7 milhão. As transferências foram feitas por meio da conta que o PT recebe doações privadas, como de empresários, e não da conta abastecida com recursos do fundo partidário.

 

Os pagamentos foram feitos até agosto do ano passado, totalizando R$ 1,7 milhão. As transferências foram feitas por meio da conta que o PT recebe doações privadas, como de empresários, e não da conta abastecida com recursos do fundo partidário.

 

A indicação de Zanin para a vaga do agora ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril, foi oficializada por Lula nessa quinta-feira (1º), em comunicado enviado ao Senado Federal e publicado no Diário Oficial da União (DOU).

 

Para assumir a vaga no Supremo, Zanin precisa ser aprovado pelo Senado. Primeiro, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), e, depois, pelo plenário da Casa. O advogado não deve encontrar dificuldades para ter o nome chancelado.

Lula confirma indicação de Zanin para o STF: “Se transformará em um grande ministro”
Foto: Reprodução

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirmou a indicação do advogado Cristiano Zanin para ser o próximo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). Em publicação nas redes sociais nesta quinta-feira (1º), Lula afirmou que a indicação ocorreu por ele “conhecer as habilidades” de Zanin, e que acredita que o advogado se "transformará em um grande ministro”.

 

“Já era esperado que eu fosse indicar o Zanin para o STF, não só pela minha defesa, mas porque eu acho que se transformará em um grande ministro da Suprema Corte. Conheço suas qualidades, formação, trajetória e competência. E acho que o Brasil irá se orgulhar”, afirmou Lula em publicação.

 

Veja:

 

 

Pela manhã, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), já havia confirmado que o petista faria a indicação de Zanin para ocupar a vaga no STF. A cadeira pertencia a Ricardo Lewandowski, que se aposentou em abril deste ano (veja mais aqui).

 

Para se tornar ministro do STF, antes Zanin precisará ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa, segundo os senadores, é que a sabatina ocorra nas próximas semanas. 

 

Zanin ganhou notoriedade por defender Lula nos processos penais da operação Lava Jato desde 2013. O presidente chegou a ser condenado e preso, mas teve as condenações anuladas pelo STF após recursos assinados pelo advogado.

Pacheco confirma que Lula vai indicar Zanin para o STF
Foto: Rovena Rosa / Agência Brasil

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), confirmou na manhã desta quinta-feira (1º) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai indicar o advogado Cristiano Zanin para a vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), aberta em decorrência da aposentadoria de Ricardo Lewandowski. 

 

Em entrevista a jornalistas no Senado, Pacheco confirmou que a informação foi repassada por Lula na noite desta quarta-feira (31) - mesmo dia em que Lula e Zanin se encontraram. O senador afirmou que a indicação deve ser lida ainda na tarde de hoje. 

 

Para sentar na cadeira do STF, antes o advogado precisará ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. A expectativa, segundo os senadores, é que a sabatina ocorra nas próximas semanas.

Lula deve indicar nome à vaga de ministro do STF esta semana
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Quase um mês depois da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski do Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a diversos interlocutores que vai indicar um novo ministro para o STF esta semana. As informações são da Folha de S.Paulo. 

 

A movimentação vem após um período de silêncio sobre o assunto, principalmente no cumprimento de agenda internacional. Agora, segundo a Folha, Lula conversou sobre o tema com o ministro do STF, Alexandre de Moraes, com quem almoçou na semana passada. Depois, de acordo com a publicação, repetiu a informação para ministros de seu próprio governo e para assessores diretos.

 

Na última sexta-feira (26), o presidente voltou a dizer que a indicação será nesta semana para autoridades e amigos que convidou para um churrasco. 

 

Embora tenha afirmado em todos os cantos que o anúncio será feito esta semana, Lula não adiantou quem será o escolhido. Interlocutores seguem apostando firmemente no advogado Cristiano Zanin para o posto, responsável pela sua defesa na Operação Lava Jato. Esta seria uma escolha pessoal do presidente, sem qualquer articulação política, nem mesmo dentro do PT. 

 

A relação entre os dois ficou mais estreita quando Lula estava preso em Curitiba. A confiança ultrapassou o ponto de vista técnico e profissional, chegando a uma relação familiar  Zanin é casado com Valeska Zanin, que é afilhada do presidente e tem com ele uma relação de décadas. Se confirmada a indicação, será uma escolha, portanto, da cota exclusiva de Lula.

 

Outros interlocutores exigem de Lula mais conversa e negociação. 

 

Fato é que o nome indicado será enviado ao Senado. O candidato ou candidata será sabatinado e precisará ser aprovado para o cargo.

Toffoli fará estreia na Segunda Turma esta semana e facilita caminho para Zanin
Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro Dias Toffoli fará a sua primeira sessão como integrante da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) esta semana. Ele ocupa a vaga deixada pelo ministro aposentado Ricardo Lewandowski. As informações são da Folha de S.Paulo. 

 

Nesta terça-feira (9) tem sessão programada para às 14h. Na pauta, destaque para duas matérias de relatoria do ministro Edson Fachin.

 

A mudança de Toffoli da Primeira para a Segunda Turma é vista como um aceno ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), já que facilita a indicação do advogado Cristiano Zanin ao STF.

 

Sem a alteração de Dias Toffoli e com a confirmação de Zanin no Supremo, ocupando uma cadeira na Segunda Turma, empecilhos poderiam surgir logo na chegada do advogado à Corte. A Segunda Turma julga processos da Lava Jato e Zanin seria pressionado a se declarar suspeito de votar em uma série de casos.

Senadores já ameaçam atrasar sabatina de indicado de Lula ao STF, diz colunista
Foto: Jefferson Rudy / Agência Senado

Antes mesmo de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciar seu escolhido, um grupo de senadores de centro já ameaça segurar até outubro a sabatina do jurista que será indicado para substituir o ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal (STF).

 

A ameaça tem como alvo principal a possível indicação do advogado Cristiano Zanin, considerado hoje o favorito para a vaga. Zanin é advogado pessoal de Lula, o qual defendeu durante a Lava Jato e a campanha eleitoral de 2022.

 

Caso Zanin seja mesmo indicado pelo presidente, senadores de partidos como MDB e União Brasil avisaram a líderes do governo e à cúpula do PT que a sabatina do advogado deve ficar para depois de outubro. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Naquele mês, Lula terá de indicar um segundo nome ao Supremo. Dessa vez, para a vaga da atual presidente da Corte, ministra Rosa Weber, que completará 75 anos de idade e se aposentará compulsoriamente.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

Mais Lidas