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40 anos do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos; veja atividades

Por Redação

Foto: Athila Bertoncini

O Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, com sede em Caravelas, no sul da Bahia, completa 40 anos neste mês. Para celebrar o aniversário do primeiro parque nacional marinho do Brasil, o Projeto Coral Vivo, patrocinado pela Petrobras, vai realizar atividades culturais e educativas para a comunidade local e visitantes até o final de abril.

 

O Coral Vivo preparou uma série de atividades: no dia 6 de abril, aniversário do parque, acontece o lançamento do vídeo e do mapa digital "#ChapeirãoPierreAbrolhos360". A gravação de cerca de três minutos conduz o espectador em um mergulho pelas formações recifais extraordinárias da unidade de conservação. O público poderá assistir ao vídeo utilizando óculos de realidade virtual dentro do Centro de Visitantes. 

 

Por ocasião do lançamento, haverá também uma roda de conversa sobre o uso das novas ferramentas tecnológicas como apoio ao trabalho de interpretação ambiental. Por causa de seus recifes de coral, Abrolhos é uma das regiões mais importantes do Atlântico Sul em termos de sistema biológico complexo. 

 

Entre os dias 17 e 20 de abril serão realizados encontros pedagógicos. Nessas oportunidades serão elaboradas estratégias e ações de “Ciência Cidadã”, com apoio de obras e materiais didáticos e paradidáticos produzidos pelo Projeto Coral Vivo, como livros, manuais e vídeos com foco nos ambientes coralíneos e nas relações socioambientais associadas a eles. 

 

Os eventos organizados pelo Coral Vivo terminam no dia 25 de abril, com a Noite de Cinema na Praça de Eventos de Caravelas, na qual serão exibidos episódios da série "Amar o Mar", produzida pelo Coral Vivo e disponível no YouTube do projeto.

 

As histórias do Projeto e do Parque de Abrolhos são entrelaçadas: os fundadores do Coral Vivo, Dr. Clovis Castro e Dra. Débora Pires, realizaram pesquisas na unidade de conservação, que possui vasta biodiversidade, desde a década de 1980. Clovis Castro contribuiu para a criação do parque quando participou como voluntário de uma expedição para avaliar biologicamente a região de Abrolhos, em 1981, em seu primeiro ano de mestrado no Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro.

 

"Na época, não havia quem mergulhasse entre os pesquisadores, então, fui convidado a representar o Museu Nacional nessa viagem. Quando voltei para o Rio, escrevi um relatório sobre tudo que foi observado e este documento foi anexado ao processo de criação do parque. Não existia o Projeto Coral Vivo ainda, mas foi uma participação direta de um dos fundadores na história de Abrolhos e ali estava uma das sementes também do projeto." – conta o Dr. Clovis Castro.

 

Além de sua importância para a biodiversidade e o meio ambiente, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos foi fundamental no desenvolvimento de pesquisas sobre os recifes brasileiros. As primeiras coletas de materiais utilizados nas pesquisas iniciais sobre a reprodução de corais foram realizadas em Abrolhos, em 1996. 

 

As amostras biológicas foram trabalhadas por pesquisadores e alunos do Museu Nacional/Universidade Federal do Rio de Janeiro, resultando nos primeiros dados reprodutivos das espécies formadoras dos recifes brasileiros. Com a criação do Projeto Coral Vivo começaram a ser realizados trabalhos de monitoramento da desova dos organismos vivos em cativeiro e, também, da realização de fecundação in vitro. 

 

"Eu, o Clovis Castro e o Fábio Negrão temos as vidas misturadas à história do Parque de Abrolhos e do Projeto Coral Vivo. Acho interessante essa mistura das nossas trajetórias profissionais, principalmente na questão da reprodução dos corais, que começou em Abrolhos na década de 1990 e se desenvolveu mais com o Coral Vivo a partir de 2003", aponta a Dra. Débora Pires.

 

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