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Travelling

Davidson pelo Mundo: Laranja madura na beira da estrada, ou tá bichada ou tem marimbondo no pé!

Por Davidson Botelho - @davidsonpelomundo

Sempre uso este espaço para dar dicas de destinos, viagens e facilidades para viajantes, etc... Nas minhas redes sociais, fiz uma postagem há 2 anos sobre certos "milagres" que algumas agências de viagens anunciavam e comercializavam, principalmente no universo online.

 

O milagre do preço barato, abaixo do que sabemos não ser normal, em outros países acende um alerta imediato das autoridades. Estas, em proteção aos consumidores, entram logo em campo para verificar o que está acontecendo e tentar evitar prejuízos à indústria e aos consumidores.

 

Aqui no Brasil, ações como essas acabam sendo transportadas para o ambiente do sensacionalismo e tentam desconfigurar o real objetivo, muitas vezes inclusive alegando preconceitos, dependendo do produto ou serviço.

 

Pois bem, esta semana a agência de viagens digital 123 Milhas cancelou a emissão de passagens do pacote promocional, com embarque previsto de setembro a dezembro deste ano. A novidade pegou os clientes de surpresa e também causou desagrado nos usuários, que não puderam escolher como serão ressarcidos pelas viagens canceladas. Isso porque, com o cancelamento das emissões dos bilhetes, a empresa ofereceu apenas uma opção de reembolso: via voucher, cujo valor pode ser usado para fazer outras compras no site da agência.

Esta não é a primeira vez que testemunhamos ocorrências dessa natureza no turismo. Recentemente, tivemos o caso da ITA Linhas Aéreas, empresa que chegou ao mercado com apenas um avião, sem mostrar solidez econômica para operar uma companhia aérea. Mesmo assim, o governo deu a licença de operações e os consumidores embarcaram nessa viagem sem um plano de voo consistente.

 

O caso da 123 milhas era apenas uma questão de tempo. Esta empresa vendia algo que ela não tinha, captava recursos dos clientes e prometia voos e pacotes bem abaixo do valor de mercado. O que ela fazia? Bola de neve ou pirâmide, escolha como quiser chamar. Outra ação ilícita era a comercialização de milhas, ação que conflita com as políticas das empresas aéreas, mas mesmo assim não era combatida pelas autoridades, apesar de inúmeras denúncias.

 

Existe uma brecha nessas operações, que é justamente o repasse e comercialização de milhas dos cartões de crédito. Isso não está bem amarrado e assim surgem essas oportunidades. Mas a fonte secou, as empresas aéreas criaram uma série de limitantes para o uso de milhas e pontos em seus voos e, assim, a casa caiu para essa empresa.

 

E os clientes? Claro que todos buscam comprar mais barato. É lícito buscar melhores condições, mas essa tempestade já era anunciada. E o brasileiro gosta de comprar barato, mesmo sabendo que pode ser um produto com origem duvidosa.

 

Vários amigos me pediam dicas, falavam que já tinham viajado inúmeras vezes e saiu tudo tranquilo. Eu sempre disse: Se o que está acontecendo é correto e lucrativo, você acha que as empresas aéreas não estariam praticando diretamente para seus clientes? Hoje, todas as empresas têm suas operadoras de turismo ou parceiras. Por que elas não comercializam diretamente nessa modalidade e preços?

 

Esta não é a primeira e nem será a última vez que aventureiros, considerados por muitos até como gênios dos negócios, entram em mercados prometendo e ofertando produtos e serviços mágicos com preços maravilhosos.

 

Isso não me pega, sou vacinado contra essas ofertas e muitas vezes considerado conservador ou desconfiado. Me deixe quieto, eu estou ficando velho, besta jamais!

 

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