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Travelling

Davidson pelo Mundo: Levo dólar, euro, cartão de crédito ou abro uma conta global?

Por Davidson Botelho - @davidsonpelomundo

Foto: Freepik

Essa é uma dúvida que muitas pessoas têm ao planejar uma viagem internacional. O ideal é que você viaje sem precisar pagar a conta daquele jantar ainda na sua volta. Assim, é importante fazer um bom planejamento orçamentário para a viagem.

 

Antes de decidir as formas de gastos e pagamentos, estude o destino para onde está indo e perceba se a cultura local prefere cartões de crédito/débito ou se o dinheiro em espécie tem uma melhor relação de câmbio e aceitação.

 

Outra dica que sempre dou é tentar ir com a moeda que tiver a melhor relação no destino. Quanto menos câmbios você fizer, menos conversões serão feitas, o que traz mais vantagens.

 

Eu uso o EURO para viagens à Europa e África, e dólar para o resto do mundo; isso sempre deu certo comigo e eu indico. Planejo minhas viagens pensando na quantidade de dias e saio do Brasil com hotéis, transfer e passeios reservados e pagos. Dessa forma, não comprometo meu orçamento nem o limite do cartão de crédito.

 

O cartão de crédito deve ser evitado e levado apenas para garantias e emergências, pois o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) é de 5,38% sobre compras no exterior, e o câmbio utilizado pelas operadoras de cartões de crédito não é o comercial, adicionando cerca de 7% sobre o comercial da data da compra. Ao final, uma compra em cartão de crédito pode custar cerca de 14% a mais do que se fosse pago em espécie ou através de cartões globais.

 

Os Globalbanks tornaram-se os queridinhos dos viajantes, pois facilitam as transferências de dinheiro e cobram taxas bem menores que os bancos e cartões convencionais. O câmbio utilizado é o comercial, bem abaixo do turismo. A compra de moedas incide o IOF de 1,1%, bem abaixo dos cartões de crédito, que é 5,38%.

 

Outra vantagem é que você pode carregar seu cartão na moeda de sua escolha, sacar nos caixas eletrônicos do destino ou pagar através de cartões virtuais ou físicos que esses bancos disponibilizam.

 

Quem não está gostando nada dessa novidade são as casas de câmbio tradicionais, que tendem a ver seu movimento de compra de moedas diminuir com a fuga para os bancos globais.

 

Eu uso o Banco Inter para viagens aos Estados Unidos, Western Union dentro da América do Sul e Wise para a Europa e demais continentes. Vale alertar que esses bancos não cobram taxas nem anuidade para manter sua conta nem para cartões de crédito ou débito.

 

Minha programação de viagem é a seguinte:

Dinheiro em espécie: $50,00 (Dólares ou Euros por dia por pessoa).
Saldo no cartão do Globalbank: $100,00 (Dólares ou Euros por dia por pessoa).
Cartão de crédito: Desbloqueado para gastos no exterior. Será usado apenas para casos emergenciais.
Como já viajo com hotéis e passeios programados e pagos aqui no Brasil, uso o cartão do Globalbank para táxi, refeições, pequenas compras, etc. O dinheiro em espécie complementa meus gastos e atende aos locais onde cartões não são aceitos.

 

Lembrando que essa é uma estimativa média para gastos em destinos de médio e alto padrão. Existem destinos onde é possível viajar com valores menores, se divertir, comer em bons restaurantes e ainda fazer compras (exemplo: Argentina, África do Sul, Colômbia, Costa Rica, Albânia, Croácia, entre outros).

 

Outra dica que recomendo sempre é fazer um planejamento para voltar da viagem com saldo no cartão global e trazer alguma sobrinha do dinheiro em espécie. Retornar de viagem e ainda ficar pagando contas não é nada agradável, mas também não deixe de viajar. Ajuste apenas sua viagem ao padrão do seu orçamento e pé na estrada. A vida é uma só, e merecemos viajar bastante. Boa viagem!

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