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Travelling

Davidson pelo Mundo: Costa Rica - um destino imperdível para amantes da natureza

Por Davidson Botelho - @davidsonpelomundo

Fotos: Acervo pessoal / Davidson Botelho

Na década de 90, mais exatamente no ano de 1998, estive em San Jose, capital da Costa Rica. Fui a trabalho e fiquei dois dias e uma noite, porém me limitei a ficar no aeroporto e me hospedei bem à frente. Fui a trabalho na minha época de aviação.

 

 

Esse destino não estava na minha contagem de locais visitados. Para mim, existe uma grande diferença entre ter passado e conhecer um destino. De fato, conheci o aeroporto, um hotel à frente, lanchonetes e restaurantes do aeroporto, mas isso não me habilitava a dizer que conhecia.

 

Agora eu posso encher o peito e dizer que conheço a Costa Rica. Tenho a meta de conhecer 100 países até minha mudança de plano, mas não quero dizer que após a meta alcançada já posso partir daqui. Pelo amor de Deus, não confundam as coisas (risos).

 

 

Pois bem, na coluna da semana passada, eu escrevi sobre a Costa Rica litorânea, um país que é banhado pelo Pacífico a oeste e pelo mar do Caribe ao leste.

 

Destino maravilhoso para praticantes do surf, boa estrutura hoteleira e uma infinidade de ofertas de passeios. Essa região é invadida por americanos, canadenses, mexicanos e outros latinos. Os europeus preferem mais o mar do Caribe e as montanhas, o turismo de aventura, tema que vou me aprofundar mais nessa coluna.

 

 

Sou nascido, criado e moro à frente do mar, tenho uma relação próxima com o mar e amo o clima descontraído praiano. O litoral da Costa Rica tem praias lindas, água transparente, praias desertas e muito bem conservadas. Porém, eu fiquei fã da região central desse país, fiquei fã da consciência ambiental, do profissionalismo turístico.

 

 

Percorremos estradas sinuosas e perigosas e chegamos a La Fortuna, região de vulcões ativos, trilhas e muitos parques florestais extremamente conservados. Profissionalismo de 1º mundo ensinam como conciliar preservação ambiental com atividade econômica respeitando um ao outro, e assim geram empregos (muitos) e uma receita fabulosa.

 

Essa foi uma viagem que já estava programada com meu filho Iago desde a pandemia e somente agora fizemos. Teve um aditivo maravilhoso, a presença da sua namorada Márcia, figura ímpar, excelente companhia de viagem, topa tudo, disposta, bem-humorada e sem dúvidas acrescentou bastante.

 

 

Visitamos o parque do Vulcão Tenorio e o rio Celeste com suas águas azuis que denominam o nome do rio.

 

Tudo muito organizado com guias, muito bem sinalizado em vários idiomas, explicações detalhadas sobre a fauna e flora, boa estrutura de banheiros, bares, restaurantes e estacionamento.

 

A natureza é o espetáculo maior e nesse parque pode caminhar até a boca do vulcão, tem parques de águas termais com descida de boia no rio, canoagem, passeios a cavalo, rapel, tirolesas, observação de macacos, animais silvestres e muito mais. O visitante precisa de reserva antecipada, costuma lotar e tem limite de visitantes por dia. Muitos europeus visitam essa região.

 

Depois fomos a La Fortuna. Fiquei encantado com essa cidade e região. Hotéis maravilhosos, grandes resorts de selva, Spa, condomínios de alto luxo, inúmeros restaurantes de alto nível, e pra mim o melhor parque: Místico Parque Arenal.

 

Essa é a região do vulcão Arenal que ainda é ativo e entrou em erupção pela última vez em 2008.

 

Ficamos num hotel de campo chamado Hotel Arenal Lodge, que é de uma brasileira (Teresinha), simpática e encantada com o local e lá vive há 37 anos com sua família.

 

A vista do hotel é algo cinematográfico, ficamos num chalé lindo e amplo, um clima de montanha perfeito.

 

O Místico Parque é muito bonito, organizado, profissional e a visita é obrigatória.

 

Tem cachoeiras, pontes de malhas de ferro que tiram nosso fôlego com quase 100 mts de extensão e 57 mts de altura com visuais lindíssimos.

 

Tudo isso embrenhado numa floresta virgem, com muitos animais para serem vistos e fotografados, tudo harmônico, conservado, limpo, profissional, um exemplo para nosso turismo de aventura.

 

Somando todas as nossas regiões de florestas e zonas de turismo de aventura, devem dar uma área no mínimo 10 vezes maior que toda Costa Rica, mas não conheço no Brasil nenhuma zona ou parque florestal com a estrutura e organização da Costa Rica. Nossos profissionais de turismo e gestores públicos precisam conhecer e trocar essas experiências. Fico a imaginar o quanto isso agregaria ao nosso turismo.

 

Vou dar minha visão sobre tudo que vi e vivi na Costa Rica em 10 dias.

 

POSITIVO

Sem dúvida alguma o maior ativo é o seu povo. Gente feliz, agradável, fazem de tudo para te servir bem, sorriso no rosto e PURA VIDA na alma.

 

Me chamou a atenção como praticamente todos os habitantes falam no mínimo o inglês além da sua língua mater que é o espanhol. Isso faz uma diferença grande para os gringos, isso conta muito na decisão de viagem.

 

Outro ponto positivo é o fator segurança. Esse é o país mais seguro da América Latina, os índices de ocorrências são baixíssimos e isso talvez seja o principal responsável pelos 3 milhões de turistas estrangeiros por ano que eles recebem, mais de 50% da sua população.

 

Consciência de que o turismo é a principal atividade econômica, e assim preparam o país pra receber visitas tornando-o bom para os locais.

 

A MELHORAR

É um país muito caro, mesmo para os americanos e europeus, a Costa Rica é muito cara. Aqui pode-se utilizar a moeda local, Colones, ou o dólar tranquilamente, tem uma carga tributária grande sobre os serviços e produtos, se preparem pra pagar caro, refeições simples e caras, passeios, combustível, bebidas e parques são caros, um combo simples no Mc Donald não sairá por menos de R$ 125,00.

 

Outra coisa que eu senti falta foi de bons restaurantes. A gastronomia local é pobre em sabores e requinte, muitos Fast Foods, forte influência mexicana e americana, tudo à base de milho, mesmo na região praiana que deveria oferecer pratos mais elaborados e requintados de frutos do mar, mas as frituras predominam.

 

As estradas estão bem conservadas, mas são extremamente perigosas, muitas curvas e sem as devidas proteções laterais, qualquer erro pode custar a vida naqueles penhascos intermináveis. Assim, aconselho não beber ao dirigir, trafegar no limite de velocidade estabelecido e não viajar à noite, apesar do asfalto ser bom, falta sinalização horizontal em muitos trechos.

 

Outro ponto a ficar alerta é a pequena quantidade de postos de gasolina. Estamos acostumados a uma oferta enorme deste serviço. Aqui eu rodei quase 170 km e não tinha nenhum posto, sorte que estava com meio tanque de combustível. Assim, sempre mantenham no mínimo metade de um tanque disponível nas viagens, chegando a esse ponto vale a pena completar no primeiro posto.

 

Essa é a Costa Rica que eu vi, vivi, desfrutei, gostei, recomendo e ficou na lista dos destinos a retornar. Assim, bato o carimbo de RECOMENDADO. PURA VIDA!

 

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