Lago interditado na casa de Neymar em Mangaratiba seria inaugurado nesta sexta
Por Redação
O lago artificial interditado na casa do jogador Neymar Júnior, em Mangaratiba, no Rio de Janeiro, tinha inauguração prevista para esta sexta-feira (23), um dia antes da operação do órgão e da Polícia Civil.
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba, as obras causaram desmatamento, o desvio de um rio e a quebra de rochas, sem autorização. Além do largo artificial de mil metros quadrados, um jardim e uma quadra de beach tênis estavam sendo construídos no local.
Em resposta à reportagem do portal "g1", a Prefeitura do município informou que "até agora a família de Neymar não apresentou nenhuma documentação, como licença ou autorização do município".
Ainda de acordo com a prefeitura, foi feito um relatório de fiscalização que será analisado juridicamente por órgãos da cidade. Após a análise, os proprietários poderão apresentar a defesa. Até lá, segundo a secretaria, a obra segue interditada.
O projeto é uma parceria do atleta com a Genesis Experience, do empresário Ricardo Caporossi, que é especialista em paisagismo e lagos artificiais.
A secretária de Meio Ambiente presente no local, Shayenne Barreto, constatou diversas infrações ambientais como: desvio de curso de água, captação de água de rio sem autorização, captação de água para lago artificial, terraplanagem, escavação, movimentação de pedras e rochas sem autorização e aplicação de areia de praia sem autorização ambiental.
Pai de Neymar recebeu voz de prisão
Neymar da Silva Santos, o pai do jogador do PSG e Seleção Brasileira, estava na casa em Mangaratiba e, durante a fiscalização, teve um bate-boca com Shayenne Barreto. O pai de Neymar chegou a receber voz de prisão por desacato, entretanto, considerando o princípio da razoabilidade e diante a um pedido da assessoria do pai de Neymar, ele foi liberado para cumprir um compromisso em São Paulo.
Diante dos danos ambientais causados, a equipe da Secretaria de Meio Ambiente de Mangaratiba informou que o próximo passo será fazer o parecer das irregularidades constatadas e emissão de multa, a qual não será menor que R$ 5 milhões.